Você está na página 1de 55
Notas INTRODUGAO [PP. 13-45] 1. “Nos tiltimos anos, a verdade histérica tem sido, repetidamente, 0 alvo de interpretagoes relativistas que, em alguns casos, transformaram a Histéria em Ret6rica ou um pouco mais do que isso”, observou G. Bowersock, fazendo a resenha de algumas contribuicdes polémicas a respeito do livro Black Athena, 0 discutido best-seller de Martin Bernal (“Rescuing the Greeks”, em The New York Times Book Review, 25 fev. 1996, p. 7, a propésito de M. Lefkowitz, Not out of Africa, Nova York, 1996, e de Black Athena revisited, org. de M. Lefkowitz G. MacLean Rogers, Chapel Hill, 1996). Uma afirmagao desse género, feita por um conhecido historiador da Antigtiidade, me parece particularmente significativa. 2. M. Troper, The problem of Islamic veil and the principle of school neu- trality in France (agradego ao autor que gentilmente me permitiu ler 0 texto datilografado dessa conferéncia). 3.R. Rorty, “Nietzsche, Socrates and pragmatism’, em South African Journal of Philosophy, 10 (1991-3), pp. 61-3. ee F Nietasche, Umano, troppo umano, a Ca tinatis Milao, 1970, p. 67. Ed. bras.: Humano, demasiado humane, Sto ~“mpanhia das Letras, 2000. « 1 365.95, 0, hr Teeditado em Thukydides, org. de H. Herter | et Homblo iad toda a coletanea), Indicagdes bibliograficas mais t, Thucydides, Londres, 1987. 1, 92, tr, it, de S. Giametta ¢ M Paulo, 37 6. Tucidides, A Guerra do Peloponeso, tr.de Mario da Gama Kury, Bra Editora da UnB, 1999(1986), p. 282. 7. Ibid., p. 28 8. Dioniso de Halicarnasso, Saggio su Tucidide [Ensaio sobre Tucidides}, tritede G. Pavano, Palermo, 1952, cap. 37-41, O tltimo ponto é retomado por W. Nestle, “Thukydides und die Sophistik” (1914), em id., Griechische Studien, 1948, pp. 321-73, especialmente p. 351. Sobre a sucessao das frases do Stuttgart, diilogo, cf. S. Cagnazzi, La spedizione ateniese contro Melo del 416 a. C., Bari, 1983 (mas a hipdtese de que o didlogo seja um texto independente, inserido por Xenofonte, nao parece convincente). 9, Tucidides, A Guerra..., op. cit., p. 753. 10. Cf. G. E.M. de Ste. Croix, “The character of the Athenian imperialism’, em Historia, 1 (1954), pp. 1-41, especialmente pp. 12-3. Apés ter afirmado que 0 didlogo dos mélios “nao deve ser considerado como um registro historico” (p. 12, nota 13), ele observa contraditoriamente: “E particularmente interessante observar que, em 416, as autoridades mélias nao permitiram aos enviados ate- nses dirigir-se ao povo reunido [...], circunstancia esta que levou Tucidides a atribuir comentarios desdenhosos aos atenienses” (p. 13). Segundo De Ste. Croix, a reelaboracao de Tucidides se teria limitado aos comentarios dos ate- nienses; segundo a interpretacao proposta aqui, ela compreendia também as circunstancias nas quais 0 coléquio se desenrolou. 11. Observa-o pontualmente L. Strauss, Thoughts on Machiavelli, Glen- coe, IIl., 1969 (1* ed., 1958), p. 10. 12. Sobre a contraposicao Tucidides versus Platao, cf. também Morgenrite, 1, 16 (Nietzsche Werke, Kritische Gesamtausgabe, org. de G. Colli e M. Monti nari, daqui por diante Kaw, v/1, Berlim, 1971, pp. 150-1); Gétzen-Dammerung (Crepisculo dos idolos), “Was Ich den Alten verdanke”, 2 (kGw, v/3, Berlim, 1969, pp. 149-50). 13. Assim W, Nestle, “Thukydides...” op. cit., p. 352. O ensaio de Nestle foi publicado em 1914; ¢ dificil nao ler nestas frases uma referéncia d invasdo alema da Bélgica (também neste caso a “dura lei da realidade” nao deu razao aos seus entusidsticos apologistas). Sobre o termo “maquiavelismo”, que Max Weber utl- lizou em relagao a Tucidides, remetendo ao didlogo entre atenienses ¢ mélioss veja-se a perplexidade de L, Strauss, Natural right and history, Chicago, 1953 (U ed., 1950), p. 58 (a referéncia implicita é a M. Weber, “Die Wirtschattsethik der Weltreligionen. Hinduismus und Buddhismus” [1916], em id., Gesamtausgabe 1/20, org. de H. Schmidt-Glintzer, Tilbingen, 1996, p. 234). : ie 7 — “Postille Tucididee. 1. II dialogo tra i Meli e gli Aten ae i minort, IV, Roma, 1976, pp. 497-505, que rebate a argu- mentagao em favor de uma datagao precoce do didlogo proposta por A- 138 Momigliano, “La composizione della storia di Tucidide’,em Memorie della Accademia delle Scienze di Torino, Cl. Scienze morali stotiche filologiche, ser h t avi (1933), PP: 6 855 f- de Romilly, Thucydide et Limpérialisme athenien, pars, 1947 (usei a tr ingl. de Ph. Thody, Thucydides and Athenian imperialism, Oxford 1963, corrigindo-a eventualmente), pp. 273 ss. Ver também H.R. Rawl- ings i, The structure of Thucydides’ history, Princeton, 1981, pp. 247-9, Sobre a composigao da obra e a stia substancial unidade, cf, J. H. Finley Jr, Three essays ‘on Thucydides, Cambridge (Mass.), 1967, pp. 118-69. 8. Hornblower, Thucy- dides, op. cit. pp. 136 8s. defende que 0 livro v tena feito parte dos que foram escritos mais tarde e deixados sem terminar. .G. E. M. de Ste. Croix, “The character of the Athenian imperialism’, op. cits A. H. M. Jones “Athenian democracy and its critics’, em The Cambridge Historical Journal, x1 (1953), pp. 1-26. Cf. 0 agucado estudo de Z. Petre, “L’uso politico e retorico del tema del tirannicidio’, em I greci, org. de S. Sets, 2, Turim, 1997, pp. 1207-26. . CE, por exemplo, J. H. Finley Jr, Three essays... op. cit. p- 425 W. K.C. Guthrie, A history of Greek philosophy, 1v, Cambridge, 1975, p. 284. Para um parecer contrario vejam-se A. W. Gomme, A. ‘Andrews e K. J. Dover, A historical commentary on Thucydides, 1v, Oxford, 1970, pp- 163-4, 174, 0s quais, no entan- to, dao pouco peso ao elemento dialogal (e mais geralmente ao textual). 17. Uso sempre a tradugao do Gérgias de G. Reale (Milao, 1998). 18, Observa-o também S, Hornblower, Thucydides, op. cit., pp. 122-3. 0 mesmo tema é amplamente discutido no Protdgoras. 19, Isso € confirmado pelo paralelismo entre ser rebatido, definido como “ser liberado do mal maior” (kakéu tou megistou) (458a) e cometer a injustiga definida como “o maior mal” (mégiston ton kakén) (469). 20. Para uma opiniao um pouco diferente, ver Guthrie, A history.... 1V, OP. cit. pp. 298-9, 21. Sigo, aqui, 0 comentario de Dodds, em Platdo, Gorgias, org. de EB Dodds, Oxford, 1959, p. 266 (que li por recomendagao de Alberto Gayano). Nao € convincente G. B. Kerferd, “Plato's treatment of Callicle in the Gorgias’ Proceedings of the Cambridge Philological Society, 200 (1974), pp. 46-52, segun- do 0 qual Calicles seria representado como um democrata. 22. Ver, além disso, Gérgias, ed. por Dodds, op. cits P- € P. 268 (sobre 483e3, com cit. de Tucidides, v, 105 como “o paralelo mais Ximo [| na literatura antiga’s E Heinimann, Nomos und Physi Basiléia 945% 94 [1951], pp: 222 posigao em 266 (sobre némos) pro- W. Kranz, “| 7 rand, “Das Gesetz des Herzens”, em Rheinisches Museum ss ; j *. (Ver, também, Nestle, Thukytdides, op. cit. p. 349, nota 7). Ao por Aristoteles, Natu ireza — 74 — convengav como fonte de paradoxos é mencionada neste De . : sophisticis elenchis, 12, 173a7 ss. com uma referencia a Cilicles (S180 Bo to, a interpretagao de L.-A. Dorion, “Le statut de l'argument dialectique ae Réf, soph. 11”, 172a9-15, em Dialogue, xxix [1990], pp. 95-110, especial- ‘a ; soph. 11”; mente pp. 107-8. 23. J. de Romilly, M. Pohlenz e E. Barker, a favor, cimento de Tucidides por parte de PI in Pauly-Wissowa, Supplementband xit, col. 1282. Nenhum desses estudiosos apresenta as passagens discutidas acima 24, §. Hornblower, Thucydides, op. cit. pp. 122 ss. redux a analogia a éncia de Tucidides ¢ Platao ao pensamento de Socrates. op. cit. p. 14, nota 3, mencio- Thucydides, op. cit., pp. 362-6, que cita (p. 365, nota 3) ‘¢ Ed, Schwartz e Wilamowitz, contra. O conhe- atdo 6 excluido também por O. Luschnat depend 25. G. E. M. de Ste. Croix, The character. na Xenofonte, Helénticas, 1, 2, 3; [sécrates, 1V, 1005 xi, 63. 26, Esse elemento contextual é sublinhado por Guthrie, A history... IV, op, cit., pp. 298-9. 27, Numa outra passagem, Célicles acusa Sécrates de induzir “os outros a fazer afirmagdes desse género, grosseiras e vulgares” (482e). Até a tirada final do Gorgias inverte uma afirmagao de Calicles: J. de Romilly, Histoire et raison chez Thucydide, Paris, 1956, pp. 44 ss. E nao é por acaso que 0 didlogo termina com o nome de Cilicles. 28. Cf. A. Menzel, Kallikles. Eine Studie zur Geschichte der Lehre vom Rechte des Starkeren, Viena-Leipzig, 1922, p. 81 (a proposito da leitura de Platao). 29, B. Nietzsche, Vorlesungsaufzeichnungen (Ws 1871/72-Ws 1874/75), Kew, 11/4, Nova York, 1995, org. de F, Bornmann e M. Carpitella, pp. 113 ss. 30. Platao, Gorgias, ed. por Dodds, pp. 12-5 (sobre Calicles), op. cit., PP. 387-91 (sobre Calicles e Nietzsche, com indicagdes bibliogréficas). Ver também A. von Martin, Nietzsche und Burckhardt, Zwei Geistige Welten im Dialog, Munique, 1947*, p. 253. As paginas de Dodds escaparam a D. Brennecke, “Die blonde Bestie. Vom Missverstandnis eines Schlagworts”, em Nietzsche-Studiens 5 (1976), pp. 113-45, que recolhe a alusao ao ledo mas nao ao Gorgias. Igualmente desencaminhado, F. Milller, “Die blonde Bestie und ‘Thukydides”, em Harvard epee phils txt (1958), pp. 171-8, Ver também B. Lincoln fies ee oe bitte and scholarship, Chicago, 1999, pp- 101 -20 Abide peas ae ree de Platao é, com certeza, uma alusto 4 en a la referencia de Aristofanes, Ras, v. L431, ques Per cola La vita guotidi igaménion, w. 717-36 (cf. L, Canfora, Un mestiere Per ana dei filosofi greci, rane, org, de D. del Corno, Milao, Palermo, 2000, p. 25; Aristofaness le 1985, p, 243), 31. Veja Ps 243), bro de 1840 a att eserita por E, Rohde a B Overbeck no dia Ide see 080 apos ter lido Jenseits von Gut und Boses [Além do bem € 4° 140 snl, que acabara de ser publicado (F, Overbeck-E, Rohde, Brefvecse, rds e com comentario de A, Patzer, Berim-Nova York, 1990 os st Nietascheai’ 1, . 108; parte da passagem é citada com lev incor vv. von Martin, Nietzsche tnd Burckhardt, op. ct p. 98) Ver nae Overbeck, “Erinnerungen an Friedrich Nietzsche", em Die neue Rundschau, ‘a 1 (1906), pP: 209-31, 320-30, em particular p. 212 (cf. C. A, Bernoulli, pane Overbeck und Friedrich Nietzsche. Fine Freundschaft, Jena, 1908, p. pray em Nietasche “die Affektation des Vornehmen eine der schwichsten, hedenklichsten Eigentiimlichkeiten war’. O adjetivo “pequeno-burgués” é um acréscimo meu. 32. Gétzen-Dammerung, op. cit, “Streifaige eines Ungemassen’, 48 (kw, 3, pp. 144-5). 33. KGW, Il, 2, Berlim-Nova York, 1973, pp. 369-84. 34, KGW, 1, 4, p. 40 (as citagdes que se seguem foram tiradas de F. Niet- sche, La filosofia nelPepoca tragica dei greci e scritti 1870-1873 |A filosofia na época trgica dos gregos e escritos de 1870-1873], tr. de G. Colli, Milo, 1991, ‘obre a verdade e a men- pp. 227-44: Su verita © menzogna in senso extramorale (Si tira em sentido extramoral] ). 35, Su veriti e menzogna... [Sobre a verdade e a mentira..), op. cits PP- 231, 233-4. 36. Discuti estes temas no ensaio Stile. Inclusione ed esclusione (Estilo. Inclusio e exclusdo] (Occhiacci di legno, Nove riflssion sulladistanza | los de madeira. Nove reflexses sobre a distancia, Companhia das Letras, tr. de Eduardo Brandao, 2001], Milao, 1998, pp. 136-70). 37. Su verita e menzogna..., op. Cit» p. 237, 38. CE. M. Foucault, Les mots et les choses, Paris, 1966, p. 316. Essa passa- gem € recordada numa nota & primeira tradugo francesa de “Uber Wahrheit und Liige” (F, Nietzsche, Das Philosophenbuch — Le livre du philosophe, org. de AK. Maret Pars, 1969, pp. 250-1). Entre as contribuigoes surgidas dessa tra udo, veja-se J Derrida, “La mythologie blanche”, em Poctiqus 5 (1971) PP - 52, em particular pp. 7-8, 44-5 e, num nivel bem diferente P de Man, “Niet- 74), PP- 45, especial- ‘sche’s theory of rhetoric’, em Symposiuin, xvi (19) mente p. 39, T, Boning, Meraphysik, Kunst und Sprache belt friihen Nie : Berlin, 1988, numa perspectiva dominada pelo dlogo ene Niwsshe eggs, dé grande selevo ao texto “Ober Wart und Lage’ SOE 2 °°" a ‘ 4 ne ie Semi mo foi recebido,veja-se a recensi de R.E. Kind “Niet und eo jon’, em NE Ologie: Neue i erpretati Ansitze in der franzdsischen Nietesche-InterP chen’ 2sche-Studien, 5 (1976), pp. 263-88; M. Stingelin, “Die Rhetorik des ee tradugao parcial de &M Nietz " Nietesche-Studien, 24 (1995), pp. 336-43. Uma Wah ction in con itheit und Liige” esta incluida significativamente em i DeconstTi it text, org. de M. C. Taylor, Chicago, 1986, pp. 216-9. Para um exemplo, entre muitissimos, da fortuna da passagem citada acima, veja-se R. Rorty, “The con. ‘of selthood’, em id., Contingency 170” and solidarity, Cambridge, 3.43, em particular p. 27- Sobre toda a questao, ver a importante iganizada por J. Kopperschmidt ¢ H. Schanze, Nietcke sader “Die Sprache ist Rherorik’, Munique, 1994. 439, G. Gerber, Die Sprache als Kunish Hildesheim, 1961 (reprodugao foto- agrifica da terceira — "a realidade segunda — edigao, Berlim, 1885), p. 309 e passim, O possivel interesse de Benedetto Croce pelas idéias de Gerber ¢ confir- mado s6 parcialmente pela rapida alusao contida em Estetica come scienza dellespressione ¢ linguistica generale, Bark, 1950 (1* ed., 1901), p. 510. A impor- tincia da explicita citagdo de Nietzsche feita a0 livro de Gerber foi percebida the e J.-L. Nancy, “Rhétorique et langage’, pela primeira vez por P. Lacou-Labart em Poétique, 5 (1971), PP- 99-130 (textos de Nietzsche traduzidos e anotados); ibid., pp. 53-76; M. Stingelin, ver também P. Lacou-Labarthe, “Le détour’ “Nietasches Wortspiel als Reflexion auf Poet(olog)ische Verfahren’, em Niet- ssche-Studien, 17 (1988), pp. 336-68; A. Meiers, “Gustav Gerber und Friedrich Nietzsche’, ibid., pp. 369-90. 40. Cf. P. de Man, “Nietzsche's theory of rhetoric’, op. ci p.43. 41. As frases iniciais de Acerca da verdade e da mentira sao citadas entre aspas num texto do mesmo perfodo que também permaneceu inédito: Sul pathos della verita [Sobre o pathos da verdade], um dos “Cinco preficios a cinco livros nao escritos”, que Nietzsche entregou a Csima Wagner no dia de fatal de 1872 (Kew, 1, 2, pp. 249-54, em particular pp. 253-4). As trés ultimas frases da citagdo nao aparecem na redagdo que chegou a nés. Sobre as poestas de Leopardi (Le ricordanze [As lembrancas] ¢ A un vincitore nel pallone [A um ven~ cedor no jogo]), declamadas por Nietzsche e Von Gersdortf, veja-se carta deste lltimo a Rohde, do dia 9 de agosto de 1873, citada por E. Forster-Nietsche, The ao Nietzsche, Londres, 1912, pp. 301-2. A se stesso [A si mesmo] € citada Bea om posterior de Von Gersdorff: cf. C. A. Bernoulli, Franz on ue 7 Nietasche... op. cit. p. 115. Uma alusio ao Canto nottur- Array aris inactual, Sull utili e if danno degli studi stoic pet a oe rtd ° maleficio dos estudos historicos para a vida), i foi decifrada por O. F. Bollnow, “Nietzsche und Leopards em Zeitschrift fur = Philosophische Fors. i fon- tinari, Nietzsche, Roma, ii : ie 26 (1972), pp. 66-9; € ver M. Mor tingency 1989, pP- coletinea de ensaios it., em particular 42. F. Nietzsch it de. Giamett, eg mt ToPPe tnsano [Humano, demasiado hhumano), tht Passe et Milt, 1970p. 4. D.tcazeale, que percebe a importinc da depois, por negara existéncia de uma ruptura (Philosophy "4 142 truth, Selections from Nietzsche's notebooks of the early 1870's, trad ingl. e rementrio de D. Breazeae, Atlantic Highlands [N.¥.}, 1979, p. xx, xt) Em sore home, Nietasche defini. Human, demaside humano como 0 “monumen- to de uma crise” (ef, Montinari, Nietzsche, op. cit., pp. 22-3, 108). Mas as bases monumento jé haviam sido langadas alguns anos antes. : 13, "Ich bin als Pflanze nach dem Gottesacker, als Mensch in einem Pfar- desse shause geboren” [Sou como planta de cemitério, como sujeito nascid em casa de pastor] (Werke, org. de K. Schlechta, Munique, 1982, 1, p. 108). 44, J. Figh Dialektik der Gewalt. Nietzsches hermeneutische Religions- philosophic mit Beriicksichtigung unveroffentichter Manuskripte, Dusseldorf, 1984, pp. 57 88» Pp 80 ss. (sobre Schlottmann); R. Bohley, “Uber die Landess- chule zur Pforte. Materialen aus der Schulzeit Nietzsches’, em Nietasche-Studien, 5 (1976), pp. 289-320. 45, E, Nietzsche, Saimtliche Briefe, Kritische Studienausgabe, 2, Berlim, 1986, p. 40 (n. 460, 2 fev. 1865). 46. F Nietzsche, Werke, Historisch-kritische Gesamtausgabe, org. de C. Koch e K. Schlechta, Munique, 1940, v, p. 471; trata-se de duas variantes do texto publicado ibid., pp. 254-6. Para essas passagens chamou a atengao C. P. Jantz, Friedrich Nietzsche, biographie, 1, Munique, 1978, p. 142. 47. F Nietzsche, Werke..., op. cit., org. de K. Schlechta, 1, p. 110. 48. F. Nietzsche, Homer und die klassische Philologie (1869), KGW, U1, 1, Berlim-Nova York, 1982, pp. 246-69, em particular pp. 268-9. 