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O ladrão Silencioso
( Filme )

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CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS
HIDRÁULICOS :
Os sistemas hidráulicos podem ser classificados de diversas
maneiras :

1)- De acordo com a pressão :

• 0 a 14 bar : ( 0 a 203,1 psi ) Baixa pressão


• 14 a 35 bar : ( 203,10 a 507,76 psi ) média pressão
• 35 a 84 bar : ( 507,76 a 1218,62 psi ) média-alta pressão
• 84 a 210 bar ( 1281,62 a 3046,56 psi ) alta pressão
acima de 210 bar ( acima de 3046,56 psi) Extra-alta
pressão

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CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS
HIDRÁULICOS :

2 ) - De acordo com sua aplicação:


-São classificados em sistemas de pressão continua ou pressão
intermitente
3 ) - De acordo com tipo de bomba:
- Classificados em sistemas de vazão constante ou vazão variável

4 ) - De acordo com o controle de direção :


- Sistemas de uma via ( controlado por válvula ) ou de duas vias
( controlados por válvulas reversíveis )

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ESQUEMA GERAL DE UM SISTEMA
HIDRÁULICO:
Os sistemas hidráulicos seguem sempre um
mesmo esquema que podemos dividir em três
partes principais :
•Sistema de geração : É constituído pelo reservatório ,
filtros , bombas, motores , acumuladores, intensifica_
dores de pressão e outros acessórios.
•Sistema de distribuição e Controle : Constituído por
válvulas controladoras de vazão , pressão e direcionais.
•Sistema de aplicação de energia: Constituídos por
atuadores, que podem ser cilindros , motores hidráu_
licos e osciladores.
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ESQUEMA GRÁFICO DE UM
SISTEMA HIDRÁULICO

Sistema Sistema de Atuadores


gerador controle

Transmissão Transmissão

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PRINCIPAIS PROBLEMAS OPERACIONAIS
DOS SISTEMAS HIDRÁULICOS

10 % Diagnose incorreta de problemas e falta de


conhecimentos ao fazer reparos
10 % - falhas mecânicas como desalinhamentos
e vedações
5 % -Operações fora dos limites recomendados
para velocidade, temperatura , pressão e volume.
75 % - Condições inadequadas de fluidos e conta_
minação com partículas de tamanho excessivo.

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LUBRIFICAÇÃO DE SISTEMAS
HIDRÁULICOS

Transmissão de forças
Funções dos
Lubrificação das
lubrificantes partes móveis
hidráulicos Proteção contra
desgaste e corrosão
Refrigeração

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FLUIDOS
HIDRÁULICOS

Os fluidos são o elemento vital de um sistema


hidráulico. O fluido hidráulico é o meio de trans_
missão de energia, um lubrificante , vedador e
veiculo de transferencia de calor.
O fluido hidráulico á base de petróleo é o mais
usado na atualidade por ter um custo baixo.

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FUNÇÃO DOS FLUIDOS
HIDRÁULICOS

•Atuar como meio de transporte de energia

•Lubrificar partes internas dos componentes

•Atuar como meio trocador de calor

•Preencher folgas entre os componentes internos


do sistema

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ESCOLHA
DE FLUIDOS HIDRÁULICOS
•Óleo H –
•Utilizado em instalações hidráulicas principalmente onde não
existe exigência especifica de pressão do óleo.

•Óleo H-L-
•Utilizado em instalações que trabalham sob altas temperaturas e
em que exista possibilidade de contaminação com água , podendo desenvolver
corrosão.

•Óleo H-LP-
•Utilizado em instalações onde existam as duas condições anteriores e as
bombas e motores necessitem de alta proteção contra desgaste.

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TIPOS DE FLUIDOS UTILIZAVEIS
EM SISTEMAS HIDRÁULICOS

•FLUIDOS RESISTENTES AO FOGO

•FLUIDOS SINTÉTICOS

•EMULSÕES ÁGUA EM ÓLEO

•MISTURAS ÁGUA- GLICOL

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CARACTERISTICAS NECESSÁRIAS PARA
UM BOM FLUIDO HIDRÁULICO

•ALTO ÍNDICE DE VISCOSIDADE

•GRANDE RESISTÊNCIA A OXIDAÇÃO


•GRANDE PROPRIEDADE ANTI-FERRUGEM
•ÓTIMA DEMULSIBILIDADE
•MUITA RESISTÊNCIA À ESPUMA

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CARACTERÍSTICAS DOS FLUIDOS
HIDRÁULICOS QUE AFETAM A VIDA
DOS SISTEMAS

•Condições físico-química inadequadas dos


fluidos ( viscosidade,aditivação , acidez , etc....)
•Grau de limpeza dos fluidos
•Temperatura de operação dos fluidos

•Aeração excessiva dos fluidos

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INSPEÇÕES VISUAIS RAPIDAS PARA
FLUIDOS HIDRÁULICOS

EFEITO OBSERVADO IMPUREZA CAUSA PROVAVEL


Super aquecimento ou
Escurecimento Oxidação
Extensão de vida útil
Entrada de água ou ar
Turvação Água / Espuma
pelos selos de vedação

Partículas em suspensão Poeira / Micro parti_ Desgastes metálicos ,


culas Sujeiras

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PRINCIPAIS ITENS DE CONTROLE
LABORATORIAL PARA FLUIDOS
HIDRÁULICOS

• Viscosidade cinemática a 40ºc


• Nº de Acidez total do óleo
•Teor de contaminação com água (%)
• Determinação do teor de desgaste metálico( ppM)
• Determinação do ponto de fulgor
• Contagem de partículas ( grau ISO ou NAS )

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GERENCIAMENTO DE CONTAMINAÇÃO
EM FLUIDOS HIDRÁULICOS

TIPOS DE CONTAMINAÇÃO EFEITOS

GASOSA LÍQUIDA SÓLIDA

AR ÁGUA PARTICULAS EXTREM.


DURAS: FORTEMENTE
-CORUNDO
-CROSTA OX. FERRO ABRASIVO
-FERRUGEM

PARTICULAS DURAS:
- FERRO
- AÇO MUITO
- LATÃO
- BRONZE ABRASIVO
-ALUMINIO

PARTICULAS MOLES:
- FIBRAS
- DESG. VEDAÇÕES POUCOS
- PART. DE BORRACHA
- PART. TINTAS DANOS
- VERNIZES

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Função da filtração no circuito hidráulico

Componente Tarefa
No corpo No sistema No corpo No sistema
humano hidráulico humano hidráulico
Filtração e limpeza
Brónquios Filtro de ar
do ar aspirado e expelido
Filtro de Separação de partículas sólidas
Rim retorno e água
Filtro de Filtro de proteção para organismos
Fígado pressão respect. componentes na seqüência
Geração de pressão e fluxo volumétrico,
Coração Bomba
necessários para organismos / sistemas
Responsável para o total funcionamento
Cérebro Comando
do corpo / sistema
Filtro de fluxo Separação de partículas sólidas
Diálise
secundário e água
Fluido hidrául. Alimentação dos organismos Transp. de energia, eliminação
Sangue
operacional e eliminação de impurezas de temperatura, redução de atrito
Sistema de Sistema de informação sobre Sensores sobre pressão,
Monitoramento
nervos o estado dos organismos temperatura, nível de tanque
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DEFINIÇÕES DE CONCEITOS

• GERENCIAMENTO DE CONTAMINAÇÃO : Gerenciamento de limpeza ,


monitoramento,otimização da limpeza de componentes e fluidos no fluxo de mate_
rial e da montagem de sistemas.

• SISTEMA DE FLUIDOS : Sistemas hidráulicos e sistemas preenchidos com


Fluidos ( ex: Motores , transmissões, direções hidráulicas)

• CONTAMINAÇÃO BÁSICA : Quantidade de contaminação apresentada e


medida após termino da montagem.

• CONTAMINAÇÃO DE AMACIAMENTO : Contaminação gerada pelo


desgaste de amaciamento das partes.

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DEFINIÇÕES DE CONCEITOS

•DANOS INICIAIS: Danos superficiais percebidos nos exames de inicio de funcio-


namento,ou montagem dos sistemas.

• MONITORAMENTO DE CONTAMINAÇÃO: Investigações de processos


com respeito a entrada de contaminantes em qualquer fase do processo.

• PROCESSO DE MEDIÇÃO ON –LINE : Processo de medição no qual a


amostra a ser análisada é conduzida diretamente do sistema a um aparelho de
medição ( contador de particulas ).

• PROCESSO DE MEDIÇÃO OFF-LINE: Processo de medição no qual uma


amostra do fluido é recolhida e enviada ao laboratório

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DANOS CAUSADOS PELOS
CONTAMINANTES
• Bloqueio de Orifícios

•Desgaste de componentes

•Formação de ferrugem e outras oxidações

•Formação de componentes químicos

•Depleição de aditivos

•Formação de contaminantes biológicos


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O LADRÃO SILENCIOSO
FILME

139
CONTROLE DE CONTAMINAÇÃO
DE FLUIDOS HIDRÁULICOS
Objetivos do controle :
1 - Garantir a expectativa de vida útil dos
sistemas hidráulicos.
2 -Minimizar desgastes metálicos de partes do
sistema
3 - Maximizar eficiência do sistema
4-Reduzir custos de manutenção

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PRINCIPAIS CONTAMINANTES
DE SISTEMAS HIDRÁULICOS

•Respingo de solda
•Lascas de tinta
•Fibras de estopa
•Resíduos de Material de vedação
•Graxas
•Limalhas metálicas
•Água
•Produtos de oxidação do óleo
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ÓLEOS HIDRAULICOS
CONTAMINADOS PODEM ..........

1 - REDUZIR A EFICIÊNCIA DO SISTEMA AUMEN_


TANDO O CICLO OPERACIONAL DO EQUIPA_
MENTO
2 - REDUZIR VIDA UTIL DE COMPONENTES E
FILTROS

3-PROVOCAR DEFEITOS CATASTROFICOS COM


INTERRUPÇÕES E REPAROS DISPENDIOSOS

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NÍVEIS DE SUJEIRA PERMITIDO PARA
UM SISTEMA HIDRÁULICO

Os níveis de limpeza em sistemas lubrificáveis são bem definidos


pela norma ISO 4406 que determina limites de aceitabilidade para
cada tipo de atividade e compartimento.No geral para um óleo
hidráulico novo a especificação é a seguinte:

PARA O CODIGO 18 / 16/ 13 ( NIVEL DE LIMPEZA PARA FLUIDOS


HIDRÁULICOS)

ISO 18/ 16 / 13 = 0,77 mg de impurezas / litro de óleo

Em um tambor de 200 lts de óleo é permitido apenas 154 mg de


impurezas.

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O QUE É 154 mg ........

Um comprimido de aspirina tem 325mg de peso.


Segundo a norma ISO 4406 é permitido apenas o
valor em peso de 1/2 comprimido de aspirina de
impurezas em um tambor de 200 lts de óleo.

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INTERPRETAÇÃO DE LEITURA
DO CÓDIGO ISO

CODIGO ISO 18 / 16 / 13

Partículas
> 2 Micra Partículas
> 15 Micra
Partículas
> 5 Micra
O código ISO 18 / 16 / 13 pode ser definido como :
FAIXA MICRAS FAIXA DE CONTAGEM

18 2+ 1.300 - 2.500

16 5+ 320 - 640

13 15 + 40 - 80
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FOLGAS DE SISTEMAS
HIDRÁULICOS............

Folgas dos Sistemas Menor partícula visível


a olho nú

5 30
80
40
R A
I C Diâmetro de um fio de
M cabelo humano
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TABELA CONTAGEM DE
PARTICULAS.......

PARTI- GRAU N.A.S. ( QUANTIDADE EM 100 MLB )


CULA
( Micra ) 00 0 1 22 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

5 - 15 125 250 500 1000 2000 4000 8000 16000 32000 64 000 128 000 256000 512000 1024 000

15 - 25 24 89 178 356 712 1450 1850 5700 11 4000 22 800 45600 91 000 182 000
44

25 - 50 4
8
16 32 63 126 253 506 10 12 2025 4050 8100 16200 36 400

50 - 100 1 2 3 11 22 45 96 180 360 720 14 00 2880


5760
6

> 100 0 0 1 1 4 4 8 16 32 64 128 256 512 1024

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PADRÕES DE LIMPEZA
RECOMENDADOS

COMPONENTES ISO NAS


Controle de servo válvulas 16 / 14 / 11 5
Válvulas proporcionais 17 / 15 / 12 6
Bombas / motores de palheta 18 / 16 / 13 7
Válvula de controle direcional 18 / 16 / 13 7

Bombas de engrenagens s/ motor 19 / 17 / 14 8


Válvulas de controle de Fluxo 20 / 18 / 15 9
Fluidos hidráulicos novos 18 / 16 / 13 7
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TAMANHO DE
PARTÍCULAS............

O QUE É 1 MICRON ?
R : 1 MICRON É A MILIONÉSIMA PARTE DO METRO
A MENOR PARTÍCULA VISÍVEL A OLHO NU MEDE 40
MICRA.

80 micra- é o diâmetro de um fio de cabelo humano

100 micra- é o tamanho médio de um grão de sal

500 micra- é o diâmetro do grafite 0,5mm


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ALMOTOLIA
Aplica-se diretamente o óleo em engrenagens abertas , correntes , cabos
de aço e mancais pequenos de pouca rotação.É um método simples ,
porém , por ser manual pode não adicionar a quantidade necessária ou
adicionar óleo em excesso.

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COPO CONTA-GOTAS
O óleo contido no reservatório que passa através de uma válvula de
agulha , goteja sobre a superfície a ser lubrificada , geralmente
mancais planos ,correntes,engrenagens ou com-pressores.A
regulagem da válvula permite um suprimento de óleo mais
constante e um controle da quantidade de lubrificante adicionada.

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COPO COM VARETA
Método aplicado em mancais com carga leve e baixas rotações
consiste de um reservatório contendo uma haste cuja extremidade
toca o eixo. O eixo é lubrificado pela passagem do óleo quando a
haste vibra pela rotação do eixo.O fornecimento do lubrificante é
continuo e automático.

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LUBRIFICADOR MECÂNICO
Sistema utilizado principalmente para lubrificação de cilindros
de maquinas a vapor e compressores. O lubrificante é forneci-
do em quantidade bem controlada e esta quantidade pode ser
regulada de acordo com a necessidade.

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LUBRIFICADOR A NÉVOA
O óleo é arrastado por um fluxo de ar até as partes a serem
lubrificadas ,que geralmente são cilindros , mancais ,cor-
rentes e válvulas

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LUBRIFICADOR HIDROSTÁTICO
Sistema utilizado na lubrificação de cilindros de maquinas a
vapor onde a pressão produzida pelos vapores faz com que o
óleo lubrificante seja arrastado pela linha de vapores , lubrifi-
cando as parede do cilindro.

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SISTEMA DE
LUBRIFICAÇÃO FORÇADA
Neste sistema o óleo é bombeado para as partes a serem
lubrificadas. Quando o óleo retorna ao reservatório , a
lubrificação é dita por circulação e se o lubrificante não
for reutilizado , a lubrificação é por perda.

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LUBRIFICAÇÃO POR SALPICO
As partes moveis em contato com o lubrificante , quando movi-
mentadas , salpicam o lubrificante nos mancais e engrenagens
que estão dentro do mesmo sistema.É um sistema econômico e
eficiente.

158
LUBRIFICAÇÃO POR BANHO

As peças normalmente , engrenagens , encontram-se submersas


total ou parcialmente no f luido lubrificante.

159
LUBRIFICAÇÃO POR SISTEMAS
CENTRALIZADOS
Permite a lubrificação de um elevado numero de pontos com a
quantidade certa de lubrificantes no período correto proporcio-
nando assim , redução na mão de obra de lubrificação

160
MÉTODOS DE APLICAÇÃO
DE
GRAXAS

161
MANUAL , POR PINCEL
OU ESPATULA

Aplicação direta á mão no local a ser lubrificado , geralmente na


montagem de mancais de rolamento.Em alguns casos , pode-se
aplicar o lubrificante , utilizando-se pinceis ou espátulas

162
COPOS GRAXEIROS

O copo é preenchido com graxa e , ao girar a tampa , a graxa é


impelida pelo orifício localizado na parte inferior do copo.

163
PISTOLAS GRAXEIRAS

São utilizadas para forçar a graxa através dos pinos graxeiros


e esta geração pode ser feita manualmente ou através de ar
comprimido ou ainda por bombas elétricas.

164
SISTEMA CENTRALIZADO DE
LUBRIFICAÇÃO Á GRAXA
Este sistema possibilita lubrificar simultaneamente a um ele-
vado numero de pontos , com quantidade necessária e na fre-
quencia correta. É constituído de bombas , manômetros , val-
vulas, conexões e reservatórios.

Sistema manual Sistema automático


165
ARMAZENAMENTO
E MANUSEIO DE
LUBRIFICANTES

166
ARMAZENAMENTO E MANUSEIO
DE LUBRIFICANTES

As graxas e óleos lubrificantes são emvasados em


diversos tipos de embalagens cuja manipulação impró-
pia poderá trazer prejuízos aos usuários.
Veremos a seguir algumas situações de manuseio irre-
gular que devem ser evitadas a todo custo:

167
ARMAZENAMENTO E MANUSEIO DE
LUBRIFICANTES

A prática de descarregar caminhões jogando os tambores


sobre pneus , descendo rampas sem proteções rolando tam-
bores , podem provocar amassamentos ou ruptura de costu-
ras ocasionamdo vazamentos e riscos de incêndio

168
ARMAZENAMENTO E MANUSEIO
DE LUBRIFICANTES
Os tambores de óleo realizam processo de “respiração”
que provoca uma serie de contaminações ,sendo a mais
grave delas contaminação com água e poeira..

