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ESCOLA MÉDIA DE SAÚDE CLADANTA

MANUAL DE APÓIO DE TECNICA DE


ENFERMAGEM

12 ͣ CLASSE

Colegido pelo Prof./Enf. António Bonito

LUANDA, FEVEREIRO DE 2019


APRESENTAÇÃO

É com muita alegria que tornamos público este material, o qual representa uma
construção coletiva de professores e bolsistas envolvidos em um Projeto de Iniciação na
ESCOLA MÉDIA DE SAÚDE CLADANTA em parcerias com as de mais
instituições das Escolas Média Técnicas De Saúde de Lunda em 2017, numa reunião,
realizada na Escola de Formação Técnica de Saúde de Luanda (EFTSL). A
necessidade de elaboração deste manual surgiu da demanda de alunos adequerir o título
como técnicos de enfermagem, em ter acesso a um material embasado na literatura
disponível que servisse de apoio às aulas teórico-práticas sobre as técnicas e os
procedimentos básicos de Enfermagem. Assim, o Manual de procedimentos básicos de
Enfermagem tem por objetivo apresentar os cuidados de Enfermagem necessários à
realização de procedimentos na área, mas não esgota as possibilidades e especificidades
relacionadas aos diferentes setores e serviços em que a Enfermagem está inserida.
Estamos convictos da sua utilidade para a vida acadêmica dos nossos alunos e também
para os profissionais que nele forem buscar algum tipo de auxílio ou conhecimento.

Luanda, Fevereiro de 2018

O autor:

António Bonito

Manual de apóio para alunos em enfermagem


De TÉCNICA DE ENFEGMAGEM
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SUMÁRIO

1) 1.1. ESTRUTURAS HOSPITALARES 6

1.2. Objectivos dos hospitais 6

1.3. Classificação de um hospital 7

1.4. AMBIENTE HOSPITALAR 9

1.5. ÁREAS HOSPITALARES 12

1.6. ARTIGOS HOSPITALARES 13

2) 1.7. UNIDADE DO PACIENTE 15

2. MEDIDAS DE HIGIENE E CONFORTO FISICO MENTAL 18

2.1. PREPARO DA CAMA HOSPITALAR 18

2.2. CUIDADOS DE HIGIENE CORPORAL NO LEITO 22

2.3. BANHO NO LEITO 22

2.4. HIGIENE ORAL 24

2.5. Limpeza de próteses dentárias 25

2.6. Lavagem dos cabelos no leito 26

2.7. BANHO DE ASPERSÃO (CHUVEIRO) 26

2.8. CUIDADOS PERINEAIS 27

2.9. CUIDADOS A PELE 28

2.10. TÉCNICA DE EXECUÇÃO DE LIGADURAS 28

2.10.1. Tipos de ligaduras: 28

2.10.2. Princípios gerais na execução de ligaduras: 29

2.10.3. Classificação das ligaduras: 30

3) 2.11.CUIDADOS ESPECIAIS 39

2.12. NECESSIDADES ALIMENTARES 39

2.12.1. Tipos de administração de dietas enterais 39

2.12.2. ALIMENTAÇÃO POR GAVAGEM 43

2.12.4. NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL (NPT) 45

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2.13. APLICAÇAO DE SONDA NASOGASTRICA 45

4) 2.14.Lavagem gástrica 47

2.5. Aspiração gástrica 48

2.6. Gavagem SNG 48

2.7. Lavagem intestinal 48

5) 2.9. APLICAÇAO DE SONDA RECTAL 49

2.10. TRICOTOMIA 51

2.11. CATETERISMO VESICAL 52

2.12. CATETERISMO VESICAL DE DEMORA 54

2.13. SEGURANÇA DO PACIENTE 56

2.14. MOVIMENTAÇÃO ACTIVA E PASSIVA 56

2.15. PROCEDIMENTOS DE MASSAGEM DE CONFORTO 60

2.16. PROCEDIMENTOS DE MUDANÇAS DE DECÚBITO 61

2.17. PROCEDIMENTO NO AUXÍLIO NA DEAMBULAÇÃO 64

2.18. PROCEDIMENTO PARA TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE 65

2.19. PROCEDIMENTO DE CONTEÇÃO FÍSICA DO PACIENTE NA


CAMA 67

2.20. APLICAÇÃO DE CALOR E FRIO 70

2.20.1.1. Aplicação de calor com utilização de bolsa de água quentes: 71

2.20.1.2. Aplicação de calor com utilização de compressas quentes 72

2.20.2. Aplicação de frio ou pensos frios 73

2.20.2.3. Aplicação de frio com utilização de compressas frias 75

2.20.2.4. Aplicação De Frio Com Utilização De Bolsa De Gelo 76

6) 2.21.VERIFICAÇÃO DE GLICEMIA CAPILAR 79

7) 2.22.TROCA DE ÁGUA DO FRASCO DE DRENAGEM DE TÓRAX (SELO


D’ÁGUA) 80

8) 2.23.OXIGENOTERAPIA 82

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9) 2.24.ASPIRAÇÕES DE SECREÇÕES 87

10) 2.25.COLHEITA PARA AMOSTRA PARA ANALISES CLÍNICAS 92

11) 2.26.DOCUMENTAÇÃO OU PROCESSO CLÍNICO 106

2.1. ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM 106

12) 2.2. Anotação de Enfermagem 108

13) 2.3. Evolução de enfermagem 108

2.4. PASSAGEM DE PLANTÃO OU ENTREGA DE TURNOS 110

Admissão Hospitalar 110

2.5. PAPEL DA ENFERMAGEM DURANTE A ALTA DO PACIENTE


111

2.6. TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE 112

14) 2.7. PREPARO DO CORPO PÓS MORTE 114

15) 2.8. TERMINOLOGIAS BÁSICAS 115

16) 2.9. SIGLAS PADRONIZADAS 116

2.10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 117

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1. ESTRUTURAS HOSPITALARES

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o hospital é o elemento de


uma organização de carácter médico e social, cuja função consiste em assegurar
assistência médica completa, curativa e preventiva à população.

O hospital, a assistência de enfermagem e a prevenção da infecção

O termo hospital origina-se do latim hospitium, que quer dizer local onde se
hospedam pessoas, em referência a estabelecimentos fundados pelo clero, a partir do
século IV depois de Cristo, cuja finalidade era prover cuidados a doentes e oferecer
abrigo a viajantes e peregrinos.

Segundo o Ministério da Saúde de Angola, hospital é definido como


estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência sanitária em regime de
internação a uma determinada clientela, ou de não internação, no caso de
ambulatório ou outros serviços. Para se avaliar a necessidade de serviços e leitos
hospitalares numa dada região faz-se necessário considerar fatores como a estrutura e
nível de organização de saúde existente, número de habitantes e freqüência e
distribuição de doenças, além de outros eventos relacionados à saúde.

Por exemplo, é possível que numa região com grande população de jovens haja
carência de leitos de maternidade onde ocorre maior número de nascimentos. Em outra,
onde haja maior incidência de doenças crônicas degenerativas, a necessidade talvez seja
a de expandir leitos de clínica médica.

De acordo com a especialidade existente, o hospital pode ser classificado como


geral, destinado a prestar assistência nas quatro especialidades médicas básicas, ou
especializado, destinado a prestar assistência em uma especialidade, como, por
exemplo, maternidade, ortopedia, entre outras.

1.1. Objectivos dos hospitais

a) Prevenir a doença por meio de medidas de educação em saúde à população,


principalmente nos ambulatórios, onde os pacientes retornam após a alta
paracontrolo e prevenção de doenças e suas complicações;

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b) Restaurar a saúde, por meio de medidas curativas, o que continua sendo função
primordial.
c) Proporcionar meios para a formação e reciclagem de médicos, enfermeiros e outros
profissionais das demais especialidades dos profisionais de saúde;
d) Promover pesquisa: servindo de campo para a pesquisa cientifica relacionada à
saúde, como o objectivo de modificar do curso da doença e obter melhores
tratamentos;
e) Reabilitação: contribui na reabilitação do paciente, visando proporcionar condições
de retornar ao seu meio e às suas actividades.

