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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Santa Maria, RS
2018
Roberto Lira Araujo
Santa Maria, RS
2018
Roberto Lira Araujo
______________________________________
Gihad Mohamad, Dr (UFSM)
(Presidente/Orientador)
______________________________________
André Lübeck, Dr (UFSM)
______________________________________
Almir Barros da Silva Santos Neto, Dr (UFSM)
Santa Maria, RS
2018
RESUMO
A qualidade das construções comumente tem seu êxito atribuído aos projetistas e aos
engenheiros executores, mas seus fracassos à mão de obra. Os projetos frequentemente se
encontram tratados apenas como mera formalidade burocrática, não sendo reconhecido o seu
devido valor e uso. Outro fato, também corriqueiro, é a ocorrência de erros, sejam eles de
execução, devido à interpretação inadequada do projeto a ser executado, sejam eles ocorridos
pela não compatibilização entre projetos, o que gera erros em obra bem como tomadas de
decisão sob pressão, as quais tendem a equívocos e consequentemente à perda de qualidade no
empreendimento. Projetos devem ser claros para quem os lê e executa, possuindo, para tal, o
detalhamento necessário para que não surjam dúvidas quanto à maneira na qual o projeto foi
idealizado. O engenheiro executor deve sempre analisar e compreender o projeto a ser
realizado, buscando soluções para qualquer insegurança que por ventura venha a ter, pois o bom
senso, aliado à parte técnica, deve fazer parte das decisões no dia-a-dia da obra. A pesquisa
realizada tratou-se de um estudo de caso, tendo por objeto um projeto residencial multifamiliar,
objetivando soluções para dúvidas e questionamentos surgidos na execução do
empreendimento, e, finalmente, propondo sugestões e reflexões quanto aos modelos de projetos
realizados em alvenaria estrutural.
Keywords: Structural masonry project; Compatibility between projects; Case Study; Project
detailment.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8
1.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................... 9
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................................... 9
1.3 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 9
1.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ................................................................................. 9
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ............................................................................. 10
2 SISTEMA CONSTRUTIVO ................................................................................. 11
2.1 CONCEITO DE ALVENARIA ESTRUTURAL .................................................... 11
2.2 CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................... 11
2.3 VANTAGENS DO SISTEMA ................................................................................. 12
2.4 LIMITAÇÕES DO SISTEMA ................................................................................. 13
2.5 COMPONENTES DA ALVENARIA ..................................................................... 14
2.5.1 Unidade modular .................................................................................................... 14
2.5.2 Blocos cerâmicos ..................................................................................................... 15
2.5.3 Blocos especiais ....................................................................................................... 17
2.5.4 Argamassas ............................................................................................................. 18
2.5.5 Graute ...................................................................................................................... 20
2.5.6 Armaduras .............................................................................................................. 22
2.5.6.1 Armaduras horizontais ............................................................................................. 22
2.5.6.2 Armaduras verticais ................................................................................................. 22
2.5.6.3 Grampos ................................................................................................................... 23
3 PROJETO ............................................................................................................... 24
3.1 A IMPORTÂNCIA DO PROJETO.......................................................................... 24
3.1.1 Compatibilização de projeto .................................................................................. 25
3.2 LANÇAMENTO ESTRUTURAL NO PROJETO ARQUITETÔNICO ................. 26
3.2.1 Forma do prédio ..................................................................................................... 26
3.2.2 Paredes ..................................................................................................................... 28
3.2.3 Comprimento e altura total das paredes .............................................................. 28
3.4 COORDENAÇÃO MODULAR .............................................................................. 29
3.4.1 Importância da coordenação modular ................................................................. 29
3.4.2 Modulação horizontal ............................................................................................ 30
3.4.3 Modulação vertical ................................................................................................. 32
3.5 AMARRAÇÃO DE PAREDES ............................................................................... 34
4 DETALHAMENTO DO PROJETO EM ALVENARIA ESTRUTURAL ....... 37
4.1 PLANTA DE 1º E 2º FIADA ................................................................................... 38
4.2 ELEVAÇÃO DE PAREDE ...................................................................................... 39
4.3 INSTALAÇÕES ....................................................................................................... 40
4.3.1 Instalações elétricas ................................................................................................ 40
4.3.2 Instalações hidrossanitárias ................................................................................... 42
4.4 JUNTAS ................................................................................................................... 45
4.4.1 Juntas de dilatação ................................................................................................. 45
4.4.1.1 Pré análise a ser feita ............................................................................................... 47
4.4.1.2 Como prescindir da junta acima de 24 m ................................................................ 47
4.4.2 Junta de controle .................................................................................................... 49
4.5 LAJE DO ÚLTIMO PAVIMENTO ......................................................................... 51
4.5.1 Junta horizontal ...................................................................................................... 51
4.5.2 Proteção térmica ..................................................................................................... 53
4.6 DESEMPENHO ACÚSTICO .................................................................................. 53
4.6.1 Desempenho acústico de parede ............................................................................ 53
4.6.1.1 Ensaio de ruído......................................................................................................... 53
4.6.1.2 Diferença entre 𝐷𝑛𝑡,𝑤 e 𝑅𝑤 ..................................................................................... 54
4.6.1.3 Transmissão de ruído aéreo ..................................................................................... 54
4.6.1.4 Isolamento a ruído sono ........................................................................................... 55
5 APLICAÇÃO DAS DIRETRIZES PARA O ESTUDO DE CASO ................... 56
5.1 PLANTA MODULAÇÃO 1ª E 2ª FIADA............................................................... 56
5.2 PAGINAÇÃO DE PAREDES ................................................................................. 57
5.3 COMPATIBILIZAÇÃO ARQ X ESTR X HID X UTIL X GAS ............................ 58
5.3.1 Caso 1 ....................................................................................................................... 58
5.3.1.1 Incompatibilidade 1: Hidrossanitário x Elétrico x Estrutural ................................. 58
5.3.1.2 Incompatibilidade 2: Hidrossanitário x Estrutural .................................................. 59
5.3.2 Caso 2 ....................................................................................................................... 59
5.3.2.1 Incompatibilidade entre a espera da linha fria do sistema de ar condicionado e o
grauteamento devido a abertura de janela............................................................................... 59
5.3.3 Caso 3 ....................................................................................................................... 60
5.3.3.1 Incompatibilidade Elétrico x Estrutural ................................................................... 60
5.4 ESTUDO ACÚSTICO DAS PAREDES ENTRE UNIDADES AUTÔNOMAS .... 61
5.5 ESTUDO SOBRE JUNTAS ..................................................................................... 62
5.5.1 Em relação a juntas de dilatação .......................................................................... 62
5.5.2 Em relação a juntas de controle ............................................................................ 64
5.6 LANÇAMENTO ESTRUTURAL ALTERNATIVO .............................................. 67
5.6.1 Resistência de cálculo dos materiais ..................................................................... 69
5.6.2 Dimensionamento para M(+)................................................................................. 69
5.6.3 Dimensionamento dos Estribos ............................................................................. 70
5.6.4 Armaduras construtivas ........................................................................................ 70
5.6.5 Cálculo da flecha segundo a NBR 6118 (ABNT 2014) ........................................ 70
5.6.6 Flecha inicial ........................................................................................................... 71
5.6.7 Flecha devido a fluência do concreto .................................................................... 71
5.6.8 Flecha total .............................................................................................................. 72
5.6.9 Cálculo de abertura de fissura segundo a NBR 6118 (ABNT 2014) .................. 72
5.6.10 Cálculo de Ancoragem ........................................................................................... 73
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 74
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 76
ANEXOS ..................................................................................................................................... .
