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DIREITO TRIBUTÁRIO
IMPOSTO DE RENDA
Isenção de IR sobre o valor da complementação de aposentadoria e do resgate de contribuições
Previdência complementar
Previdência complementar é um plano de benefícios feito pela pessoa que deseja receber, no futuro,
aposentadoria paga por uma entidade privada de previdência.
A pessoa paga todos os meses uma prestação e este valor é aplicado por uma pessoa jurídica, que é a
entidade gestora do plano (ex: Bradesco Previdência).
É chamada de "complementar" porque normalmente é feita por alguém que já trabalha na iniciativa
privada ou como servidor público e, portanto, já teria direito à aposentadoria pelo INSS ou pelo regime
próprio. Apesar disso, ela resolve fazer a previdência privada como forma de "complementar" a renda no
momento da aposentadoria.
O plano de previdência complementar é prestado por uma pessoa jurídica chamada de "entidade de
previdência complementar" (entidade de previdência privada).
Participante
Participante é a pessoa física que adere ao plano de previdência complementar oferecido por uma
entidade fechada de previdência complementar (EFPC). O participante, para poder aderir a esse plano,
tem que estar vinculado à entidade patrocinadora (ex: ser funcionário do patrocinador).
O valor das contribuições vertidas pelo participante para a entidade de previdência é descontado de seu
salário no momento do pagamento.
O participante não precisava pagar imposto de renda ao receber essas quantias porque ele já havia pago o
tributo na fonte, ou seja, no momento em que recebeu o salário e, parte deste foi utilizada para a
contribuição destinada à entidade de previdência. Em outras palavras, a contribuição paga pelo
participante para a entidade fechada de previdência privada já era tributada na fonte. Justamente por isso,
quando o participante iria receber o benefício, não podia haver nova incidência de IR, sob pena de bis in
idem. Daí a previsão do legislador isentando do imposto no art. 6º, VII, "b".
Por que a Lei nº 9.250/95 acabou com a isenção de IR sobre o valor que o participante iria receber a
título de complementação de aposentadoria ou resgate?
Porque esta Lei passou a prever que os valores descontados do salário do participante e destinados ao
pagamento da previdência privada não estão sujeitos ao recolhimento de imposto de renda na fonte. A Lei
permitiu ao contribuinte abater do imposto de renda o valor recolhido à previdência privada. Como o
participante não paga mais o IR no momento em verte as contribuições, passou a ser obrigado a recolher
este no instante em que aufere a aposentadoria complementar ou recebe de volta as contribuições.
A fim de evitar bis in idem, o próprio Governo editou a MP 1.943-52 (reeditada ao final sob o nº 2.159-70)
reconhecendo que não incide imposto de renda quanto às parcelas resgatadas e referentes a este período.
Confira:
Art. 7º Exclui-se da incidência do imposto de renda na fonte e na declaração de rendimentos o valor do
resgate de contribuições de previdência privada, cujo ônus tenha sido da pessoa física, recebido por
ocasião de seu desligamento do plano de benefícios da entidade, que corresponder às parcelas de
contribuições efetuadas no período de 1º de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1995.
Concurso
Assunto que não é tão frequente de ser cobrado em provas de concurso. Fique mais atento se estiver se
preparando para concursos federais. De qualquer forma, é mais provável que seja cobrada apenas a
redação literal do enunciado.