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FACULDADE DE TECNOLOGIA

SENAI “NADIR DIAS DE FIGUEIREDO”

Diego Silva Rodrigues


Rhuan Fantin
Wellington Domingos de Almeida

PLANO OTIMIZADO DE INSPEÇÕES COM BASE NA MATRIZ DE


RISCO DAS REGIÕES INTERNAS DE UMA CALDEIRA
AQUATUBULAR E FLAMOTUBULAR

OSASCO
2019
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Diego Silva Rodrigues


Rhuan Fantin
Wellington Domingos de Almeida

PLANO OTIMIZADO DE INSPEÇÕES COM BASE NA MATRIZ DE


RISCO DAS REGIÕES INTERNAS DE UMA CALDEIRA
AQUATUBULAR E FLAMOTUBULAR

Trabalho de Pesquisa
apresentado à Faculdade de
Tecnologia SENAI “Nadir Dias de
Figueiredo” da disciplina de
Metodologia do Trabalho
Científico sob orientação técnica
do Prof. Marcelo Lopes da Silva

OSASCO
2019
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RESUMO

Este trabalho tem o objetivo de apresentar inspeções de ensaios não


destrutivos, baseado em risco e adequação ao uso para gerenciar a integridade
estrutural de uma caldeira aquatubular e flamotubular. É feita uma análise
quantitativa do risco para as diversas regiões localizadas no interior das caldeiras,
através de análises estatísticas, avaliando a probabilidade de falha. São propostos
planos de inspeções, sempre respeitando os prazos máximos estabelecidos pela
NR-13, de modo a manter o risco abaixo de um nível tolerável, possibilitando assim
um melhor aproveitamento dos recursos de inspeção.

Palavras chave: Inspeções. Ensaios não destrutivos. Integridade. Caldeira.


Aquatubular. Flamotubular. Estatísticas. NR-13.
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INTRODUÇÃO

As atividades de inspeção em equipamentos e componentes durante a vida


útil de uma planta industrial demonstraram, ao longo dos anos, que as intervenções
de manutenção são distribuídas sob a orientação de diversas premissas, como
atendimento a requisitos legais, disponibilidade dos equipamentos e minimização
dos riscos de falhas em operação. No caso brasileiro, o atendimento legal vigente
refere-se à Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho – NR13 –
“Regulamentação de Segurança para Caldeiras e Vasos de Pressão”. Portanto, o
planejamento focado em inspeção baseada em risco deve respeitar primordialmente
os prazos máximos de campanhas definidos por esta norma. Diferente da NR-13 –
que estabelece os prazos máximos entre inspeções de caldeiras e vasos de pressão
– na Inspeção Baseada em Risco a periodicidade de inspeções torna-se um fator
decisivo para que se evite a ocorrência e as conseqüências de um acidente. A
tendência estatística de concentração do alto risco em uma Caldeira aquatubular e
flamotubular. Com base nesta premissa, para se reduzir o risco global, é necessário
aplicar planos de inspeção diferenciados para cada região da caldeira. Verifica-se
também que a efetividade destes planos pode aumentar com um levantamento mais
preciso dos riscos individuais das regiões, criando inclusive padronizações para esta
atividade. Com isto procura-se intensificar os gastos com manutenção onde o risco é
alto e diminuí-los onde o risco é baixo.
Neste trabalho foi elaborado um plano otimizado de inspeções com base na
matriz de risco das regiões internas de uma caldeira aquatubular e flamotubular.
(ex.: fornalha, tubulões, arranjo geral da caldeira, etc.),Os resultados servirão para
organizar e padronizar as definições de serviços de Inspeção.
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1- DESENVOLVIMENTO DAS CALDEIRAS

A finalidade de se gerar o vapor veio da revolução industrial por volta do


século 17 , O inglês Thomas Savery patenteou em 1698 um sistema de
bombeamento de água utilizando vapor com força motriz. Em 1711 a empresa
Newcomen e o invetor Denis Papin desenvolveram uma caldeira com apenas um
reservatório esférico, com aquecimento direto no fundo, conhecida com caldeira
Haycock (figura 1). Em 1769 James Watt modificou o formato da caldeira para um
modelo de vagão (figura 2) caldeiras utilizadas em locomotivas a vapor. No inicio do
século 19 houve os primeiros desenvolvimento da caldeira com tubos de água. O
modelo de John Stevens (figura 3) movimentou um barco a vapor. Em 1856, Wilcox
projetou um gerador de vapor com tubos inclinados, e da associação com Babcock
tais caldeiras passaram a ser produzidas com grande sucesso (figura 4). Em 1880,
Alan Stirling desenvolveu uma caldeira de tubos curvados (figura 5).
Com isso se utiliza o vapor em fabricas de alimentos, fabrica de papel e
celulose, usinas de açúcar e entre outras...

Figura 1 - Caldeira de Haycock, 1720 Figura 2 - Caldeira vagão, 1769

Fonte: http://www.fem.unicamp.br/~em672/GERVAP4.pdf
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Figura 3 - Caldeira de tubos água, 1803

Fonte: http://www.fem.unicamp.br/~em672/GERVAP4.pdf

Figura 4 - Caldeira de tubos retos, 1877 Figura 5 - Caldeira de tubos curvados, 1880

Fonte: http://www.fem.unicamp.br/~em672/GERVAP4.pdf
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2- CALDEIRAS

2.1 Descrição

As caldeiras ou geradores de vapor são equipamentos destinados a


transformar água em vapor. Esses equipamentos são utilizados para instalações
onde deseja ter a obtenção de vapor superaquecido, na qual trocara calor com um
fluido de menor temperatura. Esses equipamentos são construídos com chapas e
tubos cuja finalidade é fazer com que água se aquece e passe do estado líquido
para gasoso, aproveitando o calor liberado pelo combustível que faz com as partes
metálicas da mesma se aqueçam e transfiram calor à água produzindo o vapor.

2.2 Classificação

Conforme o tipo, as caldeiras podem ser classificadas em:

 Flamotubulares;
 Aquotubulares;
 Recuperação.

2.2.1 Caldeiras flamotubulares

Caldeira flamotubular ou tubos de fumaça é uma caldeira aonde os produtos


de combustão circulam pelo interior dos tubos, que ficam imersos na água a ser
vaporizada.
A queima processa-se no interior de um cilindro construído em chapa de aço,
com dimensões tais que permitam a combustão completa de modo que, após a
mesma, so fluam gases quentes para as demais passagens de gases.
Este tipo de caldeira é o mesmo que se adaptam nas locomotivas a vapor e
vem sofrendo transformação de que sejam mais seguras e eficientes.
As caldeiras flamotubulares são empregues geralmente para pequenas
capacidades e quando se pretende apenas vapor saturado de baixa pressão. Na
(figura 06) apresentam as seguintes partes principais como: corpo, espelho, feixe
tubular ou tubos de fogo e caixa de fumaça.
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O corpo da caldeira conhecido como casco, é construído a partir de chapas


de aço carbono calandradas e soldadas. Seu diâmetro e comprimento estão
relacionados à capacidade de produção de vapor. As pressões de trabalho são
limitadas pelo diâmetro do corpo da caldeira.
Os espelhos são chapas planas cortadas em forma circular, de modo que
encaixem nas duas extremidades do corpo da caldeira e são fixadas através de
soldagem. A chapa plana sofre um processo de furação, por onde os tubos de
fumaça deverão passar. Os tubos são fixados por meio de mandrilagem e soldagem.

Figura 6- Principais partes da caleira

Fonte: https://docplayer.com.br/876365-Geradores-de-vapor-4o-ano-aula-20.html
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O feixe tubular, ou tubos de fogo, é composto de tubos que são responsáveis


pela absorção do calor contido nos gases de exautão usados para o aquecimento da
água. Ligam o espelho frontal com o posterior, podendo ser de um, dois ou três
passes (figura 07).

Figura 7 – Etapas de passagem

Fonte: https://docplayer.com.br/876365-Geradores-de-vapor-4o-ano-aula-20.html

Na fornalha procede-se à troca de calor por radiação e uma pequena parte


por convecção. É o componente mais importante da caldeira, porque é onde ocorre
a queima do combustível.
As câmaras de reversão podem ser secas, conforme (figura 08) ou úmidas
conforme (figura 09). Quando estão no interior da caldeira em contato com a água
denominante-se húmidas e quando não tem contacto com a água, secas.
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Figura 8 - Câmara de reversão húmida

Fonte: https://docplayer.com.br/876365-Geradores-de-vapor-4o-ano-aula-20.html

Figura 9 Câmara de reversão seca

Fonte: https://docplayer.com.br/876365-Geradores-de-vapor-4o-ano-aula-20.html
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2.2.2 Caldeiras aquotubular

Caldeira aquotubular que é o mais empregado tem sua finalidade de


circulação de água por dentro dos tubos e os gases quentes envolvendo-os. São
usados para instalações de maior porte e na obtenção de vapor superaquecido
(figura 10).
Existem modelos com produção de vapor superiores a 200 t/h e pressão de
operação da ordem de 300 kgf / cm² (caldeiras supercríticas).
Na figura 11 abaixo, é mostrado um sistema gerador de vapor aquatubular,
com demais acessórios.

Figura 10 – Esquema básico de uma caldeira aquotubular

Fonte: https://lcsimei.files.wordpress.com/2012/09/caldeiras_prominp.pdf
12

Figura 11 - Esquema de uma caldeira aquotubular

Fonte: https://lcsimei.files.wordpress.com/2012/09/caldeiras_prominp.pdf
13

 Circulação da água

A água pode circular por convecção natural pelos tubos, devido a diferença
de densidade entre o líquido e vapor formado pelo aquecimento conforme
esquematizado na figura 12.

Figura 12 - Circulação de água na caldeira

Fonte: https://lcsimei.files.wordpress.com/2012/09/caldeiras_prominp.pdf
14

 Tubos curvados

Os tubos curvados fazem a interligação com os tubulões, proporcionando


arranjo e projeto de câmaras de combustão completamente fechada por
paredes de água, com capacidade praticamente ilimitação (figura 13).

Figura 13 - Esquema construtivo de caldeiras aquatubulares, com


circulação natural.

Fonte: http://www.fem.unicamp.br/~em672/GERVAP4.pdf
15

2.2.3 Caldeiras de recuperação

Caldeira de recuperação tem por função a geração de vapor a partir do licor


de negro e recuperar os químicos utilizados no processo de cozimento. Ela são
similares a caldeiras aquatubulares de fabricação especial, desenvolvidas para a
recuperação de produtos químicos, queimando o licor rico em matéria orgânica
proveniente do processo de cozimento da madeira em um ambiente redutor (pobre
em oxigênio), essas caldeiras são bastante utilizadas nas industrias de papel e
celulose (figura 14).

Figura 14 - Caldeira de recuperação

Fonte: https://lcsimei.files.wordpress.com/2012/09/caldeiras_prominp.pdf
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3- COMPONENTES

3.1 Principais componentes

 Câmara de combustão;
 Tubos;
 Coletores;
 Instrumentação;
 Tubulão;
 Superaquecedor;
 Sopradores de fuligem;
 Pré-aquecedor de ar;
 Economizador;
 Alvenaria (refratário);
 Queimador;
 Ventilador;
 Chaminé;
 Válvulas de segurança.
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3.1.1 Câmara de combustão

As paredes de água da câmara de combustão podem ser totalmente integrais,


cada tubo tangente ao próximo formando uma parede impermeável aos gases, ou
pode ser construídas com tubos interligados por aletas de chapa soldadas. Há ainda
paredes de água com tubos espaçados e parede refratária. O calor que não atinge
diretamente os tubos é reirradiado pelo revestimento refratário (figura 15).

Figura 15 - Tipos de paredes de água para fornalha

Fonte: https://lcsimei.files.wordpress.com/2012/09/caldeiras_prominp.pdf
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3.1.2 Tubos

Os tubos servem para a circulação de vapor e água dentro da caldeira, a fim


de permitir a troca de calor entre os gases quentes de combustão e a água ou vapor.

