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CONSULTAS JURÍDICAS ALEX THIEBAUT MENEZES NUNES DA COSTA: Advogado e Técnico Superior da Defensoria Pública do RJ.
Graduado em direito público e privado pelo ISMP-RJ.
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Boletim Conteúdo Jurídico -
ISSN - 1984-0454
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A Defensoria Pública e o habeas corpus coletivo
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Peças Jurídicas RESUMO: O presente artigo tem por objetivo a defesa da viabilidade do manejo do Habeas Corpus Coletivo e a legitimidade ativa
Publicações oficiais
da Defensoria Pública para tal mister. Em que pese parte da comunidade jurídica brasileira negar a existência desta ação constitucional
Publicações Oficiais
em caráter coletivo, tal tese deve ser rechaçada, como será demonstrado a seguir.
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Palavras-chave: Defensoria Pública. Legitimidade Ativa para Ações Coletivas. ADI 3943. Microssistema
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Após a Emenda Constitucional 80/2014, o art. 134, caput, da Constituição Federal foi alterado, para assim dispor: “ A Defensoria
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Sobre o Portal Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e
Links Úteis instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e
a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e
gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal”.
Como supracitado, a legitimidade ativa da instituição para o ajuizamento de ações coletivas tem matriz
constitucional desde 2014. Entretanto, desde ao menos 1990, com a entrada em vigor do Código de Defesa do
Consumidor, a Defensoria Pública ajuíza diversas espécies de ações coletivas.
Não se desconhece que tal múnus público gerou algumas divergências doutrinárias e jurisprudenciais, que
ensejaram a ADI 3943/DF, julgada improcedente por unanimidade pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal em
maio de 2015.
A referida Ação Direta de Inconstitucionalidade, ajuizada pela CONAMP, buscava a declaração de
inconstitucionalidade do artigo 5º, II da Lei 7.347/85, co redação dada pela Lei 11.448/07. O Plenário do STF
decidiu pela constitucionalidade do dispositivo legal, ressaltando ser a Defensoria Pública legitimada para propor
ações coletivas na defesa de direitos difusos, coletivos e individuaishomogêneos.
Assim, em diferentes entes federativos, a Defensoria Pública vem impetrando diversos Habeas
Corpus Coletivos na defesa de grupos hipervulneráveis, na esteira do que dispõe o art. 4º, XI, da Lei
Complementar 80/94: “São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre outras: XI – exercer a defesa dos
Algumas vozes, em especial o Ministério Público, começaram a combater esta prática, alegando que
o Habeas Corpus seria uma ação individual, não sendo possível o seu manejo na esfera coletiva. Tal visão arcaica
não merece prosperar, como será explicitado.
DESENVOLVIMENTO
A Defensoria Pública, com sucesso, já impetrou em diversas ocasiões o Habeas Corpus Coletivo.
Exemplificativamente, tal fato ocorreu na esfera da proteção da criança e do adolescente(“rolezinhos” no ES e em
SP), junto ao sistema penitenciário (RJ) e para ser garantido o exercício de profissão (flanelinhas - RJ).
A legitimidade ativa da instituição para a propositura de ações coletivas foi sedimentada em decisão unânime
do Plenário do STF, no bojo da ADI 3943/DF, em especial através do voto da Ilustre Relatora Ministra Cármen
tutela dos hipossuficientes (tônica dos direitos difusos e individuais homogêneos do consumidor,
portadores de necessidades especiais e dos idosos)? A quem interessaria limitar os instrumentos e
as vias assecuratórias de direitos reconhecidos na própria Constituição em favor dos desassistidos
que padecem tantas limitações? Por que apenas a Defensoria Pública deveria ser excluída do rol do
Corpus Coletivo, mormente quando houver indeterminação dos pacientes alcançados, havendo violação à
Constituição da República.
Não merece prosperar tal entendimento. Afinal, se há um grupo de pessoas unidas pela mesma situação
fática, passíveis de sofrer lesão à sua liberdade de ir e vir, viável a tutela coletiva a este direito fundamental.
”.
Não há qualquer vedação constitucional a se utilizar este importante garantidor dos direitos fundamentais de
forma coletiva. Ao contrário, indubitável sua utilidade e necessidade, evitando-se julgamentos díspares e o
abarrotamento do Judiciário. Busca-se, assim, economia, celeridade e eficiência.
Outrossim, impende ser realizada uma análise paralela com o Mandado de Injunção e o Mandado de
Segurança coletivos, promovendo-se uma verdadeira interpretação ampliativa dos remédios constitucionais. Em
especial quanto ao Mandado de Injunção Coletivo, a recente lei 13.300/16, em seu artigo 12, IV, assim dispõe:
“Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido:
IV - pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a
promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, na
GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE e POLICIAIS MILITARES bem como todas
as autoridades responsáveis pela segurança pública no ato, a fim de resguardar o direito de ir e vir
dos manifestantes presentes, determinando a expedição de SALVO-CONDUTO em favor
destes, representados neste ato pela Defensoria Pública do Estado de Sergipe, com fulcro nos arts.
