Quadro do Magistério
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Nome do candidato
16.12.2018 | Manhã
FORMAÇÃO PEDAGÓGICA 02. Ana Maria, preparando-se para participar do Processo
de Promoção da Secretaria de Educação do Estado de
São Paulo, leu o livro História das ideias pedagógicas no
01. Em uma reunião pedagógica da escola Z, os professores Brasil, de Saviani (2010) e ficou perplexa ao concluir que
debatiam acerca de suas condições salariais e de traba- pouca importância tem sido dada ao conhecimento histó-
lho. No bojo da discussão, o professor Altino Pedro lem- rico da educação na formação de professores. Lendo o
brou aos colegas que o antigo Fundo de Manutenção e referido autor, ela constatou, por exemplo, que a primeira
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização vez que o Estado assumiu a responsabilidade pela edu-
do Magistério (Fundef) foi muito importante enquanto cação pública, ou seja, instituiu-se o privilégio do Estado
forma de regulação dos recursos destinados aos docen- em matéria de instrução, com base em ideias laicas e
tes da educação básica. Em complemento, a professora não religiosas, foi com
Felícia Maria mencionou a contribuição do atual Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (A) o Ratium Studiorum, em 1599.
e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb)
(B) a reforma republicana, em 1890.
para a criação de condições institucionais básicas para a
construção de políticas mais equânimes de valorização (C) o movimento da Escola Nova, em 1920.
do magistério. Já a professora Vitória Clarice destacou
que, além dos fundos estaduais, no âmbito nacional, (D) a Lei Federal no 9.394, em 1996.
o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(E) as reformas pombalinas, em 1759.
(FNDE) foi fortalecido, visto que ele passou a consti-
tuir importante instância de financiamento da educação
nacional, no que se refere às ações desencadeadas
pelo MEC particularmente no que concerne à formação 03. Na concepção de Morin (2000), a educação do futuro
docente em articulação com os entes federados. deverá ser o ensino primeiro e universal, centrado na
condição humana. Interrogar nossa condição humana
De acordo com Gatti (2001), no âmbito federal, um
implica questionar primeiro nossa posição no mundo. Na
importante instrumento de financiamento que oferece
imagem, o autor representa como compreende a relação
apoio técnico e financeiro aos municípios com índices
triádica indivíduo/sociedade/espécie.
insuficientes de qualidade do ensino é
(C) o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), (A) são a cultura e a sociedade que garantem a realização
que visa melhorar as condições de infraestrutura dos indivíduos, e são as interações entre indivíduos
física, ofertando recursos financeiros e pedagógicos que permitem a perpetuação da cultura e a auto-
às escolas. organização da sociedade.
(D) o Plano Nacional de Formação de Professores da (B) para se compreender a condição humana, é preciso
Educação Básica (PARFOR), lançado pela Presidên- que se leve em conta o indivíduo absoluto, no topo
cia da República, para investir recursos financeiros da pirâmide, fazendo dele o fim supremo do circuito
nos cursos de licenciatura. indivíduo/sociedade/espécie.
(E) a Universidade Aberta do Brasil (UAB), com o obje- (C) no circuito indivíduo/sociedade/espécie é preciso
tivo de promover a formação inicial e continuada de que se leve em conta o papel da sociedade e da es-
professores, utilizando metodologias de educação cola na determinação do indivíduo, de suas escolhas
a distância. e possibilidades.
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04. Tibúrcio Antônio é professor de Educação Básica I des- 06. Há duas importantes razões para conhecer e analisar
de 2003. Nos últimos anos, viu aumentar significativa- as relações entre o sistema educativo e as escolas. Por
mente o número de alunos com deficiência nas salas um lado, as políticas educacionais e as diretrizes orga-
de aula da escola regular. Diante disso, ele entendeu nizacionais e curriculares são portadoras de intencio-
ser um dever profissional, moral e ético buscar conhecer nalidades, ideias, valores, atitudes e práticas que vão
mais sobre o assunto. Ao ler o artigo de Rosita Carvalho influenciar as escolas e seus profissionais na configu-
(2005), com fundamento na autora, ele aprendeu que a ração das práticas formativas dos alunos, determinando
nova classificação dos níveis de deficiência, publicada um tipo de sujeito a ser educado [...]. Por outro lado, os
em 2001 pelo professor Eric Plaisance, ressalta profissionais das escolas podem aderir ou resistir a tais
políticas e diretrizes do sistema escolar, ou então dia-
(A) a Declaração de Salamanca, na qual a educação logar com elas e formular, colaborativamente, práticas
inclusiva é específica para alunos com necessidades formativas e inovadoras.
