Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
BENEFÍCIOS DE UM PROGRAMA DE
FORTALECIMENTO DE QUADRÍCEPS EM PACIENTES
ACOMETIDOS POR OSTEOARTRITE:
UMA REVISÃO DE LITERATURA
BENEFÍCIOS DE UM PROGRAMA DE
FORTALECIMENTO DE QUADRÍCEPS EM PACIENTES
ACOMETIDOS POR OSTEOARTRITE:
UMA REVISÃO DE LITERATURA
2
Sumário
1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5
2 – JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 7
3 – PROBLEMA ............................................................................................................. 8
4 – HIPÓTESE ................................................................................................................ 9
5 – OBJETIVOS ........................................................................................................... 10
3
6.3 – BIOMECÂNICA E MOVIMENTOS FISIOLÓGICOS ................................. 15
7 - METODOLOGIA ................................................................................................... 19
4
1 – INTRODUÇÃO
De acordo com Jardim & Nascimento (2010) a osteoartrite (AO) é uma doença
articular degenerativa crônica, multifatorial que leva à incapacidade funcional
progressiva, sendo uma das causas mais frequentes de dor no sistema músculo-
esquelético e de incapacidade para o trabalho no Brasil e no mundo. Ela é também, a
doença reumática mais prevalente entre indivíduos com mais de 65 anos de idade. As
limitações vão além das dificuldades funcionais e do elevado nível álgico. Também é
descrito que a OA é um dos fatores que mais leva os trabalhadores à aposentadoria
precoce e estimula o afastamento do trabalhador das atividades profissionais pela
limitação que a patologia proporciona na execução das funções profissionais.
Para Lopes (2006) a OA é a doença mais frequente do sistema músculo-
esquelético e sua prevalência é crescente em virtude do aumento da expectativa de vida
da população. É uma das causas mais comuns de absenteísmo no trabalho. O fator
determinante do processo artrósico é o desequilíbrio degradação-reparação. Neste
sentido, a OA pode ser entendida como uma insuficiência cartilaginosa, decorrente de
fatores mecânicos. Existe uma preocupação crescente, tendo em vista alcançar a
estabilização e até mesmo a reversão do dano cartilaginoso.
A intervenção do tratamento fisioterapêutico minimiza os acometimentos
proporcionados pela patologia e melhora a qualidade de vida dos pacientes, mesmo
sendo uma patologia sem cura. Outros tratamentos, como as técnicas de artroplastias,
embora avançadas, não são indicadas para todos os pacientes e o transplante de
condrócitos ainda passa por estudos para a sua comprovação científica.
5
a humanidade está vivendo cada vez mais, aumentando assim, a expectativa de vida.
Assim, a cada dia, a população de idosos vem aumentando, o que proporciona o grande
e o constante aparecimento de doenças relacionadas à idade avançada.
O processo de envelhecimento da população se caracteriza quando a existência
da população idosa se torna considerável em relação à população de jovens. Através de
estudos estatísticos, pode-se comprovar o aumento expressivo da expectativa de vida na
população mundial. No Brasil não é diferente, esse processo é bastante semelhante. O
Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2008) destaca que as
transformações mais relevantes observadas nos indicadores demográficos implícitos
nessa projeção, sobretudo com relação ao acelerado processo de envelhecimento da
população, resultante do efeito combinado da redução dos níveis da fecundidade e da
mortalidade e do aumento da expectativa de vida, a partir de meados da década de 1980.
Dessa forma, levando em conta que estas transformações estão se instalando no
Brasil desde a década de 80, podemos considerar que atualmente já é significante a
população idosa no Brasil.
Os mediadores de estabilidade estática da articulação no joelho são os
ligamentos. A musculatura proporciona estabilização dinâmica e passiva para a
articulação, levando em conta que a arquitetura óssea não dispõe de boa harmonia.
De acordo com Kisner (2009, p.726), a estabilidade dinâmica envolve o controle
motor do sistema neuromuscular para coordenar a atividade muscular em torno da
articulação. As respostas complexas antecipatórias e de feedback, medidas pelo sistema
nervoso central, modulam a tensão muscular e são importantes para dar estabilidade
dinâmica ao joelho sob as diferentes cargas e tensões impostas às estruturas articulares.
O fortalecimento muscular irá proporcionar a diminuição da intensidade dos
atritos intra-articulares durante os movimentos da articulação, aumento da estabilidade
articular e melhora da propriocepção e equilíbrio, devido à aquisição de coordenação
muscular. O método de treino de fortalecimento, o tipo e a quantidade de carga utilizada
nesses pacientes é de ampla importância, pois dependendo do nível de acometimento
articular, não será possível o uso de cargas elevadas e nem de movimentos que
ultrapassem o limite de dor e desconforto do paciente.