8
1 INTRODUÇÃO
Ao longo dos séculos, o ser humano tem aperfeiçoado suas tecnologias a fim de
desenvolver sistemas construtivos modernos e capazes de cumprir com objetivos aos quais
foram pensados. Nesse contexto, a alvenaria estrutural, cujo principal conceito “[...] é a
transmissão de ações através de ações de compressão.”(Ramalho e Corrêa, 2003, p. 1), começou
a ser desenvolvida no Antigo Egito com as Pirâmides de Guizé (2600 A.C), onde em sua
principal pirâmide, Queóps, foram empilhados 2,3 milhões de blocos. Outros grandes marcos
foram o Farol de Alexandria (280 A.C), construído em alvenaria de mármore branco, e o
Coliseo de Roma (meados do ano 70 D.C), constituído por pórticos formados por pilares e
arcos, essas obras todas, utilizando-se da alvenaria apenas como peças justapostas.
Com o decorrer da história, a alvenaria foi desenvolvendo-se até chegar mais próxima
ao que conhecemos hoje. Em Chicago, entre 1889 e 1891, foi construído o edifício Monadnock,
o precursor no sistema em alvenaria, sendo destaque pela sua grandiosidade para época,
possuindo 16 pavimentos e 65 m de altura, explorou os limites dimensionais para edifícios em
alvenaria, tornando-se assim uma obra audaciosa para o período.
Foi em 1933, devido a um terremoto ocorrido na Califórnia, o qual gerou a proibição,
por parte do governo americano, do uso de alvenaria simples (não armada), nas regiões sujeitas
a abalos sísmicos, que começou a surgir os primeiros conceitos teóricos sobre alvenaria armada.
Mas foi somente na década de 50, na Suíça, que surgiu (devido à escassez de concreto
e aço proporcionado pela Segunda Guerra Mundial) a alvenaria estrutural, onde o professor
Paul Haller, conduziu uma série de testes em paredes de alvenaria.
Entre 1960 e 1970, em razão de problemas de colapsos progressivos, verificados em
construções desse período, foram desenvolvidas pesquisas experimentais e aprimoramentos dos
cálculos matemáticos para cargas estáticas e dinâmicas e excepcionais (explosões e retiradas de
paredes estruturais) trazendo, assim, cada vez mais segurança e economia para o sistema
construtivo.
No Brasil, o uso da alvenaria estrutural iniciou em 1966, com o emprego do bloco de
concreto e, em 1980 foi introduzido no mercado os blocos cerâmicos, já com dimensões
modulares e furos na vertical, que proporcionam a passagem de instalações elétricas sem
quebras comumente feitas em obra.
Por isso tudo, se leva a crer que o sistema construtivo em alvenaria tende cada vez mais
a melhorar e sanar suas principais complicações decorrentes, antes dos materiais, mas agora, da
mão de obra qualificada tanto para sua execução quanto para seu projeto.
9
1.3 JUSTIFICATIVA
A pesquisa limita-se em alguns pontos para possibilitar que o assunto discorra em outros
quesitos que o autor julga mais necessário para o entendimento e assertividade do trabalho.
2 SISTEMA CONSTRUTIVO
A alvenaria, de modo geral, pode ser entendida como sendo “[...] peças justapostas
coladas em sua interface, por uma argamassa apropriada, formando um elemento vertical
coeso.” (Tauil e Nese, 2010).
Enquanto que a alvenaria estrutural, segundo Santos (1998), “É toda estrutura em
alvenaria, predominantemente laminar, dimensionada com procedimentos racionais de cálculo
para suportar cargas além do peso próprio.”
2.2 CLASSIFICAÇÃO
Campos (1993, apud ARAÚJO, 1995) apresenta uma lista de vantagens, no uso do
sistema construtivo em alvenaria estrutural, que podem proporcionar redução no prazo da obra.
São eles:
“Embora trata-se de uma operação simples, a execução das paredes estruturais exige
materiais adequados e cuidados com o projeto, qualidade da mão de obra e controle de
qualidade.”. (MEDEIROS, 1993).
Pensando na racionalização do sistema, o uso da alvenaria estrutural apoiada
diretamente sobre pilotis é foco de estudo, pois normalmente a situação pede estruturas caras
de transição. Por isso, o recomendado é descarregar a alvenaria estrutural, sempre que possível,
diretamente no terreno. (CAMPOS, 1993 apud ARAUJO, 1995).
Segundo Araújo (1995) o sistema também apresenta limitações a quem quer tirar o
máximo proveito do seu uso, como o cumprimento de diversas exigências, tais como:
modulação do projeto, minimização da variabilidade de blocos a serem usados na obra,
padronização de paredes (projetos de elevação), controle de execução e outras, cuja não
observância podem inviabilizar o projeto.
Ao se escolher pelo uso da alvenaria estrutural como estrutura do empreendimento, o
projeto arquitetônico deve estar atento a algumas limitações que acabam sendo impostas por
sua adoção. Mohamad (2015, p. 40-41) salienta as seguintes:
Mohamad (2015, p. 40) ainda alerta que “A especificação de diretrizes técnicas para a
execução dos projetos é fundamental para a obtenção da qualidade final da edificação e a
otimização dos recursos físicos, financeiros e materiais empregados em sua produção.”.
A NBR 15270-2 (ABNT 2005) define blocos cerâmicos estruturais como sendo
componentes da alvenaria estrutural que possuem furos prismáticos perpendiculares à face que
os contém, sendo produzidos para serem assentados com furos na vertical.
Os blocos cerâmicos classificam-se em: (a) bloco cerâmico estrutural de paredes
vazadas; (b) bloco cerâmico estrutural com paredes maciças; (c) bloco cerâmico estrutural com
paredes maciças e paredes internas vazadas; e (d) bloco cerâmico estrutural perfurado, como
mostra a Figura 1.
É importante salientar que todo bloco cerâmico estrutural, segundo a NBR 15270-2
(ABNT 2005), deve vir, obrigatoriamente com a identificação do fabricante, dimensões e do
lote ou número para rastreabilidade gravada em uma das faces externas do bloco.
O bloco cerâmico estrutural deve possuir a forma de um prisma reto, cuja dimensão de
fabricação deve respeitar Quadro 1 da norma já mencionada.
16
Os blocos cerâmicos devem ter resistência mínima de 3,0 MPa para serem utilizados em
paredes portantes, sendo a reprovação das medidas do bloco pela tolerância dimensional da
norma, um indicativo de má queima do mesmo, podendo assim, estar com sua resistência
também inatingida.
2.5.4 Argamassas
Sabbatini (1987-b) define argamassa como sendo um “[...] material composto, sem
forma e de características plásticas, constituído de agregado miúdo inerte e de uma pasta
aglomerada. Tem a propriedade de aderir a materiais porosos e de endurecer após certo tempo.”.
A argamassa de assentamento tem a função principal de transmitir todas as ações
verticais e horizontais atuantes de forma a solidarizar as unidades, e de acomodar as
deformações concentradas, de modo a não provocar fissuras. Possuindo ainda outras funções
como a de absorção das deformações e a compensação das irregularidades causadas pelas
variações dimensionais das unidades. (MOHAMAD, 2015).
As propriedades físicas da argamassa de assentamento no estado fresco e endurecido,
diferem-se entre si, sendo desejadas características diferentes em cada etapa. Khoo e Hendry
(1973) listam estas características no Quadro 4:
Argamassas são compostas geralmente de cimento, areia, água e cal o suficiente para
produzir uma mistura plástica de boa trabalhabilidade para o operário.
Mohamad (2015, p. 107) apresenta de forma esquemática a influência que os materiais
constituintes da argamassa têm sobre as propriedades da mesma. (Ver Quadro 5)
Propriedade Materiais
Cimento Cal Areia grossa Areia fina Água
Fluidez + + 0 0 ++
No estado Plasticidade + ++ - + 0
fresco Coesão + ++ - + 0
Retentividade + ++ - + 0
Aderência + ++ - + +
Durabilidade
No estado - ++ 0 0 0
da Aderência
endurecido
Resistência à
++ - + - -
compressão
+ : indica que aumenta; ++ : indica um aumento considerável na propriedade; - : indica que
diminui; 0 : indica que tem pouca influência
iniciais adquirida devido ao cimento. Efeitos de retração, que gerariam fissuras, são reduzidos
devido ao uso da cal.
Argamassas industrializadas: este tipo de argamassa garante, com o auxílio de aditivos
e quando bem feito o controle tecnológico, as características desejadas para a sua utilização. É
muito utilizada em obras de grande porte, onde geralmente as exigências do meio técnico
quanto a ritmo, velocidade e organização da produção, deixam a argamassa tradicional em
segundo plano, pela dificuldade de manuseio e controle das porcentagens de cada material.
2.5.5 Graute
Segundo a NBR 8798 (ABNT 1985) graute é um elemento que serve como
preenchimento dos vazios dos blocos e canaletas e tem a função de solidarizar a armadura a
estes elementos e de aumentar sua capacidade portante.
De acordo com Manzione (2004), o graute é um concreto ou argamassa com agregados
de pequena dimensão e alta plasticidade. E é utilizado para preencher vazios dos blocos em
pontos onde se deseja aumentar a resistência localizada da alvenaria aos esforços de flexão,
cisalhamento e compressão. Quando combinado com o uso de armadura em seu interior, o
graute combate também os esforços de tração que a alvenaria por si só não teria condições de
resistir. Outro ponto importante é a solidarização dos blocos promovido pelo grauteamento.
Segundo Martins (2001, apud JÚNIOR, 2012), “o graute é o resultado da mistura de
materiais aglomerantes, agregados e água, com ou sem aditivos, em proporções tais que se
obtenha uma consistência líquida sem segregação de seus constituintes. Sua finalidade é de
solidarizar as armaduras aos blocos de alvenaria, garantindo o funcionamento como estrutura
armada [...]”.
Segundo Thomaz e Helene (2000) para que o bloco e o graute atuem como estrutura
homogênea é necessário que exista boa aderência entre ambos, pois a ausência ou a fraca
aderência entre os materiais interfere negativamente na transferência de tensões no sistema
bloco-graute.
Geralmente os grautes são compostos por cimento, areia, pedrisco e água, mas, em
certos casos, pode-se adicionar cal na mistura para diminuir a sua rigidez.
Os Quadros 6 e 7 indicam as granulometrias recomendadas para as areias e pedriscos
de acordo com ASTM C 404 (2007):
21
A NBR 15812-1 (ABNT 2010) afirma que “quando especificado o graute, sua influência
na resistência da alvenaria deve ser devidamente verificada em laboratório, nas condições de
sua utilização.”.
A mesma norma ainda afirma que “ a avaliação da influência do graute na compressão
deve ser feita mediante o ensaio de compressão de prismas.”.
Kalil e Leggerini (2007) alegam que a dificuldade de executar o ensaio de resistência à
compressão, obtido pelo rompimento de corpos-de-prova prismáticos de 7,5x7,5x15 cm ou
22
9x9x18 cm, é o que leva a testar o desempenho do graute na resistência de prismas de alvenaria,
tendo seus vazios por ele preenchidos.
Segundo Ribeiro (2010), mesmo que os materiais constituintes do sistema bloco-graute
sejam de mesma resistência, eles somente apresentarão previsibilidade no ganho de resistência
do grauteamento quando forem, também, de mesmo material. Por isso, o grauteamento de
blocos cerâmicos não têm seu aumento de resistência na proporção de 1:1 em relação ao
aumento de sua área resistente. Acaba, então, que a melhor maneira de prever a resistência do
conjunto, é realizando os devidos ensaios laboratoriais, evitando assim, falhas e patologias
posteriores.
2.5.6 Armaduras
2.5.6.3 Grampos
Sempre que possível as alvenarias devem ter seus cantos amarrados em encontros de
paredes (assunto que será tratado no Capítulo 3 desse trabalho), entretanto existem casos em
que seu uso não se faz possível. Nestas situações, pode-se optar pelo uso de grampos entre
alvenarias. O seu uso é demonstrado na Figura 4.
3 PROJETO
O projeto somente alcançará o seu objetivo quando ele for claro e detalhado o suficiente
para que quem o lê e o executa consiga entende-lo e reproduzi-lo da maneira a qual foi
idealizado, sendo a premissa básica para o seu sucesso, a preocupação de se projetar para
produzir. (MACHADO, 2014)
Duarte (1999, apud JÚNIOR, 2012) destaca que “[...] a forma do prédio pode determinar
a quantidade e a distribuição de suas paredes, particularmente as paredes portantes. A
distribuição dessas e a quantidade de pavimentos exercem influência direta na robustez do
prédio, bem como na sua capacidade de resistir a esforços horizontais.”.
A Figura 5 apresenta a relação entre a altura da edificação e sua robustez.