3.1.3 Coletores

Os coletores são peças cilíndricas, ás quais chegam e saem conjuntos de


tubos, cuja finalidade, é coletar água ou vapor.

3.1.4 Instrumentação

Principais instrumentos utilizados na caldeira:

 Manômetro: Manômetro é um instrumento utilizado para medir a pressão de


fluidos contidos em recipientes fechados. Existem, basicamente, dois tipos: os
de líquidos e os de gases.
 Pressostato: Pressostato é um instrumento de medição de pressão utilizado
como componente do sistema de proteção de equipamento ou processos
industriais. Sua função básica é de proteger a integridade de equipamentos
contra sobrepressão ou subpressão aplicada aos mesmos durante o seu
funcionamento.
 Garrafa de nível: Através de sensores (eletrodos) internos, comandam os
níveis altos e baixos no interior da caldeira, ligando e desligando a reposição
de água.
 Transdutor de nível: Transdutor de nível de água porcentagem de volume do
balão No transdutor de volume a indicação é em %, ele mede o volume de
vapor no balão e não o nível de água.
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 Válvulas de segurança: Válvula de segurança e Alívio ou mais comumente


chamada de (PSV) é um dispositivo automático de alívio de pressão que pode
ser usado como uma válvula de alívio ou de segurança, dependendo da
aplicação. Uma válvula de segurança é usada para proteger o pessoal e
equipamentos, impedindo o acúmulo excessivo. Os vasos possuem uma
pressão máxima, dita PMTP ou PMTA (pressão máxima de trabalho
admissível) acima da qual se rompem. Para evitar o rompimento por uma
variação eventual de processo ou desvio, a PSV é instalada para aliviar a
pressão do sistema antes de seu rompimento.
 Placa de orifício: É um dos meios mais usados para medição de fluxos.
Dados de entidades da área de instrumentação mostram que, nos Estados
Unidos, cerca de 50% dos medidores de vazão usados pelas indústrias são
desse tipo. Certamente as razões para tal participação devem ser as
vantagens que apresenta: simplicidade custa relativamente baixo, ausência
de partes móveis, pouca manutenção, aplicação para muitos tipos de fluido,
instrumentação externa, etc. Desvantagens também existem: provoca
considerável perda de carga no fluxo, a faixa de medição é restrita, desgaste
da placa, etc.
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3.1.5 Tubulão superior - vapor

O tubulão superior (tubulão de vapor) é um corpo cilíndrico contendo em seu


interior água e vapor formado pela troca térmica entre os gases da sua combustão e
a água em circulação na caldeira. Sua principal função é separa a água do vapor
(ambos saturados). O tubulão de vapor contém conexões para visores de nível,
válvulas de segurança, instrumentos de indicação e controle, além de tubos de
ligação com superaquecedor de vapor (figura 16).

Figura 16 - Conjunto do tubulão de vapor

Fonte: https://pt.slideshare.net/lcmartinelli1/gv-02-caldeiras-definies-tipos
21

3.1.6 Tubulão inferior - água

O tubulão inferior (tubulão de água), é o elemento de ligação dos tubos para


possibilitar a circulação de água na caldeira, tem por função de acumular lama
formada pela reação dos produtos químicos com água da caldeira. A água que sai
deste elemento é encaminhada para tratamento de água (figura 17).

Figura 17 - Conjunto do tubulão de água

Fonte: https://pt.slideshare.net/lcmartinelli1/gv-02-caldeiras-definies-tipos
22

3.1.7 Superaquecedor

O superaquecedor é destinado a aquecer o vapor saturado produzido na


caldeira e torná-lo, apropriado para ser usado em operações de geração de energia
mecânica. É construído com vários conjuntos em paralelo 2 a tubos em forma de
“U”, formando uma serpentina colocada no alto da fornalha. Pelo fato de trabalhar
somente com vapor, qualquer fluxo de água da caldeira que atinge o
superaquecedor irá imediatamente vaporizar-se e, caso a mesma contenha certa
quantidade de sais dissolvidos, os mesmos se incrustarão no equipamento
(conforme figura 18 abaixo).

Figura 18 - Conjunto do superaquecedor

Fonte: O Autor, 2019


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3.1.8 Soprador de fuligem

Os sopradores de fuligem são elementos instalados nas caldeiras, seja


aquotubular como flamotubular, trata-se de um dispositivo que penetra no interior do
feixe tubular, fazendo um jateamento de vapor na parte externa do feixe. Com isso
consegue-se remover possíveis depósitos de fuligem aderidos aos tubos que podem
prejudicar as operações de troca térmica. A presença de fuligem, cinzas etc... sobre
o metal, diminui a transmissão do calor do combustível para a aguada caldeira e
conseqüentemente abaixa sua eficiência térmica (figura 19 e 20).

Figura 19 - Esquema do soprador de fuligem

Fonte: https://lcsimei.files.wordpress.com/2012/09/caldeiras_prominp.pdf

Figura 20 - Lança do soprador de fuligem

Fonte: https://lcsimei.files.wordpress.com/2012/09/caldeiras_prominp.pdf
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3.1.9 Pré aquecedor de ar

Tem por finalidade aquecer o ar que será alimentado na fornalha, de modo a


conseguir um aumento na temperatura do fogo e melhorar a transferência de calor
por radiação. Com isto também se consegue aumento na eficiência do equipamento
e economia de combustível. É utilizado para o aproveitamento do calor dos gases
residuais de combustão, aquecer o ar de alimentação das chamas (figura 21).

