Bahiano ou Manuel Pedro dos Santos, foi compositor e cantor,
nascido em 5 de dezembro de 1887 em Santo Amaro da Purificação
na Bahia. Viveu no Rio de Janeiro até sua morte em 15 de julho de 1944. O apelido veio com a fama ao se tornar cançonetista (canção ligeira, bem-humorada ou espirituosa, por vezes satírica) especializado em modinhas e lundus, sendo a modinha um gênero musical de canção sentimental brasileira e portuguesa, cultivada nos séculos XVIII e XIX, marcada pela influência da ópera italiana e o Lundu uma dança e canto de origem africana introduzido no Brasil provavelmente por escravos de Angola e tocava acompanhando-se ao violão. Teve o nome gravado nas primeiras gravações Brasileiras como Isto é Bom de Xisto Bahia em 1902 e Pelo Telefone em 1917. Em 1903 a Casa Edison, gravadora de São Paulo, grava 73 músicas tendo como cabeças Bahiano e Cadete – diz com isso que Bahiano foi o primeiro a gravar comercialmente no Brasil. primeiro disco gravado no Brasil - o Zon-O-Phone nº 10.001, com a música Isto é Bom que substituía os cilindros gravados de Thomas Edison
Fez sucesso até meados do ano 20 modinha Perdão Emília,
de Eduardo das Neves, o tango de Arthur Azevedo, As Laranjas da Sabina, e a toada Caboca de Caxangá, de Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco. No final da carreira grava Quem Eu Sou, lamentoso e autobiográfico: "Quem eu sou? / Um baiano atirado / Nessas vagas soberbas do mar / Já sem leme, bem perto da rocha / Desse abismo que vai me tragar"
Homenagem do Jornal Echo Photographico a Bahiano como
primeiro cançonetista Brasileiro em 1904 “Com ele nascia a profissão de cantor.