1
GASTROENTEROLOGIA
PEDIÁTRICA
Gastroenterologia Pediátrica
Editoração
João Joaquim Freitas do Amaral
Capa e Diagramação
Cricelio Junior
Impressão
Apex Gráfica e Editora
Vários colaboradores.
Inclui Bibliografia
ISBN: 978-85-98642-25-3
Diretora Clínica
Fábia Maria Holanda Linhares Feitosa
Diretora Técnica
Euzenir Pires Moura Maia
Coordenadora de Estágios
Elisângela Tavares da Silva Barros
R
ecebi o convite honroso para fazer o prefácio desse livro de
uma das autoras, Dra. Amália, minha amiga e companheira de
toda uma vida de trabalho e aceitei com imensa alegria, mas de
forma impulsiva, porque nunca antes realizei essa tarefa.
Esse livro, além de fornecer ao leitor informações atualizadas
e, em sua maioria, embasadas em protocolos internacionais, se apre-
senta de forma objetiva e clara, transformando-o em um excelente ma-
nual de aprendizado para o pediatra e também um instrumento de
referência para os especialistas pelo compromisso na veracidade das
informações científicas. Traduz o universo de conhecimento teórico e
a vasta experiência clínica, refletindo a qualidade do grupo atual de
gastroenterologista que compõem o Serviço de Gastroenterologia do
Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS).
Este serviço teve início na unidade de desnutridos do HIAS,
que nos foi cedida pela Dra. Anamaria Cavalcante e Silva. Por meio de
um trabalho de equipe responsável e perseverante, o serviço cresceu e
se consolidou com a implantação da residência médica em gastroente-
rologia pediátrica. A presença contínua de médicos jovens permitiu o
pleno exercício do ensino, assistência e pesquisa.
Estou imensamente feliz e orgulhosa em perceber que os dis-
cípulos foram muito mais sábios e chegaram mais longe em sonhos e
realizações que o “mestre” inicial. Tenho a honra de conhecer as au-
toras e quase todos os colaboradores, reconhecendo-os como médicos
pediatras e gastroenterologistas compromissados com a docência, a
pesquisa e principalmente com a criança, razão maior do aprendizado.
3. Atresia Biliar...........................................................................................34
Fabiana Maria Silva Coelho
Lara Peixoto Moreira Lima Loiola
4. Colestase Neonatal................................................................................40
Fabiana Maria Silva Coelho
Lara Peixoto Moreira Lima Loiola
6. Hepatite Autoimune..............................................................................53
Maria Júlia Rodrigues Teixeira de Araújo
Fabiana Maria Silva Coelho
Edna Dias Marques Rocha
7. Hipertensão Porta..................................................................................63
Gisella del Aguila Sánchez
Edna Dias Marques Rocha
Guilherme Porto Lustosa
8. Doença Celíaca.......................................................................................72
Hildênia Baltasar Ribeiro Nogueira
Amália Maria Porto Lustosa
Guilherme Porto Lustosa
1
ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA
INTRODUÇÃO
15
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
16
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
EPIDEMIOLOGIA
17
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
CLASSIFICAÇÃO
18
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
19
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
B. REAÇÃO MISTA
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Negativo Positivo
20
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
21
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
22
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
BIBLIOGRAFIA
BOYCE, JA.; ASSA’ad, A.; BURKS, AW. et al. Guidelines for the
diagnosis and management of food allergy in the United States:
summary of the NIAID-sponsored expert panel report. J Allergy Clin
Immunol 2010;126:1105-18.
23
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
2
REFLUXO GASTRO ESOFÁGICO
DEFINIÇÃO
QUADRO CLÍNICO
24
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
DIAGNÓSTICO
25
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
TRATAMENTO
B) TERAPIA MEDICAMENTOSA:
27
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
C) TERAPIA CIRÚRGICA:
28
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
SIM
Não melhora
29
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Educação Alimentar
Descontinuar IBP
Avaliação: pHmetria
recidiva sim
EDA
não
observação
30
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Asma persistente
não
Terapia com IBP prolongado por
mais de 4 meses
31
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Vômitos recorrentes
e/ ou regurgitação
não (Tabela 3)
Educação alimentar
RGE fisiológico
Tranqüilizar
Considerar: Fórmula
espessada
BIBLIOGRAFIA
33
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
3
ATRESIA BILIAR
INTRODUÇÃO
PRÉ OPERATÓRIO
PÓS OPERATÓRIO
Antibióticos:
35
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Ácido ursodeoxicólico:
ACOMPANHAMENTO CLÍNICO-LABORATORIAL
COLANGITE
36
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
MANEJO NUTRICIONAL
37
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
38
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
BIBLIOGRAFIA
39
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
4
COLESTASE NEONATAL
INTRODUÇÃO
40
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Extra-hepáticas
Atresia biliar
Intra-hepáticas
41
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Desordem imune
- Lúpus eritematoso neonatal.
