DEMOGRAFIA
Caderno de apoio
Bárbara Bäckström
DEMOGRAFIA
Caderno de apoio
Universidade Aberta
2007
1
INDICE
Livro Adoptado
Contexto e Justificação
Plano de avaliação
OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM
Indicações bibliográficas
Objectivos de aprendizagem
Indicações bibliográficas
Objectivos de aprendizagem
2
Conteúdos programáticos e clarificação de tópicos mais complexos
Indicações bibliográficas
Objectivos de aprendizagem
Indicações bibliográficas
Objectivos de aprendizagem
Indicações bibliográficas
Objectivos de aprendizagem
Indicações bibliográficas
Objectivos de aprendizagem
Indicações bibliográficas
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VIII. ANÁLISE DOS MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS
Objectivos de aprendizagem
Indicações bibliográficas
GLOSSÁRIO
ANEXOS
4
Apresentação do Caderno de Apoio
5
Livro adoptado
6
Interpretar os dados referidos, recorrendo à conciliação das abordagens
qualitativas e quantitativas, através da intersecção com as estruturas e práticas
sociais mais alargadas.
7
Para o desenvolvimento deste programa considera-se de consulta obrigatória todos os
capítulos do livro adoptado Demografia- A ciência da população de J. Manuel
Nazareth.
O programa da disciplina Demografia corresponde à sequência de conteúdos
apresentada no índice do Livro adoptado. Nem todos os conteúdos do livro serão alvo
da matéria e do programa desta disciplina de Demografia da Universidade Aberta.
Assim aconselha-se a seguir os tópicos deste programa organizado desenvolvido com a
seguinte estrutura, para cada capítulo do manual adoptado:
a) Identificação do Capítulo;
b) Enumeração dos pontos do capitulo abrangidos pelo programa da disciplina de
demografia e respectiva numeração desses pontos no manual adoptado;
c) Objectivos pretendidos em cada capítulo;
d) Tabela em que se faz corresponder os pontos / conteúdos do programa às respectivas
páginas do livro e aos objectivos anteriormente anunciados.
8
II. A Explosão demográfica: um velho problema com novas dimensões
Introdução
Introdução
1. (2.1.) A população antes do aparecimento da escrita
2. (2.2.) Os primeiros dados numéricos de interesse demográfico
3. (2.3.) A Antiguidade: do crescimento ao primeiro «mundo cheio»
4. (2.4.) O Nascimento do Ocidente Medieval e o declínio da população
5. (2.5.) A recuperação demográfica do Ocidente Medieval e o aparecimento de um
segundo «mundo cheio»
6. (2.6.) A peste negra
7. (2.7) O Modelo Demográfico do Antigo Regime
8. (2.8.) O crescimento da população na Europa Ocidental e o terceiro “mundo cheio”
9. (2.9.) A evolução da População nas restantes partes do mundo
10.(2.10.) A explosão demográfica: um fenómeno novo ou um velho problema com
novas características ?
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IV. Os sistemas de informação demográfica e a análise da qualidade dos dados
Introdução
1. (4.1.) Os sistemas de Informação demográfica
Os Recenseamentos da população
As Estatísticas demográficas de Estado Civil
Outros sistemas de informação demográfica
2. (4.2.) A análise da qualidade da informação
A Relação de Masculinidade dos nascimentos
O Índice de Whipple
O Índice de Irregularidade
O Índice Combinado das Nações Unidas (ICNU)
A equação de Concordância
3º Trabalho prático resolvido
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VII. Análise da Natalidade, Fecundidade e Nupcialidade
Introdução
1. (7.1.) As Taxas Brutas enquanto medidas elementares de análise da natalidade e da
fecundidade
2. (7.2.) Tipos particulares de natalidade e fecundidade
A fecundidade por idades e por grupos de idades
A fecundidade dentro do casamento
A fecundidade fora do casamento
A natalidade por meses
3. (7.4.) O princípio da translação
4. (7.5.) Análise da nupcialidade e do divórcio: as taxas brutas enquanto medidas
elementares de análise
6º Trabalho prático resolvido
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d) Indicações bibliográficas complementares. Propostas de leitura e consulta para a
consolidação ou para o desenvolvimento de informação que é também citada no
livro adoptado.
Dentro de cada uma das unidades é feita referência a quadros e figuras que remetem
para o livro adoptado. Nota: É aconselhável saber manusear as funções da máquina
de calcular.
Contexto e Justificação
O estudo da Demografia insere-se num contexto mais vasto - o das ciências sociais –
considerando-se uma ciência autónoma, diferente da sociologia ou da economia e exige
que à partida haja uma clarificação dos principais conceitos. No entanto, sabemos que
não é possível traçar fronteiras entre as diversas ciências sociais, tendo todas o homem
como objecto de estudo. Nesta óptica, a Demografia não difere das outras ciências
sociais. O seu objecto de estudo também é o comportamento do homem em sociedade e
também necessita das informações das outras ciências sociais.
Numa primeira análise, a Demografia aparece-nos como uma resposta científica a um
conjunto de questões relacionadas com a descrição da população humana. Para além
disso, a Demografia estuda aspectos relacionados com o ordenamento espacial da
população, a alteração de estruturas familiares, as consequências do envelhecimento
demográfico no futuro da segurança social, a composição da população activa, as
necessidades e a localização de equipamentos sociais. A Demografia contribui também
para a resolução de algumas questões importantes noutras áreas científicas. Temos, por
exemplo, o planeamento dos recursos humanos, a questão ambiental, a saúde pública e
as projecções demográficas.
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A Demografia, enquanto ciência que tem por objecto de estudo a população humana,
assume assim, naturalmente, um papel fundamental nas ciências sociais.
Evolução dos
Evolução dos
Mortalidade Dinâmica Volumes populacionais
Volumes
(óbitos)
Natural
populacionais
Natalidade/ fecundidade
(nados- vivos)
Dinâmica Evolução da
Mobilidade Populacional Migratória Estrutura
(migrações) Etária
Destas cinco variáveis demográficas, duas tratam do estado (volumes e estrutura etária)
e as outras três referem-se aos comportamentos que influem directamente sobre as
alterações observadas no “estado” da população (mortalidade, natalidade/ fecundidade,
mobilidade populacional).
Plano de avaliação
O objectivo das questões para revisão é clarificar pontos de dúvidas e de dificuldade que
o formando possa encontrar no texto-base que não está adaptado ao sistema de ensino à
distância. Tais questões não têm qualquer propósito de classificação.
No final do curso, terá lugar uma prova de avaliação somativa presencial de que
resultará a classificação do formando.
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I. A Ciência da população: a progressiva maturação da complexidade do seu
objecto de estudo
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Objectivos do capítulo
Objectivos de aprendizagem
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População características do pensamento
1.4. Malthusianismo, neomalthusianismo 34-40 malthusiano
e as reacções ao pensamento malthusiano
1.5. A transição demográfica 40-43 Identificar as principais fases e a
importância da teoria da
transição demográfica
1.6. O objecto de estudo da Demografia 43-47 Identificar os aspectos
fundamentais do objecto de
estudo da Demografia
1.7. Unidade e Diversidade da 47-66 Compreender a razão pela qual a
Demografia Demografia actual é
simultaneamente una e diversa
Introdução
Nesta unidade, tentaremos explicar como foi evoluindo a Demografia relativamente aos
seus aspectos quantitativos da dinâmica populacional. Para além disso tentaremos
perceber como se foi constituindo lentamente a Demografia como ciência. Durante os
séculos XVII e XVIII a Demografia emerge como ciência.
Nesta unidade iremos ver quem foram e o que disseram os homens que transformaram
em ciência a Demografia, qual é realmente o objecto de estudo da Demografia, quais
são as grandes teorias e os grandes problemas da Demografia contemporânea e porque é
que a Demografia é simultaneamente una e diversa e quais as grandes divisões da
Demografia actual.
16
casamento); o risco de a população diminuir resolver-se-ia através de uma punição para
os que não queriam ter filhos, os celibatários e os casais estéreis.
Aristóteles (384-322 a.C.) é mais realista do que o seu mestre Platão, ao pensar
sobretudo num número estável de habitantes. Esta procura de estabilidade não implica
um número fixo de habitantes. Pelo contrário, ao aperceber-se que a natalidade e a
mortalidade fazem variar o volume populacional, propõe uma “justa dimensão” da
população.
Na idade Média, Santo Agostinho (345-430) e São Gregório (540-604) defendem que
o casamento une marido e mulher para gerar filhos. Esta linha de pensamento é
dominada pelo pensamento cristão, numa perspectiva teológica e moral, enquanto que
as duas anteriores formas (pertencentes à Antiguidade) foram analisadas numa
perspectiva política e social.
Com o início dos tempos modernos, as ideias respeitantes à população separam-se das
questões morais e passam progressivamente a depender de preocupações políticas e
económicas. É nesta linha de ideias e de acontecimentos que se deve interpretar o culto
pelo ideal mercantilista da riqueza, associado à valorização do Estado. Neste contexto,
as doutrinas mercantilistas são consideradas, no seu conjunto, explicitamente
populacionistas. Este populacionismo permitiu acelerar o processo que irá conduzir ao
aparecimento da Demografia como ciência.
17
“Não existe maior riqueza nem maior força do que os homens”. Montchrestien (1575-
1621) também defende o ponto de vista de que a grande riqueza da França é a
inesgotável abundância dos seus homens.
Vauban (1633-1707) é populacionista ao defender que a falta de população é a maior
desgraça que pode acontecer ao reino. Ficou conhecido na história do pensamento
demográfico pelas estimativas que faz e por chamar a atenção para a utilidade dos
recenseamentos da população.
Teorias Demográficas
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O Malthusianismo
Thomas Malthus, padre inglês que viveu no século XVIII (1766-1834), professor de
História Moderna e Economia Política em Inglaterra, grande observador de fenómenos
populacionais, estabeleceu o célebre paralelo entre a multiplicação do homem e a sua
subsistência.
