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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ

Instituto De Recursos Naturais

Michael Jourdain Gbedjinou - 2016010469


Nathalia Cristina de Souza Silva - 34112

Caracterização da Baía de Todos os Santos

Trabalho apresentado ao Prof. Alessandro Luvizon


Bérgamo como requisito para fixação dos
conhecimentos adquiridos e consequente aprovação
na disciplina de Engenharia Costeira – EHD20.1.

Itajubá, MG
2019
Sumário
Introdução................................................................................................................................... 5

Caracterização Geográfica e Geomorfologia da Costa............................................................... 5

Bacia de drenagem, aporte fluvial e carga sedimentar ............................................................. 12

Regime de correntes, ondas e marés......................................................................................... 15

O Nível do Mar..................................................................................................................... 15

Correntes de Maré ................................................................................................................ 18

Variações nos Campo de Temperatura, Salinidade e Densidade ......................................... 19

Tempo de residência............................................................................................................. 20

Padrões climáticos .................................................................................................................... 21

Temperatura.......................................................................................................................... 21

Precipitação .......................................................................................................................... 23

Evaporação ........................................................................................................................... 24

Ventos....................................................................................................................................... 25

Obras Costeiras......................................................................................................................... 25

Identificação da Problemática Local ........................................................................................ 27

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 29
Lista de Figuras
Figura 1 - Recifes de corais da Baía de Todos os Santos ........................................................................ 5
Figura 2 - Baía de Todos os Santos, BA, Brasil ...................................................................................... 6
Figura 3 - Mapa da Baía de Todos os Santos com indicação da localização das comunidades de seu
entorno..................................................................................................................................................... 7
Figura 4 - Bacia Sedimentar do Recôncavo Tucano-Jatobá.................................................................... 7
Figura 5 - Geologia do entorno e do fundo da BTS e seção geológica transversal à subbacia do
Recôncavo, mostrando o empilhamento das unidades estratigráficas..................................................... 8
Figura 6 - Mapa geológico da área em superfície ao redor da BTS ........................................................ 9
Figura 7 - Mapa hipsométrico da área estudada - Baía de Todos os Santos e entorno ......................... 10
Figura 8 - Mapa clinográfico da área estudada – Baía de Todos os Santos e entornos ......................... 10
Figura 9 - Mapa preliminar de compartimentação geomorfológica da Baía de Todos os Santos e entornos
............................................................................................................................................................... 11
Figura 10 - Perfis topográficos da área estudada, com respectivas indicações das Unidades
Geomorfológicas ................................................................................................................................... 11
Figura 11 - Sub bacia que abriga a Baía de Todos os Santos ................................................................ 12
Figura 12 - Descarga fluvial média mensal afluente à BTS .................................................................. 13
Figura 13 - Batimetria da Baía de Todos os Santos .............................................................................. 14
Figura 14 - Distribuição de fácies texturais na Baía de Todos os Santos.............................................. 15
Figura 15 - Localização das estações de monitoramento de marés e correntes na BTS. Os números
referem-se à numeração das estações .................................................................................................... 16
Figura 16 - A amplificação progressiva da maré em toda a baía .......................................................... 17
Figura 17 - Registro simultâneo da maré no oceano e em três estações dispostas ao longo do eixo
longitudinal da BTS .............................................................................................................................. 18
Figura 18 - Campo de correntes na BTS a meia maré vazante e a meia maré enchente, em situação de
sizígia, de acordo com os resultados do modelo RMA2 ....................................................................... 18
Figura 19 - Variação vertical dos valores médios e dos desvios padrões de temperatura e salinidade em
três estações (#8, #5 e #4) (Figura 15) alinhadas longitudinalmente à BTS. ........................................ 19
Figura 20 - Zoneamento do tempo de residência na BTS, obtido através de simulação numérica do fluxo
em condição de verão (maré e vento).................................................................................................... 20
Figura 21 - Classificação climática de Köppen-Geiger para a costa Brasileira .................................... 21
Figura 22 - Temperaturas máximas e mínimas médias locais............................................................... 22
Figura 23 - Temperatura média horária................................................................................................. 22
Figura 24 - Precipitação e temperaturas médias .................................................................................... 23
Figura 25 - Médias de umidade em 2019 .............................................................................................. 24
Figura 26 - Balanço entre evaporação (linha) e precipitação (barras) mensal na entrada da Baía de Todos
os Santos................................................................................................................................................ 24
Figura 27 - Rosa dos ventos da Baía de Todos os Santos. a) verão e b) inverno .................................. 25
Figura 28 - Complexo Portuário da Baía de Todos os Santos............................................................... 26
Figura 29 - Principais Características dos Terminais Privados do Complexo Portuário da Baía de Todos
os Santos................................................................................................................................................ 27
Introdução
Conhecida por ser a segunda maior baía do Brasil, a Baía de Todos os Santos (BTS) abriga, em
seu entorno, aproximadamente três milhões de pessoas e está localizada no estado da Bahia nos
contornos de sua capital Salvador, uma das metrópoles mais sustentáveis do Nordeste (BRELSFORD
et al., 2017). Além de Salvador, outros 15 municípios delineiam a baía que é considerada uma das
regiões mais atrativas para o turismo no Brasil pois possui um enorme e riquíssimo patrimônio cultural
e cede espaço para maior festa de rua do mundo: o Carnaval (BAHIA, 2019).
Possui uma rica uma rica e diversificada fauna e flora marinha provindas uma expressiva
extensão de corais (Figura 1), mangues e regiões estuarinas que são fundamentais para o
desenvolvimento econômico local. Além disso, seu entorno é composto por uma zona industrial extensa
que abriga o maior polo petroquímico do hemisfério sul (HATJE; ANDRADE, 2009).

