CAMPUS CURITIBA
DEPARTAMENTO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E DE
MATERIAIS – PPGEM
DISSERTAÇÃO
CURITIBA
2015
EDGAR MINORU OFUCHI
CURITIBA
2015
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
______________________________________
Prof. Paulo César Borges, Dr.
Coordenador do Programa
Banca Examinadora
_________________________________ ___________________________
Prof. Rigoberto E. M. Morales, Dr. Prof. Jurandir Itizo Ynagihara, Dr.
UTFPR - orientador USP
______________________________
Prof. Silvio Luiz de Mello Junqueira, Dr.
UTFPR
Curitiba, 03 de Agosto de 2015
AGRADECIMENTOS
Provérbios 2 10-11
RESUMO
RESUMO................................................................................................................... 6
ABSTRACT ................................................................................................................ 7
SUMÁRIO ................................................................................................................. 8
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 22
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................................. 28
4 MODELO NUMÉRICO........................................................................................ 51
5 RESULTADOS .................................................................................................... 74
Descrição Unidade
Subscritos
1 entrada do rotor
2 Saída do rotor
3 Entrada do rotor
4 Saída do difusor
a Água
crítico número de Reynolds crítico
des design
Evdocia número de Reynolds proposto por TUALP
Gülich número de Reynolds proposto por Gülich
mod número de Reynolds modificado
h hidráulico
i interno
ip ponto de integração
méd média
n normalizado
o externo
opt Ótimo
PME Ponto de Melhor Eficiência
Stepanoff número de Reynolds proposto por Stepanoff
v Viscoso
xyz Coordenada relativa
número de Reynolds de rotação
w,60Hz operação da bomba com água na rotação de 60Hz
Sobrescritos
a Água
v Viscoso
viz vizinho
0
Passo de tempo anterior
Siglas
BA Borda de Ataque
BF Borda de Fuga
BCS Bomba Centrífuga Submersa
B/D Barris de petróleo por dia
cst Centistokes
DFC Dinâmica dos Fluidos Computacional
FP Face de pressão
FS Face de sucção
HI Hydraulic Institute
hp Horse Power
LDV Laser-Doppler Velocimetry
PIV Particle Image Velocimetry
PME Ponto de Melhor Eficiência
RMS Root Mean Square
SST Shear Stress Tensor
TUALP Tulsa University Artificial Lift Projects
22
1 INTRODUÇÃO
Carcaça
Difusor
Estagio
Rotor
Eixo
Figura 1.1 – Desenho esquemático de uma BCS de múltiplos estágios
16 6 60
Altura de elevação (m)
13 5 50
Altura
Eficiência (%)
Potência (hp)
11 4 40
Eficiência
8 3 30
5 2 20
Potência
Faixa operacional
3 1 10
0 0 0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Vazão (B/D)
Figura 1.2 – Exemplo de curvas de catálogo do desempenho de uma bomba centrífuga
Porém, quando a bomba passa a operar com fluidos viscosos (fluido viscoso
é uma referência para fluidos com viscosidade maiores que a da água), o
24
H
H
Hv
v
Q
Figura 1.3 – Degradação do desempenho de uma bomba centrífuga devido ao efeito da
viscosidade.
Fonte: Gülich, 2010
escoamento de fluidos de alta viscosidade em BCSs são escassos, bem como para
bombas centrífugas de múltiplos estágios.
Uma alternativa para a obtenção de uma quantidade consistente de dados de
desempenho de bombas pode ser obtida por meio da ferramenta de Dinâmica dos
Fluidos Computacional (DFC). A versatilidade proporcionada pelos programas
computacionais de DFC torna viável, desde que devidamente validada, a avaliação
de uma ampla faixa de condições operacionais, sendo fundamental na análise da
degradação do desempenho das bombas centrífugas operando com fluidos de
viscosidades maiores aos da água.
1.1 OBJETIVO
1.2 JUSTIFICATIVA
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1,5
QPME
a
QPME
v
Qv HPME
v
s PME a (2.1)
gH gH
0.75 0.75 a
a v QPME HPME
PME PME
QPME
a a
QPME
Reevdocia 6,0345 RStepanoff v
, (2.3)
a
gHPME QPME
a a
nos quais QPME , HPME são a vazão e a altura de elevação para o ponto de melhor
v
eficiência operando com água, QPME é a vazão no ponto de melhor eficiência para
1,5
Qv HPME
v
CQ PME
a
a , (2.5)
QPME HPME
rpm. Pode-se observar que, neste método, o único dado geométrico necessário para
calcular os fatores de correção é o raio de saída do rotor, r2.
Na Tabela 2.1 são apresentadas as relações necessárias para corrigir o
desempenho da bomba propostas por Gulich (2010). Onde fq representa a
quantidade de entradas da bomba, por exemplo, para bombas de entrada simples, fq
possui valor igual a 1, para bombas de dupla entrada fq é igual a 2, e assim por
diante. Os valores de Q e H são para a água no ponto de máxima eficiência, g é a
aceleração gravitacional e n a rotação. Gulich (2010) afirma que o método proposto
é valido para bombas com rotação específica 7 < nq < 50.
ur2 2 nr22
Número de Reynolds Re (2.6)
60
2 1 n Q
Rotação específica s n
3/4 q
(2.7)
60g 52,9 H3/4
Número de Reynolds ReGülich Re s1,5 fq0,75 (2.8)
modificado
Fator de correção para altura 6,7
fH,opt Re
(2.9)
Hopt Gülich
Re0,735
Gülich
Q K H, (2.14)
nd22
RD 2620 5
, (2.15)
10
120
180
110
QK H
160
100
140 90
QK H
120 80
70
100
60
80
50
60
40
Eficiência - %
Eficiência - %
Bomba IL11
Rotação 2875 rpm Bomba IL21
Rotação 1895 rpm
Vazão - gpm
Vazão - gpm
Figura 2.1 – Curvas de desempenho para as bombas IL11 e IL21 operando nas rotações de
2875 e 1895rpm, respectivamente, para várias viscosidades
Fonte: Adaptado de Ippen, 1946.