- Hepatite neonatal com anemia hemolítica autoimune.
TRATAMENTO
42
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
43
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Estudo histopatológico.
• Biópsia hepática guiada por US.
• Biópsia hepática aberta/cirúrgica.
Tratamento de suporte:
44
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
BIBLIOGRAFIA
45
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
5
FALÊNCIA HEPÁTICA AGUDA (FHA)
DEFINIÇÃO
INVESTIGAÇÃO INICIAL
46
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
ENCEFALOPATIA HEPÁTICA
Dificuldade ou
impossibilidade
Choro de realizar teste
inconsolável Confusão Normal ou
Reflexos ondas lentas
Inversão do Alteração do normais ou
sono humor aumentados
1 Ritmo teta
Desatenção Inversão Tremor Ondas
do sono trifásicas
Alteração de Esquecimento Apraxia
comportamento
Alteração da
caligrafia
Dificuldade ou
Choro impossibilidade
inconsolável de realizar teste
Alentecimento
Inversão Letargia Reflexos generalizado
do sono
2 normais ou
Comportamento aumentados Ondas
Desatenção inadequado trifásicas
Disartria
Alteração de
comportamento Ataxia
Dificuldade ou
impossibilidade
de realizar teste
Sonolência Estupor Alentecimento
Reflexos
3 Estupor Resposta a aumentados Ondas
comandos trifásicas
Agressividade simples Babinski
presente
Rigidez
Descerebração
Coma Coma
ou
Resposta à dor: Resposta à dor: Ondas
4 decorticação
Sim(4 a) Sim(4 a) delta
Reflexos au-
Não( 4 b) Não( 4 b) sentes
47
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
TRIAGEM LABORATORIAL
TRATAMENTO
48
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
RECOMENDAÇÕES
RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS
49
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
INDICAÇÕES DE TX HEPÁTICO:
50
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
BIBLIOGRAFIA
51
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Squires, R., et al. Acute liver failure in children: the first 384 patients
in the pediatric acute liver failure study group. Journal of Pediatrics, v.
148, p. 652-658, mai. 2006.
52
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
6
HEPATITE AUTOIMUNE
INTRODUÇÃO
DOENÇAS ASSOCIADAS
53
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
CLASSIFICAÇÃO
Características:
Auto anticorpos: FAN, SMA
QUANDO SUSPEITAR
54
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
EXAMES LABORATORIAIS
55
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
DIAGNÓSTICO
Positivo 2 1
Anticitosol 1
Anti-SLA Positivo 2 2
p-ANCA Positivo 1 2
>Valor
1 1
normal
IgG
>1,2 valor
2 2
normal
Compatí-
1 1
vel HAI
Histologia hepática
Típico
2 2
HAI
Ausência de hepatite viral
(A,B,C,E,EBV), esteato-he-
Sim 2 2
patite, doença de Wilson,
Hepatotoxicidade
Presença de autoimunidade
Sim 1 1
extra-hepática
Histórico familiar autoimu-
Sim 1 1
nidade
Normal 2 -2
Colangiografia
Anormal -2 2
Fonte: Adaptado de Silva, L. R., Ferreira, C. T., Carvalho, E., Porta. G.
(2018). Hepatite autoimune (p. 482). São Paulo: Manual de Residência em
Gastroenterologia Pediátrica. Ed. Manole. 1ª. Edição.
56
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Interpretação do quadro 1:
• Escore ≥ 7: Diagnóstico provável HAI; ≥ 8: Diagnóstico Definitivo.
• Escore ≥ 7: Diagnóstico provável CEA; ≥ 8: Diagnóstico Definitivo.