1.2. Classificação de um hospital

 Quando ao ponto de vista clínico, o hospital pode ser:

Geral: reponsável por atender pacientes portadores de doenças de varias


especialidades médicas. Poderá ser restrito a um grupo etário, como hospital pediatrico
ou materno infantil, hospital militar ou como hospitais de ensino.

Especializado: limita-se a atender pacientes necessitados da assistência da


determinada especialidade médica. Exemplo: Hospital Psiquiátrico, Oncológico,
Esperamça.

 Quando ao tipo de entidade mantenedora, podem ser:

Hospital público: são sustentados por recursos provenientes da arrendamentos


de impostos e patrocinados pelos governos

Hospital privado: são os que operam com a finalidade de obter lucros sendo
financiados por médicos ou outros indivíduos que desejam as vantagens de maior
depndências; ex.: Clínica Girasol, Multiperfil, Indiama.

Hospital escola: são mantidas por uma universidade à qual estejam vinculados:
Hospital Américo Boa Vida de Luanda

Hospital filantrópico: aqueles que não visam lucros, não destribuem os


vendidos e aplicam os resultados financeiros nos fins da instituição. Ex.: O Beral Ou
Lar De Idosos.
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Hospital de ensino: que recebem estudantes, é reconhecido como campo de
estagiários para diversas áreas da saúde. Ex.: os hospitais públicos

 Quando os números de camas/leitos

Outro critério utilizado para a classificação de hospitais é o seu número de leitos


ou capacidade instalados, são considerados como:

 De pequeno porte aqueles com até 50 leitos;


 De médio porte, de 51 a 150 leitos;
 De grande porte, de 151 a 500 leitos;
 De porte especial, acima de 500 leitos.

Conforme as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), os serviços de saúde


em uma dada região geográfica desde as unidades básicas até os hospitais de maior
complexidade devem estar integrados, constituindo um sistema hierarquizado e
organizado de acordo com os níveis de atenção à saúde.

De maneira geral, o hospital secundário oferece alto grau de resolubilidade para


grande parte dos casos, sendo poucos os que acabam necessitando de encaminhamento
para um hospital terciário

Na reorganização do sistema de saúde o hospital deixa de ser a porta de entrada


do atendimento para se constituir em unidade de referência dos ambulatórios e unidades
básicas de saúde. O hospital privado pode ter caráter beneficente, filantrópico, com ou
sem fins lucrativos. No beneficente, os recursos são originários de contribuições e
doações particulares para a prestação de serviços os seus associados integralmente
aplicados na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos sociais. O hospital
filantrópico reserva serviços gratuitos para a população carente, respeitando a legislação
em vigor. Em ambos, os membros da diretoria não recebem remuneração.

Para que o paciente receba todos os cuidados de que necessita durante sua
internação hospitalar, faz-se necessário que tenha à sua disposição uma equipe de
profissionais competentes e diversos serviços integrados Corpo Clínico, equipe de
enfermagem, Serviço de Nutrição e Dietética, Serviço Social, etc. caracterizando
uma extensa divisão técnica de trabalho.

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Para alcançar os objetivos da instituição, o trabalho das equipes, de todas as
áreas, necessita estar em sintonia, haja vista que uma das características do processo de
produção hospitalar é a interdependência. Outra característica é a quantidade e
diversidade de procedimentos diariamente realizados para prover assistência ao
paciente, cuja maioria segue normas rígidas no sentido de proporcionar segurança
máxima contra a entrada de agentes biológicos nocivos ao mesmo.

1.3. AMBIENTE HOSPITALAR

O ambiente hospitalar é considerado um local de trabalho insalubre, onde os


profissionais e os próprios pacientes internados estão expostos a agressões de diversas
naturezas, seja por agentes físicos, como radiações originárias de equipamentos
radiológicos e elementos radioativos, seja por agentes químicos, como medicamentos e
soluções, ou ainda por agentes biológicos, representados por microrganismos. No
hospital concentram-se os hospedeiros mais susceptíveis os doentes e os
microrganismos mais resistentes.

O volume e a diversidade de antibióticos utilizados provocam alterações


importantes nos microrganismos, dando origem a cepas multirresistentes, normalmente
inexistentes na comunidade.

A contaminação de pacientes durante a realização de um procedimento ou por


intermédio de artigos hospitalares pode provocar infecções graves e de difícil
tratamento.

Procedimentos diagnósticos e terapêuticos invasivos como diálise peritonial,


hemodiálise, inserção de cateteres e drenos, uso de drogas imunossupressoras são
fatores que contribuem para a ocorrência de infecção. Ao dar entrada no hospital, o
paciente já pode estar com uma infecção, ou pode vir a adquiri-la durante seu período de
internação.

Seguindo-se a classificação, podemos afirmar que o primeiro caso representa


uma infecção comunitária; o segundo, uma infecção hospitalar que pode ter como fontes
a equipe de saúde, o próprio paciente, os artigos hospitalares e o ambiente.

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Visando evitar a ocorrência de infecção hospitalar, a equipe deve realizar os
devidos cuidados no tocante à sua prevenção e controle, principalmente relacionada à
lavagem das mãos, pois os microrganismos são facilmente levados de um paciente a
outro ou do profissional para o paciente, podendo causar a infecção cruzada.

Atendendo o paciente no hospital, o paciente procura o hospital por sua própria


vontade (necessidade) ou da família, e a internação ocorre por indicação médica ou, nos
casos de doença mental ou infectocontagiosa, por processo legal instaurado. A
internação é a admissão do paciente para ocupar um leito hospitalar, por período igual
ou maior que 24 horas. Para ele, isto significa a interrupção do curso normal de vida e
a convivência temporária com pessoas estranhas e em ambiente não familiar.

A adaptação do paciente a essa nova situação é marcada por dificuldades pois,


aos fatores acima, soma-se a necessidade de seguir regras e normas institucionais quase
sempre bastante rígidas e inflexíveis, de entrosar-se com a equipe de saúde, de
submeter-se a inúmeros procedimentos e de mudar de hábitos. O movimento de
humanização do atendimento em saúde procura minimizar o sofrimento do paciente e
seus familiares, buscando formas de tornar menos agressiva a condição do doente
institucio nalizado. Embora lenta e gradual a própria conscientização do paciente a
respeito de seus direitos tem contribuído para tal intento. Fortes aponta a
responsabilidade institucional como um aspecto importante, ao afirmar que “existe um
componente de responsabilidade dos administradores de saúde na implementação de
políticas e ações administrativas que resguardem os direitos dos pacientes”. Assim,
questões como sigilo, privacidade, informação, aspectos que o profissional de saúde tem
o dever de acatar por determinação do seu código de ética, tornam-se mais abrangentes
e eficazes na medida em que também passam a ser princípios norteadores da
organização de saúde.

Tempo de permanência do paciente no hospital

O tempo de permanência do paciente no hospital dependerá de vários fatores:

a) Tipo de doença,
b) Estado geral,
c) Resposta orgânica ao tratamento realizado
d) Complicações existentes.

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Atualmente, há uma tendência para se abreviar ao máximo o tempo de
internação, em vista de fatores como altos custos hospitalares, insuficiência de leitos e
riscos de infecção hospitalar.

Em contrapartida, difundem-se os serviços de saúde externos, como a internação


domiciliar, a qual estende os cuidados da equipe para o domicílio do doente, medida
comum em situações de alta precoce e de acompanhamento de casos crônicos é
importante que, mesmo neste âmbito, sejam também observados os cuidados e técnicas
utilizadas para a prevenção e controle da infecção hospitalar e descarte adequado de
material perfurocortante.

O período de internação do paciente finaliza-se com a alta hospitalar,


decorrente de melhora em seu estado de saúde, ou por motivo de óbito. Entretanto, a
alta também pode ser dada por motivos tais como:

a) A pedido do paciente ou de seu responsável;


b) Nos casos de necessidade de transferência para outra instituição de saúde;
c) Na ocorrência em que o paciente ou seu responsável recusar-se a seguir o
tratamento, mesmo após ter sido orientado quanto aos riscos, direitos e deveres
frente à terapêutica proporcionada pela equipe.

