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Folclore Brasileiro

1. -Definição

Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam
de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas,
principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias
foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas.
O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem à festas
populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.

Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da
antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações
científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos
também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre
perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens
sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.

Folclore brasileiro é a junção de lendas, contos, mitos e histórias sobre criaturas e seres
fantásticos que habitam o imaginário de povos tradicionais de diversas regiões do país.

O folclore do Brasil é formado com base na mistura de tradições típicas das várias
culturas que formam a identidade na nação, com destaque para a portuguesa, indígena e
africana.

Além das histórias, costumes e lendas de personagens criados a partir da cultura popular
desses povos, o folclore brasileiro também é composto por festas, brincadeiras, crenças,
comidas típicas e outros costumes que eram transmitidos oralmente entre as diferentes
gerações.

Devido a diversidade cultural do país, o Brasil tem um folclore muito rico. No entanto,
apenas a partir do século XIX é que começou a ganhar importância e destaque por parte
de autores e intelectuais.

O Brasil celebra o Dia do Folclore em 22 de agosto, data esta que costuma ser celebrada
principalmente nas escolas de todo o país.

2. -Principais Lendas do Folclore Brasileiro

As lendas misturam acontecimentos reais e históricos com personagens e elementos de


fantasia e procuram sempre explicar fatos misteriosos ou sobrenaturais.
O imaginário folclórico do Brasil é recheado com diferentes personagens fantásticas.
Aliás, cada região do país assume uma história típica de determinada personagem do
Folclore. Confira algumas das mais populares:
2.1 Lenda do Curupira

Protetor das florestas, plantas e animais silvestres.

É um Mito do Brasil que os índios já conheciam desde a época do descobrimento.


É um anão de Cabelos Vermelhos com Pelo e Dentes verdes. Como protetor das Árvores
e dos Animais, costuma punir o os agressores da Natureza e o caçador que mate por
prazer. É muito poderoso e forte.

Seus pés voltados para trás serve para despistar os caçadores, deixando-os sempre a
seguir rastros falsos. Quem o vê, perde totalmente o rumo, e não sabe mais achar o
caminho de volta. É impossível capturá-lo. Para atrair suas vítimas, ele, às vezes chama
as pessoas com gritos que imitam a voz humana.

Uma carta do Padre Anchieta datada de 1560, dizia: "Aqui há certos demônios, a que os
índios chamam Curupira, que os atacam muitas vezes no mato, dando-lhes açoites e
ferindo-os bastante".

Os índios, para lhe agradar, deixavam nas clareiras, penas, esteiras e cobertores. De
acordo com a crença, ao entrar na mata, a pessoa deve levar um Rolo de Fumo para
agradá-lo, caso o encontre.

2.2 Lenda do Boto cor-de-rosa

Engravida as mulheres e desaparece.

Outra lenda de origem indígena e bastante popular na região norte do país (Amazônia). O
boto (espécie de golfinho dos rios) seria um animal mágico que, durante as festividades
juninas, se transforma em um homem muito bonito, conquistador e comunicativo.
As principais características do Boto é o fato de estar totalmente vestido de branco e com
um grande chapéu, que usa para esconder um buraco em sua cabeça (que nada mais é
do que as narinas do animal que não desapareceram após a sua metamorfose em ser
humano).

O Boto escolhe a moça mais bonita da festa, a seduz e depois leva para o fundo do rio,
onde a engravida. Por isso, a lenda diz que quando a mulher engravida misteriosamente a
culpa é do Boto.

Essa história é muito comum para tentar justificar a gravidez fora do casamento,
principalmente nas comunidades ribeirinhas da região amazônica.

2.3 Lenda do Saci-Pererê

Adora fazer travessuras. Protetor das florestas, principalmente das ervas


medicinais.

Este é outro mito bastante popular em todo o país. A lenda do Saci-Pererê fala sobre um
menino negro que usa um gorro vermelho, fuma cachimbó, anda com uma perna só e
adora fazer travessuras.
Ao contrário das outras lendas, a história do Saci teria se originado em grupos indígenas
da região sul do Brasil. No entanto, com a popularidade do mito, existem versões da lenda
em todas as regiões do país.

O Saci mora nas florestas e adora fazer pegadinhas para assustar as pessoas que entram
em seu habitat sem a sua autorização.

