Você está na página 1de 186

ANÁLIsE COMPARATIVA DE RISCO PARA CONFIGURAÇÕES DE BLOWOUT

PREFZATERS EM SONDAS DE POSICIONAMENTO DINÂMIco

Adriana Ribeiro Machado da Silva

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS


PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS
PARA A OBTENÇÃO DO GRAU D E MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA
OCEÂNICA.

Aprovada por:

- L-/-
Dr. Nilo de Moura Jorge, Ph.D.

z , D>
Prof Murilo ~ u ~ u s t o k aPh.

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL


MARÇO DE 2003
STLVA, ADRIANA RZBEIRO MACHADO DA
Análise Comparativa de Risco para
Configurações de Blowout Preventers em Sondas
de Posicionamento Dinâmico
[-o de Janeiro] 2003
XIII, 179 p. 29,7 cm (COPPEKFRJ, M.Sc.,
Engenharia Oceânica, 2003)
Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro,
COPPE
1. Confíabilidade e Análise de Risco de Sondas
de Posicionamento Dinâmico
2. Engenharia Submarina
I. COPPEIUFRJ II.Título (série)
A minha família e meus amigos.

iii
AGRADECIMENTOS

A Deus, por fazer parte da minha vida, protegendo e guiando os passos que sigo.

Aos meus pais, que acima de tudo, sempre apoiaram meus estudos com paciência e
incentivo. Às minhas irmãs, pela amizade e companheirismo no lar.

Aos meus orientadores, Prof. Segen Farid Estefen e Nilo de Moura Jorge, pela atenção e
experiência fornecida ao longo do trabalho e principalmente pelas sugestões, críticas e
orientações que foram fundamentais no desenvolvimento da minha formação.

Aos colegas de Mestrado em Engenharia Submarina: Silvia, Janaína, Werneck, Cristina,


Sidnei, Élcio, Mário, Guilherme, Mônica, Luis Eduardo e Marcelo.

A PETROBRAS e aos colegas da empresa que me forneceram material didático e suporte


técnico necessário para meu crescimento profissional e acadêmico.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq.

Aos funcionários do PEnO e do LTS pelo suporte prestado.


Resumo da Tese apresentada a COPPEKJFRJ como parte dos requisitos necessários para
a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.).

ANÁLIsE COMPARATIVA DE RISCO PARA CONFIGURAÇÕES DE BLOWOUT


PREVENTERS EM SONDAS DE POSICIONAMENTO DINÂMIco

Adriana Ribeiro Machado da Silva

Orientadores: Segen Farid Estefen


Nilo de Moura Jorge

Programa: Engenharia Oceânica

A maioria das operações para fins de exploração e produção de petróleo em


águas profùndas é desempenhada por sondas de posicionamento dinâmico. Esse tipo de
sonda é mais susceptível a desconexões de emergência, e, maior confiabilidade do
equipamento de segurança da cabeça de poço (BOP) faz-se necessário para preservar a
integridade do mesmo.

A exploração em águas cada vez mais profundas dificulta ou mesmo


impossibilita a utilização da margem de segurança de riser sendo o BOP, neste caso, a
única barreira de segurança.

A análise de risco comparativa para duas configurações de BOP submarino,


usando o método de árvore de falha, é contemplada nesta tese, considerando os eventos
desconexão de emergência e ocorrência de kick durante perfuração, este independe do
evento desconexão de emergência. Com isso o risco associado a cada uma das
configurações é quantificado, discutido e analisado, bem como outros fatores relevantes
acerca dos equipamentos de segurança e cenários operacionais.
Abstract of Thesis presented to COPPE/üFRJ as a partia1 fulfillment of the requirements
for the degree of Master of Science (M.Sc.)

COMPARATIVE ANALYSIS OF RISK FORBLOWOUT PREVENTERS ON


DINAMIC POSITIONING RIGS

Adriana Ribeiro Machado da Silva

Marchl2003

Advisors: Segen Farid Estefen


Nilo de Moura Jorge

Department: Ocean Engineering

Most deep water oil prospection activities are carried out by dynamic positioning
rigs. Due to the risk aspect of such activities, these rigs are more ofken subject to
emergency disconnections and, therefore, the wellhead safety equipment (BOP) requires
better reliability towards the well's integrity preservation.

Deep water drilling prevents de use of "riser safety margin". Hence, BOP
becomes the only safety device available, and its reliability becomes even more critical.

This thesis contemplates comparative risk analyses for two different subsea
BOPs configurations, which are performed by using the "fault tree method". Such
analyses consider both emergency disconnection and kick events during drilling
activities, which are independent events. The risk associated with each configuration is
quantified, discussed and analyzed as well as other relevant factors about safety
equipment and operational scenarios.
CAPITULO II...............................................................................................................6
REVISA0 BIBLIOGRAFICA............................................................................................................
6
.
2.1.OPERAÇAO DE SONDAS DP.................................................................................................. 6
2.1.1 -HIST~RICO DO SISTEMA DE POSICIONAMENTO DINÂMICO NO BRASIL .................8
2.1.2 -SISTEMADP .......................................................................................................................
11

2.2.BOPS (BLOWOUT PREVENTERS) SUBMARINOS ........................................................... 13


2.2.1 - COMPONENTES DO BOP STACK ................................................................................. 15
2.2.2 - CONFIGURAÇOES DO BOP ..............................................................................................
23

2.3.ABORDAGEM SOBRE DESCONEXÃODE EMERGÊNCIA.............................................. 2 4


2.3.1 -MECANISMOS EDS ............................................................................................................ 26
2.3.2 -3LACK OUT EM SONDAS DP...........................................................................................27
2.3.3 - ESTADOS OPERACIONAIS DE SONDAS DF .................................................................... 28
2.3.4 - OPERAÇOES CRITICAS .....................................................................................................33

2.4.KICK E BLOWOUT ............................................................................................................... 34


2.4.1 - CONTROLE DE INFLUXOS (KíCXS) ............................................................................... 3 5
2.4.2 - F E C M N T O DO POÇO................................................................................................. 4 2

3.1. HPÓTESES BÁSICAS ASSUMIDAS ................................................................................. 5 0


3.1.1 - MARGEM DE SEGURANÇA DE RISER ............................................................................. 50
3.1.2 - ESTIMATIVA DA PARCELA DE TEMPO DOS ELEMENTOS FRENTE AO BOP............ 50
3.1.3 - ESTIMATIVA DA PARCELA DE TEMPO DE RESERVAT~RIOEXPOSTO .................... 51
3.1.4 - SISTEMA DE CONTROLE .................................................................................................. 51
3.1.5 - GAVETA CEGA CISALHANTE ........................................................................................ 53

3.2. CENÁFUOOPERACIONAL .................................................................................................... 53


3.2.1. CONFIGURA~~ES DO BOP SUBMARINO ..................................................................... 5 4
3.2.2. DESCRIÇÃODAS ÁRVORES DE FALHA ....................................................................... 5 7

MODELAGEM DO COMBATE AO KICK .............................................................................


68

4.1.HIP~TESESBÁSICAS ASSUMIDAS .................................................................................... 6 8


4.1.1 - ANÁLISE DOS MODOS DE FALHA .................................................................................7 0

MODELAGEM GLOBAL E RESULTADOS ................................................................................... 88

5.1.TAXAS DE FALHA PARCIAIS PARA O BOP CONVENCIONAL E MODIFICADO............88

5.2.TAXA DE FALHA GLOBA1PARA O BOP CONVENCIONAL E MODIFICADO ................89


DISCUSSÃO E ANÁLISE DE SENSIBILIDADE............................................................................ 91

i A N ~ I S EDE IMPACTO E SENSIBILIDADE....................................................................... 91


6. .
6.1.1 -KICK .................................................................................................................................... 93
6.1.2 -MARGEM DE SEGURANÇADE RISER ............................................................................. 95
6.1.3 - HIDROCARBONETO EXPOSTO....................................................................................... 9 6
6.1.4 -INTERVALO ENTRE TESTES ............................................................................................ 98
6 .i.5 - TAXA DE DESCONEXÃOMÉDIA (TDMJ ...................................................................... 100
6.1.6 - DESEMPENHO DA GAVETA CEGA CISALHANTE....................................................... 101
6.1.7 - GAVETA DE TUBOS ......................................................................................................... 102
6.1.8 - FATOR DE PROBABILIDADE DE ACIDENTES COM INDISPONIBILIDADEDE UMA
DAS LINHAS ................................................................................................................................ 103
6.1.9 - DESCONEXÃO ESPURIA ................................................................................................. 104
6.1.10 -COMBINAÇ~ES DOS PRTNCIPAIS PARÂMETROS...................................................... 106
6.1.11 - SISTEMA DE CONTROLE PFUNCIPAL ...................................................................... 107

CONCLUSÕESE RECOMENDAÇ~ESPARA TRABALHOS FUTUROS...................................109

APENDICE B............................................................................................................... 128


Tabela B1: TAXAS DE FALHA UTILIZADAS NAS FTAS.................................................129

Tabela B2: ANÁLIsE DE SENSIBILIDADE PARCIAL PARA O PARÂMETRo

"INTERVALO ENTRE TESTES"................................................................................................. 131

APÊNDICE C............................................................................................................... -132


ÁRvoREs DE FALHA PARA AS CONFIGURAÇÕESCONVENCIONAL
E MODIFICADA............................................................................................................................. 133

ARVORE DE FALHA PARA CONFIGURAÇÃOCONVENCIONAL....................................... 134


ÁRVOREE FALHA PARA CONFIGURAÇÃOMODIFICADA.................................................. 155
A perfuração em lâminas d'águas cada vez mais profundas é considerada um
desafio, principalmente para a indústria brasileira de exploração de petróleo, tendo em
vista que o Brasil possui a maior parte das reservas petrolíferas a serem exploradas em
profundidades superiores a mil metros. A Bacia de Campos possui um cenário
particular, o que exige um desenvolvimento tecnológico e científico de ponta para águas
ultraprofundas. A necessidade de se ter maior segurança e confiabilidade das sondas em
operação, inclusive as de posicionarnento dinâmico (DP), devido à possibilidade de
desconexão de emergência vem sendo reforqada. A perda da plataforma, os riscos de
vida, os atrasos na produção, poluição ambienta1 ou simplesmente aperda de dias de
sonda são conseqüências que devem ser severamente evitadas.

As operações de perfuração representam uma parte considerável dos recursos


investidos pela PETROBRAS, o que demanda muitos estudos e análises. A unidade
marinha de perfuração utiliza um equipamento chamado BOP (Blowoutpreventer), que
controla o poço no caso de um influxo de gás (kick), o que pode gerar uma explosão
(blowout). A dificuldade da utilização do conceito de "margem de segurança de riser",
barreira hidrostática, devido à formação de possíveis fiaturas no reservatório em altas
lâminas d'águas, torna necessário que o BOP tenha sido desconectado rapidamente e
realize o fechamento do poço com segurança, controlando qualquer fluxo indesejável.

A maioria das empresas contratadas adota a política de se fazer soar dois tipos de
alarmes visuais e sonoros para detectar a possível necessidade de desconexão.
Atualmente, os casos mais preocupantes que podem causar uma eventual desconexão de
emergência, devido à perda do posicionamento, estão relacionados com o alarme
amarelo, que indica a iminência de uma desconexão e significa que certos preparativos
devem ser imediatamente providenciados, para que seja possível enfientá-la com maior
segurança. Na realidade, tais situações de perigo ocorrem e podem ser percebidas antes
mesmo do alarme amarelo. O alarme vermelho indica que se deve efetuar
imediatamente a desconexão de emergência, sem tempo para preparativos.
As operações que representam direta ou indiretamente risco de poluição ambienta1
ou contaminação de reservatórios são conhecidas como operações críticas. Portanto,
uma desconexão onde há obstáculos que possivelmente impeçam a ação da gaveta cega
cisalhante, com conseqüente risco de explosão (blowout) está associada a operações
com reservatório exposto, sem margem de segurança de riser, passagem de
revestimentos ou elementos que não podem ser cortados pela gaveta cisalhante.

A tese tem como objetivo dar seqüência a uma linha de pesquisa, desenvolvida
pela PETROBRAS e COPPE, no sentido de quantificar os riscos relacionados ao evento
desconexão de emergência. Este trabalho associa o risco de uma eventual desconexão
de emergência e o risco do combate a um possível kick, este tem ocorrência
independente dessa desconexão, a duas configurações de BOP submarino. O estudo de
confiabilidade considera uma envoltória maior, já que insere a possibilidade de
descontrole do poço devido a uma situação submetida ao kick. As árvores de falha
(FTAs) desenvolvidas descrevem de maneira simplificada um acidente crítico por poço
com uma sonda DF, para o BOP de configuração convencional e modificado. Com isso,
a proposta é a determinação da configuração que apresente o menor conjunto de risco.

Foram considerados os dados atualizados de confiabilidade de BOP [l]levantados


para lâminas d'águas de 1500 a 2000 metros e os dados de taxa de desconexão de
emergência desenvolvidos na pesquisa de análise de risco efetuada pela PETROBRAS e
COPPE.

O capítulo I apresenta uma introdução sobre a importância do tema descrito pela


tese e o principal objetivo proposto.

A revisão bibliográfica é apresentada no Capítulo Ií que descreve o sistema


operacional em sondas DP, o funcionamento do equipamento de segurança de poço
BOP, uma abordagem sobre desconexão de emergência em sondas posicionadas
dinamicamente e kick (influxo) e blowout (explosão).

O capítulo l
Ií descreve uma revisão e modelagem para desconexão de emergência
por análise de árvores falha (FTAs) e apresenta os parâmetros que tendem ao evento
topo (parcial) denominado acidente crítico na unidade DP /poço devido à perda de
posicionamento dinâmico ou a desconexão espúria (indevida).

O risco no combate ao kick é apresentado no Capítulo IV que é modelado em


árvores de falha (FTAs), no qual a descrição do evento topo (parcial) para o modelo é
denominado descontrole crítico no combate ao kick.

No Capítulo V é feita uma análise englobando as duas árvores descritas nos


capítulos III e TV e é determinada a taxa de falha global para os BOPs de configuração
convencional e modificada.

O Capítulo VI apresenta a discussão dos resultados obtidos nas árvores de falha e


análises de sensibilidade que enfoca variações na taxa de kick por poço, margem de
segurança do riser, taxa de desconexão de emergência, intervalo de tempo entre testes e
outros.

Finalmente, o capítulo VII apresenta as conclusões obtidas a partir dos resultados


apresentados neste estudo, assim como sugestões para o desenvolvimento de trabalhos
futuros.
2.1 - OPERAÇÃO DE SONDAS DP

As primeiras unidades de perfuragão marítima (UPM) eram simplesmente


sondas terrestres montadas sobre uma estrutura para perfurar em águas rasas. Eram
empregadas as mesmas técnicas utilizadas em terra, que funcionaram com sucesso por
algum tempo. A necessidade de perfurar em águas mais profundas fez surgir novos tipos
de equipamentos e técnicas especiais orientadas especificamente a perfwação marítima

O emprego de unidades conhecidas como flutuantes, tais como serni-


submersíveis e navios-sonda, fica condicionada a lâmina d'água, condição de mar,
relevo do fwido do mar, finalidade do poço, disponibilidade de apoio logístico e,
principalmente, relação custo-beneficio, como descrito por TRIGGIA, et a11 [2].

As sondas semi-submersíveis, Figura 1, são plataformas estáveis e trabalham em


condições de mar e tempo mais severas que os navios. Podem ser ancoradas ou
posicionadas dinamicamente e possuem compensador de movimentos.

Figura (1) - Sonda Serni-submersível (SS)


O navio-sonda, Figura 2, possui grande capacidade de armazenamento e
suprimento para perfuração e propulsão própria, no entanto é menos estável e atua em
LDAs (lâminas d'água) maiores que as sondas serni-submersíveis. Possuem
compensador de movimentos.

Figura (2) - Navio-sonda (NS)

A unidade flutuante sofre movimentações devido a ação das ondas, correntes e


ventos, com possibilidade de danificar os equipamentos a serem descidos no poço.
Assim, é necessário que ela fique posicionada na superflcie do mar, dentro de um
círculo de raio de tolerância ditado pelos equipamentos de superflcie, operação a ser
executada e lâmina d'água. Dois tipos de sistemas são responsáveis pelo
posicionamento da unidade flutuante: sistema de ancoragem e sistema de
posicionamento dinâmico.

No sistema de posicionamento dinâmico não existe ligação física da unidade


flutuante com o fundo do mar, exceto a dos equipamentos de perfuração. Sensores de
posição determinam a deriva e propulsores no casco acionados por computadores
restauram a posição da plataforma.

Em sondas flutuantes existe a possibilidade de desconexão de emergência do


riser, principalmente se a embarcação for posicionada dinamicamente. Por este motivo,
ao peso do fluido de perfuração, deve ser adicionada uma margem extra (de segurança)
à massa específica do fluido de perfuração. Isto visa um aumento na pressão
hidrostática, conhecida como margem de segurança de riser (MSR) para compensar a
perda parcial de pressão hidrostática, devido à remoção do riser. No caso de falha
operacional ou de um equipamento, de modo que o poço fique aberto, a pressão
hidrostática do fluido deveria ser igual à pressão do poço para poder amortecê-lo, não
permitindo o vazamento de gás ou óleo para o mar, o que seria um desastre ecológico e
comprometeria o futuro da jazida.

Por outro lado, o uso da margem de segurança de riser inviabiliza operações em


cenários de lâminas d'água profundas, com baixos gradientes de pressão de poros das
formações [2].

2.1.1 - HISTORICO DO SISTEMA DE POSICIONAMENTO DINÂMICO NO


BRASIL

A hnção do sistema de posicionamento dinâmico de uma embarcação é


possibilitar a manutenção da posição sobre uma determinada locação ou "alvo", dentro
de uma faixa de tolerância aceitável, que depende dos equipamentos envolvidos, da
operação em curso, da lâmina d'água e das condições oceano-metereológicas.

A história de sondas DP na PETROBRAS iniciou-se em 1984, com a chegada


do Pelerin (NS - 7), que em sua primeira investida na Bacia de Campos logrou êxito em
perfurar na lâmina d'água de 853m, e descobriu, assim, o campo de Marlim. No
entanto, desde o final da década anterior, sondas de posicionamento dinâmico já vinham
operando no âmbito de contratos de risco ao longo da costa brasileira.

Inicialmente as unidades DP contratadas para atividades exploratórias em águas


profundas assumiram a função de também perfurar e completar poços de
desenvolvimento, o que possibilitou os projetos de explotação dos campos gigantes
recém descobertos. A partir de 1989, uma nova atividade incorporou-se à carteira das
sondas DP: workover (operações de exame) em poços de águas rasas, uma vez que, em
áreas congestionadas e/ou de fundeio restrito, a entrada de sondas ancoradas
apresentava dificuldade de operação.

Naquela época cada operadora adotava procedimentos operacionais e planos de


contingência específicos, porém basicamente voltados para poços isolados. A medida
que novas unidades DP entravam em operação, incidentes tais como desconexão de
emergência e black-outs, sucediam-se com freqüência preocupante, via de regra
atribuídos ao "mau tempo". Tais fatos ocorriam pela própria falta de padronização de
procedimentos e pelo desconhecimento generalizado dos técnicos da PETROBRAS, em
relação às particularidades deste tipo de sondas; quais as implicações decorrentes das
operações de uma sondaDP e quais os limites operacionais de segurança. Observava-se
também uma acentuada divergência entre os procedimentos adotados por cada
contratada

Muito se fez ao longo dos anos para se institucionalizar na PETROBRAS uma


Jilosojia operacional e uma cultura DP, antes vista como caixas pretas de domínio
exclusivo das contratadas. A conscientização das possibilidades de falhas e dos riscos
de acidentes de grandes proporções, bem como os primeiros contatos com organismos
reguladores internacionais e novas tecnologias, apontavam a necessidade de
procedimentos mais abrangentes.

Desta forma, por pura necessidade face ao elevado número de incidentes, um


grupo de técnicos foi gradativamente, e de forma autodidata, tornando-se especialista
em posicionamento dinâmico, não apenas no que tangia ao funcionamento geral, mas
também com vistas ao inter-relacionamento entre os diversos sistemas que compõe o
DP, principalmente na determinação precisa dos limites operacionais e da redundância
necessária a cada equipamento, estabelecendo, a partir desses parâmetros, os
procedimentos operacionais a serem adotados em termos de poço / sonda diante de cada
situação em particular.

Começaram, então, a aparecer trabalhos que procuravam suprir a carência de


informações e conhecimentos referentes a sondas DP. Tais fatos trouxeram
preocupações que obrigaram o antigo departamento de perfuração (responsável pelo
gerenciamento dos contratos e principal usuário das unidades DP) a criar um programa
estratégico de segurança operacional, que visava consolidar a experiência de técnicos da
PETROBRAS e das contratadas e tinha o objetivo de estabelecer conceitos,
procedimentos e instrumentos de controle que resultassem na redução dos riscos
inerentes à operação com sondas DP.

Em abril de 1992 foi instituído o grupo de trabalho (GT), denominado


programa de segurança em posicionamento dinâmico (DPPS), com o objetivo de
melhorar a qualidade das operações com unidades DP através de um enfoque sistêmico
dos aspectos ligados à segurança, com custos aceitáveis. Estruturou-se o GT de forma a
contemplar onze projetos integrados que, apesar de consolidarem o conhecimento
adquirido até então, precisariam ser periodicamente revisados, aperfeiçoados, ampliados
ou mesmo ter suas proporções reformuladas em função de novos cenários.

O DPPS foi criado basicamente voltado para perfuração. Em outubro de 1993,


contudo, um grupo de técnicos, do antigo DEPRO, reuniu-se para validar suas
conclusões e recomendações e principalmente analisar o impacto das mesmas em seus
estudos de viabilidade técnica e econômica (EVTEs).

A medida que novos desafios iam surgindo, h t o do crescente número de sondas


DP que operavam em áreas cada vez mais profundas elou congestionadas, o GT inicial
transformou-se no atual DPPS, uma atividade dentro do grupo de segurança de poço e
Coordenação de Sondas Contratadas (GSC) da GENPO.

O cenário da Bacia de Campos passou a ser visto em termos mundiais como um


campo de provas para unidade DP, tanto sondas como embarcações especiais. As
dificuldades geradas pela lâmina d'água ultraprofunda, pelas convivências em áreas
congestionadas e pelas operações DP em águas rasas devido ao fundeio restrito
passaram a ser enil-entadas no dia-a-dia na Bacia de Campos. Isso levou ao
desenvolvimento de uma série de conceitos, preceitos e procedimentos, que
praticamente, de forma isolada em relação ao resto do mundo, são agora vistos pelas
demais operadoras como normas práticas para a operação DP na medida em que se
amplia a utilização de tais unidades na indústria offshore [3].
2.1.2 - SISTEMA DP

Os sistemas dos equipamentos que fazem parte do posicionamento dinâmico de


uma sonda se dividem em três grandes grupos: sistema de geração de energia, sistema
de propulsão e sistema D.P. Falhas nos equipamentos ou más condições ambientais
podem levar à perda de um ou mais dos sistemas, o que impossibilita que a sonda
mantenha-se posicionada.

O Sistema de Geração de Energia provê energia elétrica que permite a atuação


dos demais sistemas. É composto, basicamente, pelos motoreslgeradores e pelos
gerenciadores de energia (PMSs).

O Sistema de Propulsão provê energia mecânica que contrabalança a atuação das


forças ambientais, permitindo que a sonda mantenha-se sobre um objetivo pré-
determinado dentro de um círculo de passeio tolerável. É composto, basicamente, pelos
trusters (controle azimutal, controle do pitch e lubrificação) e propulsores.

O Sistema DP determina a posição atual da sonda, compara-a com a do objetivo


pré-determinado e comanda os trusterslpropulsores para eventuais correções
necessárias.

Os sistemas de referência de posição são compostos pelos subsistemas


responsáveis pela determinação da posição da sonda num dado momento. Os mais
conhecidos são:
- Sistema acústico: composto basicamente de beacons ou transponders, que
emitem sinais hidroacústicos, hidrofones e transdutores, que recebem sinais
acústicos e os convertem em sinais elétricos, e processadores de sinais, que
processam os sinais utilizando-os na determinação da posição da sonda.
- ERA (ângulo do riser elétrico): composto basicamente de sensores de
inclinação e direção e os cabos elétricos (normalmente cabo rnultiplex do BOP)
responsáveis pelo envio dos sinais elétricos à superficie.
- ARA (ângulo do riser acústico): Composto por sensores de inclinação e
direção e os sinais são enviados à superficie acusticamente.
- Tautwire: composto de poita assentada no fundo do mar e cabo unindo esta
poita à sonda e sensores de inclinação e direção.
- DGPS (dinamical global position system): determina a posição da sonda a
partir de informações recebidas de satélites.
- Syledies: determinam a posição da sonda a partir de informações vindas de
estações fixas emissoras de sinais.
Os Sistemas de Sensores são compostos por sub sistemas que auxiliam no
posicionamento da sonda. Os mais importantes são:
- V.R.U. (Unidade Vertical de Referência): envia os dados ao computador que
permitem a "correção" das distorções impostas aos sinais hidroacústicos devido
ao movimento de roll, pitch e heave da sonda.
- Giroscópios: fornecem a informação da direção do aproamento da sonda. Este
dado, entre outras funções, será adicionado àqueles enviados pelos hidrofones ou
transducers do Sistema Acústico e àqueles enviados pela V.U.R., para que seja
possível a determinação da posição.
-Sensores de vento: fornecem a informação da intensidade e direção do vento.
Este dado é importante para calcular as forças atuantes na sonda devido ao
vento.

O Sistema de Controladores/Computadores recebem os dados enviados pelos


sistemas de referência de posição e pelos sistemas de sensores, os processam,
determinam a posição da sonda em relação ao poço ou a um outro objetivo e enviam os
comandos aos thrusters para efetuar as correções de posição necessárias.

Os Sistemas U.P.S.s (Manutenção da Força Ininterrupta) contém um banco de


baterias para possibilitar o abastecimento ininterrupto de energia para os equipamentos
do Sistema D.P., no caso de falha do sistema de suprimento normal (via
transformadores).

Tendo em vista os riscos envolvidos nas operações offshore, exige-se elevado


grau de confiabilidade e para tal os sistemas DP de sondas devem obedecer ao Princípio
da Redundância: os sistemas deverão ser projetados de modo que uma falha simples em
equipamentos ou subsistema não possa resultar em falha catastrófica (desconexão de
emergência). A aplicação deste principio, apesar de aparentemente simples, exige
alguns cuidados especiais já que a mera multiciplidade de equipamentos com a mesma
função não garante aumento de confiabilidade se eles forem sujeitos ao mesmo modo de
falha (exemplo: thruster e sistemas de referência de posição). No caso de Sistema DP,
propriamente dito, exige-se a configuração triplex de todos os seus integrantes, uma vez
que seu modo operacional triple voting, revelou-se o mais confiável[4].

2.2 - BOPS (BLOWOUT PREVENTERS) SUBMARINOS

O BOP submarino é um equipamento primário (mecânico) de segurança do poço


instalado distante da plataforma, cuja localização caminha para águas cada vez mais
profundas. Para fazer face aos esforços a que está submetido, o conjunto BOP
submarino tem seus componentes integrados em uma estrutura que apresenta maior
resistência e confíabilidade, compondo o BOP stack 151.

É constituído de válvulas de grande porte e dispositivos mecânicos, hidráulicos,


pneumáticos e elétricos, cujas finalidades principais são: manter ligação do poço com a
unidade de perfuração, conter e controlar o fluxo do poço. O conjunto permite ainda: a
passagem e movimentação das ferramentas de perfuração, o bombeamento de fluido
para o poço, movimentação da coluna com o poço fechadolpressurizado e o
ancoramento e corte da coluna de perfuração.

O BOP stack é acoplado ao housing de alta pressão por um conector hidráulico.


Possui gavetas vazadas, gaveta cisalhante, válvula anular, linhas de choke e kill e
válvulas associadas. O BOP consiste também de acionamento remoto e acumuladores
submarinos de fluido de acionamento, de modo a permitir que as funções principais do
BOP possam ser acionadas sem a necessidade de suprimento da superfície.

A esta configuração tradicional, inclui-se uma segunda porção, chamada lower


marine riser package (LMRP), que é acoplado à parte superior do BOP stack também
por um conector. O LMRP pode ser desconectado remotamente, permitindo uma saída
rápida para abandono do poço em casos extremos de ocorrência de acidentes. A sua
recuperação pode ser feita independente do BOP. O LMRP aloja dois PODs
recuperáveis, que contém todas as válvulas de controle das funções do BOP e do LMRP.
Deste modo, o controle das funções do stack estará protegido de danos em caso de
emergência.