educacionais especiais. (Libâneo, 2012)
(B) que os alunos com deficiência devem estar na escola De acordo com o autor, em um caso e em outro, é preciso
comum ainda que não participem das mesmas ativi-
dades que os demais colegas. (A) conhecer e analisar as formas pelas quais se inter-
-relacionam as políticas educacionais, a organização
(C) que a expressão “pessoa em situação de deficiência” e a gestão das escolas e as práticas pedagógicas na
é um retrocesso na luta pelos direitos dos estudantes sala de aula.
portadores de necessidades especiais.
(B) situar o sistema escolar, as escolas e o trabalho do
(D) o funcionamento global das pessoas, relacionando-o, professor no contexto das transformações em curso
intimamente, com os fatores contextuais que as cercam. na sociedade contemporânea como reflexo da globa-
lização.
(E) como lidar com os diferentes tipos de deficiência, inca-
pacidade e impedimento apresentados pela Organiza- (C) conhecer e analisar as políticas educacionais, as re-
ção Mundial de Saúde. formas do ensino, os planos e as diretrizes curricu-
lares para o sistema escolar e as escolas, em uma
perspectiva histórica.
05. Tarsila foi aprovada em concurso público e ingressou (D) desenvolver conhecimentos e competências para os
recentemente no quadro de professor de Educação professores atuarem de forma eficiente e participativa
Básica I. No entanto, ela confessou a uma colega que nas práticas de organização e gestão da escola e na
pensa em desistir da profissão devido à indisciplina exor- transformação dessas práticas.
bitante de seus alunos. A professora começou, então,
a relatar situações de indisciplina vivenciadas em sala de (E) enfatizar os textos críticos em detrimento dos textos
aula, tais como bagunça, falta de limites, maus compor- legais e/ou documentos nos cursos de formação ini-
tamentos, falta de respeito com as figuras de autoridade, cial de professores para a análise crítica do sistema
etc. Para ela, a escola não é mais como antigamente e de ensino e da organização escolar.
isso dificulta o processo de ensino-aprendizagem. Essa
compreensão da professora, à luz do texto A desordem
na relação professor-aluno, de Julio Groppa Aquino
(1996), é
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07. A Constituição Federal de 1988 traz como um dos seus 09. A Coordenadora da Coordenadoria de Gestão da Educa-
objetivos fundamentais “promover o bem de todos, sem ção Básica, considerando a necessidade de estabelecer
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer procedimentos a serem observados na escolarização de
outras formas de discriminação” (art. 3o, inciso IV). Define, alunos com Deficiência Intelectual – DI, matriculados na
no artigo 205, a educação como um direito de todos, ga- Rede Estadual de Ensino, expede a Instrução Cgeb, de
rantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício 14.01.2015. A referida Instrução estabelece que o Atendi-
da cidadania e a qualificação para o trabalho. No seu artigo mento Pedagógico Especializado (APE), disponibilizado
206, inciso I, estabelece a igualdade de condições de aos alunos com deficiência intelectual, matriculados em
acesso e permanência na escola como um dos princípios classe comum, será garantido, dentre outras, sob a for-
para o ensino e garante, no artigo 208, como dever do ma de Sala de Recursos. Segundo a referida Instrução,
Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, entende-se por currículo regular para os anos iniciais do
preferencialmente na rede regular de ensino. Ensino Fundamental as expectativas de aprendizagem,
(Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva sendo o ponto de partida para a adaptação de acesso
da Educação Inclusiva, 2008)
(A) a avaliação inicial do aluno e a avaliação psicológica.
