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Funções Executivas e Esquizofrenia
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
funções estão preservadas ou não12. Vários são os fatores relacionados ao pior ajustamento
social nesses pacientes, tais como presença de sintomas psicóticos por longo período, remissão
incompleta dos sintomas entre os episódios, uso de álcool e drogas, maior duração do transtorno
mental, ocorrência de recaídas, sexo masculino, envolvimento emocional inadequado dos
familiares, diminuição das habilidades sociais, transtornos da personalidade e ajustamento
social pré-mórbido deficitário.
Estes padrões pouco adaptativos no comportamento estão ligados a algum mal
funcionamento cognitivo. Lewis et al (2003) buscaram padrões de alterações cognitivas
relacionadas às FE produzidas por lesões frontais, incluindo dificuldades de planejamento e
memória de trabalho13. Estudos mais recentes sobre os tipos de memória em déficit na
esquizofrenia centraram-se, sobretudo, em torno da memória de trabalho. O déficit nesta
memória transitória constitui o componente nuclear do declínio cognitivo da Esquizofrenia e
que a falha deste tipo de memória está subjacente aos diversos déficits cognitivos na
esquizofrenia, inclusive das FE14. Green Wood e colaboradores (2008) apresentaram que 54 -
90% dos indivíduos com esquizofrenia têm pelo menos uma função cognitiva prejudicada.
Estes estudos também mostram mostraram déficits nas FE15. Possivelmente as dificuldades
observadas no engajamento profissional do indivíduo com Esquizofrenia relacionam-se com
déficits neuropsicológicos, mais especificamente das FE16.
Entende-se que a forma como se toma conhecimento do mundo e se elaboram respostas
adaptativas se processa através de um sistema que combina a recepção, o tratamento de
informações, a evocação, o controle e a regulação17. Uma melhor compreensão da trajetória das
FE na esquizofrenia pode auxiliar a identificar o risco e possibilitar a modificação de fatores
que influenciam no aparecimento, gravidade e curso da doença, e sugerir estratégias de
redirecionamento ou reformatação do curso da doença, e melhorar os resultados das
intervenções18.
A importância da avaliação da funcionalidade dos doentes com esquizofrenia foi
reconhecida no DSM-IV-TR (2004), onde os critérios para o diagnóstico de esquizofrenia
incluem várias referências ao funcionamento do doente. Além disso, o DSM-IV-TR (2004)
também considera que a funcionalidade deve ser uma parte integrante da avaliação da eficácia
do tratamento com antipsicóticos nesta patologia19.
A Neuropsicologia utiliza a testagem neuropsicológica principalmente classificar e
diagnosticar perturbações ou doenças cerebrais; classificar a severidade clinica para pacientes
com perturbações ligeiras e severas; monitorar a evolução do paciente em termos
neuropsicológicos e investigar atrasos no desenvolvimento são seus principais objetivos. A
Funções Executivas e Esquizofrenia
MATERIAS E MÉTODOS
Este estudo configura-se como estudo de campo, investigativo, para efetuá-lo foi
considerada uma amostra não probabilística, com 20 pacientes com diagnóstico de
Esquizofrenia; todos com idades maiores de 18 anos. A coleta de dados foi realizada no Centro
de Atenção Psicossocial – CAPS I (Transtornos Mentais) na cidade de Cabedelo, município do
estado da Paraíba, no qual os participantes são usuários, onde se submeteram volitivamente ao
estudo após procedimento de esclarecimento e assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE). Não houve critérios para inclusão referente a situações como condição
sócio-econômica ou grau de escolaridade, apenas foi considerado que os participantes tivessem
diagnóstico de Esquizofrenia. Os critérios para exclusão foram: situações em que os pacientes
estivessem em crise ou a qualquer momento se recusar a assinar o (TCLE). Foram utilizados
como instrumentos: 1) Teste de Classificação de Cartas de Wisconsin - Wisconsin Card Sorting
Test (WCST)20; 2) O subteste 5 – Cubos da Escala de Inteligência Wechsler para Adultos -
Wechsler Adult Intelligence Scale, terceira edição revisada (WAIS-III)21, ambos se destinam a
investigar FE e 3) Questionário sócio demográfico elaborada pelos pesquisadores. Para os
procedimentos adequados, após a aprovação do Comitê de Ética e das instituições competente,
os instrumentos foram aplicados de forma individual e em local reservado, garantindo o
anonimato e o sigilo das respostas. O período em que se realizou a coleta dos dados se deu entre
o dia 20 de agosto de 2011 a 25 de outubro de 2011. A análise de dados foi realizada através
do pacote estatístico PASW (versão 18) sendo feito uso da estatística descritiva e inferencial,
através de médias, desvio padrão, freqüências e percentuais.
