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Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

História da América II

Discente: Ivan Cunha

Docente: Vanderlei Vazelesk

Resumo do texto "Ascensão e queda do pacto populista em Cuba, 1934-1959" de


Gillian McGillivray.

O vigente resumo tentará exclarecer como o populismo foi algo que ajudou o governo de
Batista e, anos depois, se tornou algo que viria a afastar as massas do poder de Fulgencio.

Parte inicial:

O texto é iniciado mostrando a cara autoritária e anti-trabalhista do governo de Mendieta


em Cuba. Qualquer forma de luta por melhores condições de trabalho, inclusive as
greves, já eram vistas como atos revolucionários e, por conta disso, eram bastante
reprimidas; o caso principal era no ramo das plantações de cana. Em resposta, os
trabalhadores artitaram novas formas de sabotagens como o "pano queimado" ou
participavam de ações diretas contra as autoridades criando diversas greves e atos
considerados terroristas em todo o território nacional.

No entanto, para poder incorporar a massa ao seu governo, Mendieta e Batista não se
livraram do sentido de revolução de 1933. Com isso, o autor utiliza o termo "populismo
autoritário" - já que usou a força do Estado junto das reformas para manter-se no poder -
para definir e explicar o regime vigente após o golpe de 1933.

Com o fim precoce do governo de Mendieta, Fulgencio Batista chega ao poder. O mesmo
tinha poucas chances de se manter na presidência. Porém, o mesmo fortaleceu o "pacto
populista" em Cuba durante a emergência da Segunda Guerra Mundial e isso juntou o útil
ao agradável.

Batista não tinha um governo tão distinto daqueles populistas que vieram após a crise de
1929. Afinal, o mesmo se apoiava nas forças armadas que esmagavam qualquer
movimento independente do governo e buscava atender algumas demandas trabalhistas
de operários e camponeses para obter apoio dentre as massas. Assim sendo, graças à essa
"atenção" com o povo, tal regime pode ser chamado de populista; criando inclusive o
Ministério do Trabalho de Cuba. Com isso, o "populismo é sempre uma combinação de
força e persuasão" (p. 4) que Batista usou para conter as massas após os acontecimentos
de 1933.

Por fim, o artigo vem a mostrar como o mundo bipolar criado após o fim da Segunda
Guerra Mundial fez com que o pacto pulista de Cuba enfraquecesse. Mostra também que
apenas os grandes líderes do país recebiam apoios federais craindo uma aversão ao
regime por grande parte das pessoas e um aumento do uso das forças armadas. Isso tudo
junto a outros fatores culminaram na vitória da Revolução de 1959.

A alvorada de um novo pacto: o populismo autoritário, 1934-1936

Primeiramente, entendendo quem são Mendieta e Batista; O primeiro é originário da elite


da província de Las Villas e veterano da independência nacional. Além disso, era alguém
de prestígio no Partido Liberal e, em 1931 criou a Unión Nacionalista junto ao bloco
conservador. Já chegou à presidência mudando a constituição do país autorizando o voto
feminino e reforçou a legislação sobre a jornada de oito horas de trabalho além de
diversas outras leis trabalhistas como o salário mínimo. Assim sendo, ele mostrava que
estava levando o país para um rumo de reformas moderadas. No entando, no ano de 1933
Batista e seu exército entram na história. Em tal ano ocorreram diversas greves nos
campos e a colheita da cana entrou em crise. Isso foi tão ruim para o país pois o açúcar
representava 80% das exportações cubanas. Com isso, para iniciar as colheitas de 1934
rapidamente, Mendieta deu duas usinas para a Cubanaco e, para fazer essa transferência à
empresa com uma certa tranquilidade, Batista e o exército eram a solução; Batista, ao
contrário de Mendieta, era de origem humilde e não era branco. Trabalhou nos canaviais
e em outros empregos que alguém de classe baixa viria a conseguir e só veio a se tornar
sargento do exército sete anos após o seu ingresso nas forças armadas. Em 1933, o
mesmo, junto a outros sargentos e inferiores, oficializou um motim que acabou tornando-
o comandante do exército e, através desse cargo novo, nomeou cerca de 400 novos
oficiais e afastou os que apoiavam Machado fazendo com seu grupo se tornasse o mais
forte das forças armadas. Detalhe: agora a maioria não era mais de brancos ligados à elite
cubana.