3 MODELAGEM MATEMÁTICA
V 0, (3.1)
DV
p 2 .V g , (3.2)
Dt
io
nár
io
s tac
nioe
mí
Do
vo
ati
o rot
míni
Do
Figura 3.1 – Domínios existentes em um programa computacional comercial de simulação
numérica de máquinas de fluxo.
V xyz 0 , (3.3)
DV xyz
Dt
p 2 V xyz g 2 V xyz ( r ) , (3.4)
Z
z
y Y
x
X
Figura 3.2 – Sistemas de coordenadas para um referencial não inercial rotativo
Fonte: Adaptado de Segala, 2010.
’ (t)
t
Figura 3.3 – Propriedade genérica, , de um escoamento turbulento em função do tempo, t
Fonte: Azevedo, 2010.¨
Dessa forma, a propriedade genérica pode ser escrita como a soma da média com a
flutuação da propriedade:
1 t T
x lim x,t dt .
t T t
(3.6)
xi
V i v i' 0 , (3.7)
lim
1 t T
t T t xi
Vi v i' dt
xi
Vi v i'
xi
Vi
xi
v i' 0 , (3.8)
xi
Vi 0 . (3.9)
t
Vi v i'
x j
Vi v i' Vj v 'j
I
II
, (3.10)
2
xi
pi pi' 2 Vi v i' gi Si
x j
III IV
44
Si 2 Vxyz r . (3.11)
Expandindo os termos I, II, III e IV e aplicando a média temporal sobre cada termo,
tem-se:
t i
I
V v '
i lim
t t
t T 1
T t
Vi v i'
t
Vi v i'
,
(3.12)
t
i
V v ' V
i
t
i
t T
'
Vi v i' Vj v 'j dt
t t
x V v '
V v lim
i i j j x j
j
x j
Vi v i' Vj v 'j
II Vi Vj Vv ' ' ' '
i j Vj v i v i v j
, (3.13)
x j
' ' ' '
V V V v '
V v '
v v V V viv j
x j x j x j x j x j x j
i j i j j i i j i j
0
x pi
p '
i
t t
lim
t T
xi
pi pi' dt
xi
pi pi'
i
III ' , (3.14)
pi pi pi
xi xi xi
0
2
T
2
2
' '
2 V v i lim 2
V v i dt Vi v i'
x j x j x j
i i 2
t t
IV . (3.15)
V v ' V
2 2 2
x 2j
i
x 2j
i
x 2j
i
0
( Vi v i' ) é nula, pois v i' 0 . Entretanto, o produto médio das flutuações ( v i' v 'j ), não é
45
' ' 2
t
Vi
x j
VV
i j
x j
v v
i j
xi
pi
x 2j
Vi gi Si , (3.16)
1
t
Vi
x j
i j
VV
xi
pi
x j
x j
Vi v i' v 'j gi Si .
(3.17)
V 2
v i' v 'j t i k ij , (3.18)
x 3
j
46
delta de Kronecker .
A partir da equação (3.18), observa-se a semelhança entre o modelo proposto
e a equação constitutiva para a tensão de escoamentos laminares envolvendo
fluidos newtonianos. Porém, a viscosidade turbulenta não é uma propriedade do
fluido e sim uma característica do regime de escoamento turbulento que é estimado
utilizando um modelo de turbulência.
Os modelos de turbulência de duas equações como o k padrão e k são
baseados na hipótese de Boussinesq, nos quais buscam modelar a viscosidade
turbulenta, t , sendo apresentados nas próximas seções.
k2
t C . (3.19)
v i' v i'
, (3.20)
xk xk
1 ' '
k vivi . (3.21)
2
k k t k
Vj P , (3.22)
t x j x j k x j k
V Vj V 2 V Vk
Pk t i i k
3 t k . (3.23)
x j xi x j 3 xk xk
t
Vj C 1Pk C 2 , (3.24)
t x j x j x j k k
k
t , (3.25)
k k t k
Vj Pk k ,
*
(3.26)
t x j x j k x j
48
t k
Vj Pk .
2
(3.27)
t x j x j x j k
*k , (3.28)
k Vk
i t k
Pk k ,
*
(3.29)
t xi xi k2 x i
Vi t 1 k
2 Pk 2 2
2
, (3.30)
t xi xi 2 xi k 2 xi xi
49
Pk t S2
1 Vi Vj . (3.31)
S 2SijSij Sij
2 x j xi
k Vk
i t k
Pk k ,
*
(3.32)
t xi xi k1 xi
Vi t
1 Pk 1 ,
2
(3.33)
t xi xi 1 xi k
onde 3 é o resultado da combinação entre os modelos k- (1) e k- (2). F1 é uma
função que mescla os dois modelos de turbulência, dada por:
500 4 2
4
F1 tanh min max * , 2 , 2
y y CDk y
. (3.35)
1
CDk max 2 2 ,10 10
xi xi
Para a região próxima da parede F1→1, assim a contribuição do modelo k é maior,
para região mais afastada da parede F1→0, sendo o modelo k de maior
contribuição.
50
k Vk
i t k
Pk k ,
*
(3.36)
t xi xi k3 xi
Vi t 1
2 1 F1
t xi xi 3 xi 2 xi xi
, (3.37)
3 Pk 3 2
k
2014).
Vi Vi Vj
Pk t Pk min Pk ,10 * k . (3.38)
x j x j xi
1k
t ; t t , (3.39)
max 1,SF2
2 k 500
2
F2 tanh max * , 2 , (3.40)
y y
4 MODELO NUMÉRICO
Centro do elemento
Nó
Elemento
Volume de controle
d
dt
d Vjdn j 0 , (4.1)
S
t
Uid
x j
Vj Vi dnj
S
, (4.2)
V Vj
x
p j dn j ef i
x x j j
dn S d
S j S j i V
n1 n2
ip1
ponto de integração
ip3
ip2
setores
centro do elemento
n3
Figura 4.2 – Elemento de malha
Fonte: Adaptado de Ansys, 2014.
