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Gong Li Cheng
Juliane Barbosa Corrêa
Fernanda Wallery da Silva Sousa¹
Campo Grande
2017
Acadêmicas de 2º Ano em Licenciatura em Letras – Português/Espanhol e suas Literaturas.¹
Atividade proposta pelo Prof. Dr. Francisco Carlos Espíndola Gonzalez, para a disciplina de PDA.²
Introdução
Esta atividade tem como objetivo refletir sobre a história da constituição das
diversas áreas da Psicologia. Buscando suas origens na Filosofia helenística e seus
desdobramentos no mundo moderno. No primeiro momento, discorreremos sobre “Os
objetos de estudo da Psicologia”; “Os fenômenos psicológicos”; “A subjetividade”; “Ciência
e senso comum”. Em seguida, responderemos as questões sobre as distinções entre
psicologia filosófica para psicologia científica; tais como as suas contribuições para as
diversas áreas da Psicologia que foram se constituindo ao longo da história. Por fim, após
percorrermos todos esses percursos e conceitos, refletiremos sobre as contribuições da
Psicologia à área da Educação. Tendo como base o livro “Psicologias: uma introdução ao
estudo de Psicologia” (1999), de Ana Mercês Bahia Bock, Odair Furtado e Maria de
Lourdes Trassi Teixeira.
Palavras-chave: história da psicologia; filosofia e ciência; psicologia e educação.
Questionário
- Quais as diferenças entre Psicologia como um ramo da Filosofia e a Psicologia
científica?
A psicologia como um ramo da filosofia tem sua origem com os filósofos helênicos
Sócrates, Platão e Aristóteles; importante ressaltar que, a concepção platônica de mundo
era a de que existia o mundo perceptível e o mundo das ideias (dos fenômenos
metafísicos). Este mundo das ideias depois seria definido por Aristóteles como a alma
humana, o corpo sendo apenas o perceptível, o invólucro da alma. Etimologicamente, o
termo psicologia vem do grego psyché, que significa alma, e de logos, que significa razão
ou estudo, resultando em “estudo da alma”. A alma ou espírito então, era “concebida
como a parte imaterial do ser humano e abarcaria o pensamento, os sentimentos de amor
e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção”. (BOCK; FURTADO;
TEIXEIRA, 1999, p. 33). Nesse sentido, o intuito dos filósofos era apreender a essência
humana.
Já no século XIX, o mundo passa por transformações que fazem com que as
questões sejam outras:
Destaca-se o papel da ciência, e seu avanço torna-se necessário. O crescimento
da nova ordem econômica – o capitalismo – traz consigo o processo de
industrialização, para o qual a ciência deveria dar respostas e soluções práticas no
campo da técnica. Há então, um impulso muito grande para o desenvolvimento da
ciência, enquanto um sustentáculo da nova ordem econômica e social, e dos
problemas colocados por ela. (Idem, p. 37).
O conhecimento, em consequência, torna-se independente da fé, já que com as
novas tecnologias foi-se descobrindo que as explicações fundadas no misticismo e na
religiosidade cristã não se sustentavam mais. Depois de pensadores como Hegel, Darwin,
entre outros; o conhecimento passou a ser voltado para a história e os sistemas políticos,
assim como, os sistemas de dominação clericais. As funções fisiológicas, cientificamente
demonstráveis, passaram a ser mais exploradas também.
É em meados do século XIX que os problemas e temas da Psicologia, até então
estudados exclusivamente por filósofos, passam a ser, também, investigados pela
Fisiologia e pela Neurofisiologia em particular. Os avanços que atingiram também
essa área levaram à formulação de teorias sobre o sistema nervoso central,
demonstrando que o pensamento, as percepções e os sentimentos humanos eram
produtos desse sistema. (Idem, p. 39).
Confirmamos então que, a Psicologia nasce como uma disciplina “mística” e ganha
caráter científico na medida em que os cientistas foram estudando o funcionamento do
corpo humano, igualmente, o funcionamento das instituições detentoras do conhecimento,
constatando que aquele modelo helênico era idealista demais para uma sociedade que
precisava de resultados pragmáticos, já que, o modelo capitalista demandava uma
produção exorbitante, os resultados precisavam ser exatos e clinicamente constatáveis,
pois uma sociedade doente não geraria capital.