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FACULDADE DE MACAPÁ

BACHARELADO EM PSICOLOGIA

J. R. DAMASCENO

G. G. SANTOS

FAMILIAS E PSICOSES

Macapá-AP

2019
FAMA
FACULDADE DE MACAPÁ
BACHARELADO EM PSICOLOGIA

J. R. DAMASCENO

G. G. SANTOS

FAMILIAS E PSICOSES

Trabalho apresentado à disciplina


Terapia Familiar Sistêmica, como
requisito avaliativo para obtenção de
nota parcial Bimestral II do curso de
Bacharelado em Psicologia do 8°
semestre da Faculdade de Macapá-
FAMA, tendo como orientadora:

Prof.ª MSc. Maria das Graças


Martins

Macapá
2019
I INTRODUÇÃO
As psicoses são um tema de estudo da saúde mental desde meados do
século XX, a partir de então, vem se estudando como ocorre tais fenômenos
psicológicos, suas causas e as formas de tratamento. A Psicose seria uma
perturbação mental, onde o individuo pode ter dificuldades em determinar a
realidade, alguns dos sintomas presentes são os delírios, as alucinações e
comportamentos ‘’excêntricos ou não apropriados’’ com a realidade, entre
outros.
O termo ‘’Psicose’’ não e mais usado como uma nomeação de
transtorno especifico, e sim uma nomenclatura mais geral, como em casos de
situações de risco, fugas da realidade ou perda de controle de si próprio.
O presente trabalho visa uma exploração sobre o tratamento de
pacientes psicóticos, como alguns autores veem a participação da família com
o tratamento desses pacientes, e a relação que eles possuem com as famílias,
de que forma essa relação pode influenciar tanto no paciente quando na família
desse indivíduo.
INTRODUÇÃO E HISTÓRICO.
Grande autores e profissionais da área da saúde mental que estudam
sobre os diversos quadros psicóticos, e que buscam novas formas de tratamento
desse problema psicológico, questionam sobre a influência que as famílias
fariam dentro de um tratamento dessa demanda. Ao olhar para os livros que
falam sobre o tema, como o de Osorio, em Manual de terapia Familiar,
encontramos diversos autores sendo citados sobre seus projetos e estudos
sobre o tema de Família e Psicoses, é o caso de Whitaker (1990) que como cita
Osorio: ‘’cujo inicio de sua pratica e cuja evolução de seus pensamentos foram
em um hospital Psiquiátrico, passando pelos estudos de grupo Palo Alto e a
comunicação entre pacientes esquizofrênicos e suas famílias’’ (Bateson, 1986).

Outro autor que teve destaque em seus estudos foi Palazzoli (1991)
segundo Osorio ‘’Na Itália, a grande contribuição de seu grupo às intervenções
de proposta as famílias, com suas prescrições paradoxais’’. Também é o caso
de Moises Groissman (2003) ‘’desenvolve, no Rio de Janeiro, um modelo
estruturado de Terapia Familiar, muito eficiente em redução de sintomas e na
ajuda com quadros Psicóticos’’.

CRENÇA E ESPERANÇA
Trabalhar com famílias que, em sua composição tem pessoas que
possuem quadros Psicóticos, precisam ter uma rede de apoio, essa rede, ajuda
essa família sobre como proceder e suportar com o problema de ter um familiar
acometido por quadro de psicose, além de como lidar com o cuidado e
tratamento desde, já que em casos específicos dependendo da gravidade de
Psicose, a pessoa adoecida necessita de cuidados permanentes de algum dos
familiares, dessa forma, acaba por mudar o ciclo de vida familiar.

Muitas das crenças da família sofrem algum abalo após a descoberta, é


necessário que a família também se adapte ao tratamento e a rotina, algumas
vezes, até mesmo a dinâmica familiar sofre alguma mudança. O terapeuta
familiar que cuida e dá suporte a essa família, precisa de tempos em tempos
checar essas crenças familiares na procura de avaliar se elas são ou não
prejudiciais, e caso as sejam, o terapeuta precisa usar da criatividade para fazer
com que a família se torne mais dinâmica e mais resiliente ao ponto de poder
mudar suas crenças a algo mais saudável e melhor ajustável a atual realidade,
dessa forma, instalasse a ‘’Esperança’’, esperança de melhora do indivíduo, de
estar aberto a novas possibilidades e tratamento e acreditar na significativa
melhora.
Acredito que as certezas nesses casos, podem, de alguma forma,
enrijecer mais o sistema, impedindo ou diminuindo as chances de
aparecer a criatividade e a esperança, pois em casos de maios
gravidade, as soluções para os indivíduos ainda são desconhecidas.
(OSÓRIO; VALLE, 2009, p. 345).

A PROCURA DE CAMINHOS.
Um dos pontos interessantes nos estudos de família e Psicose é a de
que, a família que se mostra presente desde o inicio da busca de tratamento com
o familiar, como por exemplo, na triagem de um CAPS, como descrito em Manual
de terapia familiar, de Osorio, mostra-se mais interessada no tratamento, e
nesse momento, tanto a família quanto o paciente expressam suas crenças e
suas visões sobre a ‘’doença’’ e o estar doente, mostra um empenho e ate
mesmo comprometimento em entender o caso, a forma que um terapeuta de
apoio pode trabalhar é mostrar a família (incluindo o paciente) qual seria a real
visão de um paciente Psicótico, a quebra de crenças prejudiciais e despertar na
família o querer a uma mudança e uma transformação do estado atual, para o
de melhora junto do paciente.
É muito interessante que a partir dessas crenças, o que se
pode construir com tais famílias é de grande valia para o inicio de
tratamento da crise apresentada e da preparação para o encontro de
outras formas de tratamento. (OSÓRIO; VALLE, 2009, p. 345).

Porem também pode ocorrer a falta desse apoio familiar, ou desse


compartilhar de crenças entre a família, essa falta de dialogo pode ser visto como
um fator negativo ao tratamento e talvez a piora do quadro, pois não á espaço
para se conversar sobre o adoecer, tirar dúvidas e receber apoio emocional.

CONTINENCIA PARA A INFINITA DOR


Quando falamos em psicose, falamos de dor, tanto o acometido pelo quadro de
Psicose quando um familiar que o acompanha sente a chamada de infinita dor,
pois não se sabe de onde ela começa, e onde ela termina, uma dor interna de
não saber o que e porque esta enfrentando uma doença desse nível, duvidas
aparecem e acabam se transformando em angustias, então o adoecer de um
familiar, acaba se tornando a dor daquela família que o ampara. A família lida do
seu jeito, e da sua forma com essa dor, mesmo que isso signifique um
afastamento e mudanças nessa família.
As dores que vão sendo levadas por gerações sem nenhuma reflexão
a seu respeito, sem nem um questionamento compartilhamento sobre
elas, pode traçar linhas que permeiam as relações as construções de
indivíduos e de famílias. (OSÓRIO; VALLE, 2009, p. 348).
CONCLUSÃO.
VI REFERÊNCIAS

OSÓRIO, L. C; VALLE, M. E. P. Manual de terapia familiar. Porto Alegre: Artmed,


2009. [recurso eletrônico].

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