0
mip 0 , (4.3)
t ip
Vi 0 Vi0
mip Vi ip Pni ip
t ip ip
, (4.4)
Vi Vj
n
eff x j xi j
SVi
ip
ip
t
4 3
8
7
s
1 2
u 5
6
Figura 4.3 – Elemento hexagonal
Fonte: Adaptado de Ansys, 2014.
ip up ' r , (4.7)
geométrico envolvendo os nós adjacentes e o próprio nó. Dessa forma, para cada
ponto de integração ao redor do nó, a equação (4.7) é resolvida para ’ garantindo
que não sejam ultrapassados os valores de min e max . O valor nodal de ’ é
assumido ser o menor valor entre todos os pontos de integração ao redor do nó.
Os termos difusivos são discretizados com o auxílio das funções de forma,
que avalia as derivadas espaciais para todos os termos difusivos. A equação (4.8)
mostra um exemplo para a derivada na direção x no ponto de integração ip:
Nn
n . (4.8)
x ip n x ip
p p
Vi,ip V i,ip fip
x ip x
c ip fip Vi,ip
ip
0
0
V i,ip , (4.10)
dip
fip , (4.11)
1 c ip dip
dip , (4.12)
a
c ip . (4.13)
t
1
,
n1/2 0 0 00
(4.14)
2
1
,
n1/2 0
(4.15)
2
1 3 1 00
d 2 .
0
(4.16)
t t 2 2
a
vizi
viz
i iviz bi , (4.17)
57
viz
u
v
iviz , (4.19)
w
p i
bu
b
bi .
v
(4.20)
b w
bp i
Do,2 Do, 3
Do,1
10 mm
Di,1 Face de
Pá do 1 in sucção
rotor Entrada
Rotor e1 da pá
do rotor
Coroa do b1
rotor do Face de
P á to r pressão
ro da pá
Cubo do Di,2 Di, 3
b2
rotor
b3 Interface e2
e3
Face de
pressão
da palheta
Pá s or
Superfície
d ifu
do
mediana
Face de
Saída do b4 Difusor sucção
difusor
da palheta
Di, 4
Cubo do difusor Do,4 e4
Coroa do difusor Pá do difusor
fornecer uma vazão Qdes = 1,01∙10-3 m³/s e uma altura de elevação Hdes = 8,6 m, por
59
Pás
Coroa
Cubo
Figura 4.7 – Simetria geométrica do rotor da BCS GN7000, à esquerda 1/7 do rotor e à direita o
rotor completo.
Figura 4.8 – Malha numérica do domínio do rotor, difusor e parte do tubo de entrada.
Tubo de
descarga
Rotor (não deslizamento Vazão
(não deslizamento V=0) especificada
Velocidade angular = ) (m = cte)
Interface rotor/
Tubo de entrada
Interface Difusor/
Tubo de entrada Tubo de descarga
(não deslizamento
V=0)
Difusor
(não deslizamento
Interface V=0)
pref = 0 [Pa] Rotor/Difusor
Figura 4.9 – Condições de contorno e interface aplicadas nas simulações numéricas.
A conexão das malhas é feita pelo algoritmo chamado General Grid Interface
(GGI). Este garante o balanço de todos os fluxos através da interface, onde
superfícies de controle são numericamente geradas pelo algoritmo, baseado na
distribuição da malha.
A Figura 4.10 mostra um exemplo de como é realizada a conexão entre o
componente rotativo e o estático. Observa-se que a malha do componente rotativo é
diferente do estático, também, existem duas regiões onde não há contato entre os
domínios, indicado em Int 1 e Int 2. Essa situação ocorre devido ao movimento
relativo da parte móvel em relação à estática. Um algoritmo chamado de pitch
change é utilizado para identificar as regiões onde não existe o contato entre as
malhas e faz a transferência de informações de Int 1 para Int 2.
Pá Int2
Componente estático
Malha do componente estático
1 t T
t dt ,
T t
(4.21)
Tabela 4.2 – Teste de independência de malha para a condição de vazão igual à 0,5∙Qdes
para água na rotação de 3500rpm.
Malha 1 Malha 2 Diferença [%]
Nº elementos Rotor 630932 1080554 71,26
Nº elementos Difusor 561894 1034752 84,15
H[m] 36,05 36,35 0,84
[%] 57,89 58,48 1,02
Figura 4.11 – Posições das linhas de cálculo do perfil de velocidades do teste de malha,
localizados na superfície mediana.
Da Figura 4.12, observa-se que não houve mudança significativa entre o perfil
de velocidades da malha 1 para a malha 2, corroborando com os resultados de
desempenho apresentados na Tabela 4.2. Portanto, a configuração da malha 1 foi
escolhido para simular o escoamento no interior das BCSs.
0,6
Malha 1
Malha 2
Difusor
0,4
Rotor
V/U2
0,2
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
FS * FP
Figura 4.12 – Perfis de velocidade adimensional em função da posição *.
t+t
Canal
2/7
t
Figura 4.13 – Passo de tempo do rotor em relação ao difusor.
cada simulação. Verifica-se que para a simulação com 12 passos de tempo por
passagem de pá, os valores de R² foram os mais elevados para a maioria dos perfis
de velocidade. Além disso, o tempo computacional utilizado para essa simulação foi
63,24 horas menor que o utilizado na simulação de 20 passos de tempo por
passagem de pá, uma economia de tempo considerável. Portanto, conclui-se que
escolhendo 12 passos de tempo por passagem de pá é suficiente para a realização
das simulações numéricas. Os 12 passos de tempo por passagem de pá é
equivalente ao movimento do rotor em 4,3º por passo de tempo, aproximadamente,
com a bomba operando na rotação de 3500rpm.
Tabela 4.3 – Teste de passo de tempo para rotação de 3500rpm e vazão igual à 0,5∙Qdes.
