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A DESCAPITALIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE PÚBLICA

Segundo o autor, a crise da universidade pública por via da descapitalização é um


fenômeno global, que atinge de forma diferente países periféricos, semiperifericos e
centrais.

Nos países centrais, antes dos anos 70, a luta social pela democratização do acesso à
universidade, combinado com uma necessidade de mercado por mão-de-obra mais
qualificada em virtude da expansão industrial, e após este período houve redução do
investimento público na universidade, e concorrência pela busca de mão de obra
altamente qualificada. Na década de 1990, a universidade torna-se um nicho de
mercado, deixando de lado preocupações humanistas e culturais.

Transnacionalização do mercado de serviços universitário, em face de desregulação de


mercado e pressão de agências financeiras multilaterais e organismos mundiais, FMI,
UNESCO e principalmente Banco Mundial. As idéias bases da transnacionalização é:
Vivemos numa sociedade de informação e a economia baseado no conhecimento,
necessidade de profissionais altamente qualificados. Assim, a universidade deve ter
como foco esta duas premissas,.
Mudança do atual paradigma político-pedagógico, e institucional das universidades,
para um modelo empresarial, a fim de possibilitar que as relações sejam mercantis.

O banco mundial no papel de maior agente financiador de países com déficit financeiro
nos acordo de ajuda, visando expandir o mercado de educação transnacional, impõe
redução drástica no investimento público no ensino superior, no custo aluno, com
extinção ou redução de bolsa de ensino, bem como a criação de políticas públicas bem
como um arcabouço legal a fim de potencializar o mercado privado de ensino superior.
Um dos principais instrumentos é o GATS (Acordo Geral sobre o Comércio de
Serviços), que distingue quatro tipo de oferta transnacional de serviços universitários
mercantis;
Oferta transfronteiriça, sem movimento físico do consumidor, como educação a
distancia, universidades virtuais, aprendizagem on line.
O consumo no estrangeiro, se dar com movimento transnacional de consumidor.
Estudar fora do País.
Presença comercial, universidades com sucursais no estrangeiro, através de franquias ou
em parcerias com as instituições locais; é que mais confronta o projeto de país.
Presença de Pessoas, deslocamento temporário ao estrangeiro de pessoas fornecedores
de serviços sediado num dado país.

Os efeitos são maiores em países periféricos tendo em vista que dependem


economicamente de organismos mundiais, são obrigados a reduzir ou acabar o
investimento na universidade pública. A exemplo de Congo, Lesoto, Jamaica e Serra
Leoa, países tão pobres que aceitaram o GATS na sua totalidade.Nos semiperifericos,
como Brasil, sofrem pressões menores de redução, entretanto também são orientados
há promover o mercado universitário e reduzir custo por aluno. Já África do Sul, tem
total reserva contra GATS, já que nele está ausente quaisquer considerações não
comerciais, e extremamente prejudicial ao projeto país, tendo efeito devastador nos
países africanos.
A União Européia, tem posição de ressalva, numa proteção as suas universidades,
enquanto as mesmas não seja capaz disputar em boas condições. Os mais entusiasmado
com o GATS, são a Austrália, Nova Zelândia e EUA, maiores exportadores de
mercadorias universitárias.

TÓPICOS PRINCIPAIS

Descapitalização é processo global


Histórico do processo de descapitalização
Transnacionalização do ensino universitário
Importância da UNESCO, FMI e Banco Mundial nesse processo
Pressão do mercado por mudanças estruturais e curriculares das universidades
Criação de mercado de ensino superior
Surgimento e devolvimento de novas tecnologias e universidades virtuais
Acordo Geral sobre o Comercio de Serviços (GATS) - O que é como afeta os diversos
países; centrais, periféricos e semiperiféricos.