De acordo com esse documento, para a inclusão dos
alunos surdos, nas escolas comuns, (B) o Plano de Atendimento Individual (PAI).
(A) propicia-se o ensino de Libras para os alunos surdos (C) a rotina semanal e as modalidades organizativas.
e o de Língua Portuguesa para os demais alunos.
(D) um relatório circunstanciado da necessidade de apoio
(B) o atendimento educacional especializado deve ser permanente.
ofertado na modalidade oral e escrita ou na língua
de sinais. (E) o atendimento itinerante.
(C) ofertam-se os serviços de tradutor/intérprete de
Libras para os alunos surdos e os de Língua Portu-
guesa para os demais alunos.
10. Entender como o aluno aprende, como se dá o processo
(D) a educação bilíngue – Língua Portuguesa/LIBRAS – de formação dos conceitos é um conhecimento funda-
desenvolve o ensino escolar na Língua Portuguesa mental para o educador. Nesse propósito, corroboram
e na língua de sinais. significativamente os estudos de Vygotsky. De acordo
(E) promove-se o ensino da Língua Portuguesa como com Marta Kohl de Oliveira (In: La Taille et al., 1992),
primeira língua, na modalidade escrita, para alunos sobre o processo de formação dos conceitos, Vygotsky
surdos. defende que
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11. O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) é um programa do governo federal e consiste em um compro-
misso assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e municípios para assegurar que todas as crianças
estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3o ano do ensino fundamental. Para tanto, são definidos quatro eixos
de atuação, quais sejam: formação continuada de professores alfabetizadores; distribuição de materiais didáticos voltados para
a alfabetização; avaliação; gestão, controle e mobilização social. No que se refere à formação de professores, o documento
orientador do PNAIC (2017) apresenta um organograma e esclarece que “Universidades públicas, institutos federais, centros de
formação de docentes regularmente instituídos e escolas alfabetizadoras e de educação infantil de referência serão chamados
pelos gestores estaduais/distrital para a definição das formações realizadas no âmbito do PNAIC”.
De acordo com o referido documento, o desenho dessa formação deve ser orientado
(A) pelos resultados das avaliações externas de cada escola, pela aplicação de uma avaliação diagnóstica aos alunos de
1o, 2o e 3o ano, pelo material didático e pelas demais avaliações realizadas pelas redes.
(B) para reciclar e capacitar os professores alfabetizadores que não possuem curso superior, fornecendo-lhes, também,
material didático adequado para uso nas aulas de português e matemática.
(C) pela finalidade epistemológica e filosófica da alfabetização a ser debatida nos cursos de formação continuada, supe-
rando a concepção de alfabetização como um ato meramente metodológico.
(D) pelos programas Pro-alfabetização e Brasil Alfabetizado, os quais devem ser implementados nos Estados, Municípios
e Distrito Federal por meio do projeto político-pedagógico de cada escola.
(E) pelos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), do Sistema de Avaliação de Rendi-
mento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) e da Prova Brasil.
12. Priscila é uma aluna negra do Ensino Médio. Certa ocasião, ao entrar no banheiro da escola, ela notou um conjunto de picha-
ções racistas em relação aos negros. De imediato, Priscila comunicou o ocorrido à professora e à direção da escola. Diante
disso, os professores e gestores conversaram com os alunos e as alunas sobre a possibilidade de discutirem a questão
com toda a comunidade escolar. Começaram a discussão pela leitura da Constituição Federal de 1988, pela LDBEN/1996
e pela Resolução CNE/CP no 1, de 17 de junho de 2004, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. A partir desses diplomas legais,
entenderam corretamente que
(A) infelizmente, o cumprimento das referidas Diretrizes, por parte das instituições de ensino, ainda não é considerado
na avaliação delas.
(B) o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana é conteúdo próprio das disciplinas História do Brasil, Geografia
e Português.
(C) os sistemas de ensino devem criar condições materiais e financeiras necessárias para a Educação das Relações
Étnico-Raciais.
(D) os casos que caracterizem racismo serão tratados como contravenção penal, imprescritíveis e inafiançáveis.
