e
Or atór ia
(Pr egação e a Ar te de Falar em Público)
Pr . Walter Almeida Jr .
(Abr il de 2014)
2
SUMÁRIO
Introdução
I. HOMILÉTICA
1. Definições
a. Aspectos técnico e prático
b. Finalidade
2. Origem
3. Porque estudar homilética
4. Ciência, arte e técnica
II. PREGAÇÃO
1. Definições
a. Métodos da pregação
b. Material da pregação
c. Meta da pregação
2. Origem
3. Necessidades e elementos
III. PREGADOR
1. Quem
2. Chamada
3. Requisitos e perigos na vida
IV. SERMÃO
1. Definição
2. Elementos
3. Esquema
4. Tipos
5. Exemplos
V. FALANDO EM PÚBLICO
1. Tipos de oradores
VI. DISCURSO
1. Definição
2. Esquema
3. Espécies
VII. PALESTRAS
1. Definição
2. Esquema
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
3
INTRODUÇÃO
Ele, por ser o pregador, deixou-nos a arefa da pregação, di endo: “Ide por odo o
mundo, e pregai o evangel o a oda a cria ura” (Mc 16.15). Já o Espíri o San o, a ravés
de um grande pregador, o após olo Paulo, disse: “ Procura apresentar-te diante de
Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a
palavra da verdade” (2 Tm 2.15).
“Por an o, meus amados irmãos, sede firmes e cons an es, sempre abundan es na
obra do Sen or, sabendo que o vosso rabal o não é vão no Sen or” (1 Co 15.58).
4
I. HOMILÉTICA
A homilética tem sido estudada sob vários aspectos, mas, muitas vezes, é mal
entendida por aqueles que a estudam, pois muitos não sabem a sua definição correta.
Por isso, começamos definindo este termo tão rico e necessário aos pregadores da
igreja hodierna.
Disse certo pregador: “Dedica os esforços da tua mente ao estudo dos meios e modos
da pregação para salvar os pecadores. Faze disso o grande e intensivo estudo da tua
vida”.
1. DEFINIÇÕES
A palavra homilética tem origem no termo grego homiletik que significa “o ensino em
tom familiar”. Também da mesma origem tem o termo homileo, que quer dizer
“conversar ou conversação”, que encon ramos no ex o original do livro de Atos 20.11,
onde significa conversação. Também a palavra homilia que significa “prá ica sobre
coisas de religião”.
a. ASPECTOSTÉCNICO E PRÁTICO
1
Preparação de Sermões, A. W. Brackwood
2
Manual de Homilética, Burt
3
Apostila de Homilética, Prof. Helenildo Alves, pg. 03
5
b. FINALIDADE
2. ORIGEM
O cristianismo foi a primeira religião universal que a humanidade conheceu, pois antes
as religiões eram simplesmente nacionais, tribais ou familiares.
O próprio judaísmo, de onde nasceu o cristianismo, não foi diferente. Começou como
religião familiar, depois passou a tribal e chegou à religião universal.
Na Idade Média a homilética era conhecida como a arte de fazer sermões e era quase
a única forma de oratória conhecida. Na época, qualquer discurso que fosse
apresentado na igreja considerava-se um sermão.
4
Homilética, Plínio Moreira da Silva, ABECAR, 1985, pg. 15
6
Hoje, a homilética é usada por todos os pregadores que reconhecem que a mensagem
da Bíblia não volta vazia (Is 55. 10, 11).
“Pregar qualquer pessoa prega, mas pregar corre amen e exige es udo e dedicação;
quem não o fa é mandrião”.7
O estudante da homilética nunca deverá pensar que o estudo e cult ura que possui
podem tomar o lugar da oração, do estudo sistemático e devocional da Bíblia nem,
muito menos, a operação singular do espírito em sua vida como pregador do
evangelho. Ao preparar um sermão, consequentemente, deve-e estar orando e
meditando na Palavra de Deus e sendo edificado.
“A omilé ica é uma ciência, quando considerada sob o ponto de vista de seus
fundamentos teóricos (históricos, psicológicos e sociais).
É uma arte, quando considerada em seus aspectos estéticos (a beleza do conteúdo e
da forma).
É uma écnica, quando considerada pelo modo específico de sua execução ou ensino”.8
5
Prega a Palavra, Geziel Gomes, CPAD, 1984, pg. 17
6
Prega a Palavra, Geziel Gomes, CPAD, 1984, pg. 14
7
Apostila de Homilética, Prof. Helenildo Alves, pg. 05
8
Homilética, Plínio Moreira da Silva, ABECAR, 1985, pg. 17
7
II. PREGAÇÃO
A pregação na igreja cristã tem sido um dos meios mais eficazes na proclamação do
evangelho de Jesus Cristo. Pregadores, hoje, temos muitos, mas nem todos sabem o
que é ou o que significa pregação. Estudemos, então, esta tão maravilhosa tarefa.
1. DEFINIÇÕES
a. MÉTODO DA PREGAÇÃO
b. MATERIAL DA PREGAÇÃO
c. META DA PREGAÇÃO
A meta da pregação não poderia deixar de ser outra a não ser a de persuadir. A
persuasão era a meta principal da pregação apostólica. Notamos isso na pregação de
9
The Marking of the Sermon, T. Harwood Pattison, ABPS, 1941, pg. 03
10
El Sermón Eficaz (O Sermão Eficaz), James D. Crane, JUERP, 89, pg. 18
8
Pedro (At 2.40), de Paulo (At 20.31; 26.29; 2Co 5.11, 14, 20). Suas mensagens eram em
om de urgência e os seus resul ados comprovam es a me a de persuadir. “A pregação
apostólica era uma combinação de todos estes procedimentos, com o acréscimo de
orações e lágrimas”.11
Textos para meditação: Jd 23; At 2.37, 41; 14.1; 17.6; 19.26.
2. ORIGEM
Entre o antigo povo hebreu, no tempo dos profetas, na época em que era lida a Lei e
havia discursos nas sinagogas, no judaísmo houve uma espécie de prédica pública, pois
a pregação não fazia totalmente parte da liturgia do tabernáculo, do templo ou das
sinagogas.
Em meio ao paganismo, tanto grego como romano, entre sua religião e filosofia,
tinham uma prédica fina e bem polida, mas, no entanto, não lhe davam a ênfase que o
verdadeiro cristianismo lhe dá.
No início do Novo Testamento nos deparamos com o último e maior dos profetas e o
primeiro dos pregadores: João, o Batista. Jesus, por sua vez, foi o maior pregador que o
mundo já viu. Alguém, certa vez, disse: “Jesus, o prega or ivino”.
Os apóstolos, aqueles que continuaram com a pregação do evangelho, aprenderam a
pregar com o mestre durante o seu ministério terreno. Eles passaram, mais ou menos,
três anos no seminário de Jesus.
Hoje, no século XXI, a pregação da igreja do Sen or “ em sido marcada por uma
mis ura de pregadores poderosos e de pregadores exibicionis as e fracos”.12
3. NECESSIDADES E ELEMENTOS
11
Pattison, op. Cit., pg. 18
12
Helenildo, op. Cit., pg. 08
9
Disse cer o pregador que “a glória do serviço a Cris o consis e em servi-lo com o
melhor do melhor. Se o servimos com sermões, ele merece que preguemos o melhor
que a men e se a capa de elaborar, e a língua de proclamar”.13
III. PREGADOR
Todo aquele que se diz pregador, ou que deseja esta tão nobre missão, deve, pelo
menos saber, quem é um pregador, sua chamada, seus requisitos e os perigos que
enfrenta na vida.
1. QUEM
13
Sermons, New York, Funk & Wagnalls Company, C. H. Spurgeon, XVI, pg. 185 e 186
10
Entre outras, o pregador é um escolhido (Jo 15.16), uma testemunha (At 1.8; Jo 3.11),
um soldado (2 Tm 2.3, 4), um obreiro (2 Tm 2.15), um pregador (2 Tm 2.7), um
despenseiro (1 Co 4.1), um embaixador (2 Co 5.20).
2. CHAMADA
IV. SERMÃO
1. DEFINIÇÃO
Johnson definiu o sermão como “um discurso religioso formal, baseado na Palavra de
Deus, e que em por ob e ivo salvar os omens”.15
O professor Helenildo o definiu da seguin e maneira: “É o discurso cris ão pregado no
púlpito; prédica; admoestação, com o fim de moralizar, censurar, repreender”.16
14
Homem Batista, 1º trimestre, 1989, JUERP, pg. 09
15
El Ministério Ideal, Herrick Johnson, C. Pub. El Faro, México, 1940, pg. 23
16
Helenildo, op. Cit.,pg. 18
12
Analisando estas definições encontramos uma terceira que adotamos para a nossa
obra: “sermão é um discurso cris ão baseado na Palavra de Deus, com o fim de salvar
almas e edificar os cristãos, admoestar, moralizar e repreender o que for necessário”.
2. ELEMENTOS
Texto é a passagem da Bíblia, breve ou extensa, onde o pregador baseia seu sermão.