49. U. von Wilamowitz-Mollendorff, Zukunfisphilologie! Eine Erwidrung auf Friedrich Nietzsches Ord. Professors der classischen Philologie zu Basel “Geburt der Tragidie”, Berlim, 1872 (varias alusGes ao estudo de ambos em Pforte as Pp. 13-4). Cf, W. M. Calder 11, “The Wilamowitz-Nietzsche struggle: new docu- ments and a reappraisal”, em Nietzsche-Studien, 12 (1983), pp. 214-545 J. Mans- feld, “The Wilamowitz-Nietzsche struggle: another new document and some further comments’, em Nietzsche-Studien, 15 (1986), pp. 41-58. Agradego Mordechai Feingold por me chamar a atengao para a importancia da critica Severa de Wilamowitz a compreensao de Acerca da verdade e da mentira. 50. O primeiro volume de Die Sprache als Kunst esta na lista dos livros que Nietzsche emprestou da Biblioteca da Universidade de Basiléia em sete = : 1872: cf. “Nietzsches Bibliothek” (org. de M. Oehler), et cee ao der Freunde des Nietesche-Archivs X1v (1942) P- 51,Sobre . ai sphilologie! cf. J. Mansfeld, The Wilamowit2-Nietasche st7Uss'-» » P- 53, nota 70, 51.G. Gerber, Die Sprache als Kunst, 1, op. cits p- 259 52. B. Nietasche, Briefe, Mai 1872-Dezemiber 1874 KG 1978, pp. 135-7; carta a Rohde (Basiléia, por volta do dia w, u/3, Ber Jim-Nova York, 22 mar, 1873). 143 Franz Overbeck und Friedrich Nietzsche. Eine Fre. Ver, em geral, C. A. Bernoulli, undschafi, op. cit. aE ovverbeck, Uber die Christlichkeit unserer heutigen Theologie (2 e4 “Ein Zwillingspaar aus einem Haus...” 54, Esta hipdtese no € ex “Overbecks “Uber die Christlichkeit unserer heutigen Theologie’ und Niet. soches Erste unzeitgemasse Betrachtung: David Strauss, Der Bekenner und der Schriftsteller”, em Franz Over becks unerledigte Anfragen an das Christentum, org. de R, Brindle ¢ E,W, Stegemann, Munique, 1988, pp. 93-107. 55. O fruto das suas pesquisas, que se prolongaram por quarenta anos, » Overbeck, Das Johannesevangelium. Studien zur Kritik seiner Erforschung, org. de C. A. Bernoulli, Tibingen, 1911. 56, Num ensaio dedicado a Heidegger (“Metaphorische Wahrheit’, em Gott — Wahrheit — Mensch. Theologische Erorterungen, ampl.}, Leipzig, 1903, PP- 1 aminada por K. Pestaloz ‘Schriftchen’ apareceu postumamente: Entsprechungen: Munique, 1980, pp. 103-57), E. Jiingel delineou uma teologia baseada na meta- fora, partindo das paginas de Nietzsche, Acerca da verdade e da mentira. Nesse caminho encontrou, inevitavelmente, Lutero. 57. Cf D. Martini Lutheri Opera Latina varii argumenti ad Reformationis historiam inprimis pertinentia, org. de H. Schmidt, 1, Frankfurt am Main u. Erlangen, 1865, pp. 41-55. Por comodidade, cito a partir da edicao de Weimar, saida quase vinte anos depois: D. Martin Luthers Werke, , Weimar, 1883 (reprod. anast., Graz, 1966), de agora em diante wa, Sermo in Natali Christi (1515), pp- 20-9. Ver W. von Loewenich, Die Eigenart von Luthers Auslegung des Johannes prologus, Munique, 1960 (“Bayerische Akademie der Wissenchatten, phil-hist. KI, Sitzungsberichte”, 1960, vol. 8). 58. wa, I, pp. 22-3: “Deus disse: ‘Faga-se!), ¢ foi feito. Por esse texto se per- cebe claramente que 0 Verbo estava em Deus porque, quando Deus disse, sem diivida nao existia um Verbo criado ou humano e coisa alguma tinha sido cri da entao. O Verbo nao teve um inicio ¢ isso esta de acordo com a sentenga que diz “No principio era o Verbo”, Lutero ecoava santo Agostinho, In loannnis Evangelium Tractatus, 1, 11 59. wa, 40, 2, Weimar, 1914 (reprod. andst., Graz, 1969), Praelectio in psal- mum 45, 1533, pp. 589-90: “[...] muitos dos testemunhos que afirmam ser Cristo o filho de Deus ¢ também 0 proprio Deus aparecem no Evangelho de Sto Joao. Isso fica claro nas passagens que dizem: ‘No principio era 0 Verbo, ou entao: “Tudo foi feito por meio dele e sem ele nada foi feito de tudo 0 que existe’ {J6 I, 1, 3], Disso decorre que o Verbo nao foi criado mas sempre existiu. Ess conclusao m pdr ns a ne parece clara € 0 assunto jé foi tratado por nos em outro lugar” Ver 5.1, , a as Enarrationes in Genesin (Exegetica opera latina, org. de C: Elsperger, 1, Erlangen 1829, pp. 22 ss,). 144 «60. Sigo aqui o comentario de B, de Negri, La teologia di Lutero, Flore sony 30 passage ita acim, clo sermio No Natal de Crista “Ashe ansigao ousada que passa de ma 6 ver do Génesis ao Erangelho de Sas vontribufa também uma feliz circunstancia lexical, Em grego, em latin « Joao, ¢ um mesmo vocébulo — Logos, ‘ 9808, Verbum, Wort — exprime também em alemao, vara patavrafalada quanto a segunda pessoa da Trindade”, As mesmas eon. sjasoes chega, de forma independente, K, Hagen, Luther’ approach to Scripture as seen in his “Commentaries” on Galatians 1519-1538, Tubingen, 1993, p. 18 passim (a p. X poe em relevo a importancia, geralmente subestimada, da espe- culagao trinitaria de Lutero). 61. wa, 1, No nascimento de Cristo, p. 29. A expressao “nucleus in testa” tem um precedente em Vitrivio, De architectura, vil, 1, 3 (“Insuper ex testa nucleus inducatur..” [toda a obra de alvenaria ¢ revestida por fora...)): um autor nao mencionado por O. G. Schmidt, Luthers Bekanntschaft mit den alten Klas- sikern, Leipzig, 1883. 62. Patrologia latina, 34, 80-1: “Troporum cognitio necessaria” [O neces- sério conhecimento dos tropos]. Ver também R. W. Bernard, “The thetoric of God in the figurative exegesis of Augustine’, em Biblical hermeneutics in histori- cal perspective. Studies in honor of Karlfried Froehlich on his sixtieth birthday, org. de M.S. Burrows ¢ P. Rorem, Grand Rapids, Michigan, 1991, pp. 88-99, que, surpreendentemente, ignora E. Auerbach, Figura [1944], em id., Scenes from the drama of European literature, Nova York, 1959, pp. 11-76. 63. B. Smalley, The study of the Bible in the middle ages, Notre Dame (Indi- ana), 1970, pp. 22-3 (Cassiodoro). 64. Cf. wa, 2, “In epistolam Pauli ad Galatas commentarius, 1519”, p. 551: “os Santos Padres tratam da alegoria, juntamente com as outras figuras, nos tex- tos sagrados, como é o caso de santo Agostinho na sua obra A doutrina crista’ 10 sobre o quédruplo sentido da Escri- Logo a seguir, no ambito de uma discus: tura, Lutero opoe Agostinho a Origenes e Jeronimo. 65. wa, 40, 1, pp. 652-3. 66. Ibid., p. 653, Ver também wa, 2, “In epistolam Pauli ad G: tarius, 1519”; p. 557 (a propésito de Gal. 4, 27). Note-se que Lutero Ps Fecusa inicial da busca do sentido quiidruplo da Biblia (WA, 1, pp-507-8) partum Posicio mais matizada (wa, 2, pp. 550-2) ef, K. Holl, “Luthers Bedeutung fr den Fortschritt der Auslegungskunst” (1920), em id Gesammelte Aufsiitze 247 Kirchengeschichte 1, Tubingen, 1932, pp. 544-82, especialmente PP. me 67. Wa, 40, 1, “In epistolam Pauli ad Galatas commentaries: (1531) 15355 th (4 proposito de Gal, 2, 67); ver também, ne mesmo sentido, Pp. 69 4 sinédoque de Lutero, cf. De Negri, La teologid.... OP- pp 32 alatas commen- assou de uma 145 Galatas commentarius, 1519”, op, cit, p, mum est verba ita ponere, ut in eis (a et geri videas, quod Paulus, immo spiritus sanctus pro. Luther's approach. Op. cit. p. 111, que, no (e nao retéricas) do Espirito Santo, “In epistolam Pauli ad 68. WA, 2, u acculi glorio: 604; “Apud Rhetores si ipsam simul observari et + Ver também Hagens caracteristicas lingifstic ian as passagens citadas por K. Dockhorn, Luthers Gaubens. ik, em “Linguistica Biblica”, 21/22 (1973), pp. 19-39, sobre- = “Der Heilige Geist als Rhetor”). Mais ainda: sito de Gal. 2, 20): “Paulo tem o seu estilo pecu- O confronto com Cicero esta no prium habet entanto, fala di Na mesma direga begriff und die Rhetori tudo pp. 30 ss. (pardgrafo 3 4, p-285 (a propo: este e divino [ (wa, 40, 1, pp. 639-40). d reality. Luther’s relation to classical rhe- » (1521), em Studia Theologica, 41 Lutero, wa, 40,1 iar, nao humano mas sim cel comentario de 1531 a Gal. 4, 15 69. Cf. K. Alfsvag, “Language an toric in ‘Rationis Latomianae confutatio” (1987), pp. 85-126, especialmente pp. 102 ss., que sublinha vigorosamente (tal- ma excessiva) a importancia da Ret6rica para Lutero. Sobre esse tema, ef, R. Breymeyer, “Bibliographie zum Thema ‘Luther und die Rhetorik”, em Linguistica Biblica, 21/22 (1973), pp. 39-44; R. Saarinen, “Metapher und biblische Redefiguren als Elemente der Sprachphilosophie Luthers’, em Newe Zeitschrift far Systematische Theologie und Religionsphilosophie, 30 (1988), pP- 18-39; K. Hagen, Luther’s approach to scripture..., op. cit. 70. Observa-o argutamente P. de Man, “Nietzsche's theory of rhetoric’, op. cit, p. 34, a propésito das notas para 0 curso de Ret6rica, sem, no entanto, vez até de for tirar as conclusdes no plano interpretativo. 71. Cf. A. Meijers, “Gustav Gerber... op. cit., p. 390. Ver também J. Hen- nigfeld, “Sprach als Weltansicht; Humboldt — Nietzsche — Whort”, em Zeitschrift fiir philosophische Forschung, 30 (1976), pp. 435-52. 72. CE. G. Gerber, Die Sprache.... op. cit., p. 288. Observe-se que também Meijers procurou uma maneira de explicar a surpreendente influencia exercida por Gerber sobre Nietzsche e a encontrou na proximidade entre Gerber ¢ Lange, 0 autor da Geschichte des Materialismus — 0 qual, no entanto, no st ocupa da linguagem (“Gustav Gerber... op. cit., p. 389). He aaa Biblia traduzida por Lutero para o estilo de Niet~ die Sprache" em Nepinelads por S, Sonderegger, “Friedrich Nietesche und ome iE one 2 (1973), pp. 1-30, em particular pP- a " , “Nietzsche und Luther” (1921), reeditado em Niet- zsche-Sudien, 15 (198 — 6), pp. 398-431, e o apendice de J. Salaquarda (pp. 8% TCE A tao trata dos esritas exegticas de Later 75.R. Bohley,“N eee Nietzsche et la rhétorique, Pavis, 1992, PI (1987), pp. 164-9 ee zsches christliche Erziehung”, em Nietzsche-Studier Segundo D. Breazeale, Philosophy and truth... op. cits PP sp. 1189. 16 146 un, Nietzsche teria abandonado 0 projeto do Philesophenbuch porque era incompativel com as formas nao académicas de comunicagao adotadas a partir de Menschliches, Alzumenschliches. Mas as paginas de Ober Wahrheit und Lge 1 bem pouco académicas. parece 76.Cf. Humano, demasiado Inunano, , 11 (Kew, 1V/2, pp.26-7:"Die Sprache als vermeintliche Wissenschaft”); 1, 33 (KGW 1V/2, pp. 48-9: “Das Irrthum aber ‘jas Leben zum Leben nothwendig”). Cf. também Kow, vin/t, Berlim-Nova York, 1974, pp. 197-8 (verto de 1886-outono de 1887); Kow, vit/2, Berlim- Nova York, 1970, pp. 81-2 (outono de 1887). Ver também a frase “Verdade é um tipo de erro sem 0 qual uma determinada espécie de ser nao conseguiria viver” (cit. por E. Spranger, Lebensformen, Halle, 1921’, p. 193), a qual M. Heidegger retornou varias vezes em Nietzsche, 1, Frankfurt am Main, 1996, pp. 217, 457. D. Breazeale afirma (corretamente, na minha opiniao) que as anotagdes dos anos 70 “estabeleceram as bases dos livros que [Nietzsche] acabou depois por escrever” (Philosophy and truth... op. cit., p. Litt). P. Lacoue-Labarthe, que foi um dos primeiros a reconhecer a sua importancia, acabou por negar toda e qualquer relagdo com a obra madura (cf. Le détour, op. cit.). Ver também G. Most-T. Fries: “Die Quellen von Nietzsches Rhetorik-Vorlesung’, em “Centau- ren-Geburten”. Wissenschaft, Kunst und Philosophie beim jungen Nietasche, org. de T. Borsche, F, Gerratana e A. Venturelli, Berlim-Nova York, 1994, pp. 17-46; E. Behler, “Die Sprach-Theorie des friihen Nietzsche’, ibid., pp. 99-111. 77.CE. kw, vit3, Berlim, 1972, p. 337. A interpretacao sugerida aqui con- verge com a de K. Lowith, “Nietzsche et ’'achévément de l'athéisme’, em Niet- zsche aujourd’hui?, 2, Paris, 1973, pp. 207-22. 78. Cf. 0 ensaio ja citado de P. de Man, “Nietzsche's theory of rhetoric’, depois incluido (mas sem o resumo da discussao, pp. 45-51) em id., Allegories of reading, New Haven-Londres, 1979, pp. 103-18, com o titulo de Rhetoric of, tropes (Nietzsche); bibliografia suplementar em M. Clark, Nietzsche on truth and Philosophy, Cambridge, 1990. 79. Em Symposium, xxv (1974), pp. 47-9. 80. P. de Man, Wartime journalism, org. de W. Hamacher, N. Hertz e T. Keenan, Lincoln, 1988. Ver a acurada reconstrugao de D. Lehman, Signs of the times. Deconstruction and the fall of Paul de Man, Londres, 1991 (com ampla bibliografia), Derrida, and De 81. CE. J, Loesberg, Aestheticism and deconstruction: Pater, 5 ¥e Many Princeton, 1988, pp. 190-200, em particular p. 193 (mas reduait ° strucionismo do De Man maduro a um “alibi” é uma simplificagao). as ae : de Man, Critical writings, 1953-1978, aos cuidados € com fod * Waters, Minedpolis, 1989, pp. LXV-LXVI (em particular p. LXV), nota >, sem comentar, a carta («latada de Paris, 6 de juno de 1955) de 147 De Man a Harry Levin. Recorde-se que, em janeiro do mesmo ano, apos 0 rece. bimento de uma carta anénima (nao mais localizdvel), que 0 acusava de cola. horacionismo, De Man escrevera a Renato Poggioli, co-diretor da Society of Fellows de Harvard, aludindo, de maneira extremamente reticente e parcial. mente mentirosa, aos artigos escritos para 0 Le Soir (cf. D. Lehman, Sigs... op cit,, pp. 198 ss. que publica a carta a Poggioli, discutindo-a amplamente), fj. dentemente, De Man afirmaya que o proprio passado (ou melhor: a versio que ele havia fornecido do proprio passado) fosse conhecido de Harry Levin, que entao (como fica claro em Lehman, Sigts..., op. cit., p- 193) dirigia, juntamente com Poggioli, a Society of Fellows 83. P. de Man, Critical writings.... op. cit., pp. 123-9: A modern master: Jorge Luis Borges (ver, em particular, as pp. 125, 126, 128). 84. P. de Man, Blindness and insight, Mineapolis, 1983*, p. 1x (0 prefacio é datado de 1970). 85. Ibid., pp. 187 ss. 86. Ibid., pp. 142-65. 87. Observou-o D, Lehman, Signs of the times... op. cit., p. 1875 as minhas conclusdes sao, em parte, diversas. 88. P. de Man, Blindness..., op. cit., p. 172. 89. S. Kofman, Nietzsche et la métaphore, Paris, 1972; id., Rue Ordener, rue Labat, Paris, 1994. Uma bibliografia dos seus escritos sobre Nietzsche encontra- se em Nietzsche-Studien, xxv (1996), pp. 445-8, 90. J. Derrida, La scrittura e la differenza, tr. it. de G. Pozzi, Tarim, 1971, p. 375 (Lécriture et la différence, Paris, 1994 (1 ed., 1967], pp. 409-28, particular- mente p. 427). Cf. C. Norris, Derrida, Londres, 1987, pp. 138-41, e W. B. Leitch, Deconstructive criticism, Nova York, 1983, p. 37, que observa: “E licito ler, nesta Passagem, 0 programa historico do desconstrucionismo contemporaneo”. 91. Nega-o Loesberg, Aestheticism.... op. cit., pp. 90-1, com argumentos capciosos e nao convincentes. 92. J. Derrida, De la grammatologie, Paris, 1967 (tr. it. de R. Balzarotti et al., Sulla grammatologia, Milao, 1969). 93. P. de Man, Allegorie della lettura, org. de E. Saccone, Turim, 1997, P. 314 (edigao original Allegories of reading, op. cit. p. 293): e ver Loesberg, Aes- theticism... op. cit. p. 193, com bibliografia (ao qual se deve acrescentar D. Lehman, Signs of the times... op. cit. pp. 216-9). as Cf. F. Moretti, Opere mondo, Saggio sulla forma epica dal “Faust” & enanni di solitudine”, Turim, 1994, P. 51: “Retérica como inocencia; Histor’ on metéfora da Geografia, Tratei dessas construgdes sublinhando a sua Wt lidade social, a sua funcao ideoldgica. Mas que ideologias sao esas? Quem Jamais ouviu falar delas? Ninguém, eu creio, ¢ precisamente por isso sao interes 148 cant” (0 itlico esta no texto; ver também pp. 48-52 e passim). Da Retér ani referencia assimilada a Historia, pelo contrario, owvimos falar a saciedade ‘o que integra, confirmando-a, a tese de Moretti (que, na p. 50, cita uma passa do inactual sobre a Historia de Nietzsche), 95, £. Said, “Conrad and Nietzsche’, em Joseph Conrad: a commemoration, org. de N. Sherry, Londres, 1976, pp. 65-76, em especial p.67 (a passagem est sitada numa tradugao um pouco diferente). 96. Cf. M. Clark, Nietzsche on truth... op. cit., pp. 63-93, que, no entanto, se serve de uma argumentagao diversa, a que leva em consideragao a confuta- 20 do relativismo proposta por E. Gellner, Cause and meaning in the social cionces, Londres, 1973, pp. 50-77, em particular p. 66 (¢ ver também A. B. Spitzer, Historical truth and lies about the past, Chapel Hill, 1996, p. 57). 97. Ninguém mostrou isso melhor do que o fotdgrafo Sebastiao Salgado. 98. T. Todorov, La découverte de I’ Amérique, Paris, 1982 (tr. it. de A. Serafi- ni, La scoperta dell’ America, Turim, 1992), € um ponto de partida indispensavel. 99. D. Haraway, “Situated knowledges. The science question in feminism and the privilege of partial perspective”, em Feminist Studies, 14 (1988). pp. 99; na p. 586 uma irdnica alusdo a “busca de um mitico assunto perfeito de Historia alternativa, que, na teoria feminista, assume as vezes os tragos de uma meta-hist6rica mulher do Terceiro Mundo”. Agradeso a Nadine Tanyo por me sugerir ler esse ensaio. 