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ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA

CONSTRUÇÃO CIVIL NO ENTORNO DA CIDADE DE CÍCERO
DANTAS - BA

BORGES, Afrânio Oliveira1

MATOS, José Claudemir de Jesus2
SANTOS, Josivan Costa dos3

RESUMO

O ramo da construção civil, além de consumir muita matéria-prima, é também

responsável pela a geração de resíduos sólidos da construção e demolição. Quando
estes resíduos são expostos irregularmente causam inúmeros impactos negativos
ao ambiente. Sobretudo, com o dinamismo da construção civil e suas modificações
afim de atender as necessidades humanas. Desse modo, a presente pesquisa
pretende investigar e apresentar os resultados da situação e analise dos impactos
ambientais ocasionados pelos processos da construção civil no entorno da cidade
de Cicero Dantas-BA. Para a realização da pesquisa utilizou-se fotografias em torno
das áreas degradadas e observações que foram feitas no local de coleta de dados.
Visto que em Cicero Dantas, cidade com população estimada em 34.676 habitantes
(IBGE), a questão de resíduos sólidos é um problema complexo, sendo então
necessário o gerenciamento ecologicamente correto dos resíduos e assim frente aos
órgãos estaduais/municipais fiscalizar e aplicar diretrizes que impeçam a
degradação ambiental em sua totalidade.

palavras-chaves: Impactos Ambientais; Resíduos; Poluição; Degradação.

1
Graduando do curso de Engenharia Civil da Faculdade Dom Luiz de Orleans e Bragança.
2
Graduando do curso de Engenharia Civil da Faculdade Dom Luiz de Orleans e Bragança.
3
Professor Esp. do curso de Engenharia Civil da Faculdade Dom Luiz de Orleans e Bragança.
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ASTRACT

The construction industry, besides consuming a lot of raw materials, is also

responsible for the generation of construction and demolition waste. When these
residues are exposed irregularly, they cause numerous impacts on the environment.
Above all, with dynamism of construction and its changes in order to meet human
needs. In this way, this research intends to investigate and present the results of the
situation and to analyze the environmental impacts caused by the civil construction
processes around the city of Cícero Dantas-BA. To conduct research, use
photographs in degraded areas and presentations that were not made at the data
collection site. Seen in Cicero Dantas, a city with an estimated population of 34,676
(IBGE), a waste issue is a complex issue, and environmentally sound waste
management is required, and thus proceeds to state / municipal tax and state taxes. .
environmental degradation in its entirety.

Keywords: Environmental Impacts; Waste; Pollution; Degradation

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1 INTRODUÇÃO

Com o decorrer dos anos, o dinamismo da construção civil tem-se

modificado constantemente para atender as necessidades humanas. Nesse
contexto, tal ramo de produção atua fortemente no desenvolvimento econômico e
social do Brasil, entretanto, quando comparado às atividades produtivas do setor
secundário, não resta dúvida que o processo construtivo é um dos maiores agentes
de degradação e geração de resíduos prejudiciais ao meio ambiente e ao bem-estar
urbanístico.
Infelizmente, no Brasil durante muito tempo, pouco se deu atenção às
causas ambientais, principalmente no tocante a produção de materiais sustentáveis
e destinados dos resíduos da construção civil. Até a década de 70, eram
inexistentes as preocupações sobre essa temática, visto que a sociedade, bem
como os profissionais da engenharia (engenheiros, encarregados, mestres de obra,
pedreiros, demolidores e outros), tinha a crença que os recursos da natureza fossem
inesgotáveis.
Hoje, graças ao avanço da ciência, das leis e da divulgação em artigos
científicos, jornais impressos, mídias digitais e audiovisuais (TV e rádio) sobre a
degradação, tem-se presenciado a preocupação no que se refere a uma nova
maneira de construir com responsabilidade ambiental.
O presente artigo baseou-se em pesquisas bibliográficas e dados estáticos
para apresentar ao leitor uma questão pertinente nos dias atuais, os impactos
causados ao meio ambiente decorrente das ações na construção civil. Ademais,
esta dissertação, visa abordar uma alternativa sustentável para a engenharia civil,
ou seja, apta a mitigar uso incorreto dos recursos naturais e dos resíduos,
destinando-se a preservação ambiental.
A respeito do desenvolvimento dessa pesquisa, fez-se preciso alguns
passos metodológicos, como revisão bibliográfica de livros, artigos científicos e leis
sobre a supracitada temática. A dissertação encontra-se estruturada em dois
tópicos: referencial teórico e a análise dos impactos ambientais ocasionados pelos
processos da construção civil no entorno da cidade de Cícero Dantas – BA.
 4

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Direito ambiental no Brasil

Desde o surgimento da primeira lei de cunho ecológico no país, em 1609,

que regulamentava a exploração do Pau-Brasil, as legislações as quais cuidam
desse tema vêm ganhando, ao passar dos anos, novos dispositivos legais de
proteção ambiental e mais relevância no universo jurídico. (Magalhães, 2002)
Conforme Rezende (2014), o direito ambiental pode ser dividido em três
períodos: colonial, que ficou marcado pela baixa quantidade de normas
regulamentadoras de exploração dos recursos naturais; o imperial, cujo qual
descreveu as primeiras multas e prisões para a exploração ilegal de madeira,
também nessa mesma época criou-se a teoria de reparação dos danos ecológicos; o
republicano, que em comparação aos demais períodos, trouxeram maior
contribuição, dado que, várias leis foram criadas e reformuladas, em especial a partir
da Nova República, iniciada em 1985.
Com relação a esse último período, logo após as conferências das Nações
Unidas (ONU), em Estocolmo no ano 1972 e no Rio de Janeiro em 1992, as quais
trouxeram a tona dados alarmante sobre problemas ambientais (a título de exemplo,
sobre o aumento do desflorestamento e a crescente utilização de energias não
renováveis), viu-se necessária à atualização da jurisprudência das leis brasileiras e a
criação de outras legislações para atender os objetivos ambientais globais
estabelecidos nas citadas reuniões. (Nazo e Mukai, 2001).
A partir de então, foram promulgadas as respectivas leis, que são as bases
jurídicas da conservação dos ecossistemas e também de uma engenharia civil
sustentável:
• Decreto-lei 1413/75, a qual trata do controle da poluição provocada por
atividades industriais.
• Lei 6938/81, que estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente.
• Lei 9605/98 que dispõe sobre crimes ambientais, prevendo sanções penais e
administrativas para condutas e atividades prejudiciais ao meio ambiente.
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• Lei 10257/01 que tem como tratativa o Estatuto das cidades, a qual dota o
ente municipal de mecanismos visando permitir que seu desenvolvimento não afete
de maneira exagerada o meio ambiente.
• Lei nº 12.305/10, trata exclusivamente sobre o gerenciamento dos
resíduos sólidos.
• Resolução n° 307 do ano 2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente —
CONAMA estabelece as diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos
resíduos da construção civil.
Ainda dando continuação a legislação, a Constituição Brasileira de 1988, foi
a primeira a dedicar um capítulo inteiro a respeito da supracitada temática. Contudo,
a constituinte dedica apenas um inciso da atuação dos canteiros de obras em
relação à preservação ambiental.

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,

bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá- lo para os presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
[...] IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente,
estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade. (BRASIL,
1988).

Apesar das modernas leis brasileiras e das aplicações de multas aos

agentes causadores do desequilíbrio ambiental, presenciamos nos últimos anos um
aumento expressivo no número de exploração irregular dos recursos naturais, que
consecutivamente, resulta na intensificação das áreas degradadas. (Machado,
2004).

2.2 Definição de Meio ambiente

O meio ambiente, na concepção da Lei 6938/81, é “Meio ambiente é o

conjunto de condições, lei influências e interações de ordem física, química e
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
Ao analisarmos o postulado acima, percebemos que o meio ambiente é
essencialmente dinâmico, natural e com caracterizadas intrínsecas. Já os teóricos
do direito ambiental, conceitua de maneira mais ampla.
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Silva (2007) refere-se ao meio ambiente como a ralação mútua dos

elementos naturais, sociais e artificiais, os quais asseguram o desenvolvimento de
todas as formas de vida. Além desse tripé de interações, Migliari (2008) acrescenta
o trabalho como mais um elemento para se comprar o conceito de meio ambiente
em sua totalidade. Desse modo, tais autores reforçam a complexidade do tema, pois
tudo que há no planeta, faz parte do meio ambiente.

2 .3 Degradação ambiental

2.3.1 Conceito

Conforme a Política Nacional de Meio Ambiente (lei de nº 6938/81),

especificamente no artigo 3, inciso II, a degradação da qualidade ambiental
configura-se como a alteração adversa das características do meio ambiente, ou
seja, entende-se adversidade como ações negativas. Todavia, a lei não aponta os
agentes causadores, então, subentende-se que fatores naturais e, em especial,
antrópicos são os responsáveis pela degradação. (Silva, 2007).
O Decreto Federal nº 97.632/89, ainda em vigor, consiste em maior
especificidade quando se comparada à lei 6938/81, pois define degradação
ambiental como “processos resultantes dos danos ao meio ambiente, pelos quais se
perdem ou se reduzem algumas de suas propriedades, tais como, a qualidade ou
capacidade produtiva dos recursos ambientais”. (BRASIL, 1989, p.3).
Por fim, complementando a conceituação jurídica, a degradação ambiental é
tratada pela literatura ambiental científica, como sendo quase sempre ligado a uma
mudança artificial ou perturbação de causa humana, geralmente uma redução
percebida nas condições naturais ou do estado de um ambiente (Johnson et al,
1994).

2.3.2 Tipos de degradação

Ao se tratar dos tipos degradação ambiental, é inadiável falar que as

intervenções humanas, por causa das suas insaciabilidades e descuidos no tocante
ao uso dos recursos naturais, são as que mais altera as características físicas,
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químicas e biológicas dos solos, das florestas, dos recursos hídricos. Sobre tal
fenômeno, vale destacar os principais tipos:
• Degradação florestal: caracteriza-se pela diminuição ou extinção da flora, que
consecutivamente causa transtornos para a fauna, a qual necessita da vegetação
para a sua substância e para o solo, que sofrerá com as intempéries.
• Degradação do solo: configura-se como o processo de esgotamento (perda de
nutrientes) e/ou processos erosivos. Vale ressaltar que são múltiplas as causas,
desde fenômenos da natureza a ações antrópicas.
• Degradação dos recursos hídricos: trata da poluição e/ou assoreamento dos
corpos d'água. As causas são bastantes diversificadas, a poluição por meio de
esgotos, sem dúvida, apresenta-se com maior notoriedade.

2.4 Área degradada

No que concerne à área degradada, Almeida (2016, p.27) caracteriza como

aquela que, após distúrbios, teve eliminado, juntamente com a vegetação, os seus
meios de regeneração bióticos. Desse modo, a área em estado de degradação,
apresenta resiliência reduzida, ou seja, seu retorno ao estado anterior pode não
ocorrer ou ser extremamente lento, sendo as boas ações antrópicas necessárias
para reverter o processo.
Segundo Machado (2004), a recuperação consiste no processo de reverter à
área degradada, para um estado de menor gravidade. Esse processo, embora
independa do estado original e da destinação futura da área, se faz preciso que haja
um planejamento, cujo qual recupere não só o meio biótico, mas também os
aspectos físico-químicos e funcionais (produtivo) do local. Nessa conjuntura, a
relação entre natureza e severidade definem as medidas a serem tomadas (Aronson
et al., 1995 e Rodrigues & Gandolfi, 2010):

• Restauração: retorno completo da área degradada às condições existente

antes da degradação, ou a um estado intermediário estável. Neste caso, a
recuperação se opera de forma natural (resiliência), uma vez eliminados os fatores
de degradação.
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• Reabilitação: retorno da área degradada a um estado intermediário da

condição original, havendo a necessidade de uma intervenção antrópica.
• Redefinição ou redestinação: recuperação da área com vistas ao
uso/destinação diferente da situação pré-existente, havendo a necessidade de uma
forte intervenção antrópica.