Devido ao alto grau de liberdade dos movimentos da unidade durante a perfuração,


os revestimentos ficam apoiados no fundo do mar por intermédio de sistemas especiais
de cabeça de poço submarino. Sobre estes se conectam os equipamentos de segurança e
cabeça de poço, sendo que o retorno do fluido de perfuração à superfície é feito através
de uma coluna, chamada riser (tubo de aço), que se estende até a plataforma.

Ficam, também, integradas ao riser as linhas de matar (kill), estrangular (choke) e a


linha de acionamento do BOP. Em lâminas profundas é comum a utilização de mais
uma linha para permitir a injeção de fluido de perfuração, aumentando a vazão e
possibilitando uma melhor remoção dos cascalhos no interior das longas colunas de
riser. Em operação de controle de influxo, com o BOP fechado, o fluido retoma pela
linha de estrangular (choke), que tem a resistência requerida.

As válvulas de segurança são utilizadas nos pontos de conexão com o BOP,


mantidas automaticamente fechadas ou abertas hidraulicamente. Em caso de queda da
pressão da linha de acionamento, estas válvulas se fecham automaticamente. As
válvulas direcionadoras para realizar funções no BOP são acionadas remotamente,
empregando-se comandos hidráulicos ou elétricos multiplexados. Os comandos
multiplexados são utilizados em sondas de perfuração em lâminas d'água profunda. E os
hidráulicos em plataformas flutuantes convencionais.

Além disso, o BOP possui um dispositivo de acionamento de emergência (EDS),


que aciona funções necessárias para uma desconexão rápida do LMRP, com apenas um
único toque de botão.As conexões podem ser feitas ou desfeitas remotamente da
superfície através dos conectores entre o BOPlhousing e BOPILMRP, conforme
esquematizado na figura 3 151.

Após a perfuração, a unidade flutuante completa o poço, o housing submarino e o


último suspensor de revestimento (casing hanger) são utilizados para acomodar, travar e
selar o suspensor da coluna. A coluna de produção e o suspensor são descidos e
encaixados no lugar com o BOP ainda no housing, o que permite o controle do poço 161.
xa 3 - BOP Submarino. Cortesia da Cooper Cameron Corporation (JORGE 2000j

2.2.1 - COMPONENTES DO BOP STACK

* Componentes superiores de um BOP

TI' .-Adaptador de riser

Aniilar Siinerinr

- Conector superior

Figura 4 - LMRP (Low Marine Riser Preventer)


Componentes inferiores de um BOP

- Mandril ou pino

BOP anular

Gaveta cega ou
cega cortadora Bloco duplo superior

Gaveta vazada
ou de tubo Bloco duplo inferior

Figura 5 - BOP STACK

A configuração normal dos BOPs para águas profundas emprega um conector no


topo e outro abaixo do BOP. O conector inferior liga o BOP stack a cabeça do poço e
deve ter classe de pressão igual a do conjunto de gavetas e cabeça de poço. O conector
superior liga o LMRP ao BOP stnck; deve ser da mesma classe de pressão que o
inferior, uma vez que outros preventores (preventers) são normalmente adicionados ao
LMRP. Sob condições nosmais o conector superior nunca é exposto a pressões maiores
que a diferença entre as hidrostáticas do fluido de perfuração e da água do mar [ 5 ] .

o Preveíttores Anular

O preventor anular é um equipamento que permite o fechamento do poço em


qualquer situação, independentemente da coluna que seja usada, isto é, todos os
formatos e dimensões de haste quadrada, comandos, tubos de perfwação (drill pipe),
junta de tubo (to01joint), revestimento e cabos de aço. Deve se levar em conta que a
vedação não ocorre quando fechado contra estabilizadores, heamers, hole openers e
pode não ocorrer quando fechado em comandos espiralados. O preventor anular foi
projetado para permitir o stripping (escorregar a coluna) e snubing da coluna de
perfuração. Esta capacidade permite a movimentação da coluna com o poço
pressurizado. Deve ser o primeiro preventor a ser fechado em caso de necessidade,
devido ao fato de poder vedar em diâmetros diversos. Outra capacidade do anular é de
fechar totalmente o poço aberto.

e Preventores de gaveta
Os yreventores tipo gaveta trabalham dentro de um bloco e, quando fechadas,
"vedam" o poço abaixo deles. Os blocos de travamento podem ser simples e duplos ou
triplos.

Devido a um dispositivo de construção, a pressão do poço ajuda na vedação pela


aplicação de pressão na parte traseira da gaveta, além de possuir também um dispositivo
de travarnento após fechamento.

Os principais tipos de gavetas podem ser:

- Gavetas de tubos:

Tem uma abertura semicircular, e é feita para fechar contra a tubulação que esteja
em uso. Pode ser de diâmetro fixo ou de diâmetro variável.

A gaveta de diâmetro fixo só veda no diâmetro para o qual foi projetada e a junta do
tubo de perfuração (drill pipe) sempre fica apoiada na estrutura metálica da gaveta
quando se utiliza esta gaveta para a operação de hang ofJ:

A gaveta de diâmetro variável pode vedar em vários diâmetros (dentro de uma faixa
específica).

As gavetas de tubo não devem ser fechadas sem tubo dentro, pois danifica a
borracha de vedação.
- Gaveta cega
É usada para fechar o poço aberto. É recomendado que seja fechada toda vez que
se retira uma ferramenta (por exemplo, para troca de broca), para evitar que caia
algum objeto dentro do poço, evitando-se, desta maneira uma pescaria. Se for
fechado contra o tubo pode amassá-lo, a depender da pressão de acionamento.

- Gaveta Cisalhante (de corte)


A gaveta de corte fecha em poço aberto e em situação de emergência pode ser
acionada contra a tubulação que esteja dentro do poço (tubo de perfuração ou
revestimento), cortando e vedando-a. Após o corte da tubulação, o sistema do LMRP
e riser acima do BOP pode ser desconectado e permitir a movimentação da sonda,
mantendo o poço fechado [7].

ARRANJO T ~ I C O
DE BOPs

A seleção de um determinado arranjo para a montagem do BOP depende das


pressões esperadas no poço. O BOP stack deve conter pelo menos umpreventor anular,
duas gavetas de tubo, uma gaveta variável e uma gaveta cisalhante. De acordo com a
norma API 53 [8], deve ser utilizados a pressão de trabalho, o diâmetro interno do BOP
e o tipo de arranjo, ou seja, um BOP 10 M-18 VI polegadas ChRdRdA possui pressão de
trabalho de 10.000 psi, diâmetro interno de 18 %", um conector hidráulico (Ch), dois
blocos duplos de gaveta (RD) e umpreventor anular (A). A ordem de identificação deve
ser descrita de baixo para cima.

Tabela (1.2) - Classificação dos BOPs de acordo com a pressão de trabalho.

I Classe API I Pressão de Trabalho (psi) Condição de serviço


Serviço leve
Baixa pressão
Média pressão
Alta pressão
Extrema pressão
SISTEMA DE CONTROLE HIDRÁULICO

O sistema de controle opera na parte superior do BOP, através de dois pods


funcionalmente idênticos, conhecidos como pod amarelo e azul. Um dos pods trabalha
em stand by, promovendo maior confiabilidade ao sistema, por serem independentes e
com redundâncias. Basicamente, as partes móveis de cada BOP são operadas
hidraulicamente, mas existem diferentes tipos de controle entre o pod e a sonda.
Atualmente, existem os seguintes tipos de controle atuando:

Pilotado hidráulicamente: este sistema foi o primeiro a ser utilizado em BOPs


terrestres em águas não muito profundas (até 700m). A unidade hidráulica
situada na superficie é ligada aos dois pods através de dois umbilicais
independentes. Os umbilicais possuem entre 60 e 70 linhas piloto de 3 / 16",
para cada função do BOP, e uma linha principal de suprimento de 1". Uma
função é ativada do painel de controle da superfície e o sinal hidráulico é
transmitido através da linha piloto até sua válvula de controle principal no pod.
Esta válvula é conectada ao manijold, que é alimentado tanto da superficie
quanto de acumuladores. Desde que a válvula de controle é ativada, abre-se o
fluxo manifold até a função desejada. O tempo de resposta é regulamento da
norma API 53 [SI.

Hidráulico pilotado pré-pressurizado: é similar ao pilotado hidraulicamente,


mas neste algumas linhas piloto são mantidas parcialmente pressurizadas, o que
melhora o tempo de resposta. Este sistema tem sido utilizado em águas mais
profundas (até 1200 m) que o anterior.

Eletro-hidráulico: neste sistema, sinais elétricos são enviados à superficie para o


pod, onde são convertidos em sinais hidráulicos pelas válvulas solenóides.
Assim o sistema opera semelhantemente ao hidráulico, com exceção da natureza
do sinal da superfície 191.
Multiplexado: este sistema é mais complexo e mais moderno, provendo rápido
acionamento da função. Este sistema requer apenas dois cabos no umbilical para
levar todos os sinais para cadapod. Os sinais enviados são codificados e no pod
ativo um circuito lógico reconhece o sinal e opera a função desejada via válvulas
solenóides e piloto. Mais de dois cabos podem ser utilizados por redundâncias.

O sistema de back up acústico é utilizado adicionalmente ao sistema de controle


principal que opera todas as funções do BOP. Usado para acionar poucas funções do
BOP, principalmente em sondas DP, no caso de ocorrer uma desconexão de
emergência. Talvez, por este motivo, este sistema não é considerado muito confiável e
pouca atenção é dada a este sistema. As funções são: abrir e fechar a gaveta cega
cisalhante, abrir e fechar as gavetas de tubos e desconectar o LMRP (conector).

O tempo requerido para o BOP fechar depende da pressão e do volume que o


sistema do controle hidráulico fornece à passagem de fechamento do BOP. A pressão da
passagem de fechamento do BOP é afetada pela capacidade e potência da bomba, pelo
tamanho do acumulador e pelo tamanho e comprimento da linha de controle.

Uma pressão mínima de 1500 psi é requerida para fechar e vedar na tubulação.
Pressões de fechamentos mais elevadas (até a pressão de trabalho nominal máxima de
3000 psi) podem ser necessárias, dependendo das condições do packer, do tamanho da
tubulação e de temperatura.

Os principais componentes do sistema de controle, comuns aos quatros tipos


mencionados, são:

I. Reservatório de fluido: contém o fluido hidráulico utilizado para carregar os


acumuladores.
11. Acumuladores: O principal componente do sistema de controle é o banco de
acumuladores. O acumulador é um cilindro de alta pressão, contendo uma pré-
carga de nitrogênio gasoso e fluido hidráulico, que permanecem separados por
um diafragma de borracha. O fluido hidráulico pode ser água ou óleo hidráulico,
com aditivos anticorrosivos, que é bombeado de um reservatório para o
acumulador até que este atinja a pressão desejada. A entrada do fluido para o
acumulador faz com que ocupe menor volume, aumentando sua pressão.

A alta pressão existente no acumulador fará com que o fluido seja despejado a
uma taxa muito maior que a conseguida por uma bomba, realizando o mesmo
trabalho, fechando os preventores rapidamente. O acumulador possui uma
válvula na conexão de saída, que fecha assim que for utilizada toda carga de
fluido, para evitar um vazamento de gás.

Os acumuladores estão situados tanto no BOP submarino quanto na superfície.

III. Bombas: Podem ser operadas através de um compressor ou reservatório de ar -


bombas a ar - ou eletricamente, sendo de maneira geral operadas por duas fontes
independentes de energia.

LINFIAS DE KILL E CHOKE

Em operações de matar o poço, geralmente há a necessidade de circular o fluido


para fora da coluna de perfuração, através do espaço anular, com saída na superfície. As
linhas conectadas ao BOP que promovem esta saída são chamadas de choke lines. As
choke lines permitem a conexão entre o choke manifold e a cabeça de poço, e levam a
lama com o influxo do BOP stack para o choke (estrangulador). A pressão de trabalho
das linhas deve ser compatível com a pressão de trabalho do BOP e o diâmetro interno
deve ser grande o suficiente para reduzir as perdas de cargas, erosão e entupimentos.

As linhas de amortecimento são chamadas de linhas de kill e possuem a função


de deslocar o fluido de perfuração para dentro do poço, durante um teste no poço ou no
processo de amortecimento. É recomendável que tenha uma linha auxiliar, além da linha
de kill principal, defasada de pelo menos uma gaveta vazada.

Estas l i a s são de alta pressão, ligando o BOP ao choke manifold, na superficie,


e deve desempenhar tanto a injeção no poço quanto o retorno de fluxo. As suas
conexões são feitas lateralmente a gavetas de tubos e possuem diâmetros pequenos
(aproximadamente 3 12 polegadas). O controle de fluxo é realizado por duas válvulas
gaveta conectadas em série aos preventores [7].

TRIP TANK

DIVERTIR
L I N H A ALIVIO

KILL-LINE CHOKF-LINE
3- 3'

5 -1

CISALHANTE STACK

VARIAVEL

FIXA

Figura (6) - Confígwação Típica para o Quadro de válvulas (Choke Mangold) (71.

Para melhorar a circulação de um krck e conseqüentemente aumentar a


segurança do poço deve-se usar o maior número de saídas laterais possíveis do BOP
stack para as linhas de matar e estrangular. A opção de quatro saídas é a mais utilizada
De qualquer maneira deve haver no mínimo duas saídas opostas, acima da gaveta
inferior.
O choke manifold é um arranjo de válvulas, linhas e chokes (estranguladores)
projetado para permitir o controle dos fluxos de lama e do fluido invasor durante o
processo de controle de poço. Um manifold deve apresentar condições de operação com
diferentes tipos de fluidos e regimes de fluxo, controlando as pressões através do uso
dos chokes ajustáveis e divergindo o fluxo para o equipamento mais adequado entre um
queimador, um tanque de lama ou para longe da plataforma [7].

2.2.2 - CONF'IGURAÇÕES DO BOP

Estimativas da confiabilidade de duas configurações de BOP stack, utilizadas


neste estudo, tem como objetivo identificar a opção mais confiável de BOP a ser usada
em projetos para poços em lâminas d'águas profundas.

A configuração normal do BOP consiste de uma gaveta cega cisalhante (shear


ram), duas gavetas de tubo (pipe ram) e uma gaveta variável.

O BOP de configuração modificada consiste em substituir uma gaveta de tubos


por uma segunda gaveta cega cisalhante (shear ram). Esta configuração foi escolhida
por apresentar fácil adaptação, uma vez que a substituir uma gaveta de tubos por uma
cega cisalhante (configuração com 4 gavetas) é mais fácil que a adição de uma nova
gaveta (configuração com 5 gavetas).

Análises de árvores de falha foram usadas para quantificar a confiabilidade de


cada configuração do BOP stack em termos de habilidade em cortar e fechar o poço, a
de desconectar durante uma emergência assim como a de conter o influxo indesejável
(kick). Os dados de confiabilidade do BOP são aqueles obtidos em SILVA [I] e outros
dados foram estimados baseados em experiência de campo, como margem de segurança
de riser e percentual de elementos fiente ao BOP.
Desconexão de Emergência ou EDS (Emergente Disconection Sequence) é
defmido como a desvinculação da sonda DP em relação ao poço (BOP, ANM, FIBAP,
etc.) em caráter emergencial, podendo ser causado pela ocorrência de um black out I
drive o#ou quando são atingidos valores limites pré-estabelecidos como parâmetros de
posicionamento ou operacionais. O fiscal de sonda deve estar sempre preocupado com a
possibilidade de desconexão do poço caso algum problema aconteça. É por isso que
cada passo das operações deve levar em conta o que está fiente ao BOP ou ANM
(Árvore de Natal Molhada).

Os parâmetros operacionais são: heave (movimentos verticais da unidade


flutuante), esforços na cabeça do poço; stroke (pancada) da slip joint (junta), inclinação
do riser e outros.

Os parâmetros de posicionamento são conhecidos como offset elou ângulo da


flex joint LFJ (6).Estes parâmetros caso tenham seus valores críticos excedidos poderão
impedir a desconexão dos conectores de fundo, implicando em consequências
provavelmente desastrosas. Os valores são referenciais, por exemplo: offset 3% e 6%;
deflexão 2" e 4" para alarmes amarelos e vermelhos, respectivamente. É importante
salientar que os parâmetros de posicionamento, caso excedidos, poderão impedir a
desconexão elou desacoplamento dos conectores dos equipamentos de fundo (LMRP,
TRT, FIBOP-W, FIBAP etc.), implicando em conseqüências provavelmente
desastrosas.

Uma desconexão de emergência pode vir a ocorrer a qualquer momento da vida


operacional de uma sonda de posicionamento dinâmico (DP), às vezes ocorre de
maneira surpreendente elou inesperada, diferenciando esta das demais sondas
existentes. Algumas possíveis consequências indesejáveis decorrentes de uma
desconexão de emergência ou pior, de uma desconexão mal sucedida ou não executada
em tempo hábil, são:
- Interrupção abrupta das operações em andamento, com possibilidade de
prejuízos para o poço (incluindo descontrole ou blowout)
- Danos pessoais e materiais
- Pescaria
- Perda total do poço
- Colisão com obstáculos nas vizinhanças
- Poluição ambiental.

O engenheiro fiscal de uma sonda DP deve concentrar sua atenção não apenas
no poço, mas dividi-la com o posicionamento dinâmico da unidade. Esta necessidade o
difere de um engenheiro fiscal de uma sonda ancorada ou fixa. Como todas as causas
imediatas de Desconexão de Emergência (exceto falha humana) estão relacionadas
diretamente ou indiretamente aos diversos equipamentos do Sistema DP das sondas, o
engenheiro fiscal deve ter boas noções sobre estes equipamentos. É importante que se
compreenda a operação individual e a interação com os demais, quais são seus limites
em termos de cargas e solicitação e quais são as conseqüências de uma eventual falha
ou mal funcionamento de cada um deles.

O estudo prático dos Sistemas DP tem como objetivo fundamental criar


ferramentas e procedimentos que permitam detectar com antecedência a possibilidade
de uma perda de posição. Deste modo, o engenheiro fiscal em conjunto com os demais
envolvidos, ganharia tempo suficiente para tomar atitudes conscientes de forma a
colocar o poço na condição mais segura possível 141.

É uma das obrigações do sondador notificar antecipadamente ao operador de DP


a passagem de qualquer elemento ou ferramenta, principalmente aqueles que não
possam ser cortados pela gaveta cisalhante (BHAs, revestimento, packers, TH etc.).
Algumas sondas, no entanto, tomam algumas precauções extras durantes as operações
criticas: colocam um gerador a mais no barramento e exigem a presença atenta de duas
pessoas operando o DP. Outro procedimento é a realização de ensaios periódicos de
hang-08 nas sondas DP são essenciais [3].
2.3.1 - MECANISMOS EDS

Os procedimentos para Desconexão de Emergência pressupõem que, uma vez


obedecidos os limites operacionais estabelecidos, ocorrerá a desvinculação da sonda DP
em relação ao poço em tempo hábil. Considera-se 30 segundos como um valor de
referência, porém admite-se 40 segundos como um bom valor para EDS completo em
BOP (45 segundos pela API).

Para isso, os equipamentos e sistemas envolvidos devem ser coníiáveis e ter sua
operacionalidade comprovada mediantes testes na superficie e no fundo. Entretanto, na
medida em que operações rumam na direção de águas cada vez mais profundas, novos
problemas surgem, tais como: impossibilidade de manter "margem de riser" devido à
fiagilidade das formações, causando perda da circulação e prisão de ferramentas;
necessidade de redundância no fechamento do poço pela perda da barreira hidrostática;
tempo de manobras muito longos, impondo a necessidade de back ups para evitar
retiradas, tempos de resposta mais demorados face à profundidade e baixas
temperaturas; dificuldade de combate a kick (perdas de cargas elevadas e baixo
gradiente de fratura); etc.

Considerando o conjunto BOP, começou-se a adotar como requisito básico a


existência de pelo menos dois sistemas back ups para acionamento de um número
mínimo de funções (destravar do stack; destravar do LMRP, fechar e travar gaveta
cisalhante, destravar pods, retrair stabs dospods e das kill/choke lines) que garantam a
desconexão de emergência em caso de perda dos sistemas de controle principais (pods
amarelo e azul). Estes sistemas são o "auto shear" (com função arm / desarm no painel
do BOP) e o acústico. Este último, desacreditado durante muito tempo, revelou-se
confiável em novas unidades, com sistemas modernos, por conseguir atuar o BOP
acusticamente em lâmina d'água de 2800m.

Por outro lado, exige-se a configuração de 5 gavetas para sondas que operam em
lâmina d'água acima de 1800m: BSR (blind shear rams)l BSR / VBR ( variable rams)
VBR / PR (pipe rams), incluindo porém "software" com a opção de desabilitar o
fechamento das gavetas na seqüência de EDS (no caso do revestimento ou BHA em
fiente ao BOP, desconecta-se o LMRP e, quando a coluna sair de dentro do stack,
fechar-se-iam as "cegas" com o sistema acústico). Não existe um consenso sobre que
tipo de gaveta cega seria mais confiável: as tradicionais BSR (vedam e cortam
revestimentos de 5 pol, 7 pol e talvez 9 518 pol) ou as chamadas super shears
(Cameron) I V-shear (Shaffer, as quais, comprovadamente, cortam HW e revestimentos
de 13 318 pol (embora não contém comandos). O problema é que estas gavetas especiais
não são capazes de vedar o poço e, além disso, implicam numa seqüência de
desconexão mais demorada, de até 1,5 minuto. Nas sondas que as possuem, optou-se
por inseri-las no EDS a partir de lâminas de 2000m (abaixo disso, apenas acionamento
manual e auto-shear)

2.3.2 - BLACK OUT EM SONDAS DP.

Define-se como black out a queda parcial ou total de energia elétrica necessária
para a manutenção da posição de uma sonda DP. Em geral refere-se à perda dos
barramentos de alta tensão (6 a 11 KV), nos quais ficam diretamente ligados os
y

thrusters, mas pode se referir também à perda dos barramentos de "baixa ' (440 a 480
V) que alimentam os periféricos dos thrusters (controle azimutal, controle do pitch e
lubrificação), o que, na prática, acaba gerando perda de posição. Considera-se o black
out como parcial quando nem todos os barramentos de "alta" são afetados, ou quando
somente os de "baixa" tensão caem (total ou parcialmente). Neste caso alguns thrusters
podem permanecer funcionando (porém, se as condições ambientais estiverem adversas,
ganha-se apenas um pouco mais de tempo para a desconexão de emergência). No caso
de black out total todos os barramentos de "alta" caem, acarretando um "alarme
vermelho direto".

Um black out pode ser causado por excesso de solicitação ao sistema de geração,
falha do PMS, curto circuito (inclusive de equipamentos não relacionados ao DP), falha
de disjuntores, falhas de manutenção, falhas humanas, etc. Na prática, porém, observa-
se que uma combinação de causas é a responsável mais comum pelos black outs.

Existem planos específicos de contingência, visando recuperar o sistema de


geração de energia no prazo mais curto possível. Planos que devem ser cumpridos,
visando, principalmente, alertar as demais unidades na área, coordenar a emergência e
mobilizar recursos para minimizar suas conseqüências.

Define-se como tempo de duração de um black out o intervalo decorrido entre a


queda da energia e a retomada do controle da unidade(fim da inércia da deriva), e não
apenas entre o apagar e acender das luzes. A deriva (drift ofl é a distância percorrida
pela unidade DP fora de controle, podendo ser causada por black out ou somente pela
perda dos thruster. Em condições oceano meteorológicas medianas (ventos 25 knots,
correnteza de 1,5 knots, ondas de 3m), uma sonda derivar cerca de 40 a 50 mlmin nos
10 primeiros minutos (valor de referência). Já o drive offou excursão pode ser causado
por travamento dos thrusters e I ou falha de comando 1feed back nos controladores DP
(a sonda excursiona à revelia dos controles) [4].

2.3.3 - ESTADOS OPERACIONAIS DE SONDAS DP

Existem dois pontos chaves que devem ser compreendidos para a operação
diária das sondas no poço como: a compreensão dos Estados Operacionais de uma
Sonda DP associado ao conceito de Operação Crítica e o planejamento das operações
de modo que sempre garanta a possibilidade de uma Desconexão completa e segura
(fechamento a tempo da gaveta cisalhante e a desconexão do LMRPIferramentaANM).
Os estados operacionais podem ser descritos da seguinte forma:

1) Estado de Operação Normal

Quando não há qualquer ameaça de perda da capacidade operacional segura da


unidade. Neste caso existe redundância plena de todos os equipamentos e
sistemas relacionados ao DP e não há qualquer indício de offset ou deflexão da
ball joint inferior (ou unijZex joint) anormais.
2) Estado de Operação Degradado.

É dito Estado Degradado quando há a detecção de perda da capacidade


operacional segura da unidade no que se refere à manutenção de posição, embora não
tenham sido observados offsets elou deflexão da UJ (unzjlex joint) inferior anormais.
Este estado se inicia quando a sonda perde a redundância mínima estabelecida para a
operação normal nos equipamentos e sistemas relacionados ao DP por algum tipo de
falha, mal funcionamento ou excesso de solicitação. Normalmente não existe risco
iminente de perda de posicionamento, porém o Estado Degradado sinaliza o início das
preocupações com eventual desconexão de emergência.

Na condição degradada a sonda pode ou não iniciar ou continuar suas operações,


cabendo essa definição ao fiscal, junto com os demais responsáveis em função da
criticalidade da operação em curso, além da causa da degradação. Alguns exemplos de
estado degradado são: condições ambientais desfavoráveis solicitando os geradores ou
thrusters disponíveis com potência acima da máxima estabelecida; aproamento próximo
do limite máximo definido; redundância próxima do sistema de referência de posição ou
menor número de sensores que a mínima exigida para estado normal; etc.

Pode existir a condição de Estado Operacional Degradado mesmo que não haja
risco de perda de posicionamento, ou seja, a sonda está "sob controle".Um caso típico
normalmente nos campos de águas ultra-profundas moncador, Albacora-leste, Marlim-
Sul e pioneiros) é a excessiva deflexão da UJ em função de fortes correntezas de sub-
superfície (marine riser assumindo catenária de grande amplitude ou até configuração
"serpenteante"). Embora offset seja o principal parâmetro batizador dos limites
operacionais de uma sonda DP em águas profundas, a deflexão da UJ (unzjlex joint)
precisa ser continuamente monitorada (via EWARA) pelas seguintes razões: limite de
inclinação da própria UJ; limite de desconexão do LMRP; evitar danos na parte interna
do LMRP/BOP/CP em função de arraste da coluna de trabalho (principalmente girando,
em que pese a utilização de WB); evitar danos nos conectores das conduits lines dos
pods do BOP, passagem de ferramentas de grande diâmetro pelo BOPICP, esforços
excessivos na cabeça de poço.
3) Estado de Alarme Amarelo.

É o estado em que a equipe a bordo deve se preparar para uma provável


desconexão de emergência. Neste caso, a capacidade operacional segura em termos de
manutenção da posição está comprometida, uma vez que foi constatado offset em
relação ao poço elou deflexão da UJ anormais. É o estado em que a equipe a bordo deve
se preparar para uma provável desconexão de emergência. Não confundir este conceito
com o tradicional "alarme amarelo" que representa apenas um limite inferior, e não uma
condição gradual como o "estado". Algumas companhias não utilizam, em seus
procedimentos internos, o termo "Estado de Operação Degradado", considerando como
"Alarme Amarelo" situações que para o DPPS abrangem tanto o "Estado Degradado"
quanto "Estado de Alarme Amarelo". Buscam com isso alertar com mais veemência que
algo está errado com DP, possibilitando antecipar reações.

4) Estado de Alarme Vermelho.

É o estado em que a desconexão deve ser executada o mais rapidamente possível


(pressionar o botão EDS), devido à perda irreversível da capacidade de manter posição,
resultando em offset e deflexão da UJ elevados como decorrência dos estados anteriores
("degradação crescente"). Não há mais tempo para nada e a Desconexão de Emergência
deve ser executada o mais rapidamente possível (push the button).

5) Estado de Alarme Vermelho Direto.

Ocorre quando a capacidade de manter posição é perdida subitamente, diretamente a


partir do estado de operação normal. O estado de alarme vermelho direto pode ocorrer
mesmo que não tenham sido detectados offset I deflexão da UJ anormais. Neste caso
não há mais tempo algum para preparativos, devendo-se executar imediatamente a
Desconexão de Emergência (pressionar o botão EDS).

O início do estado de alarme vermelho direto coincide com o momento em que


foi detectada uma situação emergencial, tal como o mau funcionamento incontrolável de
equipamento ou sistema ativo, ou uma falha múltipla de equipamentos vitais para o
posicionamento da sonda.

As desconexões de emergência em sondas de posicionamento dinâmico podem


acontecer devido a causas intrínsecas ao sistema em que opera. São as seguintes as
possíveis causas:

1- Condições ambientais;
2- Sistema de geração / distribuição de energia;
3- Sistema de referência / sensor;
4- Sistema de controle / computadores;
5- Sistema de thrusters / propulsão;
6- Falha humana;
7- Outras/desconhecida;
8- Falha do sistema de controle do BOP [4].