RESULTADOS
que participaram da amostra, contando com dados sobre gênero, idade, estado civil,
escolaridade e situação ocupacional. O perfil da amostra indicou que os pacientes são em sua
maioria do sexo masculino (n=13) 65%; solteiros (n=12) 60%; desempregados (n=18) 90%,
possuindo baixa renda: (M=1,7; DP=0,457), (n=14) 70% possuem renda mínima de um salário
e baixa escolaridade: (M= 6,5; DP=3,98) ensino fundamental incompleto (n=15) 75%. Idades
variaram entre 23 e 58 anos, (M= 36,6; DP= 8,58).
Subterste 5 – Cubos indicou escores ponderados (EP): (M=7,35; DP=2, 641), calculados
baseados na idade e total de pontos alcançados. Resultados conferidos para o WCST foram:
Os principais resultados demonstraram: 75% (n=15) dos pacientes obtiveram apenas 50% dos
ensaios administrados (EA) no teste. Respostas orretas administradas foram divididas da
seguinte maneira: 70% (n=14): 15-26 respostas corretas; 20% (n=4): 38-61 respostas corretas;
10% (n=2): 101-103 respostas corretas. Respostas Perseverativas (RP):
...........................................................................................................................................
..................................................................................
5% dos participantes (n=1) obtiveram: (EP > 107; Escore T > 55; Percentil= 68 >99).
Com 10% de Respostas Perseverativas, 5% dos participantes (n=1) obtiveram: (EP= 96-106;
Escore T= 45-54; Percentil=30-66). Com 36% de Respostas Perseverativas, 5% dos
participantes (n=1) obtiveram: (EP= 72-79; Escore T= 30-34; Percentil=3-5). Com 37% de
respostas Perseverativas 5% da amostra (n=1), obtiveram (EP= 62-69; Escore T= 25-29;
Percentil=1-2). Com 39-42% de respostas Perseverativas 10% dos participantes (n=2),
obtiveram: (EP= 56-61; Escore T= 21-24; Percentil < 1). Com 42-99% de respostas
Perseverativas 70% dos participantes (n=14), obtiveram: (EP< 55; Escore T < 20, Percentil <
1). Os erros perseverativos são calculados quando é iniciado o critério perseverativo e
descartado o erro não-ambíguo, todas as seqüências similares a este critério perseverativo é
marcado. Obteve-se percentual de erros perseverativos 7 para (n=2), 10% da amostra, dado que
corresponde (EP > 107; Escore T > 55; Percentil= 68 >99); 27-28% de erros perseverativas
(n=2), 10% da amostra, (EP= 72-79; Escore T= 30-34; Percentil=3-5); De 30-33% de erros
perseverativas (n=2) 10% da amostra com (EP= 62-69; Escore T= 25-29; Percentil=1-2); De
52-75 7% de erros perseverativas (n=14) 70% da amostra com (EP= 56-61; Escore T= 21-24;
Percentil < 1). Respostas de Nível conceitual de 0-13 foram observadas nas respostas de 75%
Funções Executivas e Esquizofrenia
dos participantes (n=15); repostas conceituais entre 24-93 obteve freqüência (n=5),
correspondendo a 25% da amostra.