27
Para Taiul e Nese (2010, p. 39), a geometria e a volumetria da edificação, são um fator
relevante para a determinação de paredes portantes, contraventamento ou de vedação.
3.2.2 Paredes
Quanto à função estrutural que as paredes exercem, Rauber (2005) classifica-as em:
Um edifício estruturalmente otimizado deve ter, no mínimo, 4,2% do valor da área total
construída, equivalentes em metros lineares de parede resistente ou de contraventamento
distribuídos de maneira mais homogênea possível entre as direções analisadas, afima Gallegos
(1988).
Esta recomendação prática tem como motivo assegurar certa uniformidade dos esforços
laterais nas paredes, sem sobrecarregá-las.
Na Figura 7 são apresentados parâmetros para um melhor desempenho da edificação.
29
A NBR 5706 (ABNT 1977) define que a coordenação modular “[...] é a técnica que
permite relacionar as medidas de projeto por meio de um reticulado espacial modular de
referência.”.
A medida do módulo de referência se dá de forma arbitraria a partir da escolha do bloco
a ser utilizado no projeto em alvenaria. Assim, a definição do elemento padronizado é o ponto
de partida para a modulação e, consequentemente, da racionalização da obra.
Para Rauber (2005), a coordenação modular é responsável por grande parte da
racionalização obtida na alvenaria estrutural.
Segundo Ramalho e Corrêa (2003, apud JÚNIOR, 2012, p. 60), “[...] é importante que
o comprimento e a largura sejam iguais ou múltiplos, de maneira que efetivamente se possa ter
um único módulo em planta. Se isso ocorrer, a armação das paredes será simplificada, havendo
ganhos significativos em termos de racionalização do sistema construtivo.”.
Para que seja feita a modulação, necessitamos antes escolher o módulo em que iremos
trabalhar. O módulo, aqui chamado de M, refere-se a medida do bloco mais a espessura de uma
junta, aqui chamada de J.
Sendo o comprimento real do bloco inteiro sempre 2M-J e o comprimento real de um
meio bloco M-J, e considerando-se as juntas mais comuns de 1cm, tem-se que os comprimentos
reais dos blocos serão seus comprimentos nominais diminuídos de 1cm.
Por conseguinte, um bloco inteiro da família 29 possui 2M como medida modular e 2M-
J como medida nominal, conforme esquematizado na Figura 8.
Após determinar o módulo, traça-se uma quadrícula modular no nosso projeto, a qual
servirá de auxílio para projetar de maneira compatível com os elementos construtivos.
Na Figura 10, Taiul e Nese (2010) trazem exemplos de quadrículas modulares
considerando blocos de concreto:
Mesmo que tenha sido definido um módulo (M) para o projeto, ainda assim, pode-se
incluir medidas submúltiplas da medida modular, ou seja, para um módulo de 15, consegue-se
também trabalhar com módulos de 10 ou 5, que são as medidas dos blocos compensadores
acrescidas de uma junta.
Modler (2000, apud MOHAMAD, 2015) apresenta alguns passos práticos que, de
maneira geral, podem ser seguidos para elaboração da modulação do projeto arquitetônico em
alvenaria estrutural:
Existe ainda a possibilidade da modulação de piso a piso, na qual se faz uso de blocos
canaletas, cortados no canteiro quando necessário, para que em conjunto com a espessura da
laje, atinja a dimensão necessária a modulação vertical de piso a piso conforme esquematizado
na Figura 13. Segundo Ramalho e Corrêa (2003), este procedimento é interessante quando o
fabricante de blocos não puder fornecer blocos J e não se deseja fazer a concretagem utilizando
blocos auxiliares.
34
b) Indireta: padrão de distribuição dos blocos no qual não há defasagem nas juntas
verticais e se utiliza algum tipo de armação entre juntas, necessitando ainda de alguns cuidados,
tais como:
Evitar que a parede não tombe sob a ação do vento durante a construção;
Na amarração das paredes estruturais, utilizar “ferros U”, formado por 2 grampos
de 6,3 mm a cada duas fiadas, ou utilizar telas de aço galvanizado, também, a cada duas fiadas.
A Figura 15 demonstra em planta a maneira como são distribuídas as telas e grampos
na amarração indireta.
A amarração de paredes também é feita junto à laje, através das cintas de respaldo ou
amarração. Constituídas geralmente de ferro 10 mm, acompanham o intertravamento das
paredes com seu formato em L, como esquematizado na Figura 18 por Taiul e Nese (2010).
37
Nesse capítulo, buscou-se apresentar itens a serem verificados para uma melhor
apresentação de um projeto em alvenaria estrutural, de maneira que, o responsável pela sua
execução compreenda de maneira fácil e certa o projeto.
Taiul e Nese (2010) recomendam que as seguintes informações estejam claras em um
projeto executivo em alvenaria estrutural:
Segundo Manzione (2004), a equipe responsável pela execução da alvenaria deve ter
em obra cadernos de produção, que são os desenhos de elevações de paredes e fiadas impressas
em folhas A3 ou A4, de fácil manuseio para o operário, onde nelas devem conter informações,
como:
Escala 1:50;
Identificação das paredes;
Janelas, portas, quadros de luz e outros vãos contidos nas paredes;
Os vãos devem ser identificados e cotados a partir de apenas uma das paredes
laterais;
Locação dos Shafts;
Identificação das paredes de vedação, quando existirem;
Medidas para locação das paredes (Blocos Estratégios) devem ter como origem
o canto mais próximo e progressivamente, caminhar acumulando os subtotais
em direção ao centro, tanto no sentido horizontal quanto vertical, ou em relação
aos eixos principais de referência;
Localização dos furos grauteados e indicação de armaduras quando houver;
Diagonais do pavimento em escala reduzida para conferência do esquadro;
Legenda de blocos com desenhos das peças com suas dimensões, se suas
denominações de forma que um operário possa facilmente identificá-los;
Quantitativos de todas as paredes;
Detalhes em escalas apropriadas para os encontros especiais de paredes.
4.3 INSTALAÇÕES
Os conduítes das instalações elétricas devem fazer uso dos vazados dos blocos,
verticalmente, para distribuir-se até os pontos de consumo, fazendo assim que nas paredes
sejam dispostas apenas de maneira vertical as instalações elétricas, deixando que pela laje, piso,
ou forro a instalação se distribua entre os pontos.
Todas as informações do projeto elétrico, quanto a locação de pontos e caixas de
disjuntores, devem aparecer nas pranchas de paginação de parede. Pois assim tem-se um só
projeto compatibilizado, com todas as informações reunidas. (MANZIONE, 2004).
Caixas de tomadas e interruptores podem ser previamente fixados nos blocos, que, por
sua vez, serão assentados em posições predeterminadas, conforme as ilustrações da Figura 19.
42
Soluções para o sistema de instalações hidráulicas são mais difíceis devido a não
recomendação do embutimento de instalações pressurizadas nas paredes, por não oferecer fácil
acesso a manutenção. Por isso, a passagem das tubulações por shafts ou forros, torna-se
necessária muitas vezes.
