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Revisão de Direito Civil I (P2)

1. DIREITOS DA PERSONALIDADE
1.1. Direito à Integridade Psíquica
1.1.1. Direito à Imagem

Compreende a Imagem Retrato e a Imagem Atributo.

1.1.1.1. Violação ao Direito de Imagem


a) Ferindo afeta a honra, a fama, a moral.
b) Para fins comerciais, sem consentimento (Expresso ou Tácito).

Obs.: Súmula 403, STJ - Independe de prova do prejuízo a indenização pela


publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou
comerciais.

c) Veiculado em desvio de finalidade.

1.1.1.2. Limitações ao Direito de Imagem

Necessidade de atender ao interesse público, atender à administração da


justiça.

Obs.: EN 279 - A proteção à imagem deve ser ponderada com outros interesses
constitucionalmente tutelados, especialmente em face do direito de amplo
acesso à informação e da liberdade de imprensa. Em caso de colisão, levar-se-
á em conta a notoriedade do retratado e dos fatos abordados, bem como a
veracidade destes e, ainda, as características de sua utilização (comercial,
informativa, biográfica), privilegiando-se medidas que não restrinjam a
divulgação de informações.

1.1.1.3. Relativização do Direito de Imagem das Pessoas Públicas


a) Não perdem a proteção constitucional;
b) Sofrem uma flexibilização quando há legítimo interesse.

1.1.1.4. Direito de Arena “Lei 9.615/98”


1.1.1.5. Direito à Privacidade

O próprio titular pode relativizar.

Obs.:

Art. 21, CC - A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a


requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir
ou fazer cessar ato contrário a esta norma.

EN 404 - A tutela da privacidade da pessoa humana compreende os controles


espacial, contextual e temporal dos próprios dados, sendo necessário seu
expresso consentimento para tratamento de informações que versem
especialmente o estado de saúde, a condição sexual, a origem racial ou étnica,
as convicções religiosas, filosóficas e políticas.

EN 405 - As informações genéticas são parte da vida privada e não podem ser
utilizadas para fins diversos daqueles que motivaram seu armazenamento,
registro ou uso, salvo com autorização do titular.

1.1.1.6. Direito à Honra

Protegido na Esfera Penal (arts. 138 a 140, CP)

Encerra dois aspectos:

a) Honra Objetiva “Reputação”


b) Honra Subjetiva

1.2. Direito à Integridade Intelectual

Obs.: art. 20, Lei 9.610/98 - Para os serviços de registro previstos nesta Lei será
cobrada retribuição, cujo valor e processo de recolhimento serão estabelecidos
por ato do titular do órgão da administração pública federal a que estiver
vinculado o registro das obras intelectuais.

1.2.1. Objetivo do Direito Autoral

Criação, seguida de registro. (Tem que ter caráter patrimonial)


Obs.: Inexiste Direito Autoral sobre determinado estilo.

Obs.: Obra Anônima – Se o autor não se manifesta, a obra é de todos.

1.2.2. Direitos Morais do Autor


a) Direito à Paternidade da Obra

Reconhecimento da criação.

b) Direito ao Inetidismo

Não pode publicar sem sua autorização.

c) Direito à Integridade da Obra

Não pode alterar sem sua autorização.

d) Direito à Modificação da Obra

É o único que pode modificar a obra, salvo se feito por outrem com sua
autorização.

e) Direito ao Arrependimento

Pode mudar de ideia.

1.2.3. Atentado ou Ilicitude Contra o Direito Autoral


a) Plágio; “Sem Fins Econômicos”
b) Contrafação; “Com Fins Econômicos”
c) Usurpação do Nome; “Uso do Seu Nome para dar Crédito”
d) Alteração sem o Consentimento do Autor.
2. BENS JURÍDICOS

2.1. Introdução

RELAÇÃO
JURÍDICA

SUJEITO SUJEITO
ATIVO PASSIVO

OBJETO

2.2. Classificação dos Bens Jurídicos


2.2.1. Bens Consumíveis em Si Mesmo
2.2.1.1. Bens Móveis e Bens Imóveis

Obs.: Alienação de Bens Móveis por Tradição e Alienação de Bens Móveis por
Escritura Pública.

2.2.1.1.1. Bens Imóveis


a) Por Sua Natureza

Solo e adjacências.

b) Por Acessão

1-Física / Natural ou;

2-Artificial.

c) Por Determinação Legal (CC, art. 80, I, II)

1-Discussões sobre móveis são imóveis também e;


2-Antes de se fazer a partilha, tudo o que se deixa são bens imóveis.

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.

2.2.1.1.2. Bens Móveis


a) Por Natureza (CC, art. 82)

Suscetíveis de movimento próprio.

Ex.: Semoventes (Animais).

b) Propriamente Ditos (CC, art. 82)

Necessita de força alheia para seu movimento.