Na ocasião da alta, o paciente e seus familiares podem necessitar de orientações


sobre alimentação, tratamento medicamentoso, ativida des físicas e laborais, curativos e
outros cuidados específicos momento em que a participação da equipe multiprofissional
é importante para esclarecer quaisquer dúvidas apresentadas.

Obs: Após a saída do paciente, há necessidade de se realizar a limpeza da cama


e mobiliário; se o mesmo se encontrava em isolamento, deve-se também fazer a limpeza
de todo o ambiente (limpeza terminal): teto, paredes, piso e banheiro.

Sistema de informação em saúde

Um sistema de informação representa a forma planejada de receber e transmitir


dados. Pressupõe que a existência de um número cada vez maior de informações requer
o uso de ferramentas (internet, arquivos, formulários) apropriadas que possibilitem o
acesso e processamento de forma ágil, mesmo quando essas informações dependem de
fontes localizadas em áreas geográficas distantes.

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No hospital, a disponibilidade de uma rede integrada de informações através de
um sistema informatizado é muito útil porque agiliza o atendimento, tornando mais
rápido o processo de admissão e alta de pacientes, a marcação de consultas e exames, o
processamento da prescrição médica e de enfermagem e muitas outras ações
freqüentemente realizadas.

Sistema de informação em enfermagem

Uma das tarefas do profissional de enfermagem é o registro, no prontuário do


paciente, de todas as observações e assistência prestada ao mesmo ato conhecido como
anotação de enfermagem.

A importância do registro reside no fato de que a equipe de enfermagem é a


única que permanece continuamente e sem interrupções ao lado do paciente, podendo
informar com detalhes todas as ocorrências clínicas.

Para maior clareza, recomenda-se que o registro das informações seja


organizado de modo a reproduzir a ordem cronológica dos fatos isto permitirá que, na
passagem de plantão, a equipe possa acompanhar a evolução do paciente.

1.4. ÁREAS HOSPITALARES

a) Área crítica: são aquelas que oferecem risco potencial para aquisição de
infecções em decorrência á procedimentos invasivos freqüentes, manejo de substâncias
infectantes e por admitirem pacientes susceptíveis á infecções. Exemplo: UTI, CC,
Unidade de queimados, entre outros.

b) Área semi-crítica: são todas aquelas ocupadas por pacientes que não exijam
cuidados intensivos ou de isolamento. Exemplo: enfermarias

c) Área não crítica: são áreas que não são ocupadas por pacientes. Exemplo:
almoxarifado, copa, farmácia.

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Classificação Grau de risco Exemplos
Área crítica São as áreas de maior risco para a aquisição UTI, centro cirúrgico,
de infecções, devido a presença de centro obstétrico e de
pacientes mais susceptíveis ou pelo número recuperação pós-anestésica,
de procedimentos invasivos realizados; são isolamentos, setor de
também considerados como críticos os hemodiálise, banco de
locais onde os profissionais manipulam sangue, laboratório de
constantemente materiais com alta carga análises clínicas, banco de
infectante leite, dentre outros

Área semi-crítica São as áreas ocupadas por pacientes que Enfermarias, ambulatórios
não necessitam de cuidados intensivos ou
de isolamento
Área não-crítica São todas as áreas não ocupadas por Áreas administrativas,
pacientes almoxarifado.

1.5. ARTIGOS HOSPITALARES

a) Artigos críticos: são os artigos que penetram o sistema vascular, bem como
todos os que estejam diretamente conectados com este sistema. Exemplo: cateteres
vasculares (scalp, jelcos, intracath), equipos, polifix, torneirinhas

b) Artigos semi-críticos: entram em contato com mucosas íntegras ou pele não


intacta. Exemplo: materiais de terapias respiratórias (cânula endotraqueal, sondas de
aspiração, cateteres de O2), endoscópios e sondas em geral.

c) Artigos não críticos: são aqueles que entram em contato apenas com a pele
íntegra. Exemplo: termômetros, esfigmomanômetro, estetoscópios, entre outros.

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Classificação Conceito Processo Exemplos
Artigos críticos Materiais com Indicação de Instrumental cirúrgico,
elevado potencial de esterilização agulhas, cateteres
risco de provocar intravasculares e
infecção, porque dispositivos a eles
são introduzidos conectados, como
diretamente em equipos de solução e
tecidos torneirinhas
normalmente
estéreis

Artigos semi-críticos Aqueles que A esterilização Equipamentos de


entram em contato não é obrigatória, anestesia e endoscópios
com mucosa íntegra porém desejável;
e pele não-intacta; há indicação de,
pode-se tornar no mínimo,
artigo crítico se desinfecção de
ocorrer lesão alto nível
acidental durante a
realização do
procedimento
Artigos não- críticos Materiais que Dependendo do Artigos como comadre,
entram em contato grau de papagaio, termômetros
somente com a pele contaminação,
íntegra e geralmente podem ser
oferecem baixo submetidos à
risco de infecção limpeza ou
desinfecção de
baixo ou médio
nível

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2. UNIDADE DO PACIENTE

Esta unidade é o espaço físico hospitalar onde o paciente permanece a maior


parte do tempo durante seu período de internamento. É BASICAMENTE
COMPOSTA por cama, mesa de cabeceira, cadeira, mesa de refeições e escadinha.
O paciente acamado deve ter sempre à disposição uma campainha para chamar o
profissional de enfermagem, caso necessite.

A unidade do paciente, seja ambiente individualizado (quarto) ou espaço


coletivo (enfermaria), deve proporcionar-lhe completa segurança e bem-estar. Nesse
sentido, lembramos que o estado de conservação do teto, piso e paredes, instalação
elétrica e hidráulica, disposição do mobiliário e os espaços para a movimentação do
paciente, da equipe e dos equipamentos são aspectos importantes a ser considerados.
Outra questão é a influência do ambiente e dos fatores estéticos sobre o estado
emocional e o humor das pessoas.

Decoração atraente, cores de paredes e tetos agradáveis, iluminação adequada,


ambiente arejado, calmo e silencioso, proporcionam maior aconchego às pessoas,
especialmente quando doentes. Além das questões estéticas que ocasionam no paciente,
familiares e profissionais uma sensação mais agradável, a prática da assistência
humanizada pressupõe a preservação dos direitos dos pacientes e uma maior
aproximação no campo das relações humanas. Pressupõe, ainda, tratar das atividades
quotidianas de forma a melhor atender às necessidades do paciente.

Por exemplo: ampliação do horário de visitas, facilitação do uso de meios de


comunicação com o exterior, conservação de objetos pessoais e possibilidade do
recebimento de cartas. Isto permite que a pessoa, ao ser internada, possa considerar a
unidade que lhe foi destinada como “seu” espaço, um local privativo e sob seu controle,
onde lhe é possível expressar sentimentos e valores, dispondo de objectos relacionados
ao seu “mundo” e que lhe despertam recordações, como fotografias, objetos religiosos,
etc.

A enfermagem deve velar pela unidade do paciente sem, contudo, desrespeitar a


privacidade que lhe cabe por direito.

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Limpeza e preparo da unidade do paciente

A limpeza de a unidade objetiva remover mecanicamente o acúmulo de sujeira e


ou matéria orgânica e, assim, reduzir o número de microrganismos presentes.

Pode ser de dois tipos:

Limpeza concorrente: feita diariamente após a arrumação da cama, para


remover poeira e sujidades acumuladas ao longo do dia em superfícies horizontais do
mobiliário; normalmente, é suficiente a limpeza com pano úmido, realizada pelo pessoal
de enfermagem;

Limpeza Terminal: feita em todo o mobiliário da unidade do paciente; é


realizada quando o leito é desocupado em razão de alta, óbito ou transferência do
paciente, ou no caso de internações prolongadas.

Na maioria dos estabelecimentos, ainda é feita pelo pessoal de enfermagem,


embora haja crescente tendência para ser realizada pela equipe de higiene hospitalar,
desde que devidamente treinada, de modo que a enfermagem possa ter mais tempo
disponível nos cuidados aos pacientes.

A realização da limpeza da unidade requer conhecimentos básicos de assepsia e


uso de técnica adequada, visando evitar a disseminação de microrganismos e a
contaminação ambiental.

