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Escola Técnica Estadual de Embu

Ana Carolina Cremm de Almeida Maciel


Camila Regis Cavalcanti

A MÍDIA ESPORTIVA E SEU IMPACTO NO CONSUMO EM MASSSA

Embu das Artes


Fevereiro
2019
Ana Carolina Cremm de Almeida Maciel
Camila Regis Cavalcanti

A MÍDIA ESPORTIVA E SEU IMPACTO NO CONSUMO EM MASSSA

Trabalho realizado no Ensino Médio, no


Centro Educacional 241 – Embu das Artes,
como requisito à obtenção de nota parcial
referente a matéria de Educação Física,
orientado e avaliado pela professora
Márcia Mota.

Embu das Artes


Fevereiro
2019
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SUMÁRIO
1.0. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4

2.0. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA E DO ESPORTE ............................................. 5

2.1. EDUCAÇÃO FÍSICA ................................................................................................ 5


2.1.1. EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL ....................................................... 7
2.2. ESPORTE .................................................................................................................. 8
2.2.1. COMITÊ OLÍMPICO DO BRASIL ..................................................... 10
3.0. INDÚSTRIA ESPORTIVA ............................................................................................ 15
4.0. A MÍDIA E SEU CONSUMO ........................................................................................ 18
4.1. DIESPORTE ............................................................................................................ 21
5.0. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 26
6.0. REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 27

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1.0. INTRODUÇÃO

A mídia, atualmente, é a ferramenta que mais está intrínseca dentro da sociedade e a que
mais mantém sua influência aos seus telespectadores. O questionamento acerca do quão
abrangente e influenciadora a mídia pode ser ainda é uma grande pauta a ser discutida através
de pesquisas. Segundo SILVA (2011) os meios de comunicação difundem um conjunto de
significados que foram pré-interpretados e os receptores de tais informações compreendem e
interpretam de certa maneira.

Para CASPERSEN et. al. (1985 apud ZICK, 2015) atividade física é qualquer movimento
corporal produzido pelos músculos esqueléticos, que resulta em gasto energético maior que os
níveis de repouso. Sendo assim, atividades como caminhadas até pontos de ônibus, subir
escadas, pequenas corridas para pegar um ônibus que está quase partindo, carregar caixas em
uma mudança, entre outras coisas, são considerados atividade física.

Ainda por CASPERSEN et. al. (1985 apud ZICK, 2015) exercício físico é uma atividade
física planejada, estruturada e repetitiva que tem por objetivo a melhora e a manutenção de um
ou mais componentes da aptidão física. Os componentes são, no caso deste exercício,
flexibilidade, agilidade, força, entre outros.

Já o Esporte, segundo Zanon (1981, apud NETO, 2000) “é o campo das situações lúdicas e
motrizes de enfrentamento competitivo, cujas regras são codificadas e controladas por
instituições, as quais são produto específico da sociedade ocidental contemporânea”. Ainda
assim, MAHEU (s/d, apud NETO, 2000) diz que o esporte é educação, honra, ética, estética e
trégua com o tecnicismo.

É necessário ressaltar que, nas últimas décadas, o Esporte foi ganhando cada vez mais
espaço no âmbito nacional, quanto internacional. Revistas, jornais, programas de rádio e canais
televisivos foram abraçando, aos poucos, o pensamento no qual pessoas estariam competindo
juntas em busca de uma vitória.

Junto a isso veio o Lazer que, com o estilo de vida familiar atual, é amplamente abraçado
mesmo que não praticado pelas mesmas, por conta de fatores não alinhados para a contribuição
desta prática.

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2.0. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA E DO ESPORTE

2.1. EDUCAÇÃO FÍSICA

A Educação Física já era Educação Física antes mesmo do seu nome. Sua prática vem
da pré-história, onde a prática corporal acompanha o ser humano desde essa época (NOVAES,
2010) e se aperfeiçoa até o momento atual, com as novas ciências aplicadas segundo as
tecnologias que vão sendo descobertas.

As técnicas de movimento corporais da pré-história limitavam-se a atividades de


sobrevivência – caça, pesca e remo – e lutas por território, dando início a técnicas de defesa e
lutas que seriam aperfeiçoadas milênios depois. Neste período, a atividade física predomina
acima de tudo.

Já na Antiguidade, o fator bélico entra em cena, com a necessidade de travar batalhas e


guerras pela conquista de territórios cada vez maiores e com maior agilidade e precisão, sendo
assim, a busca por uma educação militar cresce cada vez mais entre as civilizações existentes,
tais como os persas, egípcios, chineses, hindus, gregos e romanos, sendo que estes dois últimos
nos influenciaram de uma maneira maior nas concepções de aperfeiçoamento corporal
(NOVAES, 2010).

Com os gregos, a prática de exercícios é descrita por NOVAES (2010):

A valorização dos gregos para com a atividade física ocorreu


tanto pela necessidade de se ter um povo militarmente preparado
como também pela busca da perfeição humana, tanto no sentido
intelectual como também no físico e, com isso, sua aproximação
dos deuses e heróis homéricos através dos jogos.

