Revisão: Lisa.
Avalon.
Formatação: Lola
Levei muito tempo elaborando este livro. Depois de
totalmente, se encaixavam.
Raphael é, em suas próprias palavras, um monstro
Beijos,
Natasha.
1
The Tale of Despereaux: Livro lançado em 2003, que posteriormente foi adaptado
para o cinema em 2008.
Sofia
restituição? Eu.
às vezes.
devastou.
Raphael
Julho de 2016
Como um funeral.
O meu funeral.
Julho de 2016
2
Virgem vestal: na Roma Antiga, eram sacerdotisas que cultuavam a deusa romana
Vesta.
corredor: Deslumbrante, impressionante — E no braço do
meu irmão gêmeo. Ela recusou o seu avô.
Eu prometo.
Natal de 2015
— Parceiro de negócios.
— Sofia!
— Quem é ele?
Eu revirei os olhos.
Seis meses.
— Festa? Rapazes?
— Hum...
— Eu gosto do uniforme.
Eu balancei a cabeça.
— Sofia.
— Mas você é.
— O que?
— O que é isso?
Ele me estudou.
— A verdade.
— Isso é meu!
Aliança.
Nós ainda íamos nos casar. Eu seria dele. Ele seria meu.
Todos os meus cabelos se arrepiaram com o pensamento do
que ele esperaria de mim.
Sofia perdera peso desde a última vez que a vi. Seu rosto
parecia mais magro, seu uniforme mais folgado. Era
esperado, apesar de tudo. Eu imaginei que ela estava mais do
que um pouco ansiosa sobre o seu futuro.
Casa.
Porra.
Eu sabia que Sofia era tão vítima quanto eu, mas ela
teria que suportar seu futuro. Seu destino foi selado ao meu
há seis anos. E, em todo caso, eu fui o único que pagou o
preço mais alto. Que perdeu tanto. Eu fui o único quem foi
viver entre homens violentos, homens furiosos que o
estuprariam ou matariam e em seguida comeriam seu jantar
em cima de seu corpo quebrado.
— Foda-se.
— Foi por isso que você andou até aqui? Se for porque
você pensa que eu esqueci seu aniversário...
Eu dei de ombros.
— Sofia?
— Sofia.
Bom.
Sofia assentiu.
— Que pena.
— Sofia.
— Eu conheço o suficiente.
Eu dei de ombros.
Uma coisa que eu não sabia era que meu avô adotou o
sobrenome da minha avó. Ela se chamava Sofia Guardia,
minha homônima. Ele nunca foi chefe da família. Não
realmente. Mesmo que ele fizesse parecer que ele
era. Imaginei que quando minha avó morreu antes mesmo de
eu ter nascido, ele continuou a receber seu subsídio e vivia
na casa da família, mas só por causa da minha mãe. Ela era
a herdeira. Ele não tinha nada sem ela.
E agora que ela se foi, ele não tinha nada sem Lina e eu.
3
Contas utilizadas para evitar o pagamento de impostos e manter sob sigilo a
identidade de seus proprietários.
olhei para o homem sentado ao meu lado. Este estranho com
quem eu me casaria. Um homem com quem eu teria que
viver. Eu não sabia o que era esperado de mim. O casamento
teria que ser no papel. Eu representava metade da fortuna
Guardia para ele. No meu vigésimo primeiro aniversário, eu
herdaria. E ele roubaria essa herança, assim como meu avô
esteve fazendo toda a minha vida.
— Eles disseram?
— Menina inteligente.
— Você perdeu sua mãe alguns meses antes. Seu pai foi
acusado pelo incêndio que quase destruiu não só a sua casa,
mas todo o seu legado. Dizimando a história de sua família.
Esposa.
— Não!
— Champanhe? — Perguntou.
Ele sorriu.
— Vodca, então.
Noiva.
— Raphael...
— Me pergunte.
— Porque era verdade. Isso é uma coisa que você vai ter
comigo, Sofia. Verdade. Eu não vou mentir para você.
— Não tem que ser terrível para você. Três anos, então
você estará livre. Um casamento somente no papel. Vou até
certificar-me de que você não esteja na rua depois disso, se
você for uma boa menina.
— Estou bem.
— Nenhum namorado?
Eu o enfrentei.
— É lindo.
— Eu presto atenção.
— Raphael...
Deus. Isso não pode ser verdade. Meu avô não era tão
mau.
— Raphael…
O carro parou. Raphael abriu a porta e saiu. Meu
cérebro girou com os fatos de Raphael, e demorei um minuto
para sair do carro. Saí e olhei para a mansão, em seguida
entrei na casa, a qual estava preta do fogo.
