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Cesário Verde

O Binómio cidade/campo.

A supremacia exercida pela cidade sobre o campo leva o poeta a tratar estes dois espaços em
termos dicotómicos. O contacto com o campo na sua infância determina a visão que dele nos dá
e a sua preferência. Ao contrário de outros poetas anteriores, o campo não tem um aspecto
idílico, paradisíaco, bucólico, susceptível de devaneio poético, mas sim um espaço real,
concreto, autêntico, que lhe confere liberdade. O campo é um espaço de vitalidade, alegria,
beleza, vida saudável… Na cidade, o ambiente físico, cheio de contrastes, apresenta ruas
macadamizadas/esburacadas, casas apalaçadas (habitadas pelos burgueses e pelos
ociosos)/quintaleiros velhos, edifícios cinzentos e sujos… O ambiente humano é caracterizado
pelos calceteiros, cuja coluna nunca se endireita, pelos padeiros cobertos de farinha, pelas
vendedeiras enfezadas, pelas engomadeiras tísicas, pelas burguesinhas… É neste sentido que
podemos reconhecer a capacidade de Cesário Verde em trazer para a poesia o real quotidiano do
homem citadino.

Escolas literárias: Realismo e Naturalismo.

Antero de Quental

Antero de Quental foi um dos introdutores da socialismo em Portugal.

Durante sua estadia em Coimbra, suas ideias socialistas começaram a desabrochar, graduando-
se em 1864. Passa a viver em Lisboa, a partir de 1866, onde participou da fundação do Partido
Socialista Português.

Antero foi o maior agitador da Questão Coimbrã, consagrado pelos poemas "Odes Modernas" e
o ensaio "Bom Senso e Bom Gosto". Esse último, representa a resposta violenta dada à Antônio
Feliciano de Castilho.

A publicação dos Sonetos Completos, em 1866, com prefácio de Oliveira Martins, foi a obra
que levou Antero a participar e se identificar ainda mais com as ideias e valores propostos pelos
poetas da “Geração de 70

Poetas da "Geração de 70" e a Questão Coimbrã


Os poetas da geração de 1870 formaram o grupo de literatos empenhados em renovar o
pensamento português.

Esse poetas estiveram ligados à Questão Coimbrã, uma polémica literária travada em 1865 entre
os jovens da Universidade de Coimbra e os poetas amigos de António Feliciano de Castilho.

Assim, Feliciano critica as ideias dos novos poetas portugueses, centradas na liberdade de
pensamento, sobretudo de Antero de Quental.

A geração de 70 esteve relacionada com a Questão Coimbrã que pretendia renovar a


mentalidade em Portugal, rompendo com valores do passado e sobretudo, do Romantismo.

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