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indeterminados, princípios...) para que o juiz exerça uma atividade interpretativa com maior
consistência.
O Direito não é seguro. A teoria dos precedentes não vai resolver, em definitivo, o problema
da segurança jurídica.
Paradoxo de Humberto Ávila: “Se a lei não resolve o problema da insegurança, vamos partir
para os precedentes, eles resolverão o problema da interpretação! Não é preciso mais se
preocupar, pois o Direito finalmente será seguro!” Mas isso não é verdade.
Os precedentes também são textos e vão depender de interpretação, não podendo ser
aplicados sem a atividade interpretativa.
Dentro de uma interpretação que é tendenciosamente cognitiva, reconhecendo que o juiz está
vinculado primeiramente a lei e depois aos precedentes, o juiz não pode criar sem levar em
consideração o que foi dito antes. Não se pode interpretar de qualquer forma.
Ao discutir a separação de poderes, analisou-se o mandado de injunção. Mostra que o juiz não
pode decidir tudo e em algumas matérias é necessário a intervenção do legislador.
Quando a lei vincula, o precedente não precisa vincular, se não acrescentar algo novo.
A decisão em irdr é uma decisão que claramente se desdobra (a decisão para o caso concreto e
a decisão para o caso futuro).
E se houvesse um inciso III, para casos passados? Podia servir de fundamento para
uma rescisória? No art. 525, §15º permite-se que decisão declarada pelo STF possa
servir para rescisória. Essa regra se aplica somente nesse caso ou se aplicaria para
outros repetitivos?
É uma questão de fundo teórico. .Precisa ser analisado a partir do problema da segurança
jurídica e da confiança legítima. E são questões que dependem da tese discutida no caso
concreto.
Um argumento não enfrentado pode gerar não aplicação do precedente com base na
distinção. Mas também pode fazer uma ressalva de entendimento, aplicar o precedente e abrir
portas para eventuais recursos, que subirão aos tribunais até que eles possam ser rediscutidos
e superados ou não.
Justiça Multiportas:
A tentativa de lidarmos com a solução de conflitos de uma forma mais adequada. É errado
pensar que só o poder judiciário pode lidar com os conflitos. A justiça deve ter várias portas e
atender, de forma diferenciada, casos diferenciados, privilegiando a solução adequada.
Ao falar de justiça multiportas, lembra-se muito da 3ª fase das ondas de acesso à justiça.
Parar de pensar naqueles que são os operadores do direito como os destinatários da justiça.
Os destinatários são os consumidores da justiça. O olhar que nos importa para garantir a
justiça adequada é o do consumidor cidadão.
No direito de família atua para uma conciliação entre as partes, ou palavra no sentido de
tentar compor a situação.
O MP também passou a tirar da esfera judicial uma série de conflitos que dependeria de um
processo, como por exemplo, os TACs.
No novo CPC há uma disciplina extensa, inclusive com deveres para todos aqueles que
participam do processo de buscar a solução consensual do conflito.
Justiça restaurativa: essa sim de especial interesse porque busca cumprir as finalidades da
pena, reintegrando aquele individuo em sociedade.
Se não tiver o processo coletivo em 2º grau, suspende o caso individual e julga o processo
coletivo em 1º grau.
Se já tiver processo coletivo em 2º grau, ele deve ser escolhido como caso-piloto para ser
julgado no tribunal.
(REsp 1361800/SP, corte especial, rel. Min. Mauro Campbell, recursos repetitivos)
(REsp 1419697/RS, 2ª seção, rel. min. Paulo de tarso sanseverino, recursos repetitivos)