Figura 1 - Recifes de corais da Baía de Todos os Santos


Fonte: Cruz, 2008; adaptado por Hatje e Andrade, 2009.

Caracterização Geográfica e Geomorfologia da Costa


A Baía de Todos os Santos, conhecida como BTS (Figura 2), estende-se numa área de 1.233
km² e encontra-se nas coordenadas entre a latitude de 12°50’ S e a longitude de 38°38’ W. A BTS
abrange parte da Região Metropolitana de Salvador, Recôncavo Baiano e do Recôncavo Sul da Bahia,
a Ilha do Frade, de Maré, de Itaparica, entre outras (BAHIA.WS, 2019). Consoante Tricart e Cardoso
(1968), a largura desta é estimada a 32 km, com cerca de 300 km de litoral, 9,6 metros de profundidade
média e até 41,8 metros de profundidade máxima.
Figura 2 - Baía de Todos os Santos, BA, Brasil
Fonte: LESSA et al., 2001
Figura 3 - Mapa da Baía de Todos os Santos com indicação da localização das comunidades de seu entorno
Fonte: DOS SANTOS, 2013

A gênese da BTS e as suas


inúmeras ilhas têm origens tectônica e de
grande ação modeladora dos ventos, rios,
chuvas, transgressões e regressões
marinhas. A Baía está implantada sobre as
rochas sedimentares que preenchem a
bacia sedimentar do Recôncavo (Figura
4). A bacia do Recôncavo é em realidade
uma sub-bacia que ocupa a extremidade
sul de um conjunto de bacias denominado
Recôncavo-Tucano-Jatobá, formadas ao
longo do processo de separação entre a
América do Sul e a África há 145 milhões
de anos (SILVA et al., 2007).

Figura 4 - Bacia Sedimentar do Recôncavo Tucano-Jatobá


Fonte: MAGNAVITA et al., 2005
Nos relevos mais elevados desenvolveram-se rios fortemente direcionados por fraturas e falhas.
Essas falhas representam -se os limites, sendo que os limites sul da sub-bacia do Recôncavo com a bacia
de Camamu são separados pela falha da Barra. A leste, a sub-bacia do Recôncavo é limitada pela
falha/alto de Salvador-Jacuípe, que a separa da bacia do Jacuípe. A oeste, o limite da sub-bacia do
Recôncavo é a falha de Maragogipe (MAGNAVITA et al., 2005). Estes limites são constituídos de
rochas cristalinas (granulitos e charnockitos do Pré-Cambriano Inferior), com grau elevado de
metamorfismo e nítido alinhamento do relevo, localizados a montante de falha de Maragojipe e Salvador
e correspondendo geomorfologicamente ao Domínio do Planalto Cristalino (MAGNAVITA et al.,
2005).