100. D. Haraway, “Situated knowledge: alusio a T. Nagel, Uno sguardo da nessun Iuogo [Um olhar de lugar nenhum]). Discuti esses temas em Distanza e prospettiva: due metafore (Occhiacci di legno, op.cit., pp. 171-93). 101. D. Haraway, “Situated knowledges...” op. cit. p. 589. 102. Vorlesungsaufzeichnungen, XGW, 1/4, pp. 523-8 (introdugao), PP: 611 (traducdo). Ver também C. P, Jantz, “Friedrich Nietasches Akademische Lehrtaitigkeit in Basel 1869 bis 1879”, em Nietzsche-Studien, 3 (1974), p. 202. 103. Cf. Perelman ¢ L. Olbrechts-Tyteca, Traité de Vargumentation. La nouvelle rhétorique, Paris, 1958. : 104. Cf, M. Bloch, Apologia della storia 0 Mestiere di storica, it de G. Gouthier, Turim, 1998, pp. 63-4, no interior de um pardgrafo intitulado “ES- peo de uma histéria do método critico”, que comega revordando a Doasae de “onstantino (mas nao a sucessiva demonstragio da sua falsiade)- 105. Basta pensar em textos como o Supplément au voyage de B Discours sur les origi gem op. cit, pp. 584, 582 (com uma jougainwille de Dj u j iderot (no que diz respeito as relagoes sexuais) OU 0 eae. de Vinégalité de Rousseau (quanto a propriedade). S 106... Vala, De falso credita et ementita Constantin d etz (em apéndice ao seu Lorenzo Vallas Schrift gegen die Jonatione, org: Konstantinische 149 Schenkung, Tibingens 1975, ‘Bibliothek des Deutschen Historischen Insttuts in Rom”, vol. XLV); P- 28: 107. Trabalhei ness } (1966); ver: particw Armando Saitta A referéncia é 4 diregao a partir de I benandanti [Os andarithos dg rarmente, “Linquisitore come antropologo’, em Studi ei suoiallicvi pisani, org. de R. Pozzi eA. Prosper, famosa frase de Derrida: “Nao ha conted. bem in onore di Pisa, 1989, pp. 23-33 do fora do texto” 108. F. Bacon, works of Francis Bacon, J.C. Briggs, em Francis 1989, nota (pp. 193 ss.) Bacon, faltam as provas: um: ce um pouco apressada. Obs Nova York, 1991. 109. M. Detienne, Les maitres de verité dan: (nova edigo, 1994). Ver também Platao, Ménon. 110. W, Benjamin, Sul concetto di storia, org. de G. Bonola e M. Ranchet- ti, Turim, 1997, p. 31. 111. As reagoes contraditérias diante das pesquisas desse Autor, vistas alternadamente como favoraveis ou hostis & historiografia “pos-moderna’, sto, com certeza, um sintoma dos incertos confins desta ultima, como observa P. Schdttler, “Wer hat Angst vor dem ‘linguistic turn’?”, em Geschichte und Gesellschaft, 23 (1997), pp. 134-51, em particular p. 145. Mas, na raiz desses equivocos, esta, de maneira especifica, um mal-entendido com relagao ao ponto De sapientia veterum, xiii: “Proteus, sive materia” (The org. de J. Spedding et al., 13, Londres, 1860, pp. 17-9), Bacon and the rhetoric of nature, Cambridge (Mass.), , segundo 0 qual, na definicao de Ret6rica dada por 2 observagaio que, a luz do que foi dito acima, pare- servacoes titeis em P. du Bois, Torture and truth, 1s la Gréce anchaique, Paris, 1967 decisivo indicado acima. 1, SOBRE ARISTOTELES E A HISTORIA, MAIS UMA VEZ [PP. 47-63] 1. Utilizo, modificando um pouco, a'tradugao de C. Gallavotti: Aristote- les, Del? arte poetica, Milao, 1987, pp. 30 ss. 2. Ci. M.L. Finley, Mito, memoria e storia (1965), na coletinea Uso abuso es we ps 1981, p.5 (edigao original The use and abuse of history, Lon- re 575) comentario é relembrado, indiretamente, no tiltimo livro de Fin- , ie metodi di storia antica, tr. it. de E. Lo Cascio, Bari, 1987, P. 18% nota 30 (ediga a i (edigao original Ancient history, evidence and models, Londres, 1989): Lo sterminio desl ar ach _— deste livra e, deste Autor, “Unus testis tee oe a realta’, em Quaderni Storici,n.s.. 80 (1992), pp- 529-48. Phebe tan utara em alguns pontos substancias 8 tradugao de A vém ter presente 7 i org. de G. Giannantoni, vol. x, Bari, 1973 P-3)- Con mentario, a Retérica, de W. M. A. Grimaldi sj Nove York 150 _g.que retoma uma série de estudos precedentes, entr “ 31-24", em Philosophy and rhetoric, 11 (1978), pp. 173-7. a 5, De “sintese” entre os dois pontos de vista, fala F. Solmsen, Die Entwick- ung der aristotelischen Logik und Rhetorik, Berlim, 1929 (Neue Philologische Untersuchungen, 1V), pp. 227-8. 6. A necessidade de confrontar “o problema aristotélico da Hist6ria [...] com o problema aristotélico da Retorica’ foi identificada, logo posta de lado, por $. Mazzarino (I! pensiero storico classco 1, Bari, 1983, p. 415), 0 qual, signi- ficativamente, nao enfrenta a questao da prova. Desta dltima me ocupei, numa perspectiva diversa, em II giudice e lo storico. Considerazioni in margine al pro- cesso sofri Tarim, 1991; “Checking the evidence: the judge and the historian’ em Critical enquiry, 18, n. | (outono de 1991), pp. 79-92. 7. CER. Thomas, Oral tradition and written record in classical Athens, Cambridge, 1990. 8. J. Hankinson, “‘Semeion’e ‘tekmerion’. Levoluzione del vocabulario di segni e indicazioni nella Grecia classica’, em I greci, org. de S. Settis, 2.2, 1997, pp. 1169-87. 9. Cito, de Aristoteles, Organon, org. de M. Zanatta, 1, Tarim, 1996, p. 415. Cf. M. F. Burnyeat, “Enthymeme: Aristotle on the logic of persuasion’, em Aris- totle’s rhetoric: philosophical studies, org. de D. J. Furley e A. Nehamas, Prince- ton, 1994, pp. 3-55 (agradeco a Julia Annas por me indicar este ensaio). Sobre “silogismo” como tradugao inadequada de syllogismos, cf. J. Barnes, “Proof and the syllogism’, em Aristotle on science: the posterior analytics, proceedings of the Eighth Symposium Aristotelicum.... org. de E. Berti, Padua, 1981, pp. 17 ss em Particular p. 23, nota 7. 10. M. F. Burnyeat, “Enthymeme... op. cit pp. 22-3. 1. Ibid,, p. 5. 12. Cito, de Herédoto, La Battaglia di Salamina, libro vur delle tori, or de A. Masaracchia, Mildo, 1977, p. 27. 13, Luciano de Samosata, “Anacharsis o gli esercizi ginnici” (em Dialoghi, org. de V. Longo, 1, Turim, 1996, pp. 128 s.)- CEG. C. Roscionis Sulletrasce del esploratore turco, Milao, 1992, p. 164 e, deste Autor, “Anacharsis interroga gli indigeni, Una nuova lettura di un vecchio best-seller em EHisiore grande ouverte: hommages @ Emmanuel Le Roy Ladurie, org. de A: Burguitre, |. Gey © M.J. Tits-Dieuaide, Paris, 1997, pp. 337-46. Ta 14, E. E, Ryan, Aristotle's Theory of Rhetorical Argumental } Pp. 42-3, a a Moretti, “Olympionikai, i vincitori ne cademia nazionale dei Lincei, Memorie tion, Montreal, pice morali, sli antici agoni olt della classe di scienze 151 toriche ¢ flologiche, s. vil, vol: Ill fasc. 2, Roma, 1957, p. 105, nota 33, com stor bibliografia. 16. A. Korte, 104), pp: 224-43. . Wk Weil, Aristote et Phistoire, Paris, 1960, pp. 131 18. Cito, a partir de Platao, Tutte le operes OrB- de G, Pugliese Carratelli (tr, Florenga, 1974, p. 802. oA, Momigliano, “Ancient history and the antiquarian” (1950), em id, Contributo alla storia degli studi classic Roma, 1955 P. 70 e nota 5 (também em jd. Sui fondamenti della storia antica, Tarim, 1984p. 7, nota 3). 30. A, Momigliano,"“Ideali di vita nella sofistica: Ippia ¢ Crizia” (1930), em sda Quarto contributo alla storia degli studi classici ¢ del mondo antio, Roma, 1969, pp. 145-54, em particular p. 149. 21. 1. Diiring, Aristotele, tr. it. de P. Donini, Milao, 1976, pp. 64-5. 32. G. E. M. de Ste. Croix, “Aristotle on history and poetry” (Poetics, L451a 36-b 11), em The ancient historian and his materials. Essays in honour of CE. Stevens on his seventieth birthday, org. de B. Levick, Westmead, Farnbor- ough, 1975, pp. 45-58. Cf. também D. M. Pippidi, “Aristote et Thucydide. En marge du chapitre 1x de la poétique, em Mélanges de philologie, de littérature et histoire anciennes, offerts @ J. Marouzeau..., Paris, 1948, pp. 483-90. 23. Index Thucydideus, ex Bekkeri editione stereotypa confectus a M.H. von Essen Dre Hamburgensi, Darmstadt, 1964. 24. Cf. o trabalho inovador de E. Taubler, Die Archaeologie des Thuky- dides, Leipzig-Berlim, 1927 (reeditado em 1979). Do mesmo Autor, Ausgewiihlte Schriften zur alten Geschichte, Stuttgart, 1987, Introdugao de G. Alfldy (com um elenco de criticas e de necrolégios, e uma bibliografia). Para uma perspec- tiva andloga, cf. J. Gommel, Rhetorisches Argumentum bei Thukydides, Hilde- sheim, 1966 (Spudesmata Bd. x), que insiste, sobretudo, na relagao entre Tucl- dides e o retérico Antifonte. 25. M. E Burnyeat lembra que, na tradigao ret6rica mais antiga, a distin- 40 nao existia: “The origins of non-deductive inference’, em J. Barnes et als Scene and secaain (receding ofthe Second Symp Hellenisticum), Sedat, Pp. 193-238, em particular p. 196, nota 10. Ver tambem & mentario citado ao primeiro livro da Ret6rica, de Aristoteles, org. de W. M. Grimaldi sj., pp. 63 ss. Fa NE LRAT d'Herodo, Paris yon en F. Hartog na sua nova introdugie & Le miro! see a 2 ct s ) nao usa jamais a palavea historia, construction de la vrité chez Thuoyide Porta Se ese ea hucydide, Paris, 1990, pp. 73 ss. Ver, particularme? pie Entstchung der Olympionikenliste’, em Hermes, 39 it. de E. Martini), 152 ep. 76: "Seo lugar das reflexdescorresponde a um habito retérico, a sua we de modo algum puramente rt6rica:..] elas fazem |.) parte da mgao que, naturalmente, corresponde ao antigo conceito de Retérca 59, A. Momigliano, “Storiografia su tradizione scrittae storiografia su dizione orale” (1961-2), em id, Terzo contributo alla storia degli studi desc “jl mondo antco, Roma 1966, |, pp. 13-22 (2 p. 16,@ alusto a Xenofanes zi 30. I presocratici, org, de A. Lami, Milao, 1991, pp. 178 ss. (Hyppolitus) 31. Eaipo re, 109. Cf. B. Williams, Shame and necessity, Berkeley, 1993, pp. 59-9. Agradego a Luciano Canfora que, numa longinqua discussao, me convi- dou aestudar 0 significado de semeion em Tucidides (em Quaderni di storia, 12, jul-dez. 1980, pp. 49-50, a propdsito do meu ensaio “Spie: radici di un paradig- sma indiziario”, agora em Miti emblem spie, Tarim, 1986, pp. 158-209). Cf. tam- bém F Hartog, “Loeil de Thucydide et histoire ‘véritable”, em Poétique, 49, fev. 1982, p.25, nota 7, ¢, de forma mais geral, M. F. Burnyeat, “The origins of non- deductive inference’, op. cit. 32. H. D. Westlake, “Hos eikos in Thucydides’, em Hermes, Lxxxv1 (1958), pp. 447-52; P. Butti de Lima, L'inchiesta e la prova. Immagine storiografica, pra- tica giuridica e retorica nella Grecia classica, Turim, 1996, pp. 160 ss. 33, Sobre este ponto, remeto ao meu II giudice e lo storico... op. cit p. 117, 1g nota 72. 34, $, Mazzarino, Il pensiero storico classico, op. cit. 1, p. 410. Ver, em con- traposigao, Finley, Uso ¢ abuso..., op. cit., p. 6. 35, M. E. Burnyeat, “Enthymeme..”, op. cit. p. 38. 36. Cf, A. Momigliano, “Ancient history and the antiquarian” (1950), em id., Contributo alla storia degli studi classici, op. cit. 37. K. Ziegler, “Der Ursprung der Exkurse im Thukydides’, em Rheims ches Museum, n.s., 78 (1929), pp. 58-67. 38. G. Nagy, “Mythe et prose en Gréce anchaiqi hose du mythe en Gréce antique, org. de C. Calame, Genebra, 1988 pP- 39, A. Momigliano, “The rhetoric of history and the history of rhetoric: ‘on Hayden White’s tropes” (1981), em id., Settimo contributo alla storia degli studi classici e del mondo antico, Roma, 1984, pp. 49-59 (tits Sui fondament..» op. cit., pp. 465-76, em particular p. 465). 40. A. Momigliano, “The rhetoric...) op. cits P- Jondamenti..., op. cit., p. 474). 41. Ibid,, pp. 57-8 (também em id., Sui fondamen! 42. Ver, desse Autor, II giudice ¢ lo storico.. op: citi ‘ence...’ op. cit, ‘ainos”, em Métamor- 58 (tambem em id., Sut oop. cit pp: 473-4. "Checking the evi- Police Battalion 101 and the final 3. C. Brownii men, Reserve ‘Turim, 43.C, jing, Ordi . Res 1g, Ordinary men. mi comtiny TUrits Solution in Poland, Nova York, 1992 (tr. it. de L. Salvais Vom 153 joldhagen, Hitler's willing executioners. Ordinary Germans and the ; DJ. Gi eee ‘k, 1996 (tr. it. de E- Basaglia, I volenterosi carnefici di Hitler, Holocaust, Nova Yor! Milao, 1997). 9. LORENZO VALLA B A DOAGAO DE CONSTANTINO [PP. 64-79} 1. EH, Kantorowiez, The king's two bodies, Princeton, 1957, p. 190, nota 4310 (te it. de G. Rizzoni, I due corpi del re Turim, 1989, p. 163, nota 310), 2, Para o texto de Valla, veja-se a edigao de W. Setz, Lorenzo Vallas Schrift gegen die Konstantinische Schenkung. De falso credita et ementita Constantini Jonatione, Zur Interpretation und Wirkugsgeschichte, Tubingen, 1975 (Biblio- thek des Deutschen Historischen Instituts in Rom, Band xLiv); e cf. também a critica de R. Fubini, em Studi medieval, s. mt, Xx (1979), pp. 221-6. Valla conhe- cia os argumentos de Nicolau de Cusa contra a autenticidade do Constitutum, ‘como sustentou, de maneira convincente, R. Fubini, “Contestazioni quattrocen- tesche della donazione di Costantino: Niccol® Cusano, Lorenzo Valla’, em Costantino il Grande dall'antichita all'umanesimo, org. de G. Bonamente ¢ F Fusco, 1, Macerata, 1992, pp. 385-431, em particular pp. 403 ss. 3, Ver tanto o verbete “Valla, Laurent”, no Dictionnaire historique et criti que de Pierre Bayle (Rotterdam, 1702, ml, pp. 2934-7) quanto a alusdo as obser- vagdes de Valla sobre Livio no verbete “Tanaquil” (ibid., p. 2834). A importin- cia deste tltimo foi destacada por A. Momigliano, Sui fondamenti della storia antica, Turim, 1984, p. 276, nota 13. 4, Sobre a famosa frase de Kant “entender Platio melhor do que ele mesmo’, cf. P.C. Bori, L’interpretazione infinita. L'ermeneutica cristiana antica ¢ le sue trasformazione, Bolonha, 1987, pp. 141-9. 5. Cf. Laurentii Valla epistole, org. de ©. Besomi e M. Regoliosi, Padua, 1984, pp. 192, 252. Setz (pp. 46 ss.) interpreta os textos citados de modo diver so. Apés ter escrito estas paginas, li o excelente ensaio de V. de Caprio, “Retort cae ideologia nella Declamatio di Lorenzo Valla sulla donazione di Costantino’ eee rating XXIX, n. 338, abr. 1978, pp. 36-56, que examina a ati- — penne a Quintiliano, chegando a conclusoes similares por um ee a eee De Caprio, veia-se La tradizione eil trauma. lee de 0, Viterbo, 1991. S. Camporeale leu o opisculo de Valla como um 6 exemplo de Ret6rica crista que visa ; — » do Cris tianismo pré a um “renascimento ae “onstantiniano”: cf, “Lorenzo Valla’s Oratio on the pseudo-dona a peers dissent and innovation in early Renaissance Humanist» ¢ History of Meas, 1996, pp. 9-26, especialmente p. 250m Fe réncias aos trab; c como “uma alhos precedentes do mesmo autor. R. Fubini leu o mesmo texto ma obra anti-Ret6rica”: cf," * “ontestazioni quattrocentesche... P- 154 pp.425ss0em particular p. 428. A nogao de Retorica apresentada aqui impli tima dissensio com respeito a ambas as posturas citadas, plica ‘6. “Prope tota in contentione versatur’, este € substancialmente um texto », escreveu Valla a Guarino de Verona no dia 25 de outubro de 1443 (Laurentii Valla epistole, op. cit. p. 245). FL. Valla, Serittifilosofici e religiosi, org. de G. Radetti, Florenca polemico 1953, p: 295+ 8. Ibid., p. 322. 9, Cf R. Barthes, “De la science a la littérature’, e “Le discours de Phistoire’, ambos reeditados em Le bruissement de la langue, Essais critiques IV, Paris, 1984, O primeiro texto foi relembrado por N. Struever, The language of history in the Renaissance. Rhetoric and historical consciousness in Florentine humanism, Prince- ton, N.Jn 1970, p. 15 (tit. de B. Bellotto, Il brusio della lingua, Turim, 1988, pp. 5-12, 137-49). 10. Cf. P. O. Kristeller, Studies in Renaissance thought and letters, Roma, 1956, pp. 553-83; ver também “Paul Oskar Kristeller and his contributions to scholarship’, em Philosophy and humanism. Renaissance essays in honor of Paul Oskar Kristeller, org. de E. P. Mahoney, Leiden, 1976, pp. 8-9 (“a crucial and seminal paper” [um ensaio crucial e seminal]), 11. A citacdo foi tirada da verso inédita, agora publicada em apéndice a nova edigao da obra principal de D. Cantimori, precedida de uma importante introducao: Eretici italiani del Cinquecento e altri scritt, org. de A. Prosperi, Turim, 1992, pp. 485-51 1, em especial p. 490. Na traducao abreviada de Frances Yates, o termo “ideologia’ é particularizado e atenuado sob a forma: “aestheti- co-moral ideology”. “Rhetoric and politics in Italian Humanism’ em Journal of the Warburg Institute, 1, 1937, pp. 83-102, em especial p. 86 12. Cf. “Appunti sulla propaganda’, que apareceu originaria Civita fascista, 1941, reeditado em D. Cantimori, Politica e storia contempore= nea, Scritti 1927-1942, Tarim, 1991, pp. 683-99. Na mesma coletanea, ver (pp: 192-6) a critica a Ernesto Codignola, Il rinnovamento spirituale dei giovani, Milao, 1934, que sublinha a necessidade de analisar seriamente & propaganda nazista, mesmo nas suas formas “ingénuas € grosseiras”: OS adjetivos que apare- em no texto original de “Rhetoric and politics. t 13. oe ano de 1934, ees abordaram temas ligados & rT 95). an a (Studi di storia, Tarim, 1959, pp. 391-8: esPee ei en carta de Cantimori a B, C. Church, cf. A. Prosper Introdug: |p. XIV, nota 2. mente em. contro com Kristeller, fe no assul ntimori recordou que, no seu primeiro enc ci Naliani del Cinquecento..., op. 155 14. Cf P.0. Kristeller, “Rhetoric in Medieval and Renaissance culture em renaissance eloquence, org. de J J. Murphy, Berkeley, 1983, pp. 1-19, em egpeci i. 15, Sobre as relagdes com Heidegger € 08 anos em Pisa, ef. P. O. Kristeller fe M-L King, “Iter Kristellerianum: the European journey (1905-1939)" on, Renaissance Quarterly, 47 (1994), pp. 907-29- 16, Cf, H. H. Gray, “Renaissance humanism: the pursuit of eloquence” (1963), reeditado em Renaissance essays, org. de P. O. Kristeller © Ph. P, Wiener, Nova York, 1968, pp. 199-216. 