Seguindo, algo que fez muito bem ao governo foi a divisão de poder entre a elite civil e a
elite militar criando o "populismo autoritário". Isso fez com que ambos os grupos fossem
favorecidos, algumas demandas populares fossem atendidas e que não apenas os líderes
recebessem vantagens. Com isso, aos poucos Mendieta ampliou o alcance político,
econômico e jurídico do Estado e inflitrou os militares em diversos segmentos da
sociedade da ilha como, por exemplo, a "reserva militar" que foi usada como fura-greves
em 1935. Porém, como era uma forma autoritária de regime, foi declarado um estado de
sítio a greve que realmente ocorreu recebeu punições do governo além de uma repressão
militar que deixou mais de cem mortos. Além disso, foi durante tal estado de sítio que
Batista tomou vários cargos civis para seu exército, apenas aperfeiçoando a política de
Machado que já enviava militares para serem líderes municipais, fechando os vácuos
deixados por Machado e usando o exército como meio de propagando política.

Continuando, segundo E. W. Timberlake, tais militares que governavam funcionavam aos


moldes de uma máfia já que os múltiplos casos de suborno são fatos históricos como os
35000 dólares doados pelos donos de usinas ao Comando Provincial de Oriente e, no
meio mais pobre, os camponeses diversas vezes deviam dar parte da sua produção para
evitar serem espancados ou mortos. Por fim, o presidente seria um chefe de gangue que
assegurava o seu poder ao ajudar estes militares que eram líderes locais.

Além disso, mesmo tendo conquistado o exército graças aos olhos fechados para a
corrupção e à Batista, Mendieta perdia a confiança de diversos ministros que se demitiam
pois eram contra esta crescentes das forças armadas no pilar político do país e isso
culminou na sua renúncia. Com isso, Fulgencio Batista finalmente se torna o líder de
estado em 1935.

O primeiro grande desafio de Batista foi fazer com que as massas aderissem ao seu
governo. O mesmo usou das forças armadas como meio de contensão e disciplina, leis
que eram "pequenas reformas" que, na realidade, apenas seguravam o movimento
trabalhista com o ato de ceder algo aos trabalhadores de vez em quando. No entanto, os
líderes do movimento trabalhista logo perceberam o caráter autoritário dessas "reformas"
e alguns grupos como os comunistas já estavam contra o pacto populista.

Em contrapartida, com a ideia de um Estado intermediador entre trabalhador e patrão,


alguns grupos de trabalhadores foram cobrar reinvindiações e reformas diretamente aos
seus patrões quebrando a ideia de populismo e um Estado amigo do trabalhador. Tais
grupos procuraram melhorias em seus campos de trabalho e diversas vezes eram de
grandes pólos da época como na Cubanaco. Além disso, tais reivindiações tinham um
apelo popular pois lutavam contra racismo (nos meios fabril, rural e portuário), lutavam
por áreas específicas para mulheres trabalharem para haver um complemento na renda
familiar e a maior de todas as reivindicações: lotes de terra nas áreas de plantação e dos
escritórios para todos os trabalhadores sem eles terem que pagar qualquer aluguel. Tais
terras seriam produtivas demais para as famílias e ajudariam na renda, a preparação para
períodos de dificuldade financeira, dentre outras coisas.

Seguindo, para não desapontar tais patrões, Batista manda suas tropas para controlar
esses sindicatos. Todavia, para se opor à essa repressão de não possírem mais sindicatos
legítimos, os trabalhadores aumentaram o número de sabotagens e motins. Porém, como
resposta, a repressão ficou ainda maior e até os sindicatos de pequenas usinas foram
fechados e tornados ilegais. Com isso, o Estado de Batista virou algo que não se poderia
mais ser chamado de populista já que ele governava em prol das elites e já que o governo
recebia bastante dinheiro por assegurar o poder dos empresários. Isto posto, o Ministério
do Trabalho ficou cheio de membros apoiadores do governo e as petições dos
trabalhadores eram diversas vezes negadas.

Para finalizar, em relação aos trabalhadores, os produtores de cana estavam numa posição
relativamente melhor pois tinham representantes de classe média nos corredores do
governo central de Havana., chegando até mesmo a ter assentos na câmara dos deputados.
Os mesmos conseguiram manter alguns direitos e ainda tinham poucas obrigações como
apenas ter que bater umas quotas de produção que não atrapalhavam as suas economias;
Já no caso dos trabalhadores do campo, a vida era bem amarga mesmo. Eles tinham
menos meios que os da cidade para se oganizarem e eram mais dispersos, fazendo com
que seus movimentos trabalhistas fossem mais fracos e mais fáceis de serem contidos.

O pacto se aprofunda: a coordenação do açúcar e a frente popular, 1937-1944

Fica claro que mesmo com suas limitações, o populismo cubano obteve certas melhorias
aos trabalhadores e aos produtores de cana, além de uma (pouco) maior distribuição de
renda. Isto ficou claro na lei de Coordenação do Açúcar e ela era claramente de ideologia
populista, sendo fundamental até 1959. Isto posto, com tal lei, a produção de cana do país
ficou em sua quase totalidade com os próprios cubanos e as usinas nem com 5% desta
produção. Além disso, o governo estadunidense não ligava para essa "falência" das
empresas dos EUA pois os cubanos começavam a aumentar a sua renda e podiam virar
consumidores dos produtos feitos nos Estados Unidos. Com isso, podemos dizer que em
detrimento a alguns donos de usinas e com as alianças político-econômicas (um tratado
de reciprocidade!), os EUA continuaram dominando a economia cubana.

Seguindo, este tratado de reciprocidade ocorreu porque as elites cubanas ainda achavam
que o açúcar seria extremamente importante para as suas economias e assim teriam um
mercado seguro. Além disso e das obrigações da lei de Coordenação do Açúcar, o salário
dos trabalhadores desse meio dependeria do valor médio do açúcar vendido e as empresas
só fizeram isso até 1947, quando graças à Guerra Mundial o preço subiu absurdamente.
Assim sendo, as greves começaram a se alastrar pelo país mas o surgimento de um clima
de Guerra Fria, mesmo antes da derrota do Eixo, fez com que reivindicar algo por parte
dos trabalhadores fosse algo difícil.

Fatores internacionais e internos explicam por que o clima era favorável aos
trabalhadores em 1937. Batista ia se direcionando à esquerda enquanto os líderes pediam
o centro, código do trabalho no ano seguinte, anistia aos presos políticos e o trabalho não
era mais uma questão privada para a Suprema Corte.

Esta ida de Batista para a esquerda pode ser explicada pelo seguinte: pressão de grupos
comunistas, anarcossindicalistas e "Auténticos"; conhecer o regime populista mexicano; a
aliança entre EUA e URSS contra o fascismo junto a proximidade geográfica com os
Estados Unidos. Esta "aliança contra o fascismo" e o pacto populista fizeram com que os
cubanos conseguissem várias reformas em dez anos.

Continuando, após fracassar ao tentar uma aliança com os Auténticos, assim como os
comunistas, Batista tentou se agarra ao povo ainda mais. Legalizou o Partido Comunista
e a rádio do mesmo para que este grupo apoiasse-o, além deles terem que trazer as
massas para o apoio ao governo. Isto posto, os líderes dos partidos de esquerda se
alinharam ao novo "democrata". Com isso, deixou as forças armadas para se candidatar
novamente em 1940.

Seguindo, a CTC (Confederação do Trabalhadores Cubanos) foi formada e os


trabalhadores tinham mais uma forma de serem defendidos. Já que neste momento
Batista agia como um líder de esquerda, o mesmo liberou a expansão da CTC em troca de
apoio político e virou o primeiro presidente a autorizar que os trabalhadores
participassem da política; Esta fase populista, ao contrário do que pensavam os
empresários dailha, durou bastante tempo e foi até o final da segunda administração de
Grau, em 1947.

Além disso, a CTC utilizou a política internacional para evitar que ocorressem certos
abusos aos trabalhadores, ainda mais após o fracasso da greve geral que ocorrera anos
atrás. Com isso, os comunistas se infiltram ainda mais em orgãos trabalhistas e nos
sindicatos para tentar legalizá-los, além de ensinar como combater empresas abusadoras.

Por outro lado, os líderes cubanos começaram a se juntar aos sindicatos, deixando ambos
mais fortes, com o intuito de combater a legislação vigente. Essa união e a vontade de
combater a legislação tornou Cuba "populista" nesse tempo. Isso fez, por exemplo, com
que os trabalhadores do açúcar tivessem diversos progressos nas suas questões
trabalhistas como um salário maior e essa classe unida fez com que tais trabalhadores
fossem fortes o suficiente para pressionar os presidentes populistas da ilha.

Isto posto, Grau San Martín (eleito em 1944) buscou o apoio de antigos rivais que agora
estavam ameaçando um greve geral caso fossem substituídos por Auténticos. Afinal, os
comunistas lideravam um número expressivo de trabalhadores em divesas áreas e ser
rival deles daria um motivo para Batista aplicar um golpe militar. Com isso, Grau cedeu
algumas reivindicações e dividiu o governo com os comunistas.

Anteriormente, em 1939, Batista convocou uma Convenção Constitucional fazendo umas


das constituições mais progressistas do continente para o ano seguinte afinal os
comunistas participaram da sua criação. Isso fez com que certos autores dissesem que a
constituição era um reflexo das vitórias trabalhistas porém a mesma "esqueceu" dos
trabalhadores rurais, deixando-os à mercê dos empresários. Algo que podia explicar isso
seria a pele dos trabalhadores: os de usinas eram, em maioria, brancos equanto os do
campo eram afro-cubanos.

Os grandes líderes desses afro-cubanos eram Menéndez e Hernández. O primeiro é de


origem humilde e trabalhadora. filiou-se ao PC de Cuba bem novo e chegou a ser preso
por lutar contra a fome, foi preso novamente por liderar um sindicato e, após sua
libertação, virou um grande líder trabalhista que chegou ao comitê executico da CTC e
participou da formulação da constituição de 1940. Fundou a FNOA (setor do açúcar) que
conquistou diversa melhorias para os trabalhadores do ramo. Além disso, peitou os EUA
em prol de um acordo justo para Cuba nas exportações do açúcar, fazendo com que Cuba
conseguisse um acordo compensatório com uma grande potência capitalista de primeiro
mundo e isto fez com que a classe trabalhadora ganahsse muita força política com
presidentes populistas. Foi um deputado comunista até sua precoce morte em 1948.

A Guerra Fria prejudica o pacto, 1947-1955

A unidade que os trabalhadores do setor do açúcar é associada ao clima político e


econômico internacional. Tal união fez com que tais trabalhadores ganhassem força
política para peitar os patrões e o governo quando necessário mesmo tendo a cooptação
populista das elites para atrapalhar até por que o populismo anticomunista reinava em
Cuba.

Com este cenário, a figura de Menéndez volta a aparecer. Após a sua morte, multidões
foram saudá-lo e ecoaram as suas falas de união e solidariedade entre os trabalhadores.
No entanto, a Guerra Fria chegou e a unidade começou a ser destruída afinal a Doutrina
Truman chega à América Latina para ajudar os rivais dos comunistas antes mesmo do
assassinato de Menéndez e, graças a isto, os Auténticos ganham forças para atacar os
líderes sindicalistas e tomar a CTC para eles em 1947 com apoio do governo e Grau.
Com isso, o governo passou a usar a força contra os sindicatos.

Esta política de Guerra Fria, junto a violência e a corrupção fizeram os Auténticos


deslegitimarem o pacto populista de Cuba. Isso fez com que diversos grupos e jovens
revolucionários surgissem na década de 40. Dentre eles, Fidel Castro.