AUTO-ANTICORPOS
AUTO-ANTICORPOS
Doença hepática de
causa desconhecida
(+)
FAN, AAML-, (--)
ALKM1,AMA
AMA
ANA, SMA, F-actin, SLA/LP, LC1, LKM3, PDH-E2, p-
LKM1 ANCA
CBP (+)
(--)
HAI
p-ANCA PDH-
F-actin, SLA/LP, LC1, E2
LKM3 Hepatite
crônica
PSC CPB
criptogênica
HAI
E2 DO COMPLEXO PIRUVATOQUINASE
GLUCORONILTRANSFERASE ( LKM3), SUBUNIDADE E2(PDH-E2);
DO COMPLEXO ANTICORPO
PIRUVATOQUINASE ANTCITOPLASMA
( PDH-E2); DE
NEUTRÓFILO (p-ANCA); ANTICITOSOLHEPÁTICO
ANTICORPO ANTCITOPLASMA TIPO 1 (LC1); COLANGITE
DE NEUTRÓFILO (p-ANCA); ANTICITOSOLHEPÁTICO BILIAR PRIMÁRIA
TIPO 1 (LC1);COLANGITE
(CBP); HEPATITE AUTO-IMUNE( HAI); COLANGITE ESCLEROSNATE PRIMÁRIA (CEP ).
BILIAR PRIMÁRIA( CBP); HEPATITE AUTO-IMUNE( HAI); COLANGITE ESCLEROSNATE PRIMÁRIA (CEP ).
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Hepatites: A, B,
Hepatites: A,C,B,CMV, EBV
C, CMV, EBV
Doença de Wilson;
• Doença de Wilson
Deficiência de alfa1antitripsina;
• Deficiência de alfa1antitripsina
Colangite esclerosante primária.
• Colangite esclerosante primária
57
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
TRATAMENTO
Seguimento:
Remissão:
Recaída:
Esquema de suspensão:
59
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Transplante hepático:
Indicações:
• Insuficiência hepática aguda.
• Progressão para cirrose descompensada (MELD >15).
• Carcinoma hepatocelular.
HAI em enxertos:
1. Aumento de AST/ALT.
2. Persistência de autoanticorpos.
3. Hipergamaglobulinemia e/ou elevação de IgG.
4. Achados histológicos compatíveis.
5. Exclusão de outra etiologia.
6. Resposta aos corticosteróides.
De novo HAI:
1. Todos os pacientes com disfunção do enxerto independente da
indicação do transplante.
2. Tratamento: Corticosteróides e aumento da dose do Tacrolimus.
3. Retransplante pode ser considerado na doença refratária.
60
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Colangiografia
Normal
Não resposta
; TAC
PRED + MMF/MMS + UDCA
HAI-1: Transaminases
PRED ou CYA (ou e IgG normais, auto-ac
Tac) baixos ou negativos e Não resposta
Bx hepática sem
inflamação
Não resposta
PRED + UDCA +CYA (ou TAC)
Anti-TNF e anti-CD
Tentar retirada do
20 Não resposta
tratamento
Tx hepático quando
houver
descompensação
55
61
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
BIBLIOGRAFIA
62
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
7
HIPERTENSÃO PORTA
INTRODUÇÃO
ETIOLOGIA
64
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Continuação do quadro 1.