169
ARMAZENAMENTO E MANUSEIO
DE LUBRIFICANTES

Outra forma de se conter entrada de água por aspiração,


é a colocação de calços de madeira sob o tambor de forma
a mantê-lo inclinado e com os bujões na posição horizontal
de forma que toda água retida na superfície escorra para
parte inferior da tampa

170
ARMAZENAMENTO E MANUSEIO
DE LUBRIFICANTES

A exposição dos lubrificantes a temperaturas elevadas pode


incorrerem aceleração de reações indesejáveis e a oxidação
parcial do óleo alterando suas propriedades .Evite armaze-
namento em locais onde haja exposição a fontes geradoras de
calor.

171
ARMAZENAMENTO E MANUSEIO
DE LUBRIFICANTES
Os tambores ou vasilhame contendo lubrificantes , não
devem ficar expostos á ação do tempo pois podem sofrer
descoramento dos rótulos de identificação.

172
ARMAZENAMENTO E MANUSEIO
DE LUBRIFICANTES
O armazenamento dos lubrificantes em locais fechados
não requer muitos cuidados e precauções rigorosas.
A utilização dos produtos deve sempre seguir á ordem de
recebimento , utilizar sempre o que for recebido primeiro.

173
ARMAZENAMENTO E MANUSEIO
DE LUBRIFICANTES

Existem regras básicas para armazenamento de lubrifican-


tes ao ar livre:

•Manter os vasilhame sempre deitados sobre ripas de madei-


ra que impeçam o contato dos tambores com o chão, evitando
assim a corrosão.

•Tambores não devem ser estocados sobre aterros de escoria,


que atacam a chapa dos mesmos.

174
ARMAZENAMENTO E MANUSEIO
DE LUBRIFICANTES
• Nas extremidades de cada pilha de tambores , devemos colo-
car calços de madeira de forma a evitar movimentação dos
mesmos.

175
ARMAZENAMENTO E MANUSEIO
DE LUBRIFICANTES
Os tambores devem ser colocados de tal maneira que os bu-
jões fiquem numa linha horizontal e abaixo do nível do lubri-
ficante.

176
ARMAZENAMENTO E MANUSEIO
DE LUBRIFICANTES
No almoxarifado , os tambores em uso devem estar armaze-
nados sobre estrados ou cavaletes e com adaptação de uma
torneira no bujão inferior.
Após a retirada do lubrificante fechar bem a torneira e
colocar uma lata pendurada nela para evitar gotejamentos
no solo.

177
RISCOS À SAÚDE

Ingestão através
das mãos

Contato através
INTOXICAÇÕES da pele e olhos

Inalação
IRRITAÇÕES E
DERMATITES
INTOXICAÇÕES
178
Como proceder em casos
de contaminação

Contato com a pele:


Lavar a região com água e sabão
abundantes. Não utilizar solventes

Inalação:
Em caso de náuseas ou tonteiras, procurar
local arejado e manter a pessoa em repouso

Ingestão:
Dar ao acidentado um copo de leite e
imediatamente leva-lo ao hospital
179
Como evitar a contaminação

Lavar as mãos Usar equipamentos


com sabão de proteção individual
Não comer com
as mãos sujas

180
Riscos para o meio Ambiente

Contaminação do solo e subsolo

Poluição do ar por queima descontrolada


(emissões e partIculados)

Contaminação de rios, mares, lagos

181
Não é recomendado o uso
alternativo em:

Fabricação Inseticidas Herbicidas Mata bicheiras Queima


de graxas

Processo sem Contaminação Contaminação Contaminação Poluiç


Poluição
controle de do ar do solo, do alimento, rio atmosfé
atmosférica
qualidade, saúde, alimentos, rio e e mar
segurança e mar
controle ambiental

182
183
O QUE É A ANÁLISE DE ÓLEOS ?

É um conjunto de ensaios realizados em labo-


ratório com o objetivo de determinar as condi-
ções físico-químicas do lubrificante novo ou
do lubrificante em uso e possíveis desgastes
dos equipamentos e componentes em que estão
sendo aplicados.

184
POR QUE FAZER ANÁLISE DE ÓLEOS ?

Através dos resultados obtidos nos ensaios


de laboratório podemos intervir preditivamente
antes da ocorrência de falhas ou diagnosticar
falhas que estão ocorrendo nos equipamentos
intervindo de imediato no local exato antes da
quebra.