As condições ambientais (C.A.) podem ser melhor analisadas com o poço


conectado, ou seja, contando com os dias efetivos (efective days). Sem o BOP no fundo
não há desconexão devido ao mau tempo.

As desconexões ou situações de emergência podem ser analisadas dentro dos


tempos considerados: dias de poço (well days), dias de DP (DP days) e dias efetivos
(efective days).

O sistema de geração / distribuição (S.G.D.) pode ser melhor analisado


considerando o tempo de poço (well days), que torna a base de dados mais abrangente.
Além disso, este problema é independente de estar conectado ou não. Os problemas
neste sistema podem ser causados por: barramento, gerador, instrumentos 1 sensores,
cabeamento / dispositivos elétricos, geração de energia e outros/desconhecido.
O sistema de referênciaísensor (S.R.S.) pode ser melhor avaliado através dos dias de
DP (DP days). Os problemas neste sistema podem ser causados por: DGPS, Tautwire,
ERA, VRU, Acústico (ARA), Gyrocompass, Sensor de vento e outros desconhecidos.

O sistema de controle / computadores (S.C.C.) pode ser melhor avaliado através dos
dias de DP (DP days), que podem ser causados por: problemas de software, hardware,
UPS e outros desconhecidos.

O sistema de Thrusters / propulsão (S.T.P.) podem ser melhor avaliados


utilizando-se dias de DP (DP days). Os problemas podem ser causados por sistema
elétrico, mecânico, hidráulico e outros.

Palhas humanas (F.H.) podem ser melhor avaliadas levando-se em conta dias de
DP (DP days).

Falhas nos sistemas de controle do BOP (F.S.C.) são melhor avaliadas por dias
efetivos de BOP (efective BOP days) [ l O].

Desta forma as taxas de desconexão (TD) podem ser medidas da seguinte forma:

C.A. S.G.D. S.R.S. S.C.C. S.T.P. F.K. F.S.C.


TD=-+---+-++- +-i---- (1)
TE Tw TDp TDP TDP TDP Te

A taxa de desconexão de emergência pode ser calculada a partir da soma de


todas as causas de desconexão em função dos dias avaliados para cada caso, dados
simplificados de TROROGOOD 1101. A taxa de desconexão de emergência calculada é
de 0,0031 (número de eventos de desconexão / dias de poço conectado) segundo dados
de campo. O poço fica em média 25 dias conectado durante a operação de perfuração.
São denominadas críticas aquelas operações que representam direta ou
indiretamente risco de poluição ambiental, contaminação ou perda de controle do
reservatório, altos prejuízos materiais e risco à integridade fisica das pessoas. A
operação mais cautelosa é a passagem de elementos em frente ao BOP, principalmente
aqueles que não podem ser cortados pela gaveta cisalhante. Desta forma, foram
consideradas como operações críticas na perfuração: passagem e operação de BHA's e
revestimentos no BOP; períilagem com ferramenta radioativa e todas as operações com
reservatório exposto.

Considerando as operações acima, dois tipos de situação podem ocorrer:

O estado degradado foi detectado antes da operação crítica ter sido


iniciada: não se inicia uma operação crítica cm estado de operação
degradado.
O estado degradado foi detectado durante a operação crítica: deve-se
interromper a operação e atingir o mais rápido possível a condição mais
segura em termos de poço, preparando-se para eventual desconexão de
emergência, de acordo com os fluxogramas específicos.
2.4 - KECK E BLOWOUT

Nas operações de perfuração, um hck ou influxo é geralmente causado pela


redução da massa específica do fluido de perfwação elou a redução do nível
hidrostático no interior do poço. A pressão no poço deve ser maior que aquela das
formações permeáveis expostas para evitar fluxo indesejado de fluidos da formação
para o interior do poço. Qualquer mudança que implique na redução dos valores dos
dois parâmetros que determinam a pressão hidrostática é considerada um potencial
causador de influxos.

Um kzck pode se estender a um blowout quando o fluxo de hidrocarbonetos, gás


ou líquido, não é detectado e cresce gradativamente. Um blowout acontece quando o
equilíbrio entre a pressão hidrostática da coluna de perfuração e a pressão dos fluidos da
formação é alterada. Desta forma, é necessário que exista uma barreira mecânica que
controle e feche o poço caso um incidente ocorra, o blowout preventer (BOP). Este
equipamento foi criado para matar o poço e circular os fluidos quando um kick ocorrer,
possibilitando a substituição da lama contaminada por outra mais pesada Em situação
de emergência, na qual os riscos a sonda e aos equipamentos podem ocorrer, o poço
pode ser abandonado.

Figura (6) - Blowout Marítimo


Em algumas operações durante a perfuração, este incidente é causado
intencionalmente, visando determinar as condições do poço: testes de formação,
perfuração sub-balanceada de uma determinada fase do poço e operações de
completação para colocar o poço em produção. Neste caso, o poço deve ser controlado
adequadamente com equipamentos de segurança e procedimentos operacionais
adequados.

JORGE [9] determinou que o percentual de kick no Brasil em águas profundas é


de 3,3 % (kicklpoço) no período de 1993 a 1995. Todos os kicks ocorreram em poços
exploratórios durante a perfuração, onde o conhecimento geológico não é avançado.
Considera-se que o pistoneio ocorre quando o tubo de 5 polegadas está dentro do poço,
pois o pistoneio com a coluna fora do poço é muito dificil, uma vez que o diâmetro do
riser é maior promovendo um aumento no espaço anular fora do poço.

O tipo de blowout que tem causado mais perda de equipamento e de plataformas


que qualquer outro tipo de problema de controle no poço, de acordo com HOLAND
[ll], tem sido o shallow gas blowout. Mesmo que não haja perda da plataforma, todos
os incidentes causam perdas econômicas, ou seja, na melhor das hipóteses pode ocorrer
perda de dias de sonda. O custo diário de uma sonda fiequentemente varia de
U$$100,000 a U$$150,000. O prejuízo calculado para danos severos em uma
plataforma ocorrido em 1998 foi da ordem de U$$200,000,000 (ADAMS, sem data)

2.4.1 - CONTROLE DE INFLUXOS (KICKS)

O controle de kick deve ser realizado assim que detectado e o fluido invasor deve
ser removido do poço o mais rápido possível para minimizar a migração através do
espaço anular. Em águas profundas o volume do fluido deve ser o mínimo possível
devido às complicações e particularidades neste tipo de ambiente. É necessário que seja
conhecido o tipo de formação que se está perfurando e as propriedades do fluido nela
contido.
FORMAÇÕES DE PRESSÕES NORMAIS E ANORMAIS

Uma formação é dita normal quando a sua pressão de poro for equivalente à
pressão hidrostática exercida por uma coluna de água doce ou salgada que se estenda
desde a formação até a superficie. Portanto, o gradiente de pressão do fluido contido em
seus poros poderá ter um valor compreendido entre água doce (0,1 kg£/cm21m)e o da
água salgada (0,107 kgfkm2lm). Quando o gradiente da formação estiver fora destes
limites, diz-se que a pressão é anormal.

De um modo geral, as formações são de pressão normal devido à acumulação de


água doce ou salgada nos poros. No entanto, diversos fatores associados como, por
exemplo, compactação, movimentos tectônicos, rapidez da taxa de deposição,
intercomunicação de zonas de pressões diferentes, movimentos ascendentes das rochas
etc, podem criar formações de pressão anormal.

Em engenharia de petróleo é muito importante o conhecimento das pressões das


formações, pois permite perfurar o poço com taxa de penetração mais alta e determinar
a profundidade de assentamento das sapatas dos revestimentos com segurança e
economia.

Devido à constante preocupação de se detectar a existência de uma formação com


pressão anormal, foram desenvolvidas técnicas especiais que permitem a sua detecção e
avaliação, tais como métodos geofisicos, parâmetros de perfuração, parâmetros do
fluido de perfuração, análises dos cascalhos, perfilagem etc.

CAUSAS DE INFLUXOS (KICKS)

Uma das principais funções do fluido de perfuração é exercer pressão hidrostática


sobre as formações a serem perfuradas pela broca. Quando esta pressão for menor que a
pressão dos fluidos confinados nos poros das formações e a formação for permeável,
ocorrerá influxo destes fluidos para o poço. Se este influxo for controlável diz-se que o
poço está em kick, se incontrolável, diz-se em blowout.
Qualquer poço seja ele óleo ou gás, não pode ser perfurado sem uma circulação
contínua do fluido de perfuração para facilitar a operação e preservar o poço enquanto
este não possui revestimento. O fluido é vital para o sucesso da construção de qualquer
poço, apesar do seu custo ser baixo em relação aos demais custos na operação [13].

Dentre as causas comuns da ocorrência de kick são citados:

- Peso de lama insuficiente

- Abastecimento incorreto do poço durante a manobra.

Esta é uma das causas predominantes de kick. Ao se retirar a coluna de perfuração


do poço, o volume de aço retirado deve ser substituído por volume equivalente de lama
mantendo a mesma pressão hidrostática no fundo do poço. Usualmente este enchimento
deve ser monitorado pelo tanque de manobra que deve ser obrigatório em unidades de
perfurações, ou completa-se o poço a cada retirada de três ou cinco seções de tubos.

- Pistoneio

Quando se retira a coluna de perfuração do poço são criadas pressões negativas,


chamadas de pistoneio, que reduzem a pressão hidrostática efetiva abaixo da broca.
Existem dois tipos de pistoneio, mecânico e hidráulico. O pistoneio mecânico é a
redução do nível hidrostático pela remoção mecânica de lama de perfuração para fora
do poço, devido à lubrificação da broca ou dos estabilizadores. Este tipo de pistoneio
manifesta-se pelo retorno de lama na superfície e num possível aumento do peso da
coluna na sua retirada. Já o hidráulico é a redução da pressão no poço devido à indução
de perdas de cargas por fiicção através do movimento descendente do fluido de
perfuração que irá ocupar o espaço vazio deixado pela broca na retirada da coluna de
perfuração.
O pistoneio hidráulico deve ser balanceado adicionando-se peso à lama para
equilibrar a pressão da formação e pode ser minimizado reduzindo-se a viscosidade do
fluido de perfuração a valores mínimos possíveis antes da manobra e/ou controlando-se
a velocidade de retirada da coluna de perfuração [14].
- Lama cortada por gás

O gás contido nos poros de uma formação normalmente se libera dos cascalhos cortados
pela broca e se incorpora ao fluido de perfuração. Este gás, ao ser deslocado até a
superficie juntamente com o fluido de perfuração, soKe grande expansão e diminui a
densidade da mistura. Se o fluido não for convenientemente tratado na superficie, um
kickpode ser provocado. É importante que o gás incorporado à lama seja removido pelo
uso de desgaseificadores e que a causa da contaminação da lama seja identificada. Caso
a verifícação da pressão no fundo seja feita a cada ocorrência de corte por gás, e se a
causa não for verificada, algumas providencias devem ser tomadas, tais como: reduzir a
taxa de penetração, aumentar a vazão, se possível e parar a perfuração, circulando a
intervalos regulares para limpar o poço.

- Perda de circulação

O decréscimo de pressão hidrostática criada por perda de circulação com o


abaixamento do nível de fluido no poço, pode permitir a entrada de fluido na formação.
A perda de circulação pode ser natural, em formações Katuradas, vulgulares,
cavernosas, com pressões baixas anormais ou depletadas, ou pode ser induzida por
algumas causas que provoquem o aumento da pressão no interior do poço.

Um kick pode ser causado devido à perda de circulação quando existe no poço
uma formação permeável, o mesmo perigo pode ser ocasionado quando ocorre uma
perda de circulação em formações profundas, pois as formações mais rasas poderão
entrar em kick.

- Cimentação inadequada

No início da pega do cimento pode ocorrer a criação de uma estrutura auto-


sustentável com a redução da pressão hidrostática da pasta de cimento.

- Outras causas
Algumas operações, durante a perfuração, têm levado poços a entrarem em kick,
como por exemplo, a realização de teste de formação. Ocorrendo um kick, o poço deve
ser fechado utilizando-se os preventores (preventers) de erupções ou BOP. Estando o
poço fechado, o engenheiro prepara um plano para restabelecer o controle do poço e,
quando necessário, na elevação do peso da lama para conter a pressão da formação.

INDÍCIOS DE KICK

Há vários indícios que identificam uma potencial situação de kick. Quando


previamente reconhecidos e interpretados, eles permitem que sejam tomadas
providências apropriadas para se aproveitar o ganho de grande volume de fluido. Os
indicadores podem ser divididos em primários e secundários.

Os indicadores primários são descritos a seguir.

1. Aumento de volume nos tanques de lama

O aumento do volume nos tanques de lama é um dos mais positivos indicadores


de kicks, pois indicam que o fluido da formação está entrando no poço, caso não haja
adição de lama nos tanques utilizados na circulação do fluido de perfuração. As
unidades que operam em águas profundas devem possuir sensores de nível e registrador
gráfico de volume nos tanques com sensibilidade para acusar ganhos de até 10 bbl e
possuir alarme para acusar tal ganho. Os sensores de nível podem ser do tipo bóia ou
ultra-sônicos (mais recomendados). É opcional o uso de mais de um sensor ligado a um
totalizador de volume do tanque (PVT). Diminuição do nível dos tanques pode ser
causado pela perda de circulação, utilização de equipamentos extratores de sólidos ou
descarte de lama do sistema de circulação.

2. Aumento da vazão de retorno

Se a vazão de perfuração é mantida constante, um aumento na vazão de retorno é


um indicador positivo de que um kick está acontecendo ou que o gás está expandindo no
poço. Um indicador da vazão de retorno deve ser instalado na saída de lama nas
unidades de perfuração que operam em águas profundas. O tipo mais comum é
constituído de uma pá instalada na saída de lama e ligada a uma mola. Qualquer
variação no fluxo de retomo provoca uma modificação na tensão da mola indicando
uma alteração no fluxo de retorno do poço. Um método muito utilizado para detecção
de kick é o deltaflow (diferencial de vazão), que representa a diferença entre a vazão de
entrada no poço e a de retorno medida na saída de lama.

3. Poço em fluxo com as bombas desligadas

Neste caso, o poço deve ser fechado de imediato. No entanto, existem algumas
situações em que este fato pode ocorrer, tais como: desbalanceamento hidrostático (peso
do fluido no interior da coluna maior que a do espaço anular, como no caso dos tampões
de manobra) ou na devolução do fluido que foi injetado por algum motivo nas
formações. da pressão de bombeio.

4. Poço aceitando menos lama do que o volume de aço retirado ou devolvendo


mais lama que o volume de aço descido no seu interior

Para detectar este problema, a manobra deve ser acompanhada utilizando


programas de enchimento de poço, com o uso do tanque de manobra. De acordo com o
manual do DP-PS (Programa de Segurança em Posicionamento Dinâmico), as sondas
que operam em lâminas d'água profundas devem possuir um tanque de manobra maior
que 40 bbl, ter capacidade volumétrica de 6 bbVpé e estar equipado com um sensor de
nível. A equipe de perfuração deve estar preparada para detectar um ganho máximo de
5 bbl nas manobras.

Os indicadores secundários ocorrem associados, sendo descritos abaixo.

1. Diminuição da pressão de bombeio e aumento da velocidade da bomba.

São indicadores secundários de kick, a redução da pressão hidrostática no espaço


anular, devido à entrada no poço de um fluido mais leve causa uma redução da pressão
de bombeio e um conseqüente aumento na velocidade da bomba.
2. Aumento da taxa de penetração

É um indicador secundário de influxo, pois alterações na taxa de penetração


podem também ser causadas por variações do peso sobre a broca, da rotação, da vazão e
por mudança na formação cortada pela broca. No caso de kick, o aumento da taxa de
penetração é decorrente da redução do diferencial de pressão atuando na formação que
está sendo perfurada e pode ser usada como indicativo de zonas de pressão altas
anormais (PAA's). Este diferencial é provocado por um desbalanceamento entre as
pressões de poro da formação e hidrostática da lama, causando um esforço no sentido da
formação - poço que auxilia a ação da broca. Na ocorrência do aumento da taxa de
penetração a equipe deve estar atenta a outros indícios de kich.

3. Alterações nas leituras do gás de fundo, conexão ou manobra.

Um aumento nas medições do detector de gás pode indicar que a massa


específica da lama de perfuração está inadequada às pressões das formações no poço.
Assim, a ocorrência de um influxo pode ser iminente.

O poço deve ser imediatamente fechado, sem a verificação viaflow check (em
águas profundas), quando um cenário de kick é reconhecido de maneira a evitar entrada
do fluido invasor para dentro do poço.

O risco de um kick ocorre, principalmente, quando a perfuração é feita em áreas


de pressões altas anormais (PAA's). Quando o fenômeno da subcompactação leva a
formação de áreas com PAA's, existe uma área de transição na qual a pressão de poros
aumenta gradativamente com o aumento da profundidade. Nestas zonas, o aumento da
pressão de poros é indicado por alterações nas propriedades da lama de perfuração e das
formações. Ações preventivas devem ser tomadas quando estas alterações são
observadas, como o aumento da massa específica do fluido de perfuração. Outros
indicativos secundários de grande importância que ocorrem durante a perfuração são
mencionados a seguir.

1. Tamanho, aspecto e densidade dos cascalhos.


Em zonas de PAAYsos cascalhos são maiores, alongados e as extremidades
angulares com superfície brilhante. Nas áreas altamente pressurizadas a quantidade de
cascalhos aumenta, provocando um aumento de torque e arraste e enchimento do fundo
do poço com cascalhos após as conexões e manobras. O teor de água nesta área é maior
do que em áreas normais devido ao fenômeno de subcompactação. Desta forma,
cascalhos com densidades menores são encontrados em formações mal pressurizadas
quando comparados com os das formações normalmente compactadas.

2. Temperatura do fluido de perfuração.

A temperatura do fluido de perfuração que retorna do poço normalmente aumenta


bastante nas zonas de transição. Esta característica indica a existência de uma área de
PAA.

3. Alteração nas propriedades do fluido de perfuração.

O aumento na salinidade da lama e conseqüentes variações nas propriedades


reológicas podem indicar que a lama foi contaminada por água da formação com
pressões altas anormais (PM's).

Existem indicadores e avaliadores de pressão alta anormal antes da perfuração


que utilizam dados de levantamentos sísmicos, sendo observado o aumento do tempo de
trânsito em zonas de P u s . Após a perfuração estes indicadores são obtidos através de
perfis sônicos, teste de formação e de resistividade (redução da resistividade em zonas
de PAA).

2.4.2 - FECHAMENTO DO POÇO

O fechamento do poço pode ser realizado pelo método lento (soJt) ou pelo método
rápido (hard). No fechamento lento o choke permanece aberto durante as operações
normais de perfkação e o BOP é fechado com a linha de choke aberta. No método de
fechamento rápido, o choke permanece fechado durante as operações normais de
perfuração e o BOP é fechado com a linha de choke fechada. O método rápido é o
método utilizado em águas profundas, devido a um menor gasto de tempo e a maior
simplicidade, pois possui um passo a menos que o lento.

Os procedimentos para o fechamento do poço utilizando o método rápido (hard)


em unidades flutuantes perfurando ou circulando no fundo do poço, são:

Parar a mesa rotativa.


Elevar coluna de perfuração deixando a haste quadrada totalmente acima da
mesa rotativa.
Desligar a bomba de lama.
Fechar o BOP anular superior, fechar o choke e abrir as válvulas da linha do
choke com saída imediatamente abaixo da gaveta vazada superior.
Registrar o crescimento das pressões de fechamento a cada minuto.
Ajustar a pressão de fechamento do BOP anular para permitir stripping do
toolsjoints.
Registrar a pressão de fechamento estabilizada no tubo bengala e no choke e o
volume de fluido ganho.
Executar hang ofl
Efetuar cálculos na planilha de controle e iniciar a circulação utilizando o
método do sondador.

Os procedimentos básicos para hang offcompõem-se nos seguintes passos:

1. Posicionar to01 joint acima da gaveta de tubos (vazada) superior de


forma que a haste quadrada (kelly cock) fique posicionada acima da
mesa rotativa considerando o máximo heave e maré.
2. Fechar a gaveta de tubos superior (ou gaveta intermediária caso não haja
espaçamento adequado no BOP entre a gaveta cisalhante e de tubos
superior) com pressão reduzida de fechamento.
3. Drenar pressão entre a gaveta de tubos superior e o anular superior
através do choke.
4. Fechar choke e válvulas submarinas abaixo da gaveta cisalhante e
verificar se as válvulas abaixo da gaveta superior estão abertas.
5. Abaixar a coluna de perfuração cuidadosamente até apoiar o ombro do
to01joint na gaveta superior (ou intermediária).
6. Drenar pressão entre a gaveta de tubos fechada e o anular superior.
7. Elevar a pressão de fechamento da gaveta de tubos para 1500 psi e abrir
o BOP anular superior.
8. Ajustar a pressão do compensados de movimento de forma a tracionar a
coluna com uma carga igual ao peso da coluna do BOP a superfície mais
um overpull de 10.000 lb.

O compensador de movimento é utilizado para dar sustentação à coluna de


perfuração, mantendo constante o peso da coluna sobre a broca.

Após o fechamento do poço, deve-se observar a saída de lama para detectar a


possível existência de gás no riser. Caso seja detectada a presença de gás, o diverter
deve ser fechado e se possível circular o riser utilizando a linha de choke ou a de matar
(ou pela booster line quando possível).

A verificação do fechamento do poço deve ser executada pela equipe de


perfuração para certificar-se de que não há vazamento pelo espaço anular (através do
BOP ou pela saída de lama), pela coluna de perfuração (manifold de injeção e válvulas
de alívio das bombas), pela cabeça de poço (fluxo externo ao revestimento) ou pelo
choke manifold (choke ou através das linhas de descarga) 1151.

MÉTODOS DE CONTROLE PARA CIRCULAR O KICK

As principais informações sobre o kick são as pressões lidas nos manômetros


quando o poço é fechado, e o volume ganho nos tanques. A operação de controle do
poço consiste em circular o fluido invasor para fora do poço e aumentar o peso do fluido
de perfuração para evitar um novo kick.

Existem vários métodos de controle de poço, tais como: do sondador, do


engenheiro, simultâneo, volumétrico etc. Todos esses métodos se baseiam em um ponto
comum, que é o de manter no fundo do poço uma pressão (BHP) constante e superior à
pressão de poros da formação produtora, prevenindo assim a entrada adicional de fluido.
A pressão no tubo de perfuração (drill pipe) pode ser utilizada como indicativo da
pressão da formação, desde que a broca esteja no fundo do poço. Estando o poço
fechado, com migração de gás a pressão no revestimento e na coluna irá aumentar e se
essa última aumentar mais de 50 psi, deve-se drenar o poço até a pressão estabilizar.
Obviamente, existe o atraso de alguns segundos entre a drenagem do poço e a mudança
de pressão no tubo de perfuração, não sendo correto drenar o poço até que esta pressão
caia, pois isso poderia levar a pressão no fundo do poço a níveis inferiores à pressão de
formação, com conseqüente invasão adicional de fluido de formação.

As perdas de cargas nas linhas de kill / choke devem ser calculadas e


anotadas na planilha diária, principalmente nas situações em que as propriedades da
lama foram modificadas e após assentamento do BOP (com lama da fase). Pode ser
determinada a partir da liiha de kill individualmente ou pela linha de kill / choke em
paralelo com retorno pelo riser.

No método do sondador a linha de kill é usada para monitoramento de pressões e


deverá estar bloqueada na superfície. A linha deve estar inativa e preenchida com a
mesma lama do poço. A leitura do manômetro da linha de kill é igual à pressão existente
dentro do BOP subtraído da pressão hidrostática da lama na linha de kill, a qual é
também a medida da perda de carga na linha do choke e no próprio choke, desde que só
tenha lama na linha de choke.

O manômetro da linha de kill auxilia o operador a:

Compensar a perda de carga na linha de choke no início da circulação,


manuseando o choke;
Promover o fechamento do poço, assim que o gás chegar na linha do choke
e for percebida a redução da pressão no fundo do poço, devido à diferença
na capacidade do anular e da linha de choke;
Promover a abertura gradual do choke, quando o manômetro acusar
aumento de pressão devido à entrada da lama, que flui atrás do gás, na
linha de choke.
PRESSÃO NO DP DA BOMBA DE LAMA

FLOW LINE PARA TANQUES DE LAMA+

LINHA DO CHOKE LINHA 0 0 KILL

BDP FECHADO

VALVULAS A B ERTA

DRILL COLLARS
APATA DO REVESTIMENTO

Figura (7) - Arranjo para controle de poço em LAP (lâmina de água profunda)

A primeira etapa consiste em expulsar o gás do poço. No início da circulação a


pressão estabilizada de fechamento no drill pipe conhecida é SIDPP e na linha de
hllkhoke é SICP. A pressão deve ser mantida constante na linha de hll, enquanto a
bomba de lama é elevada gradualmente em velocidade reduzida de circwlação, como na
Figura 8 no período (0-1). Ao acelerar a bomba o choke deve ser aberto. Quando esta
velocidade é atingida, o tubo bengala (drillpipe) possui pressão PIC (pressão inicial de
circulação). A pressão da linha de choke estará aliviada da perda de carga da linha do
choke à medida que aumenta a vazão da bomba

(1) - bomba de lama


(2) - bomba de cimentação
Após o período de ajuste e determinação da pressão reduzida da bomba de lama
(PRC (I)), a pressão no drill pipe permanece constante até a entrada de gás na linha do
choke. Já as pressões na linha de kill e choke sofiem modificações à medida que o gás
começa a se deslocar através dos comandos (anular com menor diâmetro no fundo do
poço). O gráfico da figura 8 mostra o comportamento da pressão na linha do killlchoke
em fwnção do tempo. A pressão aumenta no killkhoke (1-2), quando o gás se desloca no
anular dos comandos, e a pressão começa a diminuir (2-3), assim que o topo do gás
passa pelo topo dos comandos. Assim que a base do gás atinge o topo dos comandos,
isto é, desloca-se através do anular do tubo de perfuração (3-4), a pressão começa a
aumentar até que o topo do gás atinja o BOP (4). A partir deste ponto comega a ocorrer
o fechamento do poço (4-5) para iniciar a circulação, com vazões muito baixas (bomba
de cimentação). Neste período ocorre o fechamento do choke e diminuição da vazão da
bomba de lama.

Após troca para bomba de cimentação (5-6) a pressão de kill é mantida constante
enquanto a pressão no choke diminui com o manuseio do choke (6-7). Neste período
ocorre o ajuste e determinação da pressão reduzida de circulação da bomba de
cimentação PRC(2)). Ao iniciar a circulação (7) com a nova vazão (PCI p)), o gás
começa a se deslocar através da linha do choke (7-8) e o comportamento do manômetro
da linha de kill passa a ser inversa à da linha do choke. A entrada de gás na linha do
choke é facilmente detectada pela pressão na linha do kill. A pressão no choke aumenta
à medida que o gás sobe através da linha do choke, enquanto a pressão no kill diminui
até que o gás atinja a superfície (8). A expulsão do gás (8-9) faz com que o choke
comece a perder pressão e o manômetro do kill permanece constante (SIDP) até o final
da primeira etapa (fechamento do poço para substituição da lama). Após todo gás ser
expulso (9) a circulação deve continuar até que circule o volume do anular
(complemento de circulação, 9-10). Neste período a pressão no choke permanece
constante e menor que a pressão do kill. O poço deve ser fechado (10-11) para
adensamento ou preparo da nova lama (11-12), aumentando a pressão do choke até
estabilização (SIDP) [16]
O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1C11 12

TEMPO

Figura (8) - Gráfico Pressão na linha kiZZlchoke x Tempo (Pedroso 1993).

A segunda etapa consiste em trocar a lama por uma nova ou a partir do


adensamento da mesma
REVISÃO E MODELAGEM DA DESCONEXÃO DE EMERGÊNCIA

Nessa sessão, uma revisão da modelagem desenvolvida no projeto de pesquisa


entre PETROBRAS e COPPE é desenvolvida, no sentido de adaptá-la à análise global,
capítulo V.

A desconexão de emergência pode ocorrer a partir de um evento que permita a


perda de posicionamento das unidades DP podendo levar a uma situação crítica
tendendo ao descontrole do poço. A quantificação deste fenômeno foi determinada
principalmente a partir do cálculo da taxa de desconexão de emergência média (TDM)
das sondas que atuaram na Bacia de Campos e da taxa de desconexão espúria. As
fiequências de falha dos elementos do BOP foram extraídas, na sua maioria, do trabalho
de SILVA [I].

Os resultados destes levantamentos estão apresentados neste capítulo assim como


os principais elementos críticos (elementos de falha) do BOP considerados na árvore de
falha (EVTAs) que levam ao evento principal chamado de "acidente crítico na unidade
DP 1 poço".