(E) cabe à direção da escola comunicar ao Conselho Tutelar os casos de racismo entre crianças e adolescentes.
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13. Acerca dos recursos públicos e financiamento da educação 16. Francisco Joaquim faz parte do quadro do magistério pú-
na Constituição Federal de 1988, considerando os artigos blico paulista e decidiu conhecer melhor seus direitos e
212 e 213, é correto afirmar que deveres. Para isso, ele leu os artigos 61 a 64 do Esta-
tuto do Magistério Paulista (Lei Complementar Estadual
(A) os programas suplementares de alimentação e assis-
no 444, de 27 de dezembro de 1985). Acerca dos direitos
tência à saúde serão financiados com recursos prove-
e deveres do integrante do Quadro do Magistério paulista,
nientes de impostos.
de acordo com a referida lei, é correto afirmar que tal
(B) a educação básica pública terá como fonte adicional integrante
de financiamento a contribuição social do salário-
-educação, recolhida pelas empresas. (A) comete falta grave se impedir que o aluno participe
das atividades escolares em razão de qualquer carên-
(C) os recursos públicos serão destinados às escolas cia material.
públicas, não podendo ser dirigidos a escolas comu-
nitárias ou confessionais. (B) poderá ser afastado do exercício de seu cargo para
cursar pós-graduação, mas com prejuízo de venci-
(D) a União aplicará, anualmente, 25% e os Estados, o mentos e demais vantagens do cargo.
Distrito Federal e os Municípios, 18% da receita re-
sultante de impostos. (C) poderá ser afastado do exercício de seu cargo para
exercer, por tempo indeterminado, atividade em órgãos
(E) a distribuição dos recursos públicos assegurará prio-
ou entidades da União.
ridade ao atendimento das necessidades do ensino
superior. (D) tem direito de receber remuneração por serviço ex-
traordinário, independentemente de convocação e de
acordo com a classe a que pertencer.
14. O artigo 8o da LDBEN (Lei no 9.394/96) estabelece que
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (E) tem direito a gozar férias de acordo com o calendário
organizarão, em regime de colaboração, os respectivos escolar, negociação com a gestão ou período esta-
sistemas de ensino. Acerca da organização da educação belecido no projeto político-pedagógico.
nacional, conforme o artigo 10 da LDBEN/1996, é correto
afirmar que
(A) cabe aos Estados exercer função normativa, redis- 17. Segundo o artigo 23 da LDBEN/1996, a educação básica
tributiva e supletiva em relação às demais instâncias poderá organizar-se em séries anuais, períodos semes-
educacionais. trais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos,
grupos não seriados, com base na idade, na competên-
(B) a União terá a incumbência de estabelecer ações
cia e em outros critérios, ou por forma diversa de organi-
destinadas a promover a cultura de paz nas escolas.
zação, sempre que o interesse do processo de aprendi-
(C) na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacio- zagem assim o recomendar. Por meio da Resolução SE
nal de Educação, com funções consultiva e de orien- no 73, de 29 de dezembro de 2014, o Estado de São Paulo
tação e atividade esporádica. resolve reorganizar o Ensino Fundamental em Regime de
Progressão Continuada. De acordo com essa Resolução,
(D) a União terá a incumbência de baixar normas com-
é correto afirmar que
plementares para os sistemas de ensino estadual e
municipal. (A) os Ciclos de Aprendizagem devem ser compreendidos
(E) os Estados incumbir-se-ão de assegurar o ensino como espaços temporais independentes entre si, ao
fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino longo do Ensino Fundamental.
médio a todos que o demandarem. (B) ao final do 4o ano, o aluno que não estiver alfabeti-
zado deverá permanecer por mais um ano em uma
classe de recuperação intensiva.