Segundo Rald et al (2005 p. 79), para o ganho de força muscular, os exercícios
isométricos, realizados em diferentes angulações e não ultrapassando 60% a 70% da
contração máxima são muito eficientes em pacientes com OA.
6
2 – JUSTIFICATIVA
Atualmente com o crescimento da população idosa no país, fica cada vez mais
comum o aparecimento de doenças degenerativas. Através de consultas a pesquisas
realizadas sobre a osteoartrite (OA) de joelho, nota-se a alta incidência desta patologia
em indivíduos acima de 35 anos e o quanto ela interfere na vida diária desses pacientes
portadores da OA.
De acordo com a comprovação dos elevados índices de AO, é visível a
necessidade da publicação de estudos comprovando a eficácia de tratamentos não
paliativos da AO. Nesse sentido, entendendo a função do músculo quadríceps como o
principal extensor do joelho que atua na flexão da coxa, constata-se a sua imensa
importância na funcionalidade física e independência funcional do ser humano.
Desta forma, observa-se a importância do fortalecimento desta musculatura no
portador de OA de joelho, proporcionando com isso, a diminuição da intensidade dos
atritos intra-articulares durante os movimentos da articulação, aumento da estabilidade
articular e melhora da propriocepção e equilíbrio por conta da aquisição de coordenação
muscular.
Diante de inquietações acadêmicas perante tal realidade e os benefícios do
fortalecimento do quadríceps, julgamos ser de suma importância realizar um estudo, de
revisão bibliográfica, sobre os benefícios do fortalecimento do quadríceps em pacientes
acometidos por processos de degeneração articular do joelho, osteoartrite de joelho,
com objetivo de amenizar seus sintomas.
7
3 – PROBLEMA
8
4 – HIPÓTESE
9
5 – OBJETIVOS
5.1 – Geral
5.2 – Específicos
10
6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
6.1 – Introdução
1
Neoformação óssea que propicia o aparecimento de irregulares nas articulações com OA, especificamente nas
articulações das mãos.
11
6.2 – ESTRUTURA ANATÔMICA DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO
Assim, também Moore & Dalley (2006), afirmam que o joelho é primariamente
uma articulação sinovial do tipo gínglimo que consente os movimentos de flexão e
extensão. Entretanto, os movimentos articulares são combinados com deslizamento e
rolamento e com rotação sobre o eixo vertical. As faces articulares da articulação do
joelho são caracterizadas pela sua ampla superfície de contato e suas formas
complicadas e incongruentes. A articulação do joelho é composta por três articulações,
lateral e medial entre os côndilos do fêmur e tíbia e a articulação intermediária entre
patela e o fêmur. Esta patela é chamada de patelofemoral.
Para Dangelo & Fattini (2007 p, 225 e 226), o maior osso do esqueleto é
classificando como um osso longo, apresentando, portanto duas epífises, proximal e
distal, e um corpo ou diáfise. O fêmur articula-se pela sua extremidade proximal com o
osso do quadril e pela extremidade distal com a tíbia.
Sob o ponto de vista de Spencer (1991), a fíbula é descrita como um osso afilado
que fica localizado lateralmente a tíbia. Sua extremidade proximal é caracterizada por
uma protuberância óssea que se denomina a cabeça da fíbula e se articula com o côndilo
lateral da tíbia. A extremidade distal da tíbia forma o maléolo lateral, que se articula
12
com o talus e juntamente com o maléolo medial, forma a articulação talocrural2
“tornozelo”. A tíbia e a fíbula estão unidas fortemente por uma membrana interóssea.
Segundo Tortora (1997, p. 129), a tíbia é o maior osso medial da perna. Ela
sustenta o peso do corpo. A tíbia articula-se em sua extremidade proximal com o fêmur
e a fíbula e, em sua extremidade distal, com a fíbula e o osso tálustarsal3.
A patela é classificada como um osso sesamóide, por estar inclusa no tendão de
inserção do osso quadríceps da coxa. O osso tem forma triangular, apresentando uma
base superior e um ápice, dirigindo inferiormente. A face articular é posterior e
apresenta duas áreas separadas por uma ligeira elevação (DANGELO & FATTINI,
2007).
De acordo com Moore & Dalley (2001, p. 571), os ligamentos são responsáveis
pela estabilidade da articulação durante os movimentos. No joelho, os ligamentos
podem ser intra-articulares ou extra-articulares. Os ligamentos externos formam uma
cápsula fibrosa e resistente denominada cápsula articular. Os ligamentos intra-
articulares, dentro da articulação do joelho, consistem nos ligamentos cruzados e
meniscos. O tendão do músculo poplíteo também é intra-articular durante parte do seu
trajeto.
O ligamento cruzado anterior (LCA) origina-se de uma área elíptica4. As fibras
se entrelaçam de tal maneira que vem a formar uma área de inserção triangular na área
intercondilar anterior (STROBEL & STEDTFELD, 2000). Durante o movimento de
extensão completa de joelho, o LCA se mantém tensionado e quando o joelho volta
para a posição de flexão, ocorre o afrouxamento das fibras do ligamento.
Ellenbecker (2002, p.06), acredita que o ligamento cruzado posterior (LCP) tem
como função principal impedir a translação posterior da tíbia, em relação ao fêmur.
Além disso, o LCP também tem as funções de impedir a hiperextensão no joelho,
manter a estabilidade rotatória e operar como eixo central da rotação do joelho.
2
Articulação entre extremidade distal da tíbia e fíbula e o dorso do tálus. Formando o tornozelo.
3
União entre o tálus e os ossos do tarso.
4
Figura geométrica em forma de curva.
13
6.2.4 – Meniscos
6.4 – ETIOLOGIA
Segundo Radl at al. (2005, p. 68), os principais fatores de risco para a OA são o
avanço da idade e predisposição genética, o estresse mecânico e a inatividade ou
sedentarismo.
15
Vários fatores predispõem a AO, com o avanço da idade ocorre a perda de
condroitinosulfato a partir de substâncias fundamentais que deixam as fibras
de colágeno sem suporte; ambos os sexos são afetados, porém a OA primária
generalizada é mais frequente em mulheres; os nódulos de Herberden
apresentam uma tendência familiar marcante; traumas nas articulações:
predispõe a doença degenerativa articular, eles podem ser trauma agudo,
sobrecarga crônica e lesões previas. (GOLDING 2001, p. 161 e 162).
6.5 – FISIOPATOLOGIA
6.6.1 – Dor
5
Propriedade física, em que uma molécula é atraída por água, podendo-se aglutinar-se a ela.
6
Proteína presente nas cartilagens tem como função hidratar e atrair a água para o tecido.
16
através do uso de técnicas específicas de analgesias, exercícios, órteses e adaptações. As
alterações da mecânica normal do movimento articular, relacionadas com as
instabilidades pela perda da capacidade estabilizadora dos tendões e ligamentos,
também podem causar dor.
Golding (2001, p. 164) acredita que a rigidez articular moderada é agravada pelo
longo período de repouso, forma de rigidez elástica (oposta à rigidez friccional ou
viscosa, o paciente queixa-se de dificuldade para começar a andar e depois se senta).
Rigidez nos dedos ou em grandes articulações podem ser a causa de incapacidade.
Segundo Golding (2001), Quase sempre ocorrem nos estágios precoces e durante
exacerbações inflamatórias agudas. O liquido é claro com elevados grau de viscosidade,
baixo conteúdo de proteínas e de contagem celular. Em idosos, observa-se derrame
hemorrágico por força de sangramento de osteófitos soltos e fibras sinoviais vasculares.
A tumefação sinovial ocorre em episódios de osteoartrite aguda, principalmente em
joelhos e cotovelos, produzindo, às vezes, tumefação óssea, devido a osteófitos. Os
cistos sinoviais podem ser a causa das tumefações palpáveis.
17
6.7 – DIAGNÓSTICO E EXAME RADIOLÓGICO
6.8.1–Exercícios Terapêuticos
18
mobilidade articular; previne a obesidade, diminuído o risco de progressão da AO e
aumenta o metabolismo na região da articulação.
7 – METODOLOGIA
19
descritiva, pois possui como objetivo a descrição das características de uma população,
fenômeno ou de uma experiência, (GIL, 2008).
A coleta de dados e pesquisa literária será realizada em banco de dados dos sites
PubMed, Scielo, Altavista, CAPES, IBICT, BIREME (LILACS), Babel Fish,
teses.usp.br, bibliotecadigital.ufba.br, cutter.unicamp.br, regional.bvsalud.org, Google
Acadêmico,no período agosto de 2011 a setembro de 2012, na biblioteca da Faculdade
Nobre de Feira de Santana – BA e outras entidades de ensino superior.
20
CRONOGRAMA
2012
ATIVIDADES FEV MAR ABR MAI J UN J UL AGO S ET OUT NOV DEZ
Revisão de literatura X X X X X X X X
Coleta de dados X X X X X X X
Elaboração do projeto X X X X
Introdução X X
Metodologia X X
Análise da bibliografia X X X X X
Discussão e conclusão X X X
Resultados X X
Entrega do artigo X
21
ORÇAMENTO
TOTAL = R$865,40
22
REFERÊNCIAS
23
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/2008/defaul
t.shtm acessado em 02/03/2012; às 22h42min horas.
24
SATO, E. Guia de Medicina Ambulatorial e Hospitalar (UNIFESP) Escola Paulista
de Medicina: Reumatologia. 1. ed. São Paulo; Editora: Manole; pg. 301; 2004.
25