2.5 Impactos ambientais oriundos da construção civil

2.5.1 Extração de matérias-primas e fabricação de materiais de construção

De acordo com Agopyan (2013), a construção civil é a indústria que mais

polui, pois consome de 40% a 75% de toda matéria-prima produzida. O pesquisador
ainda ressalta que, o consumo de cimento ultrapassa facilmente o de alimentos e a
utilização do concreto é apenas inferior ao uso da água. Isso se dá pelo fato de que,
para qualquer processo de edificação, a construção civil sempre recorre aos
recursos naturais, assim é extraído da natureza diariamente milhões de metros
cúbicos dos elementos essenciais para edificação de pontes, casas, rodovias e
apartamentos. Basicamente, esses recursos naturais são minerais metálicos (ferro,
cobre e outros), materiais orgânicos (petróleo e madeira) e, principalmente, água.
Após a retirada da matéria-prima, segue-se o processo de industrialização, o
qual, de modo geral, também resulta em efeitos nocivos ao ecossistema, pois
produz rejeitos que são lançados no meio ambiente e ao transformar a matéria bruta
em materiais utilitários, é requerido alto poder energético, que geralmente provem de
fontes não renováveis de energia. Nesse preparo, os resíduos são descartados, até
mesmo em locais inapropriados, sem antes serem reutilizados. Agopyan (2013),

2.5.2 Resíduos da construção civil

Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e

Resíduos Especiais – ABRELPE (2018), aproximadamente 10 milhões de toneladas
de resíduos da construção é gerado por ano, desse valor, apenas 0,6% passa por
algum procedimento de reciclagem. O reaproveitamento é muito baixo, apenas 60
mil toneladas em 12 meses.
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Sobre a origem desses materiais, o Conselho Nacional do Meio Ambiente —

CONAMA, na sua resolução 307 (2002), aponta que os resíduos sólidos e líquidos
provenientes das diversas fases da construção civil, como de reformas, demolições,
reparos, escavação e preparo do terreno, desperdício dos materiais de construção, e
como visto anteriormente, nos processo de extração e transformação da matéria-
prima em materiais, dentre outras. Além disso, a citada resolução criou a seguinte
classificação:
• Classe A – Resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados. Ex:
resíduos da demolição, construção, reparo, bem como solos oriundos de
terraplanagem.
• Classe B – Resíduos Recicláveis para destinações diversas. EX: resto de
madeiras, vidros, metais e outros.
• Classe C – Resíduos inviáveis, economicamente e tecnologicamente, no
processo de reaproveitamento. Ex: gesso.
• Classe D – Resíduos recicláveis tóxicos. Ex: tintas, óleos, vernizes, solventes
e outros.

2.5.3 Gerenciamento dos resíduos da construção civil

No que concerne à gestão dos materiais residuais do processo construtivo,

que envolve a extração de matéria-prima, fabricação e utilização de produtos, a
supracitada resolução da CONAMA propõem que os municípios tenham o seu plano
integrado de gerenciamento de resíduos da construção civil (PIGRCC).
Para a confecção do plano integrado de gerenciamento de resíduos
(PIGRCC), faz necessária a participação das secretarias de obras do munícipio e de
meio ambiente, de empreiteiras, empresas de reciclagem e também de ONGs
interessadas em questões ambientais. Pucci (2006).
De acordo com Pucci (2006), o envolvimento dos entes mencionados acima,
é essencial na criação de uma politica ambiental do controle e manejo dos resíduos.
Além de outros atributos, essa política centraliza-se em cumprir metas de diminuição
de resíduos, bem como define os locais apropriados de armazenagem de resíduos e
reciclagem desses materiais. Pucci (2006).
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3 ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS OCASIONADOS PELOS

PROCESSOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO ENTORNO DA CIDADE DE CÍCERO
DANTAS – BA

3.1 Metodologia de pesquisa

O Presente artigo é fruto de um levantamento bibliográfico (referencial

teórico) e de uma análise qualitativa-teórica dos impactos ambientais ocasionados
pela construção civil nos arredores da cidade de Cícero Dantas, Estado da Bahia.
O levantamento bibliográfico consiste em uma revisão de livros, revistas,
artigos, leis, decretos e resoluções da Secretaria Federal do Meio Ambiente
referente ao tema abordado. Por sua vez, a análise resulta dos dados obtidos in
loco, por meio de registro fotográfico, e do comparativo destes com a teoria
estudada.
O levantamento fotográfico e o estudo de campo foram de fundamental
importância para o reconhecimento das problemáticas e potencialidades, sendo
assim, temos como objetivo, propor as melhorias necessárias para a qualidade
ambiental do local.