43
Para prumadas de tubos de queda ou recalque são necessários o uso de shafts, que são
pontos estratégicos que o projeto arquitetônico deve levar em conta, para que a
compatibilização visual não seja negativamente afetada.
Algumas recomendações gerais podem ser seguidas para facilitar a solução entre
projetos, Manzione (2004) destaca:
4.4 JUNTAS
As juntas de dilatação são abordadas pela ABNT na NBR 15812-1:2010 e NBR 15961-
1:2011 e, segundo elas, a junta de dilatação deve ser prevista a cada 24 m da edificação em
planta, podendo este valor ser alterado caso haja um estudo específico e preciso sobre os efeitos
da variação de temperatura e expansão da estrutura em questão.
Para Laranjeiras (2017), a falta de conhecimento das causas que geram o uso da junta
bem como a capacidade de avaliar adequadamente os esforços gerados pelas deformações
impostas a estrutura, acarreta que os projetistas, em sua maioria, optam pelo uso dela sem antes
fazer uma análise da viabilidade de retirá-la, tornando-se, assim, prática comum em projetos
realizados neste sistema.
Mohamad (2015, p. 133) define junta de dilatação como sendo “[...] um espaço deixado
entre duas paredes estruturais, a fim de permitir com que aconteçam todas as movimentações
sem concentrar tensões entre os elementos estruturais”.
Segundo Laranjeiras (2017) a função das juntas é a de evitar que as restrições quanto às
variações de comprimento provenientes da retração e variação de temperatura gerem efeitos,
incluindo esforços, que não possam ser desprezados na concepção e análise da estrutura.
A deformação causada pela variação de temperatura pode ser calculada pela Equação 1.
∆𝐿
𝜀𝑇 = = 𝛼 𝑇 ∗ ∆𝑇1 (1)
𝐿
Quanto a sua execução, Mohamad (2013) recomenda o seu preenchimento com material
deformante, como o isopor, e suas extremidades vedadas com um material impermeável e
elástico, como os selantes de poliuretano.
A norma brasileira NBR 6118 (ABNT 2014) não regulamenta explicitamente como
definir quando uma edificação deve, ou não, ter juntas. Pensando nisso, Laranjeiras (2017) traz
maneiras de verificações, tais como:
Analisar a estrutura sob os efeitos das variações de temperatura e retração;
Verificar melhor disposição dos pilares paredes e núcleos de rigidez, de forma a
favorecer o desempenho da estrutura, evitando-se assim, juntas;
Compor situações em que é possível eliminar ou reduzir, estrategicamente, as
restrições às deformações impostas, como por exemplo, reduzir a rigidez de
pilares extremos em estruturas aporticadas, através do aumento do seu
comprimento efetivo ou criando-se articulações em suas ligações com os pisos;
Estudar a substituição de núcleos de rigidez secundários por pilares paredes
dispostos de forma a restringir menos as deformações longitudinais impostas;
Verificar o solo em que serão postas as fundações da estrutura, pois não podem
ser desprezadas as restrições impostas por ele;
Analisar a rigidez de pisos e pilares frente às variações de temperatura.
Lembrando que lajes e pilares mais espessos oferecem maior rigidez às
deformações;
Estudar a viabilidade do uso de concreto de maior resistência, afetando assim,
as dimensões das peças e consequentemente resultando em elementos mais
flexíveis e de menor rigidez.
Segundo Parsekian (2012) existe a possibilidade do projetista optar por não fazer a junta
de dilatação para medidas superiores a 24 m, porém, nesse caso, é necessário tomar os cuidados
a seguir e avaliar criteriosamente a forma da planta do prédio:
48
Quanto a retração:
a) Tomar cuidados quanto a laje, reduzindo a retração do concreto através de
escolhas como:
b) Cuidados quanto aos blocos, tomando atenção para a sua retração (parede).
Portanto deve-se:
Assim como a junta de dilatação, a junta de controle deve ser preenchida com material
compressível resiliente, como um isopor plástico ou borracha, e ser vedada por um material
impermeabilizante, para impedir entrada de água no seu estado líquido e vapor. (MOHAMAD,
2015).
Para reduzir as desigualdades entre as ações térmicas atuantes na laje e paredes, Sampaio
(2010) menciona alguns cuidados, como:
A norma de desempenho NBR 15575 (ABNT 2013), vem tomando espaço no dia-a-dia
do engenheiro civil, por isso, faz-se necessário o seu conhecimento para evitar transtornos
judiciais e para evoluir o setor, uma vez que um imóvel entregue nos padrões de desempenho
de norma traz credibilidade ao construtor.
O índice (𝐷𝑛𝑇,𝑤 ) representa o isolamento aos ruídos aéreos medidos no campo (obra),
enquanto que o 𝑅𝑤 , representa o isolamento aos ruídos aéreos, do mesmo sistema, medido em
laboratório. Geralmente, apresentam valores diferentes decorrentes das condições estruturais e
executivas. (PIERRARD e AKKERMAN, 2013).
A transmissão de ruído aéreo entre duas unidades habitacionais separadas por uma
parede ocorre através da própria parede (transmissão direta) e dos elementos laterais, como
paredes, fachadas ou pisos (transmissão indireta). Essas transmissões dependem das
propriedades das soluções construtivas, uniões entre elas e da geometria dos recintos. Devido a
isso, o desempenho de isolamento ao ruído aéreo entre dois ambientes separados por um sistema
de vedação vertical interna (parede) de um edifício (𝐷𝑛𝑇,𝑤 ) é, geralmente, inferior ao
desempenho dessa mesma parede medido em laboratório (𝑅𝑤 ). (PIERRARD e AKKERMAN,
2013).
“Relativamente ao som aéreo, a isolação sonora das paredes maciças é regida pela Lei
das Massas. Quanto mais pesada uma parede, maior será sua isolação acústica [...]”. (CBIC,
2013).
55
No Quadro 9 está representada a tabela F12 da NBR 15575-4 (ABNT 2013) que define
os índices de redução sonora ponderado (𝑅𝑤 ) de componentes construtivos utilizados nas
vedações entre ambientes:
Unidade modular;
𝑓𝑏𝑘 , 𝑓𝑝𝑘 , 𝑓𝑔𝑘 , 𝑓𝑎 ;
Legenda;
Detalhes de amarrações;
Identificação das paredes;
Pontos de graute;
Diferenciação por hachuras ou cores entre alvenaria estrutural e de vedação;
Diferenciação entre tipos de blocos;
Aberturas e suas dimensões;
Posicionamento da escada;
Dimensões internas do ambiente sem acabamento;
Disposição da argamassa no bloco;
Detalhe em planta de amarração das canaletas;
Detalhamento encontro de laje;
57
O modelo proposto para paginação de parede, foi utilizado nas soluções das
incompatibilidades descritas na seção a seguir.