17. CE W, Setz, Lorenzo Vallas Schrift... Op. cit. pp. 46-7 (que cita Gray, sem examinar a exatidao da afirmagao sobre a declamatio). 18. Cito, a partir de Marco Fabio Quintiliano, Istituzione oratoria, libri If, ZV, org. de O. Frilli, Bolonha, 1973. 19. Sobre tudo isto, ver o hicido e douto ensaio de A. Perosa, “L’edizione veneta di Quintiliano coi commenti del Valla, di Pomponio Leto e di Sulpizio da Veroli”, em Miscellanea Augusto Campana, 11, Padua, 1981, pp. 575-610. 20. Cf. Laurentii Valla epistole, op. cit., pp. 216, 279, 296-7, 306. 21.Ver L. Valla, Le postille all’ “Institutio oratoria” di Quintiliano, ed. cri- tica org. de L. Cesarini Martinelli e A. Perosa, Pédua, 1996. No amplo preficio faltam referéncias a De falso credita et ementita Constantini donatione. Ver tam- bém a anotagao de Valla a passagem na qual Quintiliano recomenda distinguir 0 verdadeiro do falso nao sé nas narragées poéticas mas também na tradigio histérica (Institutio oratoria, u, 4, 18-9). Valla cita os exemplos de Susana, Tobias ¢ Judite “in rebus ecclesiasticis’, e de Sao Jorge “e de muitos outros” nas hist- rias mais recentes (“de historiis recentioribus”) (Le postille.... op. cit. p. 525 vet também pp. LXXVI, LXXXVI-LXXXVi). Entre esses “muitos casos”, Valla deve ter pensado também na pseudodoacao de Constantino. 22. “Sed hoc ipsum argumenta ex causa trahit, si forte aut incredibile est id actum esse quod tabulae continent, aut, ut frequentius evenit,aliis probatio- nibus aeque inartificialibus solvitur, si aut is, in quem signatum est, aut aliquis signator dicitur afuisse vel prius esse defunctus, si tempora non congruunt st vel antecedentia vel insequentia tabull falsum deprehendit” (Quintiliano, Institutio oratoria, V, 5, 1)- 23. Cf. Laurentii Valla epistole, op. cit., pp. 214-7 (carta a Giovanni ‘Tortelli). ae aoe a alusao as tabulaeem icero, De oratore, th, m1 Mae eee eis : arlo, “La Produzione dei documenti nel process ere Fay anaes "3 foemulare € cognitio extra ordinem)”, em Rendicontt 4 Ps x (1937), pp. 160-84, iy a — iat De Aristotele ‘ativa de identificar as is repugnant. Inspectio etiam ips SPE i ipzit> rhetorum auctore, dissertagao, Le fc i recilio iS fontes (em primeiro lugar Ce 156 calatanos) das passagens“aristotélicas” de Quintilanoy ESolmsen, "The aiso- telian tradition in ancient thetoric” (1941), em id., Kleine Schriften, 1 Hildesheim, 1968, PP. 178-215, sobretudo pp. 199-200. No seu comentétio a nsttutio oratoria (Belles Lettres, vo. tt livtos WV e v, Paris, 1976, pp. 97s.) | Cousin admite que 0 léxico de Quintiliano est4, com freqiiéncia, proximo do a aviatoteles ainda que as das perspectivas sejam diversas. Mas repele a hipdtese de um nexo direto. 26, A excegao mais notivel é constitufda por Perelman e L. Olbrechts- qyteca, Traité de Vargumentation. La nouvelle rhétorique, Paris, 1958, os quais falam explicitamente de retorno a Arist6teles. Também M. Pera, Scienza ¢ reto- rica, Bari, 1991, se refere a Arist6teles, em parcial desacordo com Perelman. 27.Cf. F. Solmsen, “The aristotelian tradition...” op. cit. id., “Aristotle and Cicero on the Orator’s playing upon the feelings” (1938), em id., Kleine Schriften, op. cit., Il, pp. 216-30. 28. Cf. G. Kennedy, The art of rhetoric in the Roman world, 300 B.C.-300 A.D., Princeton, 1972, pp. 114-5, 221-2; para o ponto de vista oposto, F. Solm- sen, “Aristotle and Cicero... op. cit., pp. 227-8. 29. Cf. F Solmsen, “Aristotle and Cicero...” op. cit., p. 216. 30. A importancia “do uso, por parte de Valla, de Quintiliano contra Cicero” é sublinhada por E. Garin, “Lorenzo Valla e 'Umanesimo’, em Lorenzo Valla e ’'Umanesimo italiano, Atti del convegno internazionale di studi umanisti- ci (Parma, 18-19 out. 1984), org. de O. Besomi e M. Regoliosi, Padua, 1986, pp. 10-1. Ver também C. Bianca, “Una ‘finestra’ sulle postille di Valla a Quintiliano’, em Interpres, xvi (1997), pp. 240-4. 31. Valla, observa Garin, parece contrapor Quintiliano a Aristoteles (“Lorenzo Valla...”, op. cit., pp. 11-2). Ver também as importantes consideragdes de L. Cesarini Martinelli (introdugao a L. Valla, Le postille.... op. cits, pp. LX LXV1) sobre as alusdes de Valla a passagens de Aristételes ocultas nas citagdes de Quintiliano. 32. L. Valla, Gesta Ferdinandi regis Aragonum, edigao critica org de O. Besomi, Padua, 1973, Proemium, p. 3:\Tamen detrahunt nobis philosophi qui dam, et ii permagni ac pervetusti, cum multum in prima, tum plus in posterio- "© parte anteferentes historico poetam, quia dicunt illum proprius ad philoso- mplis in uni- Phiam accedere, quia in generalibus versetur et propositis fictis exer Yersum precipiat...” acesso a um mranuscrito Brege a num importante “Lorenzo Valla ¢ la ter . ee A hipotese de que Valla possa ter tido Cet (© Vat. gr 1388) € cuidadosamente formulac concer Com bibliografia sobre a questao) de M. Regolivs pal lone della storia’, em La storiografia winanistica. Ati del convegne 157 nale del associazione per il Medioevo e ?Umanesimo latin} nazior tas out, 1987), Messina, 1992, 1, 2, pp. 549-71. : : 3. L. Valla, Gesta Ferdinandi..., op. cit. p. 7:“Nonne j veritatem eruendam historico opus est non minori accur. (Messina, 22.25 Bitur ad huiusmog; ‘ation ac sagacitae, aut medico in pervidendg morbo atque curando?” Cf. A. Momigliano, “History between medicine and rhetoric’, em id., Ottavo contributo alla storia degli studi classic ¢ del mondo antico, Roma, 1987, pp. 13-25. Cf. também, deste Autor, o ensaio “Spie”,em Miti emblemi spie. Morfologia e storia, Turim, 1984, pp. 158-209, e I giudice € lo sto. rico. Bibliografia recente em P. Butti de Lima, L'inchiesta e la Prova, Immagine Soriografca, pratica giuridica e retorica nella Grecia classca, Tarim, 1996 35. CEL. Valla, Gesta Ferdinandi... op. cits p. 3:". et si pletique condito- res oratorie artis, que historie mater est...” [... da arte oratéria, que € mae da Historia... Sobre este ponto, a interpretacio de M. Regoliosi difere da que for- mulo aqui. quam aut iudici in deprehendendo vero ac iusto, 36.]. Mabillon, De re diplomatica libri VI, in quibus quidquid ad veterum perumentorum antiquitatem (...] pertinet, explicatur et illustratur, Lutetiae Parisiorum, 1681, p. 23; M. Bloch, Apologia della storia © Mestiere di storico, tr. it. de G. Gouthier, Turim, 1998, Pp. 63-4. 37. Cf. M. Tavoni, “Lorenzo Valla e il volgare’, em Lorenzo Valla e P'U- mantesimo italiano... op. cit. pp. 199-216, 38.Cr. Biondo Flavio, Scrittiinediti ¢ rari, org. de B. Nogara, Roma, 1927, PP. 115-30 (“De verbis Romanae locutionis”); L, Bruni, Epistolarum libri VIL. org. de L. Mehus, Horentiae, 1741, , PP. 62-8 (Livro vi, carta 10, a Biondo Fla- Vio). Sobre essa discussao, cf. M, Tavoni, Latino, ‘ina questione umanistica, Padua, 1984, pp. 3-41, 39. Cf. Leonardo Bruni Aretino, Humanistisch-philosophische Schriften ia H. Baron, Leipzig, 1928, reed, 1969, pp. 81-96, em especial pp. 83, 85-6 grammatica, volgare. Storia di _ 40: Sobre as réplicas, rior em Maestri Gregori, A. Paol 41.0 muita documentacao relativa a um periodo poste @botteghe. Pittura a Firenze alla fine del Quattrocento, org. de M- Ka C:Acidini Luchinat, Milao, 1992, dae pee Fakes, Nova York, 1967% ¢ Fake? The art of deception, - aoe cece 1999 (obretudo para os Periodos mais recentes). Muit : Sina, copies gaa" etinea de ensaios Retaining the original, Multiple ue ’ a Feproduction, Washington, 1989 (“Studies in the history 0 art’, 29), 42, CEA, Scholarship, Princeton, finzione ne ‘ ns Forgers and «nities, Creativity and duplicity in wester” lla tradiziong ja tt i de 8. Minucci,Falsar eeitci, Creativ adizione letterarig occidentale, Turim, 1996). 158 43.CL Lalla, Oracione per Vinauguracione deltanno accademico 14 156 org. de S: Rizzo, Roma, 1994; W. }-Connell, “Lorenzo Valla: a symposi es introduction’ em Journal of the History of Ideas, 57 (1996), pp. 1e¢ Pe 4, CF-Quintilian, Instituto oratoria 16, 3:"Consuetudo veto ceri, joquen maistra,wtendumgue plane sermone, ut nummo, cui publica fore (cf Tavoni, Latino..., op. cit., p. 265). 45."Quod curin Europa non contingi’ Nempe, ut reddam quod tetium «st quod initio promis, quia id fierisedes apostoica prohibuit. Cuius re sng dubio caput et causa exit religo christina” (L. Vala, Orazione.. op. ct, 198). 0 texto de Valla ndo é mencionado em D. Hay, Europe. The emergence of an idea, Edimburgo, 1957. O papa Pio 1, que falou,repetidamente, de Europa (por exemplo, na carta a Maomé u: cf. ibid., pp. 83 ss.), conhecia, obviamente, as paginas de Valla. 46. Eusébio de Cesaréia, Storia ecclesiastica.., tr. it. de M. Ceva, Miléo, 1979, p. 119. 47. Cf. Erasmo de Rotterdam, Opera omnia, vol. vi, Lugduni Batavorum, 1705, pp. 335-6. D. Cantimori levantou.a hipétese de uma relaao entre a tra- dugao de Erasmo e as reflexes de Valla sobre o sermo (cf. Eretici italiani..., op. cit, p. 56). est 3. AS VOZES DO OUTRO [PP. 80-99] 1.C. Le Gobien, Histoire de ’édit de l'empereur de la Chine en faveur de la religion chrestienne, avec un éclaircissement sur les honneurs que les Chinois ren- dent @ Confucius et aux morts, Paris, 1698 (uma tr, it. foi publicada logo a Seguir). Sobre a atitude dos chineses em face dos missiondrios cristios, cf. . Gernet, Chine et christianisme, Paris, 1982 (utilizei a tr. it, Casale Monferrato, 1984, com uma introdugao de A. Prosper). __ 2.CE Lettres édifiantes et curieuses, écrites des missions étrangeres, nouvelle “dition, mémoires d’Amérique, tomo v1, Toulouse, 1810, p. XX: “O padre Le Gobien é 0 editor dos oito primeiros tomos; ele escrevia com prazer € com ess Sclidade que resulta do estudo profundo erefletcdo dos grandes modelos jun- lando as excelentes qualidades do seu espirito as virtudes mais raras € mais Pre- ee Padre Du Halde o sucedeu (...)" Cf. A. Rétif s,j4 “Breve histoite des Let- setts et curieuses’, em Newe Zeitschrift fr N Nou "ere de science missionnaire, Vit (1951), pp- 37-50. i oe data da revolta, cf. Garzia, [storia della conve meat lll sole Mariane, dette prima de' Ladroni, nella vit Lie Compaen eet Christo del venerabile p. Diego Luigi di Sanviter? 8M della compagnia di Gesit(..J,scritta nell idioma castigliane [~~ ssionswissenschaft — rrsione alla nostra predicatione, & tri suoi ] e tra- 159 nelfitaliano con accrescimento di notitie dal padre Ambrosio : : de rsima Compagnia, Napoles, 1686, pp. 569 ss. A edicao espanhola medesima Compas 1683. ™ ee fe Histoire des Isles Marianes... op. cit., Pars, 1759 139-46, Duas referéncias a essa obra em 8. Landucci, 1 filesofi ej schon (1580-1780), Bari, 1972 (cl. indice). Fis a passagem de Le Gobien, ans auroient bien fait, leur disoit-il, de demeurer dans leur paie riz della aParecey “Ces Europé ; Nous niavions pas besoin de leurs secours pour vivre heureux. Contens de ce qus nos Isles fournissoient, nous nous en servions sans rien désirer au dela, Les connoissances quils nous ont données, n’ont fait qu’augmenter nos besoins, riter nos désits. Ils trouvent mauvais que nous ne sommes pas vétus et qu i a eust été necessaire la nature y auroit pourva. Pourquoy nous charger @habits, puisque cest une chose superflué, et nous embarrasser les bras et les jambes sous pretexte de nous les couvrir? Ils nous traitent de gens grossiers, et ils nous regardent comme des Barbares. Nous devons-nous les en croire? Ne voions-nous pas que sous pretexte de nous instruire et de cultiver nos moeurs, ils les corrompent; qu’ils nous tirent de cette premiere simplicité dans laquel- le nous vivions, et qu’ils nous ostent enfin nostre liberté, qui nous doit estre plus chere que la vie? Ils veulent nous persuader qu’ils nous rendent heureux, et plusieurs d’entre nous sont assez aveugles pour les en croire sur leur paro- le. Mais pourrions-nous avoir ces sentiments, si nous faisions reflexion que nous ne sommes accablez de miseres et de maladies que depuis ces étrangers sont venus nous désoler et troubler nostre repos? Avant leur arrivée dans ces Isles, scavions-nous ce que c’estoit que toutes ces insectes qui nous persecu- tent si cruellement? Connoissions-nous les rats, les souris, les mouches, les Mosquites, et tous ces autres petits animaux, qui ne sont au monde que pour nous tourmenter? Voila les beaux presens quils nous ont faits, et que leur machines flottantes nous ont aportez! Avant eux scavions-nous ce que c'estoit due rheumes et que fluxions? Si nous avions quelques maladies, nous avions des remedes pour nous en délivrer, au lieu quills nous apportent leurs maux Sans nous apprendre a les guérir. Falloit-il que nostre cupidité et le malheu- rei i - » : 8 Uk desir que nous avions «avoir de fer et d'autres bagatelles, ausqueles seule est Enon | : ‘cite si Hine que nous en faisons, donne le prix, nous precipitast dans de brands malheurs? “Is no 7 a oo us Teprochent nostre pauvreté, nostre ignorance et nostre pe adresse, Mais sin iennent-ils chet h nt, que viene? cher parmi nous? se Sexposer : s tant Poseroient pas comme ils font, & tant de perils, et ils ne feroient pas © @ effort: . ts qua eel sétablir parmi nous. A quoy aboutit ce quills nous enseigne * 18 Prendre leurs codtumes, qua nous assujettir 3 leurs lois 4 ‘ous sommes si pauvres qu'il s le dis Croiez-moy, sils n’avoient pas besoin de n0Us: 160 nous faire perdre cette précieuse liberté que nos peres nous ont laissée: en uy nat gtd nous rendre malheureux sous Vsperence d'un chimeriqu bonhe n dont on ne peut jouir qu’apres qu'on n'est plus? a vis traitent nos histores de fables et de fictions. Navons-nous pas le smeame droit d’en dire autant de ce quis nous enseignent,et de ce quils nous proposent & croire comme des veritez incontestables? Ils s'abusent de nostre simplicité et de nostre bonne foy. Tout leur art ne va qu’a nous tromper, et toute rear science ne tend qu’ nous rendre malheureux. Sinous sommes ignorans et veugles, comme ils voudroient nous le faire croire, est avoir connu trop tard rears pernicieux desseins, et d'avoir suffert quiils se soient établis parmi nous. Ne perdons pas courage a Ja vité de nos malheurs. Ils ne sont encore qu'une poignée de gens, nous pouvons aisément nous en défaire. Si nous nlavons pas ces armes meurtrieres, qui portent la terreur et la mort par tout, nous sommes en estat de les accabler par le nombre et par la multitude. Nous sommes plus forts que nous ne pensons, et nous pouvons en peu de temps nous délivrer de ces étrangers, et nous remettre dans notre premiere liberté”. 5, D. Diderot, Supplément au voyage de Bougainville, org. de G. Chinard, Paris, 1935, pp. 118-9, nota 2. Chinard se desculpa pela extensao da cita¢do, que, no entanto, esta incompleta: ver nota 47. A fonte de Diderot é, provavelmente, C. des Brosses, Histoire des navigations aux terres australes, , Paris, 1756, pp. 497-8, que retomou integralmente a arenga de Hurao, observando: “Ela sera, certamente, do gosto de um célebre filésofo cinico do nosso século’, uma alu- sio a0 Discours sur les origines de V’inégalité, de Rousseau (1755). 6.0 faceto didlogo indireto entre Masoling e Masaccio, sobre o edificio da Madonna del Carmine, imaginado por Roberto Longhi, € uma das (poucas) excegdes que confirmam a regra: “Fatti di Masolino e di Masaccio” e alti studi sul Quattrocento, Florenga, 1975 (em id., Opere complete, vit, 1s p. 15. Quem deu a idéia a Longhi foi C. Justi, Veldzquez und sein Jahrhundert, Zurique, 193% Pp. 92-115 (“Intermezzo”). 7.1, Garcia Icazbalceta, Don Fray Juan de Zumdrra arzobispo de México, Cidade do México, 1881, apéndice, pp. 263-7: ae por J. de Acosta, Historia natural y moral de las Indias (1590) 0r8: ic -G. Beddall, Valencia, 1977, pp. 407 ss. (1.6, cap. 1). Nao pude ver oe oe siph Diego Duran, el padre Juan de Tovar y la Hr er ace ie del padre José de Acosta’, em J de Acosta, His is Indias, Cidade do México, 1985, pp. LXXVI-XCV- —savon 8. Jean de Brebeut, Les relations de ce qui sst passé am ays des Hur ee de’, Besterman, Genebra, 1957, P: 152 tees, Retorica, org, de A. Plebe, Bari, 1961 P- | aga primero obispo ¥ . Tovar é men (1635. 