2.4 Lenda da Cuca

Bruxa velha com cabeça de jacaré que come crianças desobedientes.

A Cuca é um dos principais seres mitológicos do folclore brasileiro.

Ela é conhecida popularmente como uma bruxa velha e feia que rouba as crianças (a
forma de jacaré foi criada para as séries de TV). A origem desta lenda está num dragão,
a cuca das lendas portuguesas, tradição que foi levada para o Brasil na época
da colonização. No Brasil, a "Cuca" normalmente é descrita como tendo a forma de um
jacaré com longos cabelos loiros. Isso na verdade se tornou mais popular por causa das
várias adaptações para a televisão da obra infantil de Monteiro Lobato, o Sítio do Picapau
Amarelo, onde a personagem era sempre representada por uma atriz com uma fantasia
de jacaré de cabelo amarelo. No livro original escrito por Monteiro Lobato em 1921, a
personagem é descrita como uma bruxa velha com cara de jacaré e garras nos dedos
como gaviões . O Novo Dicionário da Língua Portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda
Ferreira traz cuca com o significando de bicho-papão, coco, papa-gente,
tutu, bitu, boitatá, papa-figo. A cuca é um bicho imaginário criado e usado para fazer
medo às crianças choronas que não querem dormir. Diz a lenda, que quando uma cuca
completa 1000 anos, aparece um ovo perto de sua morada, e quando esse ovo abre a
nova cuca anuncia a cuca velha de que já se passaram 1000 anos, então a cuca velha
tem que fazer um encantamento e se transformar em um passaro de canto triste,
enquanto a nova cuca assume seu papel, fazendo maldades maiores que antiga.
O livro nacional infanto-juvenil "Contos do Folclore Sombrio - A Cuca", conta a história da
Cuca, uma velha bruxa raptora de crianças que, no ano de 1988, é confrontada por três
irmãos em busca da prima desaparecida.

"Para Câmara Cascudo (citado por Melo, 1985, p. 25), a cuca pode ter três origens. De
Santa Coca que aparecia nas procissões da província do Minho, em Portugal. Também
no Minho, cuca é o nome popular de abóbora que, assim como em nossos dias, era
perfurada desenhando-se nela os contornos
dos olhos e da boca, e colocando-se uma vela
acesa dentro. A terceira possível origem é a
partir de “Farricoco”, personagem
amedrontador, vestido com uma túnica que
acompanhava a procissão de Passos, no
Algarve, também em Portugal.

2.5 Lenda da Mula-Sem-Cabeça

Mulher que não guarda sua virgindade para


o marido vira mula-sem-cabeça.

Esta criatura sobrenatural é descrita como uma mula que solta fogo no lugar onde deveria
ser a sua cabeça.

Essa lenda tem um cunho moral e machista muito forte, pois representa a punição pela
quebra da castidade das mulheres. Toda a mulher que se apaixonar por um sacerdote
(padre) seria transformada em mula-sem-cabeça.

Outas versões dizem que a mulher que tiver relações sexuais com algum homem
(namorado, principalmente) antes do casamento, será enfeitiçada e se transformará em
mula-sem-cabeça.

A origem dessa lenda é incerta, mas a sua popularidade no Brasil é evidente. Ainda
segundo a história popular, a mula-sem-cabeça corre pelos campos e florestas soltando
relinchos muito altos, assustando pessoas e animais por onde passa.

2.6 Lenda da Iara (Mãe D'água)

Sereia sedutora que atrai os homens para morrerem afogados no rio.

Mais uma lenda oriunda da região amazônica. A Mãe D'água é descrita como uma
espécie de sereia (corpo de mulher e peixe), que habita os rios da amazônia.
De acordo com a lenda, a Iara tem lindos cabelos negros e fica sentada na beira do rio
cantando melodias hipnotizantes que atraem os homens da região. Após seduzi-los, a
Iara leva as suas vítimas para as profundezas do rio, afogando-os. Algumas versões da
lenda ainda dizem que a Iara devora as suas vítimas após morrerem afogadas.
Quem for capaz de escapar aos encantos da Mãe D'água, ainda segundo a lenda, ficaria
louco. E a única forma de restaurar a sanidade na pessoa seria através do auxílio de um
pajé.

2.7 Boitatá

Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a
capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que
este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram
encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na
região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".

2.8 Lobisomem

Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por
um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de
transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos
aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria
capaz de matá-lo.

2.9 Corpo-seco

É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida,
era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a
prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que
viver como uma alma penada.

2.10 Pisadeira

É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas,
provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de
estômago muito cheio.
2.11 Mãe-de-ouro

Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de
ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos
ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas
e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.

2.12 Capelobo

Personagem folclórico típico da região Norte do Brasil (principalmente Maranhão e Pará).


O capelobo é uma espécie de monstro com corpo de homem musculoso e peludo e
cabeça de tamanduá-bandeira. Feroz, ataca caçadores nas florestas e se alimenta de
carne de gatos e cachorros.

2.13 Comadre Florzinha (ou Comadre Fulozinha)

É uma mulher cabocla, representada em algumas versões da lenda como uma espécie de
fada pequena, que vive nas florestas do Brasil (principalmente na Zona da Mata
nordestina). Vaidosa e maliciosa, possui cabelos compridos e enfeitados com flores
coloridas. Vive para proteger a fauna e a flora. Junto com suas irmãs, vivem aplicando
sustos e travessuras nos caçadores e pessoas que tentam desmatar a floresta.

2.14 Cobra Norato

Cobra Norato é um homem, que se transforma em uma cobra grande durante o dia. Era
filho de uma índia com um boto. Tinha uma irmã gêmea, que também era uma cobra.
Ambos viviam nos rios da região, local em que foram jogados após o nascimento. Cobra
Norato era muito bom e gentil, enquanto a irmã era malvada e cruel. Na lenda, Cobra
Norato mata a irmã e o encanto é desfeito com a ajuda de um amigo. Essa lenda une
outras duas, também de origem indígena, da região amazônica: lenda do boto-cor-de-rosa
e a lenda da Cobra Grande.

3. - Principais Festas do Folclore Brasileiro

Alguns dos mitos e das lendas do folclore brasileiro deram origem as tradicionais festas
populares que são realizadas em diferentes regiões do país.

3.1 Festa Junina

As festas juninas são uma tradição de origem portuguesa e muito comuns na região
Nordeste do Brasil. São realizadas em comemoração aos três principais santos da quadra
junina: Santo Antônio (13 de junho), São João (24 de junho) e São Pedro (29 de junho).

3.2 Folia de Reis


A Folia de Reis é uma festa também de origem portuguesa que chegou ao Brasil durante
o período de colonização. Esta celebração comemora a visita dos três reis magos ao
menino Jesus após o seu nascimento, de acordo com os relatos bíblicos.

3.3 Carnaval

O carnaval teve sua origem no Egito, com o objetivo de comemorar o sucesso nas
colheitas. Após ser levado para a Europa, chegou ao Brasil, por meio dos portugueses.
As festas de carnaval no Brasil são realizadas em todo o país, porém as mais tradicionais
são de algumas cidades do Nordeste, como Recife, Olinda e Salvador, além dos
tradicionais desfiles das Escolas de Samba que acontecem nas cidades do Rio de Janeiro
e de São Paulo.

3.4 Bumba-Meu-Boi

A festa do Boi-Bumbá ocorre anualmente durante os meses de junho e julho. A


festividade é uma das mais importante do estado do Maranhão desde o século XVIII.
No entanto, na cidade de Parintins, no estado do Amazonas, o Boi-Bumbá também tem
grande destaque. Uma grande festa acontece anualmente na cidade desde 1965, onde
disputam os bois Garantido e Caprichoso.
Por ser uma festa folclórica de extrema importância, foi decretado o dia 30 de
junho como Dia Nacional do Bumba Meu Boi.
Círio de Nossa Senhora de Nazaré
Considerada uma das maiores procissões religiosas do mundo, o Círio de Nossa Senhora
de Nazaré acontece sempre no segundo domingo do mês de outubro em Belém, capital
do estado do Pará.

O Círio de Nazaré representa a devoção a Nossa Senhora de Nazaré, que teria se


iniciado no século XVII pelo Jesuítas.

Danças e Ritmos do Folclore Brasileiro


O folclore brasileiro é muito rico em ritmos que representam a cultura de uma determinada
região do país, com seus figurinos e cenários representativos, acontecimentos do
cotidiano, brincadeiras e muita animação nas músicas que são apresentadas geralmente
em espaços públicos.

Alguns dos ritmos do folclore do Brasil são:

3.5 Samba de Roda

O samba de roda é uma herança do período da escravidão no Brasil, originalmente


realizada em culto aos orixás e caboclos, no Recôncavo Baiano.
Esse gênero musical passou a ser muito apreciado no Rio de Janeiro e, graças a grandes
nomes populares do samba, caiu no gosto nacional. O cavaquinho, a cuíca, o pandeiro, o
chocalho, entre outros instrumentos de percussão são fundamentais para o samba de
roda.
3.6 Ciranda

Oriunda do estado de Pernambuco, esta é uma dança típica das mulheres dos
pescadores. De acordo com a tradição, elas dançavam a ciranda enquanto esperavam
que seus maridos voltassem do mar.
Os cirandeiros formam uma grande roda, dançando em ritmo lento e marcando o passo
com pisadas fortes no chão. A dança pode ser simples (dois passos para trás e dois para
frente) ou coreografada.

3.7 Maracatu

Com origem no estado de Pernambuco, baseado na cultura africana, o Maracatu é


considerado um ritmo musical, ritual e dança.
Existem dois tipos de Maracatu: Maracatu Nação e Maracatu Rural, sendo que o
primeiro é o mais antigo e popular em Recife; já o segundo tem como principal
característica o cabloco de lança como um personagem central da manifestação.
3.8 Quadrilha

No Brasil, a quadrilha é uma dança folclórica típica das festas juninas. O estilo é inspirado
nas tradicionais festas caipiras, com o uso de uma língua rebuscada.
Dançada em grupo, a quadrilha segue uma coreografia tradicional, executada por pares
de dançarinos. Ainda existe a presença do narrador, que tem o objetivo de animar a
dança ao recitar versos e frases populares.

Mesmo sendo comum em todo o país, as quadrilhas costumam ser mais apreciadas nas
regiões Nordeste e Norte.

3.9 Frevo

É um ritmo típico do carnaval de rua e de salão da cidade de Recife, Pernambuco. Tem


andamento rápido e coreografia individual, marcados por instrumentos de sopro que
compõem a fanfarra.
O frevo é considerado uma mistura de vários estilos diferentes de dança, como o ballet e
a capoeira. O uso de pequenas sombrinhas durante a dança é outra particularidade que
caracteriza o frevo.
Existem três tipos diferentes de frevo: frevo de rua; frevo-canção; e o frevo-de-bloco.

3.10 Carimbó

Oriundo da região amazônica, o Carimbó é um estilo de dança muito popular no estado


do Pará. A sua composição é resultado da mistura de elementos culturais dos indígenas
amazônidas, dos negros e dos portugueses.
Os dançarinos usam um traje típico (tecidos coloridos, longos e com estampas florais) e
dançam em círculo. Enquanto giram e simulam um constante cortejo entre ambos, os
dançarinos podem bater palmas, bater os pés ou fazer outros movimentos corporais
(como curvar o corpo enquanto marca o seu passo com um pé na frente do outro).

4 Brincadeiras típicas do Folclore Brasileiro


São jogos ou brincadeiras populares e tradicionais, passadas de geração em geração.
Além de servir como uma distração para crianças (e adultos), as brincadeiras folclóricas
também são comumente usadas como metodologia de aprendizado. Confira algumas das
mais conhecidas:

4.1Soltar pipa

Também conhecido como "empinar papagaio" ou "soltar rabiola", a pipa é um objeto feito
a partir de varetas e papel de ceda (ou plástico, em alguns casos).
O objetivo é fazer a pipa levantar voo e controlar o objeto no céu, fazendo várias
acrobacias divertidas, que são controladas através de uma linha.

4.2 Pega-pega

Essa brincadeira precisa de no mínimo dois participantes. Existem muitas variantes do


jogo, mas a mais conhecida é a seguinte:
1. Escolhe uma pessoa para ser o "pegador".