Figura 21 - Esquema de um pré-aquecedor de ar

Fonte: https://lcsimei.files.wordpress.com/2012/09/caldeiras_prominp.pdf
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3.1.10 Economizador

Tem por objetivo pré-aquecer a água que alimentará a caldeira usando o calor
dos gases de combustão que saem do equipamento. Consegue-se, assim,melhor
rendimento na produção de vapor,respostas mais rápidas e economia de
combustível. O aumento da temperatura da água de alimentação é benefício ao
processo e oferece algumas vantagens. A introdução de água fria, em torno de
25ºC, tende a provocar uma queda da pressão interna da caldeira principalmente
quando o processo de recuperação do nível se faz internamente (figura 22).
No economizador, a água de alimentação passa por uma serpentina ou feixe
tubular, a fim de aproveitar também o calor dos gases residuais da combustão, para
depois ir, então, ao tubulão já pré-aquecido, o que representa uma economia de
energia.

Figura 22 - Conjunto do economizador

Fonte: Imagens google


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3.1.11 Alvenaria (refratário)

O refratário primário é normalmente preparado em mulita fundida ou pré


queimada, montado no queimador durante a fabricação.
O refratário do bocal secundário, algumas vezes denominado de bloco
refratário, pode ser fabricado em chapas de aço inoxidável. Porem, normalmente são
utilizadas seções de concreto refratário pré moldado, como também refratário
moldado no próprio local, com o uso de um molde específico. O material refratário é
normalmente utilizado onde as condições de temperatura passam reduzir a vida do
bocal metálico (figura 23).

Figura 23 - Refratário

Fonte: Sathel, 2016


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3.1.12 Queimador

O queimador consiste de uma carcaça de ar (registro de ar), para controle de


vazão de ar de combustão; e injetores de combustível, para controle da vazão de
combustíveis gasosos ou líquidos. Os queimadores são peças destinadas a
promover de forma adequada e eficiente, a queima dos combustíveis em suspensão
(figura 24 e 25).

Figura 24 - Funcionamento do queimador

Fonte: Imagens google

Figura 25 - Vista frontal do queimador

Fonte: Sathel, 2019


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3.1.13 Ventilador – Ar de combustão

Os ventiladores têm a finalidade de movimentar o ar de combustão ate os


queimadores na câmara de combustão até a chaminé. Existem dois tipos funcionais
de ventiladores: de tiragem forçada, que apanha o ar atmosférico e o envia através
dos dutos da caldeira para os queimadores e o de tiragem induzida, instalado na
saída da caldeira, que succiona os gases de combustão de dentro da câmara e os
conduz à chaminé (figura 26).

Figura 26 - Conjunto do Ventilador

Fonte: Sathel, 2019


29

3.1.14 Chaminé

A chaminé é a parte que conduz os gases de combustão à atmosfera (figura


27), (em altura suficiente grande para que não venham a ser danosos ao meio
ambiente).

Figura 27 - Chaminé

Fonte: Sathel, 2019


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3.1.15 Válvulas de segurança

As válvulas de segurança são válvulas especiais, instaladas no tubulão, cuja


finalidade é dar saída ao vapor no caso deste atingir uma pressão superior a um
máximo admitido pelas condições de segurança operacional. As válvulas de
seguranças devem ainda ser testadas anualmente, com foco na calibração e
funcionamento adequado. As válvulas devem ser verificadas e reguladas, antes da
caldeira entrar em operação; Também devem possuir certificados de calibração e
plaquetas de identificação informando o valor de abertura (figura 28).

Figura 28 - Válvulas de segurança

Fonte: Sathel, 2019


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4- RICOS (ACIDENTE COM CALDEIRAS)

Mesmo com equipamentos de proteção e controle automático as caldeiras


continuam causando acidentes. A principal razão para a ocorrência desses
acidentes é a completa falta em observar as normas. Muitos proprietários pensam
que ao adquirir uma caldeira com controle automático, elas operam sem a
necessidade de operadores qualificados.
Os acidentes mais frequentes com caldeiras são aqueles ocasionados pela
falta de água (baixo nível de água) que resulta em sobreaquecimento e perda de
tubos ou colapso da fornalha, cerca de 75%. Em alguns tipos de caldeiras, um baixo
nível de água pode causar uma explosão com perda total.

4.1 Procedimentos em situações de emergência

Neste item, mencionaremos as principais situações de emergência para


prevenir acidentes durante e após a operação.

4.1.1 Vazamento de água ou vapor

Causas:
 Tubo furado;
 Superaquecimento seguido de resfriamento rápido, soltando os tubos dos
espelhos.

Como evitar:
 Inspecionar periodicamente as válvulas e fazer manutenção;
 Manter um tratamento de água adequado à caldeira;
 Inspecionar periodicamente o deixe tubular.
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4.1.2 Retrocesso

Este fato ocorre quando a pressão interna da fornalha da caldeira é maior que a
pressão ambiente.

Causas:
 Vazamento do sistema de alimentação de gás;
 Bloqueamento da chaminé;
 Falhas de ignição;
 Falhas ou paradas repentinas do ventilador;
 Falha do operador de caldeira quanto à operação de início de acendimento da
caldeira;
 Tentativa de reacender o queimador, normalmente.

Como evitar:
 Não se deve permitir o acúmulo de gás na fornalha;
 Nunca tente reacender o queimador manualmente;
 Seguir corretamente as indicações contidas no manual de operação do
queimador.

4.1.3 Nível de água abaixo do limite mínimo

Causas:
 Defeito no sistema de controle automático de nível;
 Válvula de retenção do sistema de alimentação de água está com defeito;
 Falta de água no reservatório (caixa de água ou tanque condensado);
 Descuido do operador;
 Defeito elétrico e/ou mecânico na bomba de alimentação;
 Filtro da linha de sucção da bomba entupido;
 Aquecimento excessivo da água de alimentação, prejudicando o
funcionamento da bomba.
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Como evitar:
 Drenar (purgar) o visor de nível e a garrafa que contém os eletrodos (ou bóia)
pelo menos uma vez por dia;
 Verificar constantemente o reservatório de água;
 Maior atenção do operador no controle visual do nível d’ água,
permanentemente;
 Realização de manutenção preventiva e corretiva do sistema de alimemtação
de água;
 Manutenção preventiva ou corretiva do sistema elétrico.

