PROBLEMAS MATEMÁTICOS
Patrícia Cugler1
Nathalia Azevedo , Lucas Alencar, Margareth Mara4
2
1
IFRJ/Licenciando, patriciacugler@gmail.com
2
IFRJ/Licenciando, Nathalia.azevedo16@gmail.com
3
IFRJ/Licenciando, lucasmilp@hotmail.com
4
IFRJ/Coordenadora do Curso de Licenciatura em Matemática, Margareth.silva@ifrj.edu.br
RESUMO
INTRODUÇÃO
Estudos realizados no campo da linguística (HENRY, 1992 e FERREIRA, 2000)
mostram que um dos problemas mais importantes que o ensino das várias disciplinas e, em
especial, da matemática têm de enfrentar parece residir no problema estrutural da própria
língua, isto é, em suas contradições, deslocamentos, equívocos e ambiguidades. Longe de
se pensar em uma língua perfeita, totalmente formalizável dentro de modelos matemáticos,
devemoster consciência de suas falhas, limites, bem como na própria descontinuidade entre
a cultura social do aluno e a da escola, ou seja, os conhecimentos que aquele traz e que irão
defrontar-se com os da sala de aula.
Essa leitura inicial nós leva a refletir que a dificuldade que o aluno possui em
resolver problemas matemáticos, pode estar ligada à forma como esse problema é escrito e
de que a linguagem utilizada pelo professor pode não estar apropriada para faixa etária que
se esteja trabalhando, dificultando a compreensão do aluno em relação ao texto.
LEITURA E ESCRITA
Um dos grandes desafios da alfabetização é ensinar a escrever e a ler. Muitos são os
debates acerca deste tema e de formas para que essas crianças terminem o Ensino
Fundamental I lendo e escrevendo perfeitamente, mas o que encontramos hoje na primeira
Série do Fundamental II é que muitos ainda não o conseguem. Existe uma preocupação
muito grande que a escrita esteja esteticamente bonita, mas não é passado o que ela
representa. Até a fala que se pretende ensinar assume a forma de escrita. Não há a
preocupação de se ensinar a história e as diversas formas de escrita, de tal modo o aluno
acaba aprendendo indiretamente o que a escola pretende e no fim em consonância com
Cagliari (2010) “O grande problema nesse caso é que a escola ensina a escrever sem
ensinar o que é escrever.”.
A atividade fundamental para a formação do aluno é a leitura e isso reflete em
todas as matérias, por muitas das vezes, ele não consegue tirar uma boa nota em sua prova,
por não conseguir entender o enunciado das questões. A leitura não é somente importante
para que o sujeito seja bem sucedido em suas notas, ela faz parte de seu cotidiano. Segundo
Cagliari:
Podemos perceber que existe uma grande importância da escrita e da leitura para uma
melhor compreensão da matemática e sabemos que isso ainda não consegue ser colocado
em práticas dentro das salas de aula. Existe ainda uma questão muito forte de que a língua
portuguesa não faz canal com a língua matemática. Um ponto que merece ser ressaltado é
apresentado por Smole e Diniz (2001) quando indicam que a habilidade de ler, escrever e
resolver problemas tem sido tratada diversas vezes separadamente no ensino. Atribuir
exclusivamente às aulas de língua portuguesa a responsabilidade de tornar os alunos
competentes leitores e escritores distancia ainda mais a matemática do mundo real, pois ela
passa a ser vista apenas como números sem significados.
METODOLOGIA
A análise foi feita com 25 alunos de uma turma do sexto ano de uma escola
municipal do Município de Paracambi, na qual foram utilizadas três aulas para a aplicação
das atividades e em média dois meses para o preparo das atividades e do estudo das
mesmasdepois de realizadas.
Para a execução da análise foi necessário o embasamento em Smole e Diniz. As
atividades foram divididas em duas partes. Na primeira parte foram propostos problemas
envolvendo aplicação direta de um ou mais algoritmos anteriormente aprendidos, sem
exigir nenhuma estratégia e assim os alunos deveriam transformar a linguagem usual em
linguagem matemática, além de identificar as operações para posteriormente resolve-las
Dados da pesquisa
Dados da pesquisa
Dados da pesquisa
RESULTADOS
Verificamos que 80% da classe pediu ajuda para solucionar o problema proposto e
grande parte das dúvidas foram recorrentes a interpretação de texto, o aluno quando depara
com exercícios que só precisa efetuar a conta ele consegue ir bem, mas quando o problema
é contextualizado ele demonstra uma grande dificuldade em extrair dados do texto para
realizar a conta.Outra questão a ser observada, é o fato que os textos das questões foram
elaborados pelos próprios alunos e apresentavam erros ortográficos e gírias populares, isso
evidencia o efeito da baixa qualidade nos primeiros anos do ensino fundamental.Embora,
também existissem falhas na compreensão de questões elaboradas por professores na
primeira atividade. Outro elemento, que alguns estudantes salientaram foi o fato de não
saberem escrever corretamente e que sentiam vergonha disso.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS