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exclusividade de uso
O registro de termo que remete a determinada localização geográfica como
nome empresarial não garante exclusividade de uso. Esse foi o entendimento
adotado pela Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no
julgamento de um recurso especial do restaurante Arábia, que questionava o
nome Areibian de um concorrente.
Por isso, de acordo com o presidente do STJ, a Lei que trata da recuperação
judicial e falências privilegiou a manutenção da sociedade empresarial e da
atividade econômica, em benefício da função social da empresa. Para o STJ,
essa lei não funcionaria se sua aplicação pudesse ser partilhada por juízes de
direito e por juízes do trabalho.
DECISÃO
Ato praticado por massa falida dentro do termo legal só pode ser anulado
por ação revocatória
O caminho para considerar ineficazes os atos praticados pelo falido, dentro do
termo legal, é o da ação revocatória, que pode ser proposta pelo síndico da
massa falida ou por qualquer credor nos prazos estipulados no artigo 55 do
Decreto-Lei 7.661/45. Com esse entendimento, a Terceira Turma do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) reformou sentença da Justiça gaúcha que rejeitou
pedido de cessão de créditos formulado por Bernardon
AdvocaciaEmpresarial S/C contra a massa falida de Brita Mineração e
Construção Ltda.
O direito de uma sociedade sobre marca registrada junto aos órgãos oficiais
não pode impedir que membros de outra empresa utilizem seus sobrenomes
no registro da razão social do negócio, principalmente se a atividade
profissional exigir a identificação com o uso do nome familiar de, pelo menos,
um dos sócios. A conclusão é da Terceira Turma do Superior Tribunal de
Justiça (STJ) e foi proferida por maioria de votos. A ministra Nancy Andrighi
relatou o caso.
Origem nominal
A Koch & Koch, portanto, poderá continuar com o sobrenome de seus sócios
em sua denominação, apenas deverá modificar a razão social com elementos
que dificultem a possibilidade de confusão, por clientes, com as empresas
autoras do processo. “O direito da marca das autoras não pode impedir que a
requerida (Koch & Koch) se utilize da expressão “Koch” em sua razão social,
pois este o patronímico de seus sócios e fator essencial para o livre e
responsável exercício de sua atividade profissional”, concluiu a relatora.
DECISÃO
Tribunal reduz valor de indenização por uso do nome Dijon em edifício
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziu o valor da indenização devida
pela Construtora Guerra Martins Ltda, de Minas Gerais, à rede de confecções
Dijon S/A, do Rio de Janeiro, pela utilização do nome Dijon em um
edifício empresarialconstruído em Belo Horizonte. A Dijon S/A queria receber
5% de royalty sobre o valor de venda de cada unidade comercializada; o
Tribunal de Justiça de Minas Gerais concedeu 0,5%, mas a Quarta Turma do
STJ reduziu a indenização para 0,1%.
Assim, por unanimidade, a Turma deu parcial provimento aos dois recursos
para reduzir o valor da indenização e determinar a incidência de juros
moratórios a partir do evento danoso, no caso o habite-se.
DECISÃO
É possível desconsiderar a personalidade jurídica de empresas no curso
de processo de falência quando há confusão patrimonial
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou decisão da Justiça paulista que
havia desconsiderado a personalidade jurídica de duas empresas para as quais
bens imóveis da Barnet Indústria e Comércio haviam sido transferidos. Hoje
falida, a Barnet era a holding controlada pelo empresário Ricardo Mansur, que
administrava as redes Mappin e Mesbla. A transferência teria sido uma
tentativa de esvaziar o patrimônio empresarial da Barnet. Com a
desconsideração, os bens voltam à massa falida.
A decisão foi mantida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ), ao julgar
apelo da empresa Market. Para o TJ, a desconsideração foi acertada na
medida em que o patrimônio da falida confundiu-se com o patrimônio da
sociedade que se constituiu, sendo os bens, por dívida da primeira,
hipotecados a uma terceira. Junto ao STJ, a Market apresentou novo recurso,
alegando que seria necessária uma ação própria, revocatória, para que se
tornasse possível a desconsideração da personalidade jurídica.
DECISÃO
06h08 - 29/08/2006
STJ soluciona disputa pelo nome comercial Best Way
O Superior Tribunal de Justiça acabou com a disputa judicial pela titularidade
do nome comercial “Best Way” (melhor caminho) envolvendo duas empresas
de informática – Best Way Importação e Exportação Ltda e The Best Way
Informática Ltda. Acompanhando o voto do relator, ministro Aldir Passarinho
Junior, a Quarta Turma do STJ, por unanimidade, modificou decisão do
Tribunal de Justiça de São Paulo e garantiu a titularidade à empresa Best Way
Importação e Exportação.