Homileticamente falando, é a passagem bíblica usada como base do sermão.
e. Tese. Ela informa aos ouvintes o que se pensa a cerca do tema dado, o que vai ser
explicado, ou a pergunta que será respondida durante a mensagem.
Tese é uma síntese do sermão; é uma declaração que contém em si uma proposta de
discussão. É desenvolvida a partir de um tema.
Exemplo: Título – Orai sem Cessar.
Texto – At 4.23-31.
Tema – Orar é Mudar.
Introdução – breve comentário do texto.
Tese – “A oração da igre a é o meio pelo qual Deus quer mudar as
coisas nes e mundo!”
Para uma boa divisão no corpo do sermão, devemos observar quatro regras principais:
Nenhuma divisão deve ser coextensiva com o assunto;
O conjunto das divisões deve cobrir todo o terreno da tese;
Cada divisão deve ser diferente da outra;
Todas as divisões devem ter a mesma classe de relação com o assunto.
g. Conclusão e Apelo.
Conclusão – é o mesmo que peroração. Ela é uma síntese de tudo o que o
pregador disse em seu sermão e deve ter uma recapitulação, uma
aplicação e uma demonstração. Deve ser breve, simples e direta. Ela é
um apelo à razão e à inteligência do ouvinte.
Convite – O sermão deve ser concluído com um convite, o qual também é
conhecido por apelo. É muito difícil que haja uma fé verdadeira em
Jesus como salvador pessoal sem que haja também uma corajosa
disposição para confessá-lo perante o mundo. E esta é uma das razões
porque se deve fazê-lo.
3. ESQUEMA
II.
1.
a.
Conclusão e Convite
4. TIPOS DE SERMÕES
1. Sermão Textual
2. Sermão Tópico
3. Sermão Expositivo
4. Sermão Expositivo
5. Sermão Histórico
6. Sermão Testemunho Pessoal
Sermão Textual – É aquele que os seus pontos derivam do texto bíblico escolhido.
Pode ser uma passagem completa, um só versículo à luz do seu contexto ou parte de
um versículo. O seu tema é extraído do texto bíblico tomado para o sermão.
Este sermão pode ser: natural, sintético e analítico.
Natural, porque os seus pontos são extraídos do próprio texto bíblico,
isto é, dá ao pregador a oportunidade de usar as próprias palavras
textuais.
Sintético, porque permite ao pregador preparar o esquema do sermão
sem se preocupar com a ordem das partes do texto bíblico. Seus pontos
podem vir de expressões sintéticas do pregador, resumindo partes do
texto tomado.
Analítico, porque divide, analiticamente, ao máximo, o texto bíblico
tomado. O seu tema é tirado da idéia geral do texto.
15
O assunto do sermão tópico deve ter um texto bíblico no qual ele se enquadre
corretamente.
Exemplo: Arrependimento e Fé
Atos 17.30-34
O Arrependimento é um Ato Inseparável da Fé
Introdução
Tese
I. O Arrependimento é Importante
II. O Arrependimento Significa
III. O Arrependimento Vem com Fé em Cristo
IV. O Arrependimento com Fé é Fundamental
Conclusão e Convite
16
Sermão Expositivo – É aquele cujos pontos vêm da exegese do texto bíblico tomado e
pode ser apoiado por referências bíblicas.
É a interpretação minuciosa, a amplidão lógica e a aplicação prática de um texto
bíblico. Nele o pregador escolhe um texto da Bíblia com o objetivo de abrir, tratar e
aplicar todo o seu conteúdo.
17
Helenildo Alves, op. cit., pg. 29
18
Ibip., pg. 29
17
Introdução
Tese
I. Antes da Transformação
II. A Transformação Aconteceu
III. A Minha Vida Transformada
Conclusão e Convite
5. EXEMPLOS
b. Sermão Tópico
A Volta de Jesus
Filipenses 4.5b
Jesus Vem
Filipenses – A mais doce carta de Paulo.
Tema da carta: A alegria da vida e do serviço cristão manifestados em todas as
circuns âncias”.
Escrita em, mais ou menos, 64 d.C.
O capítulo 4 contém exortações, tais como:
v. 1 – firmeza
v. 2 – unanimidade
v. 3 – cooperação
v. 4 – regozijo
v. 5 – moderação
v. 6 – ansiedade
v. 7 – mente santa
v. 8 – prática do cristianismo
E os acontecimentos finais.
Moderação: prudência, cautela, cuidado, paciência.
“Per o es á o Sen or” – o Senhor está por vir. E neste mesmo pensamento:
1 Ts 5.2 – “Que o dia do Sen or virá como vem o ladrão de noi e”. A recíproca é
verdadeira.
“Jesus vem e impor a que es e amos esperando como di a Palavra de Deus”. (Tese).
