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SÍNDROME DE BURNOUT – 10 FASES

Da paixão à exaustão: as 12 fases do Síndrome de


Burnout
No início está motivado/a para realizar
bem o seu trabalho, e naturalmente quer
desempenhar bem as suas funções.
Existe um entusiasmo por aquilo que
faz, tudo faz sentido, e quer destacar-se
pela sua dedicação. O empenho é cada
vez maior, e as horas, os pensamentos,
as energias são todas dedicadas ao
trabalho. Seja pela pressão da empresa
ou da família, o seu próprio
perfeccionismo, o nível de exigência
que as tarefas acarretam, tudo conduz a
que mergulhe tão profundamente no
trabalho, que acaba por ficar sem
energia para tudo o resto, incluindo e principalmente, para si próprio/a.

Conheça as 12 fases do Síndrome de Burnout:

 A necessidade de afirmação.

“Eu vou ser um bom profissional e por isso irei destacar-me.”

Fase do enamoramento, da conquista, da ambição. Necessidade de provar que é capaz.


Estar sempre disponível para assumir mais responsabilidades.

 Trabalhar arduamente.

“Vou fazer mais e melhor. Nem que caia para o lado.”

Elevam-se as expectativas, para mostrar o seu valor ou enquadrar-se na organização.


Existe uma dedicação intensa ao trabalho. Não consegue desligar-se do trabalho.

 Desleixo das suas próprias necessidades.

“Não tenho tempo para dormir, nem para comer.”

Todas as forças são direcionadas e concentradas no trabalho, por isso deixa de ter energia
e tempo para a família e vida social. Necessidades básicas como alimentar-se, dormir,
exercitar-se são desvalorizadas.

 Distanciamento dos conflitos.

“Não há nada a fazer, tenho que trabalhar.”

Existe a percepção de que o que é feito não é devidamente recompensado. Conscientes


de que algo não está bem, a origem do problema é muitas vezes ignorada. Uma crise
interna, derivada de factores emocionais e desgaste laborar, que gera ansiedade. Os
primeiros sinais físicos aparecem.

 Revisão dos valores.

“O trabalho é a coisa mais importante na minha vida, o resto não existia se não fosse o
trabalho.”

Enquanto as necessidades básicas são deixadas de lado, o sistema de valores pessoal


mistura-se com o sistema de valores da empresa. A motivação, energia e sensibilidade
deixam de existir, substituídos por frieza, apatia, indiferença e desinteresse. As coisas que
antes davam prazer, agora deixam de ter importância.

 Negação dos problemas emergentes.

“Se todos trabalhassem como eu, isto estava muito melhor!”

Aumenta a intolerância com os outros, os colegas são acusados de serem preguiçosos e


não trabalham tanto quanto deveriam. A vida social deixa de agradar. A comunicação
com os outros torna-se agressiva, cínica e sarcástica. A justificação dos problemas é a
pressão e volume de trabalho.

 Isolamento.

“Estou farto/a de pensar nos outros! Tenho de pensar é em mim.”

Evita-se a vida social, vista como um desgaste permanente. Álcool, drogas ou outras
substâncias de substituição, podem ser usadas como escape para aliviar o stress e
continuar a fazer o trabalho bem feito. Sentimentos de esperança e direcção na vida
deixam de existir.

 Mudanças comportamentais visíveis.

“Estou no meu limite!”

Os outros à volta reparam e ficam preocupados com as atitudes. A realização profissional


deixa de existir.

 Despersonalização.

“Não sou obrigado/a a fazer mais do que a minha obrigação.”

Tudo deixa de ter importância, nós, os outros o mundo. A visão da vida fica reduzida,
vive-se para fazer as coisas mecanicamente, porque tem de ser.

 Vazio interior.

“Não tenho mais forças. Não me apetece mais.”


Existe um sentimento de insatisfação e desamparo. Não existe mais realização pessoal.
Comportamentos desadequados e exagerados podem surgir para preencher essa lacuna
(consumo de substâncias, compulsões, vícios).

 Depressão.

“Não vale mais a pena.”

A exaustão, desesperança, indiferença, sentimentos de desvalorização, sentimento de que


não temos importância. O sentido da vida, das coisas e dos outros não tem mais
propósito.

 Síndrome de Burnout.

Colapso físico e emocional. Não existe mais forças nem motivação para tentar. Opta-se
por baixa médica, demissão. Desespero leva a pensar que o suicídio pode ser uma solução
para escapar ao sofrimento.

Se reconheceu que pode estar em alguma destas fases, procure travar a espiral. Mudanças
no estilo de vida, adequar as expectativas, organizar o tempo e gerir o stress através de
prática de exercício físico e rotinas de relaxamento. Se está a ter dificuldades em colocar
em prática algumas mudanças, procure um especialista em saúde mental, na Oficina de
Psicologia, agora também em Setúbal.

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