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Negócios
- Manual de Formação –
CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
Comércio
Contabilidade e fiscalidade
Gestão e administração
Enquadramento na organização/empresa
INFORMÁTICA
Informática na ótica do utilizador
AGRICULTURA, SILVICULTURA E PESCAS
Produção agrícola e animal
SERVIÇOS SOCIAIS
Serviços de apoio a crianças e jovens
Trabalho social e orientação
ÍNDICE
Introdução ....................................................................................................................... 5 3
Conceitos Gerais.............................................................................................................. 7
Planeamento e organização do trabalho....................................................................... 9
Plano de Negócios .........................................................................................................16
Bibliografia e Fontes ..................................................................................................... 43
Introdução
Conceitos Gerais
Um plano de negócio é um plano base, essencial para estruturar e defender uma nova
ideia de negócio.
“O Plano de Negócios é a face visível de um projeto”.
7
No plano de negócios o nosso principal foco deve-se centrar nas linhas essenciais do
projeto, definindo os recursos a afetar. Deve ser concebido para concretizar a ideia
que se pretende implementar e para solucionar os problemas que possam surgir.
Assim,
um Plano de Negócios é um documento que permite retratar a situação atual e
projetar o desenvolvimento futuro do negócio, diminuindo as possibilidades de
riscos que todos os empreendimentos têm.
O Plano de Negócios indica caminhos para a gestão de forma a planear e decidir o
futuro, tendo como base:
- os recursos disponíveis e potenciais
10
Desenvolvimento Pessoal
11
Autoconhecimento
Visão
“Sem visão não há negócio”
Comunicação
Como articular com stakeholders e comunicar o negócio
Estratégia
De que forma pretendo implementar o meu negócio
Valores
Base do negócio (o que nos define)
Meta
Onde quero estar daqui a 5 anos?
Recursos
Que recursos possuo?
Ponto fortes
Quais os meus pontos fortes que me podem ajudar?
12 Limitações
Quais as minhas limitações?
Deve evitar-se
vocabulário complexo, frases longas, erros ortográficos, frases de compreensão
difícil, parágrafos demasiado longos.
Deve focar-se 13
nos aspetos essenciais, incluir figuras e tabelas que facilitem a compreensão dos
dados e informações. A escrita deve ser objetiva e incluir dados e previsões realistas.
Os planos podem falhar por variadas razões e na sua maioria estas prendem-se com
a elaboração imperfeita do plano.
Exemplos de imperfeições:
ü Os objetivos definidos não são realistas demonstrando fraca capacidade de
15
Plano de Negócios
1. SUMÁRIO EXECUTIVO
Há quem defenda que esta é a principal secção do Plano de Negócios, pois contém a
informação que levará o leitor a decidir se continuará a ler ou não o documento.
2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
Nesta secção devemos ser breves mas incluir alguns aspetos relevantes como:
v Nome/denominação social
v Logotipo
v Direção da Empresa (promotores)
v Contactos e página Web (se existir)
v CAE – código de atividade económica
v Forma jurídica
18 v Participações sociais e repartição pelos sócios
Nota:
Informação adicional, como o currículo, pode ser remetido para anexo, incluímos
aqui apenas informação objetiva.
Objetivo:
identificar os elementos que podem afetar as operações da empresa, afetem ou não
outras empresas a operar no mesmo setor de atividade.
Assim, quando fazemos a análise do ambiente devemos estar a pensar nos diversos
fatores ambientais representados na figura seguinte:
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v Sociais:
evolução e repartição dos rendimentos, as reivindicações, a ocorrência de
instabilidade por virtude de confrontos sociais e laborais, os hábitos e costumes, etc.
v Ambientais:
evolução da legislação e da preocupação da população com a proteção, preservação
e conservação do ambiente natural.
v Tecnológicas:
20 evolução dos conhecimentos científicos, investigação científica e técnica,
desenvolvimentos tecnológicos, difusão nacional e internacional das inovações e
tecnologias.
v Económicas:
evolução das estruturas produtivas e distribuição, da conjuntura geral e sectorial, do
consumo, dos investimentos, do nível de emprego, dos preços, da facilidade de
obtenção de crédito, da despesa pública, etc.
v Políticas:
incidência das políticas económicas, política externa, a atitude perante a empresa
privada.
v Legais (jurídicas e regulatórias):
enquadramento jurídico da atividade da empresa, a existência de legislação que
interfere positiva ou negativamente com o setor de atividade, aspetos específicos da
regulamentação do trabalho e da concorrência.
v Relações Internacionais:
particularmente importantes para empresas que dependam mais fortemente de
importações e exportações ou da prestação de serviços a clientes multinacionais ou
estrangeiros.
É importante analisar a estabilidade económica e política dos países onde
pretendemos operar e potenciais riscos derivados de políticas protecionistas.
4. ANÁLISE DO MERCADO
Clientes
Quem são os seus clientes?
21
Como define o mercado alvo?
Que necessidade é que a nova empresa vai procurar satisfazer?
