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CAVIDADE NASAL
➔ Há três epitélios diferentes: um epitélio do vestíbulo, um na região das conchas nasais – o epitélio respiratório -, e
um na parte superior – o epitélio olfatório.
O vestíbulo é composto por um epitélio semelhante ao da pele, pois é como se fosse uma extensão da pele (epitélio
estratificado pavimentoso não queratinizado). Também terá glândulas sebáceas e sudoríparas, como na pele. Os
pelinhos são chamados de vibrissas, e são a primeira linha de defesa do SR – assim que o ar entra, esses pelos servem
para filtrar esse ar.
EPITÉLIO RESPIRATÓRIO
Possui mucosa (produz muco), que tem duas camadas: o epitélio, e abaixo, a lâmina própria.
O epitélio é um epitélio pseudoestratificado colunar ciliado.
➔ O que é uma lâmina própria e uma lâmina basal? Lâmina basal ou membrana basal são algumas células que
sustentam as células epiteliais. Lâmina própria é uma camada exclusiva das estruturas que possuem mucosa. Toda
estrutura que tiver mucosa, tem lâmina própria. – SR, SD e SU (respiratório BALT, digestório GALT e urinário)
➔ Respirando pela boca, somos capazes de fazer o condicionamento do ar, pois a boca é extremamente
vascularizada, o que ajuda no processo. Entretanto, não conseguimos fazer a filtração.
Na cavidade, temos três conchas nasais: superior, média e inferior. A superior e a média são acidentes anatômicos do
osso etmoide, e a inferior tem um osso (o osso concha nasal inferior)
Essas conchas servem para fazer o turbilhonamento do ar, e o ar começa a bater na parede, deixando as impurezas
grudadas. Uma das primeiras formas de filtrar o ar é por impactação na parede.
Outro fator importante é que elas aumentam a área de superfície da mucosa. Sem elas, a mucosa seria menor.
Pessoas que têm hipertrofia das conchas, têm uma obstrução à passagem do ar. Na cirurgia, ao remover a concha,
perde mucosa. #ganha de um lado, perde por outro.
SEIOS PARANASAIS
São espaços ocos/cavidades nos ossos cranianos. Eles serão totalmente preenchidos por ar, mas possuem mucosa na
sua parede.
O seio possui a mucosa recobrindo a parede, mas o espaço é preenchido por ar.
Função: deixar os ossos do crânio mais leves, ajudar na ressonância da voz e aumentar a superfície de mucosa.
Para que o ar entre nos seios paranasais, ele usa o que chamamos de meatos – meato nasal superior, médio e inferior.
O recesso esfenoidal conecta o seio esfenoidal com a cavidade nasal. Ou seja, é por onde o ar entra e sai no/do seio.
O muco, com as impurezas é deglutido e eliminado pelas fezes. Só colocamos para fora se espirrarmos ou tossirmos.
Clearence muco ciliar – retirada do muco com impurezas, que é eliminado por deglutição.
Meato nasal superior – drena (tanto o ar, quanto o muco) o que vem das células etmoidais anteriores
Meato nasal médio – drena o que vem das células etmoidais médias e posteriores, seio maxilar e seio frontal.
Meato nasal inferior – drena o que vem do ducto nasolacrimal.
O muco possui duas camadas: camada gel (mais superficial; camada viscosa - formada por uma ptn chamada
mucina. Possui a função de grudar a sujeira) e a camada sol (mais fluida; não tão viscosa. Serve para permitir o
movimento dos cílios. Sem essa camada, os cílios ficariam presos ao muco. Isso é muito importante para entender a
remoção do muco promovida pelos cílios).
➔ Quem produz a camada viscosa do gel? As células caliciformes e as células mucosas da glândulas seromucosas.
A camada sol é produzida pelas células serosas (produtoras de ptn/enzimas) e, por isso, nesse local serão produzidas
células de defesa. As células colunares ajudam na produção dessa camada.
Na membrana apical das células colunares temos um transportador (CFTR – transportador defeituoso nas pessoas que
têm fibrose cística) de cloreto que coloca cloreto pra fora, o que leva sódio e água, o que é importante para formar
a camada sol.
Fibrose cística é uma doença obstrutiva e restritiva
.
Quando a pessoa fuma, irrita a mucosa respiratória, que, para se proteger, vai fazer uma metaplasia – aumenta o
número de células caliciformes para aumentar a quantidade de muco. Aumentando o número dessas células, a
produção de gel aumenta, assim, os cílios não conseguem se mexer. Além disso, a quantidade de cílios diminui –
aumento de uma célula, reduz outra. Ainda, o cigarro causa um entorpecimento dos cílios. Por isso, pessoas que
fumam podem ter sucessivas infecções.
Lara Camila da Silva Alves | Unifacs - Medicina
Sistemas Orgânicos I – aula
Metaplasia é uma alteração reversível. Assim, se ele parar de fumar a mucosa volta a ser igual ao que era antes.
Os neurônios olfatórios de primeira ordem fazem sinapse com os de segunda ordem no bulbo olfatório.
Para cada um dos neurônios de segunda ordem, podem chegar vários de primeira ordem. A região de encontro com
vários neurônios de primeira ordem com apenas um de segunda ordem = glomérulo.
FARINGE
Tem a parede formada por músculo – a cavidade nasal é uma estrutura osteocartilaginosa -, principalmente músculo
esquelético.
A faringe é dividida em três porções: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe.
Coanas – abertura posterior da cavidade nasal
A nasofaringe vai das coanas até uma linha imaginária passada na úvula (final do palato mole).
A orofaringe vai do final do palato mole até a linha imaginária da epiglote.
A laringofaringe vai da linha imaginária da epiglote até a porção posterior da cartilagem cricóide (onde começa o
esôfago).
➔ NASOFARINGE: possui epitélio respiratório – epitélio pseudoestratificado colunar ciliado.
➔ OROFARINGE E LARINGOFARINGE: têm passagem de alimento, portanto, há muito atrito e por isso o epitélio tem
que ser resistente – Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado (ou seja, tem pouca queratina).
A pequena elevação que há na mucosa da nasofaringe é chamada de toro tubário, e dentro dele possui o óstio
faríngeo da tuba auditiva, que comunica a faringe com a tuba auditiva. É uma forma de equilibrar a pressão dos dois
locais. Entretanto, esse óstio também acaba sendo uma via de disseminação de microorganismos.
Há várias tonsilas no nosso organismo, a tonsila faríngea é uma tonsila ímpar que está localizada na nasofaringe. É um
órgão linfoide, ou seja, participa do sistema de defesa do nosso corpo.
Crianças têm essa tonsila aumentada, e à medida que vão crescendo, ela vai diminuindo. Entretanto, em algumas
pessoas ela pode permanecer hipertrofiada, o que pode obstruir a passagem de ar. Assim, a pessoa tem que respirar
pela boca. Quando dorme, a pessoa não consegue respirar pela boca – apneia obstrutiva do sono.
Solução?? Tonsilectomia – remoção da tonsila.
“Adenoide” “Carne no nariz”.
Na orofaringe, há uma tonsila par – as tonsilas palatinas - , localizadas nas pregas palato faríngeas (chamadas de
amigdalas). Elas também podem inflamar, e quando isso ocorre, elas aumentam de tamanho, o que pode dificultar a
deglutição.
- Também é possível fazer a remoção em casos de amigdalite.
LARINGE
É uma estrutura cartilaginosa, ou seja, sua parede é formada de cartilagem com mucosa revestindo sua parte interna.
Essas cartilagens são divididas em três ímpares e três pares, ou seja, nove cartilagens.
Cartilagens ímpares:
- Cartilagem tireóidea: hialina
Lara Camila da Silva Alves | Unifacs - Medicina
Sistemas Orgânicos I – aula
Cartilagens pares:
- Cartilagem aritenóide: elástica
- Cartilagem corniculada: elástica
- Cartilagem cuneiforme: elástica
A cartilagem corniculada fica em cima da aritenóide.
➔ A porção interna da laringe é recoberta pelo epitélio respiratório, exceto nas cordas vocais onde há muito atrito –
estratificado pavimentoso.
TRAQUEIA
Está imediatamente abaixo da laringe, e na região da carina se bifurca em brônquios.
Formando a parede, há camadas. – A PARTIR DA TRAQUEIA NÓS TEMOS CAMADAS (antes tínhamos apenas a mucosa):
Mucosa, submucosa, adventícia.
Essas três camadas são mantidas até os bronquíolos. Nos alvéolos, por ser um local de trocas, teremos apenas uma
camada.
Os bronquíolos não têm mais a glândula seromucosa que ajudava na produção do muco. Assim, haverá uma redução
da camada gel. Para que queremos camada gel se não temos cílios suficientes?
Além disso, também há redução das células caliciformes, até que elas desaparecem (elas não desaparecem de vez
como as glândulas seromucosas; elas vão gradativamente diminuindo).
Nos alvéolos não há camada gel, pois não temos mais as células que a produzem: caliciformes e glândula seromucosa.
A camada sol que recobre a parede dos alvéolos permite a
existência da tensão superficial deles.
O MALT pode aparecer de duas formas: malt organizado (se organizam formando o folículo linfoide/nódulo linfoide do
MALT) ou malt desorganizado
Obs: o BALT não é exclusivo dos brônquios, o folículo é mais comum nos brônquios, por isso o nome de BALT.
O BALT é um mecanismo de defesa sem inflamação.
Exatamente em cima do nódulo linfoide (na mucosa) não tem o epitélio colunar. Esse epitélio que seria colunar se
modificou formando um grupo de células, chamadas de células M – eram células colunares que se especializaram
para o MALT.
O antígeno atravessa a membrana das células M por transcitose, onde é reconhecido pela APC, que ativa o linfócito
e desce para o folículo ativando linfócitos B para que ocorra a diferenciação de plasmócitos, que irão produzir IgA.
IgA não se liga ao sistema complemento, e não excita uma reação inflamatória. IgA se liga ao antígeno, permitindo
que esse complexo seja removido com o muco, sem inflamação.
ASMA é uma hipersensibilidade do tipo 1 mediada por TH2 – ao invés de produzir IgA, produz IgE.
ZONA RESPIRATÓRIA
PNEUMOCONIOSE
É uma doença relacionada à exposição ambiental. Quando isso acontece, a substância pode chegar aos
macrófagos alveolares, e pode acontecer de o macrófago não ter enzimas para fazer a digestão dessa substância.
Assim, ele fica cheio dessas impurezas e fica sem realizar a sua função. A morte de macrófagos no alvéolo pode levar
à inflamação e gerar uma fibrose.
ENFISEMA
O macrófago produz uma enzima chamada de elastase. O nosso corpo produz uma enzima chamada alfa-1-
antitripsina. Elastase é uma enzima que destrói elastina (ptn presente nas fibras elásticas). Para que isso não aconteça,
nosso corpo produz a alfa-1-antitripsina nos hepatócitos. Há um equilíbrio entre os dois para a proteção do alvéolo.
Lara Camila da Silva Alves | Unifacs - Medicina
Sistemas Orgânicos I – aula
Se o individuo é fumante, o macrófago é super ativado e produz uma quantidade maior de elastase, modificando o
equilíbrio e destruindo as fibras elásticas. Assim, há destruição dos septos interalveolares. E é por isso que também há
a perda da elasticidade do alvéolo – ele abre, mas não volta.
Paciente jovem com deficiência → Deficiência da alfa-1-tripsina – mutação