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ACONSELHAMENTO PASTORAL ap 1

1. O que é Aconselhamento Pastoral?


O termo combina dois conceitos com sentidos distintos. Ambos trazem
em seu significado uma origem e uma história.
1.1. PASTORAL – A palavra tem sua origem no ministério de Jesus, o
Supremo Pastor ( 1 Pe 5.4 ), envolve a atividade dos que são
chamados a liderar e alimentar o rebanho de Deus (1 Pe 5.2; At 20.28 ).
Pastorear envolve “servir como supervisor” sobre o rebanho e
alimentar a igreja de Deus. Outros termos: “Seelsorge”(o q.
providencia alimento p/ a alma), traduzido por “Cura d’Almas”( Cure of
Souls ). Quando é aplicada ao aconselhamento individual usa-se
termos como “Privatseelsorge” ou confissão auricular, individual ou
particular ( Tg 5.16 ). Pastoral inclui a área total das atividades
ministeriais ( Pastoral care = cuidado pastoral ).
1.2. ACONSELHAMENTO - A palavra tem um aspecto distinto dentro do
campo vasto do cuidado pastoral. Este aspecto, relaciona-se, de
maneira única, com a comunicação inter-pessoal entre o pastor e o
seu rebanho, no que diz respeito às necessidades pessoais em
qualquer área particular da vida. Paul Johnson define o
aconselhamento como “uma relação responsiva emergindo da
necessidade expressa de vencer trabalhosamente as dificuldades, por
meio de compreensão emocional e crescente responsabilidade”. 1 O
aconselhamento pastoral começou a ser relacionado como uma tarefa
especial dentro do cuidado pastoral a partir da década de 50 – 60.
Breve comentário: O pastor precisa apreender a ver e reconhecer pela
convivência e observação adequadas as profundas necessidades
humanas que o cercam, no seu ministério. Assim, ao invés de
trabalhar para o seu povo, trabalhará com ele. Em lugar de meramente
tentar fornecer respostas, ajudará as pessoas a formularem as
próprias perguntas encontrando elas mesmas respostas. Ao invés de
simplesmente lhes indicar o caminho, ele caminhará juntamente com
elas. As seguintes sugestões de James Mannoia servem como
subsídios para dialogarmos a respeito do assunto. Aconselhamento
Pastoral visa:
1 – Auxiliar o indivíduo a alcançar o conhecimento e a aceitação de si
mesmo.
2 - Auxiliar o indivíduo a analisar rumos de ação alternativos.
3 - Oferecer oportunidades ao indivíduo de escolher um modo de
proceder que seja viável.
4 - Oferecer ao indivíduo uma situação na qual tome iniciativas e
aceite a responsabilidade pelas mesmas.2

ap2
1
P. Johnson. Psycology of Pastoal Care. New York: Abingdon Press, 1953. P.73
2
J. Mannoia. Aconselhamento Pastoral. São Paulo: ASTE, s.d. pp. 19 e 20
1.3. Definindo o Aconselhamento Pastoral
*** Quando se quer definir adequadamente o
Aconselhamento Pastoral(AP.) é preciso ter em mente,
que, o ministério pastoral é efetivo somente quando
o exercício do mesmo fundamenta-se em Deus. Isto é,
deve estar de acordo com a posição de “Seelsorger” e
para tanto as Escrituras lhe prescrevem as normas.
Definição: “Aconselhamento Pastoral é o
cuidado(SEELSORGE) individual das necessidades que
envolvem as pessoas em seus problemas, crises,
vícios e perturbações psicológicas. Abrange não
simplesmente dar conselhos, mas assistir os
aconselhandos, a encontrar soluções pessoais.
Assistindo-os para que as busquem orientados pela
Palavra de Deus”.3
*** A definição reconhece que o Aconselhamento é
um dos aspectos particulares dentro do cuidado
pastoral(Seelsorger). Assim o pastor preparar-se-á,
buscando todos os recursos e conhecimentos possíveis
para da melhor maneira levar a ajuda de Deus em sua
Palavra para as necessidades das pessoas.
2.O PASTOR COMO ACONSELHADOR
Duas pessoas estão envolvidas no processo de
aconselhamento, o pastor como aconselhador, e a
pessoa que necessita de aconselhamento.
A)Os equipos necessários para o aconselhamento:
FÉ EM CRISTO E O PODER DE SUA PALAVRA.
“Deduz-se que o pastor tenha experimentado em seu próprio
coração e vida o poder transformador do Evangelho”4
*”Saiba manejar bem a Palavra da Verdade”(2 Tm 2.15)
é um pré-requisito para o exercício do santo
ministério.(Conhecer as “sedes doctrinae”)
*O Pastor, qdo. necessário for, deve poder citar de
cor textos áureos das Escrituras.
“Tudo isso, não pode ser feito, tão somente como um trabalho
meramente intelectual, mas essencialmente uma confissão
prática da fé verdadeira, a fé no Senhor Jesus
Cristo”(Cit.própria).

3
A. SCHUETZE, I. j. HABECK. The Shepherd under Christ. P.184
4
Op. Cit. p. 185

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