De acordo com a comparação feita da vinda de um ladrão e a volta de Jesus,
entendemos que ele vem quando não se espera; levará o melhor e deixará mais do
que levará.
19
Jesus vem e você, meu amigo, precisa estar esperando-o, estar entre aqueles que
serão levados.
Aceite a Cristo hoje e receberá estas bênçãos!
c. Sermão Expositivo
A Igreja do Senhor
Capítulo 1 de 1 Tessalonicenses
Uma Igreja Fiel
Queridos ouvintes, o capítulo 1 desta carta é um elogio à igreja em forma de ação
de graças a Deus pelas fidelidade dos tessalonicenses.
“O exemplo de fidelidade da igre a em Tessalônica serve como ins rução e desafio
às nossas igre as o e”. (Tese).
I. Uma saudação fiel – 1.1, 2
1. A saudação de Paulo:
a. Em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo – v. 1a.
b. Graça e paz vos sejam dadas – v. 1b.
2. Ação de graças – v. 2a.
3. Oração pelos tessalonicenses – v. 2b.
II. Fiéis em virtudes cristãs – 1.3
1. Obra de fé – v. 3a.
2. Trabalho de amor – v. 3b.
3. Firmeza de esperança – v. 3c.
III. Fiel na aceitação do evangelho – 1.4-6
1. Como eleitos – v. 4.
2. Conhecendo o poder da Palavra – v. 5.
3. Com gozo do Espírito Santo – v. 6.
IV. Fiel no testemunho – 1.7-10
1. Como modelo para os outros – v. 7.
2. Como instrumento de divulgação da fé em Jesus – v. 8.
3. Como testemunha viva da conversão a Deus – v. 9.
4. Como testemunha da esperança da volta de Cristo – v. 10.
a. Que ressuscitou dentre os mortos.
b. Que nos livra da ira vindoura.
Para a igreja neotestamentária há um padrão de medida que é a fidelidade a
Cristo. A fidelidade a ele não depende do número de membros, nem do tamanho
do templo, nem do orçamento da igreja, nem do grau de instrução do seu pastor.
Por séculos Tessalônica permaneceu sendo a fortaleza do cristianismo e foi
conhecida como a cidade ortodoxa.
Façamos uma reflexão: a sua igreja, daqui a um século, ainda estará dando fiel
testemunho de Cristo? Se todos os membros da minha igreja fossem como eu,
como ela seria?
d. Sermão Biográfico
A Vida de Paulo
Atos 22.1-16
Os Três Tempos na Vida de Paulo
21
V. FALANDO EM PÚBLICO
22
Aquele que é pregador do evangelho deve ter em sua mente que é um embaixador do
reino de Deus e tem a grande responsabilidade de transmitir a mensagem da Palavra
de Deus ao povo da terra.
O pregador que se pre a fa como fe o profe a Ageu”En ão, Ageu, o mensageiro do
sen or, falou ao povo, conforme a mensagem do Sen or...” (Ag 1.13).
Mas a mensagem do Senhor é entregue através das palavras. Por isso, o pregador deve
usar palavras claras para melhor compreensão dos seus ouvintes. Cabe aqui o que diz a
Palavra do Senhor no livro de Eclesiastes, ou o Pregador, capítulo doze e versículos
nove e de : “Além de ser sábio, o pregador também ensinou o povo o conhecimento,
meditando, e estudando, e pondo em ordem muitos provérbios. Procurou o pregador
ac ar palavras agradáveis, e escreveu com acer os discursos plenos de verdade”.
Damos a seguir algumas definições que são indispensáveis e que todo pregador deve
saber:
Oratória – Arte de falar em público de forma elegante, precisa, fluente e atrativa,
criada pelos romanos.
Retórica – estudo teórico e prático dos métodos que desenvolvem e aperfeiçoam o
talento natural da palavra, baseado na observação e no raciocínio.
Eloquência – é desenvolvida e aperfeiçoada na teoria e na prática da oratória. Nela se
desenvolve a aptidão natural de falar.
Voz – principal veículo da comunicação verbal. É o som ou o conjunto de sons
produzidos na laringe pela vibração das pregas vocais, sob a ação do ar vindo dos
pulmões, que sai pela boca e, em parte, pelas vias nasais.
Articulação – variação dos sons. Faz-se com a língua, os dentes, os lábios, o maxilar, a
mandíbula e o paladar.
Pronúncia – modo de dizer as palavras.
Expressão – o sentido das palavras usadas.
Modulação – os tons da voz, que são:
d. Tom alto – expressa raiva, surpresa, gozo, hesitação.
e.Tom médio – conversação normal.
f. Tom baixo – expressa tristeza, vergonha, compaixão.