0,50 6 PT
8 PT
0,40 12 PT
16 PT
0,30
V/U2
20 PT
0,20
0,10
1º Rotor 2º Rotor 3º Rotor
0,00
0,50
1º Difusor 2º Difusor 3º Difusor
0,40
0,30
V/U2
0,20
0,10
0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
FS * FP FS * FP FS * FP
15
médio (a) 1º estágio (b)
10
H [m]
1 Estágio
5 3 Estágios
5 Estágios
0
15
estágio intermediário (c) último estágio (d)
10
H [m]
0
0 0,25 0,5 0,75 1 1,25 1,5 0 0,25 0,5 0,75 1 1,25 1,5
Q/Qdes Q/Qdes
Figura 4.15 – Teste de número de estágios. (a) valor médio por estágio. (b) primeiro estágio. (c)
estágio intermediário. (d) último estágio.
1,6
Q/Qdes
0,25
0,50
1,4 0,75
1,00
pestágio / pmédio
1,15
1,25
1,2
Média
1,0
0,8
1 2 3 4 5
Estágio
Figura 4.16 – Variação do gradiente de pressão por estágio.
Das Figuras 4.15 e 4.16, conclui-se que a quantidade de estágios influência
no desempenho da BCS. Entretanto, observou-se que a partir de três, o
72
campo de escoamento médio que pode ser utilizado como aproximação inicial nas
simulações em regime transiente.
As simulações transientes são feitas após as simulações em regime
permanente que servem como uma aproximação inicial. O passo de tempo utilizado
foi de 12 passos de tempo por passagem de pá, o que representa o deslocamento
do rotor em 4,3º, por passo de tempo, para a rotação de 3500rpm, sendo
equivalente à 2,04∙10-4 segundo. O critério de convergência para cada passo de
tempo transiente utilizado foi de resíduo mínimo RMS (Root Mean Square) de 1∙10-5
ou 10 iterações.
A simulação de fluidos de alta viscosidade em bombas centrífugas traz uma
dificuldade que é a de determinar o regime de escoamento no interior de uma
bomba centrífuga. Essa dificuldade ocorre devido à geometria curva dos rotores e
difusores, além do movimento rotativo que pode introduzir turbulência. Não foi
encontrada na literatura, uma metodologia para determinar o regime de escoamento.
Assim, uma forma de estimar o regime de escoamento foi através de um número de
Reynolds, ReDh VmédDh / , baseado no diâmetro hidráulico das seções transversais
dos canais da bomba, Dh, em que Vméd é a velocidade média através da área de
seção transversal dos canais da bomba. Um valor de ReDh crítico igual a 2300 foi
adotado, em que para valores acima foi considerado o regime turbulento e valores
abaixo o regime laminar. Ainda, foi verificado que para viscosidades acima de 147cst
o número de Reynolds era abaixo de 1000.
74
5 RESULTADOS
16 16
1 cst 48 cst
12 12
H [m]
8 8
4 4
0 0
0 0,005 0,01 0,015 0,02 0 0,005 0,01 0,015 0,02
15
571 cst 810 cst
12
9
H [m]
0
0 0,004 0,008 0,012 0,016
Q [m³/s] Q [m³/s]
3500 rpm exp. 3000 rpm exp. 2400 rpm exp. 1800 rpm exp.
3500 rpm num. 3000 rpm num. 2400 rpm num. 1800 rpm num.
Figura 5.1 – Validação do modelo numérico para a BCS GN7000.
G 1, 2 , , n 0
ou . (5.2)
1 G1 2 , , nm
77
M L3 1 M M
, , , , ,L , com dimensões primárias, m=3.
Lt 2 t t L3 Lt
Assim, a partir do teorema de Pi de Buckingham, três grupos adimensionais
(n-m=3) serão formados a partir dos parâmetros dimensionais. Logo, tem-se:
P
1 , (5.7)
2D22
gH gH
1 2 2. (5.8)
D2 D2
2 2
Q
2 , (5.9)
D32
D22
3 . (5.10)
2 , dado por:
1/2
Q
1/2
D32 Q1/2
s 2
. (5.11)
13/4 gH
3/4
gH
3/4
2 2
D2
f ,Re , (5.12)
f ,s , (5.13)
Q des
n
des Qdes
H des
2
n
des Hdes
, (5.15)
Re
Ren
Re ,des
s
n
s,des
forma geral, pode-se entender essa degradação como um aumento da relação entre
perdas por atrito com a capacidade da bomba em fornecer energia ao fluido.
1,60
Re 727139 Re 623262
Re 498609 Re 373957
Re 15036 Re 10310
Re 7733 Re 3342
Re 1253 Re 859
1,20
Re 607
Re 455
n
0,80
0,40
0,00
0,00 0,40 0,80 1,20 1,60
n
Figura 5.3 – Curvas de coeficiente de altura de carga normalizado em função do coeficiente de
vazão normalizado para BCS GN5200 para diferentes números de Reynolds.
(refletido aqui nos números de Reynolds ainda mais baixos), a degradação passa a
ser ainda maior.
1,60
Re 713898 Re 611913
Re 489530 Re 367148
Re 15037 Re 10311
Re 7733 Re 3342
1,20 Re 1253 Re 859
Re 607 Re 455
n
0,80
0,40
0,00
0,00 0,40 0,80 1,20 1,60
n
Figura 5.4 – Curvas de desempenho da BCS GN7000 para diferentes números de Reynolds.
1,0 1,0
Re = 3342 Re = 3342
0,5 0,5
Re = 1252
Re = 1252
0,0 0,0
0,0 0,5 1,0 1,5 0,0 0,5 1,0 1,5
n n
Figura 5.5 – Influência do número de Reynolds no desempenho, para a BCS GN5200 (a) e para
a BCS GN7000 (b).
V/U2
0,70
0,53
0,35
3500rpm 582,0cSt
0,18
0,00
Figura 5.6 – Comparação entre os campos de velocidade instantâneo na superfície mediana
dos três rotores, para Re = 1252 e coeficiente de vazão normalizado n = 0,15 para a BCS
GN5200.