Seminário?
— Adeus, irmão.
Ele assentiu.
Meu quarto.
— Mais de trezentos.
— Nós temos.
— Por aqui.
— O banheiro é aqui.
— O que?
Eu hesitei, limpei minha garganta, e fiz a pergunta. —
Vou continuar neste quarto quando nos casarmos?
Ele riu.
Engoli seco.
Ele sorriu.
— O que?
— A toalha. Atrás de você.
Eu me virei.
As mãos dele.
— Não.
— Sente-se.
— Eu não bebo.
Eu sorri.
— Então?
— Caminhonete de serviço?
Ele riu.
— Isso novamente.
— Não.
Eu hesitei.
— Por quê?
— Porque é onde as coisas eram boas. É onde eu me
lembro da minha mãe. Onde eu me lembro dos meus irmãos
e eu quando crianças. — Ele fez uma pausa. — Lembro-me
de ser feliz na maior parte.
— Eu sinto muito.
— A verdade, Sofia.
Ele sorriu.
— Vamos.
— Vamos, levante-se.
Eu ri.
Eu ri.
— Bom dia.
— Café ou chá?
— Estou bem.
Mentirosa.
Dei de ombros.
Dei de ombros.
— É seguro?
— É um desperdício.
— São vacas?
— Você monta?
Eu balancei a cabeça.
— Isso é incrível.
— Oh.
— Vamos.
— Não.
— Vamos.
— Onde estamos?
— Raphael.
Sofia sorriu e disse olá, quando ele tomou sua mão nas
dele.
— O que?
Ela olhou dele para o filhote, então para mim. Ela não
queria pedir permissão para mim. Eu podia ver o orgulho em
seus olhos.
— Mesmo?
Ele assentiu.
— Obrigada.
— Eu vou.
Ela subiu, sua atenção totalmente sobre o cachorro. Ela
acenou um adeus quando nós dirigimos saindo.
— Obrigada, realmente.
— Não, obrigada.
A costureira me olhou.
— Você também.
— Um padre?
— Ou se vingar.
— Eu sei.
— Certo.
— Charlie.
— Eu sinto muito.
— Eu sei.
— Eu também te amo.
— Estou bem.
Dei de ombros.
— Como quiser.
— Não.
— Estou?
— Faça-me sair.
— Saia.
— Isso importa?
— Obrigada.
Eu balancei a cabeça.
— Pare!
— Admita, — Eu exigi.
— Não.
Incapaz de me mover.
Abaixo dela.
— Raphael?
— Lado de fora?
Ele me estudou.
Eu sorri.
— Um exemplo.
— Bem, pare.
Porra.
— Não.
— Eu sou um assassino.
Eu ri.
Eu o queria.
— Sofia?
— Nenhum fantasma.
Eu parei.
— Toque-me.
Eu ofeguei, o encarando.
— Vá.
— Raphael...
Eu cerrei os dentes.
Porra.
Mas por que não poderia? Por que eu não poderia tê-
la? Ela já pertencia a mim. Porque eu não poderia ter tudo
dela?
Forcei um sorriso.
Ele assentiu.
— Claro.
Ele continuou.
— É um lugar especial.
— Não, é diferente.
Senti-me corar.
— Basta perguntar.
Ele era tão franco e tão fácil de falar. — Raphael tem
marcas nas costas.
— O que...
Damon se levantou.
— Irmão.
— Me solte.
— Errado.
Ele parou.
— Entre.
— Não. Não até que você me diga por que você está
agindo tão estranho.
— Droga, entre.
— E o seu irmão?
— Desacelere.
— É incrível.
— Nietzsche, — acrescentou.
— Pare.
— Por quê?
6
É o tipo de poluição ocasionada pela luz excessiva ou obstrutiva criada por
humanos.
Ele segurou meus pulsos e os arrastou sobre a minha
cabeça antes de rolar em cima de mim.
— Raphael...
— Que mudança?
— Hmm.
— Por favor.
Eu olhei.
— Espere!
— O que mudou?
Ele assentiu.
— Não me olhe assim. Pelo menos você vai ver sua irmã.
Confusa, eu esperei.
— Eu não entendo.
— Cristo.
— O quê? — Perguntou.
— Coloque-o, — eu disse.
Perdido novamente.
— Vai curar.
— Eu não entendo.
Silêncio.
— O que?
— Por quê?
— Obrigada.
Eu bebi.
— Raphael...
— Vá.
— Oh eu sei.
— Obrigada.
