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TAXONOMIA DAS
FANERÓGAMAS
Profa. Dra. Roseli Farias Melo de Barros
Profa. Dra. Gardene Maria de Sousa
Profa. Dra. Ivanilza Moreira de Andrade
Ministério da Educação - MEC
Universidade Aberta do Brasil - UAB
Universidade Federal do Piauí - UFPI
Universidade Aberta do Piauí - UAPI
Centro de Educação Aberta e a Distância - CEAD
Taxonomia das
Fanerógamas
A responsabilidade pelo conteúdo e imagens desta obra é dos autor. O conteúdo desta obra foi licenciado tem-
porária egratuitamente para utilização no âmbito do Sistema Universidade Aberta do Brasil, através da UFPI.
O leitor se compromete a utilizar oconteúdo desta obra para aprendizado pessoal, sendo que a reprodução e
distribuição ficarão limitadas ao âmbito interno dos cursos.
A citação desta obra em trabalhos acadêmicos e/ou profissionais poderá ser feita com indicação da fonte. A có-
pia deste obra sem autorização expressa ou com intuito de lucro constitui crime contra a propriedade intelec-
tual, com sansões previstas no Código Penal.
As angiospermas correspondem às plantas mais abundantes
da flora atual, compreendem a divisão Anthophyta, que inclui cerca de
235.000 espécies. Os trópicos do Novo Mundo foram, até o presente,
apenas parcialmente explorados botanicamente. Em um país de
dimensões continentais como o Brasil, cuja flora é pouco conhecida, é
bastante provável que em algumas das excursões botânicas realizadas
sejam coletadas espécies novas, ou seja, ainda não descritas para a
ciência.
Com exceção de algumas algas, todas as plantas cultivadas pelo
homem para o seu sustento são angiospermas. Elas surgiram no período
Cretáceo há cerca de 120 milhões de anos e logo depois já dominavam
toda a terra.
Nas suas características vegetativas, as angiospermas são
enormemente diversificadas. Seus representantes variam em tamanho,
desde espécies de Eucalyptus L’Her (Myrtaceae) com mais de 100m de
altura e troncos de quase 20m de circunferência, até representantes de
Lemna L. (Lemnaceae) aquáticas com menos de 1mm de comprimento.
Alguns dos representantes de angiospermas são lianas, outros epífitas;
alguns estão adaptados para crescer em regiões áridas, outros crescem
em regiões extremamente frias.
Angiosperma é um grupo de plantas com características especiais
como a presença de flores, e pelo fato de suas sementes se desenvolverem
dentro de um fruto e possuírem um ciclo de vida que as distinguem de
todas as outras plantas. A flor das angiospermas é interpretada como
um ramo foliáceo altamente modificado e é possivelmente derivado do
estróbilo das Gymnospermae.
As angiospermas foram tradicionalmente divididas em dois
grandes grupos: as dicotiledôneas e as monocotiledôneas. Esses grupos
estavam separados por uma série de características: as Dicotiledôneas
pela presença de flores com quatro ou cinco pétalas (ou um número
múltiplo destes), enquanto as monocotiledôneas pela presença de três
pétalas ou múltiplos de três. Além das sementes apresentarem dois
cotilédones, nas dicotiledôneas, e nas monocotiledôneas apenas um,
atualmente, através de análises filogenéticas, não se sustenta a divisão
monocotiledônea e dicotiledônea.
A nova classificação sustenta três grandes grupos, as
monocotiledôneas, as eudicotiledôneas e as “Angiospermas Basais” ou
Magnoliideas. As monocotiledôneas e as eudicotiledôneas compreendem
cerca de 97% da divisão. As monocotiledônes tiveram claramente um
único ancestral, como indicam o cotilédone único e algumas outras
características. O mesmo é verdadeiro para as eudicotiledôneas, que
apresentam uma característica claramente derivada: a presença de
pólen triaperturado (pólen com três fendas ou poros e também tipos
de pólen derivados de pólen triaperturado). Os 3% remanescentes das
angiospermas vivas, as magnoliideas, incluem aquelas com características
mais primitivas. As relações evolutivas das magnoliideas não são ainda
bem compreendidas. Apesar de terem sido tradicionalmente vistas como
dicotiledôneas, todas as magnoliideas, como as monocotiledôneas, têm
pólen com uma única abertura ou modificações deste tipo de pólen.
A origem e radiação das angiospermas estão entre os assuntos
mais fascinantes da botânica e apesar do enorme progresso nos
últimos anos, muito ainda está em aberto. A compreensão sobre a
origem e diversificação do grupo influencia diretamente os sistemas de
classificação, assim como as hipóteses de evolução dos caracteres. Além
disso, o tema tem sido explorado por grandes cientistas, oferecendo
exemplos excelentes na abordagem de problemas em sistemática.
Este livro é destinada aos estudantes do curso de Graduação
em Ciências Biológicas, disciplina Taxonomia das Fanerógamas, que
participam do Programa de Educação a Distância da Universidade
Federal do Piauí. Poderá ser utilizado também nos cursos de graduação
em Engenharia Agronômica e Ciências Farmacêuticas.
O objetivo deste livro é reunir e apresentar, de forma didática e em
uma única fonte, os conteúdos que tratam a taxonomia vegetal, ou seja,
nele serão apresentados os métodos e princípios da Taxonomia Vegetal;
os princípios, regras e recomentações da nomenclatura botânica; o
histórico da classificação vegetal; o processo de coleta e herborização de
material botânico; e a diversidade de famílias de angiospermas, através
da utilização de chaves de identificação.
Espera-se, no final do curso, que os alunos possam ter um
embasamento teórico e prático para o reconhecimento e o posicionamento
das fanerógamas nos sistemas de classificação, além de estarem aptos
para identificar famílias botânicas, descrever e preparar material para
estudos de cunho taxonômico e florístico.
UNIDADE 1
11 PRINCÍPIOS E MÉTODOS DA TAXONOMIA VEGETAL
UNIDADE 2
21 TÉCNICAS DE COLETA E HERBORIZAÇÃO. HERBÁRIO FANEROGÂMICO
47 UNIDADE 3
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DAS ANGIOSPERMAS: HISTÓRIA
UNIDADE 4
71 NOMENCLATURA BOTÂNICA
UNIDADE 5
81 MAGNOLIOPHYTA (ANGIOSPERMAE)
Princípios e Métodos
da Taxonomia Vegetal
PRINCÍPIOS E MÉTODOS DA
TAXONOMIA VEGETAL
Identificação
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 13
DICOTILEDÔNEASARQUICLAMÌDEAS
MONOCLAMÍDEASSUPEROVARIADAS
DE FLORES ANDRÓGINAS
1. Anteras valvulares................................................................Lauraceae
Anteras não valvulares...........................................................................2
2. Flor calcarada..................................................................................35
Flor não calcara.....................................................................................3
5. Um estigma.........................................................................................6
Dois ou mais estigmas...........................................................................12
6. Um ou três estames...........................................................Leguminosas
Dois estames........................................................................................67
Quatro estames.......................................................................................7
Mais de quatro estames.............................................8
8. Flores actinomorfas.............................................................................9
Flores zigomorfas..................................................................................63
14 UNIDADE 01
11. Fruto: pixídio.................................................................Amarantaceae
Fruto: nunca pixídio..............................................................................30
1. Inflorescência glomerular.
2.- Folha lirato, margem partida; glomérulo fistuloso........... 3. Pithecoseris
2’. - Folha inteira, margem inteira, crenulada, serreada ou denteada;
glomérulo não fistuloso.
3. - Glomérulos terminais; invólucro externo com brácteas lineares ou
cordiformes a ovaladas; capítulos com oito brácteas involucrais naviculares,
decussadas, geralmente em número de oito.....2. Elephantopus
3’. - Glomérulos axilares, sem invólucro externo; capítulos com brácteas
involucrais imbricadas, com a externa encobrindo totalmente a interna,
sempre em número de duas.................................................... 4. Rolandra
1’. Inflorescência não glomerular.
4.- Capítulos com invólucro duplo; cipselas com papus
unisseriado.......................... ...........................................1. Centratherum
4’. - Capítulos com invólucro simples; cipselas com papus bisseriado.
