Você está na página 1de 9

Válvulas de expansão

As válvulas de expansão controlam a quantidade de refrigerante que penetra no


evaporador através de um processo adiabático. ​A transformação adiabática é
aquela em que n​ ão há trocas​ de energia térmica entre o sistema e o meio exterior​.

https://capitalrefrig.com.br/valvula-expansao-danfoss

Existem vários tipos de válvulas, sendo elas:


● Válvulas de expansão manuais
● Válvulas de expansão automáticas
● Válvulas de expansão de bóia
● Válvulas de expansão elétricas e eletrônicas
● Válvulas de expansão termostáticas

1.1 Válvulas de expansão manuais

As válvulas de expansão manuais são acionadas a mão e a quantidade de FR que


passa pelo orifício depende da abertura da válvula.
Vantagens e desvantagens

As vantagens desse tipo de válvula são a simplicidade e o baixo preço. Como


desvantagem temos a ​ ​inflexibilidade.

Aplicações

A válvula de expansão manual é utilizada em grandes sistemas para assegurar o


funcionamento em casos de falhas de outras válvulas como a de "Bypass" (desvío).
A "Bypass" é utilizada para permitir a passagem de fluidos como óleos e ar. Em
geral, são direcionais, ou seja, permitem a passagem de fluidos em apenas um
sentido, podendo ser feitas de aço ou ferro fundido.

https://casadasvalvulasmg.com.br/informacoes-tecnicas/valvulas-bypass/

1.2 Válvulas de expansão automáticas

As válvulas de expansão automáticas são válvulas de funcionamento preciso que mantém a pressão
de sucção maior e constante no evaporador.
Aplicações

São usadas quando há a necessidade do controle exato da temperatura, em


sistemas em que as cargas são constantes e em sistemas com uma serpentina no
evaporador.

Princípio de funcionamento

Funcionam da seguinte maneira: quando o compressor começa a trabalhar, diminui


a pressão do refrigerante no evaporador. Isso faz com que a agulha da válvula se
abra, permitindo a entrada de refrigerante no evaporador. Enquanto o compressor
está funcionando, a válvula automática mantém uma pressão constante no
evaporador. Quando o compressor para, a pressão do refrigerante no evaporador
começa a elevar-se imediatamente. Esse aumento de pressão faz com que a agulha
de válvula se feche. Assim que o compressor deixa de funcionar, é importante que a
válvula se feche, para evitar que penetre muito refrigerante líquido no evaporador,
pois o mesmo poderia vazar até a linha de sucção. É necessário, portanto, regular a
pressão em que a válvula deve se fechar, de acordo com a temperatura em que o
compressor se desliga. Isso se faz pelo parafuso de ajuste. Por esse motivo, toda
vez que se mudar a regulagem do controle de temperatura, deve-se também ajustar
a válvula automática.

1.3 Válvulas de expansão de bóia

As válvulas de expansão de bóia são subdivididas em válvulas de expansão de


bóia do lado de alta pressão e válvulas de expansão de bóia de lado de baixa
pressão.

1.3.1 Válvula de bóia do lado de baixa pressão


A Válvula de expansão de bóia do lado de baixa pressão é um recipiente esférico ou
com outro formato, ligado por alavancas e articulações a uma válvula agulha. Essa
válvula agulha é projetada para atender requisitos de todas as aplicações. São
válvulas de serviço, proporcionando características de fluxo favoráveis.

Princípio de funcionamento

O líquido no evaporador é mantido a um nível predeterminado. Quando o


refrigerante é evaporado o nível do líquido diminui e a bóia desce. Após isso, a
articulação da válvula abre, admitindo mais refrigerante. Com o aumento do nível do
líquido, a bóia sobe e a válvula agulha fecha.

Vantagens e desvantagens

Oferece um controle muito bom, mantendo o nível de FR adequado independente


da variação da carga e quaisquer números de evaporadores podem funcionar no
mesmo sistema, visto que cada válvula flui a quantidade de FR necessária para seu
próprio evaporador. Porém, precisam ser escolhidas segundo o FR que vai ser
utilizado. Por exemplo, fluidos pesados como o R-12 e R-22 requerem uma bóia
menor e mais pesada. Além disso, a pressão precisa ser considerada, pois altas
pressões podem causar a implosão da bóia, também podem ocorrer vazamentos
devido a corrosão por falhas nas juntas soldadas e a agulha e o assento podem
desgastar causando vazamento de fluidos refrigerantes.

1.3.2​ ​Válvula de bóia do lado de alta pressão

Se localiza no lado de alta pressão e possui válvula que abre quando o nível do
líquido aumenta, diferente da válvula de bóia do lado de baixa pressão.
Princípio de funcionamento

A válvula é instalada abaixo do condensador. Ocorre a transferência do FR para o


evaporador, condensando-o. A válvula não permite a passagem de vapor, ou seja, a
maior parte da carga do refrigerante fica no evaporador.

Desvantagem

Não pode ser instalada em um sistema de evaporadores com circuitos múltiplos em


paralelo, pois não haveria como assegurar a distribuição do Fluido Refrigerante.

1.4 Válvulas de expansão elétricas e eletrônicas

1.4.1 Válvulas de expansão elétricas

Utiliza um termistor para detectar a presença de FR na saída do evaporador.


Quando não há a presença do líquido, a temperatura do termistor se eleva,
reduzindo sua resistência elétrica, permitindo um maior fluxo de refrigerante. Elas
são utilizadas em bombas de calor, onde a vazão do fluido é invertida quando há
mudança de resfriamento para superaquecimento. Essa válvula pode operar em
qualquer sentido, visto que não depende da pressão do FR.

O ponto de fixação da saturação do refrigerante é controlado pela localização do


termistor em pode ser deslocado de um ponto para outro pelo uso de mais de um
termistor, que pode ser ligado ou desligado conforme exigência. O termistor pode
ser usado para controlar o nível de líquido num acumulador de sucção ou
transmissor de corrente, para assegurar o controle do evaporador, inundando-o ou
semi-inundando-o com gás de sucção seco que retorna para o compressor.

​1.4.2 Válvulas de expansão eletrônicas

Regulam o fluxo de FR por meio de um microprocessador. O microprocessador


controla o superaquecimento por meio do termistor e transdutor. O FR entra a alta
pressão pela parte inferior da válvula, passando por vários orifícios calibrados. Os
orifícios são controlados por uma bucha (controlada por um motor de passo) que os
abre e fecha, modificando a área de passagem.

1.5 Válvulas​ ​de expansão termostáticas

Parecida com a de expansão automática com o acréscimo de um dispositivo que


corrige a qualidade do líquido a ser evaporado na serpentina para que esta
corresponda à carga no evaporador. Na serpentina, a força para o acionamento é
obtida por meio do superaquecimento do estado gasoso do FR no evaporador.

Princípio de funcionamento
A alta temperatura, sua expansão dentro do termo elemento provoca o
deslocamento do pino de inox, comprimindo a mola e possibilitando a abertura da
válvula e a passagem do líquido para o radiador.

Video: ​https://youtu.be/9-ZxWx33sj0

Três pressões agem no diafragma da válvula: pressão no bulbo, pressão de


equalização e a pressão equivalente na mola.

1.5.1 Válvulas de expansão termostáticas com equalizador

O equalizador é uma abertura ou conexão feita para que a pressão do evaporador


seja transmitida para a parte inferior do diafragma. O equalizador pode ser interno
ou externo.

● Equalizador interno- Na equalização interna, a pressão do evaporador é


transmitida para a parte inferior do diafragma através de uma passagem pelo
corpo da válvula. É utilizado quando a serpentina é curta e a queda de
pressão é pequena.
● Equalizador externo- No equalizador externo, as extremidades da linha são
conectadas no próprio e corpo da válvula e outra na linha de sucção,
diferente do equalizador interno. Utilizado quando a queda de pressão na
serpentina não passa de 0,35 kgf/cm^2 e para plenas cargas.
Qual tipo de válvula termostática usar?

Deve-se escolher, segundo a necessidade, conhecendo:

- A carga de refrigeração
- O tipo e o tamanho das conexões de entrada e saída
- O diferencial de pressão
- O tipo de FR utilizado

O ​tubo capilar é um ​tubo de diâmetro interno reduzido que costuma ser usado
em ​sistemas de refrigeração para separar a linha de alta pressão da de baixa. O
nome técnico do ​tubo capilar é ​intercambiador de calor por ele estar sempre
enrolado ​ao tubo de sucção,​ trocando calor com o mesmo.

Normalmente feito de cobre​, o ​tubo capilar é comum em ​sistemas de


refrigeração de pequena capacidade: ​geladeiras, aparelhos de ar condicionado
e freezers​. O ​tubo capilar conecta a saída do ​condensador ​com a entrada do
evaporador​.

O diâmetro interno do ​tubo capilar varia de 0,5 a 2,0 mm e o comprimento, de 1,5


até 3,5 m, sendo que pelo menos 1,2 m desse total do ​tubo capilar deve ser
soldado na linha de aspiração para obter o resfriamento por meio de vapores frios
do ​evaporador​.

Algumas vantagens do ​tubo capilar​: simplicidade, por não apresentar partes


móveis; custo baixo; equalização das pressões do sistema nas paradas; redução da
quantidade e custo do ​refrigerante e eliminação da necessidade do ​tanque
coletor​.
fonte:compilação da autora
Referências

Disponível em:
<​https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://www.professor.unisi
nos.br/mhmac/Refrigeracao/disposit_exp.pdf&ved=2ahUKEwjAz_D1gqvlAhUELLkG
Hb-jAZUQFjAAegQIARAB&usg=AOvVaw0ORIL6ONY6uD6N1iZ9BwQH​> Acesso:
20 de outubro de 2019
Disponível
em:<​http://www.portaldoeletrodomestico.com.br/redesocial/wp-content/uploads/grou
p-documents/11/1323530934-apostila-refrigeracao.pdf​> Acesso: 20 de outubro de
2019

Você também pode gostar