Subi todas as escadarias passei pela primeira, segunda e terceira rua quando tornei novamente a minha realidade, percebi o lixo que havia nas estradas, o lixo de mim mesmo o constante pútrido de minha alma espalhava pelo meu corpo em sinais de morte e praga
fui banhado novamente pela minha sanidade
momentos de alegria da doce voz ecoante as sutilezas das estradas, cada esterco, cada banha, cada Eu eram o sinal alarmante de minha tristeza dominante
tudo era belo e contente,
trazia-me apenas como alma itinerante
agora vagueio na luz dos postes,
ó que alegria a resplandecente harmonia dos feixes que passam por mim desde o brilho das asas das moscas do açougue ao ouro de madalena.
Sinto-me feliz aqui,
como em qualquer outro lugar, lugar que me contenha, pois vivo em pura eurritmia eurritmia das luzes, que zumbem esse gosto amarelo
agora desço das escadarias,
de volta as mesmas memórias que voltam em ciclos aleatórios aleatórias voltas temporais já que vi o vagueio em madalena, os feixes de ouro das mesmas escadarias que passam por mim em sutis eurritmias do esterco que jogam em mim.
Por fim, do riacho que falam ser enlameado
mantenho-me hidratado de que adianta a obra natural de nosso Senhor para haver a necessidade de humilhá-la? Já não deve haver aqui nenhum medo somos todos que devemos bebê-la bebi-a me senti alegre, como Jorge Abreu irmão meu que Deus asas o deu, ainda vejo-o em meus sonhos. Doce penumbra que o cerca, o mel da escuridão que me espera.