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12/12/2019 Jateamento Abrasivo - Métodos de Tratamento Superficial

JATEAMENTO ABRASIVO
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Jateamento Abrasivo: O que é, quando aplicar e quais


as vantagens. Métodos de tratamento superficial e
corrosão em estruturas metálicas.

Jateamento Abrasivo

Métodos de Tratamento Superficial


Inúmeros são os métodos empregados para o tratamento anticorrosivo de estruturas
metálicas. A pintura é o método mais utilizado na construção civil, consistindo na
aplicação de camadas de reduzida espessura sobre o elemento a ser tratado,
formando uma película protetora.

O processo de pintura deve ser precedido do tratamento superficial, que consiste na


remoção de materiais que impeçam o contato da tinta com o aço, tais como pós,
gorduras, óleos, ferrugem, carepa de laminação, entre outros. O grau de limpeza
superficial influencia diretamente na qualidade da pintura e consequentemente na
durabilidade da estrutura.

Os processos mais usuais de tratamento superficial estão listados a seguir:

Limpeza manual: empregam-se escovas, raspadores, lixas e palhas de aço. As


peças submetidas a esse tratamento podem apresentar impurezas que
inviabilizem a plena aderência da tinta anticorrosiva à superfície metálica;
Limpeza mecânica: empregam-se escovas rotativas, pneumáticas e elétricas. A
qualidade do tratamento é superior a obtida pela limpeza manual, entretanto,
também poderá apresentar impurezas;
Jateamento abrasivo: empregam-se compressores de ar no jateamento de
granalha de aço contra a superfície metálica, resultando em uma superfície livre
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de graxa, carepa, ferrugem e tintas existentes.

Jateamento Abrasivo
O método do jateamento abrasivo é muito empregado na fabricação de estruturas
metálicas. Ele é feito através do impacto de partículas, geralmente abrasivas, impelidas
a alta velocidade contra a superfície a ser limpa. Essa técnica de limpeza possui duas
grandes vantagens:

Elimina todas as impurezas superficiais, permitindo o contato do revestimento


com o substrato.
Confere rugosidade à superfície, permitindo a ancoragem do revestimento.

A qualidade da peça submetida ao jateamento confere uma maior fixação da proteção


anticorrosiva sendo adequada a estruturas inseridas em ambientes com elevada
umidade e grande concentração de díoxido de enxofre (SO2) e íons cloreto.

Empresas de grande porte possuem regulamentos específicos para tratamento


superficial e pintura de estruturas metálicas, sendo exigida a utilização de jateamento
abrasivo em contratos que envolvam fabricação de estruturas metálicas.

Jateamento Abrasivo (Fonte: Artepack Indústrias de Embalagens)

 
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Classe de Agressividade Ambiental


O tipo de tratamento superficial – limpeza manual, mecânica ou por jateamento –  e o
processo de pintura – número de demãos, espessura da camada e tipo de tinta – varia
de acordo com o nível de agressividade do ambiente onde a estrutura será
implantada.

Segundo a norma ISO 12944-2, os ambientes atmosféricos podem ser classificados em


cinco categorias de corrosividade:

C1: muito baixa agressividade;


C2: baixa agressividade;
C3: média agressividade;
C4: alta agressividade;
C5-I: muito alta agressividade – industrial;
C5-M: muito alta agressividade – marinha.

Classe de Agressividade Ambiental no Brasil (ISO 85010)

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Os padrões de grau de limpeza também são definidos visualmente, através de


fotografias do estado em que as superfícies ficam após o tratamento de limpeza:

St 2: Limpeza manual, executada com ferramentas manuais, como escovas,


raspadores, lixas e palhas de aço;
St 3: Limpeza mecânica executada com ferramentas mecanizadas, como escovas
rotativas, pneumáticas ou elétricas, pistola de pinos, etc.
Sa 1: É o jato ligeiro (brush off). A superfície resultante deverá encontrar-se
inteiramente livre de óleos, graxas e materiais como carepa, tinta e ferrugem
soltas. A carepa e a ferrugem remanescentes poderão permanecer, desde que
firmemente aderidas. O metal deverá ser exposto ao jato abrasivo por tempo
suficiente para provocar a exposição do metal-base em vários pontos da
superfície sob a camada de carepa;
Sa 2: Chamado de jato comercial. A superfície resultante do jateamento poderá
apresentar manchas e pequenos resíduos devidos à ferrugem, à carepa e à tinta.
Pelo menos 2/3 da área deverão estar isentos de resíduos visíveis, enquanto o
restante será limitado pelas manchas e resíduos;
Sa 2 ½: Chamado de jato ao metal quase branco. É definido como superfície livre
de óleo, graxa, carepa, ferrugem, tinta e outros materiais, podendo apresentar
pequenas manchas claras devido aos resíduos de ferrugem, carepa e tinta. Pelo
menos 95% da área deverá estar isenta de resíduos visíveis, sendo o restante
referente aos materiais acima mencionados;
Sa 3: Conhecido como jato ao metal branco. Após a limpeza, o aço deverá exibir
cor metálica uniforme, branco-acinzentada, sendo removidos 100% de carepas e
ferrugens. A superfície resultante estará livre de óleos, graxas, carepa, tinta,
ferrugem e de qualquer outro depósito.

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Preparo Superficial Minimo (ISO 85010)

Estudo de Caso
Os dados apresentados no tópico anterior permitem a avaliação do preparo superficial
mínimo para estruturas metálicas executadas no Brasil.

Conforme apresentado no mapa, a classe de agressividade ambiental em Salvador se


enquadra no nível C3 (média agressividade) e, segundo a ISO 85010, exige um preparo
superficial Sa 2 ½, que pode ser obtido pelo jateamento abrasivo. Portanto, é uma
recomendação técnica o emprego desse método para estruturas metálicas inseridas
em ambientes de nível C3 ou superior. As peças metálicas submetidas à limpeza
mecânica ou manual não atingem o grau de aderência necessário para a fixação da
tinta anticorrosiva e, consequentemente, sofrerão mais intensamente os efeitos da
corrosão, onerando os custos com manutenção preventiva.

Quer saber mais ?


O grupo FULL projeta e executa estruturas metálicas com a proteção anticorrosiva
(jateamento e pintura) adequada à necessidade do cliente, seguindo normas
brasileiras e internacionais. De acordo com as solicitações, podemos oferecer o
tratamento superficial de jateamento, propiciando melhor acabamento e maior
durabilidade das peças ou com limpeza mecânica, através de escovas rotativas,
procedida de pintura.
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Entre em contato com nossa equipe técnica para ter informações sobre prazos e
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Referências
As informações presentes neste artigo foram obtidas parcial ou integralmente das
referências listadas abaixo:

PANNONI, F. Princípios da Proteção de Estruturas Metálicas em Situação de Corrosão e


Incêndio, 5ª Edição. Gerdau Açominas, 2011.

ISO 8501-1:1988, Preparation of steel substrates before application of paints and


related products – Visual assessment of surface cleanliness – Part 1: Rust grades and
preparation grades of uncoated steel substrates and of steel substrates after overall
removal of previous coatings. International Standardization for Organization (ISO),
Genéve.

ISO 12944-2: 1998, Paints and varnishes – Corrosion protection of steel structures by
protective paint systems – Part 2: Classification of environments. International
Standardization for Organization (ISO), Genéve.

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