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CANSADOS E ESGOTADOS
(criado por Thiago Barreto; revisado por Wallyson Rocha e Lidiane Barreto)
Objetivo geral do estudo: Conduzir o pequeno grupo a refletir se tem levado uma vida que poderá gerar um burnout em
pouco tempo e estimular, baseado nos princípios bíblicos e incentivando novos comportamentos, uma mudança no
estilo de vida.
Objetivo do estudo de caso: gerar discussão, usando um dos exemplos, que estimule o envolvimento do grupo na
resolução do problema. No entanto esse momento deve ser breve.
“Logo que comecei a trabalhar como oftalmologista aceitei todas as pressões externas para trabalhar cada vez mais.
Ouvi da gerente da clínica que eu trabalhava que eu “tinha que aproveitar enquanto era jovem para trabalhar muito e
fazer dinheiro”. Com isso, chegou a um ponto de mal ver a luz do dia.
Juntamente a toda a pressão que comecei a sofrer no trabalho, e algumas humilhações que prefiro não relatar, outra
grande preocupação caiu sobre mim: meu relógio biológico começou a me dizer que estava passando da hora de ser
mãe. Fiquei animada com a ideia de engravidar, parei de tomar remédio e resolvi tentar. Passou um ano e nada. Comecei
a ficar triste. Procurei um especialista em infertilidade. Eu e meu esposo fizemos vários exames e todos estavam
normais. Mais um ano de tentativas se passou e não engravidei.
Além de triste, comecei a ficar angustiada. De repente, nada mais parecia fazer sentido. Para quê trabalhar tanto se eu
mal conseguia aproveitar a vida? Os médicos disseram que o estresse – por causa do trabalho – poderia estar
prejudicando minhas tentativas de engravidar. Fui ficando esgotada física e emocionalmente. Até que, em pouco tempo,
tudo perdeu cor e graça. A dor da angústia apertava meu peito, sufocava, até que eu desabei. Caí em prantos em pleno
horário de trabalho, ainda pela manhã. Foi nessa época em que percebi que estava doente”.
Objetivo do tópico geração Burnout: demonstrar papeleiros que nossa geração está passando e as característica da
exaustão e esgotamento.
1- GERAÇÃO BURNOUT
Em um artigo popular, a geração Millennials (os que nasceram nas décadas de 1980 e 1990), têm sido considerados
como a “geração burnout”. Esse conceito foi adotado por, de maneira bastante abrangente, se perceber muitos jovens
com esgotamento físico e mental especialmente durante a faculdade, início de carreira profissional ou em primeiros
empregos. O esgotamento é caracterizado por “paralisia das incubências”, resultando na dificuldade em até executar
tarefas simples ou cotidianas.
Sintomas principais do cansaço e esgotamento são: exaustão emocional, despersonalização e redução da realização
pessoal:
A) exaustão emocional: caracteriza-se por fadiga intensa, falta de forças para enfrentar o dia de trabalho, estudo e etc..
sensação de estar sendo exigido além de seus limites emocionais.
B) despersonalização: caracteriza-se por distanciamento emocional e indiferença em relação ao trabalho, a faculdade, ao
ministério, etc... ou aos “usuários” do serviço.
Cerca de um ano e meio atrás, vimos o relato no noticiário de 5 alunos de medicina que tentaram suicídio em Minas
Gerais. Isso não foi algo incomum, pois o mesmo aconteceu em São Paulo, na USP.
O esgotamento e o cansaço geram tanta exaustão, despersonalização e diminuição da realização pessoal que,
simplesmente um dia, a “bateria descarrega” e nem queremos ou não conseguimos viver daquela forma.
É importante notar que os que possuem entre 20 a 35 anos estão mais vulneráveis a esses riscos.
PERGUNTE: Na realidade da sua vida atual, seja estudando, trabalhando, no estágio ou no ministério da igreja, essas
três características citadas sobre sintomas do esgotamento são reais e aumentam em sua vida? Qual delas hoje é a mais
forte?
Objetivo do tópico Vivendo no limite da carga: sugerir que existem duas ações e sentimentos, das variadas razões que
causam esgotamento, que podem ser as mais pesadas na nossa geração e nos levar ao limite.