Na TABELA 9 evidencia que a maioria dos participantes (n=13), 65% da amostra não
completaram nenhuma categoria no teste WCST; 25% dos participantes (n=5) completaram de
1-3 categorias; 10% dos participantes (n=2) conseguiram completar de 4-6 categorias.
Fracasso em manter o contexto é uma das categorias do WCST analisada
quando o participante tem cinco ou mais acerto consecutivos e erra. Quanto maior o
número de fracassos, maior a dificuldade de finalizar a tarefa. A tabela 10 configura
os resultados referentes a Fracassos em Manter o Contexto (M=0,55; DP=1,35);
(n=15) refere-se a 75% dos participantes que obtiveram nenhum fracasso; que tiveram
um fracasso: Total de participantes (n=3); Total de participantes que tiveram dois
fracassos 5% da amostra (n=1); Total de participantes que obtiveram seis fracassos:
(n=1).
DISCUSSÕES
O presente estudo teve como objetivo principal avaliar funções executivas em pacientes
esquizofrênicos. É possível considerar nesta oportunidade que este objetivo tenha sido
conquistado. Não obstante, pondere-se a natureza da avaliação, uma vez que, quando se trata
de avaliação neuropsicológica, seja necessário um conjunto de ferramentas maior, para melhor
assegurar os resultados alcançados, conforme citou Wechsler (2005) que quaisquer resultados
de avaliações de capacidades mentais devem ser investigadas dentro de um contexto de uma
bateria ampla de avaliação clínica e com informações clínicas e históricas subsidiárias do
paciente.
Possivelmente, resultados menos incipientes poderiam ter sido encontrados, caso
fossem controladas variáveis como tempo da doença, subtipo da doença, tratamento
medicamentoso, etc. Isto, entretanto, é somente uma conjetura, carecendo evidências empíricas;
além disso, não invalida os resultados, mas apenas impõe limitações, demandando que o estudo
seja replicado em outro contexto, abordando estas questões.
Visando minimizar aspectos contraditórios dos resultados alcançados, foi alvitrar a
aplicação de dois testes que buscassem quantificar a mesma medida, neste caso, funções
executivas. Foi aplicado o Teste de Classificação de Cartas de Wisconsin (WCST)
originalmente desenvolvido para avaliar a capacidade de raciocínio abstrato e a capacidade para
modificar as estratégias cognitivas em resposta a contingências ambientais mutáveis (Heaton et
al., 2005). O WCST requer planejamento estratégico, exploração organizada, utilizando
Funções Executivas e Esquizofrenia
É importante lembrar que não houve propósitos diagnósticos, mas sim, a busca de
comprovação científica, no que se tem proposto que pacientes esquizofrênicos tem apresentado
déficits cognitivos numa série de testes neuropsicológicos, incluindo funções mentais
importantes para o funcionamento geral da pessoa, tanto no sentido social e pessoal, quanto
ocupacional.
Em pessoas com esquizofrenia, estes prejuízos cognitivos têm se mostrado mais
relevantes com relação a avaliação de memória operacional, atenção e funções executivas; esta
última, abordada isoladamente neste estudo, delimitada por duas razões; primeiro pela
necessidade de balizar um objeto de estudo; segundo, por haver indícios científicos que as
funções executivas cerebrais podem estarem ligadas ao prejuízo ocupacional, uma das
principais dimensões consideradas a nível de diagnóstico da esquizofrenia.
Assim, é suposto que se o indivíduo não possui flexibilidade mental e atilamento na
elaboração e busca de estratégias solucionadoras de problemas, esta pessoa ficaria prejudicada
nas atividades do dia-a-dia e mais comumente nas atividades que exigem esforço mais acurado
das funções mentais.
Levando em conta todas estas proposições, os resultados principais desta pesquisa são
nesta oportunidade discutidos. O perfil da amostra indicou que os pacientes são em sua maioria
do sexo masculino, solteiros, desempregados, possuindo baixa renda e baixa escolaridade.
Por conseguinte, ao analisar o quesito situação ocupacional, obteve-se um dado
interessante: a maioria dos pacientes (90%) não trabalha e tem como renda principal apenas o
auxílio doença, subsídio financeiro fornecido pelo governo a pessoas consideradas
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incapacitadas para o trabalho, e os restantes não possuem trabalho fixo, fazendo alguns serviços
extras, como pesca e ajudante de serviços gerais.
Estes fatores vêm apoiar o que traz a literatura sobre a gravidade da doença, provocando
incapacidade ocupacional, revelando seu prognóstico recorrente e incapacitante; conforme
pressupõe Menezes (2000), o ajustamento social é uma das principais dimensões do prognóstico
da esquizofrenia; os estudos mostram que há um curso heterogêneo do funcionamento social,
onde 1/3 dos pacientes funcionam bem; outro 1/3 num nível intermediário e outro 1/3
desenvolvem graves incapacidades de ajustamento social. Isso se deve, acredita-se, ao nível de
funcionamento cognitivo do paciente, dependendo de quais funções estão preservadas ou não.
O estado civil da maioria dos pacientes foi descrito como solteiros. Este dado patenteia
mais uma vertente do prejuízo sócio-ocupacional, o ajustamento social pode ser afetado por
diversos fatores, como cuidado pessoal precário, piora no desempenho ocupacional, hábitos
sociais inadequados, isolamento social e prejuízo nas relações familiares, o que dificulta a
inserção do paciente na sociedade (GULINELLI et al., 2005). O estigma da doença mental
também dificulta a integração social dos pacientes, pois pode diminuir a chance de se conseguir
um emprego e de se relacionar socialmente (SILVA et al., 2010).
Conforme citado por Gulinelli et al., (2005) o próprio quadro da doença dificulta as
relações sociais, pelas suas características. Pode-se inferir que o fato da maioria dos pacientes
estarem solteiros, consequentemente não constituir família, os isola ainda mais do contexto
social, aspecto que também corrobora com a literatura trazida por Silva et al., (2010) no que
concerne a integração social das pessoas com esquizofrenia.
A relação entre idade e desenvolvimento cognitivo também é importante. Está
preconizado que o uso de escores ponderados corrigidos pela idade é fundamentado em dados
empíricos e de pesquisas em termos do funcionamento cerebral, a idade adulta jovem representa
o estágio no qual o cérebro atingiu a maturidade física (WHECHSLER, 2005).
A idade média de maturidade do funcionamento mental de uma pessoa é entre 20 e 34
anos. No item “idade” é possível fazer uma analogia, a idade média da amostra estudada foi de
36,6 anos o que os situaria na média da população geral para nível de inferência nos resultados
obtidos, de acordo com o amadurecimento mental.
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segundo baralho só é apresentado se o examinando completar pelo menos uma categoria das
três possíveis (cor, forma, número), caso contrário, o teste é interrompido, ou seja, a maioria
dos pacientes não completou nem a primeira categoria do teste que é “cor”, este fato prediz mau
desempenho no restante do teste. Interligando os resultados, o mau desempenho foi
comprovado no item “número de categorias completadas”. A literatura corrobora com os
aspectos abordados acima. Uma das características definidoras da esquizofrenia são transtornos
de processos de pensamento e capacidades prejudicadas de raciocínio. Assim, o WCST tem
sido usado em estudos que investigam déficits nos processos cognitivos nos transtornos
esquizofrênicos. Fey (1951) estudou 22 pacientes esquizofrênicos e 47 controles normais no
WCST. Os resultados demonstram que o grupo esquizofrênico se desempenhou pior do que os
controles no Número de Categorias Completadas, o único escore do WCST incluído nas
análises (FEY, 1951, citado por HEATON et al., 2005).
No WCST foi atribuído para os escores padrão e escores T características qualitativas,
que de acordo com seus índices, quando se avalia o desempenho geral da pessoa, variariam
numa escala de intensidade de “acima da média” a “significativamente abaixo da média”,
quando é avaliada individualmente cada categoria, a escala varia de “acima da média” a faixa
de “gravemente comprometida”.
De acordo com Heaton (2005) o profissional deve ter em mente que o foco de
interpretação é o desempenho do paciente, podendo ser muito complexo, requerendo que o
profissional faça a estimativa de qual a importância que tem esta capacidade especifica para o
funcionamento cotidiano em particular. As funções executivas, é possível articular, são
indispensáveis para o funcionamento social e ocupacional do indivíduo.
A maioria dos pacientes obteve alto índice de “respostas perceverativas” e “erros
perceverativos”, denotando comprometimento das funções executivas, no nível de “gravemente
comprometido”. Houve também avaliações entre os níveis de “moderada a gravemente
comprometida”, “moderadamente comprometida” e “leve a moderadamente comprometida”,
sendo constatado na avaliação geral dos componentes perseverativos que quase a totalidade dos
pacientes apresentou estes prejuízos, mesmo que em níveis menores em alguns deles.
Estes achados vêm corroborar com a literatura no tocante ao prejuízo cognitivo
relacionado a pessoas com esquizofrenia. Segundo Adad, Castro e Mattos (2000) entre as
dificuldades cognitivas mais significativas observadas em pacientes esquizofrênicos estão
àqueles processos relacionados às habilidades de abstração e de flexibilidade conceitual
envolvidas na solução de problemas. Um grande número de estudos clínicos e experimentais
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tem indicado que pacientes esquizofrênicos tendem a apresentar desempenhos mais pobres do
que a população em geral no WCST.
Outro estudo de avaliação de aspectos das funções executivas em pacientes
esquizofrênicos e indivíduos normais pertencentes a um grupo de controle, utilizando o WCST
como instrumento de avaliação de flexibilidade cognitiva. Esse estudo pôde identificar
resultados mais pobres no WCST em pacientes esquizofrênicos, em comparação aos indivíduos
do grupo controle (STUSS et al., 1983, citado por ADAD; CASTRO; MATTOS, 2000).
Esses resultados indicam que muitas pessoas com esquizofrenia apresentam
dificuldades significativas em relação à utilização de conceitos abstratos na resolução de tarefas
cognitivas. Essas alterações freqüentemente conduzem a desempenhos caracterizados por um
número elevado de respostas erradas e uma freqüência aumentada de erros de perseveração,
conforme foi demonstrado no presente estudo.
As categorias sobre respostas perceverativas, erros perceverativos assimilam o mesmo
aspecto, ou seja, a habilidade que a pessoa tem de desenvolver estratégias de solucionar desafios
frente a determinados estímulos. Ficou então demonstrada esta disfunção, nos pacientes
estudados.
É possível supor que este comprometimento cognitivo encontrado na maioria dos
pacientes observados estejam ligados ao prejuízo ocupacional, demonstrado no perfil da
amostra com relação ao escasso número deles que possuem alguma ocupação formal ou
informal.
O baixo número de acertos no item “respostas de nível conceitual” vem também
relacionar de forma geral o baixo desempenho demonstrado. Na avaliação geral no desempenho
do WCST obteve-se qualificação significativamente abaixo da média para a maioria.
O WAIS III fornece escore ponderado por subtestes, o que reflete a posição do indivíduo
no seu próprio grupo etário. Também foi possível observar mal desempenho dos pacientes em
relação ao subteste de cubos, sendo a maioria qualificados como demonstrando um desempenho
“abaixo da média”.
Assim como o WCST o subteste de Cubos do WAIS III avalia funções executivas,
partindo destes resultados é possível fazer uma correlação entre o desempenho dos pacientes
no WCST e no subteste de cubos, considerando-se que a média de desenvolvimento geral da
amostra no WCST foi de “significativamente abaixo da média” e a média ponderada do subteste
cubos nos situa qualificação de “abaixo da média”, é possível indicar que os resultados se
equipararam, obtendo fidedignidade em ambos.
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ANEXOS
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