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Resumo: Neste trabalho, estudamos uma classe especial de transformações lineares, que
são os funcionais lineares. Após defini-los e exemplificá-los, tratamos a respeito da noção
de espaço dual e provamos alguns resultados. Por fim, trabalhamos com a noção de anu-
ladores e algumas aplicações deste conceito na solução de sistemas lineares homogêneos.
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
O presente trabalho tem por objetivo central apresentar os resultados iniciais estu-
dados pelos autores durante o projeto de pesquisa que desenvolvem. Serão apresentados
resultados a respeito de espaço dual e anuladores. Em contra ponto, alguns teoremas
relativos a transformações lineares, que serão utilizados em algumas demonstrações, serão
apenas mencionados e podem ser encontrados nos anexos.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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XX EREMAT-Encontro Regional de Estudantes de Matemática da Região Sul Fundação Universidade
Federal do Pampa (UNIPAMPA), Bagé/RS, Brasil. 13-16 nov.2014.
para todo v1 , v2 ∈ V e c ∈ F .
Note que um funcional linear é uma transformação linear de V sobre F , ambos vistos
como F -espaços vetoriais.
Vejamos alguns exemplos.
Exemplos:
1) Sejam F um corpo e a1 , a2 , ..., an ∈ F . Consideremos a função f : F n → F dada por
f (x1 , x2 , ..., xn ) = a1 x1 + a2 x2 + ... + an xn .
Note que f é um funcional linear em F n . Mais ainda, todo funcional linear em
F n é dessa forma. De fato, considere {e1 , e2 , ..., en } a base canônica de F n . Definindo
aj = f (ej ), para j = 1, ..., n temos:
!
Pn Pn Pn
f (x1 , x2 , ..., xn ) = f xj ej = xj f (ej ) = aj x j .
j=1 j=1 j=1
2) Seja [a, b] um intervalo real fechado e C([a, b]) o espaço de todas as funções reais
contı́nuas em [a, b]. Considere L : C([a, b]) → R dada por
Rb
L(g) = g(t)dt,
a
para toda g ∈ C([a, b]).
Utilizando as propriedades da integral definida, temos que L define um funcional linear
em C([a, b]).
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n
X
v= fi (v)vi (1)
i=1
Demonstração: Vimos que existe uma única base dual β ∗ = {f1 , f2 , ..., fn } de β. Resta
mostrarmos as igualdades Eq.(1) e Eq.(2). Seja f ∈ V ∗ . Pelos cálculos anteriores temos
que f (vj ) = cj . Assim, tomando v ∈ V , temos
Pn
v= ai v i .
i=1
Aplicando fj , obtemos
n
P n
P
fj (v) = ai fj (vi ) = ai δij = aj .
i=1 i=1
Logo, segue a Eq.(1) . Agora tomando f ∈ V ∗ , podemos escrevê-lo
n
P
f= ci f i
i=1
Aplicando em vj , temos
n
P n
P
f (vj ) = ci fi (vj ) = ci δij = cj ,
i=1 i=1
donde segue a Eq.(2). E, com isto, está demonstrado o teorema.
Note que que fi atribui a cada v ∈ V sua i-ésima coordenada na base β. Por isso, fi
é chamada de função coordenada.
Vejamos um exemplo de como obtermos a base do espaço a partir da base dual.
temos que o espaço solução do sistema dado acima é o subespaço anulado por este espaço
de funcionais lineares. Podemos encontrá-lo, explicitamente, escalonando a seguinte ma-
triz:
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1 2 2 1
0 2 0 1 ,
−2 0 −4 3
donde, temos
1 0 2 0
0 1 0 0 .
0 0 0 1
Portanto, os funcionais lineares
g1 (x1 , x2 , x3 , x4 ) = x1 + 2x3
g2 (x1 , x2 , x3 , x4 ) = x2
g3 (x1 , x2 , x3 , x4 ) = x4
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao término deste trabalho, foi possı́vel constatar a relevância dos resultados apre-
sentados. Por exemplo, as discussões a cerca de espaços vetoriais de dimensão finita
tornam-se mais claras utilizando a noção de espaço dual. Além disso, no que diz respeito
a solução de sistemas lineares homogêneos é interessante estuda-los sob o ponto de vista
dos anuladores.
ANEXOS
REFERENCIAS
HOFFMAN, K.; KUNZE, R. Linear Algebra. New Jersey: Prentice-Hall Inc., 1971.
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