Figura 5 - Geologia do entorno e do fundo da BTS e seção geológica transversal à subbacia do Recôncavo,
mostrando o empilhamento das unidades estratigráficas.
Fonte: MAGNAVITA et al., 2005

A Unidade Geomorfológica Tabuleiro do Recôncavo, na porção oeste da BTS, apresenta um


relevo dissecado, composto de arenitos, folhelhos, siltitos e calcários da formação São Sebastião, Grupo
Santo Amaro (formação Candeias e Itaparica) e as areias e argilas da Formação Marizal, incluindo em
alguns locais, manchas do Grupo Barreiras (DE JESUS, 2007).
A Unidade baixa litorânea localiza-se na faixa Norte da BTS, na maior parte da Ilha de Itaparica
e na borda da falha de Maragogipe a oeste da baia e das planícies marinhas e flúvio-marinhas. Ela
apresenta um terraço arenoso acima do nível do mar (MARTIN, 1980; MOURA, 1979). Com base nas
informações do Martin (1980), os depósitos marinhos costeiros são provenientes do Pleistoceno, e
cobrem parte da Ilha de Itaparica, e do Holoceno que, condicionado pela baixa energia do mar, formam
zonas de mangues e alagadiços). Os depósitos flúvio-lagunares podem ser encontrados em Acupe e na
porção ocidental da Ilha de Itaparica, em zonas baixas que margeiam o rio (baixo Jaguaripe). A Baía
de Iguape é formada, por areia e siltes argilosos ricos e de muitas matérias orgânicas. Quanto ao
Quaternário indiferenciado, são depósitos arenosos e argiloso-arenosos fluviais que ocorrem no fundo
dos vales, na sua maior parte acima do limite atingido pelo máximo da penúltima transgressão
(MARTIN, 1980).
Com base nas imagens de radar foram gerados mapas clinográficas e hipsômetro no
SPRING e a partir das curvas de nível destes foram geradas folhas topográficas, mapas
geomorfológicos e geológicos. O objetivo por trás disso foi a identificação dos compartimentos
geomorfológicos, de forma a agrupar as tipologias semelhantes, abarcando assim as escalas de
abordagem segundo as recomendações de Ross (1991).

Figura 6 - Mapa geológico da área em superfície ao redor da BTS


Fonte: CBPM, 2002
Figura 7 - Mapa hipsométrico da área estudada - Baía de Todos os Santos e entorno
Fonte: DE JESUS, 2007

Figura 8 - Mapa clinográfico da área estudada – Baía de Todos os Santos e entornos


Fonte: DE JESUS, 2007
Figura 9 - Mapa preliminar de compartimentação geomorfológica da Baía de Todos os Santos e entornos
Fonte: DE JESUS, 2007

Tabela 1 - Índices de dissecação obtidos para a Baía de Todos os Santos e entornos, escala 1:100.000, curso
médio dos rios de 2ª e 3ª ordem identificados.

Fonte: DE JESUS, 2007

Figura 10 - Perfis topográficos da área estudada, com respectivas indicações das Unidades Geomorfológicas
Fonte: DE JESUS, 2007
Bacia de drenagem, aporte fluvial e carga sedimentar
A bacia de drenagem da BTS é composta principalmente pelos rios Paraguaçu (contribuinte
majoritário), Jaguaripe e Subaé (Figura 2) que juntos transportam uma vazão média de
aproximadamente 101 m³/s e compõem uma área de drenagem de aproximadamente 60.000 km²
(CIRANO; LESSA, 2007). A BTS está localizada na região hidrográfica do Atlântico Leste na bacia
Itapecuru-Paraguaçu em sua sub bacia Jequiriçá, Paraguaçu e outros (Figura 11) e recebe ainda, nos
meses úmidos, a contribuição fluvial de outras 91 pequenas bacias inseridas na referida sub bacia
(HATJE; ANDRADE, 2009).