161 10. Cf. A. Mascardi, Dell’arte historica trattati cinque, Roma, 1636, 7 p.1v, sobretudo p. 158). -58 (tratado II, €a eee oe “Les réflexions sur histoire” (1677), em id., Oeuvres, 11. CER. Rapin, “Amsterda, 1709, pp. 269 12, Mably — um fildsofo, 183, que ainda valia a pena discutir essa questdo. Ver as paginas tiradas de De 783, la maniére d’écrire Phistoire, reeditadas sob 0 titulo de “historien, le romancier, em Postique, 49, fev. 1982, pp. 5-8. 13. Cf. A. La Penna, “Il ritratto ‘paradossale’ da Silla a Petronio”, em Aspet- ti del pensiero storico latino, Turim, 1978, pp. 193-221, sobretudo pp. 212-5, Como Marx observou a margem da sua propria cépia das Historias florentinas de Maquiavel, o discurso atribuido ao chefe da revolta dos Ciompi havia sido modelado em Salitstio. Cf. Ex libris Karl Marx und Friedrich Engels, org. de B. Kaiser ¢ I. Werchan, Berlim, 1967, p. 134, nota 286, indicado por G. Bock, “Mac- chiavelli als Geschichtsschreiber”, em Quellen und Forschungen aus italienischen Archiven und Bibliotheken, 66 (1986), pp. 153-90, em particular pp. 175 ss. 14. Cf. C. le Gobien, Histoire des Isles Marianes..., op. cit., pp. 137-8. 15. L’Histoire de la guerre des romains contre Jugurta roy des Numides, et histoire de la conjuration de Catilina. Ouvrages de Saluste nouvellement tradui- “Devemos considerar duas coisas numa sobretudo p. 270. a0 um historiador de profissio — achava, em Te port tes en francois, Paris, 1675, introduga Historia, a Narracao, que é 0 seu corpo, e a Instrugao Politica, que é a alma’ Uma lista dos discursos esta inserida antes do indice. O privilégio de publica- ao, datado de 18 de agosto de 1673, refere-se a um certo “sieur A. D.C. A. B” que nao consegui identificar. 16. Cf. A. Mascardi, La congiura del Conte Gio. Luigi de’ Fieschi, Veneza, org. de D. A. Watts, Oxford, 1967; C. de Saint-Réal, “Conjuration des espagnols contre la Republique de Venise en l'année M.nc.xvut”, em Oeuvres meslées.. [-..]. nour: éd. augmentée de sa critique, Utrecht, 1693, pp. 215-329. Sobre es Dulong, Labbé de Saint-Réal, Etude sur les rapports de Uhistoire et du romatt ak XVII siecle, 1629; cardeal de Retz, La conjuration de Fiesque, ed. cri ultima, cf. G. 4 pp. 167-217, Recentemente se observou que 0 Dom Carles de sae ie . aint-Réal € uma “novela de extraordinaria densidade, cuja fraca notoriedade € um a 6 "nd anomalia da Historia do gosto” (‘T. Pavel, Lart de Péloignement. Essai Mt Fimagination classique, Paris, 1 17. P. Beni, In §; ‘eni, In Sallustii Catilinariam commentarii, Veneta, do mesmo ibri ; © mesmo, De historia libri quatuor, Veneza, 1622, Sobre ele. Paolo Beni, Oxford, 1988, 18. CEA, Mascardi, Del 996, pp. 321-35, em particular p. 321) 1622, pp. 795 cf. P.B. Dilley ver, Marte historica..., op. cit., p. 145. 162 19,Cf. A. Momigliano, “Ancient history and the antiquarian’ em i, ¢ tributo alla storia degli studi classici, Roma, 1979, pp. 67-106 (também ic ie sui fondamenti della storia antica, Turim, 1984, pp. 3-45), tides 50, Saint-Réal, “Conjuration des Espagnols..’ : 7 “De todos os empreendimentos humanos, nio existe nada maior do que as Conjuragées,..] is (1 rstas consideragdes sempre me fete encarar tais agdes como os momentos mais morais ¢ instrutivos da Hist6ria’. 21. Sobre a relagao entre tragédia e absolutismo, ver as brilhantes obser- yagoes de F. Moretti, “La letteratura europea’, em Storia d’Europa, 1, Turim, 1993, pp. 837-66, especialmente pp. 841-5. 22.0 historiador pode colocar, com sucesso, na boca dos personagens que ele faz falar, coisas que, na sua, chocariam” (G, Bonnot de Mably, “Lhisto- rien, le romancier, le potte’, op. cit., p. 7). 23. Sobre o teatro jesuitico, ver a bibliografia citada por J. W. O'Malley, The first jesuits, Cambridge (Mass.), 1993, p. 422, nota 118. Sobre o regicidio, ver as célebres paginas de J. Mariana, De rege et regis institutione, libri III, [Paris] 1611, pp. 51-68: 1, VI (“An tyrannum opprimere fas est”); 1, vil (“An liceat tyran- num veneno occidere”). 24. Introdugao de J. B. du Halde a Lettres édifiantes et curieuses..., coleta- nea X, Paris, 1713: “Embora os outros europeus nao ignorassem quao delicada, para os indianos, era essa questo de castas, eles nao deram mais atengao a isso do que haviam feito os portugueses; viveram nas Indias como se vive na Franga, na Inglaterra e na Holanda, sem fazer esforgo e sem se adaptar, na medida do possivel, aos costumes da Nag Cf. também P. Martin, carta a P. le Gobien, Lettres édifiantes et curieuses.... coletanea V, Paris, 1708, pp. | ss., sobretudo pp. 14, 17ss., 27-9. No geral, ver as agucadas observagoes de J. W. O'Malley, The first Jesuits, op. cit., pp. 255-6. Sobre a idéia de accommodatio, cf. A. Funkenstein, Theology and the scientific imagination, Princeton, 1986, pp. 202-89 (tr. it. de A. Serafini, Teologia e immaginazione scientifica dal Medioevo al Seicento, Turim, 1996, Pp. 241-345); S. D. Benin, The footprints of God: divine accommodation in Jewish and Christian thought, Albania, 1993. Sobre as relagdes entre ess ideiae auren, Die Akkommodation in katholischen eis che Studie, Miinster i. W,, 1927; A. Prosper, tra contadini e selvaggi’ €™ pp. 205-34 @atividade missionaria, ver J. denapostolat. Eine Missionstheoretis Otras Indias’: missionari della Controriforma AA.VV, Scienze, credence occculte, livelli di cultura, Florenca, 1982, Sobretudo p. 227; D. E. Mungello, Curious land: jesuit accommodation and the origins of sinology, Stuttgart, 1985. 25. Lettres édifiantes et curieuse Poxuy, coletanea xiv, Paris, 1720, introdugao, 163 36.1. Le Comte, Nouveaux mémoires sur I Etat present de la Chine, Pat, 1697, p.249. Uma pesquisa exemplar é: I. G. Zuparoy, “Aristocratic analogies and glemotic descriptions in the seventeenth-century Madurai Mision’, em Representations 41 (inverno 1993), pp. 123-48. 37, Lettres édifiantes et curieuses.. coletanea XIV, op. cit. pp. 1 ss 98. tbid, pp. 49-50: "Il me repondit froidement: “Tant pis, mon Pere, pour ces barbares, sils veulent rester dans leur barbarie; nous tachons de les rendre hommes, et ils ne tout’ Quelques barbares cependant quiils soient, selon certaines maximes du monde Chinois, je les crois plus prés de la vraie Philosophie que le grand nom- bre des plus celebres philosophes de la Chine’. 29. Cf. W. Kaegi, “Voltaire e la disgregazione della concezione cristiana della storia’, em id., Meditazioni storiche, tr. it. org. de D. Cantimori, Bari, 1960, pp. 216-38, em especial p. 233. 30. Remeto ao meu ensaio “Montaigne, cannibals and grottoes’, em His- tory and Anthropology, 6 (1993), pp. 125-55. 31. Lettres édifiantes et curieuses.... coletanea 1, Paris, 1702, pp. 112 ss. (trata-se de uma carta enviada de Manilha, em 1697, a Thyrse Gonzales, geral dos jesuitas). 32.CE.R. Syme, Tacitus, 11, Oxford, 1958, p. 529, nota 1. Cf. também P. Per- rochat, Revue des Etudes Latines, 13 (1935), pp. 260-5; Schonfeld, De Taciti stu- diis Sallustianis, dissertacao, Leipzig, 1884, em especial pp. 52-4. O discurso de Calgaco sugeriu, a Antonio de Guevara, 0 ataque ao imperialismo pronunciado pelo “camponés do Dantibio” diante do imperador Marco Aurélio: cf. A. de Guevara, El Villano del Danubio y otros fragmentos, com um ensaio introduto- rio de A. Castro, Princeton, 1945 (“Princeton texts in literature and the history of thought’, Romance Section, n. 5), e, deste Autor, Occhiacci di legno. Nove riflessioni sulla distanza, Milao, 1998, pp. 21-5. Le Gobien pode ter visto A. d¢ Guevara, L’horloge des princes avec le trés renommé livre de Marc Aurele, Antu pia, 1592, pp. 41 ‘ulent pas, tant pis pour eux, il y a des inconvenients par P ; uma traducao ou adaptagdo, em lingua francesa, que inclui varias adigoes sobre o tema da identidade germanica. 33.CE. C. Cornelii Taciti Opera quae extant Justus Lipsius postremumt reer suit [..], Antuérpia, 1607, pp. 461-2. 34. Técito, Agricola, 3 : “Servitutis expertes [..] oculos quogue a conta dominationis inviolatos habebamus” (cito, a partir da tradugao de A. Resta BAF rile, Bolonha, 1986). O discurso de Calgaco é mencionado por S. Weil Queld¥@® ‘lesions sur les origines de U’hitlerisme [1939]: cf P. Desideri, “La romanizza!°” ne dell’impero’, em Storia di Roma, org, de A. Schiavone, Tutim, 199t!' 2 PP 577-626, em especial pp. 595-8, : 164 usm do livzo postumno de P Vlley, Montaigne devant la postrte, ep 266-7, fF de Dainville, Véducaton des jésuites (XVI-XVI see MM. Compere, Paris, 1978, pp. 178, 434; a ultima passagem ente de Dainville, La naissance de Phumanisme moder- 35. paris 19 siles) OTB: ercute um aches 1969 36. pul ‘oman au XVIT siecle, 2 vols.» Paris, 1921 eo enhode pour étudier Uhistoie, qui contient le Traité de Usage de His pr IM. Pabbé de Saint-Réal, un discours sur les Historiens Francois par M. uctions pour histoire, par le P. Rapin de la Compagnie livro preced (Ped. 1940), p. 102. = Jong, Labré de Saint-Réal: étude sur les rapports de Uhistoire oir, de Saint-Evremont, Instr de Jésus, avec un Catalogue des principaux historiens et des Remarques critiques vir la bonté des leurs ouvrages et sur le choix des meilleures Editions, org, de Lenget du Fresnoy, 1, Bruxelas, as custas da Companhia, 1714. As citag6es das obras de Saint-Réal, que se seguem, sao tiradas das suas Oeuvres meslées, Utrecht, 1693. 38, C. Borghero, num livro notavel, liquidou De Pusage de Vhistoire, de Saint-Réal, como “dissertacao ret6rica” e 0 juizo de Bayle como “um excesso de delicadeza’ (La certezza ¢ la storia. Cartesianesimo, pirronismo e conoscenza sto- rica, Mildo, 1983, pp. 297-8). 39, Cf. Saint-Réal, Oeuvres meslées, op. cit., p. 64: “[...] car toutes les idées naturelles doivent étre universelles dans tous les temps et dans tous les lieux, et ne souffrent point d’exception”. 40. Cf. ibid., pp. 64-5: “C'est ainsi que raisonnent les esprits forts, et ils ‘viomphent de raporter a ces propos tout ce qu'il y a de plus étrange dans les Moeurs et les usages du Nouveau Monde, du Perou, et de la Chine, pour faire oir que Fopinion est la seule régle des hommes, et que la nature n’en est rien: ee naissante de ces peuples demi bétes étoit comparable ala h ae Par une si longue Possession de polite eet de science, et par Mapu e tout ce qu’il y a jamais eu de civilisé sur la terre”. : E igem de Saint-Réal sobre Luis x1 faz referencia a uma pagina de Pasqui ler, Le e¢ ; ‘iter, Les recherches de la France, violentamente criticada pelo jesuita Fran ois Gay Pugin pon Ls Fokerches des recherches et aures oeuvres de Mt Estenne our : impertinen a defense de nos Roys, contre les outrages, calommies, et autres 0 ne dudit autheur, Paris, 1622, pp. 85-6. * A Distori ' » Premiers prin, “orien sous un masque emprunté, tantot remontera jusqu’aux ci i oa aie perme AU droit naturel, et fera connaitte a quelles conditions Ia a i y “phi ie, le rpg SOCHEtés d’étres heureuses [...]” (G. Bonnot de Mably, “Lhis- ™ancier le poet’, op. ct, p. 7) bien, Histoire de Pédit de Pempereur de la Chine. Carta, enviada ae i ‘ enviada pelos jesuitas, ao imperador da Chin: i BC leg mt uma op. cit. p- “La Chine 165 a conservé plus de deux mille ans la connoissance du vray Dieu, et elle seg devenué idolatre que cing ou six cents ans avant la naissance de Jésus-Chrige” 44, Censure de la sacrée faculté de Théologie de Paris Portte contre les pro. positions extraites des livres intitulés “Nouveaux Mémoires sur lEtat présent de g Chine’, “Histoire de Védit de l'empereur de la Chine * “Lettre des cérémonies de Ia Chine’, s.a.5 L. le Comte, Nouveaux mémoires sur l'Etat présent de la Chine, 1, Paris, 1697, p. 109; a passagem € citada, de forma abreviada, por Voltaire, em Essai sur les moeurs, edigao org. de R. Romeau, Paris, 1963, 1, p-220, 45, CE. L. le Comte, Nouveaux mémoires sur VEtat présent de la Chine, Paris, 1697, p. 1095 ver também a “adverténcia” ao primeiro volume, Sobre esse tema, ef. D. P, Walker, The ancient theology, Londres, 1972, pp. 194-230 (“The survival of ancient theology in seventeenth-century France and French jesuit missionaries in China”). 46. Os “paradoxos” da Sociedade de Jesus sao sublinhados, do interior, por J. W. O'Malley, The first jesuits, op. cit., pp. 21-2 (que li apés ter escrito estas paginas). 47. CEC. le Gobien, Histoire des Isles Marianes..., op. cit., p. 142, nota:“On a peine a croire que ces Insulaires ne fussent sujets aux rheumes et aux fluxions, ct quils n’eussent pas d'insectes dans leurs Isles avant V'arrivée des Espagnols, Mais il est certain que ces Barbares leur en ont fait un crime, et qu’ils le leur ont souvent reproché’. Tanto a nota de Le Gobien quanto a passagem relativa no texto foram tacitamente suprimidas, provavelmente porque consideradas irre- levantes, por G. Chinard, na citagao do discurso de Hurao incluida na sua edi- so comentada de Diderot, Supplément.... op. cit., p. 119, nota 2. 48. Servi-me de um método andlogo para analisar os mal-entendidos no interior de um texto no meu I benandanti, Turim, 1966; para outras observa- Ses sobre o tema, ver “L'inquisitore come antropologo”, em Studi in onore di Armando Saitta dei suoi allievi pisani, org. de R. Pozzi ¢ A. Prosperi, Pisa, 1989, Pp. 23-33, e também, num contexto préximo ao examinado aqui, “On the Euro- Pean (re)discovery of shamans”, em Elementa, | (1993), pp. 23-39, em especial PP. 26-7. Numa passagem precedente (Histoire des Isles Marianes.. op. cits P 47) Le Gobien escrevera: “Et sur tout la vie libre e unie quills menent sans soin, sans dépendance, sans chagrin, et sans inquiétude, leur donnent une santé qu'on n’a jamais connue en Europe, quelque soin qu'on a apporté, pour s° la Procurer” [E, sobretudo, a vida livre e em unido que eles levam, sem preocups® ea erential Sem Ppesares ¢ sem inquietude, thes di wna a aue eet eau Europa, por mais que se tenha tentado conse aie ae bien, oe des Isles Marianes... op. cits dedi ae cee oe ces hommes apostoliques, dont ta pluspar ok “ur vie pour Jésus-Christ, que j'ai écrit l'histoire 166 donne au public” [E sobre a meméria desses quais tiveram a felicidade de dara sua vida por Jesus Cris téria que dou ao publico]. Ver também: Car : pinas de la Compaiiia de Jestis, 1665-1671 — cae ae de Fili- fada da tema Felicia E. Plaza, M.M.B., Agata, Guam, tore ie dctiog. Papers, ne 14, Micronesia Area Research Center, University of Guam, He manuscrito original esta conservado no Archivo de la G Al Toledo, Leggajo 324, 65 cc., pp. 523-608; existe uma a i nea Research Center, Spanish Documents Collection, 50. Cartas annuas de la provincia de Filipinas... op. cit,, p. 56, 51. Thid., p. 13: “Persuadianse que los ratones, moscas, Mosquitos y todas sus enfermedades se las habian traido los navios que pasaban por las islas, dando la prueba desto en los catarros con que suelen quedar todos los ahos des. pués de pasados los navios; y es ast que como la codicia del hierro les hace estar voceando alrededor de las naos de dia y de noche al sol, al sereno y demas incle- mencias de la mar, es forzosa vuelvan los mas roncos y con otros males 4 sus Marianas, Micronesia Area casas” [Acreditavam que ratazanas, moscas, mosquitos e todos os seus males haviam sido trazidos pelos navios que passavam pela ilhas, argumentando que ficavam resfriados todos os anos, depois da passagem das naus; como a cobica Por metais os faz agitar-se e gritar em torno dos navios, de dia e de noite, ao sol € no sereno, sofrendo as incleméncias do mar, € forcoso que voltem roucos € com outros males para casa]. Uma outra carta (p. 6) menciona “la plaga de rato- nes y otras lagartijas y animalillos bien enfadosos” [a praga de ratos e répteis e outros pequenos animais bem desagradaveis] nas ilhas. Queixas desse tipo nio ram excepcionais. Numa carta escrita em 1640, Marie Guyart de l'Incarnation aludiu a um discurso pronunciado, numa assembléia, por uma velha mulher hurona, que acusara os jesuitas de difundir doengas por meio de encantos, ora- $0es e “grandes pedagos de madeira” (isto é: espingardas, como explicou Marie de Incarnation ao seu correspondente). Esta claro que acusagdes desse feet acompanharam, em muitos casos, 0 encontro (que, com frequéncia, sees Seqiténcias letais) entre missiondrios europeus e populagoes ee a analogia com 0 discurso de Hurao mencionado pot Le Gobien se 7 al bém pela presenca, em ambos os casos, de uma mediagao jesuitica ae S a, no caso de Marie de Incarnation, pelo padre Pierre Pijart, que the margins: “ido ao discurso da velha hurona (cf. N. Zemon Davis, Women ov CT ass.), 1995, pp. 111-2; 284 del XVII secolo, Bari, 1996, three seventeenth-century lives, Cambridge (M ) 180; tr. it. de M. Gregorio, Donne ai margini. Tre vite PP. 116, 295, nota 180). 