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Mônica Coropos
Em todo trabalho de
musicalização através da
BANDINHA RÍTMICA:
- Ensine pulsação e as
células rítmicas;
- Exponha os instrumentos e
a maneira correta de tocá-los,
com disciplina e ordem;
- Conte uma história que apresente os instrumentos
- Trabalhe com eco e repetições;
- Ensine as músicas por partes;
- Use a improvisação e criação;
- Utilize ritmos escritos, definidos.
APRESENTAÇÃO
Não há nada mais prazeroso para a criança que faz aula de Música que tocar
instrumentos. É assim que ela se sentirá parte do universo musical, podendo
improvisar, vivenciar melodias, timbre e ritmos, se sentindo parte de um grupo
que faz Música!
Os poucos materiais disponíveis e um grande número de professores e alunos
que sempre me pediam auxílio ao se depararem com o desafio de reger ou
formar uma Bandinha Rítmica me impulsionaram a reunir ideias para serem
multiplicadas e contextualizadas para cada realidade, a fim de que, sem medo
de ser feliz, possamos colocar os instrumentos de percussão nas mãozinhas
agitadas de nossas crianças e, a partir daí, darmos a elas a oportunidade de
viverem uma aventura inesquecível. Vamos MUSICALIZANDO COM ALEGRIA?
Mônica Coropos
A MÚSICA NA INFÂNCIA
Muito se tem debatido a respeito da relevância da música na infância. No livro “La
Valeur Humaine de L'Education Musicale” (1975), Willens defende o princípio de
que a música é a atividade humana mais global, a mais harmoniosa, aquela
onde o ser humano, que é ao mesmo tempo matéria e espírito, pode tornar-se
mais dinâmico, mais sensível, mais inteligente, mais criativo e mais feliz.
Paynter, através do movimento “música criativa nas escolas”, sugere a
aprendizagem a partir da curiosidade e de um contínuo exercício de
descobertas e potencialidades sonoras (Santos, 1994). Seus registros apontam
para o aumento da capacidade auditiva do aluno, o aprofundamento da
imaginação e o despertamento da sensibilidade auditiva por meio dos sons
experimentados com total liberdade. O rico contato da criança com fontes
sonora as mais diversas, um trabalho aberto e coletivo, traz benefícios como a
auto-disciplina, o exercício da criação, enriquecendo a criança de forma global.
A infância nos remete à brincadeira. A criança, como
todo ser humano, é um sujeito social e histórico, e está
inserida numa sociedade, com determinada cultura,
em determinado momento histórico. A Educação
Infantil, de acordo com os PCN, tem como objetivos e
princípios, dentre outros:
Assegurar à criança uma educação que
propicie o desenvolvimento físico, mental,
social, emocional e espiritual;
Promover a socialização, o desenvolvimento
da expressão oral e escrita;
Favorecer as condições para que a criança
construa um auto- conceito positivo;
Estimular a criatividade;
Desenvolver a coordenação motora,
percepção, sensibilidade,
responsabilidade, independência e auto-
disciplina;
Desenvolver o amor aos semelhantes, à
Pátria e a Deus;
O direito das crianças a brincar, como forma particular de
expressão, pensamento, interação e comunicação infantil;
O acesso das crianças aos bens sócio- culturais
disponíveis;
A socialização das crianças por meio de sua participação
e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem
discriminação de espécie alguma;
O atendimento aos cuidados essenciais associados à
sobrevivência e ao desenvolvimento de sua dignidade.
Toda criança é aluna de música em potencial. Ela
traz o rítmo dentro de si, e é totalmente
desprovida de preconceitos. A música na
infância é o primeiro contato com esta arte, e
poderá significar o despertar de um interesse
musical que perdurará a vida inteira.
O que é
Musicalizar?
Cantar.
Explorar e
reinventar brincadeiras e
brinquedos populares.
Explorar as qualidades do som
e do movimento.
O QUE É MÚSICA?
(Mônica Coropos)
CD Musicalizando com Alegria, vol.1
Eu vou te explicar o que é MÚSICA
Agora preste muita atenção: Tá bom!
Um conjunto de sons que bonito vai ficar
Isso é MÚSICA, MÚSICA, MÚSICA!
Isso é MÚSICA, MÚSICA, MÚSICA!
Pode ser reggae, pop rock, samba e até um
pagodinho
Da salsa ao funk, hip hop e o jazz que faz tão bem
Música clássica, romântica, folclórica e muito mais
Isso é MÚSICA, MÚSICA, MÚSICA!
Isso é MÚSICA, MÚSICA, MÚSICA!
Sonorizar histórias.
Perceber o mundo dos sons, desde os sons
convencionais musicais, aos sons da “sinfonia
universal”, em toda a sua riqueza de timbres,
intensidades, durações e alturas.
Realizar exercícios de
expressão e criação corporal e
vocal.
Conhecer e vivenciar os Sinais
Musicais.
AS FIGURAS E AS PAUSAS
(Mônica Coropos)
CD Musicalizando com Alegria, vol.1
Semibreve, Mínima,
Semínima, Colcheia:
E já vai terminar!
Semicolcheia, Fusa, Semifusa, no ar:
Muitos rítmos apresentar!!!
Confeccionar
brinquedos
rítmico-sonoros.
Realizar jogos
rítmicos corporais
e com
instrumentos.
Ter contato com
diferentes
estilos musicais.
Confeccionar e manusear
instrumentos musicais.
A BANDINHA RÍTMICA
Alfabetização
Inteligência
Capacidade inventiva
Expressividade
Coordenação motora e tato fino
Percepção sonora
Percepção espacial
Raciocínio lógico e matemático
Estética
Segundo Emília Jannibelli, a
organização da Bandinha Rítmica
visa atender crianças de 0 a 07
anos de idade, ministrando uma
educação rítmica por audição e,
para maiores de 07 anos, para
leituras de rítmos grafados.
Os Instrumentos da Bandinha
(Mônica Coropos)
Sentir o PULSO de algumas músicas com a ajuda do aparelho de
som.
Enquanto ouve uma música, riscar o PULSO em uma folha de
papel.
Dividir o PULSO de 2 EM 2, de 3 EM 3, de 4 em 4, de 7 em 7...
Aproveite o repertório a seguir para realizar os
trechos rítmicos sugeridos e outros que você criar
com ou para seus alunos. As músicas fazem parte
da Série de CDs Musicalizando com Alegria, de
Mônica Coropos:
Um dia lindo
(Mônica coropos)
Um dia lindo nós vamos ter,
nós vamos ter, nós vamos ter!
Há muitas coisas para aprender,
Um dia lindo nós vamos ter!
ESTROFE: (3x)
REFRÃO: (4x)
Páscoa Feliz
(Mônica Coropos, CD Datas Comemorativas 2, faixa 13)
Identifique o estilo musical: BAIÃO, MARCHA,
BOSSA NOVA, SAMBA, COUNTRY
Dançando no som e parando no
silêncio – coloque músicas variadas no
aparelho de som para as crianças
tocarem livremente. Experimente os
rítmos brasileiros e latinos em geral,
rock clássico, músicas eruditas.
Bate na lata
(Mônica Coropos)
CD Musicalizando com Alegria, vol.4
Conheça a canção
Que vamos ensinar
O ritmo é gostoso
E fácil de tocar
Prestando atenção
Você não vai errar
Então bate na lata
E, juntos, vamos começar!
Use jingles e músicas de desenhos
animados e filmes os quais as crianças
possam reconhecer e fazer um padrão de
rítmico para eles.
Mostre vídeos com exemplos
diversificados, apresentações de bandas
marciais, orquestras e grupos de
percussão corporal. Amplie o horizonte
musical das crianças.
Para começar a autonomia rítmica, divida a turma em dois grupos,
para cada grupo executar um trecho rítmico ao mesmo tempo. Aos
poucos, insira entradas diferentes para os grupos ou, ainda, três ou
mais grupos tocando trechos rítmicos diferentes. Aproveite o refrão
para que todos toquem juntos o mesmo rítmo, criando a ideia de
unidade.
Acostume seu grupo a fazer
uma avaliação da atividade ou
ensaio. Pergunte às crianças o
que sentiram, do que mais
gostaram, do que não gostaram
e o que deve ser modificado.
Desafie seus alunos a escreverem suas próprias músicas e/ou
arranjos rítmicos. Para encorajá-los, coloque algumas regras,
como por exemplo: limitar o número de sons, usar determinada
repetição (ostinato), estipular 16 batimentos, fazer dinâmicas
diferentes, etc. Será muito importante um momento de culminância,
onde as composições ou arranjos deverão ser apresentados a toda
turma e/ou tocados por ela. Não esqueça de documentar cada
momento, tirando fotos, gravando, filmando, entrevistando as
crianças...
A SALA DE AULA
Procure chegar antes no ambiente da aula, para que a criança o encontre
arrumado e preparado para as atividades. Lembre-se de prepará-lo com amor e
criatividade: O ambiente interfere no bem-estar.
Arrume a sala com cartazes, sinais musicais, bolas coloridas, instrumentos.
Enriqueça suas aulas com recursos visuais.
Modifique a arrumação das cadeiras, ou coloque as crianças para sentarem em
esteiras no chão. Surpreenda!
Tenha jogos musicais (dominó, memória...), para reforçar o conteúdo da aula.
Atividades que contribuam para o crescimento
das crianças são sempre bem-vindas.
Por exemplo:
Levar as crianças para se apresentarem em escolas próximas, praças,
shoppings, etc
Levar familiares das crianças que participem de corais/conjuntos musicais
para que visitem o ensaio/aula e falem sobre esta atividade ou profissão.
Visitar museus, escolas de música, exposições, ir ao teatro, cinema,
concertos, etc, depois discutir com a turma a cerca do que
viram/assistiram, enriquecendo com curiosidades, montando painel com
fotos, reportagens, biografia dos compositores ouvidos, etc...
Cada atividade terá melhor efeito se feita em
curto espaço de tempo. Não ultrapasse 6-8
minutos em cada uma. Faça seu plano de aula
prevendo o tempo que será gasto em cada
atividade.
Entre uma atividade e outra, você pode inserir
um refrão cantado ou falado para volta à calma
ou preparação para outra atividade. Pode usar,
por exemplo, a páródia “O SILÊNCIO” (Frere
Jacques):
SOM E SILÊNCIO (Popular)
O silêncio, o silêncio
Vou ouvir, vou ouvir
Vou ficar quietinho, vou ficar quietinho
Psiu, psiu, psiu!
Psiu, psiu, psiu!
Canta-se com a melodia de “Frére Jacques”
POSICIONAMENTO DOS
INSTRUMENTOS DA BANDINHA:
2. No seu planejamento (anual, bimestral, semanal e/ou diário) você inclui músicas? Se a
resposta for afirmativa: Em que momento (s) e para quê (com que finalidade)?
4. Você já estudou ou estuda música por gosto pessoal? Canta ou toca algum instrumento?
( )Não
( ) Sim, na infância, durante _____ anos/meses.
( ) Sim, e minha habilidade é ____________ (Canto ou citar instrumento)
5. Você pesquisa um repertório musical para usar com as crianças?
_______. Quando precisa de alguma música, você (numere em ordem
crescente):
( ) Compra
( ) Pede emprestado
( ) Pesquisa no acervo da escola
( ) A instituição compra
7. Você se considera apto(a) para trabalhar com música com seus alunos?
REFERÊNCIAS:
BRITO, Teca de Alencar. Música na Educação Infantil. São Paulo: Peirópolis, 2003.
COROPOS, Mônica. LOUZADA, Deise. Musicalizando com Alegria – Uma aventura ao mundo sdos sons. Rio de Janeiro, 2013.
FRANÇA, Cecília Cavalieri e Rosa Lúcia dos Mares Guia. Jogos Pedagógicos para Educação Musical. Belo-Horizonte: Editora UFMG,2005.
FONTERRADA, Maria Trench de Oliveira. De tramas e fios – um ensaio sobre música e educação. São Paulo: Unesp, 2005.
BARROS, José D’ Assunção. O Brasil e a sua Música. Rio de Janeiro: CBM – Série ´História da Música`,2002.
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FRANÇA, Cecília Cavalieri. Quem precisa de educação musical, Boletim UFMG, Belo Horizonte, p. 2, 2001.
SOUZA, Jusamara. A Concepção de Villa-Lobos sobre educação musical. In: Brasiliana. Rio de Janeiro: Edição Especial, 1999, p.18 – 25.
PAZ, Ermelinda A. Pedagogia musical no século XX – metodologias e Tendências. Brasília: MusiMed, 2000.
KOELLREUTTER, H. J. Uma Sinfonia de Seres Humanos. In: Educação. São Paulo, 1998, p.3-5.
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http://www.percussionista.com.br/instrumentos/djembe.html
http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=775
http://www.elviradrummond.com.br/conj_instrumental_livros.html
http://letrasonora.mercadoshops.com.br/
http://www.musiciansfriend.com/classroom-rhythm-instruments
http://www.jhs.co.uk/ppeducation.html
http://bethsmusicnotes.blogspot.com.br/2013/09/1st-grade-percussion-lessons.h
tml
http://www.tlsbooks.com/musicworksheets.htm