4.1.4 Nível de água abaixo do limite máximo

Causas:
 Deito no sistema de controle automático de nível;
 Descuido do operador, bomba no manual, ligada;
 Defeito elétrico na bomba de alimentação.

Como evitar:
 Drenar (purgar) o visor de nível e a garrafa que contém os eletrodos (ou bóia)
pelo menos uma vez por dia;
 Maior atenção do operador;
 Manutenção preventiva ou corretiva freqüente do sistema elétrico da bomba.
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4.1.5 Pressão máxima de trabalho admissível (P.M.T.A)

Causas:
 Sede e haste da válvula de segurança emperrada;
 Válvula de segurança incorretamente regulada;
 Entupimento na conexão de fixação da válvula.

Como evitar:
 Nunca mexa na regulagem da válvula, sem prévia autorização do responsável
por esta área;
 Semanalmente testar a válvula, puxando a alavanca, manualmente, na
pressão de operação.

4.1.6 Incêndios

Causas:
 Ignição de gás acumulado na fornalha;
 Pulverizadores entupidos;
 Vazamentos ocasionados por válvulas, conexões etc...
 Vazamentos na tubulação de gás;
 Saturação do ambiente da casa de caldeira por gases combustíveis.
Como evitar:
 Evite vazamentos de gás tomando o cuidado de conservar o local de trabalho
limpo;
 Solicite imediatamente os serviços de manutenção quando for verificado
qualquer tipo de vazamento.

4.1.7 Inspeções

Após uma emergência em que a caldeira sofreu danos, deve submetida a


uma inspeção extraordinária.

 Sempre que for feita a manutanção com soldagem nas partes que sofrem
pressão deve ser feito novo teste hidrostático;
 Todas as inspeções devem ser registradas no livro de registro de segurança.
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5- INSPEÇÃO DE CALDEIRAS

As aplicações de Ensaios Não Destrutivos na manutenção das caldeiras de


alto vapor proporcionam grandes retornos por meio da economia de tempo,
reduzindo as taxas de falhas da caldeira, assertividade em diagnósticos e aumento
da qualidade geral da confiabilidade da caldeira, proporcionando uma extensão da
vida útil através da manutenção preventiva e poupando paradas desnecessárias.
Através das inspeções, uma indústria conseguirá ter informações valiosas
sobre a condição em que seus ativos estão operando, sendo assim, as paradas para
manutenção podem ser planejadas e programadas para os momentos mais
oportunos possíveis, reduzindo custos e poupando gastos desnecessários.
Portanto, mesmo a partir de um ponto de vista puramente financeiro, os
Ensaios Não Destrutivos são de extrema importância para o planejamento industrial.
As considerações adicionais sobre o papel dos Ensaios Não Destrutivos em
segurança, falhas e conseqüente prevenção de acidentes não deixam dúvida
alguma sobre seu valor e a necessidade.
Os ensaios não destrutivos são utilizados para determinar características,
propriedades, dimensões de peças ou equipamentos. Este tipo de ensaios tem
vantagens e desvantagens relativamente aos ensaios destrutivos e podem ser
classificados em função da aplicação, dos princípios físicos associados e da
capacidade de detecção de defeitos.
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5.1 Principais ensaios não destrutivos realizado na caldeira

 Inspeção de ensaio visual


 Medição de espessura
 Líquido penetrante
 Réplica metalográfica – método de campo
 Ultrassom
 Ensaio por método de Iris
 Partículas magnéticas
 Raio x / Gamagrafia
 Ensaio de dureza
 Estanqueidade

5.1.1 Inspeção de ensaio visual

É o primeiro END aplicado em qualquer tipo de peça ou componente,


freqüentemente associado a outros ensaios de materiais. É um importante recurso
na verificação de alterações dimensionais, padrão de acabamento superficial e na
observação de descontinuidades superficiais visuais em materiais e produtos em
geral (figura 29).

Figura 29 - Ensaio visual

Fonte: Imagens google


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5.1.2 Medição de espessura

Os medidores de espessura podem se apresentar com circuitos digitais ou


analógicos, e são aparelhos simples que mede o tempo do percurso sônico no
interior do material, através da espessura, registrando no próprio aparelho. Operam
com transdutores duplocristal, e possuem exatidão de décimos ou até centésimos
dependendo do modelo (figura 30).
São aparelhos bastante úteis para medição de espessuras de chapas, tubos,
taxas de corrosão em equipamentos industriais.

Figura 30 - Medidor de espessura

Fonte: Imagens google


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5.1.3 Líquido penetrante

O método consiste em fazer penetrar na abertura da descontinuidade um


líquido. Após a remoção do excesso de líquido da superfície, faz-se sair da
descontinuidade o líquido retido através de um revelador. A imagem da
descontinuidade fica então desenhada sobre a superfície (figura 31 e 32).

Figura 31 - Resumo da seqüência do ensaio

Fonte: https://engeteles.com.br/ensaios-nao-destrutivos/

Figura 32 - Aplicação

Fonte: https://engeteles.com.br/ensaios-nao-destrutivos/
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5.1.4 Réplica Metalográfica – método de campo

A metalografia de campo é uma excelente técnica para a inspeção em campo,


podendo assegurar a qualidade de juntas soldadas e avaliar a vida residual de
equipamentos industriais.
A réplica metalográfica é uma técnica que permite a análise
da microestrutura de um equipamento, ou componente sem a necessidade de
danificá-lo para o ensaio.
A metalografia de campo permite que seja registrada na réplica (cópia) a
microestrutura do material, a qual poderá ser analisada por microscopia eletrônica
ou ótica. É possível, dependendo da qualidade da réplica, a análise química por
EDX-MEV de alguns precipitados encontrados na microestrutura (figura 33).

Figura 33 - Réplica metalografica por metodo


de campo

Fonte: Imagens google


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5.1.5 Ultrassom

Os sons produzidos em um ambiente qualquer refletem-se ou reverberam nas


paredes que constituem o ambiente, podendo ainda ser transmitidos a outros
ambientes. Este fenômeno constitui o fundamento do ensaio por ultrassom de
materiais.
Assim como uma onda sonora reflete ao incidir num anteparo qualquer, a
vibração ou onda ultrassônica também reflete quando percorre um meio elástico; do
mesmo modo, a vibração ou onda ultrassônica refletirá ao incidir numa
descontinuidade ou falha interna de um meio considerado. Através de aparelhos
especiais, é possível detectar as reflexões provenientes do interior da peça
examinada, localizando e interpretando as descontinuidades (figura 34).

Figura 34 - Ensaio por ultrassom

Fonte: https://engeteles.com.br/ensaios-nao-destrutivos/
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5.1.6 Ensaio de Iris

O ensaio de Iris é utilizado para detecção, dimensionamento e mapeamento


de perdas de espessura em tubos de troca térmica, usados em trocadores de calor e
caldeiras. O ensaio oferece varias vantagens tais como a aplicação em diversos
tipos de materiais, precisão de dimensionamento de perdas de espessura e
aplicação em um grande range de diâmetros de tubos (figura 35).

Figura 35 - Ensaio de Iris na caldeira

Fonte: Imagens google


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5.1.7 Partículas magnéticas

O ensaio por partículas magnéticas consiste em submeter uma peça, ou parte


dela, a um campo magnético. Na região magnetizada da peça, as descontinuidades
existentes, ou seja, a falta de continuidade das propriedades magnéticas do
material, irão causar um campo de fuga do fluxo magnético. A aplicação das
partículas ferromagnéticas provoca a aglomeração destas nos campos de fuga, uma
vez que serão por eles atraídas devido ao surgimento de pólos magnéticos. A
aglomeração indicará o contorno do campo de fuga, fornecendo a visualização do
formato e da extensão da descontinuidade.
O ensaio por partículas magnéticas é utilizado na localização de
descontinuidades superficiais e sub- superficiais em materiais ferromagnéticos. Pode
ser aplicado tanto em peças acabadas quanto em semi-acabadas e durante as
etapas de fabricação (figura 36).

Figura 36 - Ensaio por partículas magnéticas

Fonte: https://engeteles.com.br/ensaios-nao-destrutivos/
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5.1.8 Raio X / Gamagrafia

É um poderoso método que pode detectar com alta sensibilidade descontinuidades


com poucos milímetros de extensão. Desempenham um papel importante na comprovação da
qualidade da peça ou componente em conformidade com os requisitos das normas,
especificações e códigos de fabricação (figura 37).

Figura 37 - Ensaio radiográfico

Fonte: Imagens google


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5.1.9 Ensaio de dureza

O ensaio de dureza em campo é uma inspeção rápida, útil, versátil e precisa.


Os tipos de ensaios aplicáveis variam de acordo com a dureza do material a ser
inspecionado, sua geometria e condições de acesso. Os ensaios de dureza por
penetração comumente empregados em componentes mecânicos, principalmente
metálicos, são: Brinell, Rockwelll e Vickers. Outros tipos de dureza por penetração e
outros tipos de ensaios, por exemplo, por rebote, também são empregados.
Uma grande vantagem deste ensaio, que é não destrutivo, é permitir que
através do conhecimento da dureza do material se possa estimar a sua resistência
mecânica à tração. Isso é muito usado, por exemplo, na caracterização de materiais
utilizados na fabricação de vasos de pressão quando não se tem informações sobre
o mesmo, facilitando o cálculo e a verificação das condições de uso do equipamento
e seu atendimento à NR13 (figura 38).

Figura 38 - Ensaio de dureza em campo

Fonte: https://engeteles.com.br/ensaios-nao-destrutivos/
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6- PLANO DE INSPEÇÕES E TESTE

Figura 39 - Plano de inspeções e testes (Caldeira Aquotubular CBC – 24 VPC)

Plano de Inspeções e Testes Partes de pressão da caldeira


CALDEIRA CBC - 24 VPC

Método de Inspeção / Teste


Núm. IV ME LP RM US RX AQ TH
ítem Denominação das partes x
1 Tubulão de vapor x x - x x x x x
2 Tubulão de água x x - - x x x x
3 Tubos do piso x - x - - - - x
4 Tubos da parede lateral direita x - - - - - - x
5 Tubos da parede lateral esquerda x - - x - - - x
6 Tubos da parede intermediária x - x - - - - x
7 Tubos do Teto x - - - - - - x
8 Tubos da parede traseira x - - - - - - x
9 Tubos da parede frontal x - - - - - - x
10 Tubos do bank x - - - - - - x
11 Conexões do TV x x x - - - - x
12 Conexões do TA x x x - - - - x
13 Garrafas de Nível x x x - - - - x

Legenda: Sigla
Inspeção Visual IV
Medição de espessura ME
Líquido Penetrante LP
Réplica metalográfica RM
Ultra-Som US
Análise Química AQ
Teste Hidrostático TH
Raio X RX

Fonte: O Autor, 2019


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Figura 40 - Plano de inspeções e testes (Caldeira Flamotubular ATA AWN 10)

Plano de Inspeções e Testes Partes de pressão da caldeira


CALDEIRA ATA AWN 10
Método de Inspeção / Teste
Núm. IV ME LP RM US TH
ítem Denominação das partes
1 Espelho frontal x x x - - x
2 Espelho traseiro x x x - - x
3 Espelho da fornalha e câmara x x x x - x
4 Fornalha parcial x x x x x
5 Câmara de retorno dos gases - posterior x x x x - x
6 Virola de acesso à câmara de retorno dos gases x - x - - x
7 Descarga de fundo parcial x x - - x
8 Tubos de convecção x x x - - x
9 Corpo da caldeira parcial x x - - x
10 Conexões do TV x x - - - x
11 Conexões do TA x x - - - x
12 Garrafas de Nível x x - - - x

Legenda: Sigla
Inspeção Visual IV
Medição de espessura ME
Líquido Penetrante LP
Réplica metalográfica RM
Ultra-Som US
Teste Hidrostático TH

Fonte: O Autor, 2019


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7- OBJETIVOS DO PROJETO

7.1 Objetivo geral

 Realizar planos de inspeções de ensaios não destrutivos com base na matriz


de risco das regiões internas e extrenas.
 Gerenciar a integridade e vida útil estrutural de uma caldeira aquatubular e
flamotubular.
 Comparar parâmetros de analise de acordo com as inspeções realizado.
 Evitar ocorrência e as conseqüências de um acidente.