15. A Resolução SE no 27, de 29 de março de 1996 dispõe sobre
o Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de (C) ao longo dos nove anos do Ensino Fundamental, são
São Paulo (SARESP). A Resolução estabelece que estabelecidos três ciclos: o Ciclo da Alfabetização, o
(A) caberá à Assessoria Técnica de Planejamento Edu- Intermediário e o Final.
cacional o gerenciamento do Sistema de Avaliação. (D) os alunos do 9o ano do Ensino Fundamental com
(B) o SARESP contemplará todas as disciplinas, da edu- pendência em três disciplinas não poderão iniciar a
cação infantil ao ensino médio. 1a série do Ensino Médio.
(C) o SARESP contemplará as últimas séries do ensino (E) o acompanhamento e a avaliação das aprendiza-
fundamental, nas disciplinas Português, Matemática, gens de cada aluno devem ser realizados ao final de
Artes, Biologia, Física e Química. cada ciclo.
(D) um dos objetivos do SARESP é oferecer informações
que subsidiem a capacitação dos recursos humanos
do magistério.
(E) o SARESP abrangerá todas as escolas, tanto as da
rede estadual, como as municipais e particulares,
independentemente de adesão à proposta.
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18. Paulina Maria é docente do Projeto Apoio à Aprendiza- 20. De acordo com o artigo 37 da LDBEN/1996, a educa-
gem – PAA, instituído pela Resolução SE no 68/2013 e ção de jovens e adultos será destinada àqueles que não
tratado pela Resolução SE no 71, de 29 de dezembro de tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos
2014. Sobre a atuação dos docentes no PAA, de acordo fundamental e médio na idade própria e constituirá ins-
com as referidas resoluções, pode-se afirmar que trumento para a educação e a aprendizagem ao longo da
vida. Essa é a situação de Mariela Fernanda, que tem 17
(A) caberá ao docente do PAA subsidiar as atividades anos, concluiu o ensino fundamental, desistiu de estudar
programadas pelo professor de disciplina do 5o, 6o para trabalhar, mas agora quer cursar presencialmente
ou 7o ano do ensino fundamental. o ensino médio na modalidade Educação de Jovens e
Adultos. Considerando o que estabelece a Deliberação
(B) a atuação do docente do PAA, no horário das res- CEE no 124/14 sobre exames e cursos de educação de
pectivas aulas regulares, ocorrerá mediante atendi- jovens e adultos, é correto afirmar que
mento por grupo de no mínimo 5 alunos.
(A) Mariela Fernanda pode ingressar no ensino médio
(C) o docente do PAA terá ação de imediata intervenção desde que preste avaliação de desempenho para
na aprendizagem, a ocorrer em período inverso ao fins de promoção.
das aulas regulares.
(B) Mariela Fernanda não pode ingressar no ensino
(D) o docente do PAA não poderá substituir os profes- médio, pois exige-se do aluno a idade mínima de
sores da unidade escolar em casos de ausências/ 21 anos completos para o início do curso.
licenças/afastamentos.
(C) diferentemente dos cursos à distância, os cursos
(E) o docente do PAA atuará em apoio escolar aos pro- presenciais deverão ser desenvolvidos por meio de
fessores de todas as disciplinas do Ensino Funda- projetos pedagógicos específicos.
mental e do Ensino Médio.
(D) o curso de Mariela Fernanda deve ser organizado
com duração mínima de 24 meses e carga horária
máxima de 1 200 horas de trabalho escolar.
19. Na última reunião do ano, entre pais e professores, o pro-
fessor Felício estava indignado, pois insistia com os pais (E) os conceitos e critérios de avaliação deverão constar
sobre o seu desejo de reprovar alguns alunos do 7o ano do regimento escolar e do projeto pedagógico das
do Ensino Fundamental por não terem obtido notas sa- instituições.
tisfatórias nas provas de matemática. Ele lamentava que
a Deliberação CEE no 9/97 tenha instituído o regime de
progressão continuada no ensino fundamental. Acerca
da avaliação e da progressão continuada, com base na
Indicação CEE no 22/97, é correto afirmar que
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Formação Específica r a s c u n h o
(D) o antecessor de 4 é 5.
(A) 3a ordem.
(B) 4a ordem.
(C) 5a ordem.
(D) 6a ordem.
(E) 7a ordem.