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 15
5.- Série externa de páleas alargadas; série interna de páleas lineares,
cerdiformes ou raramente cerdas.................................. 5. Stilpnopappus
5’- Série externa de páleas estreitas; série interna de páleas filiformes.
...............................................................................................6.Vernonia
Nomenclatura
Classificação
16 UNIDADE 01
A metodologia da taxonomia vegetal, de um modo geral, inclui as
seguintes etapas básicas:
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 17
Figura 01: estereomicroscópio (lupa), acoplado à câmara-clara (Fonte: autoras)
18 UNIDADE 01
Cronquist (1968, “é a menor população permanente (tempo humano)
distinta e distinguível das outras. Em populações sexuais, a troca de
genes dentro de uma espécie é normalmente livre, enquanto que tais
trocas gênicas, entre espécies diferentes é bem restrita ou mesmo
impossível”.
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 19
Nesta unidade discutimos sobre Taxonomia, que é um dos
segmentos da Botânica que tem a finalidade de agrupar as plantas
dentro de um sistema, levando em consideração suas características
morfológicas internas e externas, suas relações genéticas e suas
afinidades, compreendendo as fases de identificação, nomenclatura
e classificação.
20 UNIDADE 01
UNIDADE 2
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 23
A Figura 02: traz alguns desses materiais.
• Calça comprida
• Blusa de manga comprida
• Chapéu
• Bota
• Caneleiras
• Protetor solar
• Água
• Alimentos leves
Procedimentos principais:
24 UNIDADE 01
com dimensões de mais ou menos 20 cm.
4. Planta ultrapassar as dimensões do papel, dobra-se preferivelmente
em forma de “N”.
5. As folhas devem ficar sob o caule, e se necessário, retira-se algumas
folhas, deixando o pecíolo. Colocar sempre uma folha com a parte
abaxial visível.
6. O número do coletor deverá constar sempre no papel jornal.
7. Coletam-se, no mínimo, cinco exemplares de um mesmo indivíduo.
8. Indivíduos da mesma espécie, porém coletados separadamente,
recebem número de coletores distintos. P ex: planta com flor (Nº 1) e
a mesma planta com frutos (Nº 2).
9. Caderno de campo de boa qualidade. Anotações necessárias:
Data, nome dos coletores (só o primeiro é que dará número às coletas),
local da coleta (país, estado, município, localidade, coordenadas
geográficas, localização em relação a um lugar geograficamente
conhecido), tipo vegetacional (Caatinga, Cerrado, mata semidecídua,
mata ombrófila, capoeira, area cultivada, jardim, etc.), hábito da planta
(indicando a altura aproximada), nome vulgar, substrato (terrícola,
saxícola, rupícola, epífita, parasita, saprófita, aquática, etc.),dados
etnobotânicos.
10. Informações importantes: estado da vegetação, solo (constituição
– argiloso, arenoso, pedregoso, humífero, rochoso, pedregoso,
calcáreo, etc.; natureza – seco, úmido, brejoso, inundado, inundável,
etc.) frequência, drenagem, textura das folhas, coloração dos
elementos florais e do fruto.
11. A série dos números do coletor deve começar com 1 e continuar, sem
repetições.
12. A citação do nome do coletor poderá inicia pelo seu sobrenome,
seguido da inicial do nome ou o inverso.
13. Preferivelmente efetua-se todas as coletas das plantas férteis de um
só lugar, em vez de poucas coletas em locais diferentes.
14. Identifica-se a planta até onde for possível.
15. As plantas coletadas e postas entre jornal, papelão e nas prensas,
estão prontas para o processo de secagem.
16. Deve-se colocar, em local visível da prensa, a data de sua formação
e o nome do coletor responsável.
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 25
Secagem e resfriamento
26 UNIDADE 01
Montagem das exsicatas e incorporação
HERBÁRIO
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 27
pessoa a secar plantas sob pressão e montá-las em papel para servir
como um registro permanente. Essa técnica se difundiu pela Europa e
até a época de Lineu (1707-1778) já era bem conhecida. No início eram,
em sua maioria, de propriedade particular, porém a prática de depositar
SAIBA MAIS espécimes em coleções estabelecidas, bem como sua permuta ou venda
Todo herbário, quando de coleções, era prática comum já no tempo de Lineu.
atinde o número
As informações contidas em um herbário constituem-se em fontes
de 5.000 exsicatas
incorpordas, deverá primárias dos estudos taxonômicos, fenológicos, evolutivos, ecológicos,
enviar sua filiação ao biogeogáficos, de biodiversidade, além de contribuir com dados
Índex Herbariorum, etnobotânicos.
e a partir dessa,
será reconhecido
Herbário pode ser definido como:
internacionalmente
também por seu • Local onde se armazenam coleções de material botânico
acróstico ou sigla proveniente de diversas regiões geográficas.
• Acúmulo de uma coleção de plantas preservadas ao longo de
um determinado tempo.
• São locais depositários de material científico de respaldo das
investigações que documentam a riqueza da flora de um país.
Finalidades de um herbário
• Banco de dados
1. Representação da diversidade e distribuição de vegetações
regionais;
2. Dados complementares, como: xiloteca (coleção de madeiras)
e laminário associado, carpoteca (frutos) e palinoteca (pólen);
3. Subsídios para pesquisas botânicas nas mais variadas áreas.
• Meios de identificação
1. Comparação de plantas com nomes de espécimes da coleção;
2. Utilização de chaves taxonômicas.
3. Árbitro para nomes corretos
4. Manutenção do status nomenclatural, através da consulta a
revisões taxonômicas, trocas de informações e espécimes
com outras insttituições.
28 UNIDADE 01
• Fornecer identificações de plantas a pesquisadores, não
taxonomistas
• Identificar plantas tóxicas.
• Ajudar na elaboração de trabalhos científicos ou populares
sobre a flora da região.
• Servir como centro de treinamento em botânica.
• Prover toda a ajuda possível aos outros pesquisadores
(nacionais ou internacionais) em seus estudos taxonômicos,
através do intercâmbio de material.
• Lutar pela preservação da natureza .
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 29
Coleções Científicas em Botânica
Herbários brasileiros
30 UNIDADE 01
Diferentes tipos de herbários e suas funções
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 31
Figura 06 a: Detalhe dos armários compactados no
Herbário do Jardim botânico do Rio de Janeiro- RB.
32 UNIDADE 01
Figura 06 c: Detalhe interno dos armários compactados no
Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro – RB
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 33
Figura 07 a: Detalhe dos armários compactados no Herbário da
EMBRAPA-Cenargem, Brasilia, DF – CEN.
34 UNIDADE 01
Figura 07 c: Detalhe das bancadas internas para pesquisador
visitante no Herbário da EMBRAPA-Cenargem, Brasilia, DF –
CEN.
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 35
Figura 08 b: Detalhe da coleção de Briófitas do Herbário do Instituto de Botânica de
São Paulo – SP (Fonte: Autoras).
3. Herbário Local => lidam com uma região dentro do país (estado,
município, distrito, Parques Nacionais). P. ex. Graziela Barroso (TEPB),
Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC), Escola de Agronomia de Areia
(EAN).
36 UNIDADE 03
separados dentro de um geral (p.ex: Wallich Herbarium em
Kew ou o de De Candolle em Genebra) ou podem pertencer a
um instituto separado (Linnean Society, museus, monastérios).
Organizados na sua sequência original (sem atualizações
taxonômicas).
Dinâmica de Herbário
Método de Descontaminação
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 37
Pragas e tratamentos
38 UNIDADE 02
proibidos.
3. Envenenamento prévio dos espécimes => tem a finalidade de
dar gosto desagradável para insetos e acarinos. Substâncias venenosas
são aplicadas por imersão (em espécimes não montados) ou borrifados
(em espécimes montados).
4. Pó dessecativo => feito de partículas refinadas de terra
diatomácea ou sílica. Age destruindo as camadas superficiais de cera e
cutícula dos insetos.
5. Armadilhas para insetos => ajudam a controlar pequenas
infestações.
6. Inseticidas => usados tanto para infestações localizadas como
para prevenir o acúmulo da população. A maioria é tóxico para humanos
e são persistentes e poluem o meio ambiente. P. ex: piretrinas (são os
mais seguros), DDT, Diclorvos (fitas de emanação gradual).
Os físicos, apesar de seguros para humanos, de serem não
poluentes e muito menos caros, podem, em algumas circunstâncias,
danificar os espécimes.