185
186
1 - INTRODUÇÃO :
Para que haja um resultado significativo e credibilidade no programa de manutenção
preditiva através de resultados de análise de óleos , é necessário que o processo de
amostragem seja realizado de forma correta e eficiente , buscando apresentar
informações reais e precisas sobre o compartimento do equipamento a ser avaliado.
Para que alcancemos este objetivo , devemos obedecer diretrizes básicas para cada
tipo de compartimento e também diferenciando a coleta de equipamentos rodandes e
estacionários.
Antes de darmos inicio a descrição de formas de coletas , é fundamental lembrar que
o frasco onde será acondicionada a amostra deverá estar limpo , seco e totalmente
isento de poeira e limalha, que contenha uma tampa tipo batoque e que a mesma so
deve ser retirada no momento em que o frasco for acoplado á bomba de coleta.
Outro aspecto a ser observado é que , para maior homogeneidade da amostra , é
fundamental que o óleo esteja em temperatura normal indicada para o serviço e que
já tenha circulado por todo o equipamento ou compartimento no momento da coleta.

187
Entrada para
mangueira de
coleta

Bomba para coleta


de amostras

Recipiente
plástico para
coleta

Mangueira para
coleta amostra

188
2 - RECOMENDAÇÕES PRELIMINARES :

1- Manter frascos e mangueiras em local limpo e seco até o momento da utilização.


2 -Antes da coleta , verificar a presença de água ou partículas sólidas no interior dos
frascos e das mangueiras.
3 - Só retirar os batoques dos frascos de coleta no momento de acopla-los á bomba
de coleta.
4 - Não permitir que as pontas das mangueiras encostem em superfícies sujas ou no
solo.
5 - Após coletar amostra recolocar imediatamente a tampa batoque.
6 - Fazer a identificação da amostra imediatamente após a coleta.
7 - Descartar a mangueira de coleta em local apropriado para evitar reutilização da
mesma.
8 - Manter os frascos com amostras em local limpo e seco até seu envio ao labora_
tório

189
3 - IDENTIFICAÇÃO DAS AMOSTRAS :

Para que se obtenha resultados precisos das análise , as informações


sobre as amostras devem ser enviadas ao laboratório para uma avalia_
ção em conjunto.
INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS:
•Identificação do equipamento onde a amostra foi retirada.
•Compartimento de onde foi retirada.
•Identificação nominal do óleo.
•Fabricante do óleo.
•Grau de viscosidade do óleo
•Km ou nº de horas de utilização do equipamento.
•Km ou nº de horas de utilização do óleo.
•Volume de reposição de óleo no período.
190
B - HIDRAULICOS :

O procedimento de coletas dos óleos utilizados em caixas de marcha,


diferenciais e hidráulicos em pouco se diferem do procedimento para
coletas de óleo motor.
As amostras devem ser retiradas através do bocal de abastecimento.
Observar antes da retirada dos bujões para introdução da mangueira se
não existem impurezas solidas ,caso exista , remover com pano ou tra_
pos. Após a limpeza e retirada dos bujões, verificar existência de lima_
lha,caso exista , retira-las da mesma forma utilizando panos ou trapos.
Introduzir a mangueira e realizar a coleta de amostra.
Nunca utilizar drenos ou a sede dos filtros para coleta de amostras.

191
5 - COLETA DE ÓLEOS INDUSTRIAIS :

As coletas de amostras de óleos em equipamentos industriais podem


ser realizadas tanto com a bomba de coleta como pelos drenos ou
registros existentes nos equipamentos.
Em caso de coletas realizadas através de bicos , registros ou drenos ,
antes da coleta deve-se deixar que haja escorrimento de uma quanti_
dade significativa de óleo para que sejam retirados depósitos de
partículas e impurezas sedimentadas nos tubos, evitando assim com_
taminação das amostras que podem levar a falseamento dos resulta_
dos.

192
193
1 - VISCOSIDADE

É uma das características mais importantes no controle de óleos usados e


obrigatóriamente deve ser mantida dentro de limites especificados.

Um aumento de viscosidade geralmente indica:


A - Possível reposição com óleo de maior viscosidade.
B - Presença de contaminação com insolúveis.
C - Contaminação pronunciada do óleo.
D - Possível contaminação com água.
E - Ineficiência do sistema de purificação
(filtros).
A redução da viscosidade pode ter as seguintes causas:
A - Reposição com óleo de menor viscosidade.
B - Contaminação por combustível ou produto de limpeza.
C - Queda nos aditivos melhoradores de viscosidade.
D - Craqueamento através de temperatura.
194
2 - PRESENÇA DE ÁGUA

Para lubrificantes de máquinas e motores, a contaminação com água é um veneno


poderoso e pode resultar em problemas como:
A - Falha de lubrificação de locais críticos.
B - Formação de borra em óleos usados ocasionando entupimento de filtros e
condutos de lubrificação.
C - Precipitação dos aditivos do óleo por hidrólise.
D - Ocorrência de oxidação de superfícies metálicas.

