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RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
A hemoglobina é a proteína presente no interior dos eritrócitos que tem como principal
função o transporte de oxigênio (O2) para todas as células. A sua estrutura é de uma proteína
esferóide, globular, formada por quatro subunidades distintas, compostas de dois pares de
cadeias globínicas, polipeptídicas, sendo um par denominado de cadeias do tipo alfa (alfa-a e
zeta-x) e o outro de cadeias do tipo não-alfa (beta-b, delta-d, gama-g e epsílon-e). Sua
estrutura é quimicamente unida a um núcleo prostético de ferro, a ferroprotoporfirina IX
(heme), que detém a propriedade de receber, ligar e/ou liberar o oxigênio nos tecidos
(DACIE, J.V. et. al., 1984; FAIRBANKS, V.F. et. al., 1987).
A anemia falciforme (HbS) é uma doença hematológica hereditária, descrita pela primeira
vez por Herrick em 1910, está ligada com o gene beta da cadeia globina, onde há substituição
do ácido glutâmico pela valina na posição seis da extremidade N-terminal da cadeia beta da
globina, originando a hemoglobina S causando uma mutação no gene da globina que deforma
o eritrócito, fazendo com que a célula perca seu formato discóide, tornando-se alongada com
filamentos na sua extremidade (NAGEL RL et. al., 1985) conforme mostrado na figura 1.
Os tratamentos para anemia falciforme são profiláticos com o objetivo de evitar alguns
sintomas, tais como: Desidratação, anoxia, infecções, estase da circulação e resfriamento da
pele, tratamento com imunização, ácido fólico, penicilina. Na terapêutica profilática
encontramos uso de analgésicos, antiinflamatórios não esteroidais (AINES), opiáceos,
hidroxiuréia e transfusão de sangue (BRAGA JAP et. al., 1995; RABB LM et. al., 1983).
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Avaliar a incidência de portadores da hemoglobina S em doadores de sangue na região
central do estado do Rio Grande do Sul.
Objetivo Específico
Em pesquisa da β-globina, expostas em pacientes portadores de anemia falciforme, foi
avaliada a incidência de portadores da hemoglobina S em doadores de sangue na região
central do estado do Rio Grande do Sul, através do teste de PCR, onde foi otimizado com o
kit Maxiprep (HOLLAND NT., et. al; 2003).
METODOLOGIA
AMOSTRAS
EXTRAÇÃO
Pipetou-se 100ul de cada amostra em tubo falcon de 50ml, e adicionou-se 15mL de sangue
total + 25 ml de Tampão de LISE, logo após leva-se ao vórtex, centrifugar 6.000xg por 5 min;
descarta-se o sobrenadante e adiciona-se 30ml de Tampão de lise. Logo após, centrifugar a
6.000g por 5 min, vortear, adicionar 2 ml NaCl 5M e centrifugar a 7000g or 15 min. Descartar
o sobrenadante e adicionar 3 ml TRIS-Hcl 10Mm PH 8.0 (ressuspender o pellet); adicionar 3
ml detergente SDS 20mg/ml e vortexar. Feito isso, adicionar 2 ml NaCl 5M e centrifugar
7.000g por 15 min; transferir o sobrenadante para o tubo falcon (novo) de 50 ml, e descartar o
pellet e adicionar 30 ml de etanol absoluto gelado ao sobrenadante coletado; depois disso,
deve-se incubar no freezer a -20c° por 20 min; e centrifugar a 7.000g por 5 min, descartar o
sobrenadante e ficar com o pellet e adicionar 5 ml de etanol 70%, e misturar; centrifugar
7.000g por 5 min e descartar o sobrenadante. Adicionar 5 ml de etanol 70%, e misturar;
centrifugar 7.000xg por 5 min e descartar o sobrenadante. Secar o pellet a temperatura
ambiente por 10 min e adicionar 7 ml de T.E. 10:1 PH 8.0 e depois incubar a 70°C por 30
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PCR
Para cada amostra de DNA, foi colocado em dois tubos, um marcado como normal (N) e
outro como mutante (M). Em cada um dos tubos, foi adicionado um iniciador direto comum,
que mistura Taq polimerase. O iniciador normal da foice foi adicionado no tubo rotulado
como N e o iniciador específico da foice mutante foi adicionado no tubo rotulado como M.
Para verificar se o sistema de PCR funcionava adequadamente e para evitar resultados
negativos falsos, um par de iniciadores de controle interno foi adicionado a cada tubo. Cada
um desses primers foi testado com amostras de DNA de controle positivo e negativo sendo
conhecidas sob condições de PCR rigorosas e uniformes (LITTLE S., 1998; MOHANTY D.
et. al., 2008).
Todos os reagentes foram fornecidos pela Chromus Biotech Pvt. Ltd.
ELETROFORESE
O tamanho do fragmento do produto de PCR com iniciador normal e mutante com base na
foice é de 268 pares de bases e com controle interno Inc1 e Inc2 é de 860 pares de bases
(LITTLE S., 1998; MOHANTY D. et. al., 2008).
RESULTADOS
Figura 2: Eletroforese em gel de agarose: Foram utilizados dois marcadores negativos (CN), um marcador
endógeno (END) e as amostras (A1, A2 e A0), sendo que A0 corresponde ao branco da reação.
Foi pipetado 8µl de cada amostra mais 2µl do intercalante, e para o marcador foi utilizado 3 µl do
intercalante mais 7 µl do marcador.
DISCUSSÕES
Num estudo feito por Melo et al (2000), mostrou que 23.981 doadores de sangue de
Uberlândia, Minas Gerais, e cidades subjacentes, destes doadores, os autores encontraram 820
(3,42%) portadores de hemoglobinopatias, onde a Hb AS foi encontrada em maior
prevalência (2,48%) quando comparadas com as outras hemoglobinopatias; o mesmo fato foi
encontrado na análise feita por Tavares e Bernardes, onde uma população de 483 doadores de
sangue do Centro de Hematologia de Sobradinho (Distrito Federal), onde a frequência de Hb
AS foi a predominante (2,96%), e no Hemonúcleo da Universidade São Francisco, na cidade
de Bragança Paulista, São Paulo, realizou-se um estudo com uma população de 1.846
doadores; sendo que, desses 1,13% foi Hb AS, demonstrando predominância de doadores AS
em bancos de sangue do Brasil (ACEDO MJ., et. al; 2002).
Outro estudo realizado no Sul e Sudeste, mostrou que 1,9% de hemoglobinopatias, com
predomínio de talassemias em São Paulo e 11,7% e no Rio Grande do Sul, sendo 9,8%
sugestivos de talassemia. A baixa prevalência de talassemias no presente estudo (0,1%) se
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justifica devido a seleção prévia de doadores exclui indivíduos anêmicos, além da presumida
composição étnica da população (LISOT CLA., et.al., 2004; ORLANDO GM., et.al., 2000).
CONCLUSÃO
A população deve ter acesso a mais informação sobre esta temática de modo a desenvolver
um conhecimento dos riscos e consequências que estas doenças acarretam. Segundo alguns
dados dos níveis de migrações dos últimos anos, são necessários novos estudos, mais
precisos, sobre a frequência e distribuição atual destas doenças, para que haja um melhor
planeamento, ao nível da medicina familiar e o alargamento dos rastreios a nível nacional e
não apenas a nível regional. A identificação de portadores deveria ser incluída nos exames de
rastreio desde o primeiro trimestre de gestação, para caso ocorra suspeita e/ou identificação de
casais de risco a nível nacional, possa ser tomada uma melhor conduta.
REFERÊNCIAS
ACEDO MJ, COSTA VA, POLIMENO NC, BERTUZZO CS. Programa comunitário de
hemoglobinopatias: abordagem populacional a partir de doadores de sangue de Bragança
Paulista. São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública São Paulo 2002:(6):18.
BRAGA JAP, KERBAUY J, FISBERG M. Zinc, copper and iron and their interrelations in
the growth of sickle cell patients. Arch Latinoamericanos Nutr. 1995;45(3):198-203.
DACIE, J.V. & LEWIS, S.M. Pratical hematology. 6. ed. Churchill Livingstone, 1984.
FAIRBANKS, V.F. & KLEE, G.G. Biochemical aspects of Hematology. In: Tietz,
N.W. Fundamentals of clinical chemistry. 3. ed. Philadelphia: W.B. Saunders Company,
1987, v. 2, cap. 24, p. 789-824.
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OMS. Drepanocitosis y otras hemoglobinopatías [Online]. 2011 Jan [obtido em 2014 Mai];
Disponível:http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs308/es/
VELLA, F. Acid agar electrophoresis of human hemoglobin. Am. J. Clin. Pathol, v.49,
p.440, 1968.