167 52. CEA. W. Crosby Jr, The columbian exchange: biological and o exchanges of 1492, Westport (Conn.), 1972, p. 97, sobre a difusdo da ra negra do Velho Mundo (tr. it, de I. Legati, Lo scambio colombiano, ultural tazana Turim, 1999), 4. DECIFRAR UM ESPAGO EM BRANCO [PP. 100-117] 1. M, Proust, “A propos du style’ de Flaubert’, em id, Chroniques, Pars, 1927, pp. 193-211 (te it. de M, Bongiovanni Bertini, Scritti mondani letra, Tarim, 1984, pp. 538-52; as tradugdes foram um pouco modificadas, em algu. mas passagens). Percebe-se uma repercussio destas ultimas paginas em A, Cento, Il realismo documentario nell”“Education sentimentale”, Napoles, 1967, 2.M. Proust, Chroniques, op. cit., pp. 205-6 (tt. it. Scritti mondani elete. rari, op. cit., pp. 547-8). 3. M. Proust, Pastiches et mélanges, Paris, 1970, pp. 9-22. Ver também a coletanea preparada por W. Pabst e L. Schrader, L’affaire Lemoine von Marcel Proust, Kommentare und Interpretationen, Berlim, 1972, 4.A, Thibaudet, “Sur le style de Flaubert’, em Nouvelle Revue Francaise, 13 (1919), pp. 942-53, em especial p. 951 5. G, Flaubert, L’éducation sentimentale, org. de E. Maynial, Paris, 1954, Pp. 90-1 (tr it. de O. Nemi, “L’educazione sentimentale”, em G. Flaubert, I capo- lavori, Milao, 1966, p. 453) 6. P. Brooks, “Retrospective lust, or Flaubert's perversities”, em id., Read- ing for the plot, Cambridge (Mass.), 1992, pp. 171-215 (tr. it. de D. Fink, Trame: intenzionalita e progetto, Turim, 1995) 7. Aludindo ao “branco” discutido aqui, Jean Bruneau sublinhou a impor- tancia das transig6es; introducao a G. Flaubert, Correspondance, 1, Paris, 1973, PP. XXIV-XxV. 8.G. Flaubert, Madame Bovary, Paris, 1972, p. 259 (tr. it. de N. Ginzburg, Madame Bovary, Tarim, 1983, Parte Il, cap. XII, p. 241), citado por G. Genette, “Silences de Flaubert’, em id., Figures, 1, Paris, 1966, pp. 223-43 (tr. it. de F Madonia, Figure 1, Turim, 1988). 9. G. Genette, Figures, op. cit., p. 227. Um efeito andlogo é dado pela seqliéncia de passagens heterogeneas sem destaques tipograficos, como na des- Gisdo da morte de Bergotte, diante do quadro Vista de Delft “Ele repetit “Pequeno lango de muro amar o de muro amarelo’ Entretanto, caiu sob naar ane a indi ‘elo com um anteparo, pequeno lang © um canapé circular; logo deixou de pet Fetornando ao otimismo, disse: “E so ume batatas meio cruas, nao é nada!’ Um novo ataque one 0 chao e todos os visitantes ¢ guardas acorteraiy ‘morto? Quem € que sabe? Nem as experiéncias &P! a sua vida estava em perigo e, Besta por causa de. teu, } cai do canapé par va morto, Para sempre 168 nem os dogmas eligiosos nos dao qualquer prova de que a alma subsisa [J UM, Proust, A la recherche du temps perdu, , org. de P.Clarac-A. pie vost, La prisonniére,p. 187s th it de Perini, Ala ricerca del tempo eat. priioier, Milo, 19705. 182). A passagem da narativa as quests ha i € inesperada e perturbadora até porque se verifica no interior do préprio pardgrafo. 10, Pars, Bibliotheque Nationale, Now. acq fr. 17610, 68, 68,65, 7, sry: “Pais il voyagea”s “Il voyagea’. Agradego a senhora Odile de Guidis, do Instituto de Textos ¢ Manuscritos Modernos, que, gentilmente, me enviou uma fotocopia de parte do manuscrito Nowy, acq, fr. 17610. 11. P.M. Wetherill, “Le style des themes: étude sur le dernier manuscrit autographe de I’ Education sentimentale’, em Zeitschrift flr franzosische Sprache und Literatur, 81 (1971), pp. 308-51; 82 (1972), pp. 1-51. As pp. 341-2, outros exemplos de supressao de puis [depois]. 12. Paris, Bibliothéque Nationale, Nouv. acq. fr. 17610, 53v, 611, 62r: “Un murmur @horreur dans la foule. agent la regarde et le cercle s'élargit. Il se remit en marche et Fr{édéric] [...] crut reconn[aitre] Sén{écal]”; “Un murmur @horreur d’éleva de la foule. Lagent en élargit le cercle avec son regard [se remit en marche: canc.] et Frédéric [...] [crut reconnaitre: canc.] reconnut [le profil de: canc. Sénécal”; “et Frédéric, béant, reconnut Sénécal”. Maxime du Camp, a0 rever o manuscrito de L’éducation sentimentale, manifestou a sua propria insa- tisfagéo: “Béant [boquiaberto] soa bem falso, na minha opiniao; trata-se de uma referéncia fisica dando uma impressio moral — com uma palavra mais simples, espantado, estupefato, indignado etc., tu conseguirias mais efeito™ Flaubert manteve 0 “béant” ¢ inseriu, nas suas prprias anotagOes, uma lacéni- ca alusdo A teoria das imagens de Buffon; cf. P. M. Wheterill, “Le dernier stade de la composition de I’Education sentimentale, em Zeitschrift lr franzissche Sprache und Literatur, 78 (1968), pp. 229-52, p. 252. 13, Léducation sentimentale, op. cit., pp. 503-4, 525 (tr it cit Pl 14, Ibid,, pp. 44-5 (tr. it. cit. p. 398). 15. Ibid,, p. 38 (tt: it. cit, p. 393). 16, Ibid., p. 73 (tr. it. cit., p. 417). 17. Ibid. pp. 188.9 (tit. cit, p- 494). O tom hostil de Flaubert nes pas Sagem, foi destacado, entre outros, por P. Collet, “Discours ¢t vision poleane dans Education sentimentale” (em AA. Vo Analyses et lesions su ‘Bduca- tion sentimentale’, Paris, 1989, p. 59) : 18. A. Thibaudet, Gustave Flaubert Paris, 1995 pp. 247 ssi R. Pascal a dual voice. Free indirect speech and its functioning in the nineteenth-century EMTO- Pean novel, Manchester, 1977, pp. 98-1125 C. Prendergast The order of mimests p. 712,727). 169 Balzac, Stendhal, Nerval, Flaubert, Cambridge, 1986, pp. 185-6 sem aspas). Os dois tiltimos livros me foram indicados por Fr, 19. R. Pascal, The dual voice..., op. cit., p. 100, assinala alguns exemplos ¢, intrusdo da voz de Flaubert, enquanto autor, em Madame Bovary, = 20. G. Flaubert, Correspondance, org. de J. Bruneau, Il, Paris, 1980, pp. 19. 20 (8 dez. 1851). oe 21. B, Souvarine, Stalin, tr. it. de G. Bartoli, Milao, 1983, p. 655; ver tam. bém G. Bataille, Contre-attaques, org. de M. Galletti, Roma, 1995, p. 138, 22. G. Gennette, Figures, op. cit., pp. 228-30, 23, B-M. de Biasi, “Haubert’ em Encyclopaedia Universalis, Corpus 9 (1990), p. 525; id., em G, Flaubert, Carnets de travail, Paris, 1988, p. 427, Vy também, numa perspectiva mais ampla, V. Brombert, The novels of Flaubert, Princeton, 1966, ¢ La production du sens chez Flaubert, org. de C. Gothot-Mer. sch et al., Paris, 1975. 24. G. Flaubert, L’éducation sentimentale, op. cit., Pp. 560-1 (tr. it. cit, 752). 25. S. Eisenstein, “The film sense”, em id., Film form. Essays in film theory and the film sense, org. de J. Leyda, Cleveland, 1957, pp. 25 ss. (tr. it. de S. M. Ejzenstein, Forma e tecnica del film e lezioni di regia, org. de P. Gobetti, Turim, 1964, p. 244). Ver também A. Michelson, “The wings of hypothesis. On monta- ge and the theory of interval’, em Montage and modern life, 1919-1942, org. de M. Teitelbaum, Boston, 1992, pp. 63-4. 26. E. Scherer, “Un roman de M. Flaubert” (dez. 1869), em id., Etudes sur {a littérature contemporaine, tv, Paris, 1886, pp. 293-303, em especial pp. 296-7. 27.E. Scherer, “Baudelaire” (jul. 1869), em ibid., Pp. 281-91, em especial p. 269. 28. G. Flaubert, Correspondance, org. de R. Descharmes, ttl, Paris, 1924, p. (Sobre as Citagies ‘aNcO Moretti, oP. 232. 29. T. de Banville, Critiques, org. de V. Barrucand, Paris, 1917, p. 160 (cita- do por Genette, Figures, op. +» P. 241, nota 1, que corrige um erro de impren- Sas 0 artigo foi publicado em 1880, apés a morte de Flaubert). 30. E. Scherer, “Un roman de M. Flaubert’, em Etudes. Op. cits P:295: 31. O exemplar que consultei ¢ que se encontra nas Special Collections da biblioteca da uctA traz uma dedicatéria manuscrita de Du Camp ¢ provém 8 colegao de Pierre Louys. Cf. também J. Ballerini, “The invisibility of Hadjitsh- macl: Maxime du Camp's 1850 photographs of Egypt’, em The body im . org. de K. Adler e M. Pointon, Cambridge, 1993, pp. 147-60; J-M: Ca" Voyageurs et écrivains francais en Egypte, u, Caito, 1932, pp. 77-128 32. M. du Camp, Souvenirs de année 1848, Paris, 1876, p. 130+ fer na sua introducao a M, du Camp, Souvenirs littéraires, Paris: | 33.M. du Camp, Souvenirs... op. cit., pp. 40, 51, 56, 77: 85: citado por D.Os 994 P 4 170 34. Ibid., p- 2- 45. Maxime du Camp pode ter-se lembrado do precedente d sar Birotteats 1837, P- 274: “La bobine des pensées de ce pave h hier carretel dos pensamentos desse pobre homem], citado no Trésor Bh igs Frise, publicado sab a dies do de Paul Ibs, Pars, 179, no verbete“bobine , in [bobina. +36, M.du Camp, Les chants modernes, nova ed., Paris, 1860, pp. 172s, U Pp. 172.ss. Um impressionante retrato de Charles Lambert (que entao se fazia chamar de Charles Lambert-Bey) é reproduzido em JM. Carré, Voyageurs et écrivains.. opt yp. 96. CE também M. duu Camp, Souvenirs. op city pp 40863 P Bonnefon, “Maxime du Camp et les Saint-Simoniens”, em Revue d’histoire litté- raire de la France, 17 (1910), pp. 709-35; C. L. de Liefde, Le Saint-Simonisme dans la poésie francaise entre 1825 et 1865, Haarlem, 1927; P.-M. de Biasi, “Le projet flaubertien et Putopie du vouloir conclure’, em Litérature, n. 22, mato 1976, pp. 47-58. 37.G. Bapst, Essai sur l'histoire des panoramas et des dioramas, Paris, 1891, p.20;H.e A. Gernsheim, L. J. M. Daguerre. The history of the diorama and the daguerreotype, Nova York, 1968%, em especial pp. 42 5. S. Bordini, Storia del panorama, La visione totale nella pittura del XIX secolo, Roma, 1984. 38, W. Benjamin, Das Passagen-Werk, org. de R. Tiedemann, Frankfurt am Main, 1982, 1, pp. 655-65, em especial p. 657 (tr it. “Parigi capitale del xix secolo”, org. de R. Tiedemann, Turim, 1986, Panorama, pp- 679-89, em especial p.681). 39. L. J.M. Daguerre, Historique et description des pr pe et du Diorama, Paris, 1839, pp. 75 ss. (“Descrigdes dos processes de pintura por ele, aos quadros do océdés du daguerréoty- e de iluminacao inventados por Daguerre e aplicados, Diorama’). Ver também G, Bapst, Essai... op. cits p- 20. 40. M. du Camp, Les chants modernes, op. city p. 185: “A nous le ciel, la terre et Ponde, / A nous la flamme des cerveaux, / A nous la nature profonde, / Car nous sommes les dieux nouveaux! / Nous centuplons les sens de homme, 1 Bk Eden lui sera rendu: / Sans péché qu’il morde a la pomme / Qe = Varbre défendu / {...)”. f id 41, W, Schivelbusch, The railway journey. The industrialization of me dur space in the 19% century, Berkeley, 1986, p- 61 (que Mm fi indie ae cita Holdengraber; tr it. de C. Vigliero, Storia dei viags! in ferroviay Turi S B.Gastineau, La vie en chemin de fer, Pais, 1861, P- 31+ 42.G. Flaubert, L’éducation sentimentale, op. cit Pp. 43. Ibid., p. 373 (tr. it. cit., p. 710). 44, Ibid., p. 280 (tr. it. cit., p, 625). 191 (tr it. it p-545)- wy 45.M. Nadeau, na sua introdugao a Madame Bovary, Patis, 1972, em a MO Seguindy um caminho diverso. 46. M. Agulhon, “Peut-on lire en historien L’éducation sentime AA. VV., Histoire et langage dans “L’éducation sentimentale” de Flay 1981, pp. 35-41, em especial p. 41. 47. Ver 0 ensaio juvenil de B. Croce, La storia ridotta sotto il conce rale dell'arte (1895) (reeditado em id., Primi saggi, Bari, 1927), desenvo sentido céptico por H. White, Metahistory. The historical imaginatioy teenth-century Europe, Baltimore, 1973. Discuti esse tema no ensaio “ cial p. 17, chega a conclusdes semelhantes as formuladas aqui, mes ntale?”, ery bert, Paris, tto gene. vido em mn in nine. “Unus tes. tis. Lo sterminio degli Ebrei e il principio di realta’, em Quaderni Stor 80, 1992, pp. 529-48. 48. M. Bloch, Les caractéres originaux de Uhistoire rurale francaise { ii, Ns. 1931), Paris, 1955, p. xi (tr. it. de C. Ginzburg, I caratteri originali della storia rural, francese, Tarim, 1973, p. xxv). 49. M. Bloch, Les caractéres originaux..., op. cit., p. XIV (tr. it. Cit. p. xxx), 50. Cf M, Bloch, Souvenirs de guerre 1914-1915, Paris, 1969, p. 14 (tr. it. de G. De Paola, La guerra ¢ le false notizie, Roma, 1994, p. 12) citado por U Raulff, Ein Historiker um 20, Jahrhundert: Mare Bloch, Frankfurt am Main, 1995, pp. 71-25 ver p. 118 sobre a paixao de Bloch pelo cinema. 51.M. Bloch, “Critique historique et critique du témoignage”, em Annales Economies-sociétés-civilisations, 5 (1950), pp. 1-8. 52. M. Agulhon, “Maxime du Camp, témoin de la bourgeoisie de 1848”, em id., Histoire vagabonde, 1, Paris, 1988, pp. 232-9, em especial p. 235. 53.M. Bloch, Apologia della storia 0 Mestiere di storico, tr it. de G. Gouthi- er, Turim, 1998, p. 80. Ver, desse Autor, “A proposito della raccolta dei saggi sto- rici di Marc Bloch’, em Studi medievali, s. 11, vi (1965), pp. 335-53. 54. Nos paragrafos que se seguem, desenvolvo algumas observagoes feitas em “Vetoes and compatibilities’, em The art bulletin, ixxvut (1995), pp. 534-7 “Straniamento”, em Occhiacci di legno..., op. cit., pp. 15-39. Ver também EH. Gombrich, Art and illusion, Londres, 1962, pp. 154 ss. e passim (tt. it. de R. Fe derici, Arte ¢ illusione, Turim, 1965), pela idéia de que “making comes before matching”, 38) 55. M. Proust, Chroniques, op. cit., p. 193 (tr. it. Scritti.... op. cit i No ensaio De la lecture (1905; Arles, 1994, p, 55), Proust incluiu uma wo ie comea assim: “!avoue que certain emploi de 'imparfait de Vindicatif ‘plats temps cruel qui nous présente la vie comme quelque chose d’éphémee adda 2 7 dicativo ~ et passif [...]” [Confesso que certo emprego do imperfeito do im asivos 3? desse tempo cruel que apresenta a vida como algo de efémero € ra est mesmo tempo (.. ]. Agradeco a Paul Holdengraber por me ter im 172 passage € 4 Kyong Ryong Lee por me ter feito observar que ela parec vy uma carta de Ruskin a Rawdon Brown: I find the imperfect is the pent Poise of my life — quite an intense tense — but it shall not at least be eae ar tonger” [Ev acho que o imperfeito€ o grande tempo da minha ee tempo muito intenso — mas, pelo menos, ele nao sera indefinido por Pe) tempo] (cf Times Literary Supplement, 7 jan. 2000). : 5. ALEM DO EXOTISMO: PICASSO E WARBURG [PP. 118-36] 1. E. Panofsky, Il! significato delle arti visive, tr it. de R. Federici, Turim, 1962, p. 105 (ed. original Meaning in the visual arts, Garden City, Nova York, 1955, p. 106). 2. Ozenfant e Jeanneret, Apres le cubisme, Paris, 1918, p. 12. 3. Cf. Oskar Schlemmer, Opere del 1908-1942, catalogo da mostra, Ascona, 1987, ilustragdes 7 € 8. 4, Ozenfant e Jeanneret, Aprés le cubisme, op. cits p. 48. 5, Ozenfant citou Platao, “Bilebo”, Sic (que lhe fora indicado por Léonce Rosenberg) em LElan, 9 mar. 1916, p. 14 (cf. também as suas Mémoires 1886- 1962, Paris, 1968, p. 94)- Entre as ilustragdes do fasciculo sucessivo de VElan (10, Ie dez. 1916) havia um dos primeiros ‘exemplos do retorno de Picasso a arte figurativa: 0 retrato a lapis de Max Jacob (1915). 6. Sobre Khalil Bey, cf. F. Haskell, “A Turk and his pictures in nineteenth century Paris’, em id., Past and present in art and taste, New Haven-Londres, 1987, pp. 175-85. 7. A. Gide, “Promenade au Salon d’Automne’, em Gazette des Beaux-Arts, 34 (dez. 1905), pp. 475-85, especialmente p. 479, nota 1. O desenho de Ingres esté hoje em Montauban; a transcrigao que s¢ segue foi tirada (incluindo as par- ticularidades ortograficas) de G. Vigne, Dessins d’Ingres, Catalogue raisonné des dessins du musée de Montauban, Paris, 1995, p. 342, 0 1297: “[..] cette beauté qui charme et transporte il faut bien passer les détails du Corps humain, que les - 5 maitres des membres sont pour ainsi dire comme des fats de colonnes, tels les maitre maitres” 8. M. Denis,“‘Le présent et ’avenir de la peinture frangaise” (19161,6 id. Nouvelles shéores sur Part moderne, sur art sac, 1914-199!s paris, 1922.37 P. Daix, “L’historique des Demoiselles d’Avignon révisé a Paide des ants Picasso, em Les Demoiselles “Avignon, org. de Hi Seckeh pars, 1988s 2 A observacao de Maurice Denis foi retomada por Salmon &™ [ozs ef. C. Greets Cubism and its enemies, New Haven-Londres, 1987» P- 59: arte 9. M.G. Messina, Le muse doltremare. Esotisimo ¢ primitivisme ne contemporanea, Turim, 1993, p- 177. 173 10. Cf. W, Spies, Sculpture by Picasso, Nova York, 1971, p. 20, TLL Steinberg, “The philosophical Sat cm October, 44 (primavera 1988), pp- 7-74 (uma versio in ial e menos ampla remonta a 1972). Cf, tam. bem id., Other criteria, Londres, 1972, p- ve : : 1D, Sobre esse ponto, ver L. Nochlin, “The vanishing brothel’, em London 6 mar. 1997. re 7 Ee genesis of Les Demoislles d’Avignon’, em Les Demoi sells @’Avignon, org. de W. Rubin, H. Seckel ¢ J. Cousins, Nova York, 1994, pp, 15-144 (citado, de agora em diante, como Demoiselles). Cf. também M, Leja, “Le Vieux Marcheur’ and ‘les deux risques: Picasso, Prostitution, Venereal Dis- ‘ease, and Maternity, 1899-1907", em Art History, 8, mar, 1985, pp. 66-81. Uma critica justamente 4spera, desse género de textos, foi formulada por R. Krauss, “In the name of Picasso”, no seu The originality of the avant-garde and other modernist myths, Cambridge (Mass.), 1985, pp. 23-40. 