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Durante o período colonial, ocorreram diversas invasões estrangeiras no Brasil, sobretudo de

franceses, holandeses e britânicos. Alguns deles chegaram a fixar-se em pontos do território,


mas acabaram expulsos pelos portugueses, muitas vezes com o apoio de povos indígenas.

A imigração para o Brasil iniciou-se em 1530 com a expedição de Martim Afonso de Sousa. Os
portugueses que vinham para cá estavam interessados apenas na extração de recursos naturais
para comercializá-los na Europa. Com a criação das capitanias hereditárias e o início da lavoura
de cana-de-açúcar, houve a fixação de portugueses e escravos negros no país, sobretudo no
litoral dos atuais estados da Bahia, Alagoas, Pernambuco e Paraíba. Embora nessa época
tenham surgido algumas vilas nas áreas que, atualmente, correspondem a São Paulo e Rio de
Janeiro, a ocupação do território começa a se impulsionar somente a partir dos séculos XVIII e
XIX, com a mineração e atividade cafeeira.

Com a abertura dos portos, em 1808, foi permitida a entrada de outros imigrantes
europeus livres além dos portugueses, até então os únicos, ao lado dos escravos, que podiam
se fixar no Brasil. O fluxo de imigrantes livres, porém, foi muito pequeno, já que praticamente
não havia empregos que pudessem ser oferecidos a eles. As funções urbanas (comércio,
funcionalismo público e serviços em geral) eram exercidas pelos portugueses e seus
descendentes, enquanto as atividades econômicas de base agrária ficavam a cargo dos
escravos.

Esse quadro começa a se alterar a partir de 1850, com a proibição do tráfico negreiro (Lei
Eusébio de Queirós), maior desenvolvimento das atividades cafeeiras e urbano-industriais e
facilidade de acesso à posse de terra na região Sul. Associados, esses fatores tornaram o Brasil
um pólo de atração para os imigrantes europeus. os Estados Unidos e a Argentina receberam
mais imigrantes que o Brasil, por oferecerem mais oportunidades de ascensão social aos
colonos. De qualquer forma, houve uma grande entrada de imigrantes livres até 1929, ano da
crise econômica mundial decorrente da quebra da Bolsa de Valores de Nova York.

Ainda no século XIX e indo para as três primeiras décadas do século XX, entre 1850 a 1930, foi
o período de maior entrada de imigrantes no Brasil, a maioria veio trabalhar nas fazendas de
café (Rio de Janeiro e São Paulo), e também nas primeiras indústrias brasileiras. Os principais
imigrantes que vieram residir no Brasil neste período eram italianos, alemães, espanhóis, sírio-
libaneses, ucranianos e japoneses, muitos formaram as colônias agrícolas no sul do país.

A última fase de entrada de imigrantes é a atual, que começou em 1930 até os nossos dias,
neste período ocorreu uma queda na entrada de imigrantes no país, entretanto, os que
chegaram ao Brasil durante este período e continuam chegando são de quase todas as partes
do mundo e os motivos que levaram e levam esses imigrantes a mudar para o país são os mais
variados possíveis.

PRINCIPAIS CORRENTES IMIGRATÓRIAS E EMIGRAÇÃO BRASILEIRAS


Não é possível estimar quantos escravos negros ingressaram no Brasil, quais os anos de
maior fluxo, por qual porto entraram e de que lugar da África provieram. O gráfico abaixo
contém dados apenas da entrada de imigrantes livres a partir de 1808, não considerando a
corrente africana, a mais importante até 1850. Segundo as estimativas, ingressaram no país
pelo menos quatro milhões de negros de 1550 a 1850, a maioria de Angola, Ilha de São Tomé e
Costa do Marfim.

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