Os jogos realizados pelo povo grego eram ora livres e espontâneos, ora por manifestação
solene, organizada e com regulamento para que o evento ocorresse de maneira correta – estes
são boxe, a luta, a corrida, o arremesso de peso, o tiro de arco, o dardo e a corrida de carros
(NOVAES, 2010). Marrow (1971, apud NOVAES, 2010) coloca que na cultura nobre,
sobretudo pela prática do esporte, coube a educação física o lugar de honra nesta educação
arcaica, citadas acima. Era trabalho do pedótriba (treinador infantil) educar a criança, desde
cedo, as regras e condicionamento físico de atividades como atletismo, corridas, arremesso de
disco, arremesso de dardo, salto em extensão, luta e boxe. Em Olímpia, a partir de 632 a.C.,

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aparecem nos grandes jogos pan-helenísticos os concursos para crianças, que ratificam a
educação física dos jovens e as regulamentam na Grécia inteira (NOVAES, 2010).
Duas cidades da Antiga Grécia que se destacaram com a prática de exercícios físicos
foram Atenas e Esparta, onde a primeira se aperfeiçoou num intelecto e a segunda em
treinamentos militares, sendo esta sua principal característica até os dias atuais. Esparta
manteve a honra de manter campeões internacionais, sendo que dentre 720 a 576 a C., teve
dentre os oitenta e um campeões olímpicos conhecidos, quarenta e seis vencedores. Foi nesta
época que a excelência dos Espartanos pelo seu treinamento e seus treinadores veio a ser melhor
reconhecida por outras cidades, e a nudez completa do atleta e o uso de óleo para embrocação
se popularizou entre os praticantes.
Segundo NOVAES (2010):
Contudo o esporte não estava reservado aos homens, as mulheres
espartanas praticavam também o atletismo, além de também
serem treinadas militarmente. A educação das moças era
estritamente regulamentada de tal maneira que a música e a dança
desempenhavam um papel mais apagado que a ginástica e o
esporte.

E por Marrou (1971, apud NOVAES, 2010):

A graça arcaica cede o passo a uma concepção utilitária e crua:


como a mulher fascista, a mulher espartana tem o dever de ser
antes de tudo uma mãe fecunda em filhos vigorosos. Sua
educação é subordinada a esta preocupação de eugenia: procura-
se tirar-lhe a delicadeza e a feminilidade, obrigando-a a exibir-se
nua nas festas e cerimônias: o objetivo é fazer das virgens
espartanas robustos viragos sem complicações sentimentais que
se acasalarão ao melhor dos interesses da raça.

As mulheres espartanas eram apresentadas nuas e cruas para a sociedade, e, ainda assim,
continuavam com o seu papel de fertilidade e treinamento militar, sem tanta graça de música e
dança que em outras cidades, era papel principal.
Em Atenas, por sua vez, o treinamento e aperfeiçoamento físico foi perdendo força
conforme o intelecto dos moradores desta cidade foi se aprimorando, sendo que, atualmente, é
conhecida como “berço cultural e filosófico”. A prática de exercícios físicos não foi totalmente
esquecida, mas sim deixada como segundo plano.
Os moradores desta cidade frequentavam locais de treinamento como a Academia de
Platão e Liceu de Aristóteles – duas figuras intelectuais muito influentes na época –, o esporte

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vai “distanciando-se de suas origens cavalheirescas”, tomando uma educação cerebral como
padrão e largando o realce esportivo.
NOVAES (2010) diz que:
O próprio excesso de honra aos atletas ganhadores foi fatal ao
esporte comparado e homenageado como heróis e deuses. Neste
contexto, cada vez mais o esporte foi se especializando, deixando
de lado seu aspecto amadorístico e virando uma profissão. Assim
os atletas tinham que viver só para sua modalidade, tendo
treinamento específico e já naquela época adotar uma dieta
adequada.

Como Atenas tinha se tornado uma cidade para o intelecto, o Esporte, por sua vez,
deixou de ganhar força e foi se aperfeiçoando em cidades aos arredores onde a prática dos
exercícios fosse abraçada com força. O equilíbrio entre mente e corpo passou a ser rompido.
O esporte continuou a ser praticado em Atenas, mas este não era mais o objetivo da juventude
que se mirava apenas na razão e no intelecto (NOVAES, 2010).

2.1.1. EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL


O “Brasil Colônia”, época na qual a coroa portuguesa detinha o poder político no
território brasileiro, foi a qual as habilidades rústicas dos índios como nadar, caçar, lançar,
pescar e utilizar o arco e flecha. Os negros também contribuíram com a capoeira e diferentes
manifestações artísticas, como a dança (NOVAES, 2010).
Já durante o “Brasil Império”, em 1851, a ginástica foi incluída no currículo nacional
de educação como obrigatória pela LEI Nº 630 – aprovada em 1854 –, por mais que já
estivesse incluída nas escolas desde 1837. A Educação Física escolar brasileira teve seu início
oficial com a Reforma Couto Ferraz, quando foram apresentadas à Assembléia as bases para a
reforma do ensino primário e secundário no Município da Corte. Após três anos, em 1854, a
sua regulamentação foi expedida e entre as matérias a serem obrigatoriamente ministradas
estavam, no primário, a ginástica, e no secundário, a dança (BETTI, 1991 apud LEMOS,
2009). Esta lei dizia:

[...] CAPITULO III

Das escolas publicas; suas condições e regimen

Art. 47. O ensino primario nas escolas publicas comprehende:

7
[...] A geometria elementar, agrimensura, desenho linear, noções
de musica e exercicios de canto, gymnastica, e hum estudo mais
desenvolvido do systema de pesos e medidas, não só do
municipio da Côrte, como das provincias do Imperio, e das
Nações com que o Brasil tem mais relações commerciaes. [...]
(DECRETO Nº 1.331-A, DE 17 DE FEVEREIRO DE 1854.
Grifo do autor)
O primeiro método a ser incluído nas escolas do Império foi o alemão, o qual era
marcado pela melhoria do condicionamento físico do sexo masculino com o militarismo e
autoritarismo; porém, este foi duramente criticado por Rui Barbosa, que possuía correntes de
pensamento positivistas e humanistas, propondo o método sueco como balança de equilíbrio
para a saúde – o que iniciou o exercício físico para a higiene pessoal – dos ginastas.
Durante a Ditadura Militar, a ginástica serviu como propaganda política enfatizando
esportes de alto rendimento, como o futebol. Anos mais tarde, estes esportes ganham patrocínio
e ganham três formas: esporte educação, esporte participação e esporte performance
(NOVAES, 2010).
Na década de 1990, a profissão de educador físico e Educação Física são
regulamentadas, tornando-se a ciência responsável pelo estudo da cultura do movimento
corporal (NOVAES, 2010).

2.2. ESPORTE

O esporte, desde sua criação, passou por uma série de mudanças que ocorriam de acordo
com a contexto histórico, social e político. Desde o princípio da humanidade, ele estava
presente; porém, como uma forma de sobrevivência e, com a evolução, modalidades foram
criadas por diferentes povos.

Quando deixou de ser nômade o homem passou a sofrer ataques em suas terras, assim a
solução foi o agrupamento, que resultaram nas primeiras nações, e ideias de atividade física,
onde estavam incluídas as práticas com objetivos higienistas no oriente e a ginástica grega com
caráter educativo e preparatório para guerra (TUBINO, 1993 apud ESTEVES, 2014).

Temos, por exemplo, os Jogos Olímpicos da Grécia (2500 a. C.), considerado uma das
primeiras manifestações esportivas; nessas olimpíadas aconteciam uma série de homenagens
(principalmente a Zeus) e diplomacia entre as cidades que formavam a civilização Grega. Os

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Jogos Olímpicos foram realizados 293 vezes em 12 séculos, de quatro em quatro anos, em
Olímpia, na Élida (TUBINO, 1993 apud ESTEVES, 2014). Os atletas se reuniam na cidade de
Olímpia, onde ocorriam uma série de disputas em diferentes modalidades (arremesso de disco,
corrida, salto em distância, corrida de cavalo, entre outras), nas quais os vencedores ganhavam
uma coroa de louros e eram recebidos como heróis em suas cidades de origem.

A história mudou em 239 a. C., quando o atual imperador romano Teodósio deixou de
seguir o politeísmo, se convertendo ao Cristianismo; porém, no ano de 1896, os Jogos
Olímpicos foram retomados em Atenas, por iniciativa de Pierre de Fredy. Neste novo formato
da Olimpíada, participavam 13 países e eram disputadas provas de natação, ginástica, esgrima,
luta livre, tênis, entre outros; os vencedores das provas eram premiados com medalhas de ouro
e um ramo de oliveira e após a cerimônia era oferecido um banquete a todos os presentes
(MARINHO, 1980 apud ESTEVES, 2014).

O Esporte, agora, já tido como um fenômeno social, pois nos jogos havia união entre os
povos e as brigas e guerras eram esquecidas. Nessa época, filósofos influentes como Platão e
Sócrates diziam bastante sobre a importância do esporte na formação moral, educacional, ético
e religioso. Os últimos jogos aconteceram em 393 d. C., quando Roma invadiu o território
grego.

Os Romanos priorizavam a conquista territorial e, para eles, o esporte tinha uma função
de distrair o povo; foi nesse período que surgiu a política “pão e circo”, que ajudava a evitar
uma série de revoltas populares contra o poder romano. A prática esportiva já não era tida como
objeto de formação intelectual, e eram usadas em práticas militares a agrícolas, a ginástica foi
excluída no império romano por ser considerada imoral devido ao nudismo dos praticantes.

Segundo PEREIRA & MARINHO (1980 apud ESTEVES, 2014):

Durante a idade Média, as atividades físico-desportivas


foram se distanciando cada vez mais da igreja e assim
tornaram-se irrelevantes, com os jovens nobres da época
encaminhados a educação religiosa ou a cavalaria,
restavam-lhes apenas exercícios ligados ao adestramento
hípico e ao combate, como as Justas, a esgrima e as
corridas.
Durante o Renascimento, os esportes foram reavivados, principalmente entre os
educadores da época, como o italiano Vittorino da Feltre (1378-1446), que reaproximou
práticas – como a ginástica, a natação, a corrida, a luta, dentre outras – da educação, baseado

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nos princípios gregos de harmonia entre corpo e mente; outro pedagogo a defender o esporte
como meio formador foi Maffeo Veggio (1407-1458), que publicou em sua obra “Educação da
criança” que os jovens deveriam se movimentar através de atividades sem violência. Neste
momento foram determinadas algumas bases que permanecem até hoje, como a pedagogia do
esporte, originária da visão do desporto numa face idealística e como pilar para os
conhecimentos, inspirado na perspectiva grega.