Obs.: Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de


remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação
econômico-social.

c) Por Determinação Legal (CC, art. 83)

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

Obs.: Casa Pré-fabricada – Enquanto não comprada do lugar de origem é


objeto móvel, depois, mesmo em transporte, é imóvel.
Obs.:

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem


removidas para outro local;

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se


reempregarem.

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem


empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade
os provenientes da demolição de algum prédio.

Obs.: Navios e Aeronaves

Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca:

VI - os navios;

VII - as aeronaves.

Obs.:

Hipoteca – Quando se grava um bem imóvel (ou outro bem que lei considere
como hipotecável, como navios e aeronaves) pertencente ao devedor ou a um
terceiro, sem transmissão da posse ao credor (na hipoteca não há tradição). Se
o devedor não paga a dívida no seu vencimento, fica o credor habilitado para
exercer o direito de execussão (solicitar a venda judicial do bem).

Penhora – Quando o devedor (ou ainda um terceiro) transfere ao credor a posse


direta de bem móvel suscetível de alienação, como forma de garantir o
pagamento de seu débito. Até o pagamento da obrigação, o bem fica em mãos
do credor, ou seja, há a transferência do bem móvel ao credor.
2.2.1.2. Bens Fungíveis e Bens Infungíveis (CC, art. 85)

Podem (Fungíveis) ou não (Infungíveis) ser trocados por outros da mesma


espécie, qualidade e quantidade.

2.2.1.2.1. A fungibilidade decorre:


a) Da comparação;
b) Da vontade das partes;
c) Do valor histórico;
d) Do valor artístico.

Obs.: Obrigações de Fazer:

-Mútuo (CC, art. 586) – Fungíveis.

-Comodato (CC, art. 779) – Infungíveis.

2.2.1.3. Bens Consumíveis e Bens Inconsumíveis


a) Por Sua Natureza

Uso importa a destruição de sua substância.

b) Por Vontade das Partes

As partes assim o consideram.

c) Por Sua Destinação

Alienação ou Consumo.

2.2.1.4. Bens Divisíveis e Indivisíveis


a) Critérios:

-Utilidade;
-Valor;

-Alteração da sua substância.

b) Indivisibilidade
a. Por sua Natureza
b. Por Vontade das Partes (CC, art. 88)
c. Por Determinação Legal (CC, art. 88)

Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por


determinação da lei ou por vontade das partes.

2.2.1.5. Bens Singulares e Bens Coletivos


a) Bens Singulares
a. Simples
b. Compostos

b) Bens Coletivos ou Universalidades


a. Universalidade de Fato (CC, art. 90)
b. Universalidade de Direito (CC, art. 91)

2.2.2. Bens Reciprocamente Considerados (CC, art. 92 a art. 97)


2.2.2.1. Bens Principais e Bens Acessórios (CC, art. 92)

Obs.: Princípio da Gravitação Jurídica –

2.2.2.2. Classificação dos Bens Acessórios


a) Frutos;
a. Elementos

-Periodicidade;
-Separabilidade;

-Inalterabilidade.

b. Quanto a Sua Natureza

-Naturais;

-Industriais;

-Civis. (Tudo que decorre da receita do capital)

c. Quanto a Ligação Com o Principal

-Percebidos – Colhidos.

-Pendentes – Não Colhidos.

-Percipiendos – Fora do Tempo.

-Estantes – Pronto para o Comércio.

-Consumidos – Já foram vendidos ou consumidos.

b) Produtos;
a. Elementos

-Não tem periodicidade;

-Altera o Principal.

c) Pertenças; (CC, art. 93, 94)

-Partes Integrantes;

-Não se aplica o princípio da Gravitação Jurídica às pertenças.

d) Benfeitorias.
-Obra realizada pelo homem sobre o bem principal.

a. Necessárias

-Conservar o bem.

b. Úteis

-Melhorar o uso.

c. Voluptuárias

-Mero deleite.

Obs.: Não são Benfeitorias (CC, art. 97)

-Acessões Naturais

 Formação de Ilhas (CC, art. 1.249)


 Aluvião (CC, art. 1.250) – Configurado quando se formam acréscimos ou
sedimentações de forma imperceptível, lenta e gradual por depósitos e
aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das
águas. Este acréscimo pertence aos donos dos terrenos marginais, sem
indenização.
 Avulsão (CC, art. 1.251) – Também é um fenômeno causado pelas águas,
porém, de maneira inversa, pois ocorre o deslocamento de uma certa
porção de terra de um terreno para outro, diminuindo a propriedade.
 Álveo Abandonado (CC, art. 1.252) – Mudança do curso do rio, gerando
com isso uma nova área.

-Acessões Artificiais

 Construções e Plantações (CC, art. 1.253 e art. 1.255, § único)

Obs.: Possuidor

Má fé – Indenização das necessárias.


Boa fé – Voluptuárias; Indenizações das Necessárias e Úteis e; Retenção.