2. Os outros participantes devem correr e evitar serem tocados pelo "pegador".

3. Quem for pego passa a ser automaticamente o "pegador", tendo que tocar em outra
pessoa para transmitir a sua função.

Outra versão diz que cada pessoa que for pega pelo "pegador" deve sair do jogo. O último
participante que sobrar na brincadeira é o vencedor.

4.3 Esconde-esconde

Outra brincadeira de grupo. As pessoas devem escolher uma para procurar enquanto as
demais se encondem:

1. A pessoa escolhida para procurar deve contar com os olhos fechados ou vendados.

2. Os demais participantes devem se esconder.

3. Ao terminar de contar, a pessoa que vai procurar deve gritar: "quem se escondeu, se
escondeu. Quem não se escondeu, lá vou eu!"
4. Quando encontrar alguém, a pessoa deve correr e bater no lugar onde a brincadeira
começou (onde contou).

5. Se a pessoa que tava escondida tocar primeiro no lugar inicial do jogo, então ela ganha e
o "procurador" deve começar a procura novamente.

Este é apenas uma versão da brincadeira, sendo que existem vários outros modos
diferentes de brincar de esconde-esconde.

4.4 Vaca-amarela

É uma brincadeira de grupo. Antes de começar os participantes devem recitar o seguinte


poema: "vaca amarela pulou a janela, quem falar come o cocô dela".
A partir desse momento todos devem ficar em silêncio, sem emitir nenhum tipo de som.
Cada participante pode tentar provocar os demais, para que deem risada, por exemplo. O
primeiro que falar perde a brincadeira.

4.5 Cabra-cega ou Cobra-cega

Um participante é vendado e deve tentar procurar os demais com os olhos fechados. A


primeira pessoa que for tocada pela "cabra-cega" deve assumir essa posição, trocando de
lugar com quem estava vendado.

4.6 Amarelinha

Para brincar de amarelinha é preciso fazer um desenho no chão (normalmente usando


giz). A figura deve ter dez quadrados, intercalados entre um e dois (veja a imagem
abaixo):

1. Cada jogador deve atirar uma pedra para dentro do quadrado, em sequência. Ou seja,
começa atirando no 1, depois no 2, 3, 4 e assim sucessivamente.

2. O participante não pode pisar no quadrado onde está a pedra. Ou seja, se a pedra está
no quadrado 4, a pessoa deve saltar do número 3 para o 5.

3. Um detalhe muito importante: somente um pé deve pisar dentro de cada quadrado. Se


pisar fora do quadrado ou com dois pés em um só número a pessoa "queima a
amarelinha" e deve começar tudo desde o início.

4. Quem consegui atingir o "Céu" primeiro, vence.

4.7 Boca de Forno

Nesta brincadeira existem duas funções: o mestre e os súditos. Antes de começar os


participantes devem recitar um breve poema.

 Mestre diz: "Boca de forno"


 Súditos dizem: "Forno"
 Mestre: "Jacarandá"
 Súditos: "Dá"
 Mestre: "Vão fazer tudo o que o mestre mandar?"
 Súditos: "Vamos"
 Mestre: "E se não fizer?"
 Súditos: "Leva bolo"

A partir daí o mestre começa a desafiar os demais participantes a cumprir uma série de
tarefas. O primeiro que finalizar a ordem do mestre ganha e os demais levam palmadas
nas mãos (o conhecido "bolo").
Curiosidades:

- É comemorado com eventos e festas, no dia 22 de agosto, aqui no Brasil, o Dia do


Folclore.

- Em 2005, foi criado do Dia do Saci, que deve ser comemorado em 31 de outubro. Festas
folclóricas ocorrem nesta data em homenagem a este personagem. A data, recém-criada,
concorre com a forte influência norte-americana em nossa cultura, representada pela
festa do Halloween - Dia das Bruxas.

- A palavra folclore é de origem inglesa. O termo "folk", em inglês, significa povo,


enquanto "lore" significa cultura.

- Nem tudo é folclore. Para ser considerada uma legítima representação folclórica, é
necessário que se enquadre em algumas características: ter origem anônima, ser antiga e
popular, tradicional numa determinada região (sendo praticada e divulgada por muitas
pessoas) e ter se espalhado através da transmissão oral (famoso boca a boca).

- Muitas festas populares, que ocorrem no mês de agosto, possuem temas folclóricos
como destaque e também fazem parte da nossa cultura popular.

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