65
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
FISIOPATOLOGIA
66
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
DIAGNÓSTICO
67
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
TRATAMENTO
68
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
69
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
BIBLIOGRAFIA
70
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
71
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
8
Doença Celíaca
CONCEITO
FISIOPATOLOGIA
72
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
FISIOPATOGENIA
FISIOPATOGENIA
Glúten não digerido é transportado da mucosa para a lâmina própria
73
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
QUADRO CLÍNICO
Diarreia crônica
Distensão abdominal
Predomínio de sintomas
Clássica Diminuição da massa glútea
gastrointestinais
Perda de peso
Parada no crescimento
Anemia
Osteopenia / osteoporose
Dermatite herpetiforme
Artralgia / artrite
Constipação refratária
Presença preponderante
Retardo do crescimento
Atípica de sintomas
Atraso puberal
extraintestinais
Esterilidade/aborto de
repetição
Alteração de enzimas hepáticas
sem causa aparente
Manifestações psiquiátricas
Testes sorológicos e
genéticos positivos,
Silenciosa lesões características Ausente
em mucosa de intestino
delgado
Testes sorológicos e
genéticos positivos,
Potencial alterações discretas ou Ausente
ausentes em mucosa de
intestino delgado
Persistência de lesão
intestinal mesmo com Características clínicas
Refratária
tratamento dietético de má absorção grave
apropriado
74
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA
• Tipo 0 - normal
• Tipo 1 - infiltrado intraepitelial de linfócitos (30 para cada 100
enterócitos)
• Tipo 2 - lesão hiperplásica (tipo 1 + hiperplasia de criptas)
• Tipo 3 - lesão destrutiva (tipo 2 + variável nível de atrofia de vilos)
• 3A - atrofia vilositária parcial
• 3B - atrofia vilositária subtotal
• 3C- atrofia vilositária total
• Tipo 4 - lesão hipoplásica (Atrofia total com hiperplasia de criptas)
75
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
ALGORÍTIMO PARA DIAGNÓSTICO SUGESTIVO DE DOENÇA
CELÍACA EM CRIANÇAS SINTOMÁTICAS
76
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
TRATAMENTO
TRATAMENTO
O tratamento consiste na retirada do glúten da dieta. A não adesão total,
mesmo pequenas quantidades de glúten (100mg), ou transgressões
O tratamento consiste na retirada do glúten da dieta. A não adesã
eventuais são capazes de ocasionar processo inflamatório na mucosa.
mesmo
Uso pequenas com
de corticoterapia quantidades
Prednisona 1de a 2 glúten
mg /kg/(100mg), ou detransgr
dia (Máximo
40 mg) podesão
eventuais ser capazes
indicado na
decrise celíaca que
ocasionar ocorre inflamatório
processo geralmente emna muc
menores de 2 anos, com diarreia grave, desidratação e grande perda
Uso de corticoterapia com Predinisona 1 a 2 mg /kg/ dia (Máximo
de peso com distúrbio hidroeletrolítico e ácido básico, sem melhora
mg) pode
apesar ser indicado
da correção de fluidos ena crise ecelíaca
eletrólitos que
retirada do ocorre geralmen
glúten.
menores de 2 anos, com diarreia grave, desidratação e grande
77 pe
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
PROGNÓSTICO
BIBLIOGRAFIA
78
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
9
DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL NA INFÂNCIA
INTRODUÇÃO
79
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
ASPECTOS CLÍNICOS
80
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Hematoquezia Anemia
Estenoses
Fístulas
Febre
EXAMES COMPLEMENTARES
81
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
82
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
TRATAMENTO
Terapia Nutricional
Terapia Medicamentosa
83
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
84
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Colite ulcerativa
dependente
IFX: 5mg/Kg/dose 0,2
ou refratária Infliximabe
e 6 semanas
ao corticóide e
imunossupressor
Adalimumabe (ainda
Casos não
não aprovada para
respondedores
pacientes pediátricos,
ao IFX
pela ANVISA)
Fonte: Adaptado de Manual de Residência em Gastroenterologia Pediátrica –
2018 – Tratamento da Colite Ulcerativa.
85
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
TRATAMENTO CIRÚRGICO
86
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
BIBLIOGRAFIA
87
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
10
DOENÇA PÉPTICA
INTRODUÇÃO
FISIOPATOLOGIA
SINTOMAS
FORMAS CLÍNICAS
GASTRITE
Causas
89
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Classificação e Diagnóstico:
Tratamento:
90
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
ÚLCERAS
91
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Causas
Tratamento
HELICOBACTER PYLORI
Epidemiologia
92
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Patogênese
Quadro clínico
• Manifestações digestivas:
Dor abdominal e hemorragia digestiva alta e/ou baixa. A infecção só
deve ser tratada em casos de úlcera péptica para prevenir recorrência
da lesão. Fazer investigação para H.pylori em crianças com dispepsia
ou dor abdominal recorrente não deve ser realizado segundo o
mais novo consenso em crianças de 2016. Em um estudo brasileiro
com 240 crianças com dispepsia, 52% delas tinham infecção pelo
H. pylori e não houve associação entre a infecção e manifestações
gastrointestinais.
93
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Diagnóstico
Tratamento
94
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
*
em caso de alergia à penicilina: sensível a CLA e MET, usar terapia
tripla padrão com MET; resistente a CLA, usar terapia baseada-
bismuto com tetraciclina em maiores de 8 anos.