V/U2
0,70
0,53
0,35
3500rpm 571,4 cSt
0,18
0,00
Figura 5.7 – Comparação entre os campos de velocidade instantâneo na superfície mediana
dos três rotores, para Re = 1252 e coeficiente de vazão de vazão normalizado, n = 0,15 para a
BCS GN7000.
0,60 0,25
399cst 392cst 1 2
582cst 571cst 0,20
0,40
0,15
V/U2
0,10
0,20
0,05
0,00 0,00
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
FS * FP FS * FP
0,80
3
0,60
V/U2
0,40
0,20
0,00
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
FS * FP
Figura 5.9 – Perfil de velocidade adimensional para Re =1252 em função da posição * no
segundo rotor em três posições diferentes.
estreita das curvas de altura de elevação, se for levada em conta apenas a análise
dimensional realizada.
Para ilustrar essa diferença, a Figura 5.10 apresenta a comparação de
algumas curvas de coeficiente de altura de carga em função do coeficiente de vazão
normalizados das BCSs GN7000 e GN5200. Observa-se que as curvas não
apresentam um padrão de similaridade aparente, como o observado na Figura 5.5,
Ao menos em termos dos números adimensionais utilizados, observa-se que as
curvas de ambas as bombas não se colapsam, e que com a diminuição do número
de Reynolds a degradação de desempenho da BCS GN5200 é mais acentuada que
na GN7000, apesar de as bombas serem geometricamente parecidas.
1,80
GN7000 Re 713898
GN5200 Re 727139
1,50
GN7000 Re 3340
GN5200 Re 3340
1,20
GN7000 Re 455
GN5200 Re 455
n
0,90
0,60
0,30
0,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00
n
Figura 5.10 – Comparação do desempenho das BCSs GN7000 e GN5200, para diferentes
números de Reynolds.
recair sobre uma curva de n constante. Além disso, observa-se que os dados de
ambas as BCSs concordam muito bem entre si.
1,8
Curva da água
GN 7000
1,5 GN 5200
n=0,6
n=0,8
1,2
n=1,0
n=1,15
n
0,9 n=1,25
0,6
0,3
0
0 0,5 n 1 1,5
Figura 5.11 – Degradação do desempenho das BCSs GN7000 e GN5200 para rotação específica
normalizada constante.
88
Devido aos resultados das duas BCSs apresentarem boa concordância nos
resultados, da degradação do coeficiente de altura de carga em função do
coeficiente de vazão, será avaliado o campo de escoamento considerando rotação
específica normalizada constante.
0,50
0,25
GN7000
0,00
Figura 5.12 – Campo de escoamento na superfície mediana nas BCSs GN7000 e GN5200,
operando com água na rotação de 3500 rpm e n igual a 1.
0,8
GN 5200
0,6 GN 7000
Rotor
V/U2
0,4
0,2
1 2 3
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
FS * FP FS * FP FS * FP
0,6
0,4
Difusor
V/U2
0,2
1 2 3
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
FS * FP FS * FP FS * FP
Figura 5.13 – Perfis de velocidade nos rotores e difusores, das BCSs GN7000 e GN5200,
localizados na metade da distância entre BA e BF.
A Figura 5.14 mostra os campos de escoamento nos três estágios das BCSs
GN7000 e GN5200, operando com fluido de 47,6cSt e 48,5cSt, respectivamente, na
90
0,50
0,25
GN7000
0,00
Figura 5.14 - Campo de escoamento na superfície mediana nas BCSs GN7000 e GN5200,
operando com fluido de 47,6cSt e 48,5cSt, respectivamente, na rotação de 3500 rpm e n igual
a 1.
0,8
0,6
Rotor
V/U2
0,4
0,2 GN 5200
1 GN 7000 2 3
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
FS * FP FS * FP FS * FP
0,6
0,4
Difusor
V/U2
0,2
1 2 3
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
FS * FP FS * FP FS * FP
Figura 5.15 – Perfis de velocidade nos rotores e difusores, das BCSs GN7000 e GN5200,
localizados na metade da distância entre BA e BF.
0,43
0,22
GN7000
0,00
Figura 5.16 – Campo de escoamento na superfície mediana nas BCSs GN7000 e GN5200,
operando com fluido de 571,4cSt e 582,0cSt, respectivamente, na rotação de 2400 rpm e n
igual a 1.
A Figura 5.17 apresenta os perfis nos rotores e difusores das BCSs, para os
casos discutidos na Figura 5.16. Observa-se que os perfis de velocidade nos rotores
apresentam formas tipicamente laminar. Ainda, verifica-se que as curvas possuem a
mesma tendência, mais próxima que nos casos anteriores. Já nos difusores é
observada a mesma tendência, entretanto o perfil de velocidades na GN7000
apresenta maior amplitude. A perda em velocidade indica o aumento das perdas
viscosas
93
0,6
1 GN 5200 2 3
GN 7000
0,4
Rotor
V/U2
0,2
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
FS * FP FS * FP FS * FP
0,6
1 2 3
0,4
Difusor
V/U2
0,2
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
FS * FP FS * FP FS * FP
Figura 5.17 – Perfis de velocidade nos rotores e difusores, das BCSs GN7000 e GN5200,
localizados na metade da distância entre BA e BF.
1,8
Curva da água
GN7000
GN5200
1,5
n=0,6 ITAP (Amaral, 2007)
n=0,8
1,2
n=1,0
n=1,15
n
0,9 n=1,25
0,6
0,3
0
0 0,5 1 1,5
n
Figura 5.18 – Resultados numéricos para as BCSs GN5200, GN7000 e dados experimentais de
Amaral (2007) para a bomba centrífuga radial ITAP, para n constante.
n
CH (5.16)
n,a s*
n
CQ (5.17)
n,a s*
CQ C1,5
H (5.18)
1,6
= 0,6
n n = 0,8 n = 1,0
GN5200
1,2 GN7000
ITAP
CQ
0
1,6
n = 1,15 n = 1,25
1,2
CQ
0,8
0,4
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
CH CH
Figura 5.19 – Resultados numéricos para as BCSs e experimentais para a ITAP mostrando a
relação de CH com CQ para diferentes n .