Os potenciais clientes estão dispostos a pagar por esse produto ou serviço?
22
Concorrentes
Quem são os nossos concorrentes?
Onde estão?
Quais os atributos do seu produto?
Quais os canais de distribuição que utilizam?
Quais as condições de preço que oferecem?
(...)
É importante perceber como é que a nossa nova empresa se posiciona face aos
concorrentes?
Esta diferenciação pode ser conseguida oferecendo maior qualidade, menor preço,
melhor serviço de assistência e serviço pós-venda, maior eficiência (por exemplo:
menor consumo de energia), menor impacto ambiental, horário de abertura mais
alargado, ambiente do estabelecimento mais animado ou acolhedor, entre outros.
5. A ESTRATÉGIA DA EMPRESA 23
A estratégia da empresa é sempre (ou deve ser) orientada por objetivos e estes são
enquadrados pela visão e pela missão que os empreendedores definem para a nova
empresa.
Visão
Declaração da direção que a empresa pretende seguir. É orientadora do que a
empresa deseja ser e deve ser indicativa do caminho a seguir, da imagem que quer
Missão
Declaração que deve refletir a razão de ser da empresa, qual o seu propósito, o que
é que faz, indicando o porquê da sua existência.
Objetivos
24 Devem ser específicos e podem ser definidos em termos de múltiplas dimensões.
Podemos definir objetivos em termos de quota de mercado, de penetração no
mercado, de expansão da gama de produtos, da diversificação geográfica das
operações, e em termos de lucros.
Os objetivos indicam as intenções gerais da empresa e o caminho básico para chegar
ao destino pretendido.
Metas
Devem ser específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com horizontes
temporais bem definidos.
Análise SWOT
(Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats)
Ferramenta utilizada para fazer análise do cenário (ou ambiente), utilizado como
base para gestão e planeamento estratégico de uma empresa.
ü ambiente interno da empresa (Forças e Fraquezas)
ü ambiente externo (Oportunidades e Ameaças).
25
Ø Os fatores internos são aqueles que podem ser controlados pela empresa,
uma vez que este é o resultado das estratégias de atuação definidas pelos
próprios membros da organização.
Ø O ambiente externo está totalmente fora do controlo da organização. Mas
apesar de não poder controlar o mercado, a empresa pode conhecê-lo, de
forma a aproveitar as oportunidades e a evitar as ameaças (ou pelo menos
tentar minimizar os seus efeitos).
FATORES INTERNOS
Ø Existem dentro da empresa ou nas suas principais parcerias e ligações.
Ø São significativos apenas quando orientam ou impedem a organização de
26
FATORES EXTERNOS
Ø Envolvem os assuntos que ocorrem no ambiente externo da empresa.
Ø Não devem ser ignorados, na medida em que o mercado tem um conjunto de
características indispensáveis ao desenvolvimento da organização.
Ø Podem decorrer de mudanças nos ambientes competitivo, sociocultural,
político/legal, que justifiquem mudanças internas na organização.
los).
Embora o ambiente externo não seja controlável, a nova empresa deve conhecê-lo e
monitorizá-lo com frequência, de forma a aproveitar as oportunidades e evitar as
ameaças.
A estratégia tem de estar em sintonia com os objetivos, o marketing e as capacidades
de recursos da empresa.
27
outro concorrente;
• Diferenciação: a empresa oferece um produto/serviço diferente do dos
concorrentes. Onde está a diferença? Pode estar no serviço, na qualidade, na
imagem, na habilidade, no design, ... no fundo, em qualquer atributo que seja
valorizado pelo mercado alvo;
• Foco (ou enfoque): a empresa persegue um pequeno segmento de mercado
(ou nicho) e, eventualmente, tenta ser líder nesse segmento.
28
6. O PLANO DE MARKETING
Pelo que,
9. PLANO ECONÓMICO-FINANCEIRO
NOTA:
A demonstração de resultados reflete os proveitos e os custos ocorridos ao longo de
um determinado período de tempo – trimestre, semestre ou ano.
A diferença entre os proveitos e custos constitui o lucro da empresa durante o
período considerado.
LUCRO = PROVEITOS - CUSTOS
“As ideias e as estratégias são importantes, mas o verdadeiro desafio é a sua execução.”
Percy Barnevick
33
ü Qualidade do papel;
ü O design e material da capa;
ü A qualidade de impressão;
ü Incluir um índice, com subtítulos e números de páginas.
Regra no 4: Evidenciar a qualidade da equipa
ü Provar que a empresa é constituída por colaboradores qualificados e com
legitimidade e credibilidade e que estes colaboradores possuem as
34 capacidades e os conhecimentos necessários para responder aos desafios -
dificuldades e oportunidades - que se deparem à empresa;
ü Demonstrar que se trata de uma empresa coesa e empenhada;
ü Incluir o currículo detalhado dos principais colaboradores da equipa,
destacando as suas realizações e em particular as que são relevantes para a
atividade da nova empresa.
Regra no 5: Apresentar uma abordagem focada no mercado
ü Não fazer uma abordagem demasiadamente focada nas características
intrínsecas do produto, isto é, nas características técnicas, tais como preço,
entre outras.
ü Concentrar o plano na forma como o produto ou serviço vai ser recebido pelo
mercado e como vai satisfazer as necessidades dos seus consumidores atuais
e potenciais.
Regra no 6: Mostrar que o negócio é único
ü Explicar o fator crítico de sucesso do negócio, isto é, aquelas características
únicas e que lhe dão uma vantagem competitiva face aos seus concorrentes
atuais e potenciais.
Regra no 7: Fazer referência aos riscos do negócio
ü O plano deve evidenciar os pontos fortes da empresa e as oportunidades do
mercado, como também os eventuais pontos fracos e ameaças externas;
Modelo de negócios
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1 – PROPOSTA DE VALOR
Ø Que valor entregamos ao Cliente?
Ø De entre os problemas dos nossos clientes, qual é que estamos a ajudar a
resolver?
Ø Que necessidades dos clientes estamos a satisfazer?
Ø Que pacote de produtos e serviços estamos a oferecer a cada Segmento de
Cliente?
Categorias:
v Novidade
v Desempenho
v Adaptação ao Cliente
v “Fazer o trabalho”
v Design
v Marca/ estatuto social
v Preço
v Redução de Custos
v Redução de Risco
v Acessibilidade
v Conveniência/ facilidade de uso
2 – SEGMENTO DE CLIENTES
38 Ø Para quem estamos a criar valor?
Ø Quem são os nossos clientes mais importantes?
v Mercado de massas
v Nicho de mercado
v Segmentado
v Diversificados
v Plataformas multifacetadas
3 - CANAIS
Ø Através de que canais é que os nossos Segmentos de clientes querem ser
contactados?
Ø Como é que os estamos a contactar agora?
Ø Como é que os nossos Canais estão integrados?
Ø Quais são os que funcionam melhor?
Ø Quais são os mais eficientes do ponto de vista dos custos?
Ø Como é que os estamos a integrar com as rotinas dos clientes?
Fases do Canal:
1. Consciência (Como aumentar a consciência sobre os produtos e serviços da
nossa empresa?)
2. Avaliação (Como é que ajudamos os clientes a avaliar a Proposta de Valor da
nossa organização?)
3. Aquisição (Como é que permitimos aos clientes a aquisição de produtos e
serviços específicos?)
4. Entrega (Como é que entregamos uma proposta de valor aos clientes?)
5. Pós-venda (Como é que proporcionam o apoio pós-venda aos clientes?)
5 – FLUXOS DE RENDIMENTO
Ø Por que valor estão os nossos clientes realmente dispostos a pagar
Ø Estão a pagar pelo quê agora?
Ø Como é que estão a pagar?
Ø Como é que prefeririam pagar?
Ø Quanto é que cada fluxo de rendimento contribui para o rendimento
global?
Tipos:
v Venda de ativos
v Taxa de utilização
v assinaturas
v Empréstimos / Arrendamento / Leasing
v Licenciamento
v Comissões de intermediação
40 v Publicidade
6 – RECURSOS CHAVES
Ø De que recursos-chave é que as nossas Propostas de Valor necessitam?
Ø Quais os canais de distribuição?
Ø Quais as relações com os Clientes?
Ø Quais os fluxos de rendimento?
Tipos de recursos:
v Físicos
v Intelectuais (Patentes de marcas, direitos autorais, dados privilegiados)
v Humanos
v Financeiros
7 – ATIVIDADES CHAVE
Ø Que atividades-chave são exigidas pela nossa Proposta de Valor?
Ø Quais os Canais de Distribuição?
Ø Quais as relações com os clientes?
Ø Quais os fluxos de rendimento?
Categorias:
v Produção
v Resolução de problemas
v Plataforma / Rede
8 – PARCERIAS CHAVE
Ø Quem são os nossos parceiros-chave?
Ø Quem são os nossos fornecedores-chave?
Ø Que recursos-chave estamos a adquirir aos nossos parceiros?
Ø Que atividades-chave é que os parceiros levam a cabo? 41
9 – ESTRUTURA DE CUSTOS
Ø Quais são os custos mais importantes inerentes ao nosso modelo de negócio?
Ø Quais são os recursos-chave mais caros?
Ø Quais são as atividades-chave mais caras?
Há 2 classes de Estruturas de Custos:
v Movidas pelos custos (estrutura de custo reduzida, proposta de valor de baixo
preço, máxima automação, terceirização extensiva)
v Movidas pelo valor (focada na criação de valor, proposta de valor premium)
Características dos Custos:
v Custos fixos (salários, alugueres, serviços públicos)
v Custos Variáveis
v Economias de escala
v Economias de âmbito
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Bibliografia e Fontes
FERREIRA, Manuel Portugal; SILVA, Patrícia da Costa; SCHON, Michael; BERNAR, José e
ALMEIDA, Nuno; Curso de empreendedorismo online – Plano de Negócios, Instituto
Politécnico de Leiria – Unidade de Ensino à Distância
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