O método da árvore de falha para análise de risco e confiabilidade foi introduzido


em 1962 e sua técnica é utilizada em avaliação de segurança. O diagrama da árvore de
falha relaciona o evento crítico potencial (acidente) de um sistema às principais razões
pelo qual levaram a ocorrer este evento. A árvore de falha apresenta uma ótima
ilustração das várias combinações de falhas e outros eventos que podem levar a um
evento crítico específico. O modelo da árvore de falha foi construído pelo programa
computacional CARA FALT TREE [17].
3.1.1 - MARGEM DE SEGURANÇA DE RISER

Em sondas flutuantes existe a possibilidade de desconexão de emergência do


riser principalmente se a embarcação é posicionada dinamicamente. Por este motivo, ao
peso do fluido de perfuração deve ser adicionada uma margem extra (de segurança) à
massa específica do fluido de perfuração, visando um aumento na pressão hidrostática,
conhecida como margem de segurança de riser (MSR) para compensar a perda parcial
de pressão hidrostática devido à remoção do riser [I]. No caso de falha operacional ou
de equipamento, de modo que o poço fique aberto, a pressão hidrostática do fluido do
poço seria o suficiente para amortecê-lo, não permitindo a produção de gás ou óleo para
o mar, o que seria um desastre ecológico e comprometeria o iüturo da jazida.

Por outro lado, o uso da margem de segurança de riser inviabiliza operações em


cenários de lâminas d'água profundas, com baixos gradientes de pressão de poros das
formações.

O percentual de eficiência assumido baseados em experiência de campo para'


margem de segurança do riser atuar como uma barreira de isolamento neste estudo foi
de 0,70. Portanto a ineficiência considerada foi de 0,30.

3.1.2 - ESTIMATIVA DA PARCELA DE TEMPO DOS ELEMENTOS FRENTE


AO BOP.

As parcelas de tempo dos elementos em fiente ao BOP stack foram estimadas de


acordo com dados baseados em experiência de campo, e estão descritas na Tabela 2.1.
A parcela de elementos de conexão entre as juntas de tubos (to01joint) fiente ao BOP
foi estimada em 10% da parcela de tubo de 5 pol, ou seja 0,065.
Tabela 2.1: Percentual de Tempo de Elementos em Frente ao BOP em Função da
Lâmina D'água

Todavia, em associação a probabilidade de haver o tool joint frente a gaveta cega


cisalhante, o sondador pode deslocar o to01 joint e retirá-la de frente a cega cisalhante.
A probabilidade da ação do sondador falhar é assumida igual a 0,16 [8].

3.1.3 - ESTIMATIVA DA PARCELA DE TEMPO DE RESERVAT~RIO


EXPOSTO

O valor estimado para parcela de tempo em que o reservatório permanece


exposto durante a perfuração, isto é com ocorrência de "hidrocarbonetos na formação"
foi de 0,15. Este valor escolhido expressa um ótimo percentual de tempo deHC exposto
baseado em experiência de campo, e pode variar dentro de range determinado, no qual
cabe uma posterior análise de sensibilidade.

3.1.4 - SISTEMA DE CONTROLE

O intervalo entre os testes em BOPs submarinos é considerado de 14 dias ou 336


horas, segundo NPD (Noruega). Na maior parte das vezes, algumas falhas do sistema de
controle principal do BOPlpod ativo, pode ser detectada por instrumentos. Considera-se
que estas falhas seriam detectadas dentro de 24 horas (01 dia), que é o período de
intervalo de teste ou monitoramento. Para os modos de falha detectáveis por
instrumentos do pod de stand by, o período de intervalo de teste considerado é de 48
horas (02 dias).

O POD ativo pode falhar ao ativar uma função do BOP devido a três (03) modos
de falhas, considerados independentes, conforme confiabilidade do BOP [I].
Estas são a perda de várias funções de um POD, (razão de falha igual a 34,9
falhas/lo6 horas), perda de uma ou mais função no painel de superficie (razão de falha
igual a 34,9 fauias110~horas) e perda de uma hnção em um POD (razão de falha igual a
174,5 falhas/lo6 horas) [I]. As razões de falha estão relacionadas ao sistema de controle
principal multiplexado compreende: (2) dois PODs, dois (2) painéis na superficie e
aproximadamente trinta e seis (36) funções por POD [9]. Foi assumido que a falha de
seis (6) funções em um (I) POD e a falha de um quarto (114) do painel de controle
levariam a perda de várias funções em um POD e a perda do painel de controle
respectivamente. Logo, levando em conta estas considerações uma razão de falha geral
para a perda de uma (1) função de controle de 1 POD, pode ser encontrado:

h (Razão de falha) = Perda de várias funções (POD) Perda


i- do painel de
controle + perda de uma função (POD)

h (Razão de falha)= (6x34,9)/(2 x 3 6 ) + ( % ~ 3 4 , 9 ) / 2 + ( 1x 174,5)/(2


x 36)
h = 9,7 falhas I 106h 3 com painel

h (razão de falha) = (6 x 34,9) I (2 x 36) + (1 x174,5) (2 x 3 6)


h =5,3 falhas11o6h 3 sem painel
(atribuído ao auto shear)

O cálculo da falha em destravar o LMRP não entrou no mérito para definir


o causador do problema, isto é, se a falha era do sistema de controle ou do equipamento.
Foi utilizado como fiequência de falha sob demanda o valor de 0,016 (falhas em
destravar LMRPItentativas de destravamento), que compreende falhas no sistema de
controle do conector, assim como, do próprio conector [I].

Para o BOP modificado o sistema auto shear atua apenas na gaveta


cisalhante superior, sendo considerado na árvore de falha.
3.1.5 - GAVETA CEGA CISALHANTE

No cálculo do desempenho da gaveta cega cisalhante, as freqüências de falha por


demanda em cortar e vedar pós corte usadas são consideradas, respectivamente, O,11 e
0,30. A melhor maneira de avaliar a função corte da gaveta cega cisalhante é através da
relação fahafdemanda, mas esta é geralmente sigilosa e poucos dados existem a
respeito. Estes valores foram considerados baseados em literatura e experiência de
campo. De acordo com JORGE [9], foram observadas 3 (três) falhas em vedar para um
total de 10 cortes efetuados com sucesso pela gaveta cega cisalhante.

Para configuração modificada, dado que a gaveta inferior falhou existirá apenas
duas opções possíveis para atuação da gaveta superior. A primeira opção será vedar sem
necessidade de cortar, dado que a gaveta cega cisalhante inferior cortou, mas falhou em
vedar. A segunda opção será cortar e posteriormente vedar dado que a gaveta cega
cisalhante inferior falhou no corte e conseqüentemente em vedar. As freqüências sob
demanda em cortar e vedar pela inferior neste passo, dado que houve falha na sua
atuação, devem representar 100%. Então, a fi-equência sob demanda de cortar e vedar
para gaveta cega cisalhante inferior é de 0,27 e 0,73 respectivamente, e podem ser
observados na Página P23 da árvore de falha no Apêndice C (BOP modificado).

3.2 - CENÁRIO OPERACIONAL

As análises de risco utilizando o método da árvore de falha são implementadas


para um cenário de lâmina d'água na faixa de 1500 a 2000 metros. São considerados
dois (2) tipos de configuração de BOP (blowout preventer), o convencional e o
modifícado.

Assume-se que o evento topo parcial (ACDP) é crítico com tendência de


desencadear uma desconexão no poço. Tal acidente pode ocorrer durante a operação no
poço. Frente ao BOP, poderá haver itens como tubos de perfuração, revestimentos e
ferramentas que podem ser ou não cortados pela gaveta cega cisalhante, e poderá haver
ou não presença de hidrocarbonetos expostos no interior do poço. O poço pode estar
também operando sem margem de segurança de riser.

É assumido que, a embarcação é de posicionamento dinâmico (DP) e o sistema


de controle do BOP é multiplexado. Em adição existe um sistema do controle de back
up acústico para as seguintes funções do BOP: (i) fechamento e travamento da gaveta
cega cisalhante. (ii) fechamento e travamento das gavetas superiores e inferiores (iii)
destravamento do LMRP.

O back up acústico é levado em consideração apenas para desconexão espúria,


pois, neste caso, considera-se que não houve problema de posicionamento dinâmico, o
que possibilita a atuação dos sensores acústicos. Já na desconexão de emergência, não
há tempo para atuar o acústico, não sendo esta opção considerada na árvore de falha.

As Figuras Pl, P3, P4, P21 e P22 são referentes à árvore de falha de
configuração convencional e as figuras Pl, P3, P4, P20, P21, P22, P23 e P24 referente à
modificada, no Apêndice "C" que descreve o acidente crítico na unidade DP / poço
(desconexão de emergência). Neste diagrama estão representados os eventos lógicos
que podem levar a um acidente crítico na unidade DP.

3.2.1 - CONFIGURAÇÓES DO BOP SUBMARINO

Duas configurações de BOP's foram utilizadas nestas análises, a configuração


convencional e a configuração modificada. A diferença entre as duas configurações
consiste na substituição de uma "gaveta de tubos" da configuração convencional por
uma "gaveta cega cisalhante", definindo a que sofreu alteração como configuração
modificada. As Figuras 10 e 11 representam as configurações utilizadas.

O BOP de configuração convencional, conforme esquema apresentado na Figura


10, possui as seguintes características:

- O 1 junta flexível
- 02 preventores anulares
- 02 conectores hidráulicos
- 01 preventor gaveta cega cisalhante (blind shear rum)
- 02 preventores gaveta de tubos Vxedpiye rnin 5 pol)
- 01 preventor gaveta de tubos variável (variable yipe rum 3 ?4pol a 4 ?4 pol)
- Linhas e vizlvulas de kill e choke

Linha do Choke

Junta Flexível

Preventor anular
(Anular Superior)

Conector do LMRP

____, Preventor anular


(BOP Anular)

_____, Gaveta cega cisalhante

-
____, Ckweta de tiibosfixa.

-
____, Gaveta de tubos fixa

Conector hidráulico
(cabeça de poço)

Figura 10: BOP Esquemático para Configuração Convencional


O BOP de configuração modificada, conforme esquema apresentado na Figura
11 possui as seguintes características:
- 01 junta flexível
- 02 preventores anulares
- 02 conectores hidráulicos
- 02 preventores gaveta cega-cisakante (blind shear rain)
- 01 preventor gaveta (vwiablepipe rcrm 3 % pol a 4 % pol)
- 01 preventor gaveta (fixedpipe rum 05 pol)
- Linhas e válvulas de kll e choke

Linha do Kill
Linha do Choke

Junta Flexível

Preventor anular
(Anular Superior)

Conector do LMRP

Preventor anular
(BOP Anular)

.
-
Gaveta cega cisalhante

Cihveta Cepa Cisalhante

Cdvet~d e t i ~ h n
varihval
~

Gaveta de tubos fixa

- Conector hidráulico
(cabeça de poço)

Figura 11: BOP esquemático para Configuração Modificada (arrumar linhas)


Este estudo não avaliou as adaptações necessárias ao sistema de controle,
funções EDS, que inicia uma seqüência de funções no BOP com a finalidade de isolar o
poço e destravar o LMRP em um tempo determinado, conforme API 53 ou NPD [8].
Assim sendo foi assumido que o EDS do BOP modificado atende aos requisitos de
segurança em condições equivalentes ao BOP convencional. A configuração
modificada possui fácil adaptação prática e é economicamente viável.

3.2.2 - DESCRIÇÃO DAS ÁRVORES DE FALHA

O diagrama da página P1 (primeira folha do Apêndice C - folha de rosto)


descreve as combinações de falhas ou eventos que podem levar ao acidente crítico por
poço com sonda DP (ACDP), evento de topo global, a partir dos eventos de topo
parciais, acidente crítico na unidade DP / poço (ACDP) e descontrole crítico no combate
ao kick @CCK - capítulo IV). Tanto o BOP convencional quanto o modificado
possuem a mesma descrição da folha de rosto (Pl).

A tabela B1 Apêndice B apresenta os valores para taxas de falha,


fiequência de falha sob demanda dos modos de falhas e intervalo entre testes utilizados
nas árvores (FTAs).

CONFIGURAÇÃO CONVENCIONAL

As descrições dos eventos que podem desencadear um acidente crítico na


unidade DPI poço para o BOP convencional estão apresentadas nas páginas P l , P3, P4,
P21 e P22.

As caixas de eventos (gates) utilizados podem ser do tipo and gate, or gate
ou basic (básico). As caixas de eventos and e or são usadas para situações em que há a
necessidade de conectas eventos básicos (eventos independentes) ou não (or e and). O
and gate é usado quando todos os eventos relacionados abaixo dele devem ocorrer para
que o evento principal ocorra. Já no or gate, basta que apenas um dos eventos
relacionados abaixo dele ocorra para que desencadeie falha do evento principal. O or e
and gate são eventos condicionais, pois existe uma série de eventos associados à sua
ocorrência que estão dispostos logo abaixo da caixa descritiva.

O evento "acidente crítico na unidade DP I poço" (ACDP - and gate)


ocorre dado a seguinte associação de eventos, independentes:
- Falha na margem de riser (FMR basic gate)
-

- Formação com hidrocarboneto exposto (FHCE - basic gate)


- Falha dada desconexão espúria ou falha no DP associada à falha no BOP
(FDE - or gate).

O evento "falha dada desconexão espúria do LMRP ou falha no DP


associada à falha no BOP" ocorre dado um dos seguintes eventos, independentes:
- Falha no DP associada à falha no BOP (and 49 - P3)
- Falha na desconexão espúria do LMRP (and 59 - P4)

É assumido que durante uma desconexão de emergência a sonda não possui


tempo para utilizar o sistema de back up acústico, pois o acionamento é lento e não
pode ser considerado como redundância do sistema de controle principal.

PÁGINA P3 - ramificação da página P1

O evento "falha no DP associada à falha no BOP" (and 49) ocorre dada


associação dos seguintes eventos, independentes:
- Desconexão de emergência por poço (basic 160)
- Falha no isolamento do BOP (or 82)

O evento "falha no isolamento do BOP" (or 82) ocorre dado um dos


seguintes eventos, independentes:
- Tubo de 13 318 pol e BHA fiente ao BOP (basic 163)
- Falha em isolar poço com outros tubos no BOP (and 51)
- Falha em destravar o LMRP - por demanda (basic 169)
- Vazamento externo abaixo da gaveta cega cisalhante (basic 170)
- Falha em vedar com "nada" fiente ao BOP via cega cisalhante (and 53)
- Falha maior no sistema de controle (or 86)

O evento "falha em isolar o poço com outros tubos no BOP" (and 51) ocorre
dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- Tubo de 5 polegadas, to01 joint, revestimento de 7 e 9 518 polegadas (basic
164)
- Falha em cortar / vedar via gaveta cega (or 83).

O evento "falha em cortar / vedar via gaveta cega cisalhante" (or 83) ocorre
dado um dos eventos, independentes:
- Vazamento hidráulico nessa gaveta (basic 167)
- Falha da cega ao cortar / vedar pós corte (or 84)
- Tool joint fiente à cega dado ação do sondador (and 50 - P22)
- Falha da função associada à cega cisalhante (and 52).

O evento "falha da cega ao cortar e vedar pós corte" (or 84) ocorre dado um
dos seguintes eventos, independentes:
- Falha ao cortar (basic 165)
- Falha em vedar pós corte (basic 166)

O evento "falha da função associada à cega ' (and 52) ocorre dada associação
dos seguintes eventos, independentes:
- Falha na auto shear (basic 168)
- Falha no sistema de controle associado à função (or 87 - P21)

PÁGINA P22 - ramificação da P3

O evento "tooljoint frente à cega - dado ação do sondador" (and 50) ocorre
dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- To01joint fiente à cega (basic 161)
- Sondador falha ao posicionar to01 joint (basic 162)
Essa situação ocorre caso o sondador falhe em posicionar o to01 joint
adequadamente e, aleatoriamente, o to01 joint permanece frente a gaveta cega
cisalhante.

PÁGINA P21- ramificação da P3

O evento "falha no sistema de controle associado à função" (or 87) ocorre


dado um dos seguintes eventos, independentes:
- Falha da função em ambos ospods (and 56)
- Perda total do pod ativo e falha da função no pod standby (and 57)
- Perda total do pod standby e falha da função no pod ativo (and 58)

O evento "falha da função em ambos os pods" (and 56) ocorre dada


associação dos seguintes eventos, independentes:
- Falha no pod azul (basic 178)
- Falha no pod amarelo (basic 179).

O evento "perda total do pod ativo e falha da função no pod standby " (and
57) ocorre dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- Perda total do pod azul (basic 180)
- Falha da função no pod standby - amarelo (basic 181).

O evento "perda total do pod standby e falha da função no pod ativo" (and
58) ocorre dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- Perda total do pod standby - amarelo (basic 182)
- Falha da função no pod ativo (basic 183).

O evento "falha em vedar com nada via cega cisalhante" (and 53) ocorre
dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- Falha em isolar via cisalhante (or 85)
- Nada frente ao BOP (basic 171)
O evento "falha em isolar via cisalhante" (or 85) ocorre dado um dos
seguintes eventos, independentes:
- Vazamento hidráulico nessa gaveta (basic 172)
- Falha da função associada à cega (and 54)
- Falha em vedar - vazamento interno pela gaveta após fechamento (basic
173)

O evento "falha da função associada à cega" (and 54) segue a mesma


descrição apresentada anteriormente (and 52).

O evento "falha maior no sistema de controle" (or 86) ocorre dado um dos
eventos, independentes:
- Perda total do sistema de controle por única causa / falha (basic 175)
- Perda de ambos ospods por causa independente (and 55).

O evento "perda de ambos ospods por causa independente" (and 55) ocorre
dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- Perda total do pod azul (basic 176)
- Perda total do pod amarelo (basic 177)

PÁGINA P4 - Ramificação da página P1

O evento "falha dada desconexão espúria do LMRP" (and 59) ocorre dada
associação dos seguintes eventos, independentes:
- Evento desconexão espúria (basic 184)
- Falha no isolamento via BOP (or 88).

O evento "falha no isolamento via BOP" (or 88) ocorre dado um dos
seguintes eventos, independentes:
- BHA, tooljoint e 13 318 pol (basic 185)
- Vazamento externo abaixo da gaveta cega cisalhante (basic 186)
- Falha no sistema de controle associado à cega cisalhante (and 61)
- Vazamento hidráulico nessa gaveta (basic 187)
- Gaveta cega falhou em cortar / vedar pós corte (or 91).

O evento "falha no sistema de controle associado à cega cisalhante" (and 61)


ocorre dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- Falha da função via sistema acústico (basic 188)
- Falha no sistema de controle principal (or 89)
- Falha da função auto shear (basic 189)

O evento "falha no sistema de controle principal" (or 89) ocorre dado um


dos eventos, independentes:
- Falha em reconectar em tempo (básico 190)
- Falha maior no sistema de controle (or 90)
- Falha no sistema de controle associado à função (or 87 - P21)

O evento "falha maior do sistema de controle" (or 90) e o evento "falha no


sistema de controle associado à função" (or 87 - P21) possui a mesma descrição
apresentada na página P3.

O evento "gaveta cega falhou em cortar I vedar pós corte" (or 91) ocorre
dado um dos seguintes eventos, independentes:
- Falha em cortar / vedar com tubo de 5 pol, revestimento de 7 e 9 518 pol (and

63)
- Falha em vedar com nada fiente ao BOP (and 64).

O evento "falha em cortar / vedar com tubo de 5 pol, revestimento de 7 e 9


518 pol" (and 63) ocorre dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- Tubo de 5 pol, revestimento de 7 e 9 518 pol (basic 194)
- Falha em cortar e vedar pós corte (or 92).

O evento "falha em cortar e vedar pós corte" (or 92) ocorre dado um dos
seguintes eventos, independentes:
- Falha em cortar (basic 195)
- Falha em vedar pós corte (basic 196)
O evento "falha em vedar com nada ftente ao BOP" (and 64) ocorre dada
associação dos seguintes eventos, independentes:
yy
- "Nada (basic 197) ftente ao BOP
- Falha em vedar - vazamento interno após fechamento (basic 198).

A árvore de falha para análise de risco do BOP de configuração modificada


segue apresentada no Apêndice "C". A diferença básica entre esta configuração e a
configuração para BOP convencional é à substituição de uma gaveta de tubos por uma
cega cisalhante, cujas diferenças podem ser observadas nas páginas P3, P20, P22, P23, e
P24 mostradas de acordo com a seqüência de descrição dos eventos.

A descrição dos eventos na página Pl, P4 e P21 para BOP modificado não
softe alteração em relação à configuração convencional.

PÁGINA P3 - Ramificação da página P1

O evento "falha no DP associada à falha no BOP" (and 44) ocorre dada


associação dos seguintes eventos, independentes:
- Desconexão de emergência por poço (basic 140)
- Falha no isolamento do BOP (or 66)

O evento "falha no isolamento do BOP" (or 66) ocorre dado um dos


seguintes eventos, independentes:
- Tubo de 13 318 pol e BHA frente ao BOP (basic 143)
- Falha em isolar poço com outros tubos no BOP (and 45)
- Falha em destravar o LMRP - por demanda (basic 141)
- Vazamento externo abaixo da gaveta cega cisalhante (basic 1)
- Falha em vedar com "nada" frente ao BOP via cega cisalhante (and 68 -
P20)
- Falha maior no sistema de controle (or 67)

Nesta página apenas os eventos "falha em isolar poço com outros tubos no
BOP" (and 45) e "falha em vedar com nada frente ao BOP via cega cisalhante" (and 68
- P20) sofieram alterações em relação ao BOP convencional, e estão descritos a seguir.

O evento "falha em isolar o poço com outros tubos no BOP" (and 45)
ocorre dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- Tubo de 5 polegadas, to01 joint e revestimento de 7 e 9 518 polegadas
(basic 142)
- Falha em cortar / vedar via gavetas cegas cisalhantes (and 46)

O funcionamento do corte e vedação executado pelas duas gavetas cegas


cisalhantes na configuração do BOP modificado foi considerado da seguinte forma.

1" passo - A gaveta cega cisalhante inferior tenta cortar e vedar.


2" passo - Caso ocorra falha na gaveta cega cisalhante inferior existem
duas opções para a gaveta cisalhante superior. A primeira opção é vedar, sem
necessidade de cortar, uma vez que a cisalhante inferior cortou com sucesso e não
vedou. A segunda opção da cisalhante superior é cortar e vedar, caso a inferior tenha
falhado em cortar e conseqüentemente em vedar.

O evento "falha em cortar / vedar via gavetas cega cisalhante" (and 46)
ocorre dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- Falha em cortar / vedar via gaveta cega cisalhante inferior (or 72 - P22)
- Falha em vedar via gaveta cega cisalhante superior (or 74 - P23).

PÁGINA P22 -Ramificação da página P3

O evento "falha em cortar 1 vedar via gaveta cisalhante inferior" (or 72 -


P22) ocorre dado um dos seguintes eventos, independentes:
- Vazamento hidráulico na gaveta (basic 166)
- Falha por demanda (or 73)
- Falha no sistema de controle associado à função (P21)
- To01joint fiente à cega dado a ação do sondador (and 76).

O evento "falha por demanda" (or 73) ocorre dado um dos seguintes
eventos, independentes:
- Falha em cortar (basic 167)
- Falha em vedar (basic 168)

O evento"tooljoint fiente à cega dado a ação do sondador" (and 76) ocorre


dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- Presença de to01 joint (basic 169)
- Sondador falha em posicionar tooljoint (basic 170)

PÁGINA P21- Ramificação da página P22

A página P21, falha maior no sistema de controle, não sofie modificação


em relação ao descrito no BOP convencional.

PÁGINA P23 - Ramificação da página P3

O evento "falha em vedar via gaveta cega cisalhante superior" (or 74) dado
um dos eventos, independentes:
- Falha em vedar sem necessidade cortar via cega cisalhante superior
(and 4)
- Falha em vedar com necessidade de cortar via cega cisalhante superior
(and 78)

O evento "falha em vedar sem necessidade de cortar via cega cisalhante


superior (and 4) ocorre dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- Falha em vedar via gaveta cega cisalhante inferior (basic 173)
- Falha em vedar via cega cisalhante superior (or 4).
Nesta etapa, as fiequências de falha sob demanda dos eventos "falha em
y

vedar via gaveta cega cisalhante inferior ' (basic 173) e "falha em cortar via gaveta cega
cisalhante inferior" (basic 12) estão associadas à falha da atuação da gaveta cega
cisalhante inferior, e devem representar 100%. Os valores equivalentes às freqüências
de faiha em cortar e vedar via cega cisalhante inferior são 0,23 e 0,73 respectivamente.

O evento "falha em vedar via cega cisalhante superior (or 4) ocorre dado
um dos seguintes eventos, independentes:
- Falha da função vedar da gaveta cega cisalhante superior (and 77)
- Vazamento hidráulico nessa gaveta (basic 172)
- Vazamento interno pela gaveta após fechamento (basic 14)

O evento "falha da função vedar da gaveta cega cisalhante superior" (and


77) ocorre dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- Falha na auto shear (basic 174)
- Falha no sistema de controle associado à função (P21)

O sistema auto shear está direcionado para gaveta cega cisalhante superior.

O evento "falha em vedar com necessidade de cortar via cega cisalhante


superior" (and 78) ocorre dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- Falha em cortar via gaveta cega cisalhante inferior (basic 12)
- Falha em cortar / vedar via cisalhante superior (or 77 - P24)

Como explicado anteriormente, a fiequência de falha sob demanda do


evento "falha em cortar via gaveta cega cisalhante inferior (basic 12) em conjunto com
o evento "falha em vedar via gaveta cega cisalhante inferior" deve corresponder a
100%.

PÁGINA P24 - Ramificação da página P23

O evento "falha em cortar 1 vedar via gaveta cisalhante superior" (or 77)
ocorre dado um dos seguintes eventos, independentes:
- Falha na gaveta cisalhante superior (or 78)
- Vazamento hidráulico nessa gaveta (basic 179)
- Falha no sistema de controle associado à função (and 80).

O evento "falha na gaveta cisalhante superior" (or 78) ocorre dado um dos
seguintes eventos, independentes:
- Falha em cortar (basic 180)
- Falha em vedar (basic 181).

O evento "falha no sistema de controle associado à função" (and 80) segue


a mesma descrição apresentada na página P21 da configuração convencional.

PÁGINA P20 - Ramificação da página P3

O evento "falha em vedar com nada fiente ao BOP" (and 68) ocorre dada
associação dos seguintes ventos, independentes:
- Percentual de "nada" fsente ao BOP (basic 147)
- Palha na gaveta cega cisalhante inferior (or 68)
- Falha na gaveta cega cisalhante superior (or 69)

O evento "falha na gaveta cega cisalhante inferior" (or 68) ocorre dado um
dos seguintes eventos, independentes:
- Falha em vedar - vazamento interno com a gaveta após fechamento
(basic 149)
- Falha no sistema de controle associada à função (P21)
- Vazamento hidráulico nessa gaveta (basic 148)

O evento "falha na gaveta cega cisalhante superior" (or 69) ocorre dado um
dos seguintes eventos, independentes:
- Vazamento hidráulico nessa gaveta (basic 150)
- Falha em vedar - vazamento interno com a gaveta fechada (basic 151)
- Falha no sistema de controle associado à função (and 69)

Os eventos "falha no sistema de contsole associado à função" (and 69)


segue a mesma descrição da página P21 descrita anteriormente.
MODELAGEM DO COMBATE AO KICK

O risco do combate ao kick é apresentado pelo método de árvores de falha


desenvolvido para o cenário em lâminas d'água de 1500 a 2000 m, na qual foram
utilizadas as configurações do BOP convencional e modificado. As descrições dos
eventos estão sendo apresentadas das páginas P1 a P20 (exceto P3 e P4) para BOP
convencional e de P1 a P19 (exceto P3 e P4) para o modificado no apêndice "B".

O evento topo parcial denominado "descontrole crítico no combate ao kick"


descreve o acontecimento crítico potencial que está associado às principais razões que
levam a ocorrer este evento. O evento topo é dito parcial, pois o global será a junção dos
parciais "descontrole critico no combate ao kich? e "acidente crítico na unidade DP /
poço".

A falha em combater um kick ocorre caso o BOP falhe em isolar o poço ou em


circular o influxo de gás proveniente do reservatório. A perda das principais barreiras e
das redundâncias está sendo considerada, assim como os modos de falhas mais críticos
que levam diretamente a perda de segurança do poço.

Tendo esta tese o objetivo de fazer uma análise comparativa entre as diferentes
configurações de BOP assumidas, foi considerado como relevante os elementos que
realmente fazem diferença entre uma configuração e outra. O uso dos preventores
anulares no combate ao kick não está sendo avaliado, uma vez que as duas
configurações de BOP utilizam a mesma quantidade deste elemento no equipamento.