14. W. Rubin, “Picasso's portrait of Max Jacob and Les Demoiselles d’Avi- non”, em In medias res. Festschrift zum siebzigsten Geburtstag von Peter Ludwig, org. de R, Jacobs et al., Colonia, 1995, pp. 117-30. 15. L. Steinberg, “The philosophical brothel’, op. cit., p. 14. 16. A. Riegl, “Das hollandische Gruppenportrat’, Viena, 1931, em Jahrbuch der kunstshistorischen Sammlungen des allerhéchsten Kaiserhauses, xxut, fase. 3 e 4 (1902), pp. 71-278. Y.-A. Bois desenvolveu a alusao de Steinberg a Riegl numa direcdo diversa, que retoma a interpretagdo das Meninas propos- ta por Foucault (“Painting’, p. 136, p. 173, nota 29). Cf. também W. Hofmann, “Reflexions sur I‘iconisation,, a propos des Demoiselles d’Avignon’”, em Revue de Art, n. 71 (1986), pp. 33 42. 17. A. Riegl, “Das hollandische Gruppenportrat’, op. cit., p. 72. 18, Les fréres Le Nain, Grand Palais 3 octobre 1978-8 janvier 1979, catalogo da mostra, Paris, 1978, introdugao de J. Thuillier, pp. 29-33. 19.L. Steinberg, “The philosophical brothel”, op. cit., p. 12. 20. Ch. Zervos, Pablo Picasso, Paris, 111, 391 (hoje no Museu Picasso). 21. Cf. A. Lhote, “Les fréres Le Nain (Galerie Gambon)”, em Nouvelle Revue Frangaise,20 (1923), p. $89, nota 1 (citado por P. Rosenberg, Tout Poeure peint des Les Nain, Paris, 1993, p. 183), coc He miroir noir. Picasso, sources photographiques 1900-1928, Paris, Muse¥ Picasso, 12 mar.-9 jun. 1997, org. de A, Baldassari, catélogo da mostra, Paris 23. Sobre Fortier, cf, P. David, Production, édition et ; 157 (jan. 1978 Senegal’ “La carte postale sénégalaise de 1900 3 1960. signification: un bilan provisoire”, em Notes Africaines vn py PP 3125 D. Prochaska, “French postcards. Views of colon 7€m African Arts, out. 1991, pp, 40-7. 74 94, A. Baldassari, em Le miroir noir. op. cit. p. 106: “Quat 1 p- 106: “Quatre femmes tiennent les yeux baissés, une autre se détourne, aucune we entre ces, a , a M? {Quatro dessas mulheres mantém os olhos abaixad anus 8 abaixados, photograph vira, nenfuma encara 0 fotografo). 95, Ver, por exemplo, N. Rosenblum, A world history of photography, Ne York, 1984, ilustragoes 414 € 421, e 0s relativos comentarios as pp. Bie ee wae de duas fotografias, ambas dativeis de aproximadamente 1870, 5: roe hne respestivamete i grupo de mulheres beduins da Sri = grupo de mendigos da Russia. A primeira pode ter sido feita por Marie Louise Cabannis Bonfils. 26. Le miroir noir... Op. cit. p. 94. 27.M. Cowling, The artist as anthropologist. The representation of type and characters in victorian art, Cambridge, 1989, ilustragao 40 (de Nott e Gliuddon, Types of mankind, Londres, 1854), citado por G. Isaac, “Louis Agassiz’s photo- rate creations”, em History of ‘photography, 21, 1, primave- em especial p. 8. Ver também, no mesmo sentido, a ima- que apareceu na capa de La Difesa della Razza, uma se graphs in Brazil. Sepa ra de 1997, pp. 3-14, gem, muitas vezes reproduzida, a revista dirigida por Telesio Interlandi. 8. M. Denti, “Due ‘demoiselles'di tradizione ellenstica. Sul ole delfarte antica nella formazione del cubismo”, em Prospettiva, n.47 (out. 1986), pp-75-87- 39, Demoiselle, op. cit, pp. 234-42. Numa carta a Gertrude Stein (1933), Kahnweiler diz ter visitado 0 estiidio de Picasso algumas semanas apés a aber- tura da sua galeria (11 de julho de 1907): mas nao podia tratar-se da primeira A life of Picasso, , Londres, 1996p. 34). Tam- alhar no quadro no inicio do que corrige, implicitamente, a vvez, como entende J. Richardson ( bém P. Daix sustenta que Picasso parou de trabs verdo de 1907; cf. “L’historique...” op. cit. P. 536. ‘te “fim do verao _- principio do outono” por ele mesmo Propost anterior mente (“Il n’y a pas d’art négre dans les Demoiselles d’ Avignon’, em Gazerte des Beaux-Arts, 76 [1970], p- 260). 30. V. D.-H. Kahnweiler — tiens, Paris, 1998, pp. 50-2. 31. P. Daix, “Il n’y a pas d’art negre..., op. cits PP» 247-69: um artigo nO qual, como declarou depois 0 proprio Daix, evocava-sé sem confessan as Pala- vras de Picasso” (Picasso créateur, Paris, 1987s P- 403, nota 17) aa 32. CL J Richardson, A life of Picasso, op. cits B25 Saino negre’, em id., Propos d’atelier, Paris, 1922, P- 120: “Picasso chasseur eee : de masques négres en 1906”, Ver também id., “Histoire aneedotique de a me’ em id, La jeune peinture fransaise, Pats, 1912 PP 418.0 EC Salmon, que, ao tempo das Demoiselles, era muito Tigadt a Picasso, 0 PO Posto em diivida. : Crémieux, Mes galéries et mes peintres. Entre- 75 33. D-H. Kahinweiler, Juan Gris, Paris, 1946, pp. 154-5: “On a appele la période 1907-1909 la Pér iode négre de Picasso. Nom regrettable, Puisqu’il sug. gere une imitation de la sculpture africaine la oit il y avait, en réalite, similitude de tendances entre a sculpture des Noirs et ce qui avait été, cher Picasso coming chez Braque, une phase d'une évolution autonome. Certes, on a collectionné la ‘sculpture négre, mais surtout aprés coup, comme toujours {, -] On crée Cabord et on se découvre ensuite des parents, des répondants” (ct. por P. Dai, “Tl n'y a pas dart negre...; op. cit., p. 256). 34, P. Daix, “historique...” op. cit. p. 496, ilustragao 9, 35. Y.-A. Bois, “Painting as trauma’, em Art in America, 76, jun. 1988, pp, 131-73, em especial pp. 137-8. Numa perspectiva inteiramente diversa, cf, p, Lomas, “A canon of deformity: Les Demoiselles d’Avignon and physical anthro- pology’, em Art history, 16 (1993), pp. 424-46: uma tentativa de contextualiza- ¢ao frustrada por uma leitura absurdamente literal do quadro. 36. Y.-A. Bois, “Painting as trauma’, op. cit., p. 140. 37. Ibid., p. 138: “The Medusa (castration) metaphor is in fact the one that, in the picture of the Demoiselles, best accounts for the suppression of alle- gory, on the one hand, and, on the other, the apotropaic brutality of the finish- ed picture” [A metéfora da Medusa (castragao) é, de fato, aquela que melhor da conta da supressio da alegoria, por um lado, e, por outro, da brutalidade apo- tropaica da pintura terminada. Bois retoma aqui uma interpretacao sugerida por John Nash num ensaio inédito. 38. Sobre o deslocamento, ver as penetrantes observagoes de L. Steinberg, Other criteria, op. cit., pp. 162, 165-6. 39. P. Daix, “Lhistorique... op. cit., pp. 490-594, em especial pp. 514 ss. 40. F. Olivier, Picasso et ses amis, Paris, 1933, p. 116: “Un vieil homme de quatre-vingt-dix ans, ancien contrebandier, voulait absolument le suivre a Paris. Vieillard farouche, d'une beauté étrange et sauvage, il avait, malgré son age, gardé ses cheveux et des dents tout usées, mais fort blanches. Méchant, acaria- {re avec tous, il ne retrouvait sa bonne humeur qu’auprés de Picasso, quia fait de lui un dessin trés ressemblant” [Um velho de noventa anos, antigo contra- bandista, ele queria a toda forca segui-lo até Paris. Um velho feroz, de beleza estranha e selvagem, ele tinha, apesar da idade, conservado os cabelos ¢ 0s det tes jd gastos mas ainda brancos, bom humor junto de Pic 41.Cf.J. Palau i Fabre, Kunstmuseum, Berna, nn. 166-172, 42. Cf. L. Belloli, “Thi Burlington Magazine, Mau, rabugento com todos, s6 recuperava 0 seu , que fez dele um desenho bem fiel] The gold of Gosol”, em Museu Picasso, Barcelona- Picasso 1905-1906, catalogo da mostra, Barcelona, 199 evolution of Picasso's Portrait of Gertrude Stein's ¢™ vol. Cx. (jan, 1999), pp. 12-8. 176 43, Sobre Galton, remeto a um ensaio meu a ser publicado, 44, Carnet ne 13, doc. 8r € 10r (cf. Les demoiselles a’ Avignon, de H. Seckel, p. 282). 45, A. Baldassari, em Le miroir noir..., op. cit., p. 107. 46. C. Zervos, Pablo Picasso: II — oeuvres de 1906 a 1912, Pais, 1942 “picasso qui, des oe époque [1906] n’admettait pas que l'on put se passer, sans niaiserie, du meilleur que nous offre Part de PAntiquité, avait renouvelé dans une vision personelle les aspirations profondes et perdurables de la sculp- ture ibérique, Dans les éléments essentiels de cet art il trouvait appui nécessai- re pour transgresser les prohibitions académiques, dépasser les mésures éta- lies, remettre toute légalité esthétique en question” [Picasso, que, desde 1906, nao admitia que se pudesse deixar de lado, sem tolice, o que de melhor nos ofe- rece a arte da Antigilidade, havia renovado, numa visio pessoal, as aspiracdes profundas e perdurdveis da escultura ibérica. Nos elementos essenciais dessa arte, ele encontrava 0 apoio necessario para transgredir as proibigGes académi- cas, ultrapassar as medidas estabelecidas, recolocar toda a legalidade estética em questa] (citado também por J. J. Sweeney, “Picasso and Iberian sculpture’, em The Art Bulletin, 23 [1941], pp. 191-8). Cf. M. L. Catoni, “Parigi 1904: Picasso Sberico’ e le Demoiselles d’Avignon’, em Bollettino d’Arte, nn. 62-63, jul.-out. 1990, pp. 117-30. 47. A. Soffici, Trenta artisti moderni italiani e stranieri, Florenga, 1950, p. 18 (é um texto de 1935). 48. Cf. Musée du Louvre. Catalogue sommaire des marbres antiques, [1896], n. 1354, Sobre restauracao, cf. S. Pressouyre, “Le ‘Moro’ de Pancienne 169, pp. 77-91, em especial P- op. cit, org. Paris collection Borghese”, em Monuments Piots, 56, 19 87. Na Morte de Séneca (hoje em Munique), Rubens partiu da esplendida copia que ele mesmo havia feito da estatua do pseudo-Séneca mas modificou os tra- 0s da sua face, tornando-os mais “nobres”: cf.G. Fubini eJ. Held, “Padre Restals m Master drawings, Us 1964 2s PP- antique, Londres, 1994 para o inglés, Nova Rubens drawings after ancient sculpture’, € 123-41; M. van der Meulen, Rubens’ copies after the pp. 34-6; M. Warnke, Peter Paul Rubens. Life and work, tt e York, 1980, pp. 34-7. Ver também B. Strandman, “The pseudo-Seneca problem em Konsthistorisk Tidskrift, xix (1950), pp- 53-93- 49. Cf., em geral, H. P. Laubscher, Fischer und Landleute, Pp. 9-100, 50, Musée Picasso. Carnets, Catalogue des dessins, Paris, 1996, p. 110: Fontdevila, Pune des pistes décisives du tableau” (A figh éstilo gosolano, de Josep Fontdevila, uma das pistas dec Moguincia, 1982, vol: org. de Brigitte Léal, s Josep I e du style gosolan, de Te aCe quase emblematica do isivas do quadro]- 7 : ess, “The wild men of Paris’, em The Architectural Be eee ian id caeecelip 0k othe eee pictur i Ge a aaa monolithic women, creatures like Alas venir racked out of sold, brutal colors, frightful, appalling Lu 1 ob ig Preacco ever finishes his paintings. The nightmares are too barbarous to last; to aaa eat auch profanities would be impossible. So we gaze at his pyramidal ssomen, his sub-African caricatures, figures with eyes askew, with contorted legsand — things unmentionably worse, and patch together whatever we poy [...]” [As imagens terriveis assomam no caos. Mulheres monstruosas, monoliti- cas riaturas como os totens do Alasca, talhadas em cores séldase bran assuntadoras,apavorantes!(.) Duvido que Picasso termine os seus quadtos 0, pesadelos sto birbaros demals para durar; levaravante tis profanagoes sr impossivel. Assim nds olhamos as suas mulheres piramidais, as suas caricaturg subatrcanas, as figuras de olhos tortos, de pernas retorcidas, e — coisas pions ainda de citar, ¢juntamos tudo do jeito que podemos (..)]. Entre as ilustraey do artigo, estavam as Demoiselles,intituladas “Study by Picasso” (p. 408) 52. W. Rubin, “The genesis.” op. cit, em Demoiselle, op. cit, p. 209. CE }. Ungersma Halpherin, Félix Fenéon, Aesthete and anarchist in fin-de-sle Paris, Nova York-Londres, 1988, p. 128. Cingiienta anos depois, Picasso comen. ‘ou: “O conselho de Fénéon nao era, no fim de contas, tio estipido: todos os bons retratos sao, num certo sentido, caricaturas” (R. Penrose, Picasso. His life and work, Nova York, 1973, p. 134). 53.CE.].E. Cirlot, Picasso: birth of a genius, n. 794 (Barcelona, Museu Picasso). 54. A. Gopnik, “High and low: caricature, trait’ em The Art Journal, 43 (1983), pp. 371-6; B. Léal, Carnets, op. cit.,1, p. 35. 55. Ver I. Lavin, “La(-e) litografia(-e) di Pi 80 ‘I(-1) tori(o)” em id., Pas- Sato € presente nella storia dellarte, tr. it. de G. Perini e A. Roca De Amicis, Tarim, 1994 (ed. orig.: Past-present, Essays in historicism in art from Donatello o Picasso, 1993), Pp. 325-405. A P. 383 (e p. 404, nota 63), Lavin fala dos estudos sobre as proporgaes do peri Record, 3 loom kan totem Nova York-Washington, 1972, primitivism, and the cubist por- caricatura, f aga0 com E. H. Gombrich), “The principles o Psychoanalytic explorations in art, Londtes, 1953s PP chinelli, Ricerche Duverte de ces st (Mas a descob, Kris, 189-203 (tr. it, de E 57. “Mais la décc QUE NOUS cherchiong” © que n6s procuréyam 40, como sempre, te psicoanalitiche sull’arte, Turin, 8) : ‘atues coincidait, dans l’époques avec ta dessas estatuas coincidia, & epost 0" nos], disse Picasso, em 1954, a M. Georges-Michel, oe * sido influenciado pela arte negra (cit. por M. L- Ca¥ 178 sparigi 1904.."5 OP: cit, p. 119). As paginas famosas de Malraux (La tét obsidienne, Paris, 1974, pp. 17-9), ainda que presumivelmente teelabovadas, sio fidedignas, NO geral. : 58. T Kuhn, La strutura delle rivoluzion scientifiche, tit de A. Caruso ‘Tavim, 1968 (ed. original The structure of scientific revolutions, Chicago, 1962). v9, A relaco entre retrats ideais e cabecas grotescas de Leonardo vai na mesma diregao: cf. E. H. Gombrich, “Le teste grottesche”, em id., L'eredita di pele tr. it. de M. L, Bassi, Tarim, 1986, pp. 80-106. 60. W. Hofmann, Caricature from Leonardo to Picasso, Nova York, 1957, confronta um estudo de cabecas de Diirer (fig. 6: A. Diirer, Study of heads, 1513, Kupferstichkabinett, Berlim) com uma litografia de Picasso de 1948 de assunto analogo (fig. 80), como exemplos de “processo criativo gradual” 61.E.S. Connelly, The sleep of reason. Primitivism in modern European art ‘and aesthetics 1725-1907, University Park, Pensilvania, 1995, p. 30. Ver também E. Battisti, L’antirinascimento, Milao, 1962, p. 179. 62. Cit. por P. Daix, “II n'y a pas dart négre... op. cit, p. 255: “Les images dahoméennes ou polynésiennes lui paraissaient ‘raisonnables”. 63. Mostra-o mui bem F. S. Connelly, The sleep of reason..., op. cit. 64, A. M. Warburg, II rituale del serpente, tr it. de G. Carchia ¢ F. Cunib- erto, posficio de U. Raulff, Milao, 1988; id., Images from the region ofthe Pueblo Indians of North America, tradugio e introdugao de M. P. Steinberg, Itaca-Lon- dres, 1995; Photographs at the frontier, Aby Warburg in America 1895-1896, org. de B. Cestelli Guidi e N. Mann, Londres, 1998. 65. M. P. Steinberg, em A. M. Warburg, Images... op. cit. p. 705 ver tam- bém J. L. Koerner, “Paleface and redskin’, em The New Republic, 24 mar. 1997, pp. 30-8. 