— Não.
— Eles te aborreceram?
Ela aceitou.
— Estou?
— Dispa-se.
— Pare.
— Você arrancaria?
— Eu não quero.
— Ele usou Lina. Ele disse que não permitiria que ela
estivesse aqui com você para ver o que eu faria. Ver se eu
cederia a essa demanda, ou lhe diria para ir se foder. Se eu
lhe dissesse para se foder, então ele saberia que eu não dou a
mínima para você.
— Tem mais?
Eu não poderia.
Eu queria mais.
Eu queria tudo.
— Você é tão bonita, — eu disse, traçando a curva de
sua espinha, gostando de como seu corpo reagiu, como ela
endureceu, consciente de todos os meus toques
fugazes. Inclinei minha cabeça para mais perto e beijei seu
ombro, na curva suave de seu pescoço. Ela gemeu, e eu a
virei e tomei seu rosto em minhas mãos.
E inconstante.
Eu não esqueceria.
Levantei-me da cama.
Literalmente.
— Sim.
— Eu sei que tenho que o ver. Vai ajudar ter você lá.
Sofia,
Raphael
— Vaidosa.
7
Marca de alpargatas.
cumprimentar.
— Sentem-se, senhoras.
— Não, vá em frente.
— Sofia...
— Roubando você?
— E Lina.
— Por que você me odeia, avô? O que foi que eu fiz para
você?
— Consegui.
E ela precisava
— Escolha interessante.
Nada.
— Sofia.
— Eu estou vendo.
Ela?
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Coluna de pedra ou de madeira, colocada em praça ou lugar central e público, onde
eram exibidos e castigados os criminosos. Neste caso ele se refere ao pilar de madeira
no centro do porão.
esforço fazia parte da coisa agora. Lubrificada. Mantendo-a
flexível mesmo anos mais tarde.
— Raphael.
Sofia pulou.
— Venha aqui.
Uma mentira.
A minha mercê.
— Doente, certo?
— Raphael...
Me ver nela.
Ver medo.
Sentir.
Sentir seu terror.
— Mais duro.
— Quase onze?
Ele se virou para mim, e seu rosto ficou sério. Era como
vê-lo se lembrar.
— Sim.
— O que? Como?
Eu o segui.
— O que?
— Você me proíbe?
— Ai!
— Pare!
— Eu te odeio, — eu murmurei.
— Pare.
— Não se preocupe.
— Ainda não.
Olhei para ele, para seu pau que antes estava em mim,
liso com meus sucos.
— Compreendido?
— Boa menina.
— Lamba tudo.
— Não. Ela saiu com Damon mais cedo. Ela disse que
estaria de volta na hora do jantar.
Revirei os olhos. Ele tinha que saber que era eu. Ele
veria o meu nome na tela.
— É Sofia, — eu disse.
Um momento constrangedor.
— Sim.
— E Raphael?
— Reuniões...
— Não.
9
Tecido leve colocado sobre móveis para evitar poeira.
empoeirada, em seguida, abri a gaveta. Eu sorri.
— Estou chegando.
Ele assentiu.
— Então eu quero pedir que você me dê à guarda de
Lina. — Seu rosto mudou instantaneamente, mas eu
continuei. — Eu quero tê-la aqui comigo. Eu perdi os últimos
quatro anos, estando ausente na escola, e....
— Não, Sofia.
— Ah.
— Por quê?
Quando Eric me ligou para dizer que nem ela nem o cão
foram encontrados em qualquer lugar, eu sabia exatamente
onde ela estaria. Ou pelo menos com quem ela estaria. Ela
me ignorou completamente e fez o oposto do que eu disse. O
que eu acho que significava que ela não me ignorou
completamente. Eu sempre tentei ver as coisas pelo lado
bom.
— Obrigada.
— Seja bem-vinda.
Uma vez que ela chegou até mim, eu peguei seu braço e
a puxei para perto.
— Solte.
— É mesmo?
— Mais segura?
— Você disse...
Eu balancei a cabeça.
— Por quê?
— Vender a terra?
— Raphael...
— Percebi.
— Mas...
— Deixe isso, Sofia. Eu preciso pensar.
— Foda-se, Raphael.
— Bem, não.
— Pare.
— O que?
Ela hesitou.
— Vamos, — eu disse.
— O que aconteceu?
— Raphael...
— É o que eu faço.
— Vamos.
— Bem...
— Quase dezessete.
— Hora de ir.
Assentimos.
10
Aplicativo de conversas por vídeo em tempo real.
aceno de cabeça. Lina foi para Raphael, e ele se virou para
ela.
— Eu vou.
Moriarty.
— Raphael!
Ele estava retardando o carro, saindo para o lado.
— Mantenha-o quieto!
— Sim!
— Capangas de Moriarty.
— Assustar-nos.
— Bem, funcionou.
— Raphael?
— É Sofia.
— Sofia?
— Moriarty?
Eu balancei a cabeça.
— Merda.
— Damon?
— Sim?
— Cuidado.
— O que é, Damon.
Ele suspirou.
— Não.
— Sente.
— Beba e respire.
— Generoso ele.
— Melhor?
— Não o deixe chegar até você. Ele vai fazer o que puder
para te provocar. Não deixe, não importa o que você ouça,
entendeu?
— Que gentil.
— Corte a porcaria.
Novamente?
— Você entende...
Damon cortou.
— A primeira vez que ela veio até mim, ela queria que eu
perdoasse a dívida de seu pai. Ela sabia que escolheu o
homem errado. Sabia que ele era fraco...
— Minha mãe...
— Ofereceu-se para fazer qualquer coisa. — Ele arrastou
a última palavra.
— Isso importa?
Porra.
Mas ele não precisava dizer nada. Tudo o que ele tinha a
fazer era olhar para mim.
— Foi por isso que ele bateu nela? Ele não começou com
ela até mais tarde.
Ele me estudou.
— Sim.
— Mas eu pensei...
Eu o observei.
— Traição?
— Eu não entendo
— Então foda-me.
— Eu disse vá.
— Vá!
— Eu disse...
— Ra...
— Você queimou?
— Conte-me.
— Eu ia incendiar a propriedade da
Guardia. Transformá-la em cinzas.
— Não.
Não.
Sem talvez.
Sem futuro.
— Vá.
— Vamos.
— Vá, Raphael.
— Sofia...
— Porra.
— Raphael?
— Quero dizer que ela não está aqui. Por que você está
ligando tão tarde? Talvez as duas coisas estejam
relacionadas.
— Sim.
— Obrigada.
— Raphael?
— Sim?
— Não.
De novo não.
— Sofia!
11
Telefone de emergência na Itália. Preferi manter como o original para não fugir tanto da história.
a parte de trás da casa, e eu precisava entrar lá. Para tirá-la.
— Sofia!
Mas um latido.
— Sofia!
— Charlie!
Eu caí de joelhos.
— Raphael?
— Raphael?
— Obrigada.
— Charlie?
— Ela se foi?
Ela assentiu.
— Minha irmã!
— Obrigada. Novamente.
Silêncio constrangedor.
Era o investigador.
— Eu vou.
— Posso voar?
— Mas...
— Pergunte.
— Foi um acidente?
— Não.
Olho por olho, dente por dente. Tudo isso me deu uma
dor de cabeça.
— Moriarty.
Ele assentiu.
O que?
— Mas...
— Um cartão de memória.
— Como? — Perguntei.
Era isso.
Nós não o vimos sair, e nós não nos falamos por uma
eternidade depois que a porta foi fechada.
— Raphael...
— Não.
Ele me estudou.
Ele fez algo que ele nunca fez antes desse momento.
Apesar de toda a sua frieza, de toda a sua distância, ele
nunca levantou um dedo para nós. Não até hoje.
— Uma vergonha.
Eu me levantei.
E olhei.
E por que isso deveria ser fácil para ele, quando nada
era fácil para mim?
Raphael?
Querida.
Ha.
— Dispa-se.
— Foda-se.
— Não.
— Aqui.
— Não.
— Dê o fora.
— Foda-se.
— Sim, é pessoal.
Ele esmagou seus lábios sobre os meus então parou
rapidamente para pegar ar.
— Foda-se.
— Vá em frente e tente.
— Eu preciso te amordaçar?
— Você leu?
— Raphael...
— Entendido?
— Sim.
— Mas...
Ela assentiu.
— Shh.
Ela gemeu e eu empurrei um pouco mais.
— Isso dói.
Ela assentiu.
— Seu avô foi levado sob custódia ontem, Sofia. Ele está
sendo extraditado para os Estados Unidos.
— O que?
— Não.
— Não.
— É improvável, Sofia.
— E a casa?
— Não.
— Déjà vu.
— Sente.
— Obrigada.
— Não?
— O tipo verdadeiro.
— Não menti.
— Quando?
— Oh.
— Não me enche.
— Raphael.
— É isso?
— Sim.
— Sim.
— Talvez seja isso que ela precise agora. Sua culpa por
entregar as evidências...
— O que é isso?