3.2 Resultados e discussões

O estudo tem como base 3 pontos diferentes no entorno da supracitada

cidade. O primeiro local é um espaço ilegal de extração de argila para a fabricação
de materiais cerâmicos, que fica próximo a BR 110, sentido Ribeira do Pombal.
Como se observa na Figura I, a degradação do solo é um fator preocupante, dado
que, segundo os responsáveis por tal ação, diariamente é retirado cerca de uma
tonelada de argila para confecção de produtos cerâmicos.
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Figura I – Local de extração de argila

Fonte: autores,2019

O Segundo ponto analisado também age na ilegalidade. O mesmo fica a

cerca de 1,5 km da cidade, próximo da BR 110, sentido a cidade de Antas. Nesse
local, a degradação é ocasionada pelo processo de retirada de areia para a
construção civil. Quando comparado ao de extração de argila, essa atividade
interfere em maior escala, pois aproximadamente 10 toneladas de areia são
retiradas todos os dias.

Figura II – Local de extração de areia

Fonte: autores, 2019

O terceiro ponto trata-se de um depósito de resíduos da construção civil, que

tem em sua totalidade 1 km². O mesmo está localizado a 3 km da área urbana e

encontra-se estado de abandono, dado que não há uma gestão de reciclagem de

resíduos.
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Figura III – Depósito de resíduos da construção civil

Fonte: autores, 2019

Portanto, diante do que foi abordado na presente análise, percebe-se que os

locais se encontram dentro da classificação de degradação ambiental. No tocante a

isso, as políticas ambientais, e em especial a de gerenciamento de resíduos da

construção civil e a falta de educação ambiental, são os principais fatores de

degradação.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sabe-se que a indústria da construção civil gera diretamente ou

indiretamente, empreendimentos de infraestrutura além de acarretar inúmeros
impactos ambientais no qual envolve relação cliente e fornecedor além de envolver
diretrizes ambientais como prestadores de serviços, empresas além de
representações de ocorrências no SEMA (Secretaria Municipal do Meio Ambiente) e
Conselho Nacional do Meio Ambiente — CONAMA. A partir de então, a
sustentabilidade na construção civil é um desafio constante visto que a cadeia de
produção que ela se insere sofre influencias negativas ao meio ambiente. Sendo
fundamental inovar e melhorar os investimentos na construção civil sendo possível
mobilizar os governantes federais, estaduais e municipais para que seja possível a
utilização de materiais que minimizem os impactos causados pela as construções.
Todavia, a Constituição Brasileira de 1988, assegura a preservação e
proteção ao ambiente ecologicamente equilibrado assim como é dever da
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coletividade preserva-lo. Porém, a presente pesquisa mostrou que toda e qualquer

intervenção humana gera impactos seja no meio ambiente, social ou econômico no
local em que eles acontecem, no entanto, a geração de resíduos caudas pela a
construção é ainda mais sério pois é algo que compromete as ações futuras para o
meio ambiente.
É perceptível que mesmo diante dos conhecimentos dos impactos
ambientais as empresas buscam somente o desenvolvimento econômico
apresentando assim falhas nas questões ambientais uma vez que essas questões
geram aumento de custo em suas construções. Todavia, em Cicero Dantas-BA a
questão dos resíduos é um problema complexo que por vezes enfrenta descaso
político e apolítico, pois a cidade possui um lixão localizado em alto relevo as
margens do perímetro urbano da sede do município, neste local é depositado
resíduos sólidos urbanos além de outros tipos de resíduos que podem ser
prejudiciais a saúde socioambiental da região, além de atrair inúmeros insetos que
de acordo com estudos científicos ambientais tais insetos são oriundos não somente
do lixão mas também de esgotos em terrenos próximo aos bairros da cidade. Existe
também em torno da cidade de Cicero Dantas-BA fabricas de alvenaria tradicional
além da elevada extração de areia na qual é fator direto na degradação ambiental.
É fundamental então que os sistemas de Gestão Ambiental apresentem
possibilidades a respeito da questão ambiental e na construção civis por meio de um
estudo e gerenciamento adequado sendo possível identificar os impactos ambientais
e seus possíveis danos causados, tendo como ponto de partida a melhoria do
desempenho ambiental das empresas. Visto que a partir de um olhar crítico e atento
é possível prever, diminuir e até evitar os mais diversos impactos que uma obra é
capaz de causar ao meio ambiente, sendo fundamental que as engenharias
busquem soluções que venham a minimizar e atenuar os efeitos decorrentes do
mesmo.
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