Procedimentos que podem ser adotados:
1. Exclusão de Pragas => utilizado para minimizar o acesso
de insetos, como por exemplo: usar telas finas em portas e janelas;
assegurar que as portas dos armários estejam sempre fechadas; não
deixar que adentre nos cômodos da coleção material que não tenha
sido descontaminado; não trazer plantas em vasos ou flores cortadas
para dentro do herbário e remover a vegetação próxima ao herbário que
poderia abrigar pragas.
2. Controle Ambiental => são recomendados os seguintes
cuidados: manter a temperatura em torno de 20-23ºC a 40-60%; a mobília
deve ser encaixada de modo a minimizar os espaços entre ela; retirar
periodicamente ninhos de pássaros, escombros e entulhos do teto do
herbário; manter a parte interna do herbário limpa; comida não deve ser
consumida em suas dependências
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 39
do uso, etc. Primordialmente existem duas maneiras de organizar um
herbário: a alfabética e a sistemática.
Organização alfabética => as famílias, gêneros e espécies são
organizados alfabeticamente. Suas vantagens são a facilidade para o
não especialista encontrar os táxons e que o material montado novo pode
ser incorporado por um funcionário inexperiente. Suas desvantagens
são: táxones relacionados e consequentemente próximos são colocados
longe um do outro, a incorporação contínua por funcionários inexperientes
pode levar a um acúmulo de erros.
Organização sistemática as famílias são organizadas de
acordo com um dos vários sistemas filogenéticos que colocam famílias
supostamente relacionadas juntas. Suas vantagens são que famílias
semelhantes são colocadas próximas, facilitando a identificação por
comparação. Suas desvantagens são primeiramente que um não
especialista pode achar difícil encontrar famílias e que a incorporação
necessita de pessoas com conhecimento mais especializado.
Exemplares de um herbário
40 UNIDADE 02
2. Frutos dessecados ou em meio líquido – carpoteca (Figura 10
a e b)
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 41
4. Coleção de ilustrações e fotografias – Fototypus (Figura 12)
Literatura essencial
• Index herbariorum
• Dicionários de nomes de plantas
• Index Filicum
• Index Muscorum
• Index hepaticarum
• Index of fungi
• Floras, manuais de identificação, glossários
• Teses e dissertações taxonômicas
• Periódicos especializados
Informática em herbários
42 UNIDADE 02
• Uso de internet: muitas coleções já se encontram disponível
na rede.
Intercâmbio
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 43
Maiores herbários do Brasil
44 UNIDADE 02
1.Enumere os procedimentos principais que deverão ser realizados no
momento da realização de coletas botânicas.
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 45
46 UNIDADE 02
UNIDADE 3
Sistemas de Classificação
das Angiospermas: História
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
DAS ANGIOSPERMAS: HISTÓRIA
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 49
grupos que recebem nomes devem ser monofiléticos. A segunda etapa
envolve o ordenamento dos grupos e o posicionamento destes de acordo
com uma hierarquia. Essa fase permanece problemática,
É importante levar em conta que ainda não há perspectiva
para publicação de grandes trabalhos sintéticos apresentando novas
classificações filogenéticas para os organismos. Por isso, todo botânico
tem que ter ainda um conhecimento dos sistemas antigos. A rápida difusão
da sistemática filogenética molecular está oferecendo, na nossa época,
uma ferramenta capaz de providenciar um novo período sintético na
sistemática, com futuros novos sistemas verdadeiramente filogenéticos.
50 UNIDADE 03
vegetais é realizada desde os primórdios da civilização humana e é
praticada quotidianamente pelas populações rurais e urbanas de todo
o mundo, quando procuram agrupar os vegetais, por exemplo, como
plantas ornamentais, hortícolas, daninhas, medicinais, madeireiras, etc.
Antes da invenção da escrita, tentativas de agrupar
sistematicamente os vegetais já eram feitas para auxiliar a distinção de
plantas úteis e não úteis de acordo com a necessidade.
Todas as culturas que deixaram qualquer vestígio de sua
passagem na história mostraram sinais evidentes de que detinham
conhecimentos positivos sobre plantas. Com o passar dos séculos e dos
milênios, a cultura humana acumulou enorme massa de conhecimentos
sobre plantas, que afloram em diversos povos da antiguidade, porém de
maneira especial na civilização grega. Os estudos botânicos na Grécia
clássica foram tidos como muito importantes. A própria palavra Botânica
(Botan=pasto) é de origem grega. Certas plantas como o trigo (Triticum
sp.) e a uva (Vitis sp.) eram consideradas dádivas especiais dos deuses.
Os gregos foram o único povo da antiguidade a desenvolver um sistema
de classificação das plantas e a tentar descrever cientificamente suas
diversas partes.
Vários povos, como os egípcios, persas, medos, babilônios,
árabes, chineses e outros detinham admirável conhecimento empírico
sobre sua flora. Vários desses povos escreveram compêndios de plantas
medicinais, que eram utilizados como receituário, geração após geração.
Radford (1974) citou um trabalho botânico produzido antes da era
cristã (não datado) de um escritor chamado Parasara. Trata-se de um
livro-texto de botânica geral com discussão de morfologia, classificação
e distribuição das espécies. As descrições são apresentadas com tantos
detalhes que o leitor moderno suspeitaria de que o autor teria usado
algum tipo de microscópio ou uma boa lente de mão.
Na Idade Média, a Botânica quase não progrediu. A ênfase toda
era colocada nas plantas medicinais, que eram cultivadas especialmente
nos mosteiros.
Como visto acima, as primeiras tentativas de classificação
estavam frequentemente ligadas ao uso, hábito e outras características
gerais. Através de novas ideias e metodologias, novos sistemas mais
trabalhados foram aparecendo. Diante do exposto, é possível sistematizar
o desenvolvimento histórico da classificação vegetal em dois grandes
períodos: o descritivo e o de sistematização.
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 51
Período descritivo: compreende duas fases
52 UNIDADE 03
Fase 2: Os herbalistas
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 53
naturais, com isso um número de cientistas herbalistas tem se tornado
popular pela descrição de espécies de plantas utilizando sistema
vernaculares que possuem valor medicinal e de utilidade doméstica.
Período de Sistematização
Sistemas artificiais
54 UNIDADE 03
genético muito diferente, ou ainda separar espécies muito próximas.
Apesar da fundamentação morfológica, os sistemas artificiais ainda se
ressentiam da influência filosófica relativa ao princípio da imutabilidade
das espécies. Dentre outros se destacaram pela criação dos sistemas
artificiais:
• Andrea Caesalpino (1519-1603) médico italiano, considerado
primeiro taxonomista vegetal, aplicava na Botânica a
filosofia aristotélica que sobrepunha à observação, a razão.
Considerava que as folhas tinham como finalidade proteger as
gemas, negou a existência de sexo nas flores, etc. Seu sistema
de classificação foi reproduzido no trabalho “De Plantis”
(1583), que utilizava o hábito, caracteres do fruto, sementes
e estruturas florais, tais como: posição do ovário, número de
lóculos, ausência ou presença de bulbos, de sulcos, etc.
• Jean Bauhin (1541-1631) elaborou a obra ”Historia Universalis”
(1560), em três volumes, na qual se trata de 5.000 espécies
de plantas.
• Gaspar Bauhin (1560-1624) publicou em 1623 o trabalho
denominado “Pinax” (Registro) que classifica 6.000 espécies,
com base na textura e forma das folhas. É notável pela criação
de sistema binomial de denominar espécie de plantas, ou seja,
uma nomenclatura binária composta de nomes genéricos
seguidos de um epíteto específico para substituir os nomes
polinomiais designados anteriormente para as espécies.
Mais tarde esse sistema foi sistematizado e popularizado por
Linnaeus.
• J. P. de Tournefort (1656-1708) inventou um sistema de
classificação baseado em grande parte na estrutura das flores.
Em 1700, classificou cerca de 900 espécies em 698 gêneros
e 22 classes. Seu sistema foi largamente adotado na Europa.
Ele é também considerado o pai do conceito de gênero. Muitos
dos nomes dos gêneros foram adotados por Linnaeus e são
usados até hoje (p. ex: salix, fagus e verbena). Tournefort foi o
primeiro a conhecer o gênero como uma unidade taxonômica
básica representando uma similaridade fundamental entre as
espécies incluídas, as quais considerou como variantes do
gênero.
• John Ray (1628-1705), filósofo e naturalista inglês, publicou
em 1703 a obra “Methodus Plantarum Nova”, em que propôs
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 55
um sistema de classificação baseado na forma externa das
estruturas. Descreveu 18.000 espécies. Foi o primeiro botânico
a reconhecer a importância do embrião na Sistemática e a
presença de um ou dois cotilédones na semente.
• Carolus Linnaeus ou Carl Linné (1707-1778) foi o mais
famoso e importante botânico de todos os tempos. Era sueco,
mas estudou também na Holanda, onde publicou muitos
trabalhos importantes. Nas mãos de Linnaeus, a Botânica
Sistemática passou a ser mais disciplinada e bem organizada,
principalmente pela metodologia rigorosa, uniformidade e pela
economia de estilo dos trabalhos publicados.
Linnaeus inventou um sistema artificial de classificar as plantas
denominado “sistema sexual”, baseado no número de estames e de
pistilos da flor, em que estabeleceu 24 classes, cada uma dividida em
ordens pelo número de pistilos. Uma dessas classes era criptogamia
dividida em quatro ordens: Filices, Musci (musgos conhecidos e hepáticas
com filídios); algae (algas, liquens e hepáticas talosas) e Fungi. Esta
classificação permitiu, pela primeira vez, a identificação, por qualquer
pessoa interessada, dos milhares espécies de plantas então conhecidas.
A consequência foi a grande popularidade e larga difusão dos métodos e
da classificação de Linnaeus.
A época de Linnaeus foi também um período em que os países
mais energéticos da Europa estavam em plena expansão pelo mundo
a fora, explorando e conquistando novos territórios. Embora Linnaeus
tenha considerado o estabelecimento de um sistema de classificação
natural, como aspiração suprema da Botânica, de nenhum modo poderia
alcançar os objetivos de um sistema filogenético, pois acreditava no
dogma da imutabilidade da espécie.
O sistema de Linnaeus foi artificial, mas ele mesmo sabia disto e
publicou também uma outra classificação mais natural. Mesmo assim,
sua importância reside mais na grande reorganização que ele fez das
informações já existentes, a utilidade de seu sistema para identificação e
o sistema binomial de nomenclatura que simplificou muito o trabalho da
sistemática.
É considerado o pai da Botânica e da Zoologia, pois descreveu
várias plantas e animais provenientes de diversas regiões e deu-lhes
nomes que foram adotados pela ciência. Seus trabalhos foram: “Systema
naturae” (1735); “Species plantarum” (1735) e“Genera plantarum”
56 UNIDADE 03
(1737). O trabalho “Species Plantarum” (1753) foi o ponto de partida para
o sistema de nomenclatura que hoje usamos na Botânica. Nessa obra, o
sistema binomial (sistema de dois termos) foi utilizado pela primeira vez
de maneira sistemática e, também, a estrutura fundamental de apresentar
informações de nomes botânicos:
1. nome genérico;
2. nome específico (trivial para Linnaeus);
3. Frase diagnóstica da espécie (nome específico para Linnaeus);
4. Referências abreviadas a publicações e sinônimos em
literaturas anteriores;
5. Proveniência da espécie.
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 57
SISTEMA SEXUAL DE LINEU
(Classes)
58 UNIDADE 03
Sistemas naturais (1760-1880)
SISTEMA DE A. L. JUSSIEU
I . ACOTYLEDONEAE
(classe 1ª., com 6 ordens)
I I. MONOCOTYLEDONEAE
(classes 2ª. A 4ª., com as ordens 7-22)
I II. DICOTYLEDONEAE
A. Monoclinae
a) Apetalae
(Classes 5ª. A 7ª. Com as ordens 23-33)
b) Monopetalae
(Classes 8ª. A 11ª., com as ordens 34-58)
c) Polypetalae
(Classes 12ª. A 14ª., com as ordens 59-95)
B. Diclinae
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 59
devem ser consideradas para criar classificações naturais.
Desenvolveu um método analítico de identificação muito
semelhante ao utilizado nas chaves modernas.
• Augustin Pyramus de Candolle (1778-1841) separou as
plantas vasculares das talófitas, mas incorria no erro de incluir
na classe II, Monocotiledoneae, a subclasse 2ª (Cryptogamae)
que correspondia às Pteridófitas.
SISTEMA DE A. P. DE CANDOLLE
60 UNIDADE 03
Joseph Dalton Hooker George Bentham
(1817-1911) (1800-1884)
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 61
Desde o início, se compreende-se que o desenvolvimento e
construção de tais sistemas de classificação sofrem de graves problemas,
sendo um deles, talvez o mais importante, a falta de registro fóssil que
impede a reconstrução das vias evolutivas. Existem dificuldades à hora
de definir que grupos são monofiléticos e que taxa são os mais e os
menos especializados.
62 UNIDADE 03
Sympetalae (heteroclamídea de corola simpétala) com 11
ordens. Considerou as Casuarinales o grupo mais primitivo
por ter como uma das características, aclamídeas. Bessey
(1987) foi o primeiro a discordar das teorias de Engler.
Arber e Parkin (1907) chegaram à conclusão que a família
Magnoliaceae representava a angiosperma atual com maior
número de caracteres primitivos, e que as plantas como as
casuarinales, fagales e outras, desprovidas de pétalas, são
tipos reduzidos derivados de ancestrais petalíferos e, desse
modo, não poderiam iniciar um sistema, como Engler o fizera.
O sucesso do trabalho de Engler foi devido apresentar chaves
de determinação de gêneros, amplas diagnoses das famílias,
descrições das características mais importantes dos gêneros
e boa ilustração.
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 63
Ao contrário de Engler, considerou as Dicotiledôneas mais
primitivas que as Monocotiledôneas.
64 UNIDADE 03
em 67 princípios filéticos e em dados provenientes de todas as áreas
disciplinares, classificando as angiospermas como divisão Magnoliophyta,
dividindo-a em duas classes: Magnoliopsida (dicotiledôneas) e Liliopsida
(Monocotildôneas). Nesse sistema, as classes se subdividem em dez
subclasses (7 Magoliatae e 3 Liliatae), 92 ordens e 418 famílias.
Considerou as ordens Magnoliales e Laurales independentes
entre si e subordinou a ultima as Chloranthaceae, e incluiu Magnolidae e
Ranunculidae como duas subclasses distintas.
Arthur Cronquist (1916-1993) foi o mais utilizado nos últimos anos.
Trata-se, na verdade, do sistema de Taktajan aperfeiçoado com algumas
modificações. Cronquist usou uma gama muito maior de caracteres
que os anteriores e aproveitou-se dos rápidos avanços em novas áreas
de investigação como Palinologia, Fitoquímica e Citologia. Procurou
comparar e interpretar estruturas, que considerou primitivas. Cronquist
trata as angiospérmicas como divisão Magnoliophyta. Considerou 83
ordens e 383 famílias.
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 65
árvore filética. A posição relativa das ordens foi determinada
pelo maior número de caracteres afins dos seus componentes.
De acordo com Dahlgren, as monocotiledôneas formam um
grupo monofilético devido à presença de um cotilédone, corpos
de proteína triangulares nos plastídeos.
66 UNIDADE 03
classificação.
Nos dias de hoje, a grande maioria dos taxonomistas que
realizam trabalhos filogenéticos recorrem às técnicas moleculares, isto
é, sequenciamento de DNA, que tem vindo a criar novas perspectivas e
abordagens na elaboração de classificações.
Filogenia Molecular é o estudo das relações evolutivas entre
organismos, através do estudo do DNA e RNA. Um exemplo desse tipo
de estudo é o de Mark Chase (e cerca de 30 coautores), que utilizaram
sequências do gene rbcl (cpDNA) para comparar cerca de 500 espécies
de angiospermas.
Atualmente, considera-se como uma qualidade importante num
sistema de classificação a sua previsibilidade ou o seu poder de predição.
A qualidade mais importante para um sistema de classificação é que ele
retrate, tão fielmente quanto possível, a árvore da vida. Se ele tiver sido
construído com base em clara detecção de homologias entre caracteres,
gerando um corpo de hipóteses de parentesco entre grupos expresso
na forma de cladograma (árvore filogenética- diagrama que indica os
ancestrais e os descendentes e agrupa os organismos de acordo com o
grau de parentesco entre eles), os taxa serão consistentes representando
linhagens evolutivas que devem ter tido existência na natureza. Em
consequência, o seu poder de predição também será avaliado.
O sistema de classificação mais atual é o APG – Angiosperm
Phylogeny Group. Trata-se de um sistema construído com base em
sequenciamento de nucleotídeos de regiões do DNA, rbcl e atpb
(cloroplastos) e 18S (núcleo). Através dos resultados do sequenciamento
de genes e os critérios da sistemática filogenética (cladística) se
estabelece as conecções entre os taxa.
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 67
Esses estudos filogenéticos mostram que apesar das
monocotiledôneas formarem um grupo monofilético, as dicotiledôneas
são parafiléticas, com alguns grupos mais relacionados com as
monocotiledôneas do que com algumas dicotiledôneas. Dessa forma,
atualmente é reconhecido o grupo das uudicotiledôneas, fortemente
sustentado em análises cladísticas e reconhecido pelos pólens tricolpado
ou derivado desse. As angiospermas passaram então a estar divididas
em angiospermas basais formando um grado na base, seguidas por
um clado composto de grupos de Magnoliideae contendo 6% das
angiospermas mais as Monocotiledôneas com cerca de 19% e finalmente
as eudicotiledôneas com os restantes 75%. Atualmente, estudos com um
número maior de dados mostram que as Magnoliideae não estão mais
relacionadas com as monocotiledôneas e sim com as eudicotiledôneas,
de modo que com exceção de Amborella, as aquáticas Nymphaeales e
três pequenas famílias, Iliciaceae, Schizandraceae e Trimeniaceae, as
Euangiospermas poderiam sim ser divididas em dois grandes grupos
semelhantes às tradicionais mono e dicotiledôneas.
É importante levar em conta que ainda não há uma publicação
apresentando uma classificação filogenética ou fenética para todos os
organismos. A rápida difusão da sistemática filogenética molecular está
oferecendo, na nossa época uma ferramenta capaz de providenciar
um novo período sintético na sistemática, com futuros novos sistemas
verdadeiramente filogenéticos.
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 69
b) Cite nomes de representantes de cada de cada sistema.
70 UNIDADE 04
UNIDADE 4
Nomenclatura Botânica
72 UNIDADE 04
NOMENCLATURA BOTÂNICA
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 73
correto, ou seja, o mais antigo que esteja de acordo com as
regras;
5. Nomes científicos de grupos taxonômicos devem ser escritos
em latim, independente de sua derivação;
6. As regras de nomenclatura são retroativas.
74 UNIDADE 04
Observação: As seguintes abreviações são recomendadas:
cl. (classe), ord. (ordem), fam. (família), tr. (tribo), gen. (gênero), sect.
(seção), ser. (série), sp. (espécie), var. (variedade) e f. (forma).
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 75
12. O nome de um táxon acima do nível de família é tratado como
um substantivo no plural, sendo escrito com inicial maiúscula.
P.ex: Magnoliophyta, Angiospermae, Gymnospermae,
Caryophyllidae.
76 UNIDADE 04
• Família: aceae (Euphorbiaceae); Subfamília: oideae
• Tribo: eae (Vernonieae); Subtribo: INAE
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 77
publicação seja citado. Caso de publicação não efetiva.
Tipificação
78 UNIDADE 04
1. Cite a importância do Código Internacional de Nomenclatura Botânica.
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 79
80 UNIDADE 04
UNIDADE 5
Magnoliophyta (Angiospermae)
82 UNIDADE 04
MAGNOLIOPHYTA
(ANGIOSPERMAE)
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 83
5. Gametófito masculino com três células;
6. Gametófito feminino com 7 a 16 células, sem arquegônios;
7. Carpelo fechado com região estigmática;
8. Parede do megásporo fina, sem esporopoletina;
9. Dupla fecundação com formação do endosperma.
84 UNIDADE 04
Características principais que refutaram essa hipótese:
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 85
1. Árvores e os arbustos são mais primitivos que as ervas;
2. Plantas perenes são mais primitivas que as bianuais e anuais;
3. Plantas aquáticas com flores derivam de antepassados
terrestres;
4. Plantas epífitas, saprófitas e parasitas são mais evoluídas que
as de hábito normal;
5. Dicotiledôneas são mais primitivas que as monocotiledôneas;
6. A evolução não envolve todos os órgãos ao mesmo tempo;
7. O arranjo espiralado é mais primitivo que o cíclico;
8. Folhas simples são mais primitivas que as compostas;
9. Flores unissexuais são mais evoluídas que as hermafroditas;
10. Plantas dióicas são mais evoluídas do que as monóicas;
11. Flor solitária é mais primitiva que a inflorescência;
12. Polipetalia indica mais primitivismo que a gamopetalia;
13. Actinomorfia é mais primitiva que a zigomorfia;
14. Apocarpia é mais primitiva que a sincarpia;
15. Epiginia é mais evoluída que a periginia, e esta mais que a
hipoginia;
16. Sementes albuminadas são mais primitivas que as
exalbuminadas (embrião grande);
17. Estames com anteras livres indicam maior primitivismo que os
com anteras ou filetes fundidos;
18. Androceu com estames numerosos é mais primitivo do que
aquele com poucos (exceção: Malvaceae);
19. Frutos simples são mais primitivos que os múltiplos; a cápsula
antecede a baga ou a drupa;
20. Gineceu apocárpico é mais primitivo que o sincárpico.
86 UNIDADE 04
No Sistema de Cronquist (1981, 1988) a divisão Magnoliophyta
(Angiospermae) abrange duas classes:
Classe Magnoliopsida
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 87
Subclasse Características Ordens Famílias Espécies
Magnoliidae Flores bastante divididas 8 39 11.000
Hamamelidae Redução floral (anemófilas) 11 24 3.400
Caryophyl- Ervas pigmentadas (antociani- 3 14 11.000
lidae na) e de placenta em posição
central
Dillenidae Algumas simpétalas, pequena 13 78 25.000
apocarpia
Rosidae Coripétala, frequentemente 18 114 58.000
numerosos estames
Asteridae Maioria simpétala 11 49 56.000
Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Subclasse Magnoliidae
1.Magnoliaceae
2.Nymphaeaceae
3.Ranunculaceae
4.Papaveraceae
Subclass Hamamelidae
5.Ulmaceae
6.Fagaceae
7.Betulaceae
Subclasse Caryophyllidae
8.Cactaceae
9.Chenopodiaceae
10.Caryophyllaceae
11.Polygonaceae
Subclasse Dilleniidae
12.Tiliaceae
13.Malvaceae
88 UNIDADE 04
14.Sarraceniaceae
15.Droseraceae
16.Violaceae
17.Cucurbitaceae
18.Salicaceae
19.Brassicaceae (Cruciferae)
20.Ericaceae
Subclasse Rosidae
21.Crassulaceae
22.Saxifragaceae
23.Rosaceae
24.Fabaceae (Leguminosae)
25.Onagraceae
26.Viscaceae
27.Euphorbiaceae
28.Vitacea
29.Aceraceae
30.Anacardiaceae
31.Oxalidaceae
32.Geraniaceae
33.Apiaceae (Umbelliferae)
Subclasse Asteridae
34.Gentianaceae
35.Asclepiadaceae
36.Solanaceae
37.Convolvulaceae
38.Cuscutaceae
39.Lamiaceae (Labiatae)
40.Plantaginaceae
41.Oleaceae
42.Scrophulariaceae
43.Campanulaceae
44.Rubiaceae
45.Caprifolicaeae
46.Asteraceae
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 89
Subclasse Magnoliidae => Possui oito ordens, 39 famílias e cerca
de 12.000 espécies. Nesta encontra-se o maior número de caracteres
primitivos:
1. Perianto bem evidente, muitas vezes sem diferenciação em
cálice e corola;
2. Gineceu apocárpico;
3. Cantarofilia (polinização por besouros);
4. Muitos estames centrípetos;
5. Embrião pequeno; endosperma abundante;
6. Pólen uniaperturado, monossulcado;
7. Células oleíferas esféricas;
8. Alcalóides benzil-isoquinolínicos.
90 UNIDADE 04
5. Folhas compostas raras;
6. Não apresentam amentilhos;
7. Não são anemófilas;
8. Não sintetizam betalaínas;
9. Placentação parietal frequente;
10. Estames com iniciação centrífuga.
Classe Liliopsida
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 91
As seguintes sinapomorfias sustentam o clado das
monocotiledôneas:
1. Presença de um cotilédone;
2. Corpos protéicos triangulares nos plastídeos dos elementos
de tubo crivado;
3. Sistema vascular atactostélico, com ausência de câmbio e de
crescimento secundário homólogo ao das dicotiledôneas;
4. Sistema radicular fasciculado ou adventíceo, sem crescimento
secundário;
5. Nervação paralelinérvea;
6. flores trímeras;
7. Pólen monosulcado ou ulcerado no pólo distal;
8. endosperma helobial ou nuclear, raro celular.
92 UNIDADE 04
Liliopsida (Monocotyledoneae)
Subclasse Alismatidae
47.Alismataceae
Subclasse Arecidae
48.Arecaceae (Palmae)
49.Araceae
50.Lemnaceae
Subclasse Commelinidae
51.Commelinaceae
52.Juncaceae
53.Cyperaceae
54.Poaceae (Gramineae)
55.Sparganiaceae
56.Typhaceae
Subclasse Zingiberidae
57.Bromeliaceae
Subclasse Liliidae
58.Liliaceae
59.Iridaceae
60.Orchidaceae
Origem
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 93
A ideia que prevalece nas discussões atuais é que seus possíveis
ancestrais estariam entre plantas de duas superordens: Magnoliiflorae
e Nymphaeiflorae (incluindo as Piperales), constituindo essa ideia a
hipótese Magnoliiflorana ou Ranaleana.
Estudos cladísticos morfológicos e moleculares, visando elucidar
relações filéticas nas monocotiledôneas, iniciaram a partir de 1985
com Dahlgren e Bremer, que sustentam que as Nymphaeales são
grupo-irmão das monocotiledôneas e que as Dioscoreales poderiam
ser os descendentes das primeiras monocotiledôneas. Os Trabalhos
de Donoghue e Doyle em 1989, de Loconte e Stevenson em 1991 e
de Taylor e Hickey em 1992 corroboram os resultados de Dahlgren e
Bremer em 1985. Porém, os dados de Martin e Dowd em 1991 sugerem
as Araceae como grupo basal entre as monocotiledôneas, a análise de
Chase et al., em 1993, situa Acorus (Araceae) como basal e algumas
famílias de paleoervas (Aristolochiaceae, Lactoridaceae, Piperaceae e
saururaceae) como grupo-irmão. Em 1995, Chase et al. Incluem nesse
grupo-irmão também as Nymphaeales. E finalmente no trabalho de
Bharathan e Zimmer em 1995, as Aristolochiales são grupo irmão das
monocotiledôneas.
Como conclusões gerais, as análises morfológicas e moleculares
tendem a considerar as paleoervas (Aristolochiales, Lactoriales, Piperales
e Nymphaeales) como grupo-irmão das monocotiledôneas. Dentre as
monocotiledôneas, as análises morfológicas apontam as Dioscoreales ou
algum grupo relacionado, como basais. As análises moleculares tendem
a considerar as Arales como grupos basais entre as monocotiledôneas.
Floras do Cretáceo inferior (Apriano) contêm os primeiros registros
fósseis de plantas provavelmente pertencentes às monocotiledôneas
(macrofósseis de Acaciaephyllum spatulatum e pólen de Liliacidites).
No entanto, em comparação com as dicotiledôneas, o registro fóssil das
monocotiledôneas, particularmente no Cretáceo inferior, é esparso. Afora
os citados anteriormente, os fósseis mais antigos de monocotiledôneas
são provavelmente de plantas semelhantes às atuais Araceae do Albiano,
algumas Palmae e Musaceae do Campaniano e muitos grupos incluindo
Sparganiaceae, Typhaceae, Pandanaceae, Poaceae e Restionaceae no
Maastrichtiano. Todos os grupos atuais de monocotiledôneas já estavam
relativamente bem diversificados no Eoceno (ca. de 50 Ma.) e todos têm
algum registro no Cretáceo há cerca de 70 Ma., segundo estudos de
Herendeen e Crane, em 1995.
94 UNIDADE 04
Subclasse Alismatidae => representa o grupo que mais reteve
caracteres primitivos em Liliopsida, e compreende quase exclusivamente
herbáceas aquáticas, nunca talólides, com flores apocárpicas, distribuídas
em quatro ordens : Alismatales (Alismataceae), Hydrocharitales
(Hydrocharitaceae), Najadales e Triuridales.
Subclasse Arecidae => espécies em sua maioria plantas terrestres,
arborescentes ou arbustivas, com folhas alternas, concentradas na base
ou em coroa terminal, e com flores pequenas, sincárpicas, numerosas,
reunidas em espádice, subtendida por espata proeminente.
Possui quatro ordens: Arecales (Arecaceae = Palmae),
Cyclanthales (Cyclanthaceae), Pandanales (Pandanaceae) e Arales
(Araceae); com representantes de interesse econômico e ornamental:
Astrocarium vulgare Mart. (tucum), Euterpe oleracea Mart. (açaí,
palmito), Cocos nucifera L. (coco-da-bahia), Copernicia prunifera (Mill.)
H.E.Moore (carnaúba), Mauritia flexuosa L. f. (buriti), Orbignia phalerata
Mart. (babaçu), Attalea funifera Mart. (palmeira-piaçava), Pistia stratiotes
L. (alface-d’água), Anthurium spp, Philodendron spp (copo-de-leite),
Monstera spp (costela-de-adão).
Subclasse Commelinidae => plantas geralmente de porte
herbáceo, com folhas simples e inteiras, alternas ou em rosetas; presença
de elementos de vaso em todos os órgãos e endosperma amiláceo;
flores com nectário geralmente ausente, perianto trímero, nas famílias
mais primitivas, bem diferenciado em sépala e pétala, em famílias mais
evoluídas é reduzida ou ausente, ovário súpero.
Distribuem-se em sete ordens: Commelinales (Commelinaceae,
Xyridaceae), Eriocaulales (Eriocaulaceae, família das sempre-vivas),
Restionales, Juncales, Cyperales (Cyperaceae, Poaceae = Gramineae),
Hydatellales e Typhales. Destacam-se nas Poaceae, importantes
espécies empregadas na alimentação: Saccharum officinarum L. (cana-
de-açúcar), Oryza sativa L. (arroz), Zea mays L. ( milho), Triticum spp
(trigo), Bambusa spp (bambu), Avena spp (aveia), Hordeum spp (cevada),
Secale cereale M.Bieb. (centeio), Sorghum spp (sorgo).
Subclasse Zingiberidae => constitui-se na sua maioria de ervas
terrestres ou epífitas, com flores trímeras, com sépalas diferenciadas
das pétalas, geralmente esverdeadas ás vezes petalóides na textura
e gineceu tricarpelar; grão de amido composto. Possui duas ordens:
Bromeliales e Zingiberales. A primeira é composta apenas da família
Bromeliaceae, da qual fazem parte espécies como: Bromelia laciniosa
Mart. ex Schult. f. (macambira), Bromelia karatas L. (Croatá) Ananas
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 95
comosus (L.) Merr. (abacaxi), Tillandsia usneoides (L.) L. (barba-de-
velho), Encholirium erectiflorum L.B.Sm. (NV)
Pertencendo as Zingiberales, destacam-se: Cannaceae (Canna
denudata var. grandis (Horan) Petersen, Marantaceae (Maranta
lindeliana ( Wallis) Wallis ex Petersen), Musaceae (Musa paradisiaca
L.), Strelitziaceae (Strelitzia augusta Thunb.) e Zingiberaceae (Zingiber
officinale Roscoe)
Subclasse Liliidae => plantas geralmente com cálice petaloide,
na forma e textura; grãos de amido.
ordens Liliales e Orchidales estão compreendidas em Liliidae,
sendo que na primeira se encontram Liliaceae, Iridaceae, Agavaceae,
Aloaceae, Dioscoreaceae, Smilacaceae, Velloziaceae, entre outras.
A maior família das Liliopsida é Orchidaceae, uma das 4 famílias
pertencentes a Orchidales.
Sistemática Filogenética
96 UNIDADE 04
árvore filogenética ou cladograma (Figura 1), a qual resume as relações
entre ancestrais e descendentes.
As características apresentadas por uma planta são denominadas
caracteres. Cada caráter pode apresentar
Amora-do-mato
Ancestral em comum
entre a amora-do-mato,
a framboesa
Framboesa
Ancestral em comum
entre a amora-do-mato,
a framboesa e a cerveja
Cereja
Tempo
Figura 12: Filogenia de três integrantes da família das Rosaceae (JUDD et al., 1999,
p. 4)
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 97
passam a chamar-se Eudicotiledoneas, subdivididas em rosideas, que
por sua vez se subdividem em Eurosidea I e Eurosidea II, e em Asteridea,
que também se subdividem em Euasteridea I e Euasteridea II.
Nota-se, que há incorporação de famílias em uma única família,
como é o caso da Malvaceae que engloba as famílias Tiliaceae,
Sterculiaceae e Bombacaceae, e também a Família Capparaceae é
inclusa em Brassicaceae.
Cladograma do APG I
98 UNIDADE 04
Sistemática Molecular APG II
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 99
Cladograma do APG II
Clado Angiospermas
Angiospermas basais
Clado ANITA
• ordem Amborellales
família Amborellaceae Pichon (1948)
• ordem Nymphaeales
família Nymphaeaceae Salisb. (1805)
[+ família Cabombaceae Rich. ex. A.Rich. (1822)]
• ordem Austrobaileyales Takht. ex. Reveal (1992)
família $Schisandraceae Blume (1830)
[+ família Illiciaceae A.C.Sm. (1947)]
família Trimeniaceae L.S.Gibbs (1917)
família Austrobaileyaceae (Croizat) Croizat (1943)
Clado Magnoliídeas
• ordem Canellales Cronquist (1957)
família Canellaceae Mart. (1832)
família Winteraceae R.Br. ex Lindl. (1830)
• ordem Laurales Perleb (1826)
família Atherospermataceae R.Br. (1814)
família Calycanthaceae Lindl. (1819)
família Gomortegaceae Reiche (1896)
família Hernandiaceae Bercht. & J.Presl (1820)
família Lauraceae Juss. (1789)
família Monimiaceae Juss. (1809)
família Siparunaceae (A.DC.) Schodde 1970
• ordem Magnoliales Bromhead (1838)
100 UNIDADE 04
família Annonaceae Juss. (1789)
família Degeneriaceae I.W.Bailey & A.C.Sm. (1942)
família Eupomatiaceae Endl. (1841)
família Himantandraceae Diels (1917)
família Magnoliaceae Juss. (1789)
família Myristicaceae R.Br. (1810)
• ordem Piperales Dumort. (1829)
família Aristolochiaceae Juss. (1789)
família *Hydnoraceae C.Agardh (1821)
família Lactoridaceae Engl. (1888)
família Piperaceae Bercht. & J.Presl (1820)
família Saururaceae Martynov (1820)
Ordens adicionais de angiospermas basais
• ordem Chloranthales
família Chloranthaceae R.Br. ex. Sims (1820)
• ordem Ceratophyllales Bisch. (1839)
família Ceratophyllaceae Gray (1821
Monocotiledôneas
Monocotiledóneas basais
• ordem Petrosaviales
família $Petrosaviaceae Hutch. (1934)
• ordem Acorales Reveal (1996)
família Acoraceae Martynov (1820)
• ordem Alismatales Dumort. (1829)
família Alismataceae Vent. (1799)
família Aponogetonaceae J.Agardh (1858)
família Araceae Juss. (1789)
família Butomaceae Mirb. (1804)
família Cymodoceaceae N.Taylor (1909)
família Hydrocharitaceae Juss. (1789)
família Juncaginaceae Rich. (1808)
família Limnocharitaceae Takht. ex Cronquist (1981)
família Posidoniaceae Hutch. (1934)
família Potamogetonaceae Rchb. (1828)
família Ruppiaceae Horan. (1834)
família Scheuchzeriaceae F.Rudolphi (1830)
102 UNIDADE 04
família Melanthiaceae Batsch ex Borkh. (1796)
família Philesiaceae Dumort. (1829)
família Rhipogonaceae Conran & Clifford (1985)
família Smilacaceae Vent. (1799)
• ordem Pandanales Lindl. (1833)
família Cyclanthaceae Poit. ex A.Rich. (1824)
família Pandanaceae R.Br. (1810)
família Stemonaceae Caruel (1878)
família *Triuridaceae Gardner (1843)
família Velloziaceae Hook. (1827)
Clado Commelinídeas
• família Dasypogonaceae Dumort. (1829)
• ordem Arecales Bromhead (1840)
família Arecaceae Schultz Sch. (1832)
• ordem Commelinales Dumort. (1829)
família Commelinaceae Mirb. (1804)
família Haemodoraceae R.Br. (1810)
família *Hanguanaceae Airy Shaw (1964)
família Philydraceae Link (1821)
família Pontederiaceae Kunth (1816)
• ordem Poales Small (1903)
família Anarthriaceae D.F.Cutler & Airy Shaw (1965)
família *Bromeliaceae Juss. (1789)
família Centrolepidaceae Endl. (1836)
família Cyperaceae Juss. (1789)
família Ecdeiocoleaceae D.F.Cutler & Airy Shaw (1965)
família Eriocaulaceae Martynov (1820)
família Flagellariaceae Dumort. (1829)
família Hydatellaceae U.Hamann (1976)
família Joinvilleaceae Toml. & A.C. Sm. (1970)
família Juncaceae Juss. (1789)
família *Mayacaceae Kunth (1842)
família Poaceae (R.Br.)Barnh.1895
família *Rapateaceae Dumort. (1829)
família Restionaceae R.Br. (1810)
família Sparganiaceae Hanin (1811)
família $Thurniaceae Engl. (1907)
Ordens e Famílias
• família $Buxaceae Dumort. (1822)
[+ família Didymelaceae Leandri (1937)]
família Sabiaceae Blume (1851)
família Trochodendraceae Eichler (1865)
[+ família Tetracentraceae A.C.Sm. (1945)]
• order Proteales Dumort. (1829)
família Nelumbonaceae Bercht. & J.Presl (1820)
família $Proteaceae Juss. (1789)
[+ família Platanaceae T.Lestib. (1826)]
• ordem Ranunculales Dumort. (1829)
família Berberidaceae Juss. (1789)
família Circaeasteraceae Hutch. (1926)
[+ família Kingdoniaceae A.S.Foster ex Airy Shaw (1964)]
família Eupteleaceae K.Wilh. (1910)
família Lardizabalaceae R.Br. (1821)
família Menispermaceae Juss. (1789)
família Papaveraceae Juss. (1789)
[+ família Fumariaceae Bercht. & J.Presl (1820)]
[+ família Pteridophyllaceae (Murb.)Nakai ex Reveal & Hoogland
(1991)]
família Ranunculaceae Juss. (1789)
104 UNIDADE 04
Eudicotiledôneas Núcleo
Rosídeas
Ordens e Famílias
• família Aphloiaceae Takht. (1985)
família *Geissolomataceae Endl. (1841)
família Ixerbaceae Griseb. (1854)
família Picramniaceae Fernando & Quinn (1995)
família *Strasburgeriaceae Soler. (1908)
família *Vitaceae Juss. (1789)
• ordem Crossosomatales Takht. ex. Reveal (1993)
família Crossosomataceae Engl. (1897)
família Stachyuraceae J.Agardh (1858)
família Staphyleaceae Martynov (1820)
• ordem Geraniales Dumort. (1829)
106 UNIDADE 04
família Geraniaceae Juss. (1789)
[+ família Hypseocharitaceae Wedd. (1861)]
família Ledocarpaceae Meyen (1834)
UNIDADE 05
família $Melianthaceae Bercht. & J.Presl (1820)
[+ família Francoaceae A.Juss. (1832)]
família Vivianiaceae Klotzsch (1836)
• ordem Myrtales Rchb. (1828)
família Alzateaceae S.A.Graham (1985)
família Combretaceae R.Br. (1810)
família Crypteroniaceae A.DC. (1868)
família Heteropyxidaceae Engl. & Gilg (1920)
família Lythraceae J.St.-Hil. (1805)
família $Melastomataceae Juss. (1789)
[+ família Memecylaceae DC. (1827)]
família Myrtaceae Juss. (1789)
família Oliniaceae Arn. (1839)
família Onagraceae Juss. (1789)
família Penaeaceae Sweet ex. Guill. (1828)
família Psiloxylaceae Croizat (1960)
família Rhynchocalycaceae L.A.S.Johnson & B.G.Briggs (1985)
família Vochysiaceae A.St.-Hil. (1820)
Eurosídeas I
• família §*Zygophyllaceae R.Br. (1814)
[+ família Krameriaceae Dumort. (1829)]
família Huaceae A.Chev. (1947)
• ordem Celastrales Baskerville (1839)
família $Celastraceae R.Br. (1814)
família Lepidobotryaceae J.Léonard (1950)
família Parnassiaceae Martynov (1820)
[+ família Lepuropetalaceae Nakai (1943)]
ordem Cucurbitales Dumort. (1829)
família Anisophylleaceae Ridl. (1922)
família Begoniaceae Bercht. & J.Presl (1820)
família Coriariaceae DC. (1824)
família Corynocarpaceae Engl. (1897)
família Cucurbitaceae Juss. (1789)
família Datiscaceae Bercht. & J.Presl (1820)
108 UNIDADE 05
[+ família Quiinaceae Choisy ex Engl. (1888)]
família Pandaceae Engl. & Gilg (1912-13)
família §Passifloraceae Juss. ex Roussel (1806)
[+ família Malesherbiaceae D.Don (1827)]
[+ família Turneraceae Kunth ex DC. (1828)]
família *Peridiscaceae Kuhlm. (1950)
família $Phyllanthaceae Martynov (1820)
família $Picrodendraceae Small (1917)
família*Podostemaceae Rich. ex. C. Agardh (1822)
família Putranjivaceae Endl. (1841)
família $Rhizophoraceae Pers. (1807)
[+ família Erythroxylaceae Kunth (1822)]
família $Salicaceae Mirb. (1815)
família Violaceae Batsch (1802)
• ordem Oxalidales Heintze (1927)
família $Brunelliaceae Engl. (1897)
família Cephalotaceae Dumort. (1829)
família Connaraceae R.Br. (1818)
família Cunoniaceae R.Br. (1814)
família $Elaeocarpaceae Juss. ex. DC. (1816)
família Oxalidaceae R.Br. (1818)
• ordem Rosales Perleb (1826)
família Barbeyaceae Rendle (1916)
família $Cannabaceae Martynov (1820)
família Dirachmaceae Hutch. (1959)
família Elaeagnaceae Juss. (1789)
família Moraceae Link (1831)
família Rhamnaceae Juss. (1789)
família Rosaceae Juss. (1789)
família Ulmaceae Mirb. (1815)
família $Urticaceae Juss. (1789)
Eurosídeas II
• família Tapisciaceae (Pax) Takht. (1987)
• ordem Brassicales Bromhead (1838)
família Akaniaceae Stapf (1912)
[+ família Bretschneideraceae Engl. & Gilg (1924)]
família Bataceae Perleb. (1838)
110 UNIDADE 05
Asterídeas
Ordens e Famílias
• ordem Cornales Dumort. (1829)
família Cornaceae Dumort. (1829)
[+ família Nyssaceae Juss. ex Dumort. (1829)]
família Curtisiaceae (Engl.) Takht. (1987)
família Grubbiaceae Endl. (1839)
família Hydrangeaceae Dumort. (1829)
família Hydrostachyaceae (Tul.) Engl. (1894)
família Loasaceae Juss. (1804)
• ordem Ericales Dumort. (1829)
família Actinidiaceae Gilg & Werderm. (1825)
família Balsaminaceae Bercht. & J.Presl (1820)
família Clethraceae Klotzsch (1851)
família Cyrillaceae Endl. (1841)
família Diapensiaceae Lindl. (1836)
família $Ebenaceae Gürke (1891)
família Ericaceae Juss. (1789)
família Fouquieriaceae DC. (1828)
família Lecythidaceae A.Rich. (1825)
família Maesaceae (A.DC.) Anderb., B.Ståhl & Källersjö (2000)
família Marcgraviaceae Juss. ex DC. (1816)
família $Myrsinaceae R.Br. (1810)
família Pentaphylacaceae Engl. (1897)
[+ família Ternstroemiaceae Mirb.ex.DC. (1816)]
[+ família Sladeniaceae Airy Shaw (1964)]
família Polemoniaceae Juss. (1789)
família $Primulaceae Batsch ex Borkh. (1797)
família Roridulaceae Bercht. & J.Presl (1820)
família Sapotaceae Juss. (1789), nom.cons.
família Sarraceniaceae Dumort. (1829)
família $Styracaceae DC. & Spreng. (1821)
família Symplocaceae Desf. (1820)
família $Tetrameristaceae Hutch. (1959)
[+ família Pellicieraceae (Triana & Planch.) L.Beauvis. ex Bullock
(1959)]
família Theaceae Mirb. ex Ker Gawl. (1816)
família $Theophrastaceae Link (1829)
112 UNIDADE 05
família Verbenaceae J.St.-Hil. (1805)
• ordem Solanales Dumort. (1829)
família Convolvulaceae Juss. (1789)
família Hydroleaceae Bercht. & J.Presl (1820)
família $Montiniaceae Nakai (1943)
família Solanaceae Juss. (1789)
família Sphenocleaceae (Lindl.) Baskerville (1839)
Euasterídeas II
• família Bruniaceae Bercht. & J.Presl (1820)
família Columelliaceae D.Don (1828)
[+ família Desfontainiaceae Endl. (1841)]
família Eremosynaceae Dandy (1959)
família Escalloniaceae R.Br. ex Dumort. (1829)
família Paracryphiaceae Airy Shaw (1964)
família Polyosmaceae Blume (1851)
família Sphenostemonaceae P.Royen & Airy Shaw (1972)
família Tribelaceae Airy Shaw (1964)
• ordem Apiales Nakai (1930)
família Apiaceae Lindl. (1836)
família Araliaceae Juss. (1789)
família Aralidiaceae Philipson & B.C.Stone (1980)
família Griseliniaceae J.R.Forst. & G.Forst. ex A.Cunn. (1839)
família Mackinlayaceae Doweld (2001)
família Melanophyllaceae Takht. ex Airy Shaw (1972)
família Myodocarpaceae Doweld (2001)
família Pennantiaceae J.Agardh (1858)
família Pittosporaceae R.Br. (1814)
família Torricelliaceae Hu 1934)
• ordem Aquifoliales Senft (1856)
família Aquifoliaceae DC. ex A.Rich. (1828)
família Aquifoliaceae DC. ex A.Rich. (1828)
*§Cardiopteridaceae Blume (1847)
família Helwingiaceae Decne. (1836)
família Phyllonomaceae Small (1905)
família $Stemonuraceae (M.Roem.) Kårehed (2001)
• ordem Asterales Lindl. (1833)
família Alseuosmiaceae Airy Shaw (1964)
• Aneulophus Benth.
• família Apodanthaceae van Tieghem ex Takhtajan in Takhtajan
(1997) [trois genres]
• Bdallophyton Eichl.
• família Balanophoraceae Rich. (1822)
• Centroplacus Pierre
• Cynomorium L. [Cynomoriaceae Lindl. (1833)]
• Cytinus L. [Cytinaceae A.Rich. (1824)]
• Dipentodon Dunn [Dipentodontaceae Merr. (1941)]
• Gumillea Ruiz & Pav.
• Hoplestigma Pierre [Hoplestigmataceae Engl. & Gilg (1924)]
• Leptaulus Benth.
• Medusandra Brenan [Medusandraceae Brenan (1952)]
• Metteniusa H.Karst. [Metteniusaceae H.Karst. ex Schnizl.
(1860-1870)]
114 UNIDADE 05
• Mitrastema Makino [Mitrastemonaceae Makino (1911)]
• Pottingeria Prain [Pottingeriaceae (Engl.) Takht. (1987)]
• família Rafflesiaceae Dumort. (1829) [trois genres]
• Soyauxia Oliv.
• Trichostephanus Gilg