O Esporte Moderno, segundo ESTEVES (2014):

O termo “esporte moderno” tem origem segundo Martins


e Altmann (2007), em 1986 com Norbert Elias e Eric
Dunning com o intuito de diferenciá-lo do esporte antigo.
A divisão entre esporte moderno e jogos tradicionais
ocorre a partir da autonomização do campo esportivo em
comparação aos outros campos sociais como o religioso,
e essa ruptura se mostra na formulação de tempo e locais
específicos determinados à prática do esporte, em
oposição aos jogos tradicionais, que aconteciam em
espaços ordinários durante as atividades do dia a dia nos
momentos de lazer (MARTINS; ALTMANN, 2007).

2.2.1. COMITÊ OLÍMPICO DO BRASIL


O Comitê Olímpico do Brasil é a entidade que representa o movimento olímpico no
Brasil conforme reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional e da legislação brasileira.
Para O COI, os comitês nacionais, além de pré-selecionar cidades para sediar jogos, têm como
missão promover os princípios do Olímpicos em nível nacional, fornece suporte ao
desenvolvimento de atletas, treinamento de administradores esportivos pela organização de
programas educativos, seleção e envio de equipes aos Jogos Olímpicos.

Para cumprir com essas competências, o COB possui receita de patrocinadores,


parceiros e fornecedores, mas, principalmente recebe financiamento público de diversas
formas. A ligação financeira que se dá entre COB e as confederações brasileiras é decorrente
da Lei nº 10.264/2001, conhecida como Lei Agnelo-Piva.

Essa proposição acrescentou incisos e parágrafos à Lei nº 9.615 de 1998, a Lei Pelé, em
seu artigo 56, que trata do financiamento do desporto. As principais alterações provocadas pela
Lei Agnelo-Piva consistem em regulamentar o repasse de 2% da arrecadação dos prognósticos,
loterias federais e similares, deduzidos os valores dos prêmios, ao COB e ao Comitê
Paraolímpico Brasileiro (CPB). Desses 2%, 85% do montante são repassados ao COB e 15%
10
ao CPB (BRASIL, 2001 apud ALMEIDA & JÚNIOR, 2011), ou seja, o COB recebe 1,7% da
arrecadação bruta e o CPB 0,3%. A lei também regulamenta que 10% deve ser investido em
esporte escolar, 5% em esporte universitário; essa movimentação de investimento é monitorada
pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que fiscaliza se a verba está sendo aplicada.

O repasse de recursos do COB se dá somente para as confederações brasileiras de


esportes olímpicos, de acordo com critérios próprios que, somente em 2009 foram explicitados.
De 2005 a 2008, pudemos notar que o repasse de recursos da Lei Agnelo-Piva para as
confederações pode ser classificado em três blocos, por percentual de recebimento de recursos.

No primeiro bloco, encontram-se onze confederações em que cada uma recebeu, em


média, menos que 2% do total repassado para todas as confederações. No segundo bloco, são
nove confederações que receberam entre 2,1% e 5% do total. No terceiro bloco, temos oito
confederações que receberam mais de 5% do total (COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO, 2006;
2007; 2008c apud ALMEIDA & JÚNIOR, 2011).

Para o ano de 2009, o COB divulgou novos critérios para repasse dos recursos para as
confederações. As confederações foram classificadas em quatro grupos pelo critério de
meritocracia, ou seja, de acordo com os resultados em competições: (1) modalidades com
campeões olímpicos ou conquista de mais de uma medalha em Jogos Olímpicos, (2)
modalidades com campeões pan-americanos e/ou histórico olímpico, (3) modalidades em
desenvolvimento com resultado sul americano, pan-americano e mundial e (4) modalidades em
desenvolvimento com resultado sul-americano.

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No primeiro grupo estão aquelas confederações que possuem patrocínio de empresas
com capital público e poucos atletas ou equipes conseguem patrocínios privados. Das treze
confederações brasileiras com patrocínio em 2008, segundo relatório do COB, uma é o futebol
e outras oito, além do voleibol, possuem empresas com capital público como patrocinadoras.
São elas: atletismo, ginástica e lutas associadas (Caixa Econômica Federal); basquete
(Eletrobrás); handebol (Petrobras); judô (Infraero); desportos aquáticos e tênis (Correios).

No segundo grupo, estão 16 confederações que não possuem nenhum patrocinador


oficial: badminton, beisebol, boxe, ciclismo, desportos no gelo, esgrima, hipismo, hóquei sobre
a grama, levantamento de peso, pentatlo moderno, remo, beisebol e softbol, taekwondo, tiro
esportivo, triathlon e vela. Dessas, apenas pentatlo moderno, tiro esportivo e triathlon tiveram
patrocínio durante o ciclo olímpico de 2005 a 2008.

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Aqui pudemos observar as diferentes estratégias que empresas do campo econômico
utilizam com o patrocínio ao esporte no Brasil. Na modalidade mais visível internacionalmente
e que possui como capital simbólico a característica de melhor do mundo, várias empresas
multinacionais, que também são bem estabelecidas no mercado internacional, têm interesse no
patrocínio. Modalidades com menor expressão internacional, porém com importância dentro
do contexto brasileiro, têm o apoio de empresas com capital público.