O percentual de kick estudado resulta de influxos ocorridos durante as operações


com o BOP no fundo (conectado) tais como: a perfuração, a manobra e outros. O evento
kick está dissociado do evento desconexão de emergência, ou seja, o valor foi obtido
para uma Kequência de kick ocorrida no Brasil. Uma vez que ocorra o influxo, é função
do equipamento combater o fluido invasor, isto é o BOP deve estar conectado no poço.
No setor norueguês do Mar do Norte foram observados 25 kicks durante a
atividade de perfuração em 167 poços exploratórios, ou seja, uma taxa de 15,0% de
kicks por poço. Já em poços HPHT foi observado um aumento na taxa, onde 13 kicks
ocorreram em 23 poços perfurados [16 1.

No Brasil, em 1993 a 1995 foram observados apenas 4 kicks durante perfuração


em 120 poços exploratórios, ou seja, uma taxa de kick 3,33% (kickslpoço).

A freqüência de kick utilizado foi de 0,033 (kickslpoço), valor determinado para


influxos com a coluna dentro do poço. Assumimos que a coluna encontra-se no interior
do poço, dado que, kicks nessa condição são mais prováveis em função de ocorrência de
pistoneio, sobre-pressão e pressão anormal durante a perfuração [9].

O modo de falha, denominado vazamento externo nas válvulas gavetas


posicionadas nas saídas laterais do BOP, foi determinado de forma simplificada e
conservativa. Esta falha foi considerada na posição da válvula interna (A), mais
precisamente entre a válvula interna e as saídas laterais (outlets) do BOP, posição mais
crítica. Por outro lado, a freqüência desse modo de falha é assumida como o dobro do
valor calculado para todas as válvulas. Uma vez assumido um vazamento externo
dobrado na primeira válvula (interna), o mesmo modo de falha é desconsiderado na
válvula externa [9].

Vazamentos externos na gaveta de tubo inferior, na válvula gaveta interna, logo


acima do conector e no conector hidráulico da cabeça do poço levam diretamente a
falha de isolamento do poço e, conseqüentemente, no combate ao kick.

O modo de falha função abrir das válvulas gavetas não foi observado no banco
de dados do BOP e foi determinado por NILO [9]. Este modo de falha pode ser
significativo, uma vez que falhando em abrir uma das duas válvulas, posicionadas em
série, haverá perda desta parte da saída lateral da linha (outlet line) do BOP. Neste
modo de falha, o tempo total de operação dessas válvulas, foi atualizado e a taxa de
falha passou para 0,5 falhas 110 horas (1992 - 2000).
Foi assumido que o fechamento do poço para circulação do kick é realizado
pelas gavetas de tubo.

A utilização das gavetas cega cisalhantes não foi considerada, embora, perceba-
se que o BOP modificado teria melhores condições de isolar o poço empregando essas
gavetas, pelo fato de possuir mais uma gaveta cega cisalhante, em comparação com o
BOP convencional. Todavia, haveria pequeno ou insignificante impacto no resultado
final caso essas gavetas fossem consideradas, uma vez que se trataria de combinações
de eventos de terceira ou quarta ordem.

A perda de uma das linhas do BOP, matar (choke) ou estrangular (kill), tem
como conseqüência à perda de monitoramento do poço. O combate fica restrito a outra
linha ativa, considerando-se metade (50%) de chance de circular o poço com sucesso.

4.1.1 - ANÁLIsE DOS MODOS DE FALHA

Alguns modos de falha podem levar diretamente a falha no combate ao kick, ou


seja, não existe a possibilidade de usar outra barreira para fechar o poço ou circular o
influxo de gás. Neste caso a probabilidade de falha que leve a um acidente crítico no
poço é de 100%, podendo os elementos do BOP ser analisados em combinação de dois a
dois elementos ou isolados. Já outros modos de falha, com os elementos combinados ou
não, levam apenas a perda parcial (50%) do combate ao kick. Para quantificar essas
combinações, que promoveram a perda parcial do combate ao kick no poço, foram
adicionadas neste ramo da árvore de falha uma caixa de evento (gate) com
probabilidade de falha sob demanda de 50%.

No desenvolvimento da árvore de falha considerou-se os eventos isolados ou as


combinações de elementos dois a dois (eventos até segunda ordem). Combinações de
elementos três a três ou de eventos de terceira ordem foram desconsiderados pelo fato
de levarem a uma considerável ampliação e complexidade das arvores de faíha, sem, no
entanto, trazer contribuição significativa nos resultados. As diferentes combinações
possíveis dos modos de falha estão descritas a seguir.
- Perda total no combate ao kick (100% de insucesso) - BOP convencional

Falha maior no sistema de controle


Vazamento externo na gaveta inferior ou vazamento externo na saída
lateral inferior da linha de choke (válvula inner outlet line) ou vazamento
externo no conector hidráulico da cabeça de poço.

Falha na linha de kill e choke:


Vazamentos externos nas linhas kill choke (extensões: linha do BOP,
Riser e gooseneck)
Entupimentos nas linhas de kill e choke
Falha em abrir (válvula ou função no Sistema de controle) na saída
lateral superior (WL - upper outlet line) e na saída lateral inferior (LOL -
lower outlet line) da linha de kill e choke. Na linha de kill basta haver
falha em abrir à saída lateral inferior (LOL), pois a saída superior do kill
está posicionada acima da gaveta de tubo superior e permite somente
circulação com a gaveta cega-cisalhante fechada, algo que não faz parte
do cenário considerado.

Falha(s) combinada (s) que impedem o combate ao kick (100% de


insucesso) - BOP convencional:

Vazamento externo na altura da gaveta intermediária (vazamento externo


na saída lateral inferior kill ou vazamento externo na gaveta
intermediária) e falha (válvula, sistema de controle) em abrir à saída
inferior da linha do choke GOL)
Vazamento externo na altura da gaveta intermediária (vazamento externo
na saída lateral inferior kill ou vazamento externo na gaveta
intermediária) falha na gaveta de tubos inferior (vazamento interno com
a gaveta fechada, vazamento hidráulico na gaveta e falha na função
fechar a gaveta).
Vazamento externo na altura da gaveta intermediária (vazamento externo
na saída lateral inferior kill ou vazamento externo na gaveta
intermediária) e falha na linha do choke (entupimento e vazamento nas
extensões: BOP, riser e gooseneck).

- Perda parcial no combate ao kick (assume-se 50% de insucesso) - BOP


convencional.

Vazamento externo na altura da gaveta intermediária (vazamento externo


na saída lateral inferior kill ouvazamento externo na gaveta)

Falha na linha de kill ou na linha de choke:

Vazamentos externos na linha de kill ou na linha do choke (extensões:


linha do BOP, riser e gooseneck)
a Entupimento na linha de kill ou na linha do choke
Falha em abrir (válvula ou função no sistema de controle) na saída lateral
superior (UPL - upper outlet line) e na saída lateral inferior (LOL - lower
outlet line) na linha do choke ou na linha de kill. Na linha de kill basta
haver falha em abrir à saída lateral inferior (LOL), pois a saída superior
do kill está posicionada acima da gaveta de tubo superior e permite
somente circulação com a gaveta cega-cisalhante fechada, algo que não
faz parte do cenário considerado.

- Falha (s) combinada (s) que dificultam o combate ao kick (50% de


insucesso) - BOP convencional

Falha na gaveta intermediaria (vazamento interno com a gaveta fechada,


vazamento hidráulico na gaveta ou função fechar a gaveta no sistema de
controle) g falha na gaveta superior (vazamento externo na gaveta,
vazamento interno com a gaveta fechada, vazamento hidráulico na gaveta
ou função fechar gaveta no sistema de controle)
-
Vazamento externo na altura da gaveta superior (vazamento externo na
gaveta ou vazamento externo na saída lateral superior da choke) falha
na saída lateral inferior da linha do choke/kill (abrir válvula ou função no
sistema de controle).

- Perda total no combate ao kick (100% de insucesso) - BOP


modificado

o Falha maior no sistema de controle


o Vazamento externo na gaveta inferior ou vazamento externo na saída
lateral inferior da linha de choke (lower outlet line) ou vazamento
externo no conector hidráulico da cabeça de poço

Falha na linha de kill e na linha de choke:


o Vazamentos externos nas linhas kill e choke (extensões: linha do BOP,
riser e gooseneck)
o Entupimentos nas linhas de kill choke
o Falha em abrir (válvulas e sistema de controler) na saída lateral superior
(UOL - upper outlet line) e na saída lateral inferior (LOL - lower outlet
line) da linha de choke e kill. Estq falha leva a perda da linha de kill e
choke. Na linha de kill basta haver falha em abrir a saída lateral inferior
(LOL), pois a saída superior do kill está posicionada acima da gaveta de
tubo superior e permite somente circulação com a gaveta cega cisalhante
fechada, algo que não faz parte do cenário considerado.
- Palha (s) combinada (s) que impedem o combate ao kick (100% de
insucesso) - BOP modificado:

o Falha na altura da gaveta superior (vazamentos externos: vazamento na


gaveta ou na saída lateral superior do choke ou na saída lateral inferior
kill, vazamento hidráulico na gaveta ou vazamento interno com a gaveta
fechada ou falha no sistema de controle associado à função fechar
gaveta) g falha na gaveta de tubos inferior (vazamento hidráulico na
gaveta fechada ou vazamento interno com a gaveta fechada ou falha no
sistema de controle associado à função fechar gaveta).
Falha na altura da gaveta superior (vazamentos externos: vazamento na
gaveta ou na saída lateral superior do choke ou na saída lateral inferior
kill, vazamento hidráulico na gaveta ou vazamento interno com a gaveta
fechada ou falha no sistema de controle associado à função fechar
gaveta) g falha em abrir a saída lateral inferior da linha do choke (falha
no sistema de controle associado à função ou falha na válvula).
o Falha na altura da gaveta superior (vazamentos externos: vazamento na
gaveta ou na saída lateral superior do choke ou na saída lateral inferior
kill, vazamento hidráulico na gaveta ou vazamento interno com a gaveta
fechada ou falha no sistema de controle associado à função fechar
gaveta) g vazamento externo na linha do choke (BOP, gooseneck e riser)
ou entupimento dessa linha.

- Perda parcial no combate ao kick (assume-se 50% de insucesso) - BOP


modificado

Falha na altura da gaveta superior (vazamentos externos na altura da gaveta


superior: vazamento externo na gaveta ousaída lateral superior do choke ousaída lateral
inferior do kill, vazamento hidráulico na gaveta, vazamento interno com a gaveta
fechada, falha no sistema de controle associado à função fechar a gaveta).
Falha na linha de kill ou na linha de choke (50% de insucesso) - BOP
modificado:

e Vazamentos externos na linha de kill ou na linha do choke (extensões:


linha do BOP, Riser e gooseneck)
e Entupimento na linha de kill ou na linha do choke
e Falha em abrir (válvula ou função via sistema de controle) na saída
lateral superior (UOL - upper outlet line) e da saída lateral inferior (ZOL
- lower outlet line) na linha de choke ou kill. Na linha de kill basta haver
falha em abrir a saída lateral inferior (LOL), pois a saída superior do kill
está posicionada acima da gaveta de tubo superior e permite somente
circulação com a gaveta cega cisalhante fechada, algo que não faz parte
do cenário considerado.

4.2 - DESCRIÇÃO DA ÁRVORE DE FALHA

O diagrama da folha rosto na página P l descreve tanto para o BOP convencional


quanto para o modificado as principais falhas que podem levar ao evento topo parcial
(DCCK), descontrole crítico no combate ao kick, assim como a junção dos eventos
parciais, evento global (ACPDP).

CONFIGURAÇÃOCONVENCIONAL

As descrições dos principais eventos que possibilitam o descontrole crítico no


combate ao kick (DCCK) estão dispostas na árvore de falha da página P l a P20 (exceto
P3 e P4).

O evento "descontrole crítico no combate ao kick" (and gate - DCCK) ocorre


dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- Ocorrência de kick (KICK)
- Falha em isolar e circular o kick (or 1 - P2)
PÁGINAP2 - Ramificação da página P1

O evento "falha em isolar e circular o kick" (or 1) ocorre dado um dos eventos,
independentes:
- Vazamentos externos (or 2)
- Falha maior no sistema de controle (or 25 - P5)
- Falha nas linhas de kill e choke (and 2)
- Falhas combinadas (perda total no combate ao kick- P13)
- Falhas combinadas (perda parcial no combate ao kick - P16)
- Falha em uma das linhas - kill ou choke (or 26 - P12)

Os eventos que levam a perda total no combate ao kick para o BOP


convencional, insucesso de 100% no controle do poço, estão representados na árvore
logo abaixo da caixa "falha em isolar e circular o kicIZ' (or 1) como, vazamentos
externos, falha maior no sistema de controle, falha nas linhas de kill e choke falhas
combinadas (perda total no combate ao kick).

O evento "vazamentos externos" (ar 2) ocorre dado um dos seguintes eventos,


independentes:
- Vazamento externo na válvula interna da saída lateral choke (basic 2)
- Vazamento externo no conector (basic 3)
- Vazamento externo na gaveta de tubo inferior (basic 4)

PÁGINA P5 - Ramificação da página P2

A falha maior no sistema de controle (or 25 - P5) é a mesma descrita para árvore
na P21 do Acidente Critico na unidade DP (ACDP) referente à desconexão de
emergência na página P3.

O evento "falha nas linhas kill e choke" (and 2) ocorre dada associação dos
seguintes eventos, independentes:
- Falha no sistema da linha de choke (or 3)
- Falha no sistema da linha de kill (or 17 - P6)

O evento "falha n o sistema da linha de chokeJ' (or 3) ocorre dado um dos


seguintes eventos, independentes:
- Falha em abrir - falha na válvula (and 7 - P7)
- Vazamentos externos nas extensões da linha do choke (or 11 - P8)
- Falha na função abrir de uma válvula sistema de controle (and 3)
-

- Entupimento da linha de choke (basic 5)

PÁGINA P7 - Ramificação da página P2

O evento "falha em abrir - falha na válvula" (and 7 - P7) ocorre dada associação
dos seguintes eventos, independentes:
- Falha em abrir - falha na válvula inferior (or 9)
- Falha em abrir - falha na válvula superior (or 10).

O evento 'falha em abrir - falha na válvula inferior" (or 9) ocorre dado um dos
seguintes eventos, independentes:
- Falha na válvula A (basic 14)
- Falha na válvula B (basic 15)

O evento "falha em abrir - falha na válvula superior" (or 10) ocorre dado um
dos eventos, independentes:
- Falha na válvula C (basic 16)
- Falha na válvula D (basic 17)

PÁGINA P8 - Ramificação da página P2

O evento "vazamentos externos nas extensões da linha do choke " (or 11 - P8)
ocorre dado um dos seguintes eventos, independentes:

- Vazamento na linha do BOP (basic 18)


- Vazamento na linha do riser (basic 19)
- Vazamento na linha do gooseneck (basic 20)

O evento "falha na função abrir de uma válvula - sistema de controle" (and 3)


ocorre dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- Falha no sistema de controle em abrir uma das válvulas superiores (or 12 -
P9)
- Falha no sistema de controle em abrir uma das válvulas inferiores (or 4)

O evento "falha no sistema de controle em abrir uma das válvulas superiores -


linha do choke" (or 12 - P9) ocorre dado um dos eventos, independentes:
- Falha em abrir uma das válvulas superiores (and 8)
- Perda total do pod ativo e falha da função no pod standby (and 9)
- Perda total do pod standby e falha da função no pod ativo (and 10)

O evento "falha em abrir uma das válvulas superiores" (and 8) ocorre dada
associação dos seguintes eventos, independentes:
- Falha da função no pod ativo (or 13)
- Falha da função no pod amarelo - standby (or 14).

O evento "falha da função no pod ativo" (or 13) ocorre dado um dos seguintes
eventos, independentes:
- Falha em abrir válvula C - viapod azul (basic 21)
- Falha em abrir válvula D - viapod azul (basic 22).

O evento "falha da função no pod amarelo - standby" (or 14) ocorre dado um
dos seguintes eventos, independentes:
- Falha em abrir válvula C - viapod amarelo (basic 23)
- Falha em abrir válvula D - viapod amarelo (basic 24).
O evento "perda total do pod ativo e falha da função no pod standby " (and 9)
ocorre dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- Perda total do pod azul (basic 27)
- Falha da função no pod amarelo - standby (or 15)

O evento "falha da função no pod amarelo - standby" (or 15) ocorre dado um
dos seguintes eventos, independentes:
- Falha em abris válvula C - viapod amarelo (basic 25)
- Falha em abrir válvula D - viapod amarelo (basic 26)

O evento "perda total do pod standby e falha da função no pod ativo" (and 10)
ocorre dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- Perda total do pod amarelo - standby (basic 30)
- Falha da função no pod ativo (or 16).

O evento "falha da função no pod ativo" (or 16) ocorre dado um dos seguintes
eventos, independentes:
- Falha em abrir válvula C viapod azul (basic 28)
- Falha em abrir válvula D viapod azul (basic 29)

O evento "falha no sistema de controle em abrir uma das válvulas inferiores" (or
4) da linha do choke possui a mesma descrição que "falha no sistema de controle em
abrir uma das válvulas superiores" (P9). A diferença está nas válvulas utilizadas que são
as inferiores, válvula A e válvula B.

PÁGINA P6 - Ramificação da págima P2

O evento "falha no sistema da linha de kill (or 17 - P6)" ocorre de maneira


semelhante à "falha no sistema da linha de choke"(or 3 - P2), sendo que apenas as
válvulas inferiores da linha (outlet line inferiores), para configuração modificada, estão
dispostas de maneira a serem utilizadas pela gaveta de tubos e disponíveis para o
fechamento do poço. A página P6 descreve a falha para este sistema, no qual apenas as
válvulas A e B estão apresentadas. O mesmo ocorre na página P10 em relação à página
y

P7, denominado "falha em abrir - falha na válvula '.

PÁGINA P11- Ramificação da página P6 e P2

O evento "vazamentos externos nas extensões da linha do kill" (or 24 - P11) está
descrito de maneira idêntica ao evento "vazamentos externos nas extensões da linha do
choke p8).
"

PÁGINA P13 - Ramificação da página P2

O evento "falhas combinadas - perda total no combate ao kick" (or 46 - P13)


ocorre dado um dos eventos, independentes:
- Vazamento externo na altura da gaveta intermediária e falha na gaveta
inferior (and 25)
- Vazamento externo na altura da gaveta intermediária e falha na válvula
inferior choke (and 26)
- Vazamento externo na altura da gaveta intermediária e falha na linha do
choke (P15 - and 33).

O evento "vazamento externo na altura da gaveta intermediária e falha na gaveta


inferior" (and 25) ocorre dada associação dos seguintes eventos, independentes:
- Vazamento externo na altura da gaveta intermediária (or 47)
- Falha na gaveta de tubos inferior (or 48)

O evento "vazamento externo na altura da gaveta intermediária ' (or 47) ocorre
dado um dos eventos, independentes:
- Vazamento externo na gaveta intermediária (basic 82)
- Vazamento externo na saída lateral inferior kill (basic 83)
O evento "falha na gaveta de tubos inferior" (or 48) ocorre dado um dos eventos,
independentes:
- Vazamento hidráulico na gaveta (busic 84)
- Vazamento interno com a gaveta fechada (busic 8 5)
- Falha no sistema de controle associado à função (or 49). A falha no sistema
de controle associado à função segue de maneira idêntica a descrições
anteriores, como apresentado na página 21 relativo ao acidente crítico na
unidade DP (ACDP).

O evento "vazamento externo na altura da gaveta intermediária e falha na


válvula inferior choke" (and 26) ocorre dada associação dos seguintes eventos,
independentes:
- Vazamento externo na altura da gaveta intermediária (or 50)
- Falha na válvula da saída inferior - choke (or 5 1 ) .

A falha na gaveta intermediária segue idêntico ao descrito anteriormente (or 47).

O evento "falha na válvula da saída inferior - choke" (or 5 1 ) ocorre dado um dos
eventos, independentes:
- Falha via sistema de controle em abrir uma das válvulas inferiores (or 53 -
P14) - idem à or 4 na página P2
- Falha em abrir - falha na válvula inferior (or 52).

O evento "falha em abrir - falha na válvula inferior" (or 52) ocorre dado um dos
eventos, independentes:
- Falha na válvula A Pasic 94)
- Falha na válvula B (basic 95)

PÁGINA P15 - Ramificação da página P13 e P2

O evento "Vazamento externo na altura da gaveta intermediária e falha na linha


do choke" (and 33 - P15) ocorre dado um dos eventos, independentes:
- Vazamento externo na altura da gaveta intermediária (or 58)
- Falha na linha do choke (or 59)
O evento "vazamento externo na altura da gaveta intermediária" (or 58) ocorre
dado um dos seguintes eventos, independentes:
- Vazamento externo na gaveta intbrmediária (basic 106)
- Vazamento externo na saída lateral inferior kill (basic 107)
O evento "falha na linha do choke" (or 59) ocorre dado um dos seguintes
eventos, independentes:
- Vazamento na linha do BOP (basic 108)
- Vazamento na linha do riser (basic 109)
- Vazamento no gooseneck (basic 110)
- Entupimento na linha (basic 111).

PÁGINA P16 - Ramificação da página P2

O evento "falhas combinadas - perda parcial" (and 34 - P16) ocorre dada


associagão dos seguintes eventos, independentes:
- Probabilidade de insucesso no combate ao kick com uma linha (basic 112)
- Falhas combinadas - perda parcial no combate ao kick (or 60)

A perda parcial no combate ao kick ocorre de duas formas, a partir de "falhas


combinadas" (P16) gg "falha em uma das linhas" (kill choke - página P12). Caso
estas falhas ocorram (and 34 e and 27), o sistema do combate ao kick já apresenta uma
probabilidade de insucesso de 50% e estão representadas nas caixas de eventos (gates)
básico 1e básico112.

O evento "falhas combinadas - perda parcial no combate ao kick (or 60)" ocorre
dado um dos seguintes eventos, independentes:
- Vazamento externo na altura da gaveta intermediária (or 61)
- Falha nas gavetas intermediária e superior (and 35)
- Vazamento externo na gaveta superior e falha na saída lateral inferior -
choke e kill (and 42 - P 18).

O evento "vazamento externo na altura da gaveta intermediária" (or 61) ocorre


dado um dos seguintes eventos, independentes:
- Vazamento externo na gaveta intermediária (basic 113)
- Vazamento externo na saída lateral inferior kill (basic 114)

O evento "falha nas gavetas intermediária e superior" (and 35) ocorre dada
associação dos seguintes eventos, independentes:
- Falha na gaveta intermediária (or 62)
- Falha na gaveta superior (or 64 - P17)

O evento "falha na gaveta intermediária" (or 62) ocorre dado um dos seguintes
eventos, independentes:
- Falha no sistema de controle associado à função (or 63) - idem a P21
- Vazamento hidráulico na gaveta (basic 115)
- Vazamento interno com a gaveta fechada (basic 116).

O vazamento externo na gaveta intermediária já leva a perda parcial (50%) no


combate ao kick, por isso este modo de falha não está associado a caixa de eventos
"falhas combinadas - perda parcial" em "falha na gaveta intermediária".

O evento "falha na gaveta superior" (or 64 - P17) ocorre dado um dos seguintes
eventos, independentes:
- Falha no sistema de controle associado à função (or 65) idem a P21
-

- Vazamento hidráulico na gaveta (basic 123)


- Vazamento interno com a gaveta fechada (basic 124)
- Vazamento externo (basic 125)

O vazamento externo na gaveta superior está associado a caixa de eventos


"falha na gaveta superior", pois este modo de falha separadamente não leva a perda
parcial (50%).

PÁGINA P18 - Ramificação da página P16 e P2

O evento "vazamento externo na gaveta superior e falha na saída lateral inferior


choke 1 ki1Z" (and 42 - P18) ocorre dada associação dos seguintes eventos,
independentes:
- Vazamento externo na altura da gaveta superior (or 66)
- Falha na saída lateral inferior kill/ choke (or 67)

O evento "vazamento externo na altura da gaveta superior" (or 66) ocorre dado
um dos seguintes eventos, independentes:
- Vazamento externo na gaveta superior (basic 132)
- Vazamento externo na saída lateral superior choke (basic 133)

O evento 'falha na saída lateral inferior kill/ choke " (or 67) ocorre dado um dos
seguintes eventos, independentes:
- Falha na saída lateral inferior kill (or 75 - P19)
- Falha na saída lateral inferior choke (or 68)

A falha na saída lateral inferior choke (or 68 - P18) segue de maneira idêntica à
falha na saída lateral inferior kill (or 75 - P19).

PÁGINA P19 - Ramificação da página P18, P16 e P2

O evento "falha na saída lateral inferior kill" (or 75) ocorre dado um dos
seguintes eventos, independentes:
- Falha em abrir - falha na válvula inferior (or 76)
- Falha no sistema de controle em abrir uma das válvulas inferiores (or 77)

Estas falhas seguem como descritas anteriormente em falha nas linhas de kill e
choke.

O evento "falha em uma das linhas - kill ow choke" (or 27) ocorre dado um dos
seguintes eventos, independentes:
- Probabilidade de insucesso no combate ao kick com uma linha (basic 1)
- Falha nas linhas de kill ouchoke (or 26)
O evento "falha nas linhas de kill choke (or 26) ocorre dado um dos
"

seguintes eventos, independentes:


- Falha no sistema da linha do choke (or 27)
- Falha no sistema da linha do kill (or 40 - P20)

O evento "falha no sistema da linha de kill" (P20) segue de forma idêntica ao


descrito anteriormente para "falha no sistema da linha de kill" (P6). O mesmo ocorre
para o evento "falha no sistema da linha do choke" (or 27), cuja descrição segue
idêntica ao evento "falha no sistema da linha do choke " (or 3 - P2).

As descrições dos principais eventos que possibilitam o "descontrole crítico no


combate ao kick (DCCK) ",para o BOP modificado, estão dispostas na árvore de falha
da página P l a P19 (exceto P3, P4) no apêndice "C".

Apenas as páginas P13 e P16, referentes aos eventos "falhas combinadas - perda
total no combate ao kick" e "falhas combinadas -perda parcial" para BOP modificado,
sofiem alterações em relação ao BOP convencional e serão descritas a seguir.

O evento "falhas combinadas - perda total" (or 46) ocorre dado um dos seguintes
eventos, independentes:
- Falha na altura da gaveta superior e inferior (and 25)
- Falha na altura da gaveta superior e falha em abrir a saída lateral inferior -
choke (and 26)
- Falha na altura da gaveta superior e vazamento externo nas extensões da
linha - choke (and 27).
O evento "falha na altura da gaveta superior e inferior" (and 25) ocorre dada
associação dos seguintes eventos, independentes:
- Falha na gaveta inferior (or 50 - P15)
- Falha na altura da gaveta superior (or 52 - P 18)

PÁGINA P15 -Ramificação da página P13 e P2

O evento "falha na gaveta de tubos inferior" (or 50 - P15) ocorre dado um dos seguintes
eventos, independentes:
- Vazamento hidráulico na gaveta (basic 93)
- Vazamento interno com a gaveta fechada (basic 94)
- Falha no sistema de controle associado à função (or 51).

O evento "falha no sistema de controle associado à função" segue idêntica a sua


descrição na página P21 (BOP convencional e BOP modificado).

PÁGINA P18 - Ramificação da página P13 e P2

O evento "falha na altura da gaveta superior" (or 52 - P18) ocorre dado um dos
seguintes eventos, independentes:
- Vazamento interno com a gaveta fechada (basic 101)
- Vazamento externo na altura da gaveta superior (or 53)
- Vazamento hidráulico na gaveta (basic 105)
- Falha no sistema de controle associado à função (or 54) - idem P21
O evento "vazamento externo na altura da gaveta superior" (or 53) ocorre dado
um dos seguintes eventos, independentes:
- Vazamento externo na gaveta superior (basic 102)
- Vazamento externo na saída lateral superior choke (basic 103)
- Vazamento externo na saída lateral inferior kill (basic 104)

O evento "falba na altura da gaveta superior" (or 47 - P13) segue idêntico à


descrição do evento "falha na altura da gaveta superior" (or 52 - P18).
PÁGINA P17 - Ramificação da página P13

O evento "falha em abrir a saída lateral iiiferior choke" (or 55 - P17) ocorre dado um
dos seguintes eventos, independentes:
- Falha em abrir - falha na válvula inferior (or 56)
- Falha no sistema de controle em abrir uma das válvulas inferiores (or 57). A
descrição encontra-se idêntica à "falha no sistema de controle em abrir uma
das válvulas inferiores" (or 4 - P2).

O evento "falha na altura da gaveta superior e vazamentos externos na linha do


choke/entupimento" (and 27) ocorre dada associação dos seguintes eventos,
independentes:
- Falha na altura da gaveta superior (or 52 - P18)
- Vazamentos externos na linha do choke - entupimento (or 62 - P14).

PÁGINA P14 - Ramificação da página P13

O evento "vazamentos externos na linha do choke - entupimento" (or 62 -P14)


ocorre dado um dos seguintes eventos, independentes:
- Vazamento na linha do BOP (basic 124)
- Vazamento na linha do riser (basic 125)
- Vazamento na linha do gooseneck (basic 126)
- Entupimento na linha (basic 127).