66, Sao prova disso, além dos numerosos encontros sobre a figur de Warburg, a decisio de publicar, Finalmente, uma ampla selegdo dos seus escritos inéditos. Ver também a tradugao para o inglés, ha muito esperada, de The renewal of pagan antiquity, introdugao de K. W. Forster, tt. de D. Britt, Los Angeles, 1999, 67. Para um exemplo de pesquisa pol f.P.Leighten, “The white peril and l'art negre: Picasso, primiti colonialism’, em The Art Bulletin, 72 (1990), pp. 609-30. - 68, Brassai, Conversations avec Picasso, Paris, 1964 P- 123 (6 dee. eee Citei a passagem por inteiro em Das Schwert und die Gluhbirne: Fine neue a tre von Picassos Guernica, Frankfurt am Main, 1999. Ver também L Lavin, (¢)litografia(e)...” op. cit., p. 391 rae a obra iticamente correta sobre esses temas ivism and ant- 179 Crédito das ilustragdes 1. Cambridge, Mass., Museu Fogg 2. Propriedade de Pablo Picasso/ Artists Right Society — aks, Nova York — SPADEM 3, Paris, Museu Picasso, M.P. 535; propriedade de Pablo Picasso/ Artists Rights Society — ars, Nova York — sPADEM 4, Paris, Museu Picasso, heranca do artista n, 8925 propriedade de Pablo Picasso/Artists Rights Society — Rs, Nova York — sPaDEM 5, 9 e 28. Nova York, Museu de Arte Moderna; Propriedade de Pablo Picasso/Artists Rights Society — Ars, Nova York — sPaDEM 6. Cleveland, Museu de Arte; Propriedade de Pablo Picasso/ Artists Rights Society — ars, Nova York — sPADEM 7,8, 10,22 ¢ 33. Paris, Museu do Louvre 11. Lidge, Museu de Belas Artes; Propriedade de Pablo Picasso Society — ans, Nova York — sPADEM 12. Colegao particular; cf. Le miroir noir. Picasso, 1900-1928, org. de A. Baldassari, Paris, 1997, fig. 35 13.15, Paris, Museu Picasso, Arquivos Picasso 14. Colegao particular; cf. Le miroir noir... 0p. Site fig. Pablo Picasso/Artists Rights Society — aks, Nova York — 8?! DM 16, Aufnahme des Deutschen Archiologischen Instituss 76/441 Artists Rights sources photographiques 56; Propriedade de n Athen, Neg- 181 17. Heranga do artista n. 860; cf. Demoiselles @’Avignon, Paris 1988, vol. 2, p. 496, ilustracao 9; Propriedade de Pablo Pica, Society — ars, Nova York — sPaDEM 18. Cf. Demoiselles d’Avignon, org, de H. Seckel, Op. cit. vol, ¢40 32; Propriedade de Pablo Picasso/Artis ‘SPADEM 19, Heranga do artista n. 874v; Propriedade de Pablo Picasso/ Artists Rights Society — ars, Nova York — spapeM 20. Heranga do artista n. 877r; Propriedade de Pablo Picasso/Artists Rights Society — ars, Nova York — spADEM 21, Museu Picasso, MP 1858; heranca do artista n. 8771; Propriedade de Pablo Picasso/Artists Rights Society — ars, Nova York — spapem 23. Colesao particular, cf. Demoiselles d’Avignon, op. cit. vol. 2,p.519, ius. tragdo 32; Propriedade de Pablo Picasso/ Artists Rights Society — ars, Nova York —SPADEM 24. Cf. Demoiselles d’Avignon, org. de W. Rubin et al., Nova York, 1994, P. 111, ilustragao 216 25.Colecao de Jacqueline Picasso; heranga do artista n. 876; Propriedade de Pablo Picasso/Artists Rights Society — ars, Nova York — spapEM 26.Paris, Museu Picasso; cf. Demoisellesd’ Avignon, org. deH. Seckel,op.cit, vol. 1, p. 283; Propriedade de Pablo Picasso/Artists Rights Society — ars, Nova York — spaDEM 27. Paris, Museu Picasso; cf. Demoiselles d’ Avignon, org. de H. Seckel, op.cit., vol. 1, p. 288; Propriedade de Pablo Picasso/Artists Rights Society — ars, Nova York — spapEM 29. Museu Real da Africa Central, Tervuren, Bélgica 30. Barcelona, Museu Picasso, MAB, 110.792r; de J. E. Citlot, Picasso: birth of genius, Nova York, 1972, fig. 794; Propriedade de Pablo Picasso/Artists Rights Society — ars, Nova York — spapem Org. de H. Secke, 'SSO/Artists Rights 2,P-519,ilustra. s Rights Society — ans, Nova York 31. Paris, Museu Picasso, Arquivos Picasso; cf. Le miroir noir... op. cits P- 111, fig. 101 32, Paris, Museu Picasso, Arquivos Picasso; cf, Le miroir noir... 0p.citsP- 1s fig. 98 34. Roma, Accademia Nacional dei Lincei, Fundo Corsini, 127521 35. Cf, Demoiselles d’Avignon, org. de H. Seckel, op. cit., vol. 2, p.516, ilustra- $20 26; Propriedade de Pablo Picasso/Artists Rights Society — aks, Nova York — SPADEM 36. Nurembergue, 1528 [Indice onomiastico Acidini Luchinat, C, 1581 Acosta, Adler, Afonso de Aragito, 64 Agostinho de Hipona, santo, 30, 44-Srt Agricola, Gn., 93 Agulhon, M,, 113-4, 116, 172 Alcibiades, 47, 140 Anderson, P., 10-1 Andrews, A., 1391 Angermann, O., 1561 Annas, J.,9, 15171 Antifonte, 152n Anténio, Marco, 74 Apeles, 77 Apollinaire,G., 128 Aristofanes, 140” Aristoteles, 1, 29,40-2.4 NB 73-7, 84, 87, LIM, LSI, nol Arquimedes, 120 Artabano, Bainton, R.H Bakhtin, M..88-9 Ag 125-6 ISR, TES 17H Ballerini, }., 1700 Balzac, Hede, 101, 103, 170+ Le R, 8a “de, 109, 1708 Barr Jr,A-H. 131 Barrucand, V.,170 Barthes, R., 48,69, 1550 Bartoli, G., 17071 Basaglia, E., 154 Bassi, M. L., 1790 Bataille, G., 170" Battisti, E., 1797 Baudelaire, Ch., 109, 1707 Bayle, P., 94, 1541, 165" Beddall, B.G., 1617 Bedmar, marqués de, 88, 93 Behler, E., 147 Belloli, L., 176 Bellotto, B., 155 Beni, P.,86, 1621 Benin, S. D., 1631 Benjamin, W., 43, 111, 150n, 171 Bernal, M., 137 Bernard, R. W., 1451 Bernoulli, C.A., 141-2n, 144n Berti, E., 1510 Besomi, O., 157 Besterman, T., 161" Bey, K., 121,173 Bianca, C., 157" Biasi, P.-M. de, 108, 170-1n Binswanger, L., 135 Biondo, F, 77, 1581 Blanc, L., 106 Bloch, M., 12, 40, 77, 114-6, 149n, 158n, 172n Bock, G.,9, 162n Bohley, R., 1431, 146 Bois, ¥.-A., 129-30, 174n, 176n Bollnow, O.F., 142 Bonamente,G., 154n Bongiovanni Bertini, M., 1681 Bonifacio vin, papa, 65 Boning, T,, 141n 184 Bonnefon, P., 171" Bonola, G., 1501 Bordini,S., 1711 Borges, J. 4,148 Borghero, C., 1651 Bori, P.C.,9, 1541 Bornmann, F., 1401 Borsche,., 1471 Bouilhet, L., 110 Bowersock, G., 1371 Bracciolini, P., 69 Brindle, R., 1441 Braque, G., 128, 176n Brassai, (Gyula Halész, chamado), 136,179 Breazeale, D., 1421, 143m, 1460, 147 Brebeuf, J. de, 161n Brennecke, D., 140n Briggs, J.C., 150" Britt, D., 179 Brombert, V., 170n Brooks, P., 103, 1687 Brown, R., 1731 Browning, C., 1537 Bruneau, J., 1681, 170" Bruni, L., 69, 77, 158" Buffon, G., conde de, 1697 Burckhardt, J., 107, 140m, 141" Burgess, G., 132, 1781 Burguiere, A., 1517 Burnyeat, M. F,, 50-1, 53, 58 151% 152n, 1530 Burrows, M.S., L451. Buti de Lima, P., 1531, 158" Cabannis Bonfils, M. Ls 175" Cabet, E., L06 Cagnazzi, S., 1381 Calame, C., 1530 Calder 1, W.M., 14311 aco, 93, 164 oe 18-22, 1391, 140" Calvino, bo Camporeale, S 1541 Canfora, La 1407, 1531 Cantimori, D.,70-1, 1551, 1591, 16411 Carchia, G.. 179" Carpitella, M., 140 Carré, J.-M. 170n, 1710 Caruso, A., 1791 Cassiodoro, 30, 1451 Castro, A., 164n Catilina, L-S.,85-6, 162 Catoni, M.L.,9-10, 1771, 178n Cecilio de Calatanos, 157n Cento, A., 1681 Cesarini Martinelli, L., 1561, 157 Cestelli Guidi, B., 1791 Ceva, M., 1591 Chinard, G., 161n, 1661 Church, F.C.,71, 1551 Cicero, M. T., 24, 31, 73-8, 116, 146m, 156n, 157n Cirlot,J..,1781 Clarac, P, 169" Clark, M., 147n, 1490 Clemente x1, papa, 96 Codignola, E,, 1551 Collet, P, 1691 Colli,G., 1387, 141n Collier, H., 107 Compere, M.-M., 165 Comte, padre L..le, 90, 96, 106, 164n, 166n Confiécio, 81 Connell, W.J., 1591 Connelly, E.S.,179n Conrad, J., 37, 1490 Constantino, imperador, 40-1, 64-8, 71-3,77,79, 149n, 154n, 156n Cousin, J, 1571 Cousins, }.,174n Cowling, M., 1751 Crémieux, F, 1751 Cristo, ver Jesus Cristo Croce, B., 142, 172n Crosby Jr., A.W. 1681 Cuniberto, E1791 Cusano, N., 1541 Daguerre, L.J.M., 111, 171n Dainville, F.de, 93, 1651 Daix, P,, 130-1, 1731, 175m, 176n, 1790 Dante, ver Alighieri, D. Darwin, C.,22 Daumier, H., 129 David, P,,174n Davis,N.S.,167n De Caprio, V., 154n De Mailla, J-A.-M., padre, 90-2 De Man, P,, 32-6, 141-2n, 146-8n, 164n De Negri, E., L451 De Paola, G., 1721 de Sanctis, G., 138% Del Corno, D., 140" Deméstenes, 73, Denis, M., 122, 1731 Denti, M., 1751 Derrida, J., 35-6, L4lm 147m 1481, 150n Des Brosses, C., L611 Descharmes, R., 1701" Desideri, P, 164" Detienne, M. 150" Didgoras, 53 Diderot, D.,83, 49x, 161% toon Difiley, P. B., 162” 185 Didgenes de Seléuciay chamado “o Babilonio”, 74 so de Halicarnasso, 16, 138" Dioni Dockhorn, Ks 1461 Dodds, E., 139-40" Donini, P 152" Dorieu de Rodes, 40, 50-5 Dorion, L.A. 1407 Dostoievski, F. M.,88-9 Dover, K. J. 139" Du Bois, P, 1507 DuCamp,M. 110-2, 11 Du Halde, J. B.,89, 1631 Dulong, G., 162n, 1657 Diirer, A., 133, 1797 Diiring,I., 1527 5-6, 169-72n Eisenstein, S., 109, 170” Elliott, J.,9 Elsperger,C.5.T., 144n Erasmo de Rotterdam, 79, 159% Esquilo, 140n Euclides, 120 Eugénio1v, papa, 64 Eusébio de Cesaréia, 79, 1597 Fachinelli, E., 178 Febvre, L., 114 Federici, R., 172-31 Feingold, M.,9, 143 Fénéon, F, 132, 178n Ferrari,G.,10 Ferré, A., 169n Figh, J. 1430 Fink, D., 1681 Finley Jr. J. H., 139m TlH M.L47 56 59-60, 150n,152-3n laubert,G.,43-4, 100-1, 103-5, 107-13, 116-7, 168-72 f Fontdevila, J., 130-3, 1771 186 Forster, K. W., 179 Férster-Nietzsche, E., 142n Portier, E., 125-6, 134, 174n Foucault, M.,42, 1411, 174n Fourier, C., 106 Friedlander, S.,9 Friedrich, H., 35 Fries, T., 1470 Frilli, O., 1567 Frommel,C. L., 10 Fubini, G., 177" Fubini, R., 1540 Funkenstein, A., 1637 Furley,D.J.151n Fusco, F, 1541 Gajano, A.,9 Galilei, G., 12 Gallavotti, C., 150" Galletti, M., 170” Galton, F., 131,177n Garasse, F, 165 Garcia Icazbalceta, I., 161 Garcia, F.,98 Garin, E., 157% Garzia, F159" Gastineau, B., 171" Gates, R., 32 Gellner, E., 1497 Genette, G., 103, 108, L687, 170n Gentile, G.,70-1 Georges-Michel, M., 178” Gerber, G., 25, 28, 31, 142-3 16" Gernet, J., 159” Gernsheim, A., 1710 Gernsheim, H., 171" Gerratana, F,, 147" Giametta, S., 1371 1421 Giannantoni, G., 150” Gibbon, B.,59 Gide, Ay 121-2, 136m, 1731 Ginaburg, C172" Ginzburg, N.. 1681 etti, P1701 Goethe, W. Je 28; 135 Goldhagen, D. J. 1541 Gombrich, E. H., 1721, 178-9 Gomme, A.W. 1391 Gommel, J, 1521 Gonzales, T., 164 Gopnik, A., 1781 Gorgias, 18-9, 23, 139-407 Gothot-Mersch, C., 1701 Gouthier, G., 1491, 158”, 172n Goy,J. 151" Grafton, A., 1581 Gray, H.H., 72, 1561 Green, C.,173n Gregorio, M., 167" Grimaldi, W.M.A., 150”, 1521 Guarino de Verona, 1551 Guevara, A. de, 164n Guidis, 0. de, 169" Guilherme de Moerbeke, 76 Guthrie, W. K.C., 139-40n Guyart de Incarnation, M., 167 Hagen, K., 145-6n Hamacher, W., 147 Hankinson, J.,151n Haraway, D., 38-9, 1491 Hartog, F,, 152-3n Haskell, E, 173 Hay, D., 1590 Heidegger, M., 71, 141n, L44n, 1471, 156n Heinimann, B, 1390 Held,).,170 Hennigfeld, J,, 146 Herédoto,41,52,57,59, 151m Herter, H., 137 Hertz,N., 1470 Hipias da Flida, 54,59 Hirsch, E., 146n Hofmann, W.,174n, 1799 Holdengraber, P,.9, 171-2n Holl, K., 1451 Homero, 55,73 Hornblower, S., 137n, 139-40" Humboldt, W. yon, 31, 146 Hurao,81,83,85,89, 92-3,95-8, 161 n, 166-7 Hutten, U. von, 65,72 Imbs, P., 171n Ingres, J.-A.-D., 121-2, 127, 130, 173 Interlandi, T., 1751 Isaac, G.,175n Isdcrates, 61, 140" Jacob, M., 123, 173-4n Jacobs, R., 174n Jantz, C.P,, 1431, 1491 Jeanneret, C.-E., 119-20, 1731 Jeronimo, sao, 30, 145” Jesus Cristo, 28-31, 96, 1677 Joao de Paris, 65 Joao Evangelista, 27-9, 79, 144-5" Jones, A. H. M., 139% Jones, M., 158” Jaangel, E., M4 Justi, C., 1610 Kaan, P., 108 Kaegi, W., 91, Lod Kahnweiler, D-H. 12 Kaiser, B., 162 Kant, 1.,66, 117, 154" Kantorowicz, E. H. 154” Kaplan, Y9 127-8, 175-6" 187 Keenan, T. 147" Kempshall, M.S9 Kennedy, G. 157" Kerferd, G. B., 1397 King, M. Koch, C. 143 Koerner, J.L 179" Kofman, S., 35, 148" Kopperschmidt, 142" Korte, A., 1521 Kranz, W., 139" Krauss, R174 Kremer-Marietti, A. 1461" Kris, E., 1781 Kristeller, P,O.,69-71, 155-6n Kuhn, T., 1797 Kiinali, R.E., 1410 Kurz, O., 37, 158 LaPenna,A., 162n Lacou-Labarthe, P,, 142n, 1471 Lambert, C., 111, 1711 Lami, A., 1531 Landucci, S., 160" Lange, F.A. 14611 Laubscher, H.P., 177 Lavin, L., 178-90 LeComte, L., 90, 96, 1641, 1661 Le Corbusier, ver Jeanneret, C. Le Gobien, C., 42, 81, 83-5, 87, 89-93, 95-8, 159-60n, 162-7n Le Nain, irmaos, 124, 174n Léal, B.,177-8n Lee,K.R.,9, 173 Lefkowitz, M., 137 Legati,1.,168n Lehman, D., 147-81 Leighten, P.,179n Leitch, W.B., 148 Leja, M.,174n 188 Lenglet du Fresnoy, N., 165 Leopardi, G.,25, 142n Levick, B., 152" Levin, H., 33, 148" Lévi-Strauss, C., 35 Leyda, J. 170" Lhote, A., 1741 Liefde, C. L.de, 1711 Lincoln, B., 140”, 147 io, J. (Joost Lips), 93 Livio, T., 78, 84, 154 Lo Cascio, E., 1507 Loesberg, J. 147-811 Loewenich, W. von, 1447 Lomas, D., 176n Longhi, R., 16171 Longo, V., 1517 Loujs, P, 1701 Lowith, K., 147 Luciano de Samosata, 52, 151” Luis x1, rei da Franga, 95, 1657 Luis Napoleao, ver Napoleao tt Luschnat, O., 140n Lutero, M., 26, 28-31, 135, 144-671 Luynes, duque de, 121 Mabillon, J.,40, 76-7, 158" Mably, G. Bonnot de, 88, 95, 106, 162-31, 1651 MacLean Rogers, G., 137" Madonia, F, 168 Mahoney, E. P,, 1551 Malraux, A., 179" Mann, N., 179" Mansfeld, J., L431 Maomé ti, 159 Maquiavel, N., 162 Mare, F, 34 Marco Aurelio, imperador, 164" Mardénio, 52 Mariana, J., 1637 Marietti, A. K., 1411, 146n Martin, A. von, 140-11 Martin, P. 1631 Martini, E.,152" Marx, K 1620 Masaccio (Tommaso di ser Giovanni Cassai, chamado), 1617 Masaracchia, A., 151m Mascardi, A., 85-7, 1621 Masolino de Panicale (Tommaso di Cristoforo Fini, chamado), 161" Matisse, H., 122 Maynial, E., 1687 Mazzarino, .,58, 1517, 1537 Mehemet-Ali, 111 Mehus, L., 1587 Meijers,A., 1421, 1461 Menzel, A., 140" Messina, M. G., 1587, 1731 Meulen, M. van der, 1771 Michelangelo, 127 Michelson, A., 170n Minucci, S., 158” Moisés, 76 Momigliano,A.,5,54,57,59,60-2, 87, 139m, 152-4n, 1581, 1631 Montaigne, M. E. de, 11, 38, 91-3, 94- 6,164-5n Montfaucon, B. de,77 Montinari, M., 137-81, 142-30 Morelly, 106 Moretti, F,, 9, 37, 148-9n, 1631, 1700 Moretti, L., 151 Most, G.,147n Miller, F, 140% Mungello, D.E,, 1631 Munz, P61 Murphy, J.J., 156 Nabucodonosor, 106 Nadeau, M.,172 Nagel,'T., 149 Nagy, G.,60, 1531 Nancy, J-L., 142m Napoleao i, 107 Nash, J., 1761 Nehamas, A., 1511 Nemi, O., 1687 Nestle, W,, 138-9n Nietzsche, F, 15, 17-8, 22-9, 31-8, 40, 42,48, 68, 69, 71, 137-81, 140-4n, 146-9n Nixon, R.,32 Nochlin, L., 174n Nogara, B., 1581 Norris, C., 1481 O'Gorman, E., 161 O'Malley, J. W., 1637, 1667 Ochler, M., 143 Olbrechts-Tyteca, L., 1491, 157" Olivier, B, 121, 176 Origenes, 30, 1451 Oster, D., 170 Overbeck, F, 28-9, 140-2n, L441 Ozenfant, A., 119-20, 1737 Pabst, W., 1681 Palau i Fabre, J 176m Panofsky, E., 118, 120,173" Paolucci, A. 158 Pascal, R., 169-70" Pasquier, E., 1651 Patzer, A., 41a Paulo, sao, 30-1, 90, 1467 Pavano, G., 138" Pavel, 1620 Penrose, R., 178 Pera, M., 157” 189 Perelman, C- 1491, 1571" péricles, 22 Perini, G 178" Perosa, Aw 15611 Perrochat, P1647 Pestalozzi, K., 144" Petre, 2.139" Picasso,P.43,118, 12 Pijart,P., 167" Pilatos, Poncio, 31 Pio 1, papa, 159" Pippidi, D.M., 152n Pitagoras, 120 Plato, 18, 20-2,42, 49, 54,66, 89, 120, 138-407, 150n, 152n 1541, 1731 Plaza, FE. 167" Plebe, A. 150n, 1611 Poggioli, R., 14811 Pohlenz, M., 140” Pointon,M., 1707 Pomata,G.,9 Pozzi,G., 148 Pozzi, R., 150n, 1667 Prendergast, C., 169" Pressouyre, $., 1771 Prisciano, 78 Prochaska, D.,174n Prosperi, A., 150n, 1551, 1591, 1631, 166n Proust, M., 100-1, 103-4, 113, 117, 168-90, 172n Pugliese Carratelli, G., 152n ()-34, 136, 173-911 Quintiliano, 40, 72-3, 75-6, 78, 154m, 156-70, 159n Heit Radetti,G., 1559 Ranchetti, M., 150n Rapin, R.,85,94, 162n Raulff, U.,172n, 1790 190 Rawlings tl, H. R., 139” Reale, G., 139" Regio, R.,72 Regoliosi, M., 1541, 157-81 Rétif, A., 1591 Retz, cardeal de, 86, 162n Ricci, M.. 96 Richardson, J. 1751 Riegl, A. 124, 126, 174 Rizzo, S., 159" Rizzoni, G., 1541 Roca De Amicis, A., 1781 Rohde, E., 140-31 Romilly, J.de, 139-407, 152 Rorem, P, 1457 Rorty, R., 1377, 1420 Roscioni, G.C., 151m Rosenberg, L., 1731 Rosenberg, P., 1747 Rosenblum, N., 1751 Rosta Barrile, A., 16411 Rousseau, J. J. 22, 36, 1491, 161" Rubens, P.P,, 177" Rubin, W., 123, 131, 1741, 178” Ruskin, J., 1737 Ryan, E.E., 53, 151 Saarinen, R., 146 Saccone, E., 1481 Said, E., 37, 1490 Sainte-Beuve, C.-A., 124 Saint-Just, L.-A.-L., 106 Saint-Réal, C. de, 86,88, 93-5: 165 Saint-Simon, C. H.de R. de, 106,111 \7In Salaquarda, J., 146n Salgado, S., 1490 Salmon, A., 126, 128, 131, 133; 173% 175" 62-3m, salistio Crispo, 85-6, 93, 96, 1621 salvais La 153%" sanvitores, DL. de, 86, 98, 1591 sarlo, L. de, 156” Schanze, H., 142" scherer, E., 109-10, 170% Schiavone, A., 1641 Schiller, F.von, 93 Schivelbusch, W., 112, 1717 Schlechta, K., 1437 Schlemmer, O., 120, 1737 Schlottmann, C., 27, 1431 Schmidt, G., 145 Schmidt, H., 1441 Schmidt-Glintzer, H., 1381 Schonfeld, 164 Schopenhauer, A., 26 Schéttler, P, 1501 Schrader, L., 1681 Schwartz, E., 1401 Seckel, H., 173-4n, 17" Seneca, L.A.,27, 78, 1325177" Serafini, A., 1491, 1631 Serini, P., 1691 Settis, S., 10, 1391, 1511 Setz, W.,72, 149n, 1541, 15611 Sherry, N., 1497 Silvestre 1, papa, 64, 67-8 Smalley, B., 1451 Sécrates, 18-9, 21-3, 54, 140 Soffici, A., 132, 177 Solmsen, F, 74-5, 1511, 157 Solon, 52 Sonderegger, S., 1461 Souvarine, B., 107, 170n Spedding, ., 150% Spies, W.,174n Spitzer, A.B., 1491 Spranger, E., 147 Stalin, J, 108, 170n Ste. Croix, G. E. M. de, 55, 138-400, 152n 4 Stegemann, E, W., 1441 Stein, G., 130, 175-6n Steinberg, L., 122-4, 174n, 176n Steinberg, M. P.,179n Stern, M.,9 Stingelin, M., 141-2 Strandman, B., 177 Strauss, D., 28, 1441 Strauss, L., 13811 Struever, N., 69,71, 72, 1550 Sweeney, J.J.,1771 Syme, R, 1641 Tacito, 86,93, 96 Tanyo, N., 1497 Taubler, E., 152n Tavoni, M., 158-97 Taylor, M.C., 1421 Tedeschi, A., 10 Tedeschi, J., 10 Teitelbaum, M., 170 Thauren, J., 1631 Thibaudet, A., 101-3, 111,117, 168-9n Thody, P, 1397 Thomas, R., 1511 Thuillier,J., 124, 174n Tibério, imperador, 79 Tiedemann, R., 171" Tits-Diewaide, MJ. 151" Tocqueville, A. de, 107 ‘Todorov, T, 149” Tortelli, G., 66,73, 156" ‘Tovar, J. de, 84, 16 Lint ‘Tritantaicmes, 52 ‘Troper, Ma 137" ‘Tucidides, 15-8, 20- 138-400, 152-30 1, 37, 54-60, 76, 191 Uhde, W., 127 Ulpiano, D.,78 Ungersma Halpherin, J.,1781 Valla, L., 10, 40-1, 64-9, 71-3, 75-9, 1491, 154-9n Velasquez, D.R. da S. y, 123 Venturelli,A., 1471 Victor Hugo, 113 Vigliero,C., 171 Vigne, G.,173n Villey, P93, 1651 Virgilio Maron, 78 Vitrivio Pélion, 1451 Voltaire (F.-M. Arouet, chamado),59, 91, 164n, 166n Von Gersdorfi,C.,29, 1421 Wagner, C., 142n Wagner, G.,29 Walker, D.P,, 1667 Warburg, A. M., 10, 70, 118, 134-5, 1551, 179n Warnke,M.,177n Waters, L., 1471 Watts, D. A., 162m 192 ae Weber, M., 1381 Weil, R., 1521 Weil, S., 1641 Werchan, [., 162n Westlake, H.D., 153 Wetherill, P.M., 1691 White, H., 48, 61, 153n, 172n Wiener, P.P, 156n Wilamowitz-Méllendorff, U, yon, 27-8, 1401, 143 Williams, B., 153n Wissowa, G., 1401 Wolff, F.A., 26 Xenofanes, 57, 1531 Xenofonte, 1387, 140 Xerxes, 21, 52 Yates, F,, 1551 Yekutiel, Z.,9 Zanatta, M., 151m Zervos, C., 131, 174n, 177 Ziegler, K., 153 Zoroastro, 95 Zuparoy, I.G., 164"

Você também pode gostar