Assim, o profissional responsável por essa tarefa deve ater-se a algumas medidas
de extrema importância:

 Executar a limpeza com luvas de procedimento;


 Realizar a limpeza das superfícies com movimentos amplos e num único sentido;
 Seguir do local mais limpo para o mais contaminado;
 Colocar sempre a superfície já limpa sobre outra superfície limpa;
 Limpar com solução detergente e, em seguida,
 Remover o resíduo;
 Substituir a água, sempre que necessário.

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A limpeza da unidade deve abranger a parte interna e externa da mesa de
cabeceira,

 Travesseiro (se impermeável),


 Colchão,
 Cabeceira da cama,
 Grades laterais,
 Estrado,
 Pés da cama,
 Paredes adjacentes à cama,
 Cadeira e escadinha.

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3. MEDIDAS DE HIGIENE E CONFORTO FISICO MENTAL

O termo conforto, frequentemente empregado nas práticas de enfermagem,


vincula-se à origem da profissão e possui diferentes significados, por transcender a
dimensão do cuidado de enfermagem.

A partir desse panorama se aventa a necessidade de identificar o que tem


publicado sobre conforto e medidas de conforto na perspectiva do exercício profissional
da equipe de enfermagem.

O conforto é uma experiência imediata, sendo fortalecida pelas suas


necessidades de alivio, tranquilidade e transcendência dentro de quatro contextos: físico,
psicoespiritual, sociocultural e ambiental.

Assim, o fenômeno associa-se à Enfermagem, sendo resultantes do cuidado


profissional, proporcionado por meio de intervenções denominadas medidas de conforto
para a satisfação das necessidades humanas básicas. Os pacientes sentem necessidade de
conforto em situações estressantes de cuidado de saúde que, identificadas pelo
enfermeiro, são satisfeitas.

3.1. PREPARO DA CAMA HOSPITALAR

O preparo da cama hospitalar consiste em arruma-la, de acordo com as


características do paciente que vai ocupa-la.

A arrumação da cama deve ter-se às seguintes características:

 A cama fechada é indicada para receber um novo paciente, caso em que deve ser
submetida à prévia limpeza terminal;
 A cama aberta é preparada para o paciente que tem condições de se locomover;
 A cama aberta com paciente acamado é aquela preparada com o paciente no leito
 A cama de operado é preparada para receber paciente operado ou submetido a
procedimentos diagnósticos ou terapêuticos sob narcose.

É importante ressaltar que um leito confortável, devidamente preparado e


biologicamente seguro, favorece o repouso e sono adequado ao paciente.

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Arrumando a cama aberta e fechada Material necessário:

 2 lençóis (1 protetor do paciente e 1 protetor do colchão)


 1 lençol móvel
 1 impermeável
 1 cobertor
 1 colcha
 1 toalha de banho
 1 toalha de rosto

Tipos de preparo

 Cama fechada
 Cama aberta
 Cama para operado
 Cama com paciente (banho no leito)

Cama fechada

É aquela que está desocupada, aguardando chegada (admissão) do paciente.

Material: 2 lençóis (de cima e de baixo), 1 toalha de rosto, 1 toalha de banho,1


fronha, 1 cobertor, 1 colcha.

Método de Dobradura:

 Usar movimentos amplos, segurando a ponta superior e o lado mais próximo do


lençol.
 Dobrar duas vezes no sentido da largura (ponta com ponta).
 Dobrar uma vez no sentido de comprimento e colocar no espaldar da cadeira
 Ordem na qual a roupa deverá ser colocada no espaldar da cadeira: toalhas, fronha,
colcha, cobertor, lençol de cima, lençol de baixo.

Método:

 Reunir o material necessário e levá-lo ao quarto.


 Afastar a mesa de cabeceira .
 Colocar a cadeira aos pés da cama e sobre ela, o travesseiro e o cobertor.

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 Colocar a roupa na espaldar da cadeira, empregando a técnica de dobradura,
observando ordem de uso
 Pegar o lençol sobre o centro do colchão.
 Ajeitar o primeiro lençol, prendendo-o por baixo fazendo a dobra ao cobrir o canto.
 Estender o lençol de cima, colocando a bainha rente ao colchão, deixando-o solto.
 Colocar o cobertor na mesma técnica e também deixa-lo solto.
 Colocar a colcha utilizando técnica anterior, prendendo o lençol de cima, o cobertor
e colcha (todos juntos), realizando a dobradura nos pés da cama.
 Na cabeceira superior dobrar as três peças juntamente (lembrar da estética).
 Cobrir o travesseiro com a fronha, deixando-o em pé na cabeceira superior.
 Ajeitar as toalhas na cabeceira inferior da cama.

Cama aberta

 É aquela que está sendo ocupada por um paciente que pode deambular

Material: 2 lençóis (de cima e de baixo), fronha, cobertor, colcha, luvas de


procedimentos, hamper.

Método:

 Método utilizado anteriormente (cama fechada)

Neste método (cama aberta) o travesseiro permanece abaixado na cabeceira


superior e abre-se o lado que o paciente vai entrar e deitar na cama. Não se esquecer de
fazer a limpeza concorrente do colchão, cabeceiras.

Cama para operado

É realizada para receber o paciente que está na sala de cirurgia sob anestesia.

Finalidade:

Proporcionar conforto e segurança ao paciente. Facilitar colocação do paciente


no leito. Prevenir infecção

Materiais:

 2 lençóis (de cima e de baixo),


 1 lençol móvel (dependendo da cirurgia),
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 1 cobertor,
 1 colcha,
 1 forro de cabeceira,
 comadre ou papagaio suporte para soro

Método:

 Reunir o material necessário.


 Retirar toda a roupa da cama enrolando-as com cuidado e colocando-as no hamper.
 Dobrar a roupa e coloca-la no espaldar da cadeira em ordem de uso.
 Realizar a limpeza concorrente do colchão e cabeceira.
 Estender o lençol de baixo na mesma técnica das camas anteriores.
 Colocar o lençol móvel no centro da cama.
 Colocar as demais roupas sem prender os cantos.
 Nos pés, dobrar as roupas até o meio do colchão.
 Na cabeceira, dobrar as roupas até o meio do colchão.
 Realizar dobradura (envelope) e enrolar.
 Dobrar o forro de cabeceira em leque.
 Não colocar travesseiro

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3.2. CUIDADOS DE HIGIENE CORPORAL NO LEITO

Definição: A higiene geral é a lavagem de toda a superfície corporal,


constituindo um dos requisitos fundamentais à manutenção de um bom estado de
higiene e de saúde.

OBJECTIVOS

 Todos os definidos para os objectivos dos cuidados de higiene e conforto na


generalidade
 Mais especificamente (objectivos específicos)
 Estimular a circulação, a respiração cutânea e o exercício;
 Manter a integridade cutânea
 Fazer observação física
 Favorecer a independência do utente consiste na lavagem da cavidade corpo
BANHO NO LEITO ,

Materiais: 2 lençóis (de cima e de baixo),

 1 lençol móvel,
 1 cobertor,
 1 colcha,
 1 fronha,
 1 toalha de banho, compressas (esfregão),
 Sabão (de preferência líquido),
 1 jarro,
 1 bacia,
 1 camisola,
 Biombo,
 Luvas de procedimentos

Procedimento:

 Explicar o procedimento ao paciente.


 Preparar as roupas de cama em ordem de uso, colocar biombo.
 Oferecer comadre ou papagaio ao paciente.