PAGINA P16 - Ramificação da página P2

O evento "falhas combinadas - perda parcial" (and 40) ocorre dada associação
dos seguintes eventos, independentes:
- Probabilidade de insucesso no combate ao kick com uma linha (basic 128)
- Falha na altura da gaveta superior (or 63). A descrição para falha na altura da
gaveta superior segue idêntica a página P18.
MODELAGEM GLOBAZI E RESULTADOS

Nessa etapa foi realizada uma análise englobando as duas árvores descritas nos
capítulos III e IV, o que determinou a taxa de falha global para os BOPs de
configuração convencional e modificada. O elemento de topo global - acidente crítico
por poço com sonda DP (ACPDP) - é caracterizado como um risco altamente crítico, o
qual pode levar a perdas materiais significativas, danos ao meio ambiente ou acidentes
pessoais.

As árvores de falhas (FTAs) foram explicadas nos capítulos anteriores, nas quais
a página P l refere-se à união dos dois eventos de topo parciais (DCCK ou FCDP) que
podem levar ao evento topo global.

5.1 - TAXAS DE FALHA PARCIAIS PARA O BOP CONVENCIONAL E


MODIFICADO

A probabilidade de acidente (Qo) para os eventos de topo parciais estão


apresentadas na Tabela 5.1, cujos valores para descontrole crítico no combate ao kick
(DCCK) foi de 5,1914 x 1 0 -(acidentelpoço)
~ e 5,5111 x 1om4
(acidentelpoço) para o
BOP convencional e modificado respectivamente. As probabilidades de falha
determinadas para o acidente critico na unidade DP (ACDP) são maiores que o
descontrole no combate ao kick @CCK) e os valores encontrados foram de 1,0184 x
10" (acidentelpoço) para configuração convencional e 2,5 117 x 1 (acidentelpoço)
para a modificada. As análises foram realizadas para um cenário de lâmina d'água de
1500 a 2000m.

Os valores encontrados para o DCCK nas duas configurações do BOP foram


valores bem próximos, já a análise para ACDP revelou resultados com valores
diferentes.
A análise parcial mostrou que o BOP de configuração convencional apresentou
menor risco quando submetido a um kick em comparação ao BOP modifícado. Isto se
deve principalmente ao fato de o BOP convencional possuir uma gaveta de tubos a mais
que o modificado para circular e remover o influxo do poço. Tal diferença é pouco
s i w c a t i v a quando avaliado neste preâmbulo e o fator de comparação entre os BOPs
(Qo modificado I Qo convencional) para DCCK encontrado foi de 1,06.

O BOP modificado apresentou menor risco de falha quando submetido a


desconexão de emergência em relação ao BOP convencional, cerca de quatro vezes
mais confiável. Isto se deve ao fato desta configuração possuir uma gaveta cega
cisalhante a mais para isolar o poço, o que levou a um impacto signitícativo. O fator de
comparação entre as duas coriiigurações (Qo modificado 1 Qo convencional) para o
ACDP foi de 0,25.

Tabela 5.1: Probabilidades Parciais de Acidentes por Poço para o BOP Convencional e
BOP Modificado - LDA: 1500 a 2000m

5.2 - TAXA DE FALHA GLOBAI PARA O BOP CONVENCIONAL E


MODIFICADO

As probabilidades de acidentes (Qo) do evento de topo global para as


configurações convencional e modificada estão apresentadas na Tabela 5.2, cujos
valores foram respectivamente de 1,5356 x 10" (acidentelpoço) e 8,0248 x 1 0 - ~
(acidentelpoço) referentes a LDA de 1500 a 2000m

A análise global mostrou que o BOP modificado apresenta menor risco de


ocorrer um acidente crítico por poço com sonda D P em relação ao BOP convencional.
A alteração no equipamento convencional, configuração modificada, revelou que este
apresenta, aproximadamente, a metade do risco de acidente do BOP que o
convencionai.

Tabela 5.2 - Probabilidade Global de Acidentes por Poço para os BOPs Convencional e
Modificado (LDA: 1500 a 2000m)

BOP Convencional BOP Modificado Fator de Comparaçiio

Acidente ?Fio pc&pOço--


com sonda DP (AGPDP) I ,
(Qo conv.)
,5356E-03
(Qo modif.)
8,0248E-04
(Qo niodif. I Qo cònv.)
0,52
CAPITULO VI

DISCUSSÃO E ANÁLIsE DE SENSIBILIDADE

O presente trabalho visou analisar o risco do acidente crítico por poço em sondas
de posicionamento dinâmico durante suas atividades devido a duas possíveis causas,
descontrole crítico no combate ao kick ou acidente crítico na unidade DP, para poços
perfurados em lâminas d'água na faixa de 1500 a 2000 m. No Brasil, a tendência de
perfurar em profundidades cada vez maiores tem exigido liderança no processo de
desenvolvimento de novos campos. A necessidade de novas publicações na área de
confiabilidade e segurança, em especial na área voltada para kick e desconexão de
emergência, incluindo alguns dados de operação na modelagem realizada, faz deste
trabalho uma base de informações, que podem ser usadas em outras áreas do mundo.

6.1 - ANÁLIsE DE IMPACTO E SENSIBILIDADE

Os dados de confiabilidades utilizados não foram valores absolutos, cabendo


variações dentro de um range determinado, explorado durante as análises de
sensibilidade. Foram utilizados os melhores valores de forma a expressar análises mais
reais possíveis. Alguns deles foram obtidos na literatura e outros foram assumidos, uma
vez que não havia base de dados para obter este valor.

A partir dos resultados de confiabilidade usados, o cenário original foi alterado


assumindo algumas hipóteses. A modificação desses parâmetros foi necessária para
determinar quais as variações são realmente sensíveis em âmbito global, já que a
comparação entre os dois BOPs mostraram um impacto significativo (0,52).

Hipóteses assumidas para os BOPs de configuração convencional e modificada:

1) Foi realizada uma avaliação do parâmetro da probabilidade sob demanda de


ocorrência de kick, no qual o valor original utilizado na árvore de falha é de 0,033
(kicklpoço) e as variações foram na faixa de 0,02 a 0,15 kickrlpoço (P = 0,02,0,05, 0,lO
e 0,15). O valor máximo usado foi de 15% (kickdpoço), maior valor usual para taxa de
kick [o].
2) A ineficiência da margem de segurança de riser (MSR) foi alterada do valor
original (30%) atingindo o valor máximo (operação sem MSR) e valores menores. As
probabilidades de falha sob demanda utilizadas foram: 5%, 10%, 15%, 30%, 40%, 50%
e 100%.
3) O valor real para o percentual de formação com hidrocarboneto exposto é de
15% e foi feita uma variação numa faixa de 5% a 50% neste parâmetro (P = 5%, 10%,
20%, 25%, 30%, 40% e 50%).
4) O intervalo original entre testes é de 14 dias de duração. A análise de impacto
para este modo de falha assumiu os valores de 7,21, 28 e 42 dias.
5) A variação do parâmetro taxa média de desconexão de emergência (TDM),
cujo valor original assumido 0,077 (desconexões/poço) foi avaliado visando determinar
a sensibilidade dos dados referentes a sondas que poderiam sofier maidmenos
desconexões. Os valores para TDMs assumidos para esta análise foram de 0,025, 0,05,
0,l e 0,125 (desconexões/poço).
6) A análise de sensibilidade para o desempenho da gaveta cega cisalhante e da
gaveta de tubos foi realizada para determinar o impacto destes elementos sobre as
diferentes configurações de BOP. A Tabela (6.1.6) apresenta a variação dos percentuais
de falha para gaveta cega cisalhante, valores que representam o desempenho em cortar e
em vedar pós corte. A Tabela (6.1.7) apresenta a variação do desempenho da gaveta de
tubos.
7) O fator de probabilidade de acidentes com indisponibilidade de uma das
linhas do BOP foi assumido como 50%, valor original no combate ao kick. A partir
deste valor a análise de sensibilidade foi elaborada atribuindo 0,75% e 0,25% para este
parâmetro.
8) A taxa de desconexão espúria foi variada do valor original (4,97 x 1 0 - ~
desconexão / poço), de forma a caracterizar a melhora (2,4 85 x 1 desconexão / poço)
e a piora (9,94 x 1 desconexão / poço) deste parâmetro.
9) Dentre os parâmetros acima foram escolhidos os mais sensíveis dois a dois,
para avaliar cenários operacionais particulares que expressassem melhores condições
para o BOP convencional em comparação ao modificado. Os parâmetros combinados
foram:
(i) Alto percentual de kick (15% kicklpoço) e baixa ineficiência da
margem de segurança do riser (5%).
(ii) Alto percentual de kick (15 % kick/poço) e baixa taxa de
desconexão de emergência média - TDM (2,5%
desconexões/poço).
(iii) Baixa ineficiência da margem de segurança do riser (5%) e baixa
taxa de desconexão média (2,5% desconexõeslpoço).
10) Em adição, foi realizado um estudo de sensibilidade para taxa de falha do
sistema de controle principal, uma vez que este foi o item mais significativo em termos
de número de falhas do BOP [I].

6.1.1 - KICK

A análise de impacto quanto a variação do percentual de ocorrência de kick foi


realizado utilizando a árvore de falha para as duas configurações do BOP. O resultado
desta análise mostra que o BOP modificado possui menor risco que o convencional para
lâminas d'água de 1500 a 2000 m.

O combate ao kick foi vinculado à capacidade do BOP em elimina-lo, e nesta


análise considerado independente do percentual de hidrocarboneto exposto na formação.
O percentual de kick utilizado (3,33% kichlpoço) foi considerado para ocorrências
dissociadas de acidentes oriundos de uma desconexão de emergência com a coluna
dentro do poço durante as operações com o BOP no fundo (conectado)

Na situação de kick crescente, o BOP convencional tenderia a se igualar ao


modificado, porém mesmo para o valor extremo de kick (15% kichlpoço) a
probabilidade de acidente com o BOP modificado é cerca de 20% menor que o
convencional (Qo com I Qo modif. = 1,20). Na Tabela (6.1.1) e nas tabelas seguintes
foram apresentados os resultados obtidos conforme os parâmetros estabelecidos e a
comparação entre as configurações foi obtida através de um fator (Qo modif. I Qo
conv.), que expressa o quanto o BOP convencional está próximo do BOP modificado.
Foram calculadas as variações de sensibilidade em função do valor original para as duas
configurações.
O BOP modificado (0,87 a 2,20) mostrou-se mais sensível a variação de kzck que
o BOP convencional (0,73 a 3,34), emboranão tenha seguido as mesmas proporções, ou
seja, para a variação no percentual de hck em cerca de sete (7) vezes o valor mínimo, os
BOPs variaram 2,53 para o BOP convencional e 4,71 vezes em função do valor mínimo
para o modificado.

Tabela 6.1.1 - Análise de Impacto e Sensibilidade para o parâmetro Kick


(LDA: 1500 a 2000 metros).

(*) - Variação do BOP convencional = (Qo alterado / Qo original) conv.


(**) - Variação do BOP modificado = (Qo alterado / Qo original) inodif.

No grato da Figura 12 está ilustrado o resultado da análise de sensibilidade


para percentual de kick em função das probabilidades de acidente para o BOP
convencional e para o BOP modificado.

Análise de Sensibilidade para o Parâmetro "Kick"

BOP Convencional
BOP Modificado

O 5 1O 15 20
Percentual de kick (96)

Figura 12 - Percentual de Kick em Função da Probabilidade de Acidentes


(acidenteslpoço)
6.1.2 - MARGEM DE SEGURANÇA DE RZSER

Dentre as duas configurações, o BOP modificado apresentou o menor risco para


a ineficiência da margem de segurança de riser (MSR). Os resultados podem ser
observados na Tabela 6.1.2. Analisando a situação de 100% de eficiência na margem de
segurança (0% de ineficiência), consideração teoricamente impossível na prática, o BOP
convencional teria uma ligeira vantagem (1,06), uma vez que este está melhor preparado
para o risco do DCCK. Já em situações de 100% de ineficiência, caso possível de
acontecer, o BOP modificado possui privilégio sobre o convencional apresentando
menor risco, cerca de três vezes menor. Mesmo para 5% de ineficiência, valor possível
relativo à baixíssima ineficiência na MSR, o modificado ainda apresentou um resultado
melhor para análise de risco.

Tabela 6.1.2 - Análise de Impacto e Sensibilidade para o parâmetro MSR


&DA: 1500 a 2000 metros).

9 . , I

100% 1 1
3,9122E-03 1,3883E-03 1 0,35 2,55 1,73
(*) - Variação do BOP convencional = (Qo alterado / Qo original) com.
(**) - Variação do BOP modificado = (Qo alterado / Qo original) modif.

Observa-se nas colunas 5 e 6 da tabela 6.1.2 que o BOP convencional foi mais
sensível ao parâmetro MSR que o BOP modificado, visto que este possui melhor
preparo para variações crescentes na ineficiência da margem de segurança de riser.

No gráfico da Figura 13 está ilustrado o resultado da análise de sensibilidade


para ineficiência na MSR em função das probabilidades de acidente para o BOP
convencional e para o BOP modificado.
Análise de Sensibilidade para o Parâmetro
"Ineficiência na Margem de Segurança de Riser"

O 20 40 60 80 100 120
HC exposto

Figura 13 - Ineficiência na MSR em função das Probabilidades de Acidentes


(acidenteslpoço)

6.1.3 - HIDROCARBONETO EXPOSTO

Na situação de desconexão de emergência, o aumento do percentual de poços


ricos em hidrocarboneto exposto influencia diretamente no risco de um acidente crítico
com sondas DP (ACDP) e está vinculado somente a este ramo na árvore de falha. A
Tabela 6.1.3 apresenta os resultados encontrados para variação de hidrocarboneto para o
BOP convencional e o modficado. Na condição extrema da parcela de HC exposto
(50%), o BOP convencional se distanciou mais do modificado, conferindo um maior
risco de acidente no poço, cerca de 3 vezes maior

Conforme já mencionado no item 6.1.1, análise de sensibilidade sobre


freqüência de kicks, sabe-se que, na prática, um maior índice de HC exposto tenderia a
aumentar a incidência de bch. Todavia, com base nos dados disponíveis e na forma
como as árvores de falha foram modeladas, estes elementos estão dissociados, com
kich afetando um ramo da árvore (DCCK) e HC (ACDP) o outro.
Tabela 6.1.3 - Análise de Impacto e Sensibilidade para o parâmetro Hidrocarboneto
Exposto. (LDA: 1500 a 2000 metros).

I , ->- - - , . I I I

(*) - Variação do BOP convencional = (Qo alterado 1 Qo original) conv.


(**) - Variação do BOP modificado = (Qo alterado / Qo original) modif.

A análise de sensibilidade para este parâmetro mostrou que o BOP convencional


foi mais sensível ao percentual de HC exposto, visto que o BOP modifícado, por possuir
duas gavetas cegas cisalhantes apresenta melhores condições de isolar o poço durante a
desconexão de emergência (ACDP). A relação de variação deste parâmetro não foi
proporcional ao risco encontrado para os BOPs, uma vez que aa variar 3,33 vezes o
percentual de HC exposto original (15%), o fator encontrado para a variação na
probabilidade de falha dos BOPs convencional e modificado foyam 2,55 e 1,73
respectivamente.

No gráfíco da Figura 14 está ilustrado o resultado da análise de sensibilidade


para formação com HC exposto em função das probabilidades de acidente para o BOP
convencional e para o BOP modifícado.
Análise de Sensibilida
Parâmetro "

O 10 20 30 40 50 60
HC Exposto

Figura 14 - HC Exposto em Função da Probabilidade de Acidente (acidenteslpoço)

O parâmetro de intervalo entre testes afetou os dois ramos da árvore, embora


uma análise parcial para este estudo de sensibilidade foi necessária para determinar o
motivo do BOP convencional ter sido menos sensível as variações do intervalo entre
testes.

A análise de impacto quanto à variação do intervalo entre testes demonstrou que


o BOP modificado foi mais sensível à alteração do valor original (336h), visto que o
combate ao bck (DCCK) sofreu maior influência com as tais modificações de forma a
privilegiar o BOP convencional. A tabela A2 apresentada no apêndice A, descreve os
principais resultados para o estudo parcial deste parâmetro na análise de sensibilidade
para o BOP convencional, cujos resultados obtidos mostraram que os eventos referentes
ao DCCK sofreram maior influência (linhas 4, 5 ,6 e 7 da tabela).

Todos os vazamentos (nas linhas de h12 e choke, vazamento externo, interno,


hidráulico e extensões) sofreram influência quando o intervalo entre testes foi
modificado, já que esses parâmetros previnem as falhas. A Tabela 6.1.4 apresenta os
resultados para esta análise. O BOP modificado apresentou menor risco de acidente,
cerca de 56% do convencional, mesmo com a tendência de melhora relativa do BOP
convencional a medida que os intervalos entre testes aumentaram. A variação máxima
de intervalo entre testes foi o valor considerado para os dias de BOP conectdo por poço
(25 dias).
Tabela 6.1.4 - Análise de Impacto e Sensibilidade para o parâmetro Intervalo entre
Testes. (LDA: 1500 a 2000 metros)
7
Intervalo
C

testes
BOP
/I
BOP
convencional modificado
(Qo conv.) fQo modif.)
Fator de
.Cornparaçi%o
BOP BOP
convencional modificado
,

Variação (*) Variação("*)


1 7 dias (168 h) I1 1.2795E-03 I1 5.2702E-04 1 0.41 0.83 0.66
1
' ' I

14 dias (336 h) 1 1.5356E-03 1 8.0248E-04 1 0.52 1 ,O0 1,O0


21 dias (504 h) 1,7928E-03 1,0764E-03 0,60 1,17 1,34
25 dias (600 h) 1,9301E-03 1,2321E-03 0,64 1,26 1,54
(*) - Variação do BOP convencional = (Qo alterado / Qo original) conv.
(**) - Variação do BOP modificado = (Qo alterado / Qo original) modif.

A probabilidade de risco do BOP convencional não se igualou ao do BOP


modificado, apesar deste ser mais sensível a mudança no intervalo entre testes. O fator
de variação encontrado para o BOP convencional e para o modificado para o intervalo
entre testes extremo de 25 dias são respectivamente 1,26 e 1,54, e não foram
proporcionais ao aumento do parâmetro que foi cerca de 1,s vezes o valor original (14
dias).

No gráfrco da Figura 15 está ilustrado o resultado da análise de sensibilidade


para o intervalo entre testes em função das probabilidades de acidente para o BOP
convencional e para o BOP modificado.

Analise de Sensibilidade para o Parârnetro "Intervalo


entre Testes"

BOP Convencional
BOP Modificado

O 200 400 600 800


Intervalo entre Testes (h)

Figura 15 - Intervalo entre Testes em Punção da Probabilidade de Acidente


(acidentes /poço)
O valor originalmente assumido para TDM foi de 0,077 (desconexão/poço), e os
valores encontrados para este parâmetro estudado apresentam-se na tabela 6.1S. O BOP
modificado apresentou menor risco, 9,4653~10-~
(acidenteslpoço), que o BOP
convencional, 2,1592~10"(acidenteslpoço) quando submetidos a uma maior TDM.
Para uma situação mínima de TDM considerada possível (0,025 desconexão/poço)
baseada em experiência de campo, na qual o BOP convencional tende a um melhor
desempenho que o modificado, a probabilidade de risco do BOP convencional
aproximou-se da probabilidade do modificado, mas não se igualou. Já na condição
extremamente mínima (TDM = 0.000 desconexão/poço), valor fora da realidade, já que
não existe probabilidade de desconexão de emergência nula, o BOP convencional
mostrou uma ligeira vantagem em relação ao BOP modZcado.

Tabela 6.1.5 - Análise de Impacto e Sensibilidade para o parâmetro Taxa de


Desconexão de Emergência. (LDA: 15 00 a 2000 metros)
<- ~._& iàdê,=--. c- , -i+-BW,:-
i 1- <- r , -
;2BgJ?iI; --"foraé
+

+Te 2 ._
@W?!p~rã$méà,iaw?$8cionaI imd@Walle
cesg=;$aq
de- M
BOP - . -, -- BOP.
.=QdcFg~-onal
-,,.
L
' + =
.,.",
.m~a-i$,=ado
'

. I - (&*bg~Ii'V.):(WriiMifj
.
c, >,".
'- '(JPJkl?' L ... Variâ*grò-(*) , Variaçap, (y)
A

0,000 5.1914E-04 5.5144E-04 1 ,O6 0,34 0,69


0,025 8,631 0E-04 6,4644E-04 0,75 0,56 0,81
0,05 1,1871E-03 7,2146E-04 0,61 0,77 0,90
0,077 1,5356E-03 8,0248E-04 0,52 1 ,O0 1 ,O0
0,100 1,835lE-03 8,7151E-04 0,47 1,20 I,O9
0,125 2,1592E-03 9,4653E-04 0,44 I,41 1,18
(*) - Variação do BOP convencional = (Qo alterado / Qo original) conv.
(**) - Variação do BOP modificado= (Qo alterado / Qo original) modif.

A partir do fator de variação encontrado para o BOP convencional (1.41)


observou-se que este foi mais sensível as alterações no TDM que o BOP modificado
(1,18), uma vez que esta confíguração está menos preparada para isolar o poço dado
uma maior ocorrência de desconexão de emergência.

No gráfico da Figura 16 está ilustrado o resultado da análise de sensibilidade


para o taxa de desconexão de emergência média (TDM) das sondas em função das
probabilidades de acidentes para o BOP convencional e para o BOP modificado.
Análise de Sensibilidade o para o Parâmetro
"Taxa de Desconexão Média das Sondas" (TDM)

O 0.05 0.1 0.15


TDM das sondas (desconexõeslpoço)

Figura 16 - TDM das Sondas em função da Probabilidade de Acidentes


(acidenteslpoço)

6.1.6 - DESEMPENHO DA GAVETA CEGA CISALHANTE

O percentual de falha sob demanda para o desempenho da gaveta cega cisalhante


original é de 0,41, o que equivale a O,11 para falha em cortar e 0,30 para falha em vedar
pós corte. As modificações foram realizadas e os dados e resultados obtidos para esta
análise estão apresentados na Tabela 6.1.6. O BOP modificado possui um risco de
8,9377~10-~
(acidenteslpoço) e o BOP convencional de 1,8844~10-~
(acidenteslpoço)
quando foi submetido ao menor desempenho (0,60). Por outro lado, o BOP
convencional, mesmo em condições excelentes para o desempenho da gaveta cega
cisalhante (0, 1O), não prevaleceu sobre o BOP modificado, que apresentou menor risco,
cerca de 22% em relação ao convencional.

Tabela 6.1.6 - Análise de Impacto e Sensibilidade para o parâmetro Desempenho da


Gaveta Cega Cisalhante. (LDA: 1500 a 2000 metros)
Desempenho da BOP BOP
gaveta cisalhante convencional modificado
(Ineficíêncía) (Qo conv) 1
(Qo modif.)
Comparaçáo
BOP BOP
Fator de convencional modificado
Variação (*) f variação (")
/

0,50 1,7071E-03 8,4360E-04 0,49 1 ,I


1 1 ,O5
0'60 1,8844E-03 8,9377E-04 0,47 1,23 1 ,I1
(*) - Variação do BOP convencioiial= (Qo alterado 1 Qo original) conv.
(**) - Variação do BOP niodincado = (Qo alterado / Qo original) modif.
O BOP convencional foi mais sensível a variação do parâmetro de desempenho
da gaveta cega cisalhante. O valor encontrado para o fator de variação do BOP
modificado foi de 1,11 e 1,23 para o convencional quando a falha no desempenho da
gaveta cega cisalhante aumentou cerca de 1,46 vezes o valor original (0,41).

No gráfico da Figura 17 está ilustrado o resultado da análise de sensibilidade


para o desempenho da gaveta cega cisalhante em função das probabilidades de acidente
para o BOP convencional e para o BOP modificado.

Análise de Sensibilidde para o Parâmetro


"Desempenho da gaveta Cisalhante (Ineficiência)"

0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70


Desempenho da gaveta cisalhante (Ineficiência)

Figura 17 - Desempenho da Gaveta Cisalhante (Ineficiência) em Função da


Probabilidade de Acidente (acidenteslpoço)

6.1.7 - GAVETA DE TUBOS

A análise de impacto para o desempenho da gaveta de tubos não afetou nenhuma


das duas configurações do BOP. O resultado pode ser observado na tabela 6.1.7.

Tabela 6.1.7 - Análise de Impacto e Sensibilidade para o parâmetro Desempenho da


Gaveta de Tubos. (LDA: 1500 a 2000 metros)
Desempenho da
gaveta de tubos
( x l 04)
BOP BOP
convencional modificado
(Qo conv.) 1
(Qo modif.)
Fator da
Comparapao
BOP
1I
BOP
convencional modificado
Variação (*) Variação (*")
7 7 6 (20% melhor) 1,5371E-03 8,0245E-04 0,52 1 ,O0 1 ,O0
8,7 (10% melhor) 1,5371E-03 8,0246E-04 0,52 1 ,O0 1,O0
Valor original (9,7) 1,5371E-03 8,0248E-04 0,522 1 ,O0 I ,O0
1 0,67 (1 0% pior) 1,5371E-03 8,0249E-04 0,52 1 ,O0 1 ,O0
11,64 (20% pior) 1,5371E-03 8,0251E-04 0,52 1 ,O0 1 ,O0
(*) - Variação do BOP convencional = (Qo alterado 1 Qo original) conv.
(**) - Variação do BOP modificado = (Qo alterado 1 Qo original) modif.

No gráfico da Figura 18 está ilustrado o resultado da análise de sensibilidade


para o desempenho da gaveta de tubos em fwição das probabilidades de acidente para o
BOP convencional e para o BOP modificado

Análise de Sensibilidade para o Parâmetro


"Desempenho da Gaveta de Tubos"

6-------6----9-4

--- -- -
' +BOP Convencional
-
-
-"?-- BOP Modificado
1

7'76 8,7 9,7 10,67 1 1,64


Desempenho da Gaveta de Tubos ( ~ 1 0 ~ )

Figura 18 - Desempenho da Gaveta de Tubos em Função da Probabilidade de Acidente


(acidenteslpoço)

6.1.8 - FATOR DE PROBABILfDADE DE ACIDENTES COM


INDISPONIBILIDADE DE UMA DAS LINHAS

As duas configurações do BOP não sofreram impacto com a mudança do


percentual de indisponibilidade da uma das linhas de h11 e choke. O risco para o BOP
modifícado foi menor que o convencional, e seus valores foram 1 , 0 3 6 9 ~10" (acidentes
/poço) e 1,7559~10"(acidenteslpoço) respectivamente. A Tabela 6.1.8 apresenta os
valores de acordo com as variações estabelecidas.

As variações foram pouco relevantes tanto para o fator de comparação entre as


configurações dos BOPs quanto para o fator de variação do parâmetro para cada
configuração (*,**).
Tabela 6.1.8 - Análise de Impacto e Sensibilidade para o parâmetro Fator de Acidentes
ou Falha Critica dada Indisponibilidade de uma das Linhas (LDA: 1500 a 2000 metros)

0,5 % 1,5356E-03 8,0248E-04 0,52 1 ,O0 1 ,O0


0,75% 1,7559E-03 1,0369E-03 0,59 1,14 1,29
(*) - Variação do BOP convencional = (Qo alterado / Qo original) com.
(**) - Variação do BOP inodifícado = (Qo alterado / Qo original) modif.

No gráfico da Figura 19 está ilustrado o resultado da análise de sensibilidade


para o fator de probabilidade de acidentes com a indisponibilidade de urna das linhas em
função das probabilidades de acidentes para o BOP convencional e para o BOP
modificado

Anáiise de Sensibilidade para o Parâmetro "Fator


de Acidente dado a Indiponibilidade de uma das
linhas"

<"l*

9
' /

--
+- BOP covencional
-E- BOP modificado
L ..

I I I
o o.25 o.5 o.75 I
Fator d e Acidente dado a "lndisponibilidade d e uma d a s
Linhas"

Figura 19 - Fator de Acidente dado a "Indisponibilidade de uma das Lllihas7'em Função


da Probabilidade de Acidente (acidentes/poço)

A análise de sensibilidade para taxa de desconexão espúria mostrou-se


irrelevante, uma vez que esta parte da arvore é idêntica para as duas conf&prações e
praticamente não interferiu na análise global. A Tabela 6.1.9 apresenta os resultados
para as variações conforme os parâmetros estabelecidos.

Tabela 6.1.9 - Análise de Impacto e Sensibilidade para o parâmetro Desconexão


Espúria. (LDA: 1500 a 2000 metros)

DescOnexão
Espúria (x 10-6)
BOP
convencional
(Qo conv.)
/i BOP
modificado
(Qo modif.)
de
Comparaçáo
BOP BOP
convencional modificado
Variação (t) Variação (**)
I

(*) -Variação do BOP convencional = (Qo alterado 1 Qo original) com.