Qa,des 1
Remod , (5.19)
gHa,des s
Qop
s . (5.20)
gHop
3/4
indicando que a degradação é mínima nesse caso. Já para valores de Remod entre
10² e 104, CH sofre degradação severa. Para o caso de operação da bomba
centrífuga com fluidos a uma viscosidade muito elevada CH tende a zero.
97
1,2
0,8
CH
0,6
0,4
GN5200
0,2 GN7000
ITAP (Amaral, 2007)
Correlação proposta
0 0 1 2 3 4 5 6 7
1,0·10 1,0·10 1,0·10 1,0·10 1,0·10 1,0·10 1,0·10 1,0·10
Remod
Figura 5.20 – Relação entre o fator de correção para a altura de elevação em função do Remod,
para os resultados numéricos das BCSs GN7000, GN5200 e os dados experimentais da bomba
centrífuga radial ITAP.
C
CH Re
C1
Re 2 (5.21)
mod mod
gHa,des gHop
0,75 0,75
altura de elevação (CH) e vazão (CQ)
4,462
s,op CH Remod Remod
n
0,7
CQ C1,5
H
s,des
Dados de saída
Não Verificar se Sim Altura de elevação (H) e vazão (Q)
0,6≤ n ≤ 1,25 n
2
n
H CH Hop v Q CQ Qop v
ndes ndes
Figura 5.21 – Fluxograma para o cálculo das condições de operação fora da condição de
design.
99
16
14
12 Catálogo
10 Pontos de análise
H [m]
8 Pontos degradados
6 Rotação específica
4 constante
2
0
0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025
Q [m³/s]
Figura 5.22 – Exemplo da aplicação do método de previsão da degradação do desempenho da
BCS GN7000.
100
Erro 100
Exp. Mod. (5.22)
Exp.
Exp. Mod.
Erro n
; Erro 1/ n Erro , (5.23)
1/ n Exp.i
i1
16
48cst
3500rpm
Proposto
12 TUALP
HI
H [m]
Gulich
8
2400rpm
4
1800rpm
0
0 0,002 0,004 0,006 0,008 0,01 0,012 0,014
Q [m³/s]
Figura 5.23 – Comparação entre os métodos de correção proposto, TUALP, HI e Gülich, para a
viscosidade de 48cst nas rotações de 3500, 2400 e 1800rpm.
102
14
3500rpm 218cst Numérico
12 Proposto
TUALP
10
HI
8 Gülich
H [m]
2400rpm 149cst
6
0
0 0,002 0,004 0,006 0,008 0,01 0,012
Q [m³/s]
Figura 5.24 – Comparação entre os métodos de correção proposto, TUALP, HI e Gülich, para as
viscosidades de 218cst e 149cst nas rotações de 3500 e 2400rpm, nesta ordem.
Tabela 5.2 – Erro médio ponderado entre os métodos de correção e o resultado numérico, para
as viscosidade de 48cst, 149cst e 218cst.
Erro médio ponderado [%]
48cst 3500rpm 48cst 2400rpm 48cst 1800rpm 149cst 2400rpm 218cst 3500rpm
Método
Q H Q H Q H Q H Q H
HI 8,90 10,28 12,11 15,13 14,68 19,54 27,81 41,96 26,50 40,86
TUALP 15,32 20,45 18,71 25,41 90,98 18,42 129,73 13,60 127,61 13,77
Gülich 1,31 1,63 1,68 2,12 2,14 2,41 3,98 4,83 3,84 4,73
Proposto 3,46 2,63 2,34 2,18 5,47 3,27 4,92 3,88 4,83 3,82
14
582cst Numérico
3500rpm
12 Proposto
TUALP
10
HI
8 Gülich
H [m]
6 2400rpm
0
0 0,002 0,004 0,006 0,008 0,01 0,012
Q [m³/s]
Figura 5.25 – Comparação entre os métodos de correção proposto, TUALP, HI e Gülich, para a
viscosidade de 580cP nas rotações de 3500 e 2400rpm.
6
824cst Numérico
2400rpm
Proposto
5
TUALP
4 HI
Gülich
H [m]
3 1800rpm
0
0 0,001 0,002 0,003 0,004 0,005 0,006
Q [m³/s]
Figura 5.26 – Comparação entre os métodos de correção proposto, TUALP, HI e Gülich, para a
viscosidade de 824cst nas rotações de 2400 e 1800rpm.
Tabela 5.3 – Erro médio ponderado entre os métodos de correção e o resultado numérico, para
as viscosidade de 582cst e 824cst.
Erro médio ponderado [%]
582cst 582cst 824cst 824cst
Método 3500rpm 2400rpm 2400rpm 1800rpm
Q H Q H Q H Q H
HI 42,99 114 55,46 251 65,89 2253 70,54 364
TUALP 152 2,89 171 11,08 181 39,14 176 93,55
Gülich 6,78 8,63 12,57 16,84 22,47 35,44 33,55 71,88
Proposto 8,55 6,81 12,63 10,41 21,02 20,30 31,77 38,40
16
48cst Numérico
3500rpm
Proposto
12 TUALP
HI
Gülich
H [m]
8
2400rpm
1800rpm
4
0
0 0,004 0,008 0,012 0,016 0,020
Q [m³/s]
Figura 5.27 – Comparação entre os métodos de correção proposto, TUALP, HI e Gülich, para a
viscosidade de 48cst nas rotações de 3500, 2400 e 1800rpm.
14
Numérico
12 Proposto
3500rpm 214cst TUALP
10
HI
8 Gülich
H [m]
2400rpm 147cst
6
0
0 0,003 0,006 0,009 0,012 0,015 0,018
Q [m³/s]
Figura 5.28 – Comparação entre os métodos de correção proposto, TUALP, HI e Gülich, para as
viscosidades de 147cst e 214cst nas rotações de 2400 e 3500rpm, respectivamente.