58
5.3.1 Caso 1:
A escolha do local do graute por parte do projetista estrutural conflitou com os projetos
hidrossanitário e projeto elétrico (ver Figura 26), pois foi locado onde seria a futura pia da
cozinha, que teria consigo também, as instalações de água e esgoto e ponto elétrico para torneira
e equipamentos. Portanto, o simples fato de rever a escolha da localização do graute, viabilizaria
os demais projetos.
Fonte: Autor
59
5.3.2 Caso 2:
Nota-se, que o projeto arquitetônico não foi pensado em sua totalidade para o sistema
em alvenaria estrutural, pois, sabendo-se que aberturas geralmente são grauteadas nos seus
contornos, o projetista devia ou realocar o ar condicionado de posição, ou diminuir o tamanho
da abertura de janela, o que iria possibilitar a passagem da espera da linha fria, sem o
estrangulamento do graute. (Ver Figura 27).
Fonte: Autor
60
5.3.3 Caso 3:
Fonte: Autor
Separou-se, em planta (ver Figura 29), as paredes de acordo com cada caso dado na
tabela F.12 da NBR 15575 (ABNT 2013) ilustrado nesse trabalho no Quadro 9, e fez-se uma
análise de todos os ensaios publicados pela Pauluzzi (2018) que se encaixam nas diversas
situações do projeto de caso, para a escolha da melhor tipologia.
Fonte: Autor
Soluções recomendadas:
CASO 1: 𝐵𝑙𝑜𝑐𝑜 14𝑥19𝑥29 − 𝑓𝑏𝑘 : 7𝑀𝑃𝑎 − 𝑓𝑎 : 4𝑀𝑃𝑎 − 𝑅𝑤 = 45𝑑𝐵
3cm de reboco de cada lado
CASO 2: 𝐵𝑙𝑜𝑐𝑜 14𝑥19𝑥29 − 𝑓𝑏𝑘 : 7𝑀𝑃𝑎 − 𝑓𝑎 : 4𝑀𝑃𝑎 − 𝑅𝑤 = 53𝑑𝐵
1,5cm de reboco de cada lado, preenchido interior dos blocos com areia.
CASO 3: 𝐵𝑙𝑜𝑐𝑜 14𝑥19𝑥29 − 𝑓𝑏𝑘 : 7𝑀𝑃𝑎 − 𝑓𝑎 : 4𝑀𝑃𝑎 − 𝑅𝑤 = 45𝑑𝐵
3cm de reboco de cada lado
CASO 4: 𝐵𝑙𝑜𝑐𝑜 14𝑥19𝑥29 − 𝑓𝑏𝑘 : 7𝑀𝑃𝑎 − 𝑓𝑎 : 4𝑀𝑃𝑎 − 𝑅𝑤 = 41𝑑𝐵
2.5cm de reboco externo e 1,0cm de reboco interno
O estudo da junta se faz necessário uma vez que a possibilidade de sua inexistência traz
melhorias em diversos aspectos a durabilidade e qualidade da edificação.
Nos itens 5.5.1 e 5.5.2 buscou-se justificar e compreender as decisões tomadas pelo
projetista quanto ao assunto. Na Figura 30 está ilustrada a projeção do pavimento tipo do projeto
em estudo, com suas medidas a partir da alvenaria sem revestimento.
Fonte: Autor
63
Fonte: Autor
Pode-se ter como motivadores dessa escolha o fato de que as juntas representam locais
sensíveis a danos e a deterioração e, apresentam dificuldades executivas, além de serem
inconvenientes à estética, tanto internamente como nas fachadas, interrompem a continuidade
horizontal da estrutura, prejudicando a sustentação das forças horizontais, e são também,
economicamente desfavoráveis. (LARANJEIRAS, 2017).
Essa escolha exige do projetista calculista uma vez que, por consequência das aberturas
de fissuras as quais alteram a rigidez de cálculo dos elementos estruturais, trata-se de uma
análise não linear.
64
Imagina-se que, para que a omissão da junta de dilatação fosse possível, tenham sido
inseridos no projeto diversos pontos de graute, dispostos em 6 regiões (como mostrado na
Figura 32), onde a finalidade principal é aumentar a rigidez da edificação e resistir aos esforços
de tração provenientes das diferenças de rigidez dos panos de laje. Outra medida foi, a
dissolidarização da laje de cobertura através de juntas horizontais.
O projetista ainda destaca em projeto que, deve-se tomar medidas preventivas para que
a variação de temperatura na laje de cobertura não ultrapasse 5°C, afim de evitar a fissuração
por dilatação térmica.
Fonte: Autor
Foram escolhidas para análise as paredes PAR112 (Figura 33, 34) e PAR102 (Figura
35, 36), sendo a primeira interna, resguardada de intemperismo, e a segunda, uma parede
externa, mais exposta a variações climáticas.
65
Fonte: Autor
A parede 112 possui um comprimento total de 7,89 m e duas amarrações, sendo as duas
em T com distância entre elas de 7,61 m. Os encontros entre paredes encontram-se armados,
grauteados e com um pé-direiro de 2,80 m. O comprimento máximo de espaçamento entre
juntas verticais de controle da NBR 15812-1 (ABNT 2010) é de 12 m para paredes internas sem
aberturas. Como a parede possui 7,89 m, não é necessário segmentar o painel de alvenaria
através do grauteamento. Porém no projeto, dois pontos de graute foram alocados no meio do
66
Fonte: Autor
A parede 102 possui um comprimento total de 9,14 m e quatro amarrações, sendo duas
em L e duas em T. Nesse caso específico, a distância entre a primeira amarração em L e a T é
de 2,47 m, da última amarração em L e a T é de 4,13 m, e a distância entre as duas amarrações
em T é 2,55 m, medidos de eixo a eixo de parede. Os encontros entre paredes encontram-se
armados, grauteados e com um pé-direiro de 2,80 m. O comprimento máximo de espaçamento
entre juntas verticais de controle da NBR 15812-1 (ABNT 2010) é de 10 m, porém o limite de
67
comprimento da parede é reduzido em 15% por possuir aberturas, sendo seu valor final de 8,5
m. Como a parede possui 9,14 m, é necessário segmentar o painel de alvenaria através do
grauteamento. No projeto, além dos pontos de graute das amarrações, os quais já fariam com
que cada painel entrasse no limite da norma, o projetista também optou pelo grauteamento dos
contornos de aberturas, favorecendo assim a melhor homogeneização de tensões, que
juntamente com as vergas e contravergas, evitam o surgimento de fissuras ao redor de aberturas
de janelas.
Todos valores encontram-se dentro do parâmetro estabelecido pela NBR 15812-1
(ABNT 2010), conforme Quadro 8 já exposto nesse trabalho.
