Você está na página 1de 13

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA

RELATÓRIO 9 – CAPACITOR EM REGIME PERMANENTE DC

MANAUS 2019
MARCILIO JUNIOR COSTA BENTES
MARCO ANTONIO DUQUE DA ROCHA
NAELTON LAGES DOS SANTOS

RELATÓRIO 9 – CAPACITOR EM REGIME PERMANENTE DC

Trabalho apresentado à Universidade do Estado do


Amazonas para obtenção de nota parcial na
disciplina Laboratório de Eletricidade Geral
ministrada pelo professor Julio Feitoza Pereira em
2019/2.

MANAUS 2019
Sumário
1. Introdução .......................................................................................................................... 4
2. Fundamentação Teórica .................................................................................................... 5
3. Descrição da Experiência Efetuada ................................................................................... 8
4. Resultados ......................................................................................................................... 9
5. Questões ......................................................................................................................... 10
6. Conclusões ...................................................................................................................... 12
7. Referências...................................................................................................................... 13
1. Introdução

O presente relatório visa verificar as situações de carga e descarga de um capacitor,


quando o mesmo é colocado em um circuito mediante uma tensão. Além disso, busca-se a
associação dos valores obtidos no experimento com a literatura sobre o assunto.
2. Fundamentação Teórica

O capacitor é um componente que tem como finalidade armazenar energia elétrica. É


formado por duas placas condutoras, também denominadas de armaduras, separadas por um
material isolante ou dielétrico. Ligados a essas placas condutoras estão os terminais para
conexão deste com outros componentes.

Figura 1: Capacitor

Capacitância (C) é a característica que o capacitor apresenta de armazenar mais ou


menos cargas elétricas por unidade de tensão.
Portanto, podemos escrever a relação

𝑄
𝐶=
𝑉

onde:

C - Capacitância;
Q - Carga elétrica;
V - Tensão.

Na aplicação de uma tensão igual a 1 volt (V) e o capacitor armazenar 1 Coulomb (C),
há uma capacitância igual a 1 Farad (F).
Devido às dificuldades construtivas, os capacitores encontram-se situados em faixa de
valores submúltiplos do Farad, como micro Farad (1µ𝐹 = 10−6 𝐹), nano Farad (1𝑛𝐹 =
10−9 𝐹) e o pico Farad (1𝑝𝐹 = 10−12 𝐹).
Além do valor da capacitância, é preciso especificar o valor limite da tensão a ser
aplicada entre seus terminais. Esse valor é denominado tensão de isolação e varia conforme o
tipo de capacitor.
Na prática, encontramos tipos de capacitor com aplicações específicas dependendo de
aspectos construtivos, tais como materiais utilizado como dielétrico tipo de armaduras e
encapsulamento.
 Capacitores Plásticos (poliestireno, poliéster): consistem em duas folhas de
alumínio separadas pelo dielétrico de material plástico. Sendo os terminais
ligados às folhas de alumínio, o conjunto é bobinado e encapsulado, formando
um sistema compacto. Uma outra técnica construtiva é a de vaporizar alumínio
em ambas as faces do dielétrico, formando o capacitor. Essa técnica é
denominada de metalização e traz como vantagem, maior capacidade em
comparação com os de mesmas dimensões dos não metalizados.

 Capacitores Eletrolíticos de Alumínio: consistem em uma folha de alumínio


anodizada como armadura positiva, onde por um processo eletrolítico, forma-se
uma camada de óxido de alumínio que serve como dielétrico, e um fluido
condutor, o eletrólito que impregnado em um papel poroso, é colocado em
contato com outra folha de alumínio de maneira a formar a armadura negativa.
O conjunto é bobinado, sendo a folha de alumínio anodizada, ligada ao terminal
positivo e a outra ligada a uma caneca tubular, encapsulamento do conjunto, e
ao terminal negativo. Os capacitores eletrolíticos, por apresentarem o dielétrico
como uma na camada de óxido de alumínio e em uma das armaduras, constituem
uma série de altos valores de capacitância, mas com valores limitados de tensão
de isolação e terminais polarizados. De forma idêntica, encontramos os
capacitores eletrolíticos de tântalo, onde o dielétrico é formado por óxido de
tântalo, cuja constante dielétrica faz obter-se um capacitor de pequenas
dimensões, porém com valores de tensão de isolação, mais limitados.

 Capacitores Cerâmicos: apresentam como dielétrico um material cerâmico, que


é revestido por uma camada de tinta, que contém elemento condutor, formando
as armaduras. O conjunto recebe um revestimento isolante. São capacitores de
baixos valores e altas tensões de isolação.
Para estes capacitores, há uma fórmula que rege o comportamento da tensão em um
instante qualquer:

𝑡
𝑉𝐶 = 𝐸 (1 − 𝑒 −𝑅𝐶 ), (I)

onde,

𝑉𝐶 = Tensão no capacitor;
𝐸 = Tensão da fonte;
𝑒 = Constante de Euler;
𝑡 = Tempo;
𝑅 = Resistência do resistor;
𝐶 = Capacitância do capacitor.
O produto RC recebe o nome de constante do tempo, normalmente representado pela
letra grega τ (tau). Esta constante é a mesma para a carga e descarga de um capacitor, quando
em série com um resistor.
Quando um capacitor carregado for posto em contato com um resistor, haverá a descarga
do capacitor segundo a equação:

𝑡
𝑉𝐶 = 𝐸0 𝑒 −𝜏 , (II)

Através das equações (I) e (II), pode-se levantar o gráfico universal que mostra as
variações de tensão em função das unidades RC (constante de tempo - τ).
3. Descrição da Experiência Efetuada

Material Experimental:

● Fonte Variável;
● Resistores: 22 kΩ;
● Capacitor Eletrolítico: 1000 µF/25 V;
● Multímetro;
● Cronômetro.

Para este experimento foi montado um circuito conforme figura 2 com um resistor e o
capacitor eletrolítico descarregado. O multímetro foi colocado no circuito, para obtenção da
tensão no capacitor e foi registrado o tempo a cada avanço de casa de unidade numeral, com o
intuito de registrar qual o tempo necessário para o capacitor atingir a tensão de 12V. Os valores
foram registrados via cronômetro.

Figura 2: Circuito montado para experimentos.

Após a primeira coleta de dados, foi montado o circuito de acordo com a figura 3 e
observado o tempo para descarregamento do capacitor, com o registro de tempo a cada variação
de casa de unidade numeral.

Figura 3: Circuito montado após resultados iniciais.


4. Resultados

Para o circuito inicial, os valores obtidos para carregamento do capacitor foram os


seguintes:

Tabela 1: Valores medidos para o capacitor sendo carregado.

Para o descarregamento, encontramos os valores abaixo conforme a tabela 2.

Tabela 2: Valores medidos para o capacitor sendo descarregado.


5. Questões

1- Com os valores obtidos na experiência construa os gráficos 𝑉𝑐 = 𝑓(𝑡) para a carga


e descarga do capacitor.
R: O gráfico para carga do capacitor é o seguinte:

Carga do Capacitor
14

12

10

8
Vc (V)

4 y = -0,0017x2 + 0,2735x + 1,3691


R² = 0,9607
2

0
0 20 40 60 80 100 120
T (s)

Figura 4: Gráfico para carregamento do capacitor.

O gráfico para descarga do capacitor é o seguinte:

Figura 5: Gráfico para descarregamento do capacitor.


2- Calcule para os circuitos da experiência, a tensão no capacitor, decorridos 10 (s) para
a situação de carga e 15 (s) para a situação de descarga. Compare estes valores com os obtidos
graficamente para estes mesmos instantes.
R=
Para a carga do capacitor a 10 s:
𝑡
𝑉𝐶 = 𝐸 (1 − 𝑒 −𝑅𝐶 )
10
𝑉𝐶 = 12 (1 − 𝑒 22×103 ∗1×10−3 )

𝑉𝐶 = 4,38 𝑉
Para a descarga do capacitor a 15 s:
𝑡
𝑉𝐶 = 𝐸𝑒 −𝑅𝐶
15

𝑉𝐶 = 12 ∗ 𝑒 22×103 ∗1×10−3

𝑉𝐶 = 6,06 𝑉
6. Conclusões

A realização do experimento possibilitou chegar a resultados sólidos comprovando a


teoria com os resultados obtidos. Como visto na teoria, o circuito possui como característica o
armazenamento de tensão pelo fato de ter um capacitor em sua composição. Com o circuito
montado foi possível comprovar o acúmulo de tensão no capacitor, juntamente como o
descarregamento do mesmo quando teve a tensão retirada do circuito. Além disso, o
carregamento e o descarregamento seguiram uma tendência polinomial, o que coincide com as
teorias já propostas na literatura.
7. Referências

CAPUANO, Francisco Gabriel. Laboratório de eletricidade e eletrônica: Teoria e


prática. 24. ed. rev. e atual. [S. l.]: Saraiva, 2008. 294 p. ISBN 9788536524962.

Você também pode gostar