5º, incisos , XVI, IV e LXI, da Lei Maior, c/c arts. 647 e 660, §4º, do Código de Ritos Penal, a fim de
que lhes sejam assegurados os direitos constitucionais de reunião e manifestação pacífica, vedada
ameaça a sua liberdade de locomoção, inclusive para fins de “prisões para averiguação”, excetuados
os casos específicos em que houver o cometimento de crimes em estado de flagrância, ou por ordem
Não foi outro o entendimento do Supremo Tribunal de Justiça ao decidir pela concessão da ordem no Habeas
Corpus Coletivo (HC 207720) impetrado pela Defensoria Pública de São Paulo, em que se considerou ilegal o
toque de recolher estipulado por municípios paulistas, como se depreende da ementa a seguir:
HABEAS CORPUS Nº 207.720 - SP (2011/0119686-3)
RELATOR: MINISTRO HERMAN BENJAMIN
IMPETRANTE: DEFENSORIA PÚBLICA ESTADO SP
IMPETRADO: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PACIENTE: CRIANÇAS E ADOLESCENTES DOMICILIADOS OU QUE SE ENCONTREM EM
respeito de condutas a serem observadas por pais, pelos menores, acompanhados ou não, e por
terceiros, sob cominação de penalidades nela estabelecidas" (REsp 1046350/RJ, Primeira Turma,
Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, DJe 24.9.2009).
8. Habeas Corpus concedido para declarar a ilegalidade da Portaria 01/2011 da Vara da
Infância e Juventude da Comarca de Cajuru. (grifos nossos).
Diversos juristas também se mostram favoráveis ao manejo do Habeas Corpus Coletivo, como o professor
Daniel Sarmento, que em parecer solicitado pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e exarado no
âmbito da Clínica de Direitos Fundamentais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), assim expôs
“(i) A tendência contemporânea de tutela coletiva de direitos individuais visa a promover
economia e celeridade processuais, a igualdade de tratamento entre os jurisdicionados e o pleno
acesso à justiça, especialmente para os hipossufcientes. Todas essas preocupações se fazem
presentes na esfera penal, em que a seletividade do aparelho repressor do Estado deixa
especialmente vulnerável a camada populacional mais pobre. Nesse contexto, o habeas corpus
coletivo constitui instrumento necessário à tutela da liberdade de locomoção em uma sociedade de
massa, marcada pela desigualdade, como a brasileira.
(ii) O remédio constitucional do habeas corpus revelou, desde os seus primórdios, uma natureza
receptiva a inovações e flexibilizações processuais. A ampla aceitação da substituição processual, a
desnecessidade de observância de fórmulas processuais e de representação por advogado, e a
possibilidade de concessão do writ de ofício evidenciam que, dada a essencialidade do interesse em
jogo, a ordem jurídica prioriza a efetividade da tutela à liberdade de locomoção em
detrimento de preocupações formais. A admissão do habeas corpus coletivo se alinha a essa
tradição virtuosa e honra os valores liberais, emancipatórios e democráticos da Carta de 88.
(iii) O direito a uma tutela constitucional efetiva, que tem sede tanto na Constituição como no
Pacto de San Jose da Costa Rica, exige que os instrumentos processuais possuam idoneidade para
a proteção dos direitos materiais que objetivam tutelar. Desse modo, a constatação de que violações
à liberdade ambulatorial são perpetradas de maneira coletiva, possuindo uma origem comum, impõe
também a aceitação da tutela jurisdicional com alcance coletivo na via do habeas corpus.
(iv) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consagra a interpretação ampliativa de
remédios constitucionais visando ao seu fortalecimento. A Corte Suprema reconheceu, mesmo sem
injunção, em entendimento que pode ser estendido, por razões ainda mais robustas, ao habeas
corpus”.
No mesmo sentido, mas especificamente quanto à legitimidade ativa da Defensoria Pública para a
propositura coletiva deste remédio constitucional, é a lição do professor Geraldo Prado, em parecer exarado em
a exigir a prévia demonstração dos fatos alegados pelo(s) impetrante(s), a admissibilidade do habeas
corpus coletivo demandará que o autor da ação mandamental comprove a existência da ameaça
àquela determinada coletividade. O que deve ser “determinado”, portanto, é a “coletividade” e não
seus membros (a nomeação da totalidade das crianças e adolescentes de Cajuru [7] ou dos presos
em Osasco [8] é desnecessária) e a plausibilidade dessa determinação da coletividade resulta da
plausibilidade da própria ameaça à liberdade de locomoção dos membros da mencionada
coletividade”.
Portanto, seja em sede doutrinária, seja em sede jurisprudencial, o ordenamento jurídico pátrio vêm
paulatinamente aceitando o manejo do Habeas Corpus Coletivo, mormente quando impetrado pela Defensoria
Pública, instituição permanente, cuja missão constitucional é promover os direitos humanos e garantir o acesso à
justiça aos vulneráveis.
CONCLUSÃO
Conforme o supracitado, não resta dúvidas da legitimidade ativa da Defensoria Pública para o manejo de
ações coletivas em sentido amplo, respeitando a pertinência temática constitucionalmente estabelecida para a
instituição. Dentre estas ações, é possível a impetração do Hábeas Corpus Coletivo, pois a “não determinação”
dos beneficiários da proteção da liberdade de locomoção, não pode constituir óbice ao exame do mérito
processual. Pensamento em contrário afrontaria, em última análise, o acesso à justiça e a dignidade da pessoa
humana.
REFERÊNCIAS
[1] www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=2548440
NOTA:
[1] http://emporiododireito.com.br/flanelinhas-e-habeas-corpus-coletivo-parecer-de-geraldo-prado-confira/
acessado em setembro de 2016
Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado
da seguinte forma: COSTA, Alex Thiebaut Menezes Nunes da. A Defensoria Pública e o habeas corpus coletivo. Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 02 jan.
2017. Disponivel em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.57778&seo=1>. Acesso em: 11 set. 2017.
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