(**) - Variação do BOP modificado = (Qo alterado / Qo original) modif.

No gráfico da Figura 20 está ilustrado o resultado da análise de sensibilidade


para a desconexão espúria em função das probabilidades de acidente para o BOP
convencional e para o BOP modificado.

Análise de Sensibilidade para o Parâmetro


"Desconexão Espúria"

2.485 4.97 9.94


Desconexão espúria

Figura 20 - Desconexão Espúria em Função da Probabilidade de Acidente


(acidentes/poço)
A análise de sensibilidade mostrou que em todas as situações o BOP modificado
apresenta menor risco em comparação ao BOP convencional. Na situação de kick, o
BOP convencional tendeu a uma melhora relativa no risco, mas não ficou equivalente.
Com o intuito de determinar em que cenários o BOP convencional equivaleria o BOP
modificado, foram combinados dois em dois parâmetros com as melhores situações para
o BOP convencional.

A equivalência pode ser obtida nos cenários particulares e os valores


encontrados podem ser observados na tabela 6.1.10. Ou seja, nestes casos particulares
com valores e combinações extremas aceitáveis, o BOP convencional obteve um risco
equivalente ao BOP modificado.

6.1.10 - Análise de Impacto e Sensibilidade para a combinação dos principais


parâmetros. (LDA: 1500 a 2000 metros)

. :-
. L.-.~

Cpmbitiação:-
i
.-
. -$ , :,BOP-,convpncional
\'

- p-:;(~q:-
, :
- -,BOP mogificado,
*,

. :
-% - ,=-, - - - (-q617
+

r +
:
L

t
L.
, - i
i
l C
i
<, r:

(i) 15 % kick + 5% inef.MSR 2,5291E-03 2,5483E-03


(ii) 15 % kick + 2,5% TDM 2,7031E-03 2,6014E-03
(iii) 5% inef. MSR + 2.5% TDM 5.7647E-04 5,6728E-04

(i) - Áreas com altos índices de krck com áreas de altíssirna eficiência na MSR (baixas
LDAs).
(ii) - Áreas com altos índices de krck e operações em poços com embarcações com
baixas taxas de desconexão de emergência (TDM).
(iii) - Áreas de altíssirna eficiência na MSR e operações em poços com embarcações
com baixas taxas de desconexão de emergência (TDM).

No gráfico da Figura 21 está ilustrado o resultado da análise de sensibilidade


para as combinações (de dois eventos) em função das probabilidades de acidente para o
BOP convencional e para o BOP modificado
Analise de Sensibilidade para o Parâmetro
"Combinagão (de dois eventos)"

BOP Convencional
BOP Modificado

(i) Caso (ii) Caso (iii) Caso


Particular I Particular 2 Particular 3
Casos Particulares

Figura 21 - Combinação (de dois eventos) em Função da Probabilidade de Acidente


(acidentes / p o ~ o )

6.1.11 - SISTEMA DE CONTROLE PRINCIPAL

O sistema de controle principal (multiplexado), (conforme relatado por JORGE


(2000), relatórios SINTEF de 1997 a 1999 e SIDNEI 2002), representou aparte do BOP
com maior número de falha. A análise considerou as taxas de falha mais relevantes com
valores iguais a metade e ao dobro das taxas de falhas originais. Os modos de falha
considerados foram perda total de ambos os yods por única causa / falha, perda total do
pod ativo e perda total do yod standby.

Esta análise de sensibilidade demonstrou que a variação das taxas de falha


selecionada não foi sigmficativa como fator de acidente. Os resultados podem ser
observados na Tabela 6.1.11.

Tabela 6.1.11 - Sistema de Controle Principal (LDA: 1500 a 2000 m)

IQueda d e 50% 1 1,5361~-03 1 7,9274E-04 1 0'52 1,O0 0,99


Valor original 1,5371E-03 8,0248E-04 0,52 1 ,O0 1,O0
Aumento d e 100% 1,5390E-03 8,2283E-04 0,53 1 ,O0 1 ,O3

(*) - Variação do BOP convencional = (Qo alterado / Qo original) com.


(**) - Variação do BOP modificado = (Qo alterado / Qo original) modif
No gráfico da Figura 22 está ilustrado o resultado da análise de sensibilidade
para algumas taxas de falha no sistema de controle para o BOP convencional e para o
BOP modificado

Análise de Sensibilidade para o Parâmetro "Falha no


Sistema de Controle"

BOP Convencional
BOP Modificado

Queda 50% Valor real Aumento d e


100%
Falha no Sistema de Controle (X10-6)

Figura 22 - Falha no Sistema de Controle em Função da Probabilidade de Acidente


(acidentes /poço)
c A P Í m 0 VII

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Este trabalho apresenta uma análise de risco global comparativa para dois
tipos de BOPs submarinos (convencional e modificado) em operação no poço com
sondas DP em lâminas d'águas profundas. Na modelagem do BOP utilizou-se o
método de árvore de falha (FTAs) e os dados foram obtidos de experiência
operacional, complementados por considerações orientadas nessa mesma experiência

Foi observado que o BOP modificado, duas gavetas cegas cisalhantes


mais duas gavetas de tubo, apresenta menor risco de acidente crítico por poço com
sonda DP quando comparado com o BOP convencional, uma gaveta cega cisalhante
mais três gavetas de tubo. Na análise global, a probabilidade de acidentes críticos
encontrada para o BOP convencional e para o BOP modificado foi de 1,5371 x 1 O"
(acidentes críticoslpop) e 8,0248 x 1 0 -(acidentes
~ críticos/poço) respectivamente.

Comparando o BOP convencional com o modificado, verificou-se que


em lâmina d'água de 1500 a 2000 metros, o modificado apresentou maior
confiabilidade que o convencional, cerca de duas vezes melhor. A comparação dos
riscos entre as duas configurações (0,52) mostrou um impacto significativo.

0 A partir da análise parcial verificou-se que o BOP de configuração


convencional apresentou um risco um pouco menor que o BOP modificado quando
submetido a um kick (dissociado do evento desconexão de emergência), já que esta
configuração possui uma gaveta de tubos adicional em relação à modificada, o que
aumenta as chances de circular e remover o influxo com sucesso. As probabilidades de
acidentes parciais são 5,19 14 x 1 (acidentes críticos/poço) e 5,5 144 x 1 (acidentes
críticos/poço) para o BOP convencional e para o modificado, respectivamente.

O BOP modificado apresentou um risco significativamente menor


quando submetido à desconexão de emergência em relação ao BOP convencional, uma
vez que a configuração modificada possui uma gaveta cega cisalhante no lugar da
gaveta de tubos o que promoveu uma maior confiabilidade em isolar o poço durante a
desconexão de emergência. As probabilidades de falhas parciais são 1,0184 x 10'~
(acidentes críticos/poço) e 2,5117 x 1 0 - ~(acidentes críticos/poço) para o BOP
convencional e o modificado respectivamente, o que representa uma maior
confiabilidade para o BOP modificado em cerca de 4 vezes.

e Foram feitas algumas análises de sensibilidade em relação à


confiabilidade do evento de topo alterando um parâmetro em cada análise que
pertenciam ao modelo, porém em nenhum dos casos com variações extremas o BOP
convencional apresentou menor risco que o modificado.

As probabilidades de risco encontradas para as duas configurações do


BOP não foram proporcionais a variação no intervalo entre testes. Ao triplicar os dias
entre testes o risco de acidente não triplicou e variação da probabilidade de acidente foi
da ordem de 1,65 vezes maior para o BOP convencional e 2,35 vezes maior para o
modificado.

O parâmetro desempenho da gaveta cega cisalhante foi avaliado em


relação à sua influência na probabilidade de falha considerando-se valores para melhor
desempenho gaveta cega cisalhante (0,10, 0,20 e 0,30) e para um pior desempenho
(0,50 e 0,60). A medida que a taxa de falha sobre demanda diminuiu, melhor
desempenho da gaveta cega cisalhante, o BOP convencional tendeu a uma melhora, mas
não se igualou ao modificado. Na situação extrema de pior desempenho da gaveta cega
(0,60), o BOP modificado foi um pouco mais de duas vezes mais confiável que o BOP
convencional.

A análise de sensibilidade foi estendida a combinações de dois a dois


parâmetros, nos quais formaram-se condições particulares extremas que favoreceram o
BOP convencional, que na prática não ocorre com fiequência. Verificou-se uma
equivalência nos valores obtidos para probabilidade de risco de acidentes para as duas
configurações estudadas.
De maneira geral verificou-se que o BOP modificado apresentou menor
risco que o BOP convencional.

A metodologia mostrou-se eficiente para o caso estudado.


7.2 - RECOMENDAÇOES PARA TRABALHOS FUTUROS

Análises de outras falhas, não somente as críticas, mas também as falhas


médias e menores.

Avaliação econômica de risco, incluindo custo de um possível acidente e


blowout.

O Avaliação de outros cenários operacionais a partir da modelagem para as


diferentes configurações do BOP estudadas

O Utilização de dados de confiabilidade mais atuais quanto às taxas de


falha do BOP submarino, já que as atividades operacionais no Brasil continuarão
crescendo e serão alteradas constantemente. No caso dos valores assumidos, poderia
haver um estudo mais detalhado para estes modos de falha.
[I] SILVA, SIDNEI G. DA, "Confiabilidade de Blowout Preventers Submarinos", Tese
de M.Sc., COPPEKJFRJ, Rio de Janeiro, Br, 2002.
121 TRIGGIA, A. ALBERTO, W ~ I CLODOVEU,
, MACHADO, JOSÉ C.
VIEIRA, "et all", "Fundamentos de Engenharia de Petróleo",
PETROBRASISERECICEN-NOR.
[3] SCHNEIDER, W.P., "Dynamic Positioning Systems", Offshore Technology
Conference, OTC 1094, Houston, Texas, USA, 18-21 de Maio, 1969.
[4] "Procedimentos de Desconexão de Emergênciayy,GENPOIGSCIDPPS ARM - 1 CX
- 09, NO 5.
[5] ANÔNMo. "Equipamentos do Sistema de Controle de Poço Submarino", apostila 1.
h:curso de BOP, PETROBRASIMACAÉ
[6] MACHADO, NEY T. A., "Completação Ofshore", In: curso de ensino da Bahia,
PETROBRAS, 1983.
[7] ANÔNIMO. "Equipamentos do Sistema de Controle de Poço Submarino", apostila
2. h:curso de BOP, PETROBRASIMACAÉ.
[8] AMERICAN PETROLEUM INSTlTüTE, "Recommended Practice for Blowout
Prevention Equipment Systems for Drilling Engineering, SPE, 1991.
[9] JORGE, NlLO DE M, "Reliability Assessment and Risk Analysis of Submarine
Blowout Preventers", Tese de Ph.D., Heriot Watt University, Edinburg, Reino Unido,
2000.
[l O] THOROGOOD, J. L., BARDWELL, K.S., "Risk Assessment of Dynamically
Positioned Drilling Operationyy.h:IADCISPE 39338, Society of Petroleum Engineers,
Dallas, Texas, Março de 1998.
[l 11 HOLAND, P., "Offshore Blowouts Causes and Control", Sintef Report, Houston,
1997.
1121 ADAMS, N. J., KUHLMAN L. G., "How to Prevent and Minimize Shallow Gas
Blowouts". Neal Adams Firefighters Inc, Houston, USA.
1131 ECONOMIDES, MICHAELJ., WATTERS, LARRY T., CHENEVERT,
MARTIN E., YOUNG JR, FARREE S., "Applied Drilling Engineering", SPE, 1991.
[14] OLIVEIRA, PAULO CESAR P., ARRUDA, AUGUSTO MÁRIo P., NEGRÃO,
ALVARO FELIPE., Kicks, Prevenção e Controle. PETROBRAS.
[15] SANTOS, OTTO L. ALCANTARA, "Manual de Treinamento em Controle de
Poço"; Nível supervisão, SERECICEN-NOR - PETROBRAS S.A.
[16] LAGE, ANTÔNIo, NAKAGAWA, EDSON L., "et all", "Programa de Segurança
em Posicionamento Dinâmico (DP-PS)", PETROBRAS/E&P (Exploração e Produção),
novembro, 1993.
[17] CARA FALT TREE, Version 4.l(c) - User Manual, Sydvest S o h e a r 1999.
[18] MATHtESEN, R., "Survey define Norwegian H
Pm well problems", Ocean
Indushy Magazine, Julho, 1992.
[19] SMITH, DAVID J., "Reliability Maintainability and Risk", Fourth edition.
[20]PAULO, CESAR A. S., "Metodologia para Seleção de Manifolds Submarinos
Baseada em Custo de Ciclo de Vida", tese de M.Sc., COPPEIUFRJ, Rio de Janeiro, RJ,
Brasil, 1999.
1211 RAUSAND, MARVIN. "Risk and Reliability in Subsea Engineering". Norwegian
University of Science and Technology.
[22] RAUSAND, MARVIN. "Risk and ReliabiUy in Subsea Engineering - Models and
Statistical Methods". Norwegian University of Science and Technology.
APÊNDICE A TEORIA DE CONFIABILIDADE E ÁRVORE DE FALHA (FTA)
A . l - INTRODUÇAO

Os sistemas de exploração e produção submarina representam grande parte dos


investimentos da industria de petróleo, e um risco de acidente e liberação incontrolável de
hidrocarbonetos. Estes sistemas operacionais são caros para reparar e em alguns casos o
tempo perdido costuma ser muito longo devido a más condições ambientais. É essencial
que os sistemas submarinos operem com alta confiabilidade e que se evite acidentes. Perda
de produção e o número de operações de reparo necessárias não devem exceder os limites,
estes que podem desqualificar o sistema de produção submarina como sendo uma solução
economicamente viável.
Técnicas e métodos para adquirir conhecimentos sobre perigos e riscos envolvidos
nos desenvolvimentos offshore têm sido efetuados. Quando os sistemas submarinos foram
produzidos, a industria de óleo e gás percebeu a importância de introduzir a engenharia de
confiabilidade em seus grupos de projetos como uma disciplina de engenharia separada.
Análises de confiabilidade são agora desenvolvidas rotineiramente como parte da
engenharia submarina.
Planejamento de manutenção é o fator chave para o sucesso no desenvolvimento no
campo submarino, e é essencial, também que se molde uma alta confiabilidade durante o
período de projeto de engenharia e que testes periódicos sejam executados para verificar o
cumprimento deste. A confiabilidade e a disponibilidade inerente ao sistema não aumentará
através da execução de várias análises, o único caminho de administrar o risco e a falta de
coiifiabilidade é descobrir o que pode levar ao erro e tentar projetar o sistema que supere as
falhas [19].

A.2 - PRINCIPAIS CONCEITOS

FALHAS E MODOS DE FALHA

Falha de um elemento (item) é definido como "o fim de sua capacidade de executar
a função requerida", ou seja, o elemento perdeu a habilidade em executar a função
requerida.
As falhas podem ser classificadas como "modos de falha", que são definidos como
"o efeito (conseqüência) no qual esta falha é observada no elemento (item) que falhou".
O termo item é usado para denotar qualquer componente, sistema ou subsistema,
dependendo do contexto em análise. Um item pode representar, por exemplo, um sistema
submarino completo ou até uma válvula piloto em um sistema de controle de poço
submarino [20].
Todos os itens técnicos são projetados para desempenhar uma ou mais funções. Um
modo de falha é definido como a não execução de uma destas funções. Muitos elementos
(itens) podem apresentar um número de diferentes modos de falhas.

Os modos de falha para uma válvula automática, por exemplo, apresenta:

Falha em abrir (fail to open - FTO);


Falha em fechar (fui1 to close - FTC);
Vazamento através da válvula, em posição fechada (leakage in closedposition -
LCP);
Vazamento para o ambiente (leakage to enviroment - LTE).

Os modos de falha podem ser divididos genericamente em duas classes:

1. O estado requerido não é alcançado;


2. Mudança de estado.

Os modos de falha FTO e FTC pertencem a classe 1, já os modos de falha LCP


e LTE, à classe 2. As falhas podem ser classificadas como:

Falhas repentinas (falha em fechar uma válvula) ou graduais (a perda gradual da


calibração de um sensor). Deve-se tomar cuidado ao definir o que deve ser ou não
considerado uma falha no caso de falhas graduais.
Falhas evidentes ou ocultas. As falhas evidentes são falhas que podem ser
detectadas instantaneamente, ou seja, assim que elas ocorrem; as falhas ocultas são
detectadas geralmente no momento da utilização do item ou durante o teste. Um
exemplo de falha oculta é o equipamento de segurança, cuja falha só será detectada
no momento em que for requerida sua utilização ou quando esta for testada [20].

Segundo OREDA, as falhas também podem ser classificadas de acordo com seus
efeitos, tais como:

Falha crítica: representa uma falha repentina que causa o encerramento de uma ou
mais funções fundamentais do elemento. Para o item voltar à condição satisfatória é
necessária uma ação corretiva imediata;
Falha gradual ou degradante: representa uma falha parcial, deste modo esta falha
não cessa a função fundamental, mas compromete uma ou mais funções. Normalmente
se estende a uma falha crítica;
Falha incipiente: representa uma imperfeição no estado ou condição de um item,
desta forma uma falha crítica ou gradual pode se desenvolver caso não seja tomada uma
ação corretiva.

De acordo com RAUSAND, a diferença entre mecanismos de falha e modos de


falha deve ser ressaltada. Entende-se como mecanismo de falha o processo físico, químico
ou outros (erosão, corrosão, fadiga etc) que levam ao deterioramento do componente, e
assim podendo resultar em falhas.

Confiabilidade é definida como aprobabilidade de um item executar uma função


requerida por um determinado período de tempo, sob condições operacionais e ambientais
conhecidas [21].
Na prática da engenharia de confiabilidade não é possível projetar um sistema a
prova de falha, desta forma a confiabilidade pode ser definida como probabilidade e pode
ser expressa quantitativamente assumindo valores entre O e 1. Quantitativamente, a
confiabilidade é definida como a probabilidade de que um equipamento opere com sucesso
por um período de tempo especificado, e sob condi~õesde operaqão também especificadas.
A confiabilidade é portanto uma função que varia com o tempo, sendo normalmente
representada por R(t), sendo z o instante de tempo em que o componente falha (uma
variável aleatória com funqão de distribuição contínua), então:

Ou seja, R(t) é a probabilidade que um item tem de sobreviver no intervalo de (O, t].

FUNÇÃO DENSIDADE DE PROBABILIDADE DE FALHA

A probabilidade da unidade falhar no intervalo (t, t+At), dado que o item foi posto
em funcionamento no tempo t = 0, pode ser expressa por:

f (t) = d/ dt F (t)

J
F(t) = f (t) dt

Deduzindo a formula, temos:

P (t < z 5 t + At) = F (t) = f (t) . At

A confiabilidade pode ser expressa em função da probabilidade de falha como:

R (t) = 1- F (t)
TAXA DE FALHA

É a fungão que representa a probabilidade de que um item irá falhar no intervalo de


tempo (t, t + At), dado que ele ainda funciona no instante t (sobreviveu até o instante t). A
taxa de falha é determinada pelo número de falhas no tempo, como falhas por um milhão de
horas (1 o6horas), e pode ser obtida da seguinte forma:

Dividindo a expressão por At e fazendo At- O, a taxa de falha do item torna-se:

2 (t) = f (t) / R (t) (a.2.7)

A probabilidade da unidade falhar dado que sobreviveu até o instante t é z (t) . At.

TEMPO MÉDIO DE FALHA (MTTF - MEAN TLME TO F A I L U m

É o tempo médio de operação de um componente até que a falha aconteça, ou seja, o


valor médio esperado do tempo até a falha (T).
Da distribuição exponencial o MTTF é área sob a curva R (t) (RAUSAND),

Onde:
h = taxa de falha (falhas / tempo) = z (t)
MANUTENTABILIDADE E DISPONIBILIDADE

É a capacidade do item ser restaurado ao estado operacional, ou seja, é a capacidade


do elemento ser reparado (transitar do estado "falho" para o estado "funcionando").

MTTR = tempo médio de reparo = 1 / p (t) (a.2.9)

Onde: p (t) - taxa de reparo (número de transições de reparo / tempo)

A disponibilidade (availabiliw) é a capacidade de o item, sob combinação dos


aspectos de confiabilidade e manutentabilidade executar suas funções em um instante de
tempo ou período de tempo determinado.

A (t) = P (sistema funcionando no instante t)

A disponibilidade (A(t)) instantânea descreve a probabilidade de que o item


h c i o n e quando for solicitada (no instante de tempo t), já a disponibilidade funcionando
descreve a situação em que o item esta em operação ativa ou a ponto de operar, se
necessário for a solicitação [211.
- - - - - - - - - - - - - - - - - -

T
A (T) = 1 / T j A(t)dt

A disponibilidade média de um item após ser reparado ter seu estado como novo é:

A, = MTTF 1MTTF + MTTR (a.2.11)

A indisponibilidade é a probabilidade do item estar no estado falho, aguardando


reparo ou sendo reparado em um instante de tempo determinado.
Q (t) = 1 - A (t)

MFDT (MEAN FRACTIONAL DEAD TIME)

O MFDT é utilizado para componentes em regime standby e testados


periodicamente (t), isto é submetidos a testes e inspeções [21].

MFDT = 1-A, (a.2.13)

Onde:
h = taxa de falha (falhas / tempo)
t = intervalo entre testes

TEORIA DE PROBABILIDADE

REGRA DA MULTIPLICAÇÃO

Se dois ou mais eventos podem ocorrer simultaneamente, e suas probabilidades


individuais são conhecidas, então, a probabilidade dos eventos simultâneos é o produto das
probabilidades individuais. A área tracejada na figura A.2.1 representa a probabilidade dos
eventos A e B ocorrerem simultaneamente. Portanto, a probabilidade de A B ocorrer é
[19]:
Pab = Pa x Pb (a.2.15)

Figura A.2.1 - Regra da Multiplicação


A probabilidade de ocorrer A ouB, ou de ambos ocorrerem está representada na
área dos dois círculos da figura A.2.1, e pode ser calculada por:

Sendo a soma de Pa e Pb menos a área PaPb, que é a junção das duas. Temos, então:

Portanto a probabilidade de um ou mais eventos ocorrerem é:

A.3 - DIAGRAMA DE BLOCOS DE CONFIABILIDADE

O diagrama é representado por um número de blocos fùncionais que estão


interconectados de acordo com o efeito do sucesso de cada bloco no sistema total.
A figura A.3.1 mostra um diagrama em série representando um sistema de dois
blocos, tal qual o sucesso de todos os itens representa o sucesso da operação do sistema.
Para ocorrer sucesso no sistema é necessário que ocorra do componente A e o componente
B operem com sucesso. A figura A.3.2 mostra a situação em que um único bloco leva a o
sucesso do sistema, ou seja, o sucesso no sistema ocorrerá caso ocorra sucesso no
componente A ou no componente B. Este sistema é conhecido como um caso em paralelo,
ou em redundância [19].

A R

Figura A.3.1- Diagrama de Bloco em Série


n
Pss = exp (-(-C 1i.t)

Onde:
Pss = Probabilidade do sistema em série
h = taxa de falha (falhas / tempo)
n = número de blocos

Figura A.3.2 - Diagrama de Bloco em Paralelo

Psp = 1 - n[I - exp(Ai.t)


n

i=l

Onde:

Psp = Probabilidade do sistema em paralelo


h = taxa de falha (falhas / tempo)
n = número de blocos

Um exemplo composto é mostrado na figura A.3.3, que é a combinação da


confiabilidade em série e em paralelo. Este sistema ocorrerá com sucesso se o bloco A
falhar g se o bloco B ou C. O sucesso de B e C sozinhos não são suficientes para causar o
sucesso do sistema.
B

Figura A.3.3 - Diagrama de Bloco Composto


A.4 - ANÁLISE DE ÁRVORE DE FALHA

ÁRVORE DE FALHA
Ásvore de falha é um método gráfico que descreve as combinações de eventos que
levam a um sistema de falha definido. Na terminologia de árvore de falha o sistema de
modo de falha é conhecido como "evento topo" 1191.
A árvore de falha envolve essencialmente três possibilidades lógicas e, portanto dois
símbolos principais. Estes símbolos são representados por "portões" (gates), nos quais os
dados de entrada dispostos abaixo destes representam falhas. As saídas (no topo)
representam uma propagação de falha dependendo da natureza do "portão" (gate). Os três
tipos de gates são:
Or gate: quando qualquer "entrada" (input) leva a ocorrência da "saída" (output)
And gate: quando todas as "entradas" precisam ocorrer para que a saída ocorra
Voted gate: similar ao "and gate", quando duas ou mais "entradas" são necessárias
para a "saída" ocorrer.
A Figura A.4.1 mostra os símbolos para and e or gate, o and gate modela o caso
redundante e o or gate modela o caso em série, no qual qualquer falha causa o evento topo.
FAULT TREE

Figura A.4.1 - Símbolos da Árvore de Falha

Em árvores de falha simples podem ser usadas as mesmas equações utilizadas para
diagramas de bloco de co abilidade, a diferença está no método gráfico do modelo. Em
termos de probabilidade o "and gate" envolve multiplicação de probabilidades de falha e o
"or gate" a regra da adição. Enquanto o modelo de diagrama de blocos caminha para o
sucesso, o modelo de árvore de falha faz a trajetória da falha do evento de topo.
Uma árvore de falha é construída como mostrada na Figura A.4.2, na qual dois
símbolos adicionais podem ser observados. A caixa retangular serve como lugar para
descrição do "portão" (gate) logo abaixo dele. Os círculos estão sempre no ponto abaixo
mais distante para qualquer caminho (rota), os quais representam os eventos básicos que
servem como as possibilidades de entrada (inputs) na árvore 1191.

Falha no sistema I
de controle
associado a função
isolar (via gaveta
porna P; ~alhant~l

Falha da Função Perda Total do Perda Total do


em ambos os Pod Ativo e Pod Standby e
Pods Falha da Função Falha da Função
nn Pnrl fltanrlhxr no Pod Ativo

T And 71

7 Anri 7 4

Pod Azul
Amarelo

Básico 160 Básico 163 Básico 164


I I

Básico 159
Perda Total Falha no
do Pod Azul
Amareln

Básico 161 Básico 162

Figura A.4.2 - Ramo da Árvore de Falha da Configuração Convencional do Apêndice B


(exemplo retirado da Página P2 1)
O cálculo da Fequência do evento de topo pode ser efetuado após a modelagem do
sistema. Assim como a análise do diagrama de blocos, as árvores de falha podem ser
calculadas usando as fórmulas das regras da adição e multiplicação, para dados de
probabilidades sob demanda, e MFDT para elementos com intervalo entre testes.

Modo de Falha Taxa de falha Intervalo entre testes


Falha no Pod Azul h = 9,7 x 1 t = 336 horas
Falha no Pod Standby h = 9,7 x 1 0 - ~ t = 336 horas
Perda Total do Pod Azul h = 69,8 x 1 0 - ~ t = 24 horas
Perda Total do Pod Standby h = 69,8 x 1 0 - ~ t = 48 horas

Tabela A4: Resultados Obtidos nos Gates da P21 das Árvores de Falha Convencional e
Modificada.