A) Hardwork: em nome do Trabalho duro, de darmos o melhor, de ter que passar, de tirar a boa nota, de sair em
primeiro, de concluir tudo, de se provar bom e capaz, muitos de nós estamos deixando de comer direito, dormir
direito, se relacionar direito, se exercitar direito, conhecer a Deus direito, contemplar a vida direito… e vivemos
assim em um monociclo. Saúde, espiritualidade, lazer… ficam em segundo plano, agora estou na fase do jogo
que se chama vestibular, concurso, faculdade, residência, estágio… e esse é o meu mundo. E nos fechamos
nele, e muita vezes nos exigimos e nos exigem ao extremo também.
Já disseram que nossos pais trabalharam igual e até mais do que nós no passado, mas porque nós estamos tão
mais abalados e cansados do que eles tão mais cedo? Uma das explicações, tem muita a ver com o nível de
exigência e de avaliação que se aumentou para várias áreas e cargos. Hoje não somos apenas avaliados
cognitivamente, mas emocionalmente, assim como nas ações. Por outro lado, há o peso da concorrência que
sentimos quase que nos empurrando para baixo e isso gera em nós o sentimento de ter que se esforçar mais
que tudo e do que todos, fazendo assim que eu coma rápido, durma 5 horas por dia, deixe de ir à igreja, não
tenha mais dia de lazer e por aí vai.
B) Fast and Furious: nossas expectativas estão muito elevadas. Queremos chegar mais rápido e detonando - é
semelhante ao fast and furious - terminamos uma faculdade e queremos uma super estabilidade, questões que
muitas vezes, nem os nossos pais, depois de 20 anos de trabalho, ainda não tinham. Criamos para nós
expectativas altas e caminhos rápidos que muitas vezes são irreais, ou o preço para chegar a isso são bem
altos e não estamos conscientes desse custo. No fim das contas, isso gera grande frustração. Como exemplo,
podemos pensar no fim do longo curso de medicina que, ainda tem pela frente: residência, plantões e pós
graduações. Não sairei um médico renomado de uma dia para o outro. Nossa geração tem muita dificuldade em
esperar e construir processos, e, querendo acelerar esses processos, acaba se cansando e se esgotando sem
gerar os resultados realmente almejados.
PERGUNTE: Você tem vivido no limite em alguma área de sua vida? Há algo que você está acelerando os processos,
buscando resultados mais rápidos? Qual desses dois aspectos tem pesado mais para você, o cuidado integral com sua
vida ou o desejo de conquistar mais rápido os seus sonhos e desejos - qual comportamento mais está te consumindo
hoje?
Vemos o cuidado de Jesus em reafirmar que o sábado foi feito por nossa causa. Por amor a todos nós. Para nossa
restauração.
No entanto, como o foco da Bíblia inteira é o próprio Jesus, vemos que o sábado, revela um descanso maior que ele
mesmo, e esse descanso é Jesus. Por isso não guardamos a religião como alguns movimentos religiosos. Quem se
preocupava muito com o sábado e ficava extremamente rígido e até cansado em relação ao sábado eram os religiosos,
os fariseus e mestres da lei, pois no fim das contas, o sábado não é uma uma regra em si mesmo, mas é um princípio
para o nosso bem; não é para nos aprisionar e se tornar uma prática engessada, mas é para nos tornar livre e nos levar à
verdadeira liberdade que é o próprio Jesus. Sendo assim, não guardamos um dia específico, mas guardamos o nosso
verdadeiro sábado que é Jesus Cristo e entendemos o princípio do descanso e da contemplação que Deus nos deu como
presente.
Para prevenir o esgotamento é necessário levar a sério essa questão de comportamento, hábitos e rotinas, por isso, as
mudanças na rotina são a principal forma de prevenir o esgotamento. É importante manter um equilíbrio saudável entre
a vida pessoal e profissional, priorizando um tempo para o lazer com a família e os amigos, por exemplo. Para isso, é
válido seguir as seguintes orientações:
3) Participe da Escola Bíblica, todo domingo, após o culto da manhã (10h30). Iniciamos um estudo sobre Igreja
Centrada, baseado no livro de Tim Keller. Nosso encontro acontece na sala 203.