Geralmente recomenda-se trocar o óleo quando a contaminação atinge um valor


de 0,2% para óleos lubrificantes e para óleos de transformadores não é admis-
sível presença de água.

195
3- PONTO DE FULGOR

A determinação do ponto de fulgor em um lubrificantevono-


ou seja sem uso,
tem grande importância no aspecto de segurança pois em determinadas
condições pode-se incorrer em incêndios e possíveis explosões. Nos lubrificantes
usados em motores a explosão, ou de combustão interna, permite avaliar se
houve ou não diluição
por combustível
Em óleos motores usados a temperatura mínima permitida é de 200oC, abaixo
desta temperatura indica-se presença de combustível no óleo.
Em geral, as variações para menor do ponto de fulgor podem ser sinais
indicativos de :
A- Reposição com óleo de menor ponto de fulgor.
B- Contaminaçãopor combustível o que pode facilitar explosões no cárter.
C - Craqueamento em virtude de superaquecimento em regiões localizadas.
Quando as variações são para maior as possíveis causas são:
A - Reposição de óleo de maior ponto de fulgor.
B - Evaporação de parte das frações leves em virtude de trabalho acima da
temperatura ideal.
É bom lembrar que quando da contaminaçãopor algum lubrificante ou
combustível independente do ponto de fulgor a tendência do lubrificante é de ter
fulgor mais baixo.
196
4 - TBN E TAN

O T.B.N. (Numero de Basicidade Total) é um ensaio realizado em lubrificantes de


motores de combustão interna , quando é necessário determinar a reserva de
protetividade que o mesmo pode dar as partes metálicas do motor. Esta
necessidade de presença de aditivos alcalinos em óleos motor dá-se devido a
formação de ácidos fortes gerados atra- vés da queima dos combustíveis (O DIE-
SEL CONTÉM % VARIADO DE ENXOFRE)

O T.A.N. (Número de Acidez Total) é utilizado para medir aintensidade de produtos


ácidos originados na utilização do lubrificante .Os mais comuns são os ácidos
inorgânicos ácidos orgânicos, sabões metálicos, e produtos de oxidação originados
devido ao tempo de uso e também a exigências do serviço.

197
5 - INSOLÚVEIS

Processo de determinação de partículas insolúveis em pentano através de


centrifugação de amostra quantificada . Os insolúveis em pentano são constituídos
por:
A ) Material de desgaste e resultante de corrosão como partículas metálicas eóxi-
dos.
B) Contaminantes como poeira , areia, sílicas, fibras orgânicas etc...

C ) Partículas de oxidação do óleo e aditivos degradados , lacas, vernizes.


É um ensaio importante pois através dele pode-se medir a eficiência dos aditivos de
detergência do lubrificante e eficiência dos filtros

198
6 - DESGASTES METÁLICOS
Esta medição é realizada por espectofotometria de absorção atômica.É o
processo mais rápido para determinação dos elementos inorgânicos presentes
nos óleos lubrificantes usados tais como, metais de desgaste, contaminações
externas e aditivos presentes. Nos óleos de cárter usados podemos encontrar
com frequência os seguintes metais:
A - Ferro, Cobre, Cromo, Estanho, Alumínio (materiais de desgaste do motor).
B - Silício, Magnésio, Cálcio, Alumínio (contaminantes extermos)
C -Cálcio, Bário, Magnésio, Zinco (aditivação do óleo )
D -Combinação de Sódio ou Potássio, Cromo ou de Sódio e Potássio e Boro
( água de refrigeração).
Existem valores para avaliação dos desgastes. Estes valores sào definidos atra-
vés de estudos estatísticos baseados em retorno de informações dos clientes.

199
TIPOS DE CONTAMINAÇÃO METÁLICA
E DESGASTES

METAIS DE DESGASTE:

-FERRO - TITANIO
- CROMO - ANTIMONIO
- ALUMINIO - ESTANHO
- MOLIBDÊNIO - CHUMBO
- COBRE
- NIQUEL
- PRATA

200
TIPOS DE CONTAMINAÇÃO METÁLICA
E DESGASTES
METAIS CONTAMINANTES:
- SILICIO
- SÓDIO
- POTÁSSIO
- BORO
METAIS DE ADITIVAÇÃO:
- MAGNÉSIO
- CÁLCIO
- BARIO
- ZINCO
- FÓSFORO
201
TIPOS DE CONTAMINAÇÃO METÁLICA
E DESGASTES
POSSÍVEIS FONTES
FERRO : Pistãos , Aneis, Cilindros, Engrenagens,
Bloco,Cabeçote, Camis , Pistas De Rolamentos
CROMO : Buchas , Camaras , Aneis, Alguns Tipos de
Engrenagem,Varios revestimentos.
MOLIBDÊNIO: Varios revestimentos de aneis , Ligas
e Aditivo do óleo

ALUMINIO: Pistãos, embuchamentos, acionadores, blocos,


Ventiladores, partes centrais de trocadores de calor.