2.2.3. Bens Públicos ou Particulares


2.2.3.1. Bens Públicos (CC, art. 99)
a) Uso Comum do Povo (Domínio Público)
 Inalienáveis (CC, art. 100);
 Impenhoráveis;
 Imprescritíveis (CC, art. 102).
b) Uso Especial (Domínio Público)

c) Dominicais ou Dominiais (Domínio Privado)


 Alienáveis (CC, art. 101)

Obs.:

Afetação – Ato pelo qual um bem passa da categoria de domínio privado para
domínio público.

Desafetação – Ato pelo qual um bem passa de uso especial para dominical /
dominial.

Obs.:

Acessões Invertidas (CC, art. 1.253)

Acessão Artificial (CC, art. 1.255, § único e art. 1.270, §2º)

2.2.4. Bens Fora do Comércio


a) Por Sua Natureza

-Por abundância.
b) Por Lei

-Bens Públicos (Uso Comum do Povo e Uso Especial);

-Bem de Incapaz (CC, art. 1.609);

-Bem das Fundações (CC, art. 62 até art. 69);

-Bem de Família Legal (Lei nº 8.009/90);

-Direitos da Personalidade.

c) Pela Vontade Humana

-Cláusula de Inalienabilidade / Impenhorabilidade;

-Bem de Família Convencional ou Institucional.


3. PESSOA JURÍDICA
3.1. Conceito

-Conjunto de pessoas ou bens dotado de personalidade jurídica própria e


constituído na forma da lei para consecução de fins comuns.

3.2. Requisitos ou Pressupostos para a Constituição da Pessoa Jurídica


a) Affictio Societatis

-Vontade humana de criar a Pessoa Jurídica.

b) Elaboração do Ato Constitutivo


c) Liceidade ou Licitude de Seu Objeto

-Não pode ser defeso em lei.

d) Observância das Condições Legais

-Exigência legal.

3.3. Começo da Existência Legal (CC, art. 45)


a) Autorização
b) Elementos do Registro (CC, art. 46)

-Pessoa de Direitos e Obrigações.

3.4. Sociedade Irregulares / De Fato / Despersonificadas

-Mercado informal;

-Não são sujeitos de Direitos, porém são sujeitos de obrigação.

3.5. Classificação das Pessoas Jurídicas


3.5.1. Quanto à Órbita de Sua Atuação
3.5.1.1. Direito Público
a) Interno (CC, art. 41)
b) Externo (CC, art. 42)

3.5.1.2. Direito Privado

3.6. Pessoa Jurídica de Direito Privado (CC, art. 44 c/c EN 144)


a) Univertas Personorum (CC, art. 44, I, II, IV, V, VI)
b) Universita Bonorum (CC, art. 44, III)

Obs.:

ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

ASSOCIAÇÕES

PARTIDOS POLÍTICOS

3.6.1. Associações (CC, at. 53 ao art. 61 c/c EM 407, 534)


a) Conceito (CC, art. 53)

-Não tem finalidade lucrativa, mas pode ter fins comerciais.

b) Estatuto (CC, art. 54, 55 e 56)


c) Exclusão de Associado (CC, art. 57)
d) Intransmissibilidade da Finalidade de Associado (CC, art. 56)
e) Competência Privativa da Assembleia Geral (CC, art. 59, 60)
f) Extinção da Associação (CC, art. 61)

3.6.2. Sociedades (CC, Livro II, Título II)

-Direito Empresarial.

3.6.3. Fundações (CC, 62 a 69 c/c EN 08, 09)


3.6.3.1. Etapas Para Criação de Uma Fundação
a) Afetação de bens Livres

INTER VIVOS

DOTAÇÃO PATRIMONIAL

MORTIS CAUSA

-Bens Insuficiente (CC, art. 63)

-Transferência de Bens (CC, art. 64)

b) Elaboração e Aprovação (CC, art. 65, 66)

-Alteração (CC, art. 67)

-Não Unanimidade (CC, art. 68)

c) Registro (Lei nº 6.015/73)

3.6.3.2. Extinção (CC, art. 69)

-Ilícita, Impossível, Inútil;

-Vencido o prazo.

3.6.4. Organizações Religiosas (CC, art. 44, § 1º c/c EN 143)

3.6.5. Partidos Políticos (CC, art. 44, § 3º c/c Lei nº 9.096/95)

3.6.6. Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada (CC, art. 44, VI


c/c Lei nº 12.441/11)
3.7. Capacidade e Representação (CC, art. 48, 49)

3.8. Responsabilidade Civil


a) Pessoa Jurídica de Direito Público Interno (CC, art. 43)
b) Pessoa Jurídica de Direito Público Externo (CC, art. 47)

3.9. Desconsideração da Personalidade Jurídica (CC, art. 50, 51, 52)

DESVIO DE FINALIDADE

ABUSO DE DIREITO

CONFUSÃO PATRIMONIAL

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