Treliças planas nas juntas de assentamento a cada 2 fiadas ou grauteamento em torno de
aberturas, são medidas tomadas para se combater a dilatação/retração térmica. Ambas soluções,
assim como a do projeto em questão, devem vir acompanhadas de vergas e contravergas.
É válido destacar que, grauteamentos verticais em torno das aberturas, onde a área é
menor e consequentemente onde surgem as fissuras, também servem como enrijecedores, que
assim como o graute das amarrações, ancoram as paredes, o que acaba segmentando os painéis
de alvenaria. Outro fator importante, é a colaboração do grauteamento para homogeneização
das cargas.
É importante lembrar que, a critério de qualidade da junta, recomenda-se de 3 em 3 anos
fazer a manutenção da vedação das mesmas.
Para este trabalho, será refeita a escolha das tipologias de parede do pavimento tipo do
projeto em estudo, onde, para os apartamentos final 01, 02, 05, 06, a alvenaria entre o banheiro
e cozinha passará a ter função apenas de vedação, devido possibilidade de instalações cruzarem
pela viga de cintamento.
Também será lançada e calculada nesse estudo, uma viga plana separando o ambiente
de estar e cozinha, acabando com uma provável patologia gerada pela diferença de rigidez na
laje L que pertencia ao projeto original, patologia esta, que refletiria na regularização de piso e
no piso cerâmico caso o morador opta-se pelo seu uso, visto que, o piso entregue pela
construtora nessas áreas foi o piso flutuante laminado, o qual não reflete as fissuras da laje por
ser flutuante.
A parede entre unidades continuará portante, pois o isolamento acústico por norma
exige, pela “lei das massas”, uma maior dimensão de bloco. Continuará também com função
68
Fonte: Autor
14
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑑𝑎 𝑣𝑖𝑔𝑎: 3,01 𝑚 (𝑓𝑎𝑐𝑒 à 𝑓𝑎𝑐𝑒) + 2 ∗ (𝑚𝑒𝑡𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜𝑠 𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜𝑠)
2
= 3,15 𝑚
2500𝑘𝑔𝑓
𝑃𝑃𝑙𝑎𝑗𝑒 = 0,10𝑚 ∗ = 250 𝑘𝑔𝑓/𝑚²
𝑚3
2100𝑘𝑔𝑓
𝑃𝑃𝑟𝑒𝑔.𝑝𝑖𝑠𝑜 = 0,05𝑚 ∗ = 105 𝑘𝑔𝑓/𝑚²
𝑚3
𝑃𝑃𝑝𝑖𝑠𝑜𝑐𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑜 = 20 𝑘𝑔𝑓/𝑚²
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 (𝑞) = 150𝑘𝑔/𝑚2 (𝑆𝑎𝑙𝑎 𝑑𝑒 𝐸𝑠𝑡𝑎𝑟 − 𝑁𝐵𝑅 6120 (𝐴𝐵𝑁𝑇1980))
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 525 𝑘𝑔𝑓/𝑚²
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑙𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 (𝐶ℎ𝑎𝑟𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 𝑃𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎𝑠)
(7,31𝑚2 ∗ 525𝑘𝑔𝑓/𝑚²)/3,15𝑚 = 1218,33 𝑘𝑔𝑓/𝑚 ≅ 1218 𝑘𝑔𝑓/𝑚
𝑓𝑐𝑘 25
𝑓𝑐𝑑 = = = 17,9𝑀𝑃𝑎 ; 𝜎𝑐𝑑 = 0,85 ∗ 𝑓𝑐𝑑 = 0,85 ∗ 17,9 = 15,2𝑀𝑃𝑎 = 1,52 𝑘𝑁/𝑐𝑚2
1,4 1,4
𝑓𝑦𝑘 50
𝑓𝑦𝑑 = = = 43,48𝑘𝑁/𝑐𝑚2 (𝐴Ç𝑂 𝐶𝐴 − 50)
1,15 1,15
𝑑′ = 3,0 (𝐶𝐴𝐴𝐼𝐼) + 0,5 (𝐴𝑠𝑤 ) + 0,5 (∅/2) = 4,0 𝑐𝑚
1 − √1 − 2𝜇 1 − √1 − 2 ∗ 0,11
𝜀= = = 0,146
𝜆 0,8
𝜎𝑐𝑑 1,52
𝐴𝑠 = 𝜆 ∗ 𝜀 ∗ 𝑏 ∗ 𝑑 ∗ = 0,8 ∗ 0,146 ∗ 60 ∗ 16 ∗ = 3,92 𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑑 43,48
0,15
𝐴𝑠 > 𝐴𝑠𝑚í𝑛 = 𝜌𝑚𝑖𝑛 ∗ 𝑏 ∗ ℎ = ∗ 60 ∗ 20 = 1,80𝑐𝑚2 ∴ 𝐴𝑠 = 3,92𝑐𝑚2 → 5 ∅ 10
100
60 − 2 ∗ 3 − 2 ∗ 0,5 − 5 ∗ 1
𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑎ℎ ): = 12 𝑐𝑚
4
70
20 𝑚𝑚
12𝑐𝑚 > 2,28 ≥ { ∅ = 10 𝑚𝑚
1,2 ∗ 19𝑚𝑚 = 22,8 𝑚𝑚
𝑞 ∗ 𝑙 15,18 ∗ 3,15
𝑉𝑘 = = = 23,91 𝑘𝑁
2 2
𝑉𝑑 = 1,4𝑉𝑘 = 1,4 ∗ 23,91 = 33,47 𝑘𝑁
𝑉𝑑 33,47
𝜏𝑤𝑑 = = = 0,035𝑘𝑁/𝑐𝑚2 → 𝜏𝑤𝑑 = 0,35 𝑀𝑃𝑎
𝑏𝑤 ∗ 𝑑 60 ∗ 16
𝑓𝑐𝑘 25
𝜏𝑤𝑢 = 0,27 ∗ (1 − ) ∗ 𝑓𝑐𝑑 = 0,27 ∗ (1 − ) ∗ 17,9 = 4,35 𝑀𝑃𝑎
250 250