Em 1798, Malthus publica o Ensaio sobre o Princípio da População. O livro faz
escândalo devido a uma das suas teses: “a assistência aos pobres é inútil porque não
serve senão para os multiplicar sem os consolar”. Também faz escândalo devido a um
parágrafo: “um homem que nasce num mundo ocupado, se não lhe é possível obter dos
seus pais os meios de subsistência… e se a sociedade não tem necessidade do seu
trabalho, não tem direito a reclamar a mínima parte da alimentação e está a mais…”. A
sua teoria baseia-se no facto de uma população ter um aumento constante e esse
aumento ser mais rápido do que os meios de subsistência, sendo o equilíbrio entre o
tamanho da população e o nível de subsistência mantido através do controle do
crescimento da população.
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Quanto ao terceiro eixo – os remédios, Malthus não hesita em afirmar que o único
obstáculo que não prejudica nem a felicidade moral, nem a felicidade material é a
obrigação moral.
20
A Teoria de Transição Demográfica
A chamada teoria de transição demográfica foi descrita pela primeira vez nos anos 40.
Desde então tem sido modificada, acrescentada e rescrita. A definição clássica desta
teoria foi descrita por Notestein (1945), Blacker (1947) e outros autores e define-se do
seguinte modo: Existem uma série de estadios durante os quais a população se move de
uma situação onde tanto a mortalidade como a natalidade são altas, para uma posição
onde tanto a mortalidade como a natalidade são baixas. O crescimento de ambos os
indicadores antes e depois da transição demográfica é muito baixo. Durante a transição,
o crescimento da população é muito rápido devido essencialmente ao declínio da
mortalidade ocorrer antes do declínio da fecundidade.
Segundo a teoria da transição demográfica todos os países já passaram ou terão de
passar por quatro fases de evolução:
21
A ideia central da teoria da transição demográfica, que é a de provar a existência dos
efeitos da modernização nos comportamentos demográficos, parece estar mais do que
demonstrada pelos factos. A revolução sanitária fez que no mundo, nos anos 90, não
existissem países com uma esperança de vida À nascença inferior a 50 anos. Os raros
países que se encontravam nessa situação pertencem todos à África subsariana. A
revolução contraceptiva fez também generalizar a ideia que um baixo nível de
fecundidade é um símbolo de modernidade, seja à escala de um país seja à microescala
dos indivíduos e dos casais.
Definir Demografia parece ser a primeira questão que se põe quando abordamos esta
área.
Em sentido geral, uma população pode ser encarada como um conjunto de indivíduos
ou de unidades que podem ser de natureza muito diversa. Numa perspectiva
demográfica, as populações humanas são consideradas com características específicas,
num espaço limitado e com um certo significado social.
No que diz respeito ao significado social, a população considerada deverá ter um certo
significado de coerência social.
22
Os primeiros demógrafos
Mas o desenvolvimento da Demografia, como ciência, fez com que nas últimas décadas
se multiplicasse o número de investigadores e de obras publicadas. Mas o que é afinal a
Demografia? É o estudo das populações humanas, claramente delimitadas no tempo e
no espaço.
Segundo Henry, “Demografia é a ciência que tem por objecto o estudo científico das
populações humanas no que diz respeito à sua dimensão, estrutura, evolução e
características gerais analisadas principalmente do ponto de vista quantitativo” (Henry,
L. Dictionaire demographique multilingue, 1981).
23
Landry, em 1945, no seu Tratado de Demografia (), é dos primeiros a tomar
consciência da questão da necessidade de um rigor quantitativo, o que tenha feito com
que a Demografia rapidamente se afirmasse como ciência.
Existe uma Demografia Quantitativa cujo objecto essencial é o estudo dos
movimentos que se produzem numa população, acompanhado dos resultados desses
movimentos; mas também existe uma Demografia qualitativa que se ocupa das
qualidades dos seres humanos e que diz respeito aos aspectos qualitativos do fenómeno
social das populações e ainda à genética demográfica ou biologia das populações, à
biometria (estatística aplicada à investigação biológica).
Com base em inúmeras definições, observamos que a Demografia tem por objecto o
estudo científico da população. Mas o que é exactamente “o estudo científico da
população” ?
24
Uma definição aprofundada de Demografia comporta cinco elementos
fundamentais:
25
Embora a Demografia seja, classicamente, encarada como o estudo quantitativo da
população humana esta ciência tem desenvolvido, ao longo do tempo, os seus métodos
de trabalho e de análise que actualmente ultrapassa o aspecto puramente descritivo.
26
demográfico de uma forma abrangente encarando as relações com os outros sistemas
(economia, política, saúde, educação, religião, etc...).
Assim, sem pretendermos ser exaustivos, podemos dizer que as grandes preocupações
da Demografia Social nos dias de hoje são as seguintes:
as causas e as consequências do declínio da natalidade
os efeitos das migrações no sistema demográfico e social
as consequências demográficas e sociais da luta contra a morte
a desigualdade sexual e social face à morte
progressos científicos, bioéticos e equilíbrios demográficos
defesa, segurança e estratégia face às mutações demográficas
desigualdades regionais e ordenamento do território
as consequências do envelhecimento demográfico
as consequências sociais da mutação das estruturas familiares
a Demografia escolar
a Demografia face ao processo de urbanização
Para além destes dois principais ramos da Demografia (histórica e social) existem
outros dois domínios importantes nos quais a Demografia tem um papel fundamental: as
políticas demográficas e a ecologia humana.
O objectivo teórico das políticas demográficas consiste em actuar sobre os modelos
(ou sobre os efectivos) tendo em conta determinados objectivos económicos e sociais. A
ideia de actuar sobre o movimento demográfico a fim de que este se adapte a
imperativos económicos e sociais é uma preocupação de muitos países. Mas até que
ponto esta preocupação se traduziu na existência de autênticas políticas demográficas ?
A ecologia humana parte do princípio que existem dois sistemas em interacção
constante: o sistema-homem (que recebe e descodifica a informação) e o sistema
ambiente que elabora uma acção de resposta. A população, na perspectiva da ecologia
humana, é um conjunto de indivíduos num sistema interdependente de actividades.
Cada actividade produz um output e os ingredientes utilizados na produção desses
outputs são os inputs de outra actividade. Esta rede complexa que assim se estabelece é
um processo específico da Ecologia em geral e da Ecologia Humana em particular: o
ecossistema.
27
A Demografia caminhou de uma unidade inicial, onde a sua problemática era formulada
em termos simples, para uma crescente diversidade e complexidade.
Também a sua ligação com as outras ciências alargaram a sua problemática. A
Demografia tem a vantagem de ser simultaneamente uma das ciências sociais mais
exactas e de ser o ponto de encontro das ciências sociais e humanas com a biologia, o
direito, a economia e as ciências políticas.
28
1527) valorização de um país. Ficou conhecido com a frase
“Não existe maior riqueza nem maior força do que os
homens”.
Montchrestien (1575- Defende que uma população numerosa reforça o poder
1621) do Príncipe, adopta uma atitude populacionista.
Platão (428-348 a.C.) defende o ponto de vista de que a grande riqueza da
França é a inesgotável abundância dos seus homens.
1. ______________________________________________________________
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2. ______________________________________________________________
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3. ______________________________________________________________
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4. ______________________________________________________________
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5. ______________________________________________________________
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A Análise demográfica ______________________________________________
A Demografia histórica ______________________________________________
A Demografia social ______________________________________________
__________________________________________________________________
A ecologia humana __________________________________________________
30
Indicações bibliográficas
Almeida, João Ferreira de, et. al., Exclusão Social - Factores e Tipos de Pobreza em
Portugal, Lisboa, Celta Ed., 1994.
31
II. A população através dos tempos: factos e teorias
Objectivos do capítulo
32
1. Conhecer os principais dados quantificados da evolução da população mundial;
2. Conhecer as principais características da evolução demográfica da Europa;
3. Compreender o modo de funcionamento do modelo demográfico do Antigo Regime
e as razões do seu desaparecimento;
4. Conhecer os grandes modelos de evolução da população;
5. Identificar as razões que fazem da “Explosão Demográfica” um problema antigo com
novas dimensões.
Objectivos de aprendizagem
33
população
2.5. A recuperação demográfica do 80-84
Ocidente Medieval e o
aparecimento de um segundo
«mundo cheio»
2.6. A peste negra 85-86
2.7. O Modelo Demográfico do Antigo 86-90 Compreender o modo de
Regime funcionamento do modelo
2.8. O crescimento da população na 90-96 demográfico do Antigo Regime e as
Europa Ocidental e o terceiro “mundo razões do seu desaparecimento
cheio”
2.9. A evolução da População nas 96-98 Conhecer os grandes modelos de
restantes partes do mundo 96-98 evolução da população
Conhecer os grandes modelos de
evolução da população
2.10. A explosão demográfica: um 98-100 Identificar as razões que fazem da
fenómeno novo ou um velho problema “Explosão Demográfica” um
com novas características ? problema antigo com novas
dimensões.
34
O Modelo Demográfico do Antigo Regime
35
2ª etapa (segunda metade do século XVIII): os acidentes sendo menos frequentes,
diminuem a mortalidade e a população aumenta; mas, o mecanismo regulador, que tinha
funcionado bem numa direcção, revelou-se ineficaz na direcção inversa; mais ainda,
este mecanismo tem um peso desagradável nos destinos individuais – os quocientes de
nupcialidade diminuem, a idade média do casamento aumenta, os jovens têm cada vez
mais dificuldades em estabelecer-se; a indústria nascente passa a dispor de uma reserva
de mão-de-obra abundante e a baixo preço; as tensões sociais aumentam e aparecem
conflitos de gerações;
A grande mutação não resultou de um modelo simplista que apenas considera os efeitos
directos e indirectos das condições de saúde (modelo simplificado), mas de um modelo
mais complexo que integra diversas componentes (modelo Dupâquier):
36
A destruição do modelo demográfico do Antigo regime e a Explosão demográfica
Modelo de Dupâquier
ESTRUTURAS DE
OUTROS FACTORES POPULAÇÃO CADA VEZ
MAIS JOVENS
ARRANQUE INDUSTRIAL
EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA
37
milhões, aumentando 40% e a dos países menos desenvolvidos passou de 1,7 para 3,8
biliões de habitantes aumentando assim cerca de 120%.
As fontes e a qualidade dos dados da população mundial são diferentes de região para
região e de país para país.
Em muitos países, nomeadamente em alguns países de África, o primeiro
recenseamento da população ocorreu nos anos 70, graças aos esforços nesse domínio
por parte das Nações Unidas. Nestes países o recenseamento depara-se com enormes
problemas: sub-administração, dificuldades de comunicação, analfabetismo das
populações, ausência quase total de tradição na recolha e tratamento dos dados da
população. Contudo se os recenseamentos, muito recentes em África, estão ainda longe
38
de serem perfeitos, o demógrafo não está por isso completamente desprovido de
informação sobre a população dessas zonas. Existem alguns meios para apreciar os
erros, e em alguns casos, corrigi-los. Assim o que se passará com a população mundial?
Uma forma de a conhecer será fazendo o somatório das populações recenseadas ou
estimadas para cada país. A estimativa global da população do mundo dependerá,
naturalmente, dos dados disponíveis e do seu valor ou rigor, ou em estimativas
nacionais e/ou das correcções efectuadas. Contudo a informação disponível relativa à
população mundial estará longe de constituir um todo homogéneo, tanto em números
absolutos como em rigor da informação.
39
Por outro lado na Europa, na América do Norte, na União Soviética e na Oceânia
podemos observar outro perfil diferente de pirâmide etária de população mais idosa,
estando neste caso a base diminuída em relação à parte central. As razões desta situação
serão analisadas mais adiante.
Países mais populosos em 1990 e projecções para 2025 (em milhões) considerando
o território existente em 1990
PAÍSES 1900 PAÍSES 2025
China 1140 China 1650
Índia 853 Índia 1420
URSS 290 URSS 367
Estados 251 Nigéria 338
Unidos 189 Estados 313
Indonésia 150 Unidos 255
Brasil 124 Indonésia 246
Japão 119 Brasil 219
Nigéria 115 Bangladesh 213
Bangladesh 115 Paquistão 154
Paquistão 89 México 128
México 79 Japão 112
Alemanha Etiópia
Fonte: Adaptado de Chesnais, J.C., La population du monde - De l’antiquité à 2050, Ed.
Bordais, 1991, Paris.
40
a população. Assim, não se dispõe de praticamente nenhuma série cronológica e a
qualidade dos dados é por vezes duvidosa, a análise das informações e a difusão dos
resultados é também insuficiente.
Contudo, estes problemas não são só próprios de África, mas são aqui, particularmente
graves. Apesar dos progressos reais, a África, na sua região subsaariana, permanece
estatisticamente como a região mais mal conhecida do mundo.
Os países africanos na sua maioria, ainda mantém níveis de fecundidade altos, assim
como alguns países asiáticos.
A taxa bruta de natalidade revela o impacto dos nascimentos no crescimento de uma
população, mas não se refere ao número de filhos das mulheres. Para isto necessitamos
de analisar o índice sintético de fecundidade.
41
Enquanto na Ásia Oriental o número médio de filhos por mulher (1.9) não é mais
elevado do que na Europa, em África, este é três vezes maior (5.8), enquanto ocupa uma
posição intermediária na Ásia Meridional (3.9) e na América Latina (3.1).
Certos países, como Cuba, Singapura e Hong Kong, têm uma fecundidade comparável
com a da Europa Ocidental (o número de filhos por mulher é inferior a 2). Na outra
extremidade da escala, certos países árabes ou africanos ultrapassam os sete filhos por
mulher: Yémen, Oman, por um lado, Etiópia, Somália, Uganda, Mali, Nigéria, Benin,
Angola, Malawi, por outro. Certos países vivem ainda hoje, uma situação de
fecundidade natural, com sete ou oito filhos por mulher. Neste contexto, só o celibato
ou a esterilidade natural, . o aleitamento materno ou os tabus contradizem a expressão
de fecundidade máxima.
42
Deste rápido crescimento demográfico, resultam duas grandes consequências imediatas:
a extrema juventude das populações africanas e as grandes densidades populacionais em
certas regiões.
Quatro grandes componentes conduzem à dinâmica de todo o sistema demográfico: a
mortalidade, as migrações, a nupcialidade e a fecundidade.
Outro aspecto são as migrações que ocupam desde há muito tempo um lugar central na
vida das comunidades africanas. Estas migrações, constituem, talvez, a primeira
componente das estratégias de sobrevivência comunitárias ou familiares. As migrações
internas, que são essencialmente movimentos do meio rural para o meio urbano e a
capital, conduzem a uma aceleração do ritmo de urbanização de África, para além de
trazerem problemas complexos no que respeita à saúde das populações.
43
características em África podem encontrar-se ainda variadas formas de casamento e de
constituição de família.
44
familiar para terem muitos filhos e desejam filhos do sexo masculino, porque a
sociedade ou o marido o exigem, e por vezes têm de ter muitos filhos até conseguirem
ter um rapaz. Não é, portanto, unicamente a mulher que decide a dimensão da sua
família, mas igualmente o sistema de valores ou a cultura das sociedades em que elas
vivem.
Os dados sobre a população mundial são publicados com alguma regularidade através
das diversas organizações, nomeadamente: Divisão da População das Nações Unidas,
Banco Mundial, União Europeia, Conselho da Europa, Serviços Nacionais de Estatística
entre outros.
Os dados são traduzidos por onze indicadores: a superfície, população 1995, taxa de
natalidade, taxa de mortalidade, projecção para 2025, taxa de mortalidade infantil,
índice sintético de fecundidade, proporção de indivíduos com menos de 15 anos e mais
de 65 anos, esperança de vida dos homens e das mulheres, produto nacional bruto por
habitante e o produto interno bruto por habitante.
45
País ou
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Região
130
MUNDO 5 702 24 9 8 312 62 3,1 32/6 64/68 4 500 6 050
300
29
África 720 41 13 1 510 90 5,8 45/3 53/56 660 1 867
629
África
8 378 162 32 8 279 63 4,4 41/3 63/65 1 040 3 535
Setentrional
África
6 056 199 45 14 467 86 6,4 46/3 52/55 370 1 412
Ocidental
África Oriental 6 051 226 46 15 491 106 6,4 47/3 48/52 210 890
África Central 6 487 83 46 16 191 107 6,3 46/3 47/51 — 1 022
África Austral 2 657 50 31 8 83 49 4,2 38/4 62/67 2 720 4 165
38
América 774 22 7 1 081 34 2,7 29/8 69/74 7 040 —
446
América 18
293 15 9 375 8 2,0 22/13 72/79 24 340 25 087
Setentrional 380
América
2 417 126 29 5 196 37 3,5 37/4 68/74 3 090 6 839
Central
América do 17
319 25 7 460 47 3,0 33/5 65/71 3 020 6 141
Sul 421
Caraíbas 228 36 23 8 50 39 2,9 31/7 67/72 — 4 043
Ásia (s/ 30
3 451 24 8 4 939 62 2,9 33/5 64/67 1980 (3 926)
Rússia) 987
Ásia Ocidental 4 707 168 31 7 329 51 4,3 39/4 65/69 — 6 381
10
Ásia CentroSul 1 355 31 10 2 138 79 3,8 38/4 60/61 420 1 547
401
Ásia Sudoeste 4 358 485 24 8 704 53 3,2 37/4 62/64 1 070 4 071
11
Ásia Oriental 1 442 17 6 1 768 40 1,8 26/7 68/72 3 570 5 829
521
Rússia 17
147 9 16 153 19 1,4 2/11 59/72 2 350 5 000
(Federação) 068
Europa (14
5 712 581 11 11 590 10 1,5 19/14 70/77 13 881
(s/Rússia) 900)
Europa 1 650 94 13 11 99 7 1,8 20/15 73/79 18020 18 356
Setentrional
Dinamarca 42 5,2 13 12 5,3 6 1,8 17/55 73/78 26 510 21 215
Estónia 45 1,5 9 14 1,4 16 1,3 21/13 64/75 3 040 —
Filândia 304 5,1 13 10 5,2 4 1,8 19/14 72/79 18 970 16 452
Irlanda 69 3,6 14 9 3,5 6 2,0 26/11 73/78 12 580 14 421
Islândia 100 0,3 17 7 0,3 5 2,2 25/11 77/81 23 620 19 222
Letónia 64 2,5 10 15 2,4 16 1,5 21/13 62/74 2 030 —
Lituânia 65 3,7 13 12 3,9 16 1,7 22/12 65/76 1 310 —
Noruega 307 4,3 14 11 5,0 6 1,9 19/16 74/80 26 340 20 613
Reino Unido 241 58,6 13 11 62,1 7 1,8 19/16 74/79 17 970 18 294
Suécia 411 8,9 13 12 9,6 5 1,9 19/18 76/81 24 830 18 639
Europa
46
Ocidental 1 049 181 11 10 184 6 1,5 18/15 73/80 23 310 19 468
Alemanha 349 81,7 10 11 76,1 6 1,3 10/15 73/79 23 560 18 979
Áustria 83 8,1 12 10 8,3 6 1,4 18/15 73/80 23 120 19 350
Bélgica 30 10,2 12 11 10,5 8 1,6 18/16 73/80 21 210 19 242
França 550 58,1 12 9 63,6 6 1,7 20/15 74/82 22 360 19 867
Lichstein 0,1 0,03 12 6 0,04 11 1,4 19/10 — — —
Luxemburgo 3 0,4 13 10 0,4 6 1,7 18/14 73/79 35 850 26 864
Países Baixos 34 15,5 13 9 17,6 6 1,6 18/13 74 20 710 18 959
Suíça 40 7,0 12 9 7,5 6 1,5 16/15 — 36 410 22 972
Europa
Oriental 1 713 162 11 12 167 15 1,6 22/12 65/73 — 5 267
Bielorússia 208 10,3 11 13 11,3 13 1,5 22/12 64/74 2 840 4 800
Bulgária 111 8,5 10 13 7,5 16 1,4 19/14 68/74 1 160 3 747
Hungria 92 10,2 12 14 9,3 12 1,7 19/14 65/74 3 330 6 238
Moldávia 37 4,3 15 12 5,1 22 2,1 28/9 64/72 1 180 3 400
Polónia 304 38,6 12 10 41,7 14 1,8 24/11 67/76 2 270 5 768
República 79 10,4 12 11 10,7 9 1,7 21/10 69/77 2 730 (7 500)
Checa 230 22,7 11 12 21,6 23 1,4 22/11 66/73 1 120 3 004
Roménia 49 5,4 14 10 6,0 16 1,9 25/11 67/75 1 900 (7 500)
Eslovénia 603 52,0 11 14 54,0 15 1,6 21/13 64/74 1 910 3 700
Ucrânia
1 - Superfície/Milhares km2.