Tabela 5.4 – Erro médio ponderado entre os métodos de correção e o resultado numérico, para
as viscosidade de 48cst, 149cst e 217cst.
Erro médio ponderado [%]
149cst 217cst
48cst 3500rpm 48cst 2400rpm 48cst 1800rpm
Método 2400rpm 3500rpm
Q H Q H Q H Q H Q H
HI 9,04 7,75 12,50 10,40 15,82 13,05 18,17 17,35 17,41 17,16
TUALP 21,77 14,89 25,86 17,57 26,91 19,51 20,79 21,31 20,72 21,19
Gülich 4,18 2,74 3,70 3,28 5,27 3,73 6,56 4,16 6,36 4,16
Proposto 9,17 4,08 8,41 4,68 8,76 5,13 8,86 5,57 8,70 5,40
14
571cst Numérico
12 Proposto
3500rpm
TUALP
10
HI
8 Gülich
H [m]
2400rpm
6
0
0 0,003 0,006 0,009 0,012 0,015
Q [m³/s]
Figura 5.29 – Comparação entre os métodos de correção proposto, TUALP, HI e Gülich, para a
viscosidade de 571cst nas rotações de 3500 e 2400rpm.
107
7
810cst Numérico
2400rpm
6 Proposto
5 TUALP
HI
4
H [m]
1800rpm Gülich
3
0
0 0,001 0,002 0,003 0,004 0,005 0,006 0,007 0,008
Q [m³/s]
Figura 5.30 – Comparação entre os métodos de correção proposto, TUALP, HI e Gülich, para a
viscosidade de 810cst nas rotações de 2400 e 1800rpm.
14
3500rpm 3580cst Numérico
12 Proposto
10 Gülich
8
H [m]
4 1800rpm
0
0 0,001 0,002 0,003 0,004 0,005 0,006
Q [m³/s]
Figura 5.31 – Comparação entre os métodos de correção proposto e Gülich, para a viscosidade
de 3580cst nas rotações de 3500 e 1800rpm.
108
Tabela 5.5 – Erro médio ponderado entre os métodos de correção e o resultado numérico, para
as viscosidade de 571cst, 810cst e 3580cst.
Erro médio ponderado [%]
571cst 571cst 810cst 810cst 3580cst 3580cst
Método 3500rpm 2400rpm 2400rpm 2400rpm 3500rpm 1800rpm
Q H Q H Q H Q H Q H Q H
HI 10,93 21,16 11,88 29,71 14,72 46,78 18,39 75,23 - - - -
TUALP 16,14 21,41 16,98 24,79 23,18 36,43 35,66 61,42 - - - -
Gülich 11,70 12,23 13,48 15,18 12,94 15,34 9,86 12,53 7,04 17,25 2,93 13,61
Proposto 12,07 9,92 13,71 11,76 13,64 11,87 10,94 9,77 7,44 11,05 4,62 10,95
14
278cst Experimental
12 905rpm Proposto
TUALP
10 HI
Gülich
8
H [m]
6
600rpm
0
0,000 0,002 0,004 0,006 0,008 0,010
Q [m³/s]
Figura 5.32 – Comparação entre os métodos de correção proposto, TUALP, HI e Gülich, para a
viscosidade de 278cst nas rotações de 905 e 600rpm.
10
571cst Experimental
800rpm
Proposto
8 TUALP
HI
Gülich
6
612rpm
H [m]
0
0,000 0,002 0,004 0,006 0,008
Q [m³/s]
Figura 5.33 – Comparação entre os métodos de correção proposto, TUALP, HI e Gülich, para a
viscosidade de 571cst nas rotações de 800 e 612rpm.
110
Tabela 5.6 – Erro médio ponderado entre os métodos de correção e os dados experimentais de
Amaral (2007), para as viscosidade de 278cst e 571cst.
Erro médio ponderado [%]
278cst 905rpm 278cst 600rpm 571cst 800rpm 571cst 612rpm
Método
Q H Q H Q H Q H
HI 10.61 8.71 5.37 4.64 4.99 4.89 8.14 11.58
TUALP 30,52 28,27 31,15 28,55 31,09 30,98 28,04 67,25
Gülich 22,05 19,37 40,55 35,86 36,32 33,70 56,54 71,68
Proposto 20,61 12,75 16,94 10,78 9,80 7,06 7,98 7,86
6 CONCLUSÕES
7 REFERÊNCIAS
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Flow in Centrifugal Pump: Volute Influence in Velocity and Pressure Fields.
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Fluidos, 7ª edição, LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora, Rio de Janeiro, RJ
Li, W. G. Effect of Exit Blade Angle, Viscosity and Roughness in Centrifugal Pumps
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115
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Course, Texas, 2000.
APÊNDICE A
Qa,PME Qv,PME
s , (1)
gHa,PME gHv,PME
0,75 0,75
v
HPME
denominada de fator de correção para altura de elevação FH a .
HPME
v
nQPME
ReStepanoff (3)
HPME
a
90
80
70
60
Eficiência [%]
50
40
30
Fator de correção para
altura de elevação, FH
20 100
r
rio
0 su
pe Símbolo Tam Fonte Ns rpm Símbolo Tam Fonte Ns rpm
80
ite 3/2 Ingersoll Rand 1150 3450
3 Byron Jackson 775 1750
lim
1 975 3550 5 1280 1750
FH ior
er
inf 2 1160 2875 7 1570 1780 70
ite 6 1980 1880 2 Tetlow 660 1450
lim
FH
2 975 1450 6 1060 1760
Goulds
4 835 1450 8 1810 1750
5 1090 1450 4 Delaval 1550 1750
60
8 1860 1450 5 Ingersoll Rand 1125 1750
50
4
10 105 106 v 107 108
nQPME
Número de ReynoldsReStepanoff
HPME
a
Figura A.1 – Fatores de correção para altura de elevação, vazão e eficiência em função do
número de Reynolds, ReStepanoff
Fonte: Adaptado de Stepanoff, 1967
v
Como o número de Reynolds é função da vazão do fluido viscoso, QPME , o
Fator de correção CH
CH
Fatores de correção CQ e C
CQ
C
H
ura
Alt
a
átic
em
cin
de
ida
c os
Vis
Vazão Q
PME
v
C PME
v
CPME
a
PME
a
v
QPME
CQ a
QPME
v
CQQPME
a
. (5)
QPME
v
HPME
CH a
HPME
v
CHHPME
a
HPME
a
n QPME
nq (6)
H
3/4
a
PME
122
Tabela A.1 – Tabela de cálculo das novas condições de operação da bomba com fluido
viscoso.