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3.0. INDÚSTRIA ESPORTIVA

Segundo STOTLAR & PITTS (2002) a Indústria do Esporte é definida como “o mercado
no qual, produtos oferecidos aos compradores relacionam-se a esporte, fitness, recreação ou
lazer e podem incluir atividades, bens, serviços, pessoas, lugares ou ideias”. Isto é observado
nos locais onde os produtos são vendidos, como o marketing é feito e como as pessoas são
atraídas até a compra daquele produto, tudo sempre milimetricamente planejado pelas grandes
empresas.

PAES (1996 apud MAZZOCATO et. al., 2012) que o valor educacional do esporte vem
mudando, ficando em torno da transformação de conduta das pessoas, da formação de opinião
e reestruturação de valores, e construção de uma cultura esportiva através da Educação Física.
As aulas em escolas estão ficando cada vez mais voltadas para o Esporte, o qual está voltando-
se, por sua vez, para o Esporte-Espetáculo.

O Esporte, por sua vez, como foi explicado em 2.2, têm suas raízes em Atenas, e é presente
até os dias atuais com comissões, federações e confederações que cuidam de todo o trabalho
político e de regras que cada modalidade carrega. É necessário ressaltar que todas as
modalidades existentes atualmente sobreviveram por conta da sua popularidade e amor que seus
praticantes dão à elas, já que as menos influentes foram se modificando com o tempo ou
deixando de existir. Segundo BRACHT (1997 apud MAZZOCATO et. al., 2012):

“Sem dúvida, o esporte faz hoje parte, de uma ou de outra


forma, da vida da maioria das pessoas em todo o mundo. [...] Hoje
ele é, em praticamente todas as sociedades, uma das práticas
sociais de maior unanimidade quanto a sua legitimidade social.
No entanto, em meio ao „boom‟ esportivo levantam-se algumas
vozes, principalmente no meio acadêmico, que expressam
dúvidas quanto aos valores humanos e sociais deste fenômeno [...]
Entendemos que existe realmente uma lacuna na literatura
brasileira no que diz respeito a textos que enfoquem criticamente
o esporte”
O Movimento Humano, por sua vez, é algo que está presente nas pesquisas dos
profissionais de Educação Física e que atuam dentro do Esporte em si, já que é uma ferramenta
muito importante para a comunicação corporal (MAZZOCATO et. al., 2012). A indústria do
esporte se aproveita disto produzindo produtos que tentem suprir a necessidade corporal em
modalidades, protegendo o corpo de lesões ou tentando causar uma melhora no desempenho do
praticante, seja por roupas mais confortáveis ou por apetrechos usados nos momentos de treino.

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A mídia, que atua pé-a-pé com a indústria, tem um papel muito significante para
impulsionar o consumo dos produtos propostos. Os programas esportivos são hoje, no mercado
televisivo, um aliado das redes de televisão, fato importante na audiência das emissoras
(MAZZOCATO et. al., 2012); uma propaganda de determinada marca e produto alavanca em
números exponenciais sua compra e, consequentemente, o lucro em cima disto. Épocas de
Olimpíadas, Copas do Mundo e “Brasileirão” acabam por fazer empresas lucrarem com
produtos que estejam de acordo com o que está acontecendo no momento, como maquiagens,
vestimentas, brinquedos, etc.

CAMPOS et. al. (2015) diz que o interesse diário da mídia pelo esporte sinaliza a
consolidação histórica de tal prática e uma procura sempre crescente da população mundial por
esse fenômeno. Ou seja, somente modalidades que estão destacadas a décadas que estarão no
topo das divulgações e no interesse da população, a pequena modalidade que é praticada no
interior de determinada região do Brasil não será, com certeza, conhecida em todo o território
nacional, diferentemente do futebol, o qual não só será conhecido até por índios de Manaus,
mas como os produtos que aparecem na mídia – camisetas, chuteiras, shorts, etc – poderão estar
dentro do armário de um deles.

O esporte que inicialmente era apenas competição, usado para demonstrações de


superioridade, agora é tratado como “esporte para todos’ (TUBINO, 1992 apud CAMPOS et.
al., 2015), faz com que a sua comercialização seja feita com muito mais facilidade atualmente.
Muitas modalidades são conhecidas pela população mundial, sendo, também, divulgadas pela
mídia e, assim, produzidos artigos em lojas esportivas que são consumidos pela sociedade.

Um conceito muito importante a ser apresentado é o do Esporte-Espetáculo. Segundo


Rodrigues e Montagner (2005 apud ALMDEIDA, 2009) o Esporte-Espetáculo é o desporto
praticado no alto rendimento, que é reproduzido por diferentes meios de informação, sendo o
mais poderoso a mídia eletrônica (rádio, televisão, internet). BETTI (2005 apud ALMDEIDA,
2009) observa cinco características principais deste esporte: ‘falação esportiva’, ‘monocultura
esportiva’, ‘sobrevalorização da forma em relação ao conteúdo’, ‘superficialidade’ e
‘prevalência de interesses econômicos’. Porém, este mesmo termo pode ser definido por PRONI
(1998 apud ALMDEIDA, 2009) em três pontos:

1. referem-se a competições esportivas organizadas por


ligas ou federações, que reúnem atletas submetidos a
esquemas intensivos de treinamento (no caso de

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modalidades coletivas, a disputa envolve equipes
formalmente constituídas);
2. tais competições esportivas tornaram-se espetáculos
veiculados e reportados pelos meios de comunicação de
massa e são apreciadas no tempo de lazer do espectador
(ou seja, satisfazem a um público ávido por disputas ou
proezas atléticas); e
3. a espetacularização motivou a introdução de relações
mercantis no campo esportivo, seja porque conduziu ao
assalariamento dos atletas, seja em razão dos eventos
esportivos apresentados como entretenimento de massa
passarem a ser financiado (pelo menos em parte) através
da comercialização do espetáculo.

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4.0. A MÍDIA E SEU CONSUMO

Segundo Betti (2005) existem grandes diferenças em se dizer esporte na mídia e esporte da
mídia. Seguindo o mesmo autor, diz-se sobre o Esporte-Espetáculo, que foi descrito no ponto
3.0. É necessário ressaltar que o esporte na mídia deve contemplar várias modalidades
esportivas, presença de informações e conteúdos científicos sobre a cultura esportiva, análises
aprofundadas e críticas a respeito dos fatos, as vozes dos atletas como seres humanos integrais,
uma maior interação com os receptores; porém tudo isso, infelizmente, ainda é apenas um
exercício de imaginação. O esporte da mídia é feito moldado para que seja reproduzido e siga
as preferências que as TVs e sites necessitam para a sua divulgação.

A mídia esportiva exerce atualmente um papel muito forte na população, sendo uma das
responsáveis diretas pelo consumo de determinadas práticas esportivas por crianças, jovens e
adultos (NOVAES, 2010). As modalidades esportivas são amplamente divulgadas nos meios
de comunicação, sendo que a TV é o veículo que mais influência a cultura, por ser ainda o meio
que agrega, em torno dele, o maior número de pessoas (CAMPOS et. al., 2015). Estas
modalidades, por sua vez, são transformadas em objeto de consumo pela indústria cultural, que
se apropria destas práticas esportivas e as divulgam através de programas de televisão, rádio,
revista, álbuns de figurinhas, jogos de vídeo-game, agindo principalmente sobre o público
jovem e infantil (NOVAES, 2010).
Ainda por NOVAES (2010):
Por outro lado, a mídia é responsável pelo acesso e
divulgação cada vez maior das modalidades esportivas,
propiciando através das imagens e recursos da tecnologia
(que é desenvolvida e aprimorada a cada dia) uma melhor
visualização e entendimento dos movimentos específicos
dos esportes, assim como de seus fundamentos. Isto
possibilita uma compreensão maior por parte do público
em geral e também uma análise e estudo da biomecânica
destes movimentos pelos profissionais ligados ao esporte
– atletas, técnicos, médicos e outros.

Por sua vez, a mídia também exerce um papel de produção de modos de existência, que
organizam a ordem dos fatos que irão acontecer (os espetáculos) de forma dramática, criando e
destruindo identidades, produzindo emoções no público (COIMBRA, 2001 apud
MAZZOCATO et. al., 2012). A mídia é construtora e propagadora de imaginários e identidades
e faz com que os indivíduos sejam sujeitos de determinados discursos (Gomes, 2001 apud
MAZZOCATO et. al., 2012).

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A mídia também faz forte influência dentro do ciclo de vida de quem a assiste, como
diz BETTI (2001 apud MAZZOCATO et. al, 2012): a mídia rivaliza com a escola e a família
como fonte de fomentação de valores e atitudes.
MAZZOCATO et. al. (2012) ainda fala:
De acordo com Belloni, (2002) "nos países desenvolvidos
ou em desenvolvimento, a frequência de crianças aos
meios de comunicação de massa está em crescimento
muito acentuado". E, as diversas pesquisas citadas por
(Porto, 2000) revelam que "o jovem vê TV como fonte de
aprendizagem", diferentemente dos jovens de vinte e oito
anos atrás que "viam TV como meio de lazer e
entretenimento, e cerca de quatro entre dez sujeitos
identificavam a TV como meio de aprendizagem", com
preocupação quanto aos aspectos educativos e
informativos dos programas.

É necessário que se abra um espaço na mídia, principalmente a televisão, espaço mais


consumido atualmente, para a discussão do que é o real significado de esporte; veiculando
diversas modalidades e não restringindo-se as que estão em evidência no momento, como o
futebol.
Neste cenário, a política do Pão e Circo implementada na antiga Roma é presente nos
dias atuais durante a divulgação do Esporte-Espetáculo: enquanto os expectadores são
induzidos a se emocionarem com casos e mais casos de atletas de origem humilde que
obtiveram sucesso através do esporte de forma irrefletida acabam comprando ideias e produtos
que, de certa forma, os conduzem ao sentimento de pertencimento dessas conquistas, alienando-
os, assim, da resolução de problemas reais e acalmando o desejo de mudanças realmente
significativas (CAMPOS et. al., 2015). Os atletas são transformados em mitos ou heróis e são
os personagens principais desse espetáculo. Suas vidas são transformadas em roteiros, tudo o
que fazem ou dizem é pensado e moldado para ser apresentável e quando não o fazem a punição
vem na forma de suspensão de contratos ou multas de cifras Milionárias (CAMPOS et. al.,
2015) Isto é claramente refletido quando se analisa o dado recolhido de um estudo do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), onde apenas 1,2% da população brasileira pratica
atividades físicas com regularidade MAZZOCATO et. al. (2012).
CAMPOS et. al. fala sobre a esteira da manipulação midática atual:
Na esteira dessa manipulação, as características originais
dos esportes vão sendo alteradas, ou seja, recebem o
tratamento necessário para serem comercializados pelos
meios de comunicação nas mais variadas formas que
forem pertinentes, para gerarem audiência e lucro. Os
19
esportes vão se moldando pouco a pouco conforme os
interesses dos meios de comunicação, pois estes mudam
suas regras, o tempo de duração, o número de jogadores e
até sua história, comprometendo sua essência e a filosofia
que originalmente regeu cada uma das modalidades.

CAMPOS et. al. (2015) também trabalha o conceito no qual pessoas de escolaridades
mais elevadas são mais criteriosas para qual mídia irão consumir:
Existe também um certo tipo de público um pouco mais
criterioso no que diz respeito as informações. Esse é
formado por uma classe com nível de escolaridade mais
elevado, mas que dispõe de pouco tempo para acompanhar
as diversas notícias dos diversos jornais esportivos
existentes [...] Esse tipo de público é o que busca os
programas de finais de semana, que exibe um resumo de
notícias e eventos mais relevantes da semana e quer saber
especificamente de como seu time está se saindo em seu
campeonato. [...] Por isso, ele prefere assistir aos
programas que tratam os assuntos gerais de forma mais
resumida.
O consumo esportivo (seja participando no esporte ou assistindo a ele) é uma das funções
de lazer mais difundidas da sociedade moderna (CAMPOS et. al., 2015). Isto reflete nas escolas
esportivas da sociedade, já que o esporte e a mídia formam uma poderosa combinação de força
e com isso influenciam muito na escolha dos esportes e modalidades praticadas e produtos
consumidos pelas pessoas. Com isso, Brohm, Perelman e Vassort (2004, apud CAMPOS et.
al., 2015):

“denominam de “pandemia esportiva” a extensão da


esfera de influência do esporte no interior da vida das
pessoas. De acordo com os autores, “o espaço público,
reduzido a uma tela de sonho televisionado, está saturado
de esporte, a tal ponto de comprometimento que a política,
por exemplo, é considerada, também ela, como um
esporte”.
Vale ressaltar ainda, que, por POZZI & RIBEIRO (s/d) a evolução da mídia se deu por
três períodos: jornal impresso, transmissões de rádio e programas esportivos de televisão, onde,
entre o segundo e este terceiro, o uso e abuso de propagandas e divulgação crescer
exponencialmente.

20
4.1. DIESPORTE

Para que a compreensão de como a mídia e o consumo afetam os exercícios físicos e


Esporte, será feita uma breve análise do DIESPORTE, uma pesquisa feita pelo Ministério do
Esporte com 8.902 entrevistados que, em 2013, equivaliam aos 146.748.00 brasileiros de 14 à
75 anos.

É válido ressaltar que o uso de “atividade física” deve ser substituído por “exercício físico”,
para que a compreensão seja melhor.

a. Dos praticantes e sedentários: pode-se observar que 54,1% da população brasileira


pratica algum tipo de exercício ou esporte, porém, como citado anteriormente, somente
1,2% da população brasileira
segue com os exercícios com
regularidade. Isto também pode
ser observado no gráfico de
sedentarismo por gênero (2),
onde as mulheres ganham para
os homens na falta de
exercícios físicos.

Figura 1, praticantes e sedentários.

Figura 2, sedentarismo por gênero.

b. Sedentários por faixa etária: o sedentarismo também é observado por faixa etária, onde
os idosos ganham gradualmente dos considerados “jovens” por eles. Há a preocupação,
já que a porcentagem dos adolescentes está muito próxima da dos adultos, que por sua
vez é gradual crescente dos idosos, o que demonstra uma certa preocupação ao que os
jovens irão se tornar daqui algumas décadas.
21
Figura 2, sedentarismo por idade.

c. Consciência do sedentarismo: a grande maioria massiva demonstra ter consciência e


não ter esforço para a prática de exercícios físicos, enquanto uma menor parcela não
possuí consciência dos riscos. Demais respostas que se dão em maioria têm consciência,
mas não possuem tempo ou condições financeiras.

Figura 3, consciência de risco

Também é possível fazer essa análise por gênero, onde a maioria sabe dos riscos, mas
não tem interesse em praticar, porém, 30% das mulheres tem interesse, mas não tem tempo, enquanto
22
homens são 24,3%; isso pode ser associado com as atividades domésticas que muitas mulheres
conciliam com o trabalho fora de casa.

Figura 4, consciência por gênero

d. Abandono de exercícios físicos e/ou Esporte: a grande maioria abandona a prática por
conta de estudos, família ou trabalho, o que é preocupante, já que isso evidencia a falta
de estrutura do governo brasileiro para com o incentivo a prática e auxílios aos
praticantes.

Figura 5, abandono

23
e. Abandono por idade: o abandono acontece mais no período no qual os jovens e
adolescentes estão em estudo, seja na escola ou numa universidade, ou que acabaram
de sair do Ensino Médio e se viram obrigados a ir para o mercado de trabalho.

Figura 6, abandono por idade

f. Primeiro esporte praticado:


como ressaltado durante a
pesquisa, o futebol é o esporte
mais procurado para início,
seguido por voleibol, natação,
futsal, corrida e caminhada.

Figura 7, primeiro esporte

24
g. Esportes mais praticados em 2013: o futebol continua em vitória esmagadora, sendo que
mais da metade dos entrevistados praticam futebol. Por gênero, há uma diferença
gritante em que há menos mulheres praticando esse esporte; já caminhada é o segundo
mais praticado devido a facilidade de acesso; porém, também possui uma grande
diferença por gênero pois 18,70% são mulheres. Seguindo até ciclismo possuem ainda
muitos praticantes devido a uma certa facilidade de acesso. Vale mencionar que o
futebol é tão praticado devido a história do nosso país e nossa popularidade como “país
do futebol”.

Figura 8, mais praticados

25
5.0. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se ressaltar que a mídia é o canal que mais possui controle nos indivíduos da sociedade
atualmente, com o poder de escolha e rejeição de esportes, atividades e exercícios físicos por
meio de suas reportagens e notícias. O consumo, ligado diretamente a este, também é
evidenciado quando se faz uma pequena análise de gráficos e o futebol é, de longe, o mais
praticado e consumido pela população brasileira em 2013.

A história da Educação Física e do Esporte também evidenciam e denunciam, ao mesmo


tempo, o que será a próxima coisa a acontecer e a próxima modalidade a entrar em evidência
pela mídia – dando ênfase a televisão que, atualmente, transmite eventos esportivos como Jogos
Olímpicos, Copa do Mundo, Jogos de Inverno e Verão.

Portanto, pode-se concluir que a mídia e o consumo estão fortemente atreladas atualmente,
com uma servindo de auxílio para a outra quando o que se quer visar é o lucro, fazendo até que
esportes mudem regras, vestimentas e filosofias para se adequarem a pequena telinha que trás
influência a sociedade na atualidade.

26
6.0. REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Bárbara Schausteck de.; JÚNIOR, Dr. Wanderley Marchi. COMITÊ OLÍMPICO
BRASILEIRO E O FINANCIAMENTO DAS CONFEDERAÇÕES BRASILEIRAS.
Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 33, nº 1, p. 163-179, 2011.

ALMEIDA, Cynthia Adriane de. O ESPORTE-ESPETÁCULO: ESTUDO E RELATO


SOBRE A SUA INFLUÊNCIA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR. Paraná: IX
Congresso Nacional de Educação – EDUCERE, 2009.

CAMPOS, André; RAMOS, Paulo; SANTOS, Amanda. A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NO


ESPORTE. Manaus: XIV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte, 2015.

ESPORTE, Minstério do. A PRÁTICA DE ESPORTE NO BRASIL. Disponível em:


<www.esporte.gov.br/diesporte/2.html>. Acesso em 17 de fevereiro, 16h15min.

ESTEVES, Bruno Botti. A TRAJETÓRIA DO ESPORTE MODERNO: DOS


PRIMÓRDIOS AO FENÔMENO SOCIAL. Buenos Aires: Revista Digital, ano 19, nº 199,
2014.

FERRAZ, Luiz Pedreira de Couto. DECRETO Nº 1.331-A, DE 17 DE FEVEREIRO DE


1854. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-1331-
a-17-fevereiro-1854-590146-publicacaooriginal-115292-pe.html>. Acesso em: 18 de fevereiro,
17h12min.

LEMOS, Fábio Ricardo Mizuno. EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR, ENSINO MÉDIO:


ENTRE A LEGISLAÇÃO E A AÇÃO. Buenos Aires: Revista Digital, ano 13, 2009.

MAZZOCATO, Ana Paula Facco; TELLES, Cassiano; CASAROTTO, Veronica Jocasta;


ROSA, Cristian Leandro Lopes da. A INFLUÊNCIA DO ESPORTE NA MÍDIA E NO
DESENVOLVIMENTO DA SOCIEDADE. XIV Seminário Internacional de Educação no
Mercosul, 2012.
NETO, Francisco Xavier de Vargas. O ESPORTE MODERNO: EM BUSCA DE UMA
DEFINIÇÃO ADEQUADA. Revista Perfil, ano IV, nº 4, 2000.
NOVAES, Marcus Pereira. A EDUCAÇÃO FÍSICA E MÍDIA ESPORTIVA. São Paulo:
Revista ALTEJOR, ano 01, volume 01, edição 01, janeiro-dezembro de 2010.
POZZI, Luis; RIBEIRO, Carlos Henrique V. ESPORTE E MÍDIA. Atlas do Esporte no Brasil.

27
SILVA, Tatyane Perna. MÍDIA, LAZER E ESPORTE. 9ª amostra acadêmica UNIMEP,
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ZICK, Lucas. ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE: CONCEITOS E BENEFÍCIOS. Paraná:
Universidade Regional de Blumenau (FURB), 2015. Disponível em:
<https://www.efdeportes.com/efd204/atividade-fisica-e-saude-conceitos-e-beneficios.htm>.
Acesso em 18 de fevereiro, 12h10min.

____________. A INDÚSTRIA DO ESPORTE. Disponível em:


<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao-fisica/a-industria-do-
esporte/55137>. Acesso em: 18 de fevereiro, 20h30min.

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