𝐶𝑜𝑚𝑜 𝜏𝑤𝑢 > 𝜏𝑤𝑑 → 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎 𝑜 𝑒𝑠𝑚𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑁ã𝑜 𝑒 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜 𝑚𝑜𝑑𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑟 𝑎𝑠 𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠õ𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜
𝜏𝑐 = 0,09 ∗ (𝑓𝑐𝑘 )2/3 = 0,09 ∗ (25)2/3 = 0,77 𝑀𝑃𝑎
𝜏𝑑 = 1,11 ∗ (𝜏𝑤𝑑 − 𝜏𝑐 ) = 1,11 ∗ (0,35 − 0,77) = −0,466 ∴ 𝑜 𝑝𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒
0,10
𝐴𝑠𝑚í𝑛 = 𝜌𝑤,𝑚í𝑛 ∗ 100 ∗ 𝑏𝑤 = ∗ 100 ∗ 60 = 6,0 𝑐𝑚2
100
𝐶𝑜𝑚𝑜 𝜏𝑤𝑑 = 0,35 ≤ 0,67 ∗ 𝜏𝑤𝑢 = 2,91 → 𝑆𝑚á𝑥 = 0,6 ∗ 𝑑 = 0,6 ∗ 16 = 9,6 𝑐𝑚 ≅ 9 𝑐𝑚
Logo, pode-se adotar ∅6,3 𝑐/ 9 𝑐𝑚
𝑏 ∗ ℎ3 60 ∗ 203
𝐼𝑐 = = = 40000 𝑐𝑚4
12 12
𝐸𝑐𝑠 = 0,85 ∗ 5600 ∗ √𝑓𝑐𝑘 = 0,85 ∗ 5600 ∗ √25 = 23800 𝑀𝑃𝑎
𝐸𝑠 200000𝑀𝑃𝑎
𝑛= = ≅ 8,4
𝐸𝑐𝑠 23800𝑀𝑃𝑎
𝐴𝑠 5 ∗ 0,785
𝜌= = = 0,0041
𝑏∗𝑑 60 ∗ 16
𝑛 ∗ 𝜌 = 8,4 ∗ 0,0041 = 0,034
71
𝜌′ 4 ∗ 0,632
𝜆= = ≅ 0,32
𝜌 5 ∗ 1,02
𝑑′ 4
𝛿= = = 0,25
𝑑 16
𝜀 = −𝑛 ∗ (𝜌 + 𝜌′ ) + √𝑛2 ∗ (𝜌 + 𝜌′ )2 + 2 ∗ 𝑛 ∗ (𝜌 + 𝛿 ∗ 𝑝′ )
𝜀 = −8,4 ∗ (0,0041 + 0,0013)
5 𝑝𝑘 ∗ 𝑙 4 5 15,18 ∗ 3,154
𝑊(𝑡𝑜 ) = ∗ = ∗ ≅ 0,37 𝑐𝑚
384 𝐸𝑐𝑠 ∗ 𝐼𝑒𝑞 384 23800 ∗ 22011,41
𝑓(𝑡) − (𝑓𝑡0 )
∆𝑊 = [ ] ∗ 𝑊(𝑡0 )
1 + 50𝜌′
𝑓(𝑡0 ) = 0,68 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡0 = 1𝑚ê𝑠
{
𝑓(𝑡) = 2 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 = 70𝑚ê𝑠𝑒𝑠 𝑜𝑢 5 𝑎𝑛𝑜𝑠
72
2 − 0,68
∆𝑊 = [ ] ∗ 0,37 ≅ 0,46 𝑐𝑚
1 + 50 ∗ 0,0013
A NBR 15812-1 (ABNT 2010) estabelece como deslocamento limite, pós fissuração e
fluência, o menor valor entre L/300 e 10 mm.
𝐿 315
Como, = = 1,05 𝑐𝑚 > 1,0 𝑐𝑚, o limite para flecha da viga aqui calculada é
300 300
1,0 cm. Portanto o elemento encontra-se dentro do critério estabelecido pela norma.
𝐶𝐴𝐴: 𝐼𝐼
(𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑎𝑏𝑒𝑟𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐶𝐴𝐴 − 𝐼𝐼: 0,3 𝑚𝑚)
𝐴𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 𝑛𝑎 𝑟𝑒𝑔𝑖ã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑎: 5 ∅ 10
𝐴𝑠 = 5 ∗ 0,785 = 3,925 𝑐𝑚²
𝐸𝑠 = 20000 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
3 3
𝑓𝑐𝑡 = 0,3 ∗ √𝑓𝑐𝑘 2 = 0,3 ∗ √252 = 0,256 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑏 = 60 𝑐𝑚
𝑑 ′ = 4 𝑐𝑚
𝑀𝑑,𝑓𝑟𝑒𝑞 = 𝑀𝑔𝑘 + 𝜑1 ∗ 𝑀𝑞𝑘 = 10,80 + 0,4 ∗ 4,32 = 12,53 𝑘𝑁𝑚
𝑀𝑑,𝑓𝑟𝑒𝑞 𝑀𝑑,𝑓𝑟𝑒𝑞 1253
𝜎𝑠 = = = = 24,94 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑧 ∗ 𝐴𝑠 0,8 ∗ 𝑑 ∗ 𝐴𝑠 0,8 ∗ 16 ∗ 3,925
𝐴𝑐𝑒 = 𝑏 ∗ (𝑑′ + 7,5 ∗ ∅) = 60 ∗ (4 + 7,5 ∗ 1,0) = 690 𝑐𝑚²
𝐴𝑠 3,925
𝜌𝑠𝑒 = = = 0,00569 ≅ 0,57%
𝐴𝑐𝑒 690
𝜂1 = 2,25 (𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 𝑛𝑒𝑟𝑣𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠)
𝜙 𝜎𝑠 3 ∗ 𝜎𝑠
∗ ∗
12,5 ∗ 𝜂1 𝐸𝑠 𝑓𝑐𝑡
𝑤𝑘 ≤
𝜙 𝜎𝑠 4
∗ ∗( + 45)
{12,5 ∗ 𝜂1 𝐸𝑠 𝜌𝑠𝑒
73
Como a NBR 6118 (ABNT 2014) estabelece que a abertura de fissuras é dado pelo
menor valor entre 𝑤1 𝑒 𝑤2 , a viga está dentro dos critérios de norma, uma vez que 𝑤𝑘 =
0,13 𝑚𝑚 < 0,3 𝑚𝑚.
𝑅𝑠𝑑 33,47𝑘𝑁
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙 = = ≅ 0,77 𝑐𝑚2
𝑓𝑦𝑑 43,48𝑘𝑁
𝑐𝑚2
𝜋 ∗ 12
𝐴𝑠𝑒 = 5 ∗ ≅ 3,93 𝑐𝑚²
4
𝑙𝑏,𝑑𝑖𝑠𝑝 = 14 (𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜) − 3 (𝑐𝑜𝑏𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜) = 11 𝑐𝑚
𝐴𝑛𝑐𝑜𝑟𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑅𝑒𝑡𝑎:
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙 0,77
𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 = 𝑙𝑏 ∗ = 54 ∗ = 10,58 𝑐𝑚
𝐴𝑠𝑒 3,93
0,3 ∗ 𝑙𝑏 = 0,3 ∗ 54 = 16,2 𝑐𝑚
𝑙𝑏,𝑚𝑖𝑛 = { 10∅ = 10 ∗ 1 = 10 𝑐𝑚
10 𝑐𝑚
𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 = 10,58 𝑐𝑚 < 𝑙𝑏,𝑚𝑖𝑛 = 16,2 𝑐𝑚 > 𝑙𝑏,𝑑𝑖𝑠𝑝 = 11 𝑐𝑚 (Ñ 𝑜𝑘)
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS