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O livro “1984”, publicado em 1949, escrito por Eric Arthur Blair (George

Orwell), relata o cotidiano de uma sociedade distópica que se encontra sob um regime
totalitário. A narrativa nos apresenta três blocos continentais: Oceania, Eurásia e
Lestásia.
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A história se passa na Oceania, onde uma forma de controle são as “teletelas”,
televisores que os cidadãos assistem, mas que também vigiam e controlam o público,
pois, as teletelas conseguem ver e ouvir. Sempre exibindo a imagem do Grande Irmão
(Big Brother Is Watching You). A ordem que reina afirma que todos devem amá-lo e
idolatrá-lo, caso contrário o cidadão será considerado traidor e sofrerá punições.
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O autor nos apresenta o Ministério da Verdade, órgão responsável pela
adulteração, reescrita e adequação das notícias de acordo com os interesses do regime.
As notícias e fatos, por mais absurdos que pareçam são mascarados pela estrutura do
“duplipensar”, um estado mental, onde os comportamentos estão sempre em
consonância com o contexto dominante para evitar o conflito, o duplipensamento vai
além da hipocrisia ou da neutralidade, ele consiste em manter, simultaneamente, duas
opiniões ou crenças totalmente opostas e aceitá-las incondicionalmente.
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O poder que domina o campo econômico decide o que deve se tornar público,
desta forma, os meios de comunicação funcionam como um filtro de informações, por
onde se mantém o controle sobre o que pode ser divulgado ou não. A informação está a
serviço do poder dominante, por isso, não é interessante atender a toda população.
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Bordieu chama esta estrutura de Linguagem Autorizada, pois nesta realidade os
instrumentos de controle fogem da figura individual e passam a ser disseminados pela
cultura estabelecida pela coletividade e pelas regras do sistema vigente, ou seja, não são
fixas, mas modificadas constantemente, seguindo os interesses dominantes.

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