EXEMPLO DE TRANSNACIONALIZAÇÃO

PROGRAMA INTERCAMBIO DA UNIFACS

A Vinculado à Vice-reitoria, a Coordenação de Intercâmbio é o facilitador da


interação da Universidade Salvador - UNIFACS com organismos e instituições de
ensino superior internacionais e nacionais no âmbito da cooperação acadêmica,
científica, tecnológica e cultural objetivando o fortalecimento dessas relações e
atuando como ponto de apoio para professores e estudantes brasileiros e estrangeiros.
Principais funções:

ALGUMAS UNIVERSIDADE VINCULADAS:

ARGENTINA
- Universidad Nacional del Litoral - UNL
CANADÁ
University of Regina; Université de Montréal; École Polytechnique; Université du
Québec: École nationale d'administration publique (ENAP), outras
CHILE
Universidad de Chile ; Pontifícia Universidad Católica de Chile; Universidad de
Concépcion; Universidad de Santiago de Chile
EUA
Pittsburg State University
FRANÇA
Université Pierre Mendès France - Grenoble; Institut Français d’Urbanisme;
Université des Pays de l’Adour
PORTUGAL
Universidade Técnica de Lisboa

30/10/2009 - UFBA assina convênios com Universidades dos EUA


O magnífico reitor da UFBA, Naomar de Almeida Filho, esteve presente na viagem
O reitor da UFBA, Naomar de Almeida Filho, e o assessor para Assuntos
Internacionais, Prof. Emilio Silva, concluíram na última terça-feira (27/10) visitas às
universidades norte-americanas Michigan State (MSU), Harvard e New York (NYU).
Com a MSU foram assinados dois acordos de colaboração acadêmica, sendo um geral,
com a direção central da universidade, e outro específico, com o College of
Osteophatic Medicine. Este último acordo, que já havia sido previamente assinado pelo
diretor da Faculdade de Medicina da Bahia da UFBA, Prof. José Tavares Neto,
permite o intercâmbio estudantil e docente, além da colaboração em pesquisa.

Com a NYU foram prospectadas possibilidades de cooperação institucional com cursos


de curta duração sobre diversos temas a serem formatados para públicos específicos
em ambas as universidades. Foram discutidos também o incremento da participação de
alunos de doutorado brasileiros na NYU utilizando os programas de bolsas sandwich,
a dupla diplomação e programas conjuntos de doutorado, além do intercâmbio de
docentes e a inserção estudantil de breve duração em grupos de pesquisa das duas
instituições.

No caso da NYU, em que já existe uma colaboração específica na área da Saúde


Pública, a coordenadora desta cooperação na UFBA, Profa. Inês Dourado, do ISC,
também participou das reuniões em Nova Iorque. Na ocasião, foi formada uma
comissão para a redação de um programa bi-institucional de trabalho chefiada pela
Profa. Inês Dourado, na UFBA, e pelo Prof. James Macinko, na NYU. Diversas
possibilidades de cooperação institucional também foram analisadas com a Harvard.
Nesta universidade, o reitor Almeida Filho e o Prof. Maurício Barreto (ISC)
participaram de um importante grupo de trabalho sobre cooperação Norte/Sul na área
da Saúde Pública, do qual devem resultar publicações relevantes em periódicos
científicos especializados.

IP & Development
O curso IP & Development – fruto da parceria entre o FGV Online, o Centro de
Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito Rio, e a Organização Intergovernamental
South Centre – tem como objetivo apresentar as principais questões relacionadas à
propriedade intelectual e desenvolvimento, de forma a preparar os participantes para
futuras pesquisas e trabalhos na área.

Nesse programa, existe um sistema progressivo de concessão de bolsas de estudos para


residentes em países em desenvolvimento e países membros do South Centre.

site do CTS
site da South Centre

EXEMPLO DE FINANCIAMENTO PRIVADO DENTRO DE UNIVERSIDADE


PÚBLICA

CPGG vai estudar localização de dutos no Brasil


Projeto de pesquisa é administrado pela FAPEX, tem a Petrobras como financiadora
e é executado pela UFBA

Através da união de forças entre o Centro de Pesquisas da Petrobras (CENPES), a


UFBA e a FAPEX, foi assinado, no último mês de dezembro, o contrato que viabiliza o
projeto de “Avaliação do método GPR na detecção de dutos enterrados e subaquáticos
e investigação sobre a contribuição de outros métodos geofísicos com a mesma
Finalidade”, coordenado pelo Professor Marco Antônio Barsottelli Botelho, do Centro
de Pesquisa em Geofísica e Geologia (CPGG) da UFBA.
O novo projeto se destaca pelo alto investimento feito pela Petrobras para incentivar a
pesquisa dentro da Universidade Federal da Bahia. De acordo com o Prof. Botelho, “o
projeto tem como objetivo estudar a potencialidade do método de Radar (GPR) e
outros métodos geofísicos na localização e determinação das condições de
preservações dos dutos em subsuperfície, para, desta forma, evitar acidentes
ecológicos”.
A FAPEX atua no projeto como administradora dos recursos. A Fundação exerce
funções como a compra de equipamentos importados, contratação de serviços técnicos
e pagamentos de bolsas. O projeto tem duração de dois anos e meio e pode ser
prorrogado ao fim do contrato.

EXEMPLO DE PARCERIAS ENTRE UNIVERSIDADE DO PAÍS

UFBA amplia cooperação com instituições federais de ensino

1 - A Pró-Reitoria de Desenvolvimento de Pessoas (Prodep) participou do Encontro


Nacional de Desenvolvimento de Pessoas e teve a experiência da Rede de Colaboração
e Aprendizagem (RCI) selecionada entre as principais experiências de implantação da
Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoas (PNDP). A RCI já contabiliza 1.000
alunos matriculados no curso a distância de Qualidade no Atendimento, desenvolvido
pela UFBA, que está sendo ofertado por seis Instituições Federais de Ensino. A RCI
está divulgando no portal da Prodep o edital de chamada de projetos para ampliar as
ações de cooperação entre as IFE.

2 - Foi assinado, na última quinta-feira (18/09), em Brasília, o termo de convênio da


Rede NIT-NE Fase II. O projeto, coordenado por Cristina M. Quintella, Coordenadora
do Núcleo de Inovação da UFBA e Professora do Instituto de Química da UFBA,
contribui com os esforços de inovação na região Nordeste do Brasil, focando em
Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia (PI&TT), e capacitando nas
competências previstas na Lei de Inovação, apropriando e transferindo os produtos de
P&D da região, financiados pela FINEP e CNPq.
A Fundação de Apoio à Pesquisa e à Extensão (FAPEX), instituição responsável pelo
gerenciamento dos recursos do projeto, estava representada na solenidade pelo seu
Diretor Executivo, Dr. Marcelo Veras e pela Gerente de Desenvolvimento de Negócios,
Ana Amélia Magalhães.
O Convênio da Rede NIT-NE Fase II foi item de pauta da reunião da Associação
Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES). Ele
envolve 26 instituições, sendo que, durante o evento, foram recolhidas 18 assinaturas.
As oito restantes serão feitas nos próximos dias.
O projeto abarca Núcleos de Inovação Tecnológica de todos os estados da região
Nordeste. Entre as instituições que já formalizaram a participação no projeto estão a
UFBA, UFRB, UFS, UNIVASF, UFRN, UFERSA, UEFS, UFMA, além dos Institutos
Federais de Ensino Superior da Bahia, Sergipe, Alagoas, Recife, Pernambuco, Sertão
Pernambucano, Paraíba, Ceará, Maranhão, Piauí e do Centro Incubador de Empresas
do Estado de Sergipe (CISE).
No seu pronunciamento, o magnífico reitor da UFBA, Professor Naomar Almeida,
destacou a importância do projeto para as Universidades e Institutos nordestinos
alcançarem excelência em termos de propriedade intelectual e de transferência da
tecnologia que desenvolvem.
O Núcleo de Inovação Tecnológica da UFBA atende gratuitamente pessoas da
Universidade e da sociedade que tenham invenções como patentes e que queiram saber
se ela já foi apropriada, além de apoiar na elaboração de contratos, termos de sigilo e
confidencialidade, entre outros.

EXEMPLO DE PESQUISA PARA FINS DE MERCADO

A FGV Projetos é a unidade de extensão de ensino e pesquisa da FGV responsável pela


aplicação do conhecimento acadêmico, gerado e acumulado nas Escolas e Institutos da
Fundação Getulio Vargas. Com escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo, a
unidade desenvolve projetos que contribuem para a eficiência das práticas gerenciais e
econômicas de instituições públicas e privadas, no Brasil e no exterior.

TEXTO: A UNIVERSIDADE NO SÉCULO XXI


AUTOR: BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS
ALUNA: NILMA

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