Figura 11 - Sub bacia que abriga a Baía de Todos os Santos


Fonte: ANA, Google Earth, 2019

A Tabela 2 mostra a distribuição das áreas de drenagem da BTS de acordo com o corpo hídrico
responsável pela descarga e o gráfico da Figura 12 traz a média mensal de toda a descarga fluvial
afluente à BTS.
Tabela 2 - Contribuição da descarga fluvial na BTS por rio
Corpo Hídrico Área de drenagem (Km²) Contribuição (%)
Paraguaçu 56.300 92,13
Jaguaripe 2.200 3,60
Subaé 660 1,08
Outros 1.950 3,19
Fonte: Adaptado de HATJE e ANDRADE, 2009
Figura 12 - Descarga fluvial média mensal afluente à BTS
Fonte: HATJE e ANDRADE, 2009

É possível observar que o aporte do rio Paraguaçu equilibra a média anual com o aporte dos
outros rios, ou seja, enquanto no verão o rio Paraguaçu é o principal afluente da baía e os rios menos
expressivos possuem vazões menores, no inverno a situação se inverte e tem-se o rio Paraguaçu
transportando uma vazão menor do que os outros rios. Uma possível justificativa para esta constatação
é a existência da represa Pedra do Cavalo, situada no rio Paraguaçu à 15km de sua foz, que em épocas
mais secas acabam por verter um volume menor de água à jusante.
Comparado às vazões de maré na saída da BTS, o aporte fluvial medido é considerado pequeno
se comparado com as vazões de maré médias em sizígia, logo, as condições estuarinas são vistas apenas
nas desembocaduras dos rios principais, onde a coluna d’água é bem misturada. No restante da BTS as
condições encontradas são predominantemente marinhas (HATJE; ANDRADE, 2009).
Apesar de 94% da BTS possuir profundidades acima de 25m, nas proximidades à jusante do
Rio Paraguaçu, a reentrância chega a atingir até 70m de profundidade, contudo, conforme é possível
visualizar na Figura 13 (nas proximidades do ponto de medição 18), essa profundidade encontra-se
preenchida por sedimentos (CIRANO; LESSA, 2007), o que justifica a profundidade máxima de 41,8m
encontrada por Tricart e Cardoso (1968).
Figura 13 - Batimetria da Baía de Todos os Santos
Fonte: Cirano e Lessa (2007)

Em relação a carga de sedimentos na BTS, Lessa e Dias (2009), através do mapeamento da


área, coleta dos sedimentos de fundo da baía e integração entre dados bibliográficos já existentes,
elaboraram um mapa único com todas as fácies texturais da BTS (Figura 14). Além disso, constatou-se
que os sedimentos de fundo da BTS representam:
i) a herança da deposição fluvial no leito exposto da baía durante cerca de 50 mil
anos com nível médio do mar pelo menos 40 m abaixo do atual;
ii) o progressivo processo de inundação marinha nos últimos 10 a 15 mil anos e o
consequente retrabalhamento dos antigos depósitos fluviais assim como a
incorporação de sedimentos arenosos da plataforma continental;
iii) a produção carbonática interna à baía, com sua progressiva submersão;
iv) a deposição de sedimentos continentais arenosos e lamosos a partir das
cabeceiras e o início do processo de colmatação junto à diminuição das taxas de
submersão ao final da transgressão marinha (Lessa; Dias, 2009).
Figura 14 - Distribuição de fácies texturais na Baía de Todos os Santos
Fonte: Lessa e Dias (2009)

De fato, os sedimentos terrígenos da BTS provem das drenagens afluentes (como a do rio Baué)
e da plataforma continental, por meio das marés, correntes costeiras etc. Através da Figura 13 nota-se
que há predominância de sedimentos mais argilosos (finos) nas desembocaduras dos rios e que, na
entrada da baía, há predominância de areia.

Regime de correntes, ondas e marés


O Nível do Mar
A variação do nível d’água na BTS passou pela confecção de tábuas de marés obtidos pela DHN
(Diretoria de Hidrografia e Navegação) com marégrafos analógicos (entre 1947 e 1988). Para isto foi
coletado dados horários em nove estações de monitoramento (Figura 15), ao longo de diferentes
períodos, ou seja, uma semana na região de São Francisco do Conde e um ano na região de Salvador
(CAMARGO et al, 2009).
Figura 15 - Localização das estações de monitoramento de marés e correntes na BTS. Os números referem-se à
numeração das estações
Fonte: CRA, 2001

De acordo com CAMARGO et al. (2009):


As marés na plataforma continental adjacente à BTS são semidiurnas, com número
de forma (Nf = K1+O1 / M2+S2) igual ou inferior a 0,11. Ao entrar na baía, a onda
de maré é progressivamente amplificada e distorcida, especialmente nos trechos mais
estreitos, sinuosos e/ou rasos (figura 2). As alturas de maré mostram -se máxima, em
sizígia, e mínima, em quadratura com os respectivos valores de 1,87 m e 0,98 m.
Quanta à Salvador a maré de sizígia é 0,2 m a 0,25 m maior que a maré oceânica. No
trecho central, próximo à ilha dos Frades, a altura da maré é amplificada, em sizígia
de 30% (0,55m) de e em quadratura de 26% (0,25 m). Na margem oeste, próximo a
Saubara, a amplificação é de 40% (0,75 m) em sizígia e 0,35 m (36%) em quadratura.
Valores extremos de amplificação ocorrem dentro da Baía de Iguape, onde em sizígia
à amplificação é de 1,0 m, ou 53% da altura de maré oceânica. Para uma altura de
maré oceânica de 2,25 m, comum em sizígias equinociais, a altura de maré no interior
da Baía de Iguape alcança assim 3,50 m. A Figura 12 mostra a amplificação
progressiva da maré em toda a baía (CAMARGO et al, 2009, p 86).
Figura 16 - A amplificação progressiva da maré em toda a baía
Fonte: CRA, 2001

Ao longo do canal de Itaparica, duas ondas de maré em direções opostas provenientes de


Itaparica, ao norte, e de Cacha Pregos, ao sul, se cruzam e sofrem de ampliações. Com uma altura
máxima próximo a Catu, ao norte da Ponte do Funil, onde a amplificação é de aproximadamente 0,65
m em sizígia e 0,60 m em quadratura (Figura 16) (CAMARGO et al., 2009).
O baixo curso do rio Paraguaçu faz com que as marés ao longo dos rios Subaé e Jaguaripe
sofram amortecimento em sizígia e amplificação em quadratura. A distorção da onda de maré na BTS
representativa da diferença de duração das marés de enchente, mais longas, e vazante, mais curtas é
orientada em direção aos limites internos da baía (CIRANO, 2007). Os registros sincronizados do nível
d’água apresentam as variações de altura, forma, e o tempo associado à propagação da maré dentro da
baía podem ser destacados na Figura 17.
Figura 17 - Registro simultâneo da maré no oceano e em três estações dispostas ao longo do eixo longitudinal da
BTS
Fonte: CIRANO, 2007

Correntes de Maré
Conforme Xavier (2002), as variações das velocidades ocorrem entre marés de quadratura e
sizígia, mas não entre os períodos de verão e de inverno. As maiores magnitudes foram encontradas nos
canais de Salvador e Itaparica (ver estações #8 e #7) e próximo ao canal de Madre de Deus (ver estação
#15). As marés de vazante são de menor duração e associadas às maiores velocidade de fluxo costuma
ser localizadas principalmente próximo à superfície. A Figura 18 apresenta-se a distribuição da direção
e intensidade máxima das correntes (média na coluna d’água).