¥
ou terapia concomitante (IBP-AMO-MET-CLA) por 14 dias.
95
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
96
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
BIBLIOGRAFIA
97
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
11
HEMORRAGIAS DIGESTIVAS NA INFÂNCIA
CONCEITO:
É toda hemorragia que se origina no trato gastrointestinal
CLASSIFICAÇÃO:
APRESENTAÇÃO CLÍNICA:
• HEMATÊMESE – HDA
• MELENA – mais comum na HDA, porém pode aparecer na HDB
quando o trânsito estiver lentificado.
• HEMATOQUEZIA/ENTERORRAGIA – HDB, mas pode aparecer
na HDA quando o trânsito estiver acelerado.
98
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
ETIOLOGIA:
CRIANÇAS
MAIORES/
ADOLESCENTES
CORPO ESTRANHO
ESOFAGITE/DRGE
INGESTÃO DE
ESÔFAGO MALLORY-WEISS
CÁUSTICO
ÚLCERA PÉPTICA (AINE/ MALFORMAÇÃO
STRESS) VASCULAR
ESTÔMAGO
GASTROPATIA ZOLLINGER-ELLISON
ÚLCERA ESTRESSE
DUODENITE
(AINE/STRESS)
DUODENO CORPO ESTRANHO
• HDA VARICOSA: HIPERTENSÃO PORTAL
• HDB
PRÉ ESCOLAR/
RECÉM NASCIDO LACTENTE ADOLESCENTE
ESCOLAR
FISSURA
COLITE ALÉRGICA COLITE ALÉRGICA PÓLIPO JUVENIL
ANAL
DOENÇA
DEGLUTIÇÃO COLITE
FISSURA ANAL INFLAMATÓRIA
SANGUE INFECCIOSA
INTESTINAL
DOENÇA
ENTEROCOLITE DIVERTÍCULO DE PÚRPURA DE HENOCH-
INFLAMATÓRIA
NECROTIZANTE MECKEL SCHONLEIN
INTESTINAL
SÍNDROME
INTUSSUSCEPÇÃO DIVERTÍCULO DE
HEMOLÍTICO PÓLIPO JUVENIL
INTESTINAL MECKEL
URÊMICA
VOLVO COLITE COLITE
HEMORRÓIDAS
INTESTINAL ISQUÊMICA PSEUDOMEMBRANOSA
99
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
• - HEMORRAGIA ATIVA
o IA – HEMORRAGIA EM JATO
o IB – GOTEJAMENTO
• II – HEMORRAGIA RECENTE
o IIA – COTO VASCULAR VISÍVEL
o IIB – COÁGULO RECENTE
o IIC – HEMATINA
• III – SEM SINAL DE SANGRAMENTO
100
ABORDAGEM INICIAL PARA HDA:
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
SUSPEITA DE HDA
ANAMNESE
EXAME FÍSICO
EXAMES (*)
-JEJUM -JEJUM
1-2mg/Kg/dia - OFERTAR O2
(10-15ml/Kg)
-EDA EM ATÉ 6h
91
101
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
ABORDAGEM
ABORDAGEM INICIAL PARA HDB: INICIAL PARA HDB
SUSPEITA DE HDB
- ANAMNESE
- EXAMES (*)
92
102
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
** GRAU DE SANGRAMENTO:
SINAIS CLASSE I CLASSE II CLASSE III CLASSE IV
% PERDA 750-1500ml 1500-2000ml >2000ml
<750ml (15%)
SANGUINEA (15-30%) (30-40%) (>40%)
FC (BPM) NORMAL >100 >120 >140
FR (IRPM) NORMAL 20-30 30-40 >35
MUITO
PAS (mmHg) NORMAL NORMAL DIMINUÍDA
DIMINUÍDA
DÉBITO
URINÁRIO NORMAL 20-30 5-15 MÍNIMO
(ml/h)
*** SINAIS DE ALTO RISCO – choque, hipotensão postural,
sangramento maçico, comorbidades associadas, uso de AINEs.
