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Aluna: Sheila Godoy Lima RA: 001201912729

Disciplina: Desenvolvimento Gerencial

Professor: João Victorino de Souza

Gerenciamento pelas Diretrizes

O Gerenciamento pelas Diretrizes representa o lado motivante, agressivo e


revolucionário da Gestão pela Qualidade Total (GQT) no estilo japonês. É um
subsistema da GQT voltado para a competição e engloba não só o melhoramento dos
produtos e processos existentes, mas principalmente a inovação, representada pelas
novas tecnologias. O conhecimento humano é o seu combustível, e é aqui que a alta
administração vai perceber a necessidade de uma nova política de recursos humanos
para o terceiro milênio.

A Gestão da Qualidade Total é uma estratégia de administração que tem como


objetivo dar ênfase à qualidade dos processos organizacionais, como projetos e
processos rotineiros necessários para o bom desenvolvimento das empresas.

Um dos fundamentos dessa estratégia foi disseminado no Brasil pelo autor e


consultor de gestão Vicente Falconi, com a denominação de Gerenciamento pelas
Diretrizes (GPD).
De acordo com Falconi, pouco se falava no Brasil sobre planos de ação e metas
na década de 1980. A preocupação com o desempenho da gestão tinha mais enfoque em
burocracias governamentais, o que começou a mudar mais intensamente na década de
1990.

Tendo ênfase em 96 em diante, as empresas brasileiras passaram a ser mais bem


gerenciadas. Elas começaram a entender a necessidade de se adaptarem e aprimorarem
devido às grandes exigências do mercado.

Um dos grandes méritos do professor Falconi foi entender que o método de


desdobramento poderia ser utilizado por todas as partes da organização, ao contrário da
sua ideia inicial, que era focada apenas na qualidade dos processos.

Ele conseguiu disseminar essa prática desde o operacional até a alta


administração.

Dessa forma, desenvolver estratégias com foco em desdobramento de metas,


melhoria contínua da qualidade e na gestão de mudanças se tornaram os pilares para um
gerenciamento bem-sucedido.

Falconi resumiu em seu livro “Gerenciamento pelas Diretrizes”, de 1996, esse


subsistema da GQT de forma simples e didática, considerada uma obra essencial para o
empreendedorismo do terceiro milênio.
O GPD é um sistema de gestão que desdobra diretrizes em metas alcançáveis a
todos os colaboradores.

O método trata de ir desenvolvendo atividades que passam pelos âmbitos


estratégico (alta gestão da empresa), tático (gestão intermediária, departamentos e áreas)
e operacional (supervisão e coordenações ligadas à produção).

Com esses desdobramentos, é possível envolver toda a empresa em direção aos


objetivos estratégicos.

As ações dos colaboradores e o batimento de metas são o que fazem a estratégia


funcionar. Sabendo disso, método Falconi Gerenciamento pelas Diretrizes surge com o
objetivo de fazer o planejamento estratégico operar de forma eficaz.

Para tal, os colaboradores, gerentes e supervisores precisam saber exatamente de


que forma devem agir e qual a importância das suas tarefas.

O engajamento é trabalhado a partir do desenvolvimento de metas e planos de


ação que desafiem e encorajem os colaboradores a desenvolverem suas habilidades de
forma criativa, resultando nos objetivos em longo prazo da organização.

Para selecionar as metas de cada membro da equipe, ter uma visão ampla das
limitações e oportunidades da organização é peça-chave do GPD, o que pode ser
analisado com o auxílio da Análise SWOT.
É comum o conceito de essas duas palavras serem confundidos e utilizados de
forma equivocada.

Para que a implantação do método Falconi Gerenciamento pelas Diretrizes seja


feita corretamente, todos os envolvidos precisam entender o real significado das metas
atribuídas e dos objetivos a serem alcançados.

O objetivo representa o que você quer fazer ou alcançar, enquanto as metas


descrevem quanto e até quando você pretende fazer. As metas precisam de instruções
para que elas sejam realizáveis na prática.

Elas costumam ter datas, prazos, porcentagens e números exatos que permitam a
mensuração.

O Gerenciamento pelas Diretrizes constitui uma forma de atingir os objetivos


gerais e em longo prazo da organização. Ele é focado em melhorias contínuas dos
processos e na qualidade dos mesmos pelo desenvolvimento das diretrizes.
Enquanto isso, o Ciclo PDCA é um método utilizado para solucionar problemas
que atrapalham o alcance dos objetivos. Dessa forma, o Ciclo se mostra como uma
ótima ferramenta complementar para a metodologia GPD.
Os passos do Ciclo PDCA são:
Plan (Planejar): Identifique o problema, descubra onde e porque ele começa.
Planeje as melhorias e crie o plano de ação.
Do (Fazer): Envolva as pessoas e execute o plano.
Check (Analisar): Analise se tudo foi executado como o planejado e se o
resultado esperado realmente ocorreu.
Act (Agir): Compartilhe o aprendizado, padronize o processo, reflita o que pode
ser mudado e gire o PDCA novamente.
Buscando alinhar as práticas dessa metodologia em todos os níveis da gestão,
existem dois tipos de gerenciamento que precisam ser desenvolvidos. São eles:
Gerenciamento interfuncional: Ele diz respeito ao futuro a longo prazo da
organização. As diretrizes desse gerenciamento são relacionadas à alta administração e à
divisão entre departamentos. É o gerenciamento a nível de planejamento estratégico.
Gerenciamento funcional: Tem relação às atividades rotineiras da organização,
que necessitam de constante melhoria e manutenção. Com o aprimoramento dos
processos mais básicos, rotineiros e de operação, o gerenciamento funcional tem como
objetivo concretizar os objetivos do planejamento estratégico.
Para Falconi, o Planejamento Estratégico é composto por três planos que
também devem ser desenvolvidos:
Plano a longo prazo: é pensado entre 5 a 10 anos. As estratégias definidas aqui
têm relação ao futuro a longo prazo da organização. Para alcança-las, portanto, é
necessário fazer alterações estruturais no negócio.
Plano a médio prazo: é pensado em até 3 anos. Neste plano, são definidas as
metas relativas ao planejamento previamente estruturado para se chegar aos objetivos
gerais da empresa. Nele são incluídas as projeções financeiras para as metas a serem
alcançadas.
Plano anual: nele são detalhados todos os pontos importantes do primeiro ano
dos planos a médios e longo prazo. Esse planejamento inicial irá moldar e definir o que
será feito no princípio. Dessa forma, ele servirá como base para comparação e
desenvolvimento nos próximos anos.
Tanto o plano a curto prazo quanto o plano a longo prazo precisam ser revisados
anualmente e devem ser constantemente atualizados.
O uso do método Falconi tem ajudado diversas organizações a sobreviverem no
mercado por trazer resultados satisfatórios, como a implementação eficaz da estratégia
por meio das distribuições de ações, além da identificação e correção de problemas
crônicos com o auxílio do PDCA.
Com o uso do método Falconi, a empresa consegue padronizar seus processos de
planejamento de curto em longo prazo, fortalecer a cultura organizacional e engajar seus
colaboradores.
Portanto, é importante ter cautela em sua implantação. Como esse é um método
que acaba deixando as metas coletivas e individuais expostas, os colaboradores podem
se sentir muito pressionados a alcança-las.
Lembre-se que o engajamento dos funcionários é algo essencial para que a
estratégia funcione e, para que isso seja feito, todos precisam se sentir motivados pelas
metas e pelas suas consequências.
Foque numa gestão transparente, com metas realistas e equipes bem estruturadas
para aumentar consideravelmente seus resultados e atingir os objetivos!
Fonte: https://www.siteware.com.br/metodologias/metodo-falconi/

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