Portões (gates) Probabilidade de Falha


And 73 2,6498 x 1 0 - ~
And 74 1,3627 x 1
And 75 I
2.7239 x 1
Or 71 (topo da P21) 6,7364 x 1

As árvores de falha para as configurações convencional e modificada foram


modeladas e calculadas através do programa computacional CARA FALT TREE 1171 pelo
Expert User Mode. As probabilidades de falha foram obtidas pelo cálculo exato (ERAC) /
Upper bound aproximation, nas quais o máximo cut sets e o modulation leve1considerados
para o evento topo global foram respectivamente 9 e 3.
As árvores de falha foram divididas em páginas devido a grande extensão e
complexibilidade dos parâmetros envolvidos. Este programa possibilita obter a
probabilidade de falha em qualquer ponto da árvore (gate) através da seleção da análise de
indisponibilidade (Analisys - (QO) Unavailability) no menu analysis, na qual o gate
apropriado deve ser especificado como o "evento topo". Para um ramo de árvore de
pequena extensão é necessário que se utilize uma modulação menor que 3, uma vez que a
técnica de modulação mapeia a árvore em níveis de "super módulos" (super-moldules) e
deve ser coerente para a cada árvore / ramo estudada.
Tabela B1 Taxas de Falha, Freqüência de Falhas sob Demanda dos Modos de Falhas e Intervalos entre Testes utilizados nas FTAs

Taxa de falha Intervalo entre testes


Evento (falha/lo6h)Falha sob demanda (h)
Desconexão espúria 4.97 600
Desconexão de emergência 0,077
Vazamento hidráulico na gaveta cega 1.5 336
Vazamento externo abaixo da gaveta superior 23.9 336
Vazamento interno pela gaveta de tubos fechada 4.2 336
Falha em reconectar em tempo 0.99
Falha da função fechar no pod ativo e no stand by 9.7 336
Perda total do sistema de controle devido a única causa / falha 44.3 24
Perda total do pod azul 69.8 24
Perda total do pod amarelo 69.8 48
11.4 - - 336
Vazamento hidráulico interno no anular 2.0 336
Vazamento externo abaixo do anular inferior 31.5 336
Perda do pod ativo 9.7 336
Perda do pod stand by 9.7 336
Vazamento externo abaixo da gaveta cega 30.7 336
Falha em cortar via gaveta cega.cis (tubos 5", rev.7" e 9 518 ") O. 11
Vazamento interno da gaveta cega após fechamento 17 336
Falha da função da gaveta cega cis. (via acústico) 288.4 600
Falha da hnção auto shear 5.3 600
336
Falha da função cortar no pod stand-by 9.7 336
I Falha em destravar o conector LMRP I I 0.016 I I
Vazamento externo abaixo da gaveta cega 30.7 336
Colocar to01joint rente a cega dado a ação do sondador 0.16
Falha em vedar .pós corte 0.30
Falha da função abrir (válvula gaveta) 0,s
Percentual de kick 0,033
Tabela B2 Análise de Sensibilidade Parcial para o Parâmetro Intervalo entre Testes. &DA: 1500 a 2000 metros) - BOP Convencional

U I /
DCCK (Descontrole Crítico no
2.6924E-04 5.1914E-04 0.52 9.0832E-04 1.75
Combate ao Kickl I I I

ACDP (Acidente Crítico na unidade


DPIPoco)
.0091E-03 I.O169E-03 0.99 1.0307E-03 I.O1
-. . - I I I I

I Falhas nas linhas kill e choke1


(And 7 )
4.2036E-05 1.6698E-04 0.25 5.2668E-04 3.15
\. ---- -/

Falha em uma das linhas (kilkhoke)


6.4622E-03 1.2838E-02 0.50 2.2685E-02 1.77
(And 271
Falhas ~ombhadas(perda total no '
3.9989E-06 1.5945E-05 0.25 5.0586E-05 3.17
combate ao Kick)
Falhas Combinadas (Perda parcial no
2.8566E-04 5.71 55E-04 0.50 1 .O211E-03 1.79
combate ao kick)
APÊNDICE C: ÁRVORES DE FALHA PARA AS CONFIGURAÇ~ES
CONVENCIONAL E MODIFICADA
ÁRVORE DE PALHA PARA CONFIGURAÇAO CONVENCIONAL
PAGINA P1-ACIDENTE CRiTICO POR POÇO COM SONDA DP- BOP

;;; ; 1 CR~TICOPOR
]
CONVENCIONAL - LDA: 1500 A 2000 M

DESCONTROLE ACLDENTE
CRITICO NO CRITICO NA
COMBATE AO KICK UNIDADE DPI

OCORRENCIA DI FALHA EM ISOLAR FALHA NA FORMAÇÃOCOM FALHA DADA


E CIRCULAR O MARGEM DE HC EXPOSTO DESC ESPURIA
RISER OU FALHA DP
ASSOC. FALHA NO

KICK

FALHA NO DP
ASSOCIADAA
FALHA NO BOP ESPORIA DO LMRP
FALHA EM ISOLAR E CIRCUUR O KICK

ana

FALHA EM ISOLAR
E CIRCULAR O

VAZAMENTOS FALHA MAIOR NO FALHA EM UMA


EXTERNOS SISTEMA DE COMBINADAS DAS LINHAS (KILL

COMBATE KICK)

VALWLA INT. DA
SAIDA LATERAL
-1 ""I1 VAZAMENTO
EXTERNO NA
GAVETA DE TUBO
INFERIOR
DE CHOKE I PRTGILIDADE
DE INSUCESSO NO
COMBATE AO KICK
II
FALHA EM UMA
DAS LINHAS (KILL
OU CHOKE)

Obasic 2 basic 3
Ci
basic 4

ENTUPIMENTO NA
(FALHA NA
VALWLA) UMAVALVULA
(SIST CONTROLE)

basic 5
AND 3

SUPERIORES

I
FALHA EM ABRIR

r
PERDA TOTAL DO
POD ATNO E
PERDA FUNÇÃO
POD STANDBY
PERDA TOTAL DO
POD STADBY
PERDA FUNÇAO
POD ATIVO
E

PERDA TOTAL DO FALHA DA


FUNÇÁO NO POD POD AZUL (ATIVO) FUNÇÁO NO POD

(AMARELO) (STANDBY)

FALHA EM ABRIR FALHA EM ABRIR FALHA EM ABRIR FALHA EM ABRIR FALHA EM ABRIR FALHA EM ABRIR FALHA EM ABRIR FALHA EM ABRIR
VALWLA (A) VIA VÁLVULA (0) VIA VALWLA (A) VIA VALVULA (8) VIA VALVULA (A) VIA VALVULA (8) VIA VALVULA (A) VIA VALVULA (8) VIA
POD AZUL POD AZUL POD AMARELO POD AMARELO PODAMARELO POD AMARELO POD AZUL POD AZUL
FALHA NO SISTEMA DE CONTROLEASSOCIADO A FUNÇÁO - BOP
1lCOPPENFRJ CONVENCIONAL
ana

FALHA NO SIST. DE

I PERDA TOTAL DO
FUNÇAO EM POD ATIVO E.
AMBOS OS PODS FALHA FUNCAO

AND 56

vAND 58

L
C,
FALHA NO POD FALHA NO POD PERDA TOTAL DO FALHA DA PERDA TOTAL DO
AMARELO POD AZUL FUNCAO NO POD POD STANDBY FUNÇÁO NO POD
(AMARELO)

basic178
i
CARA FauHTree version 4.1 (c) Sydvest Sotfware1999
LTSICOPPENFRJ
ana A

FALHA DADA
DESCONEXA0
ESPÚRIADO LMRP

EVENTO FALHA NO
DESCONEXAO ISOLAMENTOVIA
ESPURIA BOP

HIDRÁULICO FALHOU EM
E 13 318 POL EXTERNO ABNXO CORTARNEDAR
DA GAVETA CEGA ASSOCIADOA POS CORTE

FALHA EM FALHA EM VEDAR


FALHA DA COM NADA
FUNÇAOAUTO CORTARIVEDAR
COM TUBO DE 5, FRENTE AO BOP
REV. 7 E 9 518 POL

RECONECTAR EM
TEMPO

PERDATOTAL DO PERDA DE AMBOS


SISTEMA DE OS PODS POR
CONTROLEPOR CAUSA
ÚNICA CAUSA INDEPENDENTE

POD AMARELO
CARA FauiiTree version 4.1 (c) SydvesiSoiíviare 1999 FALHA EM ISOLAR E CIRCULAR O KICK
LTSICOPPENFRJ A
Adriana
I

FALHA EM ISOLAR
E CIRCULAR O

FALHA NAS FALHA EM UMA


EXTERNOS SISTEMA DE LINHAS DE WLL E COMBINADAS DAS LINHAS (KILL
CONTROLE

0- basic 2
EXTERNO NA
GAVETA DE TUBO
FALHA NO
SISTEMA DA LINHA
DE CHOKE
SISTEMA DA LINHA
DE KILL
PROBABILIDADE
DE INSUCESSO NO
COMBATE AO KICK
C11 LINHA

Basic 1 I
,FALHA EM UMA
DAS LINHAS (KILL
OU CHOKE)

ENTUPIMENTO NA

r
FALHA SIS CONT
EM ABRIR UMA
DAS VALVULAS 11
FALHA SIS. CONT
EM ABRIR UMA
DAS VALVULAS

PERDA TOTAL DO
UMA DAS POD ATIVO E
VALVULAS PERDA FUNÇAO
INFERIORES POD STANDBY

FALHA DA
FUNÇAO NO POD
ATIVO
(AMARELO)
(c) Sydvesi SotfWBre 1999

NO
EMA DA LINHA
ILL

(FALHA NA LINHA DO KILL


VALVULA)

(OR 18\

POD STANDBY E
U@ DAS PERDA FUNÇAO
VALVULAS

II
AND 12

r
FALHA DA
FUNÇAONO POD
ATIVO
FALHA DA

STANDBY
(AMARELO)
POD AZUL (ATIVO)

73- basic 38
FUNÇAONOPOD
AMARELO
POD AMARELO
(STANDBY)

L basic 41
FUNÇÃO NO POD

POD AZUL POD AZUL POD AMARELO


-
FALHA EM ABRIR (FALHA NAVALWLA) LINHA UU IiiUnc- I Y ~
RA FauiiTree version 4.1 (c) SydYest Soffware1999 CONVENCIONAL
3ICOPPENFRJ
iana

(F.NHA NA (FALHA NA
VALVULA VALVULA
INFERIOR)
CARA Fauii Tree version 4.1 (c) Sydvest Soihvare1999 FALHA SISEMA DE CONTROLE EM ABRIR UMA DAS VALWLAS
LTSICOPPENFRJ SUPERIORES- BOP CONVENCIONAL
Adbana
/p9\

DAS VALVULAS
SUPERIORES

PERDA TOTAL DO
POD ATIVO E- POD STADBY E
FALHA FUNÇAO FALHA FUNÇÁO
VALWLAS
SUPERIORES POD STANDBY

AND 10

FALHA DA
POD AMARELO FuNÇÁO NO POD
(STANDBY)
(STANDBY)

basic 27
I CARA FauHTree version 4.1 (c) Sydvest Soüviare1999
ILTscoPPwFRJ
r-
FALHA NAS LINHAS DE KILL OU CHOKE - BOP CONVENCIONAL

LINHAS DE KILL
OU CHOKE

SISTEMA DA LINHA SISTEMA DA LINHA

I
CONT I
1 IFALHASIS
DAS VALVULAS
INFERIORES

L
FALHA EM ABRIR
UMA DAS
VALVULAS
INFERIORES
POD STADBY E
PERDA FUNÇAO
POD ATIVO

FALW. DA
FUNÇAONOPOD FUNÇAONOPOD
L I
'
POD AZUL (ATNO)
AND 17

FUNÇAO NO POD
AMARELO
POD AMARELO
AND 18

PERDA TOTAL DO
FUNÇAO NO POD
ATIVO
ATIVO STANDBY
(AMARELO)

77 baslc 51
FALHA NO
SISTEMA DA LINHA
DE KILL

INFERIORES LINHA DE KILL

i
PERDA TOTAL DO
FALHA EM ABRIR POD STANDBY E
POD ATIVO E
UMA DAS PERDA FUNÇAO
PERDA FUNÇAO
POD STANDBY POD ATNO
INFERIORES

AND 241
IAND 221

PERDA TOTAL DO
POD AMARELO
/Pl3\-

COMBII
(PERDI
COMBP

v
AND 25

EXTERNO NA
ALTURA DA

i
FALHA NA GAVETA VAZAMENTO
DE TUBOS EXTERNO NA
EXTERNO NA EXTERNO NA
SAiDA LATERAL INFERIOR INFERIOR)
GAVETA INTERMEDIARIA

basic 92 basic 93

VALVULA (A) VALVULA (8)


CONTROLE
HIDRAULIO INTERNO (FALHA ASSOCIADO A

basic 94
0basic 95

FALHA DA
I FALHA DA
FUNÇAOEM
NO POD STANDBY FUNÇAO POD AMBOS OS PODS
ATIVO E PERDA
E PERDA TOTAL
TOTAL STANDBY

DO FALHA DA FALHA DA
FALHA DA PERDA TOTAL DO FALHA DA PERDA
POD AMTOTAL
ARELO FUNÇAONO POD FUNÇAO NO POD
FUNÇÃO NO POD POD AZUL FUNÇAO NO ~ O D AMARELO
- AMARELO
AZUL (STANDBY) AZUL
(STANDBY)
(STANDBY)
FALHASISTEMACONTROLEEM ABRIR UMA DASVALVULAS
CARA Fault Tree version 4.1 (c) Sydvest Sothvare 1999 INFERIORES - BOP CONVENCIONAL
LTSICOPPENFRJ
RA Fauií Tree version 4.1 (c) Sydvest S o M r e 1999
XOPPENFRJ VAZAMENTO NA LINHA DO CHOKEIENTUPIMENTO - BOP
CONVENCIONAL

T
AND 33

$'
VAZAMENTO EXT. VAZAMENTOS
NA ALTURA DA EXTERNoS NAS
GAVETA EXTENSOES DA
INTERMEDIÁRIA LINHA DE CHOKE

i-
EXTERNO NA
GAVETA SAIDA LATERAL GOOSENECK
INTERMEDIARR
-
FALHAS COMBINADAS (PERDA PARCIAL DO COMBATE AO KICK)
BOP CONVENCIONAL I

FALHAS
COMBINADAS
(PERDA PARCIAL)

FALHA NAS
EXTERNO NA GAVETAS GAVETA S.UP. E
ALTURA DA INTERMEDIARIAE FALHA SAIDA
SUPERIOR

FALHA NA GAVETA
EXTERNO NA EXTERNO NA INTERMEDIARIA SUPERIOR
GAVETA SAIDA LATERAL
INTERMEDIARIA

HIDRAULICO INTERNO (FALHA

ATIVO E PERDA AMBOS OS PODS


E PERDA TOTAL
DO POD ATNO TOTAL STANDBY

POD AZUL (ATIVO)


SUPERIOR

FALHA NO SIST DE
INTERNO (FALHA EXTERNO

POD ATIVO E

I
FALHA FUNÇAO
NO POD STANDBY I
PERDATOTAL DO
STANDBY E FALHA
FUNÇAO NO POD
rDA
I
FUNÇÃO EM
AMBOS OS PODS

u
AND 39
7K?FãWr& venion 4 1 ~ t ~ydvest
j Soüwre 1999 VAZ E«NA GAVETA SUP EFALHASATDAUTEWILINFER
COPPVUFRJ -
( C H O m L L ) BOP CONVENCIONAL

GAVETA SJJP.E
FALHA SAIDA

i
AND 42

ALTURA DA
GAVETA
SUPERIOR
INFERIOR
IKILucHoKE I

SAIDA LATERAL INFERIOR KILL


SUPERIOR CHOKE

I I
FALHA SIS. CONT
EM ABRIR UMA (FALHA NA
DAS VALVULAS VALWLA
INFERIORES INFERIOR)

VALWLA (A) VALWLA (0)

POD STADBYE
UMA DAS
PERDA FUNÇÃO PERDA FUNÇÃO
VALWLAS
POD STANDBY POD ATIVO

FALHA DA FALHA DA
FALHA DA F U N G O NO POD
FUNÇÃONO POD FUNCÃO NO POD
1FALHA NA SAIDA LATERAL INFERIOR KILL- BOP CONVENCIONAL I
7

l
iFALHA NA SAIDA
LATERAL
INFERIOR KILL

(FALHA NA EM ABRIR UMA


VALVULA DAS VALVULAS
INFERIOR) INFERIORES

VALVULA (A] VALVULA (0)

PERDA TOTAL DO

PERDA FUNCAO

uAND 47
OAND 48

PERDA TOTAL DO
POD AZUL (ATIVO)

(STANDBY)

i M ABRIR

INFERIORES

FALHA DA
FUNÇAO NO POD
ATIVO STANDBY
(AMARELO)
ÁRVORE DE FALHA PARA CONFIGURAÇÃO MODIFICADA
PÁGINA P1 -ACIDENTE CR~TICOPOR POÇO COM SONDA DP - BOP
MODIFICADO- LDA: 1500 A 200 M

ACIDENTE
CRITICO
NO CRiTICONA
COMBATE AO WCK UNIDADE DPI

FALHA EM ISOLAR
E CIRCULAR O MARGEM DE
RISER
r-
FORMAÇÃOCOM
HC EXPOSTO
FALHA NA
DESCONEX&O
ESPÜRIA E NO DP
ASSOCIADO A

DESCONEXAO
ESPÚRIA DO LMRP
IDO BOP I
I uw o u r
FALHA NO DP ASSOCIADA A FALHA No I s u l A M t ~

DESCONEX&O DE FALHA NO
EMERGÊNCIA POR ISOLAMENTO DO
POÇO BOP

r
i3 318 POL E BHA
FRENTE AO BOP
FALHA EM ISOLAR
POÇO COM
OUTROS TUBOS
NO BOP
FALHA EM VEDAR
COM NADA
FRENTE AO BOP
SISTEMA DE

Lri
AND 45

SISTEMA DE
CONTROLEPOR CAUSA
E 9 518 POL. INDEPENDENTE
CISALHANTE

AND 47

POD AMARELO
i
FALHA EM VEDAR
COM NADA
FRENTE AO BOP

PERCENTUAL DE
T AND 68

1 I=;>-,
NADA FRENTE AO

1
CISALHANTE

FALHA NO SIST. DE FALHA EM VEDAR


HIDRAULICO CONTROLE (VAZAMENTO
ASSOciADO A INTERNO)
FUNÇAO

FALHA NA AUTO

ASSOCIADO A
FUNÇAO

FUNÇÃOEM
AMBOS OS PODS
PERDA TOTAL DO
POD ATIVO E _
FALHA FUNÇAO
NO POD STANDBY rPERDA TOTAL DO
POD STANDV E
FALHA FUNÇAO
NO POD ATIVO

rij AND 70

í- AND 72

(,lF
FALHA NO POD FALHA NO POD

(STANDBY)
POD STANDBY
(AMARELO)
FALHA NO SlST. DE GCJN I K u L t A 3 J U C i I M W n T V I Y Y ~ V - -r
MODIFICADO
LTSICOPPENFRJ
Adriana

CONTROLE
ASSOciADO A
FUNÇAO

FUNÇÃO EM
AMBOS OS PODS
POD ATIVO E-
FALHA FUNÇAO
r-
PERDA TOTAL DO
POD STANDU E
FALHA FUNÇAO
NO POD ATIVO

AND 73

III
AND 74

glglglg
FALHA NO POD FALHA NO POD PERDA TOTAL DO FALHA DA
(AMARELO)
I FALHA EM CORTARNEDAR VIA GAVETA CEGA CISALHANTE
INFERIOR - BOP MODIFICADO

CORTARNEDAR
VIA GAVETA CIS.
INFERIOR

L'
VAZAMENTO
HIDRAULICO
VIA GAVETA
CISALHANTE

C1NECESSIDADE
SI NECESSIDADE DE CORTAR VIA
DE CORTAR VIA CIS SUPERIOR

T AND 78

CORTARNEDAR CORTAR VIA


VIA GAVETA VIA CISALHANTE CISALHANTE
SUPERIOR VIA CISALHANTE
INFERIOR INFERIOR

FUNÇAOVEDAR
DA CEGA

AND 77

[- I
FALHA NA AUTO
CORTAR IVEDAR
VIA CISALHANTE
SUPERIOR

~l~piF$ FALHA NO SIST. DE

I I

FALKDA IPERDATOTAL DO I
FUNÇAO EM
AMBOS OS PODS FALHA FUNÇAO
NO POD ATIVO

1
' AND 82 AND 83

AMARELO
I
FALHA NO POD FALHA- DA
FUNÇAO NO POD
AMARELO
(STANDBY)
POD STANDBY
(AMARELO)
TI
FALHA NO POD
-
FALHA NA DESCONU(A0 ESPURIA DO LMRP BOP MODIFIGAUU

DESCONEXAO
ESPURLADO LMRP

BHA, TOOL JOINT VAZAMENTO FALHA NO SIST. DE VAZAMENO FALHOU EM


E 13318 POL EXTERNOABAIXO CONTROLE HIDRÁULICO CORTARNEDAR
DA GAVETA CEGA ASSOCIADO A
CEGA
/- \

FALHA EM FALHA EM VEDAR


CORTAWVEDAR COM NADA
SISTEMA DE FUNÇAOAUTO FRENTE AO BOP
COM TUBO DE5,
CONTROLE
REV 7 E 9 518 POL
PRINCIPAL

POD AZUL POD AMARELO


IcARA FaunTree version 4 1(c) Sydvest Sotíviare 1999 FALHA EM ISOLAK C LlKuJrnnu N u m - e w r nwwu r-

LTSICOPPENFRJ
Lana

FALHA EM ISOLAR
E CIRCULAR O

FALHA NAS FALHAS FALHAS FALHA NA LINHA


VAZAMENTOS FALHA MAIOR NO DE KILLE OU NA
SISTEMA DE LINHAS DE WLL E COMBINADAS COMBINADAS
EXTERNOS (PERDA PARCIAL) LINHA DE CHOKE
CONTROLE CHOKE (PERDA TOTAL
COMBATE WCK)

P5 P16

EXT. NA VAZAMENTO VAZAMENTO FALHA NO FALHA NO


SISTEMA DA LINHA SISTEMA DA LINHA DAS LINHAS (WLL
RILAINT DA EXTERNO NO EXTERNO NA
DE KILL OU CHOKE)
IA LATERAL CONECTOR GAVETA DE TUBO
INFERIOR
DE CHOKE
Icyl LINHA I
IKE)

I
F I
I
V
Basic 15

FALHA EM ABRIR VAZAMENTOS FALHA NA ENTUPIMENTONA


(FALHA NA EXTERNOS NAS FUNÇÁO ABRIR DE LINHA DE CHOKE
VALVULA) EXTENSOES DA UMAVALVULA
LINHA DE CHOKE (SIS. CONTROLE)

P7 P8

EM ABRIR UMA
DAS VÁLVULAS
INFERIORES

POD STADBY E
UMA DAS PERDA FUNÇAO
VALWLAS POD ATIVO
INFERIORES

(AMARELO)

T
FALHA NO
SISTEMA DA LINHA
DE KILL

I
FALHA EM ABRIR PERDA TOTAL DO
UMA DAS POD ATNO E
VALVULAS PERDA FUNÇAO
INFERIORES POD STANDBY

FALHA DA PERDA TOTAL DO


1
FALHA DA
P

PERDA TOTAL DO FALHA DA


FUNÇfiO NO POD
FUNÇAONOPOD FUNÇ~O NO POD POD AZUL (ATIVO) FUNÇAO NO POD PODAMARELO
ATIVO
ATIVO STANDBY AMARELO (STANDBY)
(AMARELO) (STANDBY)

OR 21
iRA Faun Tree version 4.1 (c) Sydvest S o W r e 1999

I
FALHA EM ABRIR (FALHA NAVALVULA) LINHA DO WLL- uur
SICOPPOUFRJ VALORIZADO
nana

(FALHA NA
VALVULA)

VALVULA (A) VALVULA (0)

73 basic 42 '
CARAFauiiTree version 4.1 (c) Sydvest Soffware 1999
,TSS/COPPE/UFRJ
I
VAZAMENTOS EXTERNOS NAS EA~ENWWEY WR
BOP MODIFICADO
~ n n w
m~ a - E -
IBOP MODIFICADO

DAS VALVULAS
SUPERIORES

FALHA EM ABRIR POD STADBYE


UMA DAS POD ATIVO E-
FALHA FUNÇAO FALHA FUNÇAO
VALVULAS
SUPERIORES

AND 10

PERDA TOTAL DO FALHA DA


FUNÇAO NO POD POD AZUL (ATIVO) FUNÇAONO POD
(STANDBY) ATIVO
(STANDBY) (STANDBY)

ibasic 27

I
4AEM ABRIR
AJLA (C)
AZUL
VIA
FALHA EM ABRIR
VÁLVULA (D) VIA l ~ ~ l @ " " "
POD AMARELO POD AMARELO POD AMARELO POD AMARELO POD AZUL

TT
basic 21
., . FALHAS COMBINADAS(PERDA TOTAL COMBATE KICK)
ICOPPENFRJ
A
ana

FALHA NA ALTURA

SUPERIOR E
INFERIOR Ik ~
INF..(CHOKE) I r-
FALHA ALTURA DA
GAVETA SUP. E
VAT EXT_NAS
EXTENSOES

FALHA NA ALTURA FALHA NA ALTURA FALHA EM ABRIR A FALHA NA ALTURA


INFERIOR DA GAVETA DA GAVETA SAIDALATERAL DA GAVETA
SUPERIOR SUPERIOR INFERIOR(CHOKE) SUPERIOR

INTERNO (FALHA
EM VEDAR)
GAVETA SUPER.

77 basic 82
Vbasic 86

SAIDALATERAL
I
*
EXTERNO NA
SAIDA LATERAL

rn
SUPERIOR CHOKE INFERIOR KILL

basic 85

FUNÇAO POD FUNÇAO EM


ATIVO E PERDA AMBOS OS PODS
FALHA DA
TOTAL STANDBY

v
AND 28

-77 AND 29

(r
AND 30

FALHA DA FALHA DA

AMARELO
[STANDBY) (STANDBY)
.. .
ICOPPERIFRJ
ana

DE TUBOS
INFERIOR

FALHA NO SIST. DE
HIDRÁULICO INTERNO (FALHA CONTROLE
(GAVETA NA0 ASSOCIADO A

basic 94

FUNÇAO POD FUNÇAO EM

w
ATIVO E PERDA AMBOS OS PODS

AND 31 AND 32
DA GAVETA
SUPERIOR

VAZAMENTO
INTERNO (FALHA
EM VEDAR)

*
EXTERNO NA
GAVETA
SUPERIOR
EXTERNO NA
SAIDA LATERAL
r- VAZAMENTO
EXTERNO NA
SAIDA LATERAL
INFERIOR KILL
ASSO~inDOA
FUNÇAO

POD ATIVO E- FUNÇAO EM


AMBOS OS PODS
FALHA FUNÇAO
NO POD STANDBY

1I"
FUNÇAO NO POD FUNÇAO NO POD
AMARELO
FALHA EM ABRIR ASAiDA LATERAL INFERIOR (CHOKE) - BOP
MODIFICADO

rFALHA EM ABRIR
(F.XHA NA
VALVULA
INFERIOR)

VALVULA(A) VALVULA (6)

1 EM ABRIR UMA
DAS VALVULAS
INFERIORES

POD ATIVO E
PERDA FUNÇÃO
IPOD ATIVO '

FUNÇAONOPOD
ATIVO

FUNÇÃO NO POD VALVULA (A) VIA FUNÇAO NO POD


POD AMARELO ATIVO
(AMARELO)
NAS EXTENSOES

I
LINHA DE CHOKEI
ENTUPIMENTO
FauHTree version 4.1 (c) Sydvest Sotiware 1999
~AIW

COMBINADAS
(PERDA PARCIAL)

AND 40

i
VAZAMENTO
HIDRÁULICO
(GAVETA NA0
FECHA)

FALHA NO SIST DE EXTERNO NA


CONTROLE EXTERNO NA
AATERAL
S ~ DL SA~DALATERAL
ASSOGLADO A GAVETA
SUPERIOR SUPERIOR CHOKE INFERIOR KILL
FUNÇAO

FUNÇAO POD
AMBOS OS PODS
ATIVO E PERDA

I
AND 42

PERDA TOTAL DO
POD AZUL (ATIVO)

P
FALHA DA
FUNÇAONO POD
AMARELO
(STANDBY)
~ FUNÇAO NO POD FUNÇAONO POD FUNÇÁO NO POD

~
-
RA FaW Tree vemon 4 1 (c) Sydvesi Soiiware 1999
XOPPWFRJ
FALHA NAS LINHAS DE KILt OU CHOKE
1

FALHA NO
SISTEMA DA LINHA SISTEMA DA LINHA
DE CHOKE DE KILL

(FALHA NA EXTERNgS NAS


EXTENSOES DA
LINHA DE CHOKE

EM ABF
DAS VA
UMA VALVULA
(SIS CONTROLE)

i1
ENTUPIMENTO NA
LINHA DE CHOKE

basic 50

IINFERIORES SUPERIORES

FALHA EM ABRIR
UMA DAS POD ATIVO E POD STADBY 5
VALVULAS PERDA FUNÇAO PERDAFUNÇAO
INFERIORES POD ATNO

TI- AND 16
UAND 17
T AND 18

FALHA DA
-- FALHA DA PERDA TOTAL DO FALHA DA PERDA TOTAL DO FALHA DA
FUNÇÁO NO POD
FUNGO NO POD F U N W NO POD POD AZUL (ATIVO) FUNÇAO NO POD
AMARELO
POD AMARELO
(STANDBY) ATIVO
ATNO STANDBY
(AMARELO) (STANDBY)
ina

SISTEMA DA LINHA
DE KILL

FALHA EM ABRIR
UMA DAS POD ATNO E
VALVULAS PERDA FUNÇÃO
INFERIORES

LI
AND 22

T AND 24

I,'-
FFUNCÃO
( E G i POD
T AZUL
k (ATNO)
l %
NO POD FUNÇÁONOPOD
FUNÇAO NO POD (STANDBY) ATIVO
ATIVO (STANDBY)
(AMARELO)

FALHA EM ABRIR
FALHA EM ABRIR VALVULA (6) VIA
VALVULA (6) VIA POD AMARELO

n
POD AZUL

basic 7 2 basic 73
V
basic 76

Você também pode gostar