202
TIPOS DE CONTAMINAÇÃO METÁLICA
E DESGASTES

COBRE : Buchas, Rolamentos, Acionadores de pistãos, Arruelas


de vedação.
CHUMBO : Revestimento de rolamentos, Ligas de rolamentos,
Acionadores de pistãos,embreagens umidas.
ESTANHO: Rolamentos , Revestimentos ou Ligas de pistãos.
NIQUEL : Contaminante pesado provenientes de combustivel,
Revestimento de sede de valvulas.
PRATA : Pinos de embuchamentos, Rolamentos do turbo,
Rolamento de agulha.

203
TIPOS DE CONTAMINAÇÃO METÁLICA
E DESGASTES

ANTIMONIO: Ligas de rolamentos , ligas de metais brancos,

TITANIO: Rolamentos de turbinas á gas, Cubos de rodas e


Facas de corte.
SILICIO : Poeira do meio ambiente.

POTASSIO : Contaminação do óleo com coolant.

BORO, MAGNÉSIO, CÁLCIO, BÁRIO, FÓSFORO E ZÍNCO


São metais de aditivação dos óleos lubrificantes.

204
FATORES QUE INFLUENCIAM NO DESGASTE

1 2
CONTAMINAÇÃO CONTAMINAÇÃO
EXTERNA INTERNA

3 4
MANUTENÇÃO APLICAÇÃO

205
1- CONTAMINAÇÃO EXTERNA :
- ÁGUA ( SIST. ARREFECIMENTO)
- COMBUSTIVEL ( SISTEMA ALIMENTAÇÃO)
- POEIRA ( SISTEMA DE FILTRAÇÃO )
- ÓLEO DIFERNTE ( ABASTECIMENTO)

2- CONTAMINAÇÃO INTERNA :
- DESGASTE NORMAL ( PISTÕES , CAMISAS )
- SUPERFICIE DE SACRIFICIO ( MANCAIS )
- DESGASTE DE AMACIAMENTO
- IMPUREZA DE FABRICAÇÃO
206
3 - MANUTENÇÃO :
- UTILIZAÇÃO DE ÓLEO INCORRETO
- REGULAGENS INCORRETAS
- SIST. ARREFECIMENTO DEFICIENTE
- COMBUSTIVEL DE BAIXA QUALIDADE
- EXTENSÃO DE UTLIZAÇÃO DO ÓLEO
4 - APLICAÇÃO :
- CLIMA LOCAL
- TIPO DE OPERAÇÃO
- SOBRECARGA DE TRABALHO
-TEMPERATURA DE APLICAÇÃO

207
208
• Cada 1 litro de óleo lubrificante jogado no meio ambiente
é capaz de contaminar 1.000 000 m3 de água

• Os produtos derivados de petróleo como óleos lubrificantes,


gasolina e solventes atualmente são a 2º maior fonte de polui_
ção de nossos lençois freáticos no Brasil .

• Todo óleo lubrificante usado pode e deve ser reciclado

209
•Despejar óleo nos ralos

•Despejar óleo nas canaletas de coletores de esgoto

•Espalhar óleo na terra , nas ruas ou estradas

•Nunca descartar óleos em lagoas , lagos ou rios

•Nunca queimar o óleo usado ao ar livre.

•Não misturar o óleo a qualquer outro produto

210
Contaminação do solo e subsolo
provocando danos a flora

Poluição do ar por queima descontrolada


(emissões de partIculados que provocam
doenças respiratórias)

Contaminação de rios, mares, lagos e lençóis


freáticos

211
Todo o óleo usado deve ser recolhido em recipiente com tampa
e armazenado em local seguro até ser coletado por uma empresa
credenciada e autorizada pelo governo a recolhimento , transpor_
te e reciclagem.
Já se encontra em vigor no Brasil uma resolução do CONAMA
( Conselho Nacional do Meio Ambiente ) que descreve as diretri_
zes para esta atividade. Resolução CONAMA nº9 de agosto de
1993

212
Cesar Henrique Freiha
PME-T - Ramal - 2406
Cel.: 99775519
213

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