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Experimento 5
● Sumário
Análise teórica 3
Procedimento experimental 5
Resultados e discussão 5
Conclusões 9
Referências bibliográficas 10
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1) Introdução
Os relatórios anteriores versaram sobre o comportamento vibratório de um
sistema mecânico quando o mesmo é excitado inicialmente, ou seja, tendo uma
condição inicial não nula, mas posteriormente está em vibração livre, sem nenhuma
força agindo nele. Todavia, em muitos dos casos, um sistema pode continuar a ser
excitado, o que é chamado de vibração forçada. Na maioria deles, essa vibração
também é oscilatória, e essa vibração fará com que o sistema também vibre na mesma
frequência. Pode-se citar como exemplo uma máquina rotativa com desbalanceamento.
Mesmo assim, com a análise do movimento do sistema excitado a diferentes
frequências, é possível encontrar os seus parâmetros, assim como o perfil exato da
força excitadora.
É isso que será feito no presente experimento, a partir de dados retirados do
sistema da figura 1.
Figura 1 - Foto do sistema que foi utilizada no estudo de vibração forçada.
2) Objetivo
O objetivo do presente experimento é analisar um sistema massa-mola sujeito à
uma vibração forçada a diferentes frequências de excitação a partir de dados retirados
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do software Kinovea. Deve-se, então, obter a resposta em frequência do sistema, assim
como seus parâmetros modais e a força a que está submetido.
3) Análise teórica
Primeiramente, modelou-se o sistema como mostrado na figura 2.
Figura 2 - Representação esquemática do sistema a ser analisado.
Equacionando o balanço de forças, tem-se:
O próximo passo, então, será encontrar a solução para a equação diferencial.
Essa equação não é homogênea, logo necessita-se encontrar uma solução homogênea e
uma particular, sendo que a solução total é dada pela soma das soluções particular e
homogênea.
Sabe-se, a partir de DIAS [1], que a solução particular para essa equação é dada
por:
A amplitude e a fase são dadas por:
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Sendo r a razão entre as frequências de excitação e a frequência natural do
sistema.
Logo, tendo a solução homogênea, como já descrito no relatório do experimento
3, chega-se na solução final para um sistema subamortecido somando-a com a solução
particular:
A fim de determinar os parâmetros do sistema, utilizou-se o método peak point.
Para tal, deve-se obter o gráfico do fator de ampliação do sistema, que é a razão entre o
deslocamento da inércia e o deslocamento da excitador. O fator pode ser dado por:
A frequência natural, que neste problema pode ser considerada igual a
frequência natural amortecida, será o valor de frequência no qual haverá um pico na
razão de amplitude. Tendo esse valor de pico M p , calcula-se 0, 707M P , ou seja, um
decaimento de 3dB p
ara ambos os lados do gráfico, obtendo duas frequências
referentes à esses dois pontos. O fator de amortecimento é obtido a partir dessas
frequências, com a seguinte expressão:
Finalmente, considerando m=0,67 kg , pode-se facilmente obter as grandezas
faltantes a partir das seguintes equações:
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4) Procedimento experimental
A montagem do mecanismo foi realizada de forma que se pudesse medir a
resposta em frequência e calcular a força a que está submetida. O software Kinovea foi
utilizado para se medir as posições horizontais da inércia durante o experimento para
as diversas frequências. A análise se inicia no instante que o sistema é liberado do
repouso, para isso, foi definido um referencial com base no instante t=0 da inércia e o
sistema foi calibrado com a medida de 50mm da inércia.
Foi utilizada a função Tracking em um ponto na aresta da inércia para que o
rastreamento não se perdesse durante a excitação, e o vídeo foi analisado em câmera
lenta para verificar que o ponto não se perde durante o movimento. Os dados coletados
foram exportados para o Matlab para análise da posição, velocidade e aceleração em
função do tempo.
5) Resultados e discussão
Tendo os dados obtidos no Kinovea, é possível plotar a amplitude dos
deslocamento da inércia em função do tempo para cada uma das frequências de
excitação.
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Figura 3 - Gráficos de posição da inércia em função do tempo para 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 Hz.
No entanto, somente esses dados não são suficiente para calcular os parâmetros
do sistema. Para tal, deve-se calcular o fator de ampliação do sistema para cada uma
das frequências. Todavia, sabendo que o fator se altera ao longo do tempo, tirou-se a
média para cada uma das frequências de excitação, resultando no gráfico da figura 4.
Figura 4 - Razão de amplitude entre inércia e excitador.
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Nota-se claramente um pico na razão de amplitude para a frequência de
excitação de 6Hz. Considerando, como recomendado, um baixo amortecimento,
pode-se concluir com certa precisão que 6 Hz é a frequência natural do sistema.
Pelo gráfico, nota-se que a razão de amplitude para tal frequência é de
aproximadamente 32dB. Para encontrar o fator de amortecimento, utiliza-se então os
dois valores encontrados no gráfico para os quais a razão de amplitude é 29dB, três a
menos que os 32dB do pico, como explicitado na seção de análise teórica. Obteve-se
então ω 1 = 5, 64 Hz e ω 2 = 6, 30 Hz .
Tendo esses dois valores e ω n = 6 Hz , calcula-se então o fator de
amortecimento, que resultou em ζ = 0, 055 . Com os parâmetros modais, calculou-se a
rigidez e o coeficiente de amortecimento equivalente do sistema, resultando em
k eq = 952, 22 N /m e c = 2, 78 N s/m .
Figura 5 - Gráfico da fase entre inércia e excitador em função da frequência.
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A fase do deslocamento da inércia com relação à excitação é mostrada na figura
5. Nela observou-se um comportamento esperado pela teoria, no qual a fase passa por
90º na frequência natural, indo de 0º a 180º.
Como último passo, calculou-se a amplitude da força exercida pelo excitador.
Isso foi feito para cada uma das frequências de excitação, substituindo os valores na
equação que descreve X P . Os valores obtidos estão expostos na tabela 1.
Tabela 1 - Amplitude média e Força harmônica atuante no sistema
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amortecimento, assim como havia se assumido. Por fim, pode se considerar que a força
també.m foi obtida com sucesso, já que houveram imprecisões e flutuações para
frequências altas.
7) Referências bibliográficas
1. DIAS, M. “Vibração Forçada de Sistemas de 1GL”, 2017.
2. RAO, S. S. “Mechanical Vibrations”. 5a ed. Pearson, 2010.
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