7.2 Objetivo específico

 Realizar um plano de inspeções de ensaios não destrutivos, como ensaio de


dureza, raio X, medições de espessuras, metalográfia, ultrassom etc...
 Analisar a integridade e vida útil das caldeiras de acordo com os ensaios
obtidos.
 Análise quantitativa dos ricos para diversas regiões localizadas no interior
das cadeiras.
 Identificar os gastos com manutenção onde os ricos são altos e diminuí-los
onde os ricos são baixos.
 Comparar os resultados obtidos com os resultados esperados de acordo com
as normas.
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8- MATERIAIS E MÉTODOS

Tabela 1 - Relação de materiais

ITEM MATERIAL QUANTIDADE APLICAÇÃO


ESMERILHAMENTO COM DISCO DE
1 DESPASTE 1 UNIDADE PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE
2 RETIFICA 1 UNIDADE POLIMENTO DA SUPERFÍCIE
3 POLITRIZ 1 UNIDADE POLIMENTO DA SUPERFÍCIE
4 SOPRADOR DE AR 1 UNIDADE SECAR A SUPERFÍCIE
LIXAS EM CARBURETO / SILÍCIO 3 LIXAS DE
5 120,180,240,320,400 E 600 CADA LIXAMENTO DA SUPERFÍCIE
6 ÁCCOL 1 - 1 LITRO REMOVER POEIRA, RESÍDUOS
UMEDECER A SUPERFÍCIE DO
ACETONA PURA PA
7 1 UNIDADE ACETATO
NITAL 5% OU 10% REAGENTE / NORMA ATAQUE QUÍMICO - NORMA E
8 ASTM 407 1 - 1 LITRO 407
FITA DE ACETADO - CONFORME ASTM E SUPERFÍCIE DO METAL A SER
9 1351 1 ROLO COPIADA
PASTA DE DIAMANTE 6 MICRO + FLUIDO
10 LUBRIFICANTE 1 UNIDADE APLICAÇÃO PARA POLIMENTO
PASTA DE DIAMANTE 0,25 MICRO OU
11 ALUMINA 0,05 MICRO 1 UNIDADE APLICAÇÃO PARA POLIMENTO
12 ALGODÃO 1 - PACOTE REMOVER POEIRA, RESÍDUOS
13 LÂMINA DE VIDRO 1 - CAIXA OBSERVAÇÃO NO MICROSCÓPIO
14 REMOVEDOR (LATA DE SPRAY) 1 UNIDADE REMOVER POEIRA, RESÍDUOS
15 PENETRANTE SKL - WP (LATA DE SPRAY) 1 UNIDADE PENETRE NA DESCONTINUIDADE
OBSERVAÇÃO DA INDICAÇÃO DE
REVELADOR SKD - S2 (LATA DE SPRAY)
16 1 UNIDADE TRINCAS
APLICA NA SUPERFÍCIE PARA
GRISILINA LÍQUIDA
17 1 UNIDADE FAZER M.E
18 PINCEL 1 UNIDADE APLICA EM QUALQUER LÍQUIDO
19 MARCADOR INDUSTRIAL 1 UNIDADE IDENTIFICAÇÃO DE MATERIAIS

Fonte: O Autor, 2019


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Tabela 2 - Relação de equipamentos

ITEM EQUIPAMENTO FABRIC./MODELO APLICAÇÃO


MICROSCÓPIO ÓPTICO PARA ANÁLISE ANÁLISA A MICROESTRUTURA DE
1
METALOGRÁFICA - UMA SUPERFÍCIE.
MEDIDOR DE DUREZA PORTÁTIL
2
(DUROMETRO DIGITAL) - MEDIÇÃO DIRETA DE DUREZA.
3 APARELHO DE ULTRASSOM INDUSTRIAL - DETECÇÃO DE DEFEITOS DIVERSOS.
4 Forno tipo mufla - CACINAÇÃO E SUBSTÂNCIAS.
MEDIR AS ESPESSURAS DE CHAPAS,
5
MEDIDOR DE ESPESSURA - TUBOS ETC..
MEDIR AS PROPRIE. DA LUZ EM UMA
6 ESPECTRÔMETRO ÓPTICO - DETERMINADA FAIXA DO ESPECTRO
ELETROMAGNÉTICO.
MEDEM AS MASSAS DOS CORPOS E
7
BALANÇA DIGITAL - OBJETOS.
ALTA RESOLUÇÃO DA SUPERFÍCIE DE
8
MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE VARREDURA - UMA AMOSTRA.
DETECTAM COM BOAS
9 IRRADIADORES GAMA - SENSIBILIDADES DEFEITOS
VOLUMÉTRICOS.
AVALIAÇÃO DE PERDA DE ESPESSURA
10
APARELHO DE ULTRASSOM IRIS - DE TUBOS DE CALD.

Fonte: O Autor, 2019


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Tabela 3 - Métodos e ensaios

ITEM ENSAIO NORMA OBJETIVO


ABNT NBR ISSO DETERMINAR VALORES DE RESISTÊNCIA
1 ENSAIO DE IMPACTO 148-1:2013 AO IMPACTO
DETERMINAR O TAMANHO DE GRÃOS
2 TAMANHO DE GRÃOS ASTM E 112 DAS AMOSTRAS
RÉPLICA METALOGRAFICA NÃO ASTM E 1351, ED
3 DESTRUTIVA (R12) PREPARAÇÃO DAS REGIÕES
RÉPLICA METALOGRAFICA NÃO
4 DESTRUTIVA ASTM E 7. RD.15 TERMOS E DEFINIÇÕES
ASTM A 956, ED
5 ENSAIO DE DUREZA 17A TERMOS E DEFINIÇÕES
ESTIMATIVA DO LIMITE DE RESISTÊNCIA A
6 ENSAIO DE DUREZA ASTM A 370 RUPTURA
ASME SEC.VIII
7 LÍQUIDO PENETRANTE DIV.1 AP.8 CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO PARA INSPEÇÃO
PROCEDIMENTO / PREPARAÇÃO /
8 LÍQUIDO PENETRANTE ASME V – art 6 REALIZAÇÃO
9 ULTRASSOM ASME VIII PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO
ABNT NBR 16137: IDENTIFICAÇÃO DE MATERIAIS POR TESTE
10 ESPECTRÔMETRO ÓPTICO 2016 POR PONTOS
11 MEDIÇÃO DE ESPESSURA ABNT NBR 15824 MEDIÇÃO DE ESPESSURA
VERIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE
12 MEDIÇÃO DE ESPESSURA ABNT NBR 15955 ULTRASSOM
AVALIAÇÃO DE PERDA DE ESPESSURA DE
13 ULTRASSOM IRIS PN 58:000.06-009 TUBOS DE CALD
MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE
14 VARREDURA VERIFICAR VERIFICAR
15 RAIO X GAMAFRAFIA VERIFICAR VERIFICAR
TERMOS E DEFINIÇÕES - CALDEIRAS
16 INSPEÇÃO NR13 NBR 12177-1 FLAMOTUBULAR
TERMOS E DEFINIÇÕES - CALDEIRAS
17 INSPEÇÃO NR13 NBR 12177-2 AQUOTUBULAR
CALDEIRAS A VAPOR E VASOS DE
18 INSPEÇÃO NR13 NR13 - 2018 PRESSÃO

Fonte: O Autor, 2019


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9- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ENGENHARIAMECANICA.UFES.BR. PLANO OTIMIZADO DE INSPEÇÃO DE


MEDIÇÃO DE ESPESSURA COM BASE NA MATRIZ DE RISCO DAS REGIÕES
INTERNAS DE UMA CALDEIRA DE RECUPERAÇÃO DE ÁLCALIS - PROPOSTA.
Disponível em:
<http://mecanica.ufes.br/sites/engenhariamecanica.ufes.br/files/field/anexo/2005-
2_elder_costa_soeiro_e_fabio_alves_antoniolli_-
_medicao_de_espessura_em_caldeiras_de_recuperacao_de_alcalis_revisado.pdf.>
Acesso em: 15 out. 2019

ENGETELES.COM.BR. ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS. Disponível em:


<https://engeteles.com.br/ensaios-nao-destrutivos/.> Acesso em: 5 nov. 2019.

HTTP://REPOSITORIO.ROCA.UTFPR.EDU.BR/. ESTUDO DAS INSTALAÇÕES E


OPERAÇÕES DE CALDEIRAS DE UMA INDÚSTRIA DE PRODUTOS QUÍMICOS
DO ESTADO DO PARANÁ, SOB ÓTICA DA NR-13 E NR-28 . Disponível em:
<http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/3818/1/CT_CEEST_XXVI_2014
_24.pdf. >Acesso em: 14 nov. 2019.

INSPECAOEQUIPTO.BLOGSPOT.COM. INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS:


ESTUDOS DE CASOS. Disponível em:
<http://inspecaoequipto.blogspot.com/2013/08/inscrustacao-em-caldeiras.html.>
Acesso em: 8 out. 2019.

PT.SLIDESHARE.NET. GERADORES DE VAPOR. Disponível em:


<https://pt.slideshare.net/lcmartinelli1/gv-02-caldeiras-definies-tipos.> Acesso em: 10
out. 2019.

ROTHBARTH, Engº Arno. Os Riscos Associados à Operação de Caldeiras. Riscos


associados à operação de caldeiras de média e alta pressão sob o ponto de
vista legal da Norma Brasileira – NR 13, do Ministério do Trabalho e Emprego.,
São Paulo, v. 1, n. 1, p. 1-1, jan./2017. Disponível em:
<https://www.tratamentodeagua.com.br/artigo/os-riscos-associados-a-operacao-de-
caldeiras/>. Acesso em: 28 nov. 2019.

WWW.ACADEMICOO.COM. M modelo de otimização para as operações de


produção de vapor em caldeiras industriais. Disponível em:
<https://www.academicoo.com/artigo/um-modelo-de-otimizacao-para-as-operacoes-
de-producao-de-vapor-em-caldeiras-industriais.> Acesso em: 15 nov. 2019.
52

Propriedades termodinâmicas do vapor


Vapor saturado é aquele cuja temperatura corresponde ao ponto de ebulição da
água quando água e vapores em contato estão sob a mesma pressão. Pode este
ser seco ou úmido, dependendo de existir ou não no mesmo, partículas de água em
suspensão.
Vapor superaquecido é aquele cuja temperatura é mais elevada que a do ponto de
ebulição da água quando água e vapor estão sob a mesma pressão. Água não
pode existir na presença de vapor superaquecido.
Entalpia da água (calor do liquido), é o número de kcal requerido para elevar a
temperatura da água de 0⁰ C, ao ponto de ebulição.
Entalpia de evaporação (calor de evaporação), é o número de kcal requerido para
converter 1 kg de água á temperatura de ebulição em 1kg de vapor saturado seco ,
à mesma temperatura.
Entalpia do vapor saturado (ou calor total do vapor saturado), é o número de kcal
requerido para transformar 1 kg de água a 0⁰ C em 1kg de vapor saturado seco. É
pois a soma do número de kcal requerido para elevar a temperatura da água de 0⁰ C
ao ponto de ebulição acrescido do numero de kcal requerido para converter do
ponto de ebulição ao estado de vapor saturado seco à mesma temperatura.
Entalpia do vapor superaquecido (ou calor total do vapor superaquecido),é a
entalpia do vapor saturado seco ( calor total do vapor saturado seco) à sua
correspondente pressão acrescida do número de kcal requerido para produzir a
elevação do número de graus do superaquecimento atual.

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