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27. Na Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais, al- RASCUNHO
guns estudos são apresentados para justificar a proposta
dos PCN, diante da situação do Ensino Fundamental, na
época de sua criação. Um dos estudos apresentados é
representado na seguinte tabela, que consta da página
19 do referido documento:
(A) 1,125%.
(B) 2,125%.
(C) 101,25%.
(D) 112,5%.
(E) 212,5%.
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Leia o texto para responder às questões de números 29 e 30. 31. De acordo com as Orientações Curriculares do Estado
de São Paulo: língua portuguesa e matemática (Ciclo I),
A concepção de conjunto proposta neste trabalho funda- em relação à escrita, ao final do 1o ano do Ensino Funda-
-se sobre o postulado de que comunicar-se oralmente ou por mental, espera-se que o aluno seja capaz de
escrito pode e deve ser ensinado sistematicamente. Ela se
articula por meio de uma estratégia, válida tanto para a pro- (A) evitar ambiguidades, articular partes do texto e garan-
dução oral como para a escrita, chamada sequência didática, tir concordância verbal e nominal.
a saber, uma sequência de módulos de ensino, organizados
conjuntamente para trabalhar uma determinada prática de (B) reescrever, de próprio punho, histórias conhecidas,
linguagem. As sequências didáticas instauram uma primeira considerando as ideias principais do texto fonte e
relação entre um projeto de apropriação de uma prática de algumas características da linguagem escrita.
linguagem e os instrumentos que facilitam essa apropriação.
(C) escrever alfabeticamente textos que conhece de
Desse ponto de vista, elas buscam confrontar os alunos com
memória (o texto falado e não a sua forma escrita),
práticas de linguagem historicamente construídas, os gêneros
tais como: parlendas, adivinhas, poemas, canções,
textuais, para lhes dar a possibilidade de reconstruí-las e
trava-línguas, entre outros.
delas se apropriarem. Essa reconstrução realiza-se graças à
interação de três fatores: as especificidades das práticas de (D) reescrever e/ou produzir textos de autoria, com apoio
linguagem que são objeto de aprendizagem, as capacidades do professor, utilizando procedimentos de escritor:
de linguagem dos aprendizes e as estratégias de ensino planejar o que vai escrever considerando a intencio-
propostas pelas sequências didáticas. nalidade, o interlocutor, o portador e as característi-
(Dolz & Schneuwly, 2004) cas do gênero.
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33. Leia o texto. 34. Considere as imagens.
(E) a leitura de textos relacionados à ciência, com os (A) buscar o desenho como espaço de manifestação
quais se pretende explorar a oralidade dos alunos e das ideias, o que é muito mais adequado do que a
a produção escrita, para veicular o conhecimento dis- produção escrita.
cente. (B) deixar de solicitar esse tipo de atividade para o aluno,
considerando que ele não tem competência suficiente
para realizá-la.
(C) explorar uma situação de intercâmbio oral em que
esse aluno possa expor seu raciocínio, como debates,
entrevista ou diálogo.
(D) trabalhar com a cópia sistematicamente em sala de
aula, para que esse aluno se capacite, seja na escrita,
seja na oralidade.
(E) solicitar à direção da escola que esse aluno seja
alocado em outra turma, que também apresente
defasagem de aprendizagem.
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36. No quadro que apresentam para o trabalho com gêne- Leia o texto para responder às questões de números 38 e 39.
ros orais e escritos na escola, Dolz & Schneuwly (2004)
mostram que, para cada um deles, deve haver a esco- Era uma vez um czar. Pois este soberano da Rússia que-
lha de unidades linguísticas que reportem aos usos efeti- ria casar seus três filhos, e resolveu criar uma maneira diver-
vos. Assim, para o ciclo 1-2, trabalhando a oralidade, um tida de escolher um par para os rapazes. O czar organizou
exemplo de enunciado em que as unidades linguísticas um torneio de arco e flecha, que funcionaria assim:
“utilizam organizadores de causa para sustentar opiniões” Os príncipes, por ordem de idade, atirariam uma flecha
é: para o alto. “Será princesa a moça que estiver mais próxima
de onde a flecha cair”, disse o czar. A notícia correu todo o
(A) Naquele mês, todo carro zero quilômetro estava reino e muitas moças compareceram no dia do torneio.