0,25
480
nq,Re f
Parâmetro B ; nq,Re f 20 (7)
Q gH
0,25 0,125
a
PME
a
PME
nq
0,165logB
3,15
Fator de correção para vazão CQ e (8)
Fator de correção para altura CH,PME CQ (9)
de elevação no PME
CH q * 1 1 CH,PME q *
Fator de correção para altura 0,75 Q
; q* (10)
de elevação para q*≠1 QPME
Fator de correção para f B ; 0,0547B0,69 (11)
eficiência
v gQvHv
Potência Pv (12)
v
y* 112,1374 6,6504ln(HPME
a
) 12,8429ln(QPME
a
) (13)
a
onde QPME a
é dado em B/D e HPME em pés. Usando-se o valor de y*, calcula-se o
parâmetro q*:
39,5276 26,5605ln( ) y *
q exp
*
(14)
51,6565
no ponto de melhor eficiência, 60% ( CH1 ), 80% ( CH2 ), 100% ( CH3 ) e 120% ( CH4 ). Os
(17)
q
2
3 5
CH3 1 7,0076 10 q 1,4100 10
* *
q
2
CH4 1 9,0100 10 3 q* 1,3100 10 5 *
rotação específica é de 45, isso indica que o diagrama foi desenvolvido para rotores
radiais.
a a
em que QPME e HPME são a vazão e a altura de elevação no PME, n a rotação da
rotação (rpm)
Vazão
Figura A.4 – Carta proposta por Cao et al. para prever o desempenho de uma bomba centrifuga
operando com fluido viscoso
Fonte: Cao et. al., 2013.
127
APÊNDICE B
HI (Gülich, 2010)
O método utilizado para realizar os cálculos para previsão da degradação do
desempenho foi feito utilizando as equações da Tabela A.1. O passo a passo para
obtenção dos pontos corrigidos será apresentado abaixo:
1. Dados de entrada: a
QPME 0,013597m³/s , a
HPME 9,646m ,
a
n QPME
nq =74,56 , = 300∙10-6m²/s.
H
0,75
a
PME
Q
2. Pontos de análise: q* 0,8, 1,0 e 1,15 .
QPME
3. Cálculo do parâmetro B,
0,25
480 300 106 20
B 9,92 .
0,013597 9,81 9,646
0,25 0,125
74,56
CQ e 0,8494 .
Q
CH 1,15 1 1 0,8494 1,15
0,75
0,8328; q* 1,15 .
QPME
7. O fator de correção para vazão se mantém constante.
8. Cálculo dos valores degradados,
Q 0,8 QPME
a
CQ 0,010877 0,009239m³ / s
H 0,8 Q
a
PME C 0,8 10,93 9,54m
H
Q 1,0 Qa
PME C 0,013597 0,011549m³ / s
Q
.
H 1,0 Q
a
PME HC 1,0 9,65 8,20m
Q 1,15 Qa
PME C 0,015636 0,013281m³ / s
Q
H 1,15 Qa
PME C 0,8 8,15 6,79m
H
A tabela B.1 apresenta um resumo dos cálculos feitos, junto com os valores
degradados de altura de elevação e vazão, para o caso viscoso de 300cst na
rotação de 3500rpm.
n = 3500rpm, = 300cst.
129
PME
CH 1 e
0,033823ReEvdocia
0,367769
1 e0,03382392474 0,367769
0,8962 .
A Tabela B.2 apresenta o resumo dos cálculos feitos para obter a degradação
da altura de elevação e da vazão, no PME, utilizando o método de TUALP.
2 nr22
ur2
Número de Reynolds Re (1)
60
2
a
1 n QPME
Rotação específica s nq (2)
60g3/4 52,9 Ha 0,75
PME
Número de Reynolds ReGülich Re s1,5 fq0,75 (3)
modificado
Fator de correção para altura 6,7
fH,opt Re
(4)
Hopt Gülich
Re0,735
Gülich
Q
2. Pontos de análise: q' a
0,8, 1,0 e 1,15 .
QPME
3. Cálculo do número de Reynolds,
2 nr22 2 3500 0,0221
Re 597 .
60 60 300 106
4. Cálculo da rotação específica s,
a
1 n QPME 1 3500 0,013597
s 1,41.
0,75 0,75
52,9 Ha 52,9 9,65
PME
6,7
6,7
fQ fH,opt Re
Gülich
Re0,735
Gülich 1000
10000,735
0,7493 .
Tabela B.5 – Previsão do desempenho da BCS GN7000, operando com fluido de 300cst na
rotação de 3500 rpm, para os métodos de correção HI, TUALP, Gülich e proposto.
Método de Q(0,8) H(0,8) Q(1,0) H(1,0) Q(1,15) H(1,15)
correção [m³/s] [m] [m³/s] [m] [m³/s] [m]
HI 0,009239 9,54 0,011549 8,20 0,013281 6,79
TUALP - - 0,011536 8,65 - -
Gülich 0,008150 8,61 0,010188 7,23 0,011716 5,88
Proposto 0,008105 8,98 0,009775 7,75 0,010821 6,38
132
16
Catálogo
14
Pontos de
12 cálculo
HI
10
TUALP
H [m]
8
Gülich
6
Proposto
4
0
0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025
Q [m³/s]
Figura B.1 – Previsão da degradação do desempenho, utilizando os métodos do HI, TUALP,
Gülich e proposto.