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3. Direito do trabalho é um ramo autônomo do direito, uma vez que ultrapassou as fases da
autonomia científica, da autonomia legislativa e da autonomia didática.
5. Fonte do direito é o manancial, a origem das normas jurídicas. Essas podem ser
classificadas em fontes materiais e formais.
10. As normas trabalhistas devem ser hierarquizadas, ou seja, ordenadas com base no
critério da norma mais benéfica. Logo, o Direito do Trabalho adota a denominada
hierarquia flexível. Deve prevalecer aquela norma que for mais benéfica, salvo se a norma
menos benéfica for proibitiva.
11. A doutrina apresenta três teorias aptas para encontrar a norma mais benéfica, quais
sejam: a) teoria do conglobamento; b) teoria da acumulação; c) teoria do conglobamento
por instituto. No Brasil, a teoria mais aplicada é a teoria do conglobamento por instituto.
12. Entende-se por teoria da acumulação, aquela que implica em extrair de cada uma das
fontes, objeto de comparação, as disposições mais favoráveis ao empregado.
13. Entende-se por Teoria do conglobamento, aquela que segundo a qual deve-se comparar as
fontes e aplicar a que, no seu conjunto, for mais favorável ao empregado, excluindo-se as
demais.
16. O Direito é composto de normas. Estas podem ser: regra ou princípio. As regras
estabelecem mandados, proibições, ou permissões de atuação em situações concretas
previstas nas mesmas (permitindo assim uma aplicação mecânica); os princípios
proporcionam critérios para tomar posição ante situações concretas indeterminadas. No
conflito de regras, uma é derrogada, já no conflito de princípios, ocorre a ponderação,
prevalecendo a aplicação de um deles no caso concreto.
17. Os princípios aplicados aos direito do trabalho podem ser classificados em: a) princípios
gerais do direito; b) princípios constitucionais trabalhistas; c) princípios peculiares ao
Direito do Trabalho.
20. Os Princípios peculiares do direito do trabalho são diretrizes ou postulados que inspiram o
sentido das normas trabalhistas e configuram a regulamentação das relações de trabalho,
conforme critérios distintos dos que podem encontrar-se em outros ramos do direito
21. Américo Plá Rodrigues classifica os princípios peculiares do direito do trabalho em:
princípio da proteção; princípio da irrenunciabilidade; princípio da continuidade; princípio
da primazia da realidade; princípio razoabilidade; princípio da boa-fé. Há critica quanto aos
dois últimos, uma vez que são, em verdade, princípios gerais do Direito aplicado não só ao
Direito do Trabalho.
25. Conforme o princípio da irrenunciabilidade, o empregado não pode se despojar, por sua
simples manifestação de vontade, das vantagens e proteções que lhe asseguram a ordem
jurídica e o contrato, consideradas patamar civilizatório mínimo.
28. A contraprestação pela energia gasta ao trabalha pode ser paga em pecúnia ou em
utilidades.
29. A onerosidade possui dois planos: a) objetivo, que se manifesta pelo pagamento da
retribuição (pecúnia e utilidades); b) subjetivo, que se caracteriza pelo intuito oneroso, ou
seja, intenção de contraprestação.
30. A Subordinação é o principal elemento da relação de emprego. É jurídica a natureza da
subordinação, uma vez que ela decorre do contrato de trabalho.
31. O estatutário possui todos os elementos da relação de emprego, todavia não pode ser
considerado um empregado, uma vez que possui uma vinculação administrativa e é
regulado por um estatuto próprio. Os estatutários não podem ser confundidos com os
celetistas (aqueles que possuem uma relação de emprego e é regulado pela CLT).
32. O estagiário não é empregado. Não se confunde com aprendiz. Este sim é um empregado
especial.
34. Para ser considerada uma verdadeira cooperativa e ser aplicado o disposto no art. 442 da
CLT, é necessário preencher os seguintes requisitos: adesão voluntária e livre; gestão
democrática; participação econômica dos membros; autonomia e independência.
35. São princípios aplicáveis a uma verdadeira cooperativa: a) dupla qualidade: pessoa filiada
tem que ser, ao mesmo tempo, cooperativado e cliente; b) retribuição pessoal
diferenciada: retribuição pelo serviço superior àquela que receberia se trabalhasse de
forma autônoma.
36. Empregado é toda pessoa natural que contrate, tácita ou expressamente, a prestação de
seus serviços a um tomador, a este efetuados com pessoalidade, onerosidade, não-
eventualidade e subordinação.
38. Os empregados ocupantes de cargo ou função de gestão ou confiança, regulados pelo art.
62 da CLT, que possuírem um elevado poder de mando e gestão e receber 40% a mais que
o salário do cargo efetivo, podem ser revertidos ao cargo anterior sem ser considerada
irregularidade.
40. O empregado ocupante de cargo e função de confiança e que recebe 40% a mais titulo de
gratificação de função não tem direito ao pagamento das horas extras laboradas.
41. O empregado ocupante de cargo e função de confiança e que recebe 40% a mais titulo de
gratificação de função pode ser transferido sem a necessidade de sem a anuência do
transferido.
42. Para haver a transferência de empregado ocupante de cargo de confiança deve ser
demonstrado a real necessidade da transferência, sob pena de configuração do abuso de
poder.
45. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por
prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14
(quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem
formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico,
moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a
essa formação.
47. O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto
quando se tratar de aprendiz portador de deficiência. A idade máxima prevista do aprendiz
(24 anos) não se aplica a aprendizes portadores de deficiência.
48. O empregado doméstico é pessoa física que presta, com pessoalidade, onerosidade e
subordinação, serviços de natureza continua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à
família, em função do âmbito residencial destas.
56. São requisitos da sucessão trabalhista: a) mudança na estrutura (fusão, incorporação cisão
ou no tipo societário) ou na propriedade da empresa (compra e venda, arrendamento e
etc.); b) continuidade do ramo de negócio; c) continuidade dos contratos de trabalho
(elemento não essencial)
58. A terceirização pode ser licita ou ilícita. Na terceirização lícita, a atividade terceirizada é
atividade-meio da tomadora de serviço e a responsabilidade é subsidiária. Já na
terceirização ilícita, a atividade terceirizada é atividade-fim da tomadora de serviço e a
responsabilidade é solidária.
60. Diante da inexistência de previsão legal, o contrato de empreitada entre o dono da obra e
o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações
trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa
construtora ou incorporadora.
61. Contrato de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de
emprego.
63. Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de
termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo
acontecimento suscetível de previsão aproximada.
64. De acordo com o disposto na CLT, o contrato por prazo determinado só será válido em se
tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do
prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência.
Nas duas primeiras hipóteses, o prazo máximo é de dois anos, com uma prorrogação. Já o
contrato de experiência não pode exceder a 90 dias, com uma única prorrogação.
65. O contrato por prazo determinado não se confunde com contrato de trabalho temporário.
Da mesma forma, contrato de trabalho temporário não se confunde com terceirização.