sendo vendido com desconto. Apesar disso, as Foi uma grande festa ao ar livre, com comida farta, música
vendas estavam baixas. e dança. A certa altura do evento, ouviu-se o som de trompe-
tes e o rufar de tambores. Era o anúncio de que o torneio ia
(B) O patrimônio do rapaz duplicara em pouco tempo,
começar. Todas as moças ficaram nervosas. Queriam, claro,
mas ele ainda não estava satisfeito com os seus
ter a sorte de se tornarem princesas.
negócios.
Finalmente, as flechas seriam disparadas! O príncipe mais
(C) O aluno estava se preparando para a prova, que velho foi o primeiro. Sua flecha foi parar perto de uma bela
pressupunha ser bem difícil, conforme comentavam camponesa, que chorou muito quando percebeu que tinha
os seus colegas. sido escolhida (pela flecha!) para se casar com o príncipe.
O segundo príncipe também ficou feliz com a sorte que
(D) Como as temperaturas caíram muito naquela madru- teve ao atirar a sua flecha. Em pouco tempo já estava de
gada, infelizmente houve casos de pessoas que mor- conversa com a moça.
reram de frio. Eis que chegou a vez do terceiro príncipe, o mais novo:
Ivan. O caçula do czar era um tanto desajeitado, de forma
(E) Assim que o sinal soou, os alunos saíram da sala de
que não foi surpresa quando ele errou qualquer alvo que
aula a fim de chegar logo ao parque mais encantador
estivesse na festa. A flecha de Ivan foi parar perto do rio, que
da cidade.
ficava do lado de fora dos muros do palácio. Todos correram
para saber com quem o mais novo dos príncipes se casaria, e
adivinhe só! Ivan tinha acertado de raspão um sapo enorme.
37. Ao discutir a tradição pedagógica brasileira, os Parâme- E agora?!
tros curriculares nacionais – Introdução (1997) deixam O czar, que nunca voltava atrás em suas decisões, afir-
claro que mou que Ivan se casaria com o sapo. E logo na primeira noite
após esse anúncio, Ivan descobriu que o sapo era, na verda-
(A) a educação brasileira se desenvolveu de forma autô- de, uma bela moça. Ela havia sido castigada pela feiticeira
noma, sem receber influência estrangeira. do rio, Baba Yaga, por ter descumprido uma ordem. Assim,
de dia, passava a vida como sapo e, à noite, voltava à forma
(B) a escola assumiu uma postura conservadora, da
de mulher.
qual o professor era a autoridade máxima.
Ivan resolveu enfrentar a feiticeira para resolver o proble-
(C) a escola brasileira partiu, desde seus primórdios, de ma de sua futura esposa. Ele esperou que ela virasse sapo
uma visão sociointeracionista de ensino. novamente e rasgou a pele grossa do sapo verde. Lá dentro
da pele do sapo, estava a moça, linda e assustada. A feiti-
(D) a memorização de conteúdos e a descontextualiza- ceira ficou furiosa ao saber que Ivan havia descoberto como
ção destes sempre foram combatidas pela escola. livrar a moça do encanto. Mas o rapaz não deu tempo para
a feiticeira planejar uma vingança. Isolou o rio, decretou que
(E) a educação perseguiu as práticas contextualizadas ninguém mais mergulharia nele. E assim Baba Yaga também
e significativas para a construção do conhecimento. ficou isolada para sempre!
Se um dia você for à Rússia, pense bem antes de mergu-
lhar num rio, hein?!
(A princesa-sapo é um conto de fadas de origem russa.
Esta versão foi livremente adaptada pela CHC.
Em: http://chc.org.br. Adaptado)
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38. De acordo com Isabel Solé (1998), a leitura “é um pro-
cesso de interação entre o leitor e o texto para satisfazer
um propósito ou finalidade.” Desse modo, uma intenção
possível de leitura com o conto lido é
15 seed1805/002-PEB-I