Figura 18 - Campo de correntes na BTS a meia maré vazante e a meia maré enchente, em situação de sizígia, de
acordo com os resultados do modelo RMA2
Fonte: XAVIER, 2002
As maiores intensidades de corrente ocorrem na maré vazante, onde o fluxo mais vigoroso
ocorre ao longo do eixo conecta o canal de Salvador ao canal de São Roque e ao rio Paraguaçu, com
uma segunda área de aceleração do fluxo próxima à embocadura do canal de Itaparica se situa ao norte
da Ponte do Funil (Figura 15) (XAVIER, 2002).
Variações nos Campo de Temperatura, Salinidade e Densidade
As perfilagens de temperatura e pressão foram realizadas em dois dias consecutivos, em marés
de quadratura e sizígia pelo CRA (2000). Para o interior da baía, enquanto os valores de salinidade
diminuem gradativamente para o interior, os valores de temperatura aumentam tanto no verão quanto
no inverno, assim como em marés de sizígia e quadratura. As maiores variações longitudinais e verticais
de temperatura ocorrem no verão. Contrário à temperatura, a salinidade apresentou as maiores variações
verticais e longitudinais no inverno, período úmido nas bacias costeiras (LESSA, 2001).

Figura 19 - Variação vertical dos valores médios e dos desvios padrões de temperatura e salinidade em três
estações (#8, #5 e #4) (Figura 15) alinhadas longitudinalmente à BTS.
Fonte: Cirano e Lessa, 2007

Segundo Cirano e Lessa (2007),


As diferenças sazonais de salinidade e temperatura na BTS geram a
ocorrência de duas massas d’água características: i) a Água Tropical, com
temperaturas superiores a 20 ⁰C e salinidade acima de 36 e que adentra a baía nos
meses de verão; e ii) a Água Costeira, mais fria e menos salina (salinidades inferiores
a 36) que se forma na BTS nos meses de inverno e impede a entrada da Água Tropical
(CAMARGO, 2009, p 97, apud CIRANO; LESSA, 2007).

Tempo de residência
As variações espaciais na batimetria da baía canalizam fluxos diferenciados de enchente e
vazante. A variação de densidade da água gera direções preferenciais no escoamento residual da BTS.
As zonas de escoamento preferencial de vazante para toda coluna d’água na maior parte da baía, sendo
que algumas regiões, com fluxo preferencial de enchente, induziriam à formação de vórtices (XAVIER,
2002). A porção central da BTS possui um tempo de residência inferior a 1,5 dia, sendo que valores
extremos, entre 5 a 30 dias, estariam restritos às margens de áreas mais internas, como a região entre as
ilhas de Maré e Madre de Deus e o interior da Baía de Iguape (Figura 20) (LESSA, 2007).

Figura 20 - Zoneamento do tempo de residência na BTS, obtido através de simulação numérica do fluxo em
condição de verão (maré e vento).
Fonte: XAVIER, 2002
Padrões climáticos
De acordo com a Classificação climática de Köppen-Geiger é possível notar dois tipos
climáticos na BTS: Clima Equatorial (Af) e Clima Monçônico (Am), sendo o primeiro o predominante
(Figura 21) (KOTTEK et al., 2006). Esta classificação confere a BTS um clima quente e úmido por ser
caracterizado por altas temperaturas e pluviosidade, o que ocasiona elevada evapotranspiração, é comum
em regiões de florestas tropicais, próximas a linha do equador (aproximadamente 10º de latitude). Se
encontra no ramo ascendente da célula de Hadley, na Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) que
atua transferindo calor e umidade dos oceanos dos níveis inferiores da atmosfera para os superiores da
troposfera e ocasiona as precipitações nos trópicos (MASTER, 201-).
Os dados a seguir são referentes a metrópole de salvador, admitindo-se que, por se tratar de uma
região pertencente a BTS e de mesma tipologia climática, não há grandes discrepância entre os valores
apresentados e toda a região complementar da BTS.

Figura 21 - Classificação climática de Köppen-Geiger para a costa Brasileira


Fonte: Master, 201-

Temperatura
A gráfico da Figura 22 traz um resumo das temperaturas médias mensais e o da Figura 23 traz
a média horária para o ano de 2019. As maiores temperaturas ocorrem entre dezembro e março e atingem
valores superiores a 30ºC, enquanto as menores temperaturas são registradas entre junho e setembro
tendo uma média mínima de 22ºC. Já em relação as temperaturas diárias, o horário mais agradável (entre
18ºC e 24ºC) se dá no início dos dias, entre 4 e 8 horas.

Figura 22 - Temperaturas máximas e mínimas médias locais


Fonte: Weatherspark, 2019

Figura 23 - Temperatura média horária


Fonte: Weatherspark, 2019
Precipitação
A gráfico da figura traz um resumo da probabilidade de precipitação local enquanto o da Fig
apresenta a precipitação média acumulada em cada mês. Os meses com maior probabilidade de
precipitação são os meses mais frios, entre abril e agosto, sendo o mês de maio o responsável pela maior
média de precipitação (aproximadamente 285mm) e setembro pela menor média de precipitação
(aproximadamente 75mm).

Figura 24 - Precipitação e temperaturas médias


Fonte: CLIMATE-DATA, 2019.

Ademais, o gráfico da Figura 25 mostra as médias de umidade no presente ano onde é possível
verificar que a região possuí umidades elevadas durante todo o ano e que os meses mais úmidos deste
ano foram exatamente os de maior precipitação média.
Figura 25 - Médias de umidade em 2019
Fonte: Weatherspeack, 2019.

Evaporação
O gráfico das Figura 26, além das médias de precipitação, mostra também a evaporação média
ao longo do ano, assim, é possível notar um balanço positivo ao longo do ano na entrada da baía.

Figura 26 - Balanço entre evaporação (linha) e precipitação (barras) mensal na entrada da Baía de Todos os
Santos
Fonte: Hatje e Andrade, 2009
Ventos
Na BTS há predominância de ventos de ENE verão, com velocidades de até 8,8 (m/s) e de ESE
no inverno, com médias de velocidade menores do que no verão podendo, porém, atingir velocidade
máxima semelhante. Em todo o ano é preponderante a presença de ventos de Leste, conforme é possível
verificar na Figura 27.

Figura 27 - Rosa dos ventos da Baía de Todos os Santos. a) verão e b) inverno


Fonte: Tanajura e Silva; 20--.

Obras Costeiras
Utilizadas para diminuição do processo de sedimentação, amenização dos efeitos de ondas e
variações de marés e proteção das costas litorâneas, as obras costeiras são fundamentais nos processos
e atividades que fazem interface entre o continente terrestre e marinho, principalmente devido ao
aumento da atividade antrópica das últimas décadas, que por sua vez é dada pelo contínuo
desenvolvimento econômico das regiões costeiras. Este desenvolvimento está atrelado não só a fatores
internos e locais como também a fatores externos como o fluxo de mercadorias internacionais por meio
dos portos, que no Brasil são responsáveis por 95% do escoamento e recebimento de cargas.
As regiões portuárias, são bases constantes para a implementação de obras costeiras, que podem
ser realizadas tanto na implementação, quanto na manutenção e ocorrência de processos logísticos de
seus terminais. Todas essas etapas podem ocasionar processos erosivos, modificações na hidrodinâmica
local, entre outras problemáticas que necessitam de obras de remediação e/ou prevenção. Sendo assim,
neste tópico os dois portos presentes na BTS serão abordados e ajudarão a compor, posteriormente, a
problemática da reentrância estudada.
O Sistema Portuário da Baía de Todos os Santos (Figura 28) é formado por dois portos públicos:
Salvador e Aratu, e sete terminais de uso privado (TUP): Terminal Madre de Deus, TUP Ponta da Laje,
Terminal Marítimo Dow Aratu, Terminal Portuário Cotegipe, TUP Usiba, Terminal de Regaseificação
da Bahia e Estaleiro Paraguaçu (BRASIL, 2015).
Figura 28 - Complexo Portuário da Baía de Todos os Santos
Fonte: Elaborado por LabTrans. Brasil, 2015

O terminal Aquaviário de Madre de Deus (Temadre) é explorado pela Petrobras para a


movimentação de combustíveis líquido e gasosos e é o porto de maior movimentação de carga do
Estado, atende mais de 50 embarcações por mês e movimenta cerca de 15 milhões de toneladas
anualmente.
O terminal da Usiba recebe, exclusivamente, minério de ferro bruto ou pelotizado e sucata de
ferro prensada. Sua instalação só foi possível após a realização de expressivas obras de aterro e ainda
assim, este terminal possui limitações que acabam por aumentar o tempo de descarga dos navios e causar
alguns transtornos para a população de entorno (devido a movimentação de caminhões).
O terminal da Dow Química fica no município de Candeias, no segundo maior complexo
industrial da Dow (corporação estadunidense de produtos químicos, plásticos e agropecuários) no
Brasil, e é totalmente voltado para movimentação de produtos químicos utilizados pela empresa.
O terminal da Ford (Terminal Portuário Miguel de Oliveira) possuí grande capacidade de
estocagem e é o púnico porto exclusivamente da Ford Motor Company em todo o mundo, sendo
referência em eficiência e produtividade nos sistemas roll-on-roll-off.
O terminal Portuário Cotegipe é de suo privado misto e integra o complexo industrial do Grupo
M Dias Branco, se destaca por seus modernos equipamentos e possui instalações especializadas em
movimentação de grãos como a soja, o que o faz alcançar movimentações de até 2,4 milhões de toneladas
por ano).
Em relação aos portos privados, a tabela da Figura 29 mostra as principais características destes,
onde é possível visualizar suas devidas obras costeiras e cargas movimentadas.
O Porto de Salvador, por sua vez é abrigado por um molhe e um quebra mar de 920m e 1.110m
de extensão, respectivamente. Este porto é destinado para a translação de cargas gerais, granéis sólidos,
navios de cruzeiro e de passageiros, contêineres e Ro-Ro (BRASIL, 2015).
Já o Porto de Aratu-Candeias, que devido a sua localização mais interna a BTS possui apenas
piéres de atracação, é especializado na movimentação de granéis sólidos, líquidos e gasosos (BRASIL,
2015).

Figura 29 - Principais Características dos Terminais Privados do Complexo Portuário da Baía de Todos os Santos
Fonte: Elaborado por LabTrans. Brasil, 2015

Identificação da Problemática Local


Como é possível notar a BTS além de ser uma das maiores e mais ricas baías costeiras do mundo
é envolvida por grades áreas urbanas e uma extensa zona industrial e portuária. Ao norte de sua
desembocadura há três emissários submarinos destinados a descarga de efluentes industriais e
domésticos e à 100km de sua entrada há uma plataforma de exploração de óleo e gás.
Sendo assim, conforme constatado por Rocha et al. (2012), diversas regiões da BTS encontram-
se enriquecidas por elementos traços e contaminantes orgânicos em níveis acima do considerado
“natural” o que, segundo os autores, confirma que as contribuições antrópicas (descargas de efluentes
industriais e domésticos, extração de petróleo e gás, processos de geração de energia, emissão veicular
e atividades portuárias) contribuem para os níveis ambientais dos contaminantes estudados até o
presente momento e tem afetado a qualidade dos ecossistemas presentes na baía.
A partir do estudo realizado por Rocha et al. (2012) é possível elencar os seguintes resultados:
• Os maiores transportadores de materiais em suspensão na baía são os rios;
• Quanto mais distante do estuário e mais próximo a foz, menor é a concentração dos
metais presentes na água;
• Os principais contaminantes em fluxo na BTS são: Mn, Zn e Pd;
• O rio Subaé é a principal fonte de material particulado e de metais traços na baía e o
mais enriquecido com Cd, Pb e Zn (justificados pelo funcionamento da antiga
Plumbum/COBRAC, que utilizava tais materiais e se localizava nas proximidades do
rio em questão);
• As áreas mais críticas são: baía de Itapagipe e Porto Aratu;
• Os teores de Cu encontrados ao longo da baía refletem o despejo dos efluentes
domésticos, a influência das indústrias de refino de petróleo etc.
• Há predominância de hidrocarbonetos (de origem petrogênica) em suspensão nas
proximidades dos rios Dom João e Mataripe;
• Há predominância de hidrocarbonetos nos sedimentos da região de Mataripe até o Porto
de Aratu.
• Os índices de contaminação encontrados oferecem risco de empobrecimento da biota.
• Há a contaminação da fauna e flora por metais o que ocasiona um risco à saúde pública
já que a população regional consome grande quantidade desses organismos
contaminados.
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