2 - 1995 - População no meio do ano.
3 - Taxa de natalidade/1000 habitantes.
4 - Taxa de mortalidade/1000 habitantes.
5 - Projecção da população para o ano 2025/1000 habitantes.
6 - Taxa de mortalidade infantil/1000 nados vivos.
7 - Índice sintético de fecundidade (crianças/mulheres).
8 - População < 15 anos e > 65 anos/1000 habitantes.
9 - Esperança de vida Homens/Mulheres em anos.
10 - Produto Nacional Bruto/habitante em 1993 US$
11 - Produto Interno Bruto/habitante em 1994 US$
47
A explosão demográfica: um fenómeno novo ou um velho problema com novas
características ?
A primeira grande diferença reside no facto de, globalmente, a humanidade nos aparecer
no século XX dividida em dois blocos: o dos países em desenvolvimento onde se
concentra 80 % da população mundial, com um crescimento anual médio que chega
quase aos 2 %, uma mortalidade infantil elevada, elevadas percentagens de jovens,
baixas percentagens de idosos, e um PNB per capita que raramente ultrapassa os 1000
dólares.
No bloco dos países desenvolvidos temos 20 % da população mundial, um crescimento
natural praticamente igual a zero, uma mortalidade infantil reduzida, baixas
percentagens de jovens, elevadas percentagens de idosos e um PNB per capita que é
quase vinte vezes superior.
48
Finalmente, a quarta e última dimensão é a capacidade de previsão. A ciência
Demográfica, ao ter desenvolvidos as técnicas de projecção, consegue extrapolar
tendências.
2. Reflicta acerca das quatro grandes dimensões que caracterizam as diferença entre a
“antiga” e a “nova” explosão demográfica. Quais poderão ser as consequências da
situação actual num futuro próximo ?
49
Indicações bibliográficas
Barreto, António; Preto, Clara Valadas - Indicadores da evolução social, in "A situação
social em Portugal, 1960-1995" , Lisboa , Instituto de Ciencias Sociais da U. L. , 1996.
Barreto, António - Três décadas de mudança social, in "A situação social em Portugal,
1960-1995" , Lisboa , Instituto de Ciencias Sociais da U. L. , 1996.
Ferreira, Eduardo de Sousa; RATO, Helena (coord. de) - Portugal hoje , Lisboa) ,
Instituto Nacional de Administração , 1995 , 393, 4p.
50
III. A dinâmica global da população
51
Objectivos do capítulo
Objectivos de aprendizagem
52
Leia o capítulo do livro recomendado. Capítulo III, páginas 101-125
As estatísticas usadas para manusear os dados são em geral taxas, razões e proporções.
Elas constituem os maiores instrumentos básicos da Demografia formal. Elas permitem
fundamentalmente comparações eliminando diferenças devido a tamanhos diferentes de
população.
53
As taxas são o instrumento de medida mais usado em análise demográfica. Por
definição, uma taxa mede a frequência de um fenómeno numa população durante um
período de tempo determinado. Qualquer que seja a duração do período, uma taxa tem
sempre uma dimensão anual.
Uma taxa é simplesmente qualquer número dividido por qualquer outro número.
54
durante o ano, só contribuirão para uma fracção desse mesmo ano. Esta fracção será, em
média, metade do ano se as pessoas morrerem ao longo do tempo. O número total de
anos expostos ao fenómeno será o somatório destas fracções que são o contributo
daqueles que sobrevivem, ou seja, a média da população total durante um ano que
contribui para o total da exposição ao fenómeno durante um ano.
Devemos ainda chamar à atenção que muitas medidas que são comumente designadas
de fracções em Demografia são estritamente taxas, proporções ou outros índices. Ex:
“fracção de literação” será a proporção da população que é literata enquanto que a “taxa
bruta de nascimento” é realmente uma taxa porque inclui no seu denominador os idosos,
as crianças e homens, nenhum deles em risco de dar à luz uma criança.
Uma proporção será um tipo especial de taxa na qual o numerador está incluído no
denominador isto é : Proporção = (x/x+y). Por exemplo a proporção da população do
sexo feminino será o número de mulheres dividido pelo total de homens e mulheres em
conjunto. A proporção pode variar entre 0,0 e 1,0. Esta medida é, em geral, expressa em
percentagem que se obtém multiplicando o valor obtido por cem.
Tipos de População
55
de três tipos: aumento através dos nascimentos, diminuição através dos óbitos, e
envelhecimento de todos os sobreviventes.
A estas modificações, acrescem, no caso de uma População Aberta (quando está sujeita
a fenómenos migratórios): as entradas de indivíduos de diferentes idades, as saídas de
indivíduos de diferentes idades.
Os ritmos de crescimento
Suponhamos uma população que num momento 0 é P0, num momento 1 é P1, num
momento 2 é P2… num momento n é Pn e que cresce a uma taxa a. Para se medir o
ritmo de crescimento de uma população existem fundamentalmente três processos: o
contínuo, o aritmético e o geométrico.
56
Se o crescimento for aritmético temos:
a= (Pn - P0) / (P0 x n)
Nota: O Log pode ser facilmente calculado na máquina de calcular, bastando accionar a
função Log.
O resultado a lê-se “Em média por ano cresceu x”. Se multiplicarmos a por 100, a*100,
lê-se “Por ano, por cada 100 indivíduos aumentou (ou diminuiu ou manteve-se) x, em
média anual entre P0 e P1”.
57
solteiros, viúvos ou divorciados é diferente, que o número de pessoas nas idades jovens,
activas ou idosas não é semelhante, etc.
A Densidade populacional
58
A Densidade é a População por quilómetros quadrados (KM 2). Calcula-se: nº de
habitantes / Km2.
As Pirâmides de idades
Trata-se de um duplo histograma, formado por uma ordenada comum (vertical)- que
representa as idades (aniversários) – e duas abcissas, que representam os efectivos,
respectivamente do sexo masculino (à esquerda) e do sexo feminino (à direita).
Existem três grandes tipos de pirâmides de idade:
59
1. Em Acento Circunflexo - populações jovens
Esta Pirâmide tem uma base larga, que diminui rapidamente conforme se avança para
idades mais avançadas. É uma pirâmide típica de países com uma forte natalidade e
mortalidade- descreve, sobretudo, populações de países em vias de desenvolvimento.
60
3. Em Ás de Espadas - população envelhecida
Este gráfico assume a forma de um às de espadas ou maçã, pois a parte mais larga da
pirâmide corresponde às idades intermédias. Face À diminuição da fecundidade, a
natalidade acaba por cair para valores muito baixos e a base da pirâmide diminui – a
representatividade dos idosos na população torna-se superior À dos jovens. Nestes
casos, os níveis de natalidade já estão muito baixos e, por isso, a base da pirâmide é
alimentada com menos indivíduos, o que provoca o seu estreitamento – trata-se do
envelhecimento na base da pirâmide.
Por outro lado, a mortalidade também é baixa o que causa o alongamento das classes
correspondentes aos idosos – trata-se do envelhecimento no topo da pirâmide.
61
Estrutura Etária da população
1 ano, de ano a ano até aos 4 anos inclusivé, por grupos de cinco anos, desde os 5
anos aos 84 anos, de 85 e mais.
Sempre que a distribuição por idades é feita em grupos etários de diferentes amplitudes,
torna-se necessário reduzir os efectivos a uma unidade comum.
Exemplo:
Idades Efectivos masculinos Efectivos femininos
0 X Y
1-4 X+1 Y +1
62
5-9 X+2 Y+2
10 - 14 X+3 Y+3
Assim temos:
A altura ou base do rectângulo que corresponde ao número de anos ou do grupo de
idade considerado.
Deve-se sempre complementar uma pirâmide de idades com o cálculo das relações de
masculinidade por grupos de idade.
A construção das pirâmides de idades tem como base os grupos de idades consideradas
e os sexos correspondendo aos rectângulos referidos. Convencionou-se que os efectivos
do sexo masculino figuram à esquerda do eixo e os efectivos do sexo feminino à direita
do eixo do gráfico.
63
75 – 79 10 14 0,7 0,9
80 + 15 25 1,0 1,7
Total 1500 100 100
No caso do último grupo de idade (aberto), se os seus valores forem superiores aos do
grupo fechado anterior dividem-se esses valores por 2 até se obterem valores
dificilmente representáveis.
Objectivo: não deformar o topo da pirâmide.
64
(8cm/19 GI = 0,4cm - Se se considerar 0,5 cm para cada GI a altura total da pirâmide
(9,5 cm) continuará menor que a largura da base).
Pirâmides Etárias
Como se pode observar através da largura da base das pirâmides, o Continente apresenta
uma população mais jovem do que o Algarve. As pirâmides do Algarve, apresentam
uma forma mais quadrada, denotando uma população em envelhecimento. Pelo
contrário, a forma de acento circunflexo, indicia uma população em crescimento.
65
FONTE: INE - Recenseamento Geral da População
66
Em análise demográfica, quando se quer ter uma visão rápida da evolução ou da
diversidade das estruturas, opta-se por compactar a informação segundo determinados
critérios. O mais importante é o da idade, ou seja, concentra-se num reduzido número de
grupos a totalidade da informação, tornando mais funcional a análise: são os grupos
funcionais.
A população passa a estar dividida em três grandes grupos etários, sexos separados ou
reunidos:
Jovens - J 0 -19 ou 0 - 14
Activos - A 20 - 59 ou 15 - 64
Idosos - I 60+ ou 65+
O grupo dos 65 e mais anos, com uma produtividade reduzida, mas ainda com um
menos índice de consumo comparado com o 1º grupo.
Índices Resumo
67
Percentagem de jovens: (pop. 0-14 anos/ população total) x 100
Percentagem de “potencialmente activos”: (pop. 15-64 anos/ população total) x 100
Percentagem de idosos: (pop. 65 e + anos/ população total) x 100
Índice de Juventude: (pop. 0-14 anos/ população 65 e + anos) x 100
Índice de Envelhecimento: (pop. 65 e + anos/ pop. 0-14 anos) x 100
Índice de Dependência de Jovens : (pop. 0-14 anos/ população 15-64 anos) x 100
Índice de Dependência de “Idosos” : (pop. 65 e + anos/ população 15-64 anos) x
100
Índice de Dependência Total: (pop. 0-14 anos e 65 e + anos/população 15-64 anos)
x 100
Na análise da estrutura etária das populações devem calcular-se certas relações entre
efectivos, não só para observar a sua evolução ao longo dos anos, mas também para
avaliar certas implicações sócio-económicas.
Grupos
Homens Mulheres HM
etários
0-4 278679 544309
5-9 331337 646161
68
10-14 398620 781933
15-19 428240 845588
20-24 386651 765248
25-29 359556 726628
30-34 340986 694606
35-39 321775 661076
40-44 307655 634519
45-49 271665 569623
50-54 265623 559346
55-59 263265 562041
60-64 245150 533325
65-69 211990 470049
70-74 149226 344747
75-79 109813 271089
80 + 86544 256859
4 756
Total 9 867 147
775
69
RDI (%)
Relação de Dependência Total – RDT
58,6 50,6
(%)
Indicações bibliográficas
70
Nunes AB. A evolução da estrutura por sexos, da população activa em Portugal-
um indicador do crescimento económico. Análise Social, vol. XXVI (112-113),
1991.
71
IV. Fontes e testes à qualidade dos dados
72
Objectivos do capítulo
Objectivos de aprendizagem
73
investigação em análise
demográfica;
4.2. A análise da qualidade da 138-145 Conhecer as principais técnicas de
informação análise da qualidade dos dados
demográficos, e aprender a escolher
essas técnicas em função dos
sistemas de informação utilizados;
149-159 Aplicar os conhecimentos
3º Trabalho prático resolvido adquiridos À resolução de alguns
problemas concretos.
Segundo, existem dados normalmente recolhidos pelos registos dos diferentes sistemas.
Os dados produzidos são o registo dos acontecimentos durante um determinado
intervalo de tempo, em geral um ano. Os dados são essencialmente dinâmicos na sua
natureza, porque fornecem informação no decorrer do tempo.
Devido a que o número de nascimentos, óbitos, movimentos da população, ou outros
acontecimentos, ocorrem durante um período, são afectados pelo número de pessoas
“em risco”, de ser “um nascimento”, um “óbito”, uma “migração”, etc. Sendo comum,
nesse contexto, serem calculadas taxas de ocorrências, permitindo comparações de
74
níveis de mortalidade, fertilidade, mobilidade, etc. em vez de somente o número de
nascimentos, de óbitos ou de migrações.
Tendo em conta que alguns desses dados podem conduzir a enviezamentos, a recolha de
dados demográficos têm que ser hierarquizados e explicitados pois eles influenciarão os
modos de análise restringindo as possibilidades de algumas análises.
Introdução
Poucos são os dados que são recolhidos principalmente com fins demográficos. A maior
parte deles são produzidos para, ou como, produto de actividades administrativas
levadas a cabo ou controladas pelos governos ou agências internacionais e onde os
demógrafos têm pouco controle do modo preciso como eles são recolhidos, agregados
ou apresentados. Contudo estes dados são utilizados pois geralmente são os que estão
disponíveis.
A origem dos dados para análise demográfica são os registos vitais, os censos, os
controles de migração, as campanhas de saúde pública, os programas de controle da
população, os inquéritos especiais, entre outros.
Os Recenseamentos
75
governo, no campo da saúde e da segurança social, produzem dados demográficos, que
em geral resultam de dados do programa de avaliação dessas intervenções.
Determinados inquéritos muitas vezes orientados com um objectivo bem determinado,
também são fonte de dados demográficos que são, mais ou menos, independentes do
sistema convencional.
76
As Estatísticas demográficas de Estado Civil
77
Os inquéritos por amostras são contudo fontes importantes de dados demográficos
frente aos problemas acima mencionados do censo e do registo da informação - por ex:
a impossibilidade de fazer muitas perguntas ou perguntas complexas e, especialmente
nos países em desenvolvimento a pobre qualidade dos dados que produzem. As
vantagens dos inquéritos por amostras, para além de serem mais económicos, é que
podem ser organizados e executados de forma relativamente rápida e podem recolher
muito mais detalhes que um censo, incluindo informação de comportamentos para os
quais os entrevistadores podem ser treinados.
A sua principal desvantagem é a introdução de erros de amostragem. Isto significa que
são necessários grandes números para produzir resultados fiáveis. Do ponto de vista dos
inquéritos demográficos, a unidade de observação é o domicílio, não o indivíduo, e esta
ajuda a reduzir custos e especialmente complexidade administrativa.
Primeiro existem informações dos censos tipo, o que talvez substitua um censo
completo ou simplesmente o existente, fazendo uma ampla distribuição de questões
numa amostra da população envolvida. Os inquéritos designados para investigar alguns
tópicos particulares, como o uso de contraceptivos, emprego das mulheres, ou causas e
consequências da migração também caiem nesta categoria de exemplos.
78
Em conclusão, poderemos dizer que existem três grandes fontes para a recolha de dados
em Demografia (informação dos censos tipo, inquéritos por amostragem, técnicas
indirectas de perguntas por questões específicas) que não são alternativas umas das
outras, embora uma possa, eventualmente, ser usada na ausência ou deficiência da outra.
Um censo é mais ou menos essencial para fornecer uma base de dados sem o qual o
sistema de registo ou um inquérito por amostra é menos útil. Nos países em
desenvolvimento, os inquéritos por amostragem podem investigar determinados
aspectos deficientes nos censos e dar mais fiabilidade à informação disponibilizada pela
má qualidade fornecida por esses censos.
Os censos, ou inquéritos dos censos tipo, geralmente produzem informação da
população existente num determinado momento no tempo; enquanto que os sistemas de
registos vitais produzem informação em fluxos, números ou acontecimentos que
ocorrem ao longo do tempo. Estes últimos podem também ser obtidos indirectamente
através de perguntas retrospectivas em inquéritos e censos ou por inquéritos
prospectivos. Ambos os tipos de dados são largamente usados, frequentemente em
combinação e em análise demográfica.
79
(nascimentos masculinos/ nascimentos femininos) x 100
É a relação dos nascidos vivos masculinos com os nascidos vivos femininos realizados
num determinado período. Permite ver se existem ou não erros ao nível dos registos dos
nascimentos (desequilíbrios ao nível dos registos dos sexos).
Como funciona este teste? Sabemos que nos países com boa qualidade de estatísticas
demográficas a relação de masculinidade dos nascimentos anda à volta de 105 (ou seja,
por cada 100 raparigas nascem 105 rapazes).
A existência de desvios acentuados, em relação a este valor, não pode ser senão a
consequência directa das flutuações aleatórias, mesmo no caso de estarmos em presença
de uma observação perfeita. Não podemos concluir logo que a qualidade dos dados é
má. Existem as flutuações que têm a ver com o número de ocorrência.
É necessário ver se deve à dimensão da população ou à má qualidade dos dados.
Em função do número de nascimentos observados é, no entanto, possível precisar o
intervalo de variação deste erro, que é devido à existência de populações pouco
numerosas. Para tal existe uma fórmula, para se encontrar o intervalo de confiança
dentro do qual os nascimentos masculinos podem variar:
Para um total de 1000 nascimentos temos, em teoria, 512 nascimentos masculinos e 488
nascimentos femininos, ou seja, uma proporção de 0,512.
80
má qualidade dos dados
sobreregisto de nascimentos masculinos
subregisto de nascimentos femininos
81
existe atracção; quando os índices obtidos têm um valor inferior a 100 existe
repulsão.
A relação entre o efectivo real e o efectivo teórico fornece-nos um índice, que à medida
que se afasta da unidade (ou de 100 se multiplicarmos por este número) demonstra a
força do arredondamento.
Denominador para a idade 36 = vou buscar 2 idades antes (34, 35) e 2 depois (37,
38), vou adicionar todas e dividir por 5.
Resultados possíveis:
Atracção máxima - se todos dizem que têm 36 (total de 500).
Repulsa máxima - se ninguém tem 36 (dá-nos um total de 0).
Se os valores andarem à volta de 100 podemos assumir que a qualidade é boa.
Existe ainda o Índice de Whipple que também pode ser utilizado para testar a
qualidade dos recenseamentos (para mais detalhes veja as páginas 108-109 do livro
adoptado) .
Este indicador, em vez de medir a atracção por determinadas idades, mede a qualidade
global de um recenseamento. Trata-se de um instrumento muito cómodo de calcular e
que possibilita a realização de comparações interessantes no tempo e no espaço.
82
Preparam-se os dados de modo a termos uma distribuição da população por sexos e
grupos de idades quinquenais (não convém ultrapassar os 80 anos de idade);
Calculam-se as relações de masculinidade em cada grupo de idades dividindo os
efectivos masculinos pelos efectivos femininos e multiplicando o resultado por 100;
fazem-se as diferenças sucessivas entre as diversas relações de masculinidade
obtidas, somam-se em módulo e calcula- se a diferença média para se obter o índice
de regularidade dos sexos;
Para cada sexo calcula-se um índice de regularidade das idades; este índice
constrói-se calculando, em primeiro lugar, as relações de regularidade dividindo
cada grupo de idades pela média aritmética dos dois grupos que o enquadram;
posteriormente fazem-se as diferenças a 100 e faz-se a média das diferenças
absolutas;
O ICNU obtém-se dando um coeficiente 3 ao obter o índice de regularidade dos
sexos e um coeficiente 1 aos dois índices de regularidade das idades.
A Equação de Concordância
83
Actividades propostas e questões para revisão
1. Veja, em anexo (anexo 2), os dados das estatísticas demográficas para 1990/91 e do
recenseamento de 1991 (anexo1).
84
Indicações bibliográficas
85
V. Os Princípios de Análise Demográfica e o Diagrama de Lexis
86
Objectivos do capítulo
Objectivos de aprendizagem
87
Princípios Gerais de Análise Demográfica
88
Coortes : Conjunto de indivíduos submetidos ao mesmo acontecimento de origem
durante um mesmo período de tempo.
Uma geração é uma coorte de nascimentos, conjunto de pessoas que nasceram no
mesmo período. Uma coorte de casamentos é uma “promoção”.
O Diagrama de Lexis
89
O diagrama de Lexis é um precioso instrumento de análise demográfica, na medida em
que permite repartir os acontecimentos demográficos por anos de observação e
geração. Permite visualizar os acontecimentos e os efectivos.
Conforme se pode observar na figura (figura nº 11, página 115 do livro adoptado),
trata-se de um diagrama onde no eixo OX (abcissas) se marcam os anos civis (1940,
1941, 1942, ...) e no eixo OY (ordenadas), se marcam as idades dos indivíduos.
Em seguida, no eixo OX, levantam-se linhas verticais nos pontos que marcam
simultaneamente o terminus de um ano civil e o início do próximo - são as rectas do 31
de Dezembro ou do 1º de Janeiro; depois no eixo OY, a partir dos pontos que marcam
as idades 0 (o momento do nascimento), 1 (1º aniversário), etc... traçam-se paralelas ao
eixo OX, que são as rectas das idades exactas.
Obtém-se assim uma figura com uma espécie de quadrados iguais onde as linhas
horizontais são as rectas das idades exactas e as verticais são os 31 de Dezembro ou os
1º de Janeiro.
90
Como podemos verificar, temos dois tipos de leituras, em anos exactos e anos
completos:
91
Actividades propostas e questões para revisão
92
Indicações bibliográficas
93
VI. Instrumentos de análise da mortalidade
94
Objectivos do capítulo
Objectivos de aprendizagem
95
6.1. As Taxas Brutas de Mortalidade 190-194 Conhecer a lógica e o processo de
enquanto medidas da mortalidade geral cálculo das taxas Brutas de
Mortalidade enquanto medida
elementar da mortalidade geral e
compreender as razões das suas
limitações enquanto instrumento de
análise;
Conhecer as precauções a ter em
conta na utilização dos sistemas de
informação demográfica disponíveis
em Portugal e na Europa
6.3. A medida de mortalidade em grupos 197-203 Conhecer e saber calcular as
específicos medidas de mortalidade infantil,
mortalidade por meses e por causas
6.4. O princípio da translação: a 203-210 Saber construir as tábuas de
construção das tábuas de mortalidade mortalidade e analisar o significado
das diversas funções que integram
este instrumento de medida da
mortalidade geral;
5º Trabalho prático resolvido 214-221 Aplicar os conhecimentos
adquiridos à resolução de alguns
problemas concretos
A Mortalidade
A sua característica principal durante o século XX foi o seu declínio. Mas esse declínio
não se fez observar em todos os países ao mesmo tempo, e nos países em que isso
aconteceu não declinou com a mesma velocidade nos diversos tipos de grupos que
integram as estruturas sócio - demográficas.
Na realidade podemos afirmar que anteriormente à época contemporânea, a mortalidade
era bastante elevada por seis razões principais: fomes, subnutrição, guerras, epidemias,
pestes e ausência de condições sanitárias.
96
A identificação destes factores permitiu uma imediata explicitação das principais causas
do declínio da mortalidade:
Factores educacionais
Factores sanitários
Factores médicos
Factores económicos
Factores sociais
Estes factores contribuíram para que a mortalidade declinasse de tal forma que a
esperança de vida mais do que duplicou. Mas esse declínio não foi igual em todo o
mundo. Daí a diversidade de situações que encontramos. A razão dessa divergência
deriva do facto de nos países desenvolvidos todos os factores enunciados anteriormente
terem concorrido para o declínio da mortalidade, ao passo que na maior parte dos países
não desenvolvidos o declínio observado tem sido devido a factores médicos e sanitários.
A mortalidade não é democrática. Existe uma enorme desigualdade perante a morte.
Mas a evolução tem sido muito positiva, sobretudo ao nível do declínio da mortalidade
infantil.
São medidas muito elementares: consiste em dividir o total de óbitos num determinado
período (um ano) pela população média existente nesse mesmo período.
97
população. Apesar de ser rudimentar devemos ter em conta algumas precauções: fazer
coincidir a população média com a população de um recenseamento.
Os dois factores intervenientes nas taxas brutas são o modelo e as estruturas. A taxa
bruta é a soma de produtos das estruturas relativas de cada idade pelas taxas nessas
mesmas idades. Como ao conjunto das taxas por idade se chama o modelo do
fenómeno, a taxa bruta pode ser redefinida como uma resultante da interacção entre o
modelo e a estrutura. Em linguagem de análise demográfica temos: TBM (1990)=
Px(1990) * tx (1990)
As diferenças em Portugal no período 1950-90 tanto pode provir dos tx (modelos) como
dos Px (estruturas). Variações entre modelos significa a existência de diferentes riscos
de mortalidade; diferenças entre estruturas (maior ou menos envelhecimento
demográfico) são alheias à análise da mortalidade.
A taxa de mortalidade infantil está relacionada com os óbitos com menos de 1 ano de
vida. Esta taxa é um bom indicador de saúde das populações, conseguindo transmitir
qual o nível de desenvolvimento global de uma população.
98
A taxa de mortalidade infantil clássica são os
Exemplo:
Portugal – 1972 e 1973
Nascimentos para 1972 - 174 685
Nascimentos para 1973 – 172 324
Óbitos com menos de 1 ano para 1973 – 7726
População a ½ do ano de 1973 com menos de 1 ano – 165 300
99
Em populações com níveis de mortalidade infantil baixas a mortalidade infantil néo-
natal tem maior peso do que a mortalidade infantil pós néo-natal. Nessas populações, a
mortalidade infantil néo-natal explica a quase totalidade da mortalidade infantil (do 1º
ano de vida). A mortalidade pós néo-natal está intimamente associada às condições de
vida.
Exemplo:
Portugal – 1972 e 1973
Nascimentos para 1972 - 174 685
Nascimentos para 1973 – 172 324
Óbitos com menos de 1 ano para 1973 – 7726
Óbitos com menos de 28 dias para 1973 – 3647
Óbitos com 28-365 dias para 1973 - 4079
População a ½ do ano de 1973 com menos de 1 ano – 165 300
100
A tábua vai transformar a informação na transversal para uma informação na
longitudinal, ou seja a transformação do que se observa num determinado momento do
tempo para uma coorte fictícia.
1. A primeira coluna é a das idades: as idades são apresentadas não sob a forma de
grupos etários mas nos terminais das idades exactas (0, 1,5,10, 20,25,…);
2. a segunda coluna é a função nmx; são as taxas de mortalidade entre a idade x e x+ n
3. Na terceira coluna temos a função nqx; são os quocientes de mortalidade, isto é, a
probabilidade de morte (nqx), entre a idade exacta x e a idade exacta x+n, onde n é a
amplitude dos grupos de idade.
4. Na quarta coluna temos a função nPx: Probabilidade de sobrevivência entre as
idades exactas x e x+n e que é igual a nPx=1-nqx
5. Na quinta coluna temos lx: os sobreviventes em cada idade exacta x. Para tornar
possível as comparações temporais e espaciais, aplica-se a um mesmo efectivo
(normalmente a raiz da tábua l0 =100000) a lei da mortalidade definida pelos nqx ou de
sobrevivência definida pelos nPx. Obtém-se assim os sobreviventes em cada idade
exacta x através da seguinte relação:
6. Na sexta coluna temos ndx: é a distribuição dos óbitos (tendo em conta o efectivo
inicial de 100000) por idades ou grupos de idades, entre um grupo etário e outro, por
idades exactas: ndx=lx-lx+n
7. Na sétima coluna temos nLx: é o número de anos vividos pelos sobreviventes lx entre
as idades exactas x e x+n, ou seja entre duas idades ou sobreviventes em anos
completos. Obtém-se multiplicando os efectivos médios entre idades exactas pelo
número de anos.
101
8. Na oitava coluna temos Px: é a probabilidade de sobrevivência entre dois anos
completos ou entre dois grupos de anos completos.
9. Na coluna nove temos Tx: É uma função anos de vida intermédia. Começa-se pelo
fim da tábua, soma-se de baixo para cima. È o total de anos vividos pela coorte (fictícia)
depois da idade x. Como nLx é o número de anos vividos entre as idades exactas x e
x+n, para obter o total de anos vividos basta somar os nLx.
10. A coluna dez é a esperança de vida ex : É a esperança de vida na idade x, ou seja o
número médio de anos que resta viver às pessoas que atingiram a idade x. Quando x=0,
temos a esperança de vida à nascença, ou seja, o número total de anos vividos desde o
nascimento, dividido pelo efectivo inicial
Exemplos:
1q0= T.M.I.C.= óbitos - 1 ano 90/91
nascimentos 90/91
102
O 1q0 é a verdadeira Taxa de Mortalidade Infantil.
4q1= 2*4*0.00092
2+4*0.00092
No caso do último grupo de idades, nqx é igual à unidade, uma vez que todas as pessoas
terão necessariamente que desaparecer.
3º nPx
Probabilidade de sobrevivência entre as idades exactas x e x+n e que é igual a
nPx=1-nqx
No caso do último grupo de idades, nPx é igual a 0, visto que ninguém irá sobreviver.
4º lx
Sobreviventes em cada idade exacta x. Para tornar possível as comparações temporais e
espaciais, aplica-se a um mesmo efectivo (normalmente a raiz da tábua l0 =100000) a
lei da mortalidade definida pelos nqx ou de sobrevivência definida pelos nPx.
Obtém-se assim os sobreviventes em cada idade exacta x através da seguinte relação:
lx+n=1x*nPx
l0=100000
4l1= lx+n= lx*nPx
5º ndx
É a distribuição dos óbitos (tendo em conta o efectivo inicial de 100000) por idades ou
grupos de idades, entre um grupo etário e outro, por idades exactas: ndx=lx-lx+n
103
6º nLx
É o número de anos vividos pelos sobreviventes lx entre as idades exactas x e x+n, ou
seja entre duas idades ou sobreviventes em anos completos. Obtém-se multiplicando os
efectivos médios entre idades exactas pelo número de anos.
Exemplo:
Se tivermos 20 alunos no inicio do ano lectivo e no final do ano, os mesmos 20 alunos,
viveram-
se 20 anos: (20 (partida) + 20 (chegada)) *1=20
2
Se forem 5 anos, foram vividos 100 anos.
Se partirem 20 e chegarem 10, ao fim de um ano = 20+10/2=15*1=15
1L0=K’’ l0 + K’ l1
4L1=K’’ l1 + K’ l5 , onde K’’= 0.05 e K’= 0.95
Para as restantes idades, exceptuando a 1ª e a 2ª (0-1 e 1-4), se eu tenho L5 e L10 e se
quero saber o nº médio de anos vividos calculo
nLx = (lx+lx+n) * n (amplitude)
2
104
7º Px
É a probabilidade de sobrevivência entre dois anos completos ou entre dois grupos de
anos completos:
Px = nLx + n
nLx
5P5 = 5L5____
1L0 + 4L1
8º Tx
É uma função anos de vida intermédia. Começa-se pelo fim da tábua, soma-se de baixo
para cima.
È o total de anos vividos pela coorte (fictícia) depois da idade x. Como nLx é o número
de anos vividos entre as idades exactas x e x+n, para obter o total de anos vividos basta
somar os nLx.
Assim temos
w
Tx nLx O último Tx (ou Tk), que é igual a Lk+, obtém-se através da seguinte
x
expressão:
lk
Tk onde mk+ é a taxa de mortalidade do último grupo de idades.
mk
105
9º ex
É a esperança de vida na idade x, ou seja o número médio de anos que resta viver às
pessoas que atingiram a idade x. Quando x=0, temos a esperança de vida à nascença, ou
seja, o número total de anos vividos desde o nascimento, dividido pelo efectivo inicial
106
Actividades propostas e questões para revisão
107
a) Compare nqx para 80 e 92. Interprete o resultado.
b) Compare nlxx para 80 e 92. Interprete o resultado.
c) Compare nPx para 80 e 92. Interprete o resultado.
d) Compare ex para 80 e 92. Interprete o resultado.
108
Indicações bibliográficas
Pinto, Maria Luís Rocha - Crises de mortalidade e dinâmica populacional nos séculos
XVIII e XIX na Região de Castelo Branco. Anexos , Lisboa , s.n. , 1993 , v. 1 e v2.
109
VII. Instrumentos de análise da Natalidade, Fecundidade e
da Nupcialidade
110
Objectivos do capítulo
Objectivos de aprendizagem
111
Conhecer as precauções a ter em
conta no cálculo das taxas brutas de
natalidade, bem como as limitações
deste instrumento de medida;
Aplicar o conceito de taxa às Taxas
de Fecundidade Geral
7.2. Tipos particulares de natalidade e 229-231 Conhecer alguns tipos particulares
fecundidade de fecundidade
7.4. O princípio da translação 237-238 Saber aplicar as principais técnicas
de análise da fecundidade: a
Descendência Média, a Taxa Bruta
de Reprodução, a Idade Média de
Fecundidade e a variância
7.5. Análise da nupcialidade e do 238-241 Saber aplicar as técnicas de análise
divórcio: as taxas brutas enquanto da nupcialidade;
medidas elementares de análise
A Natalidade/ fecundidade
112
Como consequência, desenvolveram-se estudos para procurar as causas do declínio da
natalidade. Mas a procura dessas causas não é tão simples como no caso da mortalidade.
Se nesta última podemos encontrar uma variável global - as condições gerais de saúde -
com diferentes variáveis específicas, o mesmo não acontece com a natalidade, onde
existem vários factores bastante diferenciados responsáveis pela sua evolução: factores
biológicos, relações sexuais, leis e costumes, divórcio, viuvez e abstinência,
contracepção e aborto, factores económicos, factores sociais, factores culturais,
urbanismo e escolaridade.
A fecundidade não é alheia ao meio. Existem determinantes directos e indirectos que
influem na fecundidade. A educação/escolaridade é um determinante indirecto da
fecundidade enquanto que os métodos contraceptivos são determinantes directos.
Exemplo:
Nascimentos População total : 9 862 540
1990 1991
116 383 116 415
T.B.N. = (116 383 + 116 415) /2 * 1000 = 11.8 %0 em 1990/91
9 862 540
T.B.N. = nascimentos * 1000
população total (média)
Segundo estes dois resultados, poderíamos dizer que a diferença de nível entre os dois
países seria de 198 %. Comente este resultado e explique porque o resultado foi este.
113
Nascimentos População feminina dos 15-49: 2 479 494
1990 1991
116 383 116 415
Actividade:
TFG (País A- desenvolvido) = 778 526/ 14 309 800 *1000= 54,41 por mil
TFG (País B- não desenvolvido) = 54 043/ 319 084 *1000= 169,37 por mil
Segundo estes dois resultados, poderíamos dizer que a diferença de nível entre os dois
países seria de 211 % em vez de 198 %. Compare as diferenças de nível entre os dois
países e entre os dois tipos de taxas.
114
Podemos decompor a T.F.G. nos seus elementos constitutivos. Podemos redefini-la
como sendo uma soma dos produtos das estruturas relativas, em cada idade (ou grupos
de idades), do período fértil das mulheres, pelas taxas nessas mesmas idades (ou grupos
de idades). A T.F.G. pode ser assim redefinida como resultante da interacção entre
estrutura e modelo:
Exemplo:
Grupos de
tx * 1000 Px Px * tx
idade
15-19 140.3 0.1387 19.46
20-24 277.6 0.1694 47.03
25-29 253.2 0.1490 37.73
30-34 182.8 0.1372 25.08
35-39 119.8 0.1371 16.42
40-44 45.6 0.1358 6.19
45-49 8.7 0.1329 1.16
153.07 =
Total - 1.0001
T.F.G.
Nota: Px é o modo como as mulheres estão distribuídas por grupos de idades. tx são os
modelos e Px as estruturas.
Quer calculando a T.F.G. pelo processo mais simples, quer por esta forma mais
complexa, o resultado é o mesmo.
115
Taxa bruta de reprodução e Taxa líquida de reprodução
A Taxa Bruta de reprodução é o número médio de filhas:
Actividade:
Observe os quadros nº 19 e 20 (página 176 do livro adoptado). Comente e compare as
Taxas obtidas no país A e país B.
116
variável intervém na dinâmica populacional indirectamente através da fecundidade, se
bem que, neste princípio de milénio, é cada vez mais forte a tendência para a separação
entre os comportamentos da nupcialidade e da fecundidade. O processo mais simples
que existe para medirmos o nível da nupcialidade consiste em dividir o total de
casamentos observados pela população média.
Exemplo:
Casamentos: 72330 População total média: 9 675 573
T.B.Nup. = 72330/9675573 * 1000 = 7,48 %0
117
2. Com base nos dados quadro seguinte relativos à população a meio do ano de 1991 e
aos nados vivos de 1991, calcule:
População
Idade das mães Nascimentos
Feminina
15-19 12888 102
20-24 19392 1099
25-29 22465 2695
30-34 22367 2047
35-39 16802 654
40-44 10904 61
45-49 5954 3
Total 110772 6662
118
d) Calcule o Índice Sintético de Fecundidade e a Taxa Bruta de Reprodução.
Interprete os resultados obtidos.
e) Calcule a Idade Média de Fecundidade.
119
Indicações bibliográficas
120
VIII. Instrumentos de análise dos Movimentos Migratórios
121
Objectivos do capítulo
Objectivos de aprendizagem
122
Aplicar os conhecimentos
adquiridos à resolução de alguns
problemas concretos.
Os Movimentos Migratórios
Se a população só evoluísse com os que nascem e os que morrem, a evolução seria mais
lenta. O saldo natural ou dinâmica natural, é um indicador da taxa de crescimento que
só entra em consideração com estas duas variáveis.
A Dinâmica populacional
As taxas de crescimento
Taxa de Crescimento Anual Média = Taxa de crescimento Anual Médio Natural (saldo
natural) + Taxa de crescimento Anual Médio Migratória (saldo migratório)
123
O saldo migratório é a diferença entre as entradas – imigração e as saídas - emigração.
Se a diferença for de 0, pode significar que saiu muita gente, mas também entrou muita
gente.
Multiplicamos a por 100 e lê-se “ Por ano a população se apenas tivesse sido fruto nessa
década desta situação, teria aumentado ou diminuído x.”
Taxa de crescimento anual médio total - Taxa de crescimento anual médio natural =
Taxa de crescimento migratório
O problema do estudo dos movimentos migratórios são os dados estatísticos que são
muito incompletos. A informação que existe ao nível das migrações internas são muito
pobres e há falta de registos oficiais. Por vezes recorre-se a métodos indirectos (por
exemplo através dos recenseamentos eleitorais). Ao nível interno, existem muitas
124
assimetrias num mesmo espaço, e dicotomias entre os meios (rural/urbano). As pessoas
não se deslocam ao acaso: procuram trabalho num espaço específico.
O nível das migrações externas, por exemplo na década de 80, 50 % dos emigrantes
eram clandestinos. Há falta de um maior controlo legal e muita gente escapa a esse
controlo. Por vezes existe um choque de povos e culturas. Na década de 90 o governo
português restringiu a imigração.
A equação de concordância
Exemplo:
Px = 276 895
Px+n =205 197
Px+n- Px=71698
N 60/70= 41 053
O 60/70= 25 760
N 60/70 – O 60/70 = + 15 293
Saldos Migratórios = - 86 991
Emigrantes Oficiais = 9 009
Imigrantes Oficiais = 18
I-E Oficiais = - 8 991
125
P1 = P0 + (N-O) + (I-E), onde (N-O) é o saldo natural e (I-E) o saldo migratório.
(P1 - P0) - (N-O) = (I-E) = Saldo migratório total
Se (P1 - P0) - (N-O) = (I-E) = - 300, significa que nesta década saíram a mais do que
entraram 300 indivíduos.
Para ver qual é o saldo migratório anual, põe-se no denominador a população a meio de
P0 e P1.
Indicações bibliográficas
126
Lee E. A theory of migration. Demography, nº3, pp 47-67, Cambridge, 1966.
Rocha Trindade, MB. Sociologia das Migrações, Universidade Aberta, Lisboa, 1995.
127
GLOSSÁRIO
Acontecimentos não renováveis: Acontecimento que não é vivido mais do que uma
vez pelo mesmo indivíduo da coorte, como por exemplo, a morte, um primeiro
casamento.
Anos completos: Uma criança que tem 3 anos e 6 meses tem 3 anos completos, o que
significa estar entre 3 e 4 anos exactos.
128
indivíduos (deformações congénitas, traumatismos causados pelo parto, etc). Por vezes
é difícil distinguir se foi por um factor ou por outro. Existem métodos indirectos para
saber se se deveu mais a factores exógenos ou endógenos: Mortalidade no 1º mês -
factores endógenos; Mortalidade após o 1º mês - os factores exógenos têm também uma
importância decisiva.
129
Efectivos : Número de indivíduos que fazem parte de um mesmo acontecimento. Os
efectivos de uma população são o número de indivíduos que compõem essa população.
Esses efectivos são identificados nos recenseamentos.
130
Estruturas: Os dois factores intervenientes nas taxas brutas são o modelo e as
estruturas. A taxa bruta é a soma de produtos das estruturas relativas de cada idade pelas
taxas nessas mesmas idades. Como ao conjunto das taxas por idade se chama o modelo
do fenómeno, a taxa bruta pode ser redefinida como uma resultante da interacção entre
o modelo e a estrutura. Em linguagem de análise demográfica temos: TBM (1990)=
Px(1990) * tx (1990). As diferenças em Portugal no período 1950-90 tanto pode provir
dos tx (modelos) como dos Px (estruturas). Variações entre modelos significa a
existência de diferentes riscos de mortalidade; diferenças entre estruturas (maior ou
menos envelhecimento demográfico) são alheias à análise da mortalidade.
131
Fertilidade: aptidão para procriar. O seu contrário é a esterilidade.
Geração: coorte particular constituída pelo conjunto das pessoas nascidas durante um
dado período, geralmente um ano civil.
Idade exacta : Idade determinada calculando a diferença entre a data onde é calculada e
a data de nascimento do indivíduo. Um indivíduo nascido no dia 1 de Junho de 1923,
terá no dia 1 de Novembro de 1978, 55 anos e 5 meses.
Idade média de fecundidade: Idade média das mães aquando dos nascimentos vivos
segundo uma tábua de fecundidade geral, o que significa, na ausência de mortalidade.
IMF= (Pontos médios * ntx)/ ntx
Índice sintético de fecundidade: Soma das taxas de fecundidade geral por idade
durante um período. Índice sintético de fecundidade: T.F.G. *5 =I.S.F.
1º Calcula-se a média dos nascimentos (t0+t1/2), em cada um dos grupos etários, 2º
dividem-se pela população feminina em cada um dos grupos etários, 3º multiplica-se o
somatório das T.F.G. por grupos de idades por 5 que corresponde à amplitude de cada
grupo etário. Se o I.S.F. for 3 significa que, se as mulheres que entrarem no período
fértil adoptarem os comportamentos que existiam em t0/t1 terão 3 filhos.
132
Mortalidade no 1º mês - factores endógenos: mortalidade que se deve a circunstâncias
do parto, defeitos de constituição interna e envelhecimento do organismo. No caso da
mortalidade exógena, esta deve-se sobretudo a factores do meio exterior.
133
repartição dessa população por unidade administrativa e segundo uma gama mais ou
menos extensa de características.
Taxa Bruta de Mortalidade: relação dos óbitos de um ano com a população média
desse ano e mais frequentemente, a relação entre os óbitos de um período e o número
correspondente de pessoas-ano durante o período.
Taxa Bruta de Natalidade: relação dos nascidos vivos de um ano com a população
média desse ano e mais frequentemente, a relação entre os nascimentos de um período e
o número correspondente de pessoas-ano durante o período.
134
diferença for de 0, pode significar que saiu muita gente, mas também entrou muita
gente.
Taxa de fecundidade por idade ou grupos de idade: Relação entre os nascidos vivos
de mulheres de uma certa idade durante um ano e o efectivo médio da população
feminina com essa idade ou grupo de idade.
Taxa de Mortalidade Infantil Pós Néo-Natal (de 28 a 365 dias): relação entre os
óbitos pós néo-natais (durante o primeiro ano de vida, excepto o primeiro mês ou as
primeiras quatro semanas) durante um ano civil e os nascidos vivos durante esse ano.
Taxa de mortalidade por idade ou grupos de idade: Relação entre os óbitos de uma
certa idade ou grupo de idades durante um ano e o efectivo médio da população com
essa idade ou grupo de idade.
135
Taxa de mortalidade: Quando não existem factores perturbadores, é sinónimo de taxa
bruta de mortalidade
Taxa: Relação dos acontecimentos que surgem numa população durante um período,
com a população média durante esse período.
136
Bibliografia Geral – Obras de referência
AAVV, Portugal Hoje, Lisboa, Instituto Nacional da Administração, 1995.
Actas do Colóquio Internacional sobre emigração e imigração em Portugal, séculos XIX
e XX. Emigração, Imigração em Portugal. Editorial Fragmentos, Lisboa, 1993.
Almeida, João Ferreira de, et. al., Exclusão Social - Factores e Tipos de Pobreza em
Portugal, Lisboa, Celta Ed., 1994.
Arroteia, Jorge Carvalho, A Evolução Demográfica Portuguesa, Lisboa, Ministério da
Educação, Biblioteca Breve, 1987.
A situação da população mundial. 1993, Nova Iorque, FNUAP, 1993.
A situação da população mundial. 1994, Nova Iorque, FNUAP, 1994.
Bandeira Mário Leston, Demografia- Objecto, teorias e métodos, Escolar Editora,
Lisboa, 2004
Bandeira Mário Leston, Demografia Portuguesa, Lisboa, Cadernos do Público, n.º 6,
1996.
Bandeira Mário Leston, Demografia e modernidade. Família e transição demográfica
em Portugal, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, col. Análise Social, Lisboa, 1996
Barata, Oscar Soares. Introdução à Demografia. Instituto Superior de Ciências Sociais e
Políticas, Lisboa, 1968.
Barreto, António; Preto, Clara Valadas - Indicadores da evolução social, in "A situação
social em Portugal, 1960-1995" , Lisboa , Instituto de Ciências Sociais da U. L. , 1996.
Barreto, António - Três décadas de mudança social, in "A situação social em Portugal,
1960-1995" , Lisboa , Instituto de Ciências Sociais da U. L. , 1996.
Barreto, António (org.), A Situação Social em Portugal, 1960-1995, Lisboa, ICS, 1996.
Bastos J. e Bastos S. Portugal Multicultural . Edições Antropológica , Fim de Século,
Lisboa, 1999.
Carrilho, Maria José - Tábuas abreviadas de mortalidade, 1941-1975 , Lisboa , Instituto
Nacional de Estatística , 1980 , 124p. , (Estudos; 56)
Ferreira, Eduardo de Sousa; RATO, Helena (coord. de) - Portugal hoje , Lisboa) ,
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137
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