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CURSO: DIREITO

DISCIPLINA: DIREITO PENAL – TEORIA DO CRIME


PROFESSORA: CLAUDIANE ROSA GOUVÊA

MEMORIZAÇÃO – AULA 01

 Finalidade do Direito Penal

É proteção dos bens jurídicos mais importantes e necessários para a própria


sobrevivência da sociedade.

Importante!!!!!

A pena não é a finalidade do direito penal. É apenas um instrumento de


coerção de que se vale para a proteção desses bens, valores e interesses mais
significativos da sociedade presentes no rol do Artigo 5º da Lei Maior (CF).

Não se admite, portanto, a criação de qualquer tipo penal incriminador onde


não se consiga apontar, com precisão, o bem jurídico que por intermédio dele
pretende-se proteger.

Quem faz a seleção dos bens jurídicos a serem defendidos pelo Direito Penal é
o legislador. Mas este não está completamente livre em sua escolha. Os bens
jurídicos eleitos como mais importantes vêm todos tratados na Constituição. É
ela quem servirá de norte ao legislador, que não poderá ignorar nenhum dos
valores superiores abrangidos pela mesma.

Na verdade, a Constituição exerce um duplo papel:

- orienta o legislador, elegendo valores considerados indispensáveis à


manutenção da sociedade;
2

- impede que o mesmo legislador, com uma suposta finalidade protetiva de


bens, proíba ou imponha determinados comportamentos, violando direitos
fundamentais atribuídos a toda pessoa humana (VISÃO GARANTISTA DO
DIREITO PENAL).

 Códigos Penais do Brasil


CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO PENAL – TEORIA DO CRIME
PROFESSORA: CLAUDIANE ROSA GOUVÊA

Antes de 1822, ao Brasil colonial eram impostos os diplomas legais vigorantes


na então metrópole, ou seja, vigoravam no país as Ordenações Afonsinas,
seguidas pelas Manoelinas e pelas Filipinas.

Após a República, os seguintes Códigos surgiram:

1) Código Criminal do Império do Brasil – 1830;


2) Código Penal dos Estados Unidos do Brasil – 1890;
3) Consolidação das Leis Penais – 1932;
4) Código Penal – 1940, cuja parte especial, com algumas alterações, voga até
hoje;
5) Código Penal – 1969, que teve uma vacatio legis de aproximadamente nove
anos, e foi revogado sem nunca ter entrado em vigor;
6) Código Penal – 1984, que revogou tão somente a parte geral do Código de
1940.

Assim, o nosso atual Código possui uma parte geral (arts. 1º a 120), que
reporta a 1984, e uma parte especial (arts. 121 a 361), que reporta a 1940 com
alterações específicas atuais.

 Algumas expressões advindas do LATIM:

1) nulla poena sine crimine – somente será possível a aplicação de pena


quando houver, efetivamente, a prática de determinada infração penal;

2) nullum crimen sine lege – a infração penal deverá sempre estar


expressamente prevista na lei penal;

3) nulla lex (poenalis) sine necessitate - a lei penal somente poderá


proibir ou impor determinados comportamentos, sob a ameaça de
sanção, se houver absoluta necessidade de proteger determinados
bens, tidos como fundamentais ao nosso convívio em sociedade, (direito
penal mínimo);
2

4) nulla injuria sine actione – as condutas tipificadas só podem ser


exteriorizadas mediante a ação do agente, ou omissão, quando previsto
em lei;

5) nulla actio sine culpa – somente as ações culpáveis podem ser


reprovadas.

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CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO PENAL – TEORIA DO CRIME
PROFESSORA: CLAUDIANE ROSA GOUVÊA

Profª CLAUDIANE

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