Esta desordem causada pelos Auténticos fez com que Batista quisesse voltar ao poder já nas
eleições seguintes. No entanto, ficou atrás dos canditados dos Auténticos e dos Ortodoxos
(partido criado pelo falecido Chibás, que de Auténtico virou rival dos mesmos) e tentou um golpe
de que culminou na sua volta ao poder.

Este governo seria diferente do seu período na década de 1940. Agora ele era aliados dos EUA e o
golpe fez com que a população não o apoiasse como outrora. Além disso, ele eliminou algumas
reformas trabalhistas para conquistar investidores para a ilha. Por outro lado, agora as alianças
com comunistas eram 100% inviáveis para Batista e isso fez com que seu governo fosse ainda
mais turbulento. Ou seja, seu governo dependia das forças armandas e dos EUA apenas.

A ditadura esvazia o pacto

Batista representou uma volta à política de favorecimento individualista e destruia o pouco que
sobrava do pacto populista, como a CTC e a Associação dos Plantadores de Cana, ao governar
para poucos grupos. Além disso, ele ainda dava cargos a amigos e parentes advogados e
jornalistas para tentar aumentar seu apoio nas mídias afastando os grandes personagens do
populismo que são as pessoas do povo.

No campo sindicalista, a situação ia de mal a pior. Os trabalhadores deixaram de pagar sua


contribuição aos seus respectivos grupos e isso causou uma certa crise. Com isso, Prío cria uma
lei que obrigava os trabalhadores a pagar uma taxa aos seus sindicatos e, em troca desse favor, os
líderes sindicalistas engavetaram diversas reivindicações como o aumento salarial de 40%. Anos
depois, para ter o apoio da CTC, Batista manteve esses decretos.

Batista continuava mantendo a violência das forças armadas nas usinas e plantações já que não
tinha tanto apoio do povo, além das invasões nas cidades. As usinas começaram a não ligar para
as conquistas trabalhistas por conta de corrupção, desmoralização e violência. Grandes greves e
sabotagens ocorriam. O ministro do trabalho era intransigente. Ou seja, o caos reinava sobre
Cuba.

Com isso, os sindicatos só resistiriam e venceriam se os trabalhadores formassem uma unidade


formando assembléias nas cidades de usinas para convocar as massas. A ideia era mostrar seus
planos contra as empresas estrangeiras. Com isso, apenas os trabalhadores rurais não paricipavam
pois eles eram esquecidos e deixados de lado por esses líderes sindicais. No entanto, após dias de
discussão, ameaças de morte e subornos, os líderes sindicais conseguiram que Prío assinasse um
decreto dando-os dinheiro que, além de tudo, tentava sulucionar o desemprego. Lembrando
também que o tratado de reciprocidade de 1934 também é fator crucial para isso.

Os trabalhadores lutavam contra o desemprego e chegavam a apelar para a suprema corte. Isso
incluía lutar contra a mecanização fabril. O golpe de Batista representou a derrota das reformas
feitas até a constituição de 1940. Por haver mais lutas pelos trabalhadores, a repressão feita por
Batista foi maior do que a feita em qualquer outro governo.

Isto posto, em meados da década de 1950, a luta contra a ditadura aumentou. Incluive com greves
que chegavam a meio milhão de participantes de classes média e baixa, incluindo estudantes. Os
grevistas queriam que pagassem os diferenciais, fim das restrições de colheita, aumento do
salário, melhores condições, dentre outras coisas. Paralizaram mais de 15 usinas mas foram
reprimidos e Batista efetuou o "Natal Sangrento" que foi uma grande chacina em diversas usinas.
No entanto, a antigas instituições populistas como a CTC estavam agora nas mãos da ditadura e
dos ricos e agora não representavam mais as classes trabalhadoras, mas sim as elites. Com isso, o
que era populista, deixou de ser. Isso mostra que a ditadura e o clientelismo destruíram o
populismo cubano.

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