Cuidemos da nossa voz, pois Deus a usa para a transmissão da sua mensagem ao
mundo.
1. Tipos de oradores
a. O resmungão;
b. O gritador;
c. O cantarolador;
d. O monótono;
e. O repetidor;
f. O pigarreador;
g. O cochichador;
h. O corredor;
i. O voz-baixador.
Se você tem algum (ou alguns) dos defeitos acima citados, procure corrigi-lo.
Pode-se usar a correção desses defeitos a ajuda de uma pessoa amiga, ensaios com
gravação ou até o tratamento médico, se for o caso.
VI. DISCURSO
O que temos observado é que estão se fazendo e proclamando discursos como nunca
se ouviu. Mas poucos têm visto, e quase ninguém tem notado, que o aumento dos que
falam em público é, aparentemente, claro, dramático e generalizado.
Homens e mulheres de negócios – falam em conferências, seminários, painéis e
mesas redondas.
Pais – solicitam às juntas de educação melhores professores e escolas.
Ecologistas – fazem discursos sobre a conservação do planeta.
Donas de casa – falam acerca dos problemas femininos.
Políticos – pedem votos em seus discursos.
Idosos – falam a cerca de seus problemas específicos em conferências.
Uma pessoa comum fala cerca de trinta e quatro mil e vinte palavras por dia. Isto é
igual a vários livros por semana, o que equivale a mais de doze milhões de palavras por
ano. Falar é indispensável.
Parece ser um trabalho enorme preparar-se para fazer um discurso, mas não é.
Se soubermos a definição correta de discurso e seus esquemas principais, veremos que
não é tão difícil assim.
1. DEFINIÇÃO
2. ESQUEMA
a. Discurso Normal.
I. Introdução
1. Captar a atenção.
2. Resumo do que se vai falar.
II. Apresentação
1. Pontos principais.
2. Ordenação lógica.
3. Sustentação.
III. Conclusão
1. Recapitulação.
2. Afirmação memorável.
b. Discurso de Apresentação.
I. Introdução
1. Captar a atenção.
2. Resumo do que se vai falar.
II. Apresentação
1. Por que este orador?
2. Por que este assunto?
3. Por que esta audiência?
4. Por que agora?
III. Conclusão
1. Recapitulação.
2. Afirmação memorável: apresentação formal do orador.
Obs.: Não exceder quarenta minutos neste tipo de discurso.
c. Discurso de Aviso
I. Introdução
1. Captar a atenção.
2. Resumo do que se vai falar.
II. Apresentação
1. Acontecimento.
2. Data e dia da semana.
3. Hora.
4. Local.
5. Custo.
6. Aspectos especiais.
7. Importância.
8. Outros pormenores necessários.
III. Conclusão
1. Recapitulação.
2. Afirmação memorável.
d. Discurso de Entrega
I. Introdução
1. Captar a atenção.
2. Resumo do que vai se falar.
II. Apresentação
25
1. Finalidade do prêmio.
2. Antecedentes da organização.
3. Retrospecto dos premiados anteriormente.
4. Resumo biográfico do atual premiado.
5. Descrição do prêmio.
III. Conclusão
1. Recapitulação.
2. Afirmação memorável: a entrega do prêmio.
e. Discurso de Recebimento
I. Introdução
1. Captar a atenção.
2. Resumo do que vai se falar.
II. Apresentação
1. Expressar sincero apreço.
2. Elogiar a ajuda e cooperação de outros, se for o caso.
3. Enunciar planos para uso, exibição, etc., do prêmio.
III. Conclusão
1. Afirmação memorável.
2. Conclusão.
3. ESPÉCIES
Além dos que já foram citados com os seus esquemas, há discursos de várias espécies
que utilizam o esquema do discurso normal. São eles:
a. Formatura.
b. Casamento.
c. Aniversário de quinze anos.
d. Bodas.
e. Inauguração de templos ou grupos musicais da igreja.
f. Homenagem e homenageado.
g. Aniversários diversos.
h. Etc.
VII. PALESTRAS
1. DEFINIÇÃO
Para a palestra não temos um esquema fixo, pelo fato dos diversos tipos de assuntos.
Porém, podemos sugerir o seguinte, com o fim de ajudar ao que pretende entrar neste
mister.
I. Introdução
26
A palestra deve ser natural e espontânea, isto é, deve ser de acordo com a maneira do
palestrante.
É sempre bom o palestrante, após a palestra e a sessão de perguntas e respostas, ficar
um pouco mais no local, caso haja alguém que queira esclarecimentos em particular.
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA