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16/03/2017

“Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido


com o outro, com sua singularidade, ser solidário com
suas necessidades, confiando em suas capacidades. Disso
depende a construção de um vínculo entre quem cuida e
quem é cuidado”.

Revisão do desenvolvimento
embrionário

Dra. Francine Hartmann


francine.pediatria@gmail.com

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Período Embrionário
Da 3ª à 8ª semana de gestação;
Período daOrganogênese.

Período Fetal
Da 9ª semana ao nascimento;
Maturação dos tecidos e dos órgãos;
Rápido crescimento do corpo.

Período Embrionário

Ao final da 3ª semana, as bordas laterais da placa neural


tornam-se elevadas para formar as pregas neurais, e a
depressão na região média forma o sulco neural.

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Período Embrionário

Gradualmente, a placa neural se dobra, aproximando as


pregas neurais que irão se fundir, formando o tubo neural
(Neurulação)

Formação do Tubo neural

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Defeitos durante o fechamento do Tubo Neural (entra 3ª e 4ª


semana de vida pós concepcional) produzirão uma série de
malformações, dependendo do momento, extensão e altura
da falha.

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Defeito no fechamento do Tubo


Neural
Anencefalia: a calota craniana não se forma e o tecido
nervoso malformado é exposto, o que invariavelmente
produz dias de vida.

Encefalocele: é a herniação de tecido encefálico através de


falhas ósseas. É habitualmente recoberta de pele íntegra e sua
severidade é determinada pelo volume de tecido nervoso
extracraniano.

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Defeito no fechamento do Tubo


Neural
Espinha Bífida Oculta:
É o defeito mais comum;
A alteração ocorre somente nas vértebras (L5 ou S1- maioria dos
casos);
Não há protusão externa das meninges;
Lesões cutâneas na região lombossacra(hemangioma, nevo piloso,
seios cutâneos ou lipomas).

Espinha Bífida Cística:


Mielomeningocele: 75% dos casos;
Meningocele: 25% dos casos.

Tubo Neural

No final da 4ª semana, as paredes do tubo neural são


demarcadas por saliências e reentrâncias formando três
vesículas cerebrais primárias intercomunicantes:

Prosencéfalo (ou cérebro anterior)

Mesencéfalo (ou cérebro médio)

Rombencéfalo (ou cérebro posterior)

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Tubo Neural

Durante a 5ª semana, o prosencéfalo e o rombencéfalo se


subdividem e formam cinco vesículas encefálicas secundárias:

Telencéfalo
Diencéfalo
Mesencéfalo Se diferenciarão morfologicamente, dando
origem a todas as estruturas cerebrais
Metencéfalo
Mielencéfalo

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Durante a 5ª - 6ª semana, as paredes dos hemisférios


cerebrais, apresentam duas camadas:

Zona superficial acelular

Matriz germinal profunda

Na 7ª semana, formação de uma zona intermediária de baixa


densidade de células, destinada a se tornar a substância branca.

Durante a 7ª - 8ª semana, inicia-se a proliferação neuronal.

Migração Neuronal

Deslocamento do corpo de uma célula neuronal jovem, o


neuroblasto, do local de sua última divisão mitótica (na zona
proliferativa) até a sua localização correspondente no córtex
cerebral.

Agentes externos ao feto, como infecção viral ou anomalias


genéticas, podem alterar o padrão de migração neuronal,
resultando em malformações cerebrais e quadros de
epilepsia.

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Migração Neuronal

A intensa proliferação celular leva à formação de depressões e


elevações (sulcos e giros).

Entre a 23ª - 25ª semana, os giros temporais superiores, pré e pós-


frontal vão sendo formados.

Estre 26ª e 30ª semana, toda a superfície do cérebro rapidamente


está coberta de giros.

O aumento na área da superfície cortical, é acompanhado do


aumento de tamanho e da complexidade dos giros (679cm2
superfície do córtex cerebral no RN e no adulto é de 1.600cm2).

Mielinização

Após a migração do neurônio ao destino final, são


submetidos a alguns processos que resultarão no alinhamento
e na orientação neuronal.

Ramificações dendríticas e axônicas serão elaboradas e os


contatos sinápticos estabelecidos.

Entre 19ª - 23ª semanas, começam a ocorrer ligações


sinápticas no córtex.

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Mielinização

A partir dos 6 meses de vida intrauterina, as membranas das


células, chamadas oligodendrócitos, começam a formar a
bainha de mielina nos axônios.

A deposição de mielina acontece de forma bem definida, na


direção occiptofrontal.

Seu pico de produção ocorre por volta da 30ª semana até o


nascimento e deste até aproximadamente 8 meses de vida.

Fonte: Sadler, T.W. Langman, Embriologia Clínica, 11ª ed., 2010

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Fatores de Risco para Alterações no


Neurodesenvolvimento
Infecções e Parasitoses (lues, rubéola, toxoplasmose,
citomegalovírus, HIV)

Intoxicações (drogas, álcool, tabaco)

Traumatismos (direto no abdômen ou queda sentada da


gestante)

Fatores maternos (doenças crônicas, anemia grave, desnutrição,


obesidade, idade)

Fatores de Risco para Alterações no


Neurodesenvolvimento
Lues (Sífilis):

Treponema pallidum;
transmissão sexual ou sangüínea;
risco de transmissão ao bebê = 90%,
tratamento durante a gestação reduz o risco à1,5%;
retardo mental;
alterações no desenvolvimento.

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Fatores de Risco para Alterações no


Neurodesenvolvimento
Rubéola:

Doença viral transmitida por secreções respiratórias;


isco de transmissão ao bebê de 80% no primeiro trimestre;
risco de aborto em 20%
Risco de seqüelas em mais de 90% dos casos;
Mal-formações, surdez , retardo mental e alterações de SNC.

Fatores de Risco para Alterações no


Neurodesenvolvimento
Toxoplasmose:

Cerca de 60% das gestantes no Brasil;


Carne mal-passada, água, legumes e verduras mal lavados,
cachorros e gatos,
Baixa prevalência de transmissão ao feto.
Mais grave se contraída no primeiro trimestre.
Alterações nos SNC.

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Fatores de Risco para Alterações no


Neurodesenvolvimento
Citomegalovírus:

0,5 à6,8% dos bebês brasileiros nascem contaminados;


Destes, 5 a 20% apresentam sintomas ao nascimento:
pneumonia, baixo peso, prematuridade, icterícia neonatal,
atraso no desenvolvimento e retardo mental.

Fatores de Risco para Alterações no


Neurodesenvolvimento
HIV:

Tratamento da mãe durante a gestação diminui risco de 60%


para 4% de infecção.
Diagnóstico do bebê somente após o parto;
Tipo de parto e proibição da amamentação são significativos na
prevenção da infecção do neonato.

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Fonte: Sadler, T.W. Langman, Embriologia Clínica, 11ª ed., 2010.

Referências
Sadler, T.W. Langman, Embriologia Médica, 11ª ed., Guanabara Koogan, 2010.

Moore, K.L.; Persaud, T.V.N. Embriologia Clínica, 8ªed. Elsevier, 2008.

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