103
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
BIBLIOGRAFIA
104
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
12
DIRETRIZES DO MANEJO DA SÍNDROME
DO INTESTINO CURTO (SIC)
105
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
NORTEADORES CIRÚRGICOS
106
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
OBJETIVOS DO MANEJO
107
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Estimular a via oral assim que houver completa aceitação por sonda
e manutenção da estabilidade hemodinâmica, com ganho pôndero-
estatural adequado.
Tipo de dieta: Iniciar com leite materno, podendo ser utilizada uma
Fórmula extensamente Hidrolisada (FEH) ou Fórmula de Aminoácidos
(FA), como último recurso. Avaliar intolerância à lactose, se quadro
clínico compatível com fezes líquidas, pH fecal <6,0 e presença de
substâncias redutoras nas fezes. Alimentos complementares podem
ser introduzidos gradualmente.
108
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
MICRONUTRIENTES E MEDICAMENTOS
TERAPIA HORMONAL
Apesar de todas essas vantagens citadas, essa terapia vem com queda
do entusiasmo inicial, pois o hormônio do Crescimento Humano
Recombinante apresenta também alguns resultados inconsistentes e
altas taxas de efeitos adversos.
110
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
TERAPIA CIRÚRGICA
LABORATÓRIO
Dosagem de citrulina.
Mensuração de alça remanescente e de enterectomia, e encaminhamento
para ambulatório de SIC.
111
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
BIBLIOGRAFIA
ROUCH, J.D.; DUNN, J.C.Y. New Insights and Interventions for Short
Bowel Syndrome. Curr Pediatr Rep. 2017 Mar;5(1):1-5
112
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
13
PANCREATITE AGUDA
INTRODUÇÃO
113
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
EPIDEMIOLOGIA
ETIOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
114
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
115
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Hipertrofia do pâncreas
Distensão gasosa
USG abdominal Diminuição da ecogenicidade
Presença de calcificações,
ascite
Pseudocistos, Abscessos
Tomografia computadorizada Define extensão da necrose
abdominal
Detecta complicações
Importante no manejo
terapêutico
Colangiopancreatografia Anormalidades dos ductos
Endoscópica Retrógrada (CPRE) ** pancreáticos (Pâncreas
divisum)
** Não deve ser realizada na fase aguda da pancreatite. Pode ser
realizada no início do curso (dentro de 24 horas após a admissão) para
pacientes com pancreatite por cálculos biliares e/ou colangite.
116
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
TRATAMENTO
O tratamento da Pancreatite Aguda é de suporte, incluindo
administração de fluidos intravenosos, controle da dor, repouso
pancreático, suporte nutricional e tratamento das complicações locais
e sistêmicas, como choque e septicemia.
FLUIDOTERAPIA
ANALGESIA
117
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
NUTRIÇÃO:
ORAL
118
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
ENTERAL
ANTIBIÓTICOS
TRATAMENTO CIRÚRGICO
119
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
PROGNÓSTICO
120
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
BIBLIOGRAFIA
121
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
122
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
14
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL CRÔNICA NA INFÂNCIA
INTRODUÇÃO
EPIDEMIOLOGIA
123
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
QUADRO CLÍNICO
124
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
TRATAMENTO
126
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
Abordagem Comportamental
Orientação alimentar
Abordagem farmacológica
DESIMPACTAÇÃO
EFEITOS
TIPO DOSE
COLATERAIS
Soro Fisiológico 0,9% Risco de trauma
10ml/kg/dose
ou Solução glicerinada mecânico, vômitos e
(max. 500ml)
- VIA RETAL dor abdominal
1-1,5g/kg/dia
Polietilenoglicol (3350
(max de 6 dias
ou 4000) - VIA ORAL
consecutivos)
127
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
MANUTENÇÃO
MECANISMO EFEITOS
TIPO DOSE
DE AÇÃO COLATERAIS
1-2 ml/kg 1 Cólicas abdomi-
Osmóticos Lactulose
ou 2x/dia nais e distensão
Polietilenoglicol 0,2-0,8g/kg/
(3350 ou 4000) dose 1x/dia
2-6 anos: 2,5-
5mg 1-2x/dia
Estimulantes Sene
6-12 anos: 7,5-
10mg/dia
Apesar de
constar como
medicação
possível, não
Laxantes
Óleo mineral indicamos no
retais
nosso serviço
por risco de
pneumonia
lipoídica.
Exemplos de medicações:
128
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
BIBLIOGRAFIA
129
GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA
132