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 Lavar as mãos.
 Abaixar grades laterais, acomodar o paciente em alinhamento corporal adequado.
 Retirar as roupas de cima e coloca-las no hamper, com exceção do lençol.
 Retirar a camisola do paciente.
 Se o paciente estiver com venoclise, retirar primeiramente do membro superior sem
punção.
 Cobri-lo,
 Levantar as grades.
 Encher o jarro com a água morna.
 Retirar o travesseiro se permitido.
 Dobrar o esfregão.
 Molha-lo e torce-lo.
 Lavar os olhos do paciente com água morna.
 Usar diferentes áreas do esfregão para cada olho.
 Lavar os olhos da comissura palpebral externa para a interna.
 Lavar região frontal, face, nariz, pescoço e orelhas.
 Lavar o braço do paciente com água e sabão,
 Fazendo movimentos longos e firmes, partindo da área distal para a proximal e axila
 Imergir a mão do paciente na bacia com água e lava-la não esquecendo as unhas.
 Com o esfregão molhado com água e sabão,
 Lavar tórax com movimentos longos e formes,
 Trocando as áreas do esfregão.
 Em casos de mulheres pode ser necessário erguer as mamas .
 Lavar abdome, dando atenção especial ao umbigo.
 Cobrir peito e abdome.
 Expor pernas,
 Cobrindo períneo.
 Flexione as pernas do paciente, imergir pé dentro da bacia com água, lavar do
tornozelo ao joelho e do joelho a coxa.
 Esfregar o pé, as interdigitais, unhas, retirar bacia.
 Lavar períneo (técnicas seguintes).
 Auxiliar o paciente a assumir posição lateral,
 Lavar pescoço,

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 Tórax posterior,
 Região lombar,
 Como movimentos firmes e longos.
 Por último as dobras da pele das nádegas e ânus.
 Trocar o leito de acordo a técnica,
 Colocando roupas sujas no hamper sem balança-las.
 Hidratar e massagear pele do paciente.
 Colocar camisola sem dar nós ou laços
 Pentear os cabelos.
 Colocar desodorante nas axilas.
 Realizar limpeza concorrente nos móveis do paciente .
 Auxilia-lo no desjejum e higiene oral ( técnicas seguintes ).
 Elevar grades.
 Lavar as mãos manter material em ordem.

Observação:

 Os procedimentos devem ser repetidos do outro lado.


 Trocar água se necessário.
 Cobrir o paciente, não deixa-lo exposto.
 Se necessário realizar higiene dos cabelos (técnica seguinte), que deverá ser
realizada primeiramente logo após lavagem do rosto
 Cortar unhas se necessário

3.3. HIGIENE ORAL

Definição: consiste na lavagem da cavidade bocal, com a finalidade de: reduzir a


floramicrobiana oral, garantir o conforto, manter a cavidade oral limpa.

Materiais:

 Bandeja contendo:
 Pasta de dente ou antisséptico bucal.
 Escova de dentes ou material preparado com abaixador de língua e gazes.
 Copo com água

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 Cuba-rim

Procedimento:

 Determinar a habilidade do paciente a segurar a escova de dentes.


 Explicar o procedimento.
 Se o paciente não for debilitado:
 Colocar a pasta de dente na escova,
 Molhar a escova.
 Segurar a cuba-rim e copo com água e auxilia-lo na escovação.

Se o paciente for dependente:

 Colocar antisséptico oral no copo descartável,


 Molhar o abaixador de língua,
 Molhar crostas e placas presentes nos lábios,

Cuidadosamente higienizar:

 Bochechas internas,
 Palato,
 Língua e lábios,
 Enxugar lábios,
 Trocar os abaixadores de língua quantas vezes forem necessárias.

Observação: Retirar placas cuidadosamente para evitar sangramentos. Não


enxaguar em casos de antissépticos antibacterianos.

3.4. Limpeza de próteses dentárias

Quando o paciente fizer uso de próteses dentárias :

 Retirar as próteses com gaze cuidadosamente e coloca-las na cuba rim.


 Leva-las ao banheiro e lava-las no lavatório em água corrente.
 Devolve-las ao paciente delicadamente.
 Antes de colocá-las, realizar higiene oral adequadamente, observando presença de
ferimentos na cavidade oral, comunicar e anotar alterações.

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3.5. Lavagem dos cabelos no leito

 Determinar se existe qualquer risco que possa contra indicar a lavagem dos cabelos.
 Explicar o procedimento ao paciente.
 Arrumar materiais em local conveniente.
 Colocar a bacia sob a cabeça do paciente com o jarro derramar água cuidadosamente
aos cabelos.
 Realizar espuma, massageando bem o couro cabeludo, enxaguar até que os cabelos
fiquem sem sabão.
 Repetir o processo sempre que necessário.
 Aplicar condicionador nas pontas se necessário.
 Enrolar a cabeça do paciente na toalha.

Observações: após o banho, troca da cama, por último pentear os cabelos a fim
de remover emaranhados, secar bem.

3.6. BANHO DE ASPERSÃO (CHUVEIRO)

Providenciar todos os produtos de higiene e roupas requisitadas pelo paciente.

 Coloca-los ao alcance do chuveiro.


 Auxiliar o paciente no banheiro s/n.
 Abrir o chuveiro e equilibrar a temperatura da água, demonstrando ao paciente para
saber se está a gosto.
 Instruir o paciente para não trancar a porta do banheiro.
 Não sair do quarto.

Devemos manter atenção. Enquanto o paciente realiza seu banho, preparar cama
aberta conversando com o mesmo a fim de detectar anormalidades.

 Auxiliar o paciente a sair do chuveiro, se necessário auxilia-lo a se enxugar.


 Auxiliar o paciente a se vestir e calçar os chinelos.
 Auxiliar o paciente a ir para o leito e deitar s/n.
 Deixar o quarto do paciente em ordem e realizar a limpeza concorrente.

Observação: se necessário utilizar cadeira de banho


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3.7. CUIDADOS PERINEAIS

a) Higiene perineal feminino

 Colocar a comadre sob a paciente


 Não deixar áreas do corpo expostas desnecessariamente.
 Auxiliar a paciente a flexionar os joelhos e afasta-los.
 Molhar a genitália, lavar cuidadosamente as pregas da pele .
 Com a mão não dominante afastar grandes lábios.
 Com a mão dominante lavar a região com o esfregão com água e sabão, em direção
anterior para a posterior, trocando as áreas do esfregão.
 Separar os pequenos lábios e expor o meato urinário e introito vaginal.
 Repetir o procedimento da região anterior para a posterior mudando áreas do
esfregão.
 Se necessário utilizar mais de um esfregão .
 Enxagüar
 Retirar comadre, enxugar a região

Obs: Se houver presença de fezes, retira-las primeiro com papel higiênico antes
de iniciar o procedimento.

b) Higiene perineal masculina

 Explicar o procedimento ao paciente.


 Colocar a comadre.
 Levantar o pênis.
 Segura-lo com a mão dominante.
 Afastar cuidadosamente o prepúcio.
 Lavar a glande, meato urinário, trocando áreas do esfregão (retirar todo o esmegma)
 Com movimentos firmes e delicados lavar o corpo do pênis.
 Lavar cuidadosamente o escroto.
 Levanta-lo e lavar períneo, enxaguar.
 Retirar comadre e secar a região.

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3.8. CUIDADOS A PELE

A fragilidade da epiderme ocorre por :

 Raspagem ou descamação de sua superfície pelo uso de lâminas de barbear secas.


 Remoção de fitas adesivas.
 Técnicas inadequadas de posicionamento do paciente.
 Ressecamento excessivo que causa fissuras.
 Exposição constante da pele á umidade.
 Uso incorreto de sabões, cosméticos.
 Banhos muito quentes ou frios.
 Fricção excessiva.

Riscos para o comprometimento com a pele

 Imobilização
 Redução da sensibilidade
 Alterações nutricionais
 Secreções e excreções da pele
 Insuficiência vascular
 Dispositivos externos.

3.9. TÉCNICA DE EXECUÇÃO DE LIGADURAS

Técnica de execução de ligaduras

Definição: Intervenção de enfermagem que consiste na aplicação de uma


ligadura cuja finalidade é a imobilização completa ou parcial, contenção ou compressão
de uma área corporal.

3.9.1. Tipos de ligaduras:

Ligaduras de gaze – feitas de tecido de gaze de vários tamanhos (5, 10, 15 e 20


cm). Estas ligaduras permitem manter sempre a mesma tensão e servem essencialmente

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para suster pensos oclusivos ou de compressão, manter imobilizações das articulações,
suster talas gessadas e outros.

Ligaduras elásticas – feitas de tecido elástico de nylon, em vários tamanhos (5,


10, 15 e 20 cm). Estas ligaduras permitem alguma margem de compressão e são
utilizadas para assegurar a imobilização articular facilitando alguma mobilização
embora mínima. São também usadas como ligaduras de contenção nos membros
inferiores.

Ligaduras de forte componente elástica – feitas de material elástico de forte


contenção. São usadas numa segunda fase para a moldagem de cotos.

Ligaduras elásticas adesivas – feitas de um tecido elástico, de medidas


standardizadas (10 cm), impregnadas de um produto adesivo. São usadas
essencialmente na imobilização de articulações pósacidente, permitem alguma
mobilidade e funcionam basicamente como tratamento antiálgico.

Ligaduras de algodão – feitas de algodão ou material sintético, de vários


tamanhos (5, 10, 15 e 20 cm).

São usadas principalmente para almofadamento e proteção das proeminências


ósseas antes da colocação de aparelhos gessados para imobilização de fraturas. É
também usada como proteção e almofadamento em várias imobilizações (como no caso
da ligadura tipo Robert Jonnes).

3.9.2. Princípios gerais na execução de ligaduras:

 As ligaduras devem ser colocadas em local de fácil acesso de preferência o mais


junto possível do doente, antes de se iniciar a sua colocação;
 Deve fazer sempre a limpeza da área a tratar, assim como realizar os pensos
necessários antes de iniciar a imobilização;
 Segurar o rolo com a mão dominante e a extremidade inicial com a mão não
dominante;
 Iniciar e terminar a ligadura sempre com duas circulares sobrepostas;
 A ligadura inicia-se sempre da extremidade distal para a proximal. Nos membros
inicia-se a partir da raiz (base) dos dedos, se possível de forma, a permitir a sua
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mobilização activa e despiste de sinais de alerta. Nos cotos, inicia-se cerca de um
palmo acima do extremo do coto em forma de “V”, podendo ser necessário efectuar
algumas circulares à volta da cintura ou do tronco, consoante o caso, para dar maior
apoio e segurança;
 Aplicar a ligadura de modo regular exercendo pressão uniforme;
 Se for necessário acrescentar outra ligadura, sobrepor totalmente a última volta.

3.9.3. Classificação das ligaduras:

1. Ligaduras simples

 Circular ou espiral
 Espiga
 Leque ou voltas em oito

2. Ligaduras recorrentes

 Capacete
 Coto

3. Ligaduras de imobilização não funcionais

 Cruzado posterior
 Gerdy ou Velpeau
 Robert Jones

1. Executar a técnica da ligadura circular ou em espiral

Estas ligaduras utilizam-se em pequenos segmentos para a contenção, a


imobilização ou a sustentação da região a tratar. A sua forma de execução assemelha-se
a uma espiral, cada volta sobrepõe-se parcialmente à anterior, verificando-se que as
extremidades iniciais e terminais ficam com a mesma localização.

2. Executar a técnica da ligadura em espiga

Estas ligaduras utilizam-se em regiões onde é pretendido aumentar a compressão


e sustentabilidade. A sua forma de execução inicia-se seguindo uma posição oblíqua e

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uma orientação em “8”, sempre com uma distância de sobreposição igual em cerca de
metade da passagem anterior. O aspecto final assemelha-se a uma espiga.

3. Executar a técnica da ligadura em leque ou voltas em oito

Estas ligaduras utilizam-se para imobilizar articulações e para dar continuidade à


execução de uma ligadura (passar de um segmento para outro). Inicia-se no centro da
articulação e cada volta cruza a anterior, formando um leque.

Ligaduras recorrentes

As ligaduras recorrentes utilizam-se para contenção de pensos no couro


cabeludo e imobilização de áreas arredondadas, como cotos de amputação.

4. Executar a técnica da ligadura do capacete de Hipócrates

PROCEDIMENTO

 Reunir o material
 Ligadura elástica 10 cm
 A ligadura elástica permite uma melhor adaptação à estrutura da cabeça.
 Ensinar a Pessoa A explicação do ato, reforçando os momentos e tipo de
colaboração que o doente pode dar, é fundamental para o sucesso da técnica.
 Posicionar a Pessoa Sentado
 A posição adoptada será a que facilitará a execução da técnica e a colaboração do
doente.
 Lavar as mãos A lavagem das mãos justifica-se numa vertente higiénica.
 Colocar a ligadura de forma a efectuar duas circulares sobrepostas e de seguida,
na região frontal, dobrar de forma a fazer uma perpendicular entre a região
frontal e a occipital.
 Efectuar as restantes passagens em forma de “V” sobrepondo sempre a primeira,
pelo menos em metade da passagem anterior.
 Pode ser necessário efectuar uma circular.
 A execução da circular ajuda a segurar a ligadura durante a sua execução.
 Finalizar com duas circulares e prender com adesivo.

5. Executar a técnica da ligadura do coto de amputação

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PROCEDIMENTO

 Reunir o material.
 Numa primeira fase de tratamento as ligaduras selecionadas para o coto de
amputação devem ser de algodão e elasticas;
 Numa segunda fase de tratamento as ligaduras devem ser de forte componente
elástica.
 O uso de ligaduras de algodão permite o almofadamento e mantem a protecção da
sutura recente.
 O uso de ligaduras de contenção forte facilita a moldagem do coto.
 Ensinar a Pessoa A explicação do ato, reforçando os momentos e tipo de
colaboração que o doente pode dar, é fundamental para o sucesso da técnica.
 Posicionar a Pessoa Sentado (no caso de amputação do membro superior)
 Decúbito dorsal (no caso de amputação no membro inferior)
 A posição adoptada será a que facilitará a execução da técnica e a colaboração do
doente.
 Observar o local A observação do local permite verificar a integridade da pele.
 Deve ser sempre feito o tratamento à ferida, antes da colocação da ligadura.
 Lavar as mãos A lavagem das mãos justifica-se numa vertente higiénica.
 A ligadura deve iniciar-se com uma perpendicular central e de seguida uma
sobreposição em “V”.
 De seguida inicia-se a sobreposição de circulares, em posição oblíqua, acima dos
bordos do coto, de modo a que a segunda passagem sobreponha sempre pelo
menos metade da passagem anterior em forma de “8”, procurando tapar o coto por
completo.
 O coto irá adquirir uma forma cónica.
 Esta forma é fundamental para a aplicação futura de uma prótese.
 Finalizar com duas circulares e prender com adesivo.
 No caso da amputação acima do joelho ou acima do cotovelo pode ser necessário
passar duas circulares pela região torácica ou dorsal.

As circulares finais auxiliam a fixação da ligadura.

 Ensinar a pessoa sobre:


 Diminuição da sensibilidade;

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 Edemas.

Neste tipo de imobilizações os riscos são mínimos, contudo, devemos estar


atentos à diminuição da sensibilidade e aos edemas por garrotamento ou aperto em
demasia.

6. Executar a técnica da ligadura do cruzado posterior

Esta técnica é usada para estabilizar uma fractura ou luxação da clavícula como
tratamento conservador.

Funciona também como tratamento antiálgico.

PROCEDIMENTO

Reunir o material:

 Para higiene da pele


 Ligaduras de algodão de 10 cm (uma);
 Ligadura de gaze 10 cm (uma a duas);
 Adesivo largo.
 O material deve ser colocado em local de fácil acesso, de preferência junto ao
doente.
 Ensinar a Pessoa A explicação do ato, reforçando os momentos e tipo de
colaboração que o doente pode dar, é fundamental para o sucesso da técnica.
 Posicionar a Pessoa
 Sentado com as mãos na cintura, de forma a ficar com os braços abertos em arco.
 A posição adoptada será a que facilitará a execução da técnica e a colaboração do
doente.
 Esta posição evita que posteriormente possa existir mal-estar, pressão nas axilas
ou lesões nos tendões do plexo braquial.
 Calçar luvas (não estéreis) O uso de luvas é considerado pelo risco de contacto
com região.
 Limpar/desodorizar as axilas Este acto minimiza os cheiros acumulados. A
ligadura irá permanecer, pelo menos, durante uma semana, facto que pode deixar
um cheiro desagradável e alguma irritação da pele.
 Lavar as mãos A lavagem das mãos justifica-se numa vertente higiénica.

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 Iniciar-se a aplicação da ligadura de algodão, em forma de oito invertido, que se
cruza nas costas, mais ou menos 10 cm abaixo da região occipital.
 Esta primeira ligadura tem como função o almofadamento, para a protecção da
pele e maior conforto do doente.
 De seguida deve aplicar-se a ligadura de gaze.
 Deixa-se a extremidade inicial solta e aplica-se a ligadura em cima da de
algodão, em forma de oito invertidos cruzando nas costas.
 Esta ligadura dá mais consistência, pelo que cumpre melhor o objectivo do
tratamento.
 Para terminar dá-se um nó com as duas extremidades da ligadura (a inicial e a
final) exactamente no ponto de cruzamento das ligaduras na região
interescapular.
 Este acto vai provocar maior tensão nas ligaduras e, consequentemente, melhor
alinhamento dos focos de fractura.
 Rematar com um pouco de adesivo. Este ato permite que o nó não se desfaça tão
facilmente.
 Ensinar/ Instruir a pessoa sobre:
 Dor;
 Formigueiro.

Neste tipo de imobilizações os riscos são mínimos, contudo, as pessoas devem


estar atentas para o aparecimento de dor ou formigueiros nos membros superiores.
Perante a presença destes sintomas, devem colocar-se em decúbito dorsal com uma
almofada na região torácica, membros superiores elevados e ombros em extensão.

7. Executar a técnica da ligadura de Gerdy ou Velpeau

Estas técnicas são usadas no tratamento conservador de fracturas do colo do


úmero, de fracturas do 1/3 proximal do úmero e de luxações do ombro. Nestes casos
funciona também como tratamento antiálgico. O tempo de tratamento com este tipo de
ligaduras é habitualmente de quatro semanas, no entanto, por razões diversas, tanto nos
jovens como nos idosos, este período pode ser variável.

As imobilizações de Gerdy e Velpeau são basicamente iguais, tanto na forma de


se executarem como nos objectivos a atingir. Diferem sobretudo no posicionamento e

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na imobilidade do antebraço. Nos últimos anos, a técnica e também os materiais usados
na realização destas imobilizações têm vindo lentamente a modificar-se, dando origem a
uma técnica única.

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PROCEDIMENTO

Reunir o material

Para higiene da pele;

 Compressas;
 Ligaduras elásticas de 10 ou 15 cm (uma);
 Ligaduras de gaze de 10 ou 15 cm (uma a duas);
 Ligadura elástica adesiva 10 cm
 Adesivo largo.
 O material deve ser colocado em local de fácil acesso, de preferência junto ao
doente.
 Ensinar a Pessoa A explicação do ato, reforçando os momentos e tipo de
colaboração que o doente pode dar, é fundamental para o sucesso da técnica.
 Posicionar a Pessoa
 Em pé. (Se tiver muita dificuldade em manter-se de pé pode ficar sentado).
 A posição adoptada será a que facilitará a execução da técnica e a colaboração do
doente.
 Esta é a posição mais adequada para facilitar a colocação das ligauras e manter o
correcto alinhamento do osso e focos de fractura.
 Calçar luvas (não estéreis) O uso de luvas é considerado pelo risco de contacto
com a região.
 Lavar e limpar as axilas
 Nas mulheres – axilas e região inframamária
 Este acto minimiza os cheiros acumulados.
 Lavar as mãos A lavagem das mãos justifica-se numa vertente higiénica.
 Colocar uma compressa grande/ligadura de algodão ao longo do tórax desde a axila.
 Nas mulheres – Colocar uma compressa grande na região infra e outra na
intermamária.
 A compressa vai almofadar, proteger e evitar o contacto da pele do braço com o
tórax, de modo a prevenir a maceração da pele.
 Inicia-se com ligadura de gaze (15 cm) em circulares que sobem da cintura até à
região mamilar.
 Este movimento ascendente dá maior estabilidade e seguraça à ligadura.

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 Colocar o membro na posição pretendida, junto ao tórax.
 Esta posição permite fazer de tala e suporte para o alinhamento e para a imobilidade
do membro.
 Continuar com as circulares envolvendo o braço e o antebraço, cruzando as
ligaduras no ombro, sob o braço contrário do doente, uniformemente, de forma a
conseguir um bom ajustamento sem demasiado aperto do braço ao tórax.
 Fazer o envolvimento total de todo o membro, desde o ombro até ao punho,
deixando a mão livre.
 Iniciar o mesmo trabalho com ligadura elástica adesiva (tipo Tensoplast)
 A ligadura elástica adesiva vai garantir uma maior firmeza, justeza e durabilidade da
imobilização.

Ensinar /Instruir a pessoa sobre:

 Edema;
 Cianose;
 Palidez;
 Formigueiro.

Neste tipo de imobilizações os riscos são mínimos, contudo, as pessoas devem


estar atentas para o aparecimento de edema, cianose, palidez ou formigueiros nos
membros superiores. Nesse caso, deve recorrer de imediato aos serviços de saúde para
rever imobilização.

8. Executar a técnica da ligadura de Robert Jones

Esta técnica é usada no tratamento com imobilização de uma articulação


traumatizada, principalmente a dos joelhos (derrame pós-traumático). Pode funcionar
também, e só, como tratamento antiálgico.

PROCEDIMENTO

Reunir o material.

 Ligaduras de algodão de 10 ou 15 cm (4-6);


 Ligaduras de gaze de 10 ou 15 cm (4-6);
 Ligadura elástica adesiva 10 cm (4-6);
 Adesivo (5 cm).
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 O material deve ser colocado em local de fácil acesso, de preferência junto ao
doente.
 Ensinar a Pessoa A explicação do ato, reforçando os momentos e tipo de
colaboração que o doente pode dar, é fundamental para o sucesso da técnica.

Posicionar a Pessoa

 Decubito dorsal.
 Esta é a posição mais adequada para facilitar a colocação das ligaduras. Irá ser
necessário a colaboração de um ajudante que segurará no membro pela região
posterior do pé (calcanhar), elevando-a ligeiramente, de modo a manter a extensão.
 Lavar as mãos A lavagem das mãos justifica-se numa vertente higiénica.
 Inicia-se a imobilização com a ligadura de algodão, ligeiramente acima dos
maléolos, de forma que a segunda passagem recubra metade da primeira, e espiral,
atá à raiz da coxa.
 Da mesma forma aplica-se a ligadura de gaze, por cima da de algodão, fazendo uma
segunda camada.
 Segue-se a aplicação de nova camada de ligadura de algodão novamente dos
maléolos até a raiz da coxa.
 Aplica-se uma quarta camada de ligadura de gaze, por cima da de algodão.
 Para finalizar pode aplicar-se uma quinta camada de ligadura elástica adesiva (tipo
Tensoplast) ou adesivo de modo a produzir a imobilidade completa.
 A ligadura elástica adesiva vai garantir uma maior firmeza, justeza e durabilidade da
imobilização.
 O adesivo tem de ser colocado de forma a cruzar no joelho para garantir a firmeza e
imobilidade da articulação.

Ensinar/ Instruir a pessoa sobre:

 Edema;
 Diminuição da sensibilidade.

Neste tipo de imobilizações os riscos são mínimos, contudo, devemos estar


atentos à diminuição da sensibilidade e aos edemas por garrotamento ou aperto em
demasia.

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4. CUIDADOS ESPECIAIS

Os cuidados especiais abrangem uma serie de cuidados que enfermeiro deve


prestar com autonomia e que o estudantes de enfermagem deve aprender, que referimos
pelas suas utilização comessaremos à destacar: necessidades alimentares, aplicação de
sonda nasogástrica, sonda retal, sonda vesical, colheita de materiais biológicos para
exames laboratóriais.

4.1. NECESSIDADES ALIMENTARES

DEFINIÇÃO:

Nutrição enteral: é o estudo dos alimentos e dos nutrientes e dos seus efeitos na
saúde, no crescimento e no desenvolvimento do indivíduo.

Alimento para fins especiais, com ligação controlada de nutrientes, na forma


isolada ou combinada, de composição química definida ou estimada, especialmente
elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializada ou não, utilizada exclusiva ou
parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes
desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar,
ambulatorial ou domiciliar, usando a síntese ou manutenção de tecidos, órgãos ou
sistemas.

Sabemos que a alimentação contém nutrientes necessários ao organismo e que a


deficiência de vitaminas e nutrientes podem desencadear patologias graves. Sendo a
alimentação uma necessidade humana básica, que o alimento possui finalidades
importantes no organismo, precisa ser bem digerido e assimilado, a enfermagem deve
favorecer cuidados eficientes:

4.1.1. Tipos de administração de dietas enterais

Infusão continua: geralmente em sistema fexado, a dieta é administrada


continuamente em até 24 horas com equipo de alta qualidade contendo pinça (clampe)
bombo de infusão para controlar a velocidade de infusão, por esse método, é dificil o
controlo de alguns incidentes, como infusão rápida ou fluxo interrompido.
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Infusão intermitente: Geralmente é bem tolerada por um volume máximo de
200 a 300 ml, se administrada em um período superior a 30 a 60 minutos a cada 4 horas
ou 6 horas após cada infusão, administrar 30 a 40 ml de água filtrada para lavagem da
sonda, fechando após esse procedimento, conforme prescrição médica.

Infusão em bolus: Infusão de uma formulação em um volume pré-determinado


pela acção da gravidade ou com a ajuda de seringa por um curto espaço de tempo. A
velocidade de infusão pode ser controlada pelo ajuste da pressão da seringa. Devem ser
dados 240 ml de dieta a cada três horas, com inteervalo pelo menos de Três minutor
cada infusão. Após a infusão, administrar 30 a 40 ml de água filtrada para lavagem da
sonda, fechando após esse procedimento.

Infusão cíclica: utilizada em paciente que estão voltando a deambular,


proporcionando mais independência. As vezes, a administração ocorre somente durante
o período noturno, não interferindo na ingestão alimentar via oral daqueles pacientes
que começaram a se alimentar.

Complicações e causas associada à terapia nutricional enteral

COMPLICAÇÕES CAUSAS
Resíduos gástricos aumentados Atraso no esvzeamento gástrico
Cabeceira da cama não elevada a 30º durante 30 minutos
após administração da dieta,
Irritação gástrica Uso prolongado de sondas de grosso calibre
Respiração pela boca devido a sonda
Otite média aguda Pressão da sonda abre a trompa de eustáquio, permitindo
uma possível infecção bacteriana;
Uso prolongado de sondas com materais não compatíveis
Esofágite, ulcerações esofágica Pressão da sonda na mucosa
e estenose Uso prolongado de sonda com materiais não compatíveis.
Deslocamento da sonda Tosse e vômito
Obstrução da sonda Geralmente por lavagem incorreta da sonda após
administração da dieta ou medicamentos.
Naúseas e vômitos Rápida infusão
Fórmulas enterais contendo gordura aciam do tolerado
Intolerância à lácctose.

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Distenção abdominal, cólicas e Rápida infusão intermitente ou em bolus de dieta gelada
obstipação intestinal Rápida infusão da dieta
Má absorção
Constipação Desidratação
Obstrução do trato gastrointestinal
Inadequada ingesta de fibras
Inadequada atividade física
Diarreia Antibioticoterapia
Antiácidos contendo magnésio
Inadequada ingestão de fibras
Rápidas infusão da dieta
Má absorção
Rápido esvaziamento gástrico
Dietas gelada.
Pneumonia aspirativa Deslocamento da sonda
Obstrução esfágica por sonda de grande calibre
Regurgitamento de conteúdo gástrico
Intolerância à lactose Síndrome de realimentação em desnutridos
Diabetes mellitus, traumas, sepse ou outras causas de
estresse metabólico que levam á resistência à insulina.
Hiperidratação Excessiva oferta de líquidos
Rápida realimentação em paciente desnutridos

 MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Bandeja contendo:
 Frasco de dieta enteral
 1 equipa de nutrição enteral
 1 par de luvas de procedimento
 1 seringa de 20 ml
 1 copo descartável
 1 estetoscópio

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 VEIAS DE ACESSO DA DIETA ENTERAL

Podem estar disposto no estómago, duodeno ou no jejuno, conforme alterações


orgânicas e/ou funcionais a serm corrigidas. De acordo com a localização a que for
administrada, a dieta enteral deverá apresentar caracteristicas especificas.

COG: Cateter Orogástrico: cater introduzido na cavidade oral até o estómago

CNG: Cateter Nasogástrico: cateter introduzido na cavidade nasal até o estó


estómago

CNE: Cateter nasoenteral: cateter introduzido na cavidade nasal até o


estómago, duodeno ou jejuno.

Gastrostomia/jejunostomia: o cateter é introduzido através de incisão realizada


na parede abdominal até o estómago ou jejuno; esse procedimento é indicado para
pacientes com previsão de cateter nasoenteral (CNE) por período superior a 6 semanas.
pode ser instalado por procedimentos cirúrgicos, endoscópia ou laparoscópia.

Método para alimentar paciente acamados, capaz de alimentar-se sozinho

 Verificar se a dieta está de acordo a prescrição médica


 Auxiliar o paciente a sentar-se
 Colocar a bandeja sobre a mesa de refeição
 Colocar o prato, copos e talheres ao seu alcance, cortar carnes, pães se for
necessário
 Se o paciente recusar a refeição ou deixar de comer alimentos adequados á sua dieta,
persuadi-lo, explicando-lhe o valor dos mesmos
 Terminada a refeição, retirar a bandeja e oferecer materiais para higiene oral e
lavagem das mãos
 Deixar o paciente confortável
 Registrar alterações observadas

Método para alimentar pacientes acamados, incapazes de alimentar-se


sozinho

 Verificar se a dieta está de acordo a prescrição


 Colocar o paciente em posição de fowler, se não houver contra-indicações

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 Colocar a bandeja sobre a mesa de refeição
 Servir pequenas porções do alimento de cada vez, com cuidado e paciência,
estimulando o paciente a aceitar toda a refeição.
 Se o paciente estiver impossibilitado de ver, descrever-lhe os alimentos antes de
começar a alimenta-lo.
 Limpar a boca do paciente, sempre que necessário
 Terminada a refeição, oferecer-lhe água
 Remover a bandeja
 Realizar a higiene oral do paciente, deixa-lo confortável e a unidade em ordem
 Realizar anotação: hora da alimentação, tipo de dieta, reações do paciente e
alterações observadas.

Observações:

 Evitar interromper a alimentação do paciente para qualquer outro cuidado


 Os alimentos quentes devem ser servidos quentes e frios, servidos frios
 Servir os alimentos em pequenas porções, dando ao paciente oportunidade de repetir
e saborear o alimento
 Adequar os alimentos as condições de mastigação.

4.1.2. ALIMENTAÇÃO POR GAVAGEM

É o método empregado para introduzir alimentos no estômago, por meio de


sonda nasogástrica (SNG), sonda nasoenteral (SNE) ou gastrostomia.

Indicações:

 Pacientes inconscientes
 Pacientes que recusam alimentação
 Cirurgias em cavidade oral que exigem mucosa oral limpa e em repouso
 Pacientes debilitados ou com impossibilidade de deglutição

Materiais:

 Suporte para frasco de alimento,


 Equipo,

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 Frasco com o alimento,
 Seringa de 20 ml,
 Estetoscópio,
 Luvas de procedimentos.

Observação: Quando a dieta for, em quantidade pequena, pode ser introduzida


com a seringa sem o êmbolo.

Método:

 Explicar o procedimento ao paciente


 Preparar o ambiente, desocupando mesa de cabeceira
 Lavar as mãos e calçar as luvas
 Separar e organizar o material, retirando o ar do equipo com a própria dieta
 Levar o material para o quarto e colocar o frasco de dieta no suporte, protegendo
equipo
 Dobrar a extremidade da sonda, adaptar a seringa, aspirar para verificação de
conteúdo gástrico. Se houver conteúdos, comunicar a enfermeira ou médico sobre a
quantidade e aspecto.
 Dobrar extremidade da sonda, retirar a seringa e adaptar o equipo da dieta,
controlando gotejamento cautelosamente.
 Terminada a introdução do alimento, introduzir o frasco de água a fim de remover
partículas que ficaram aderidas.
 Fechar a sonda
 Deixar o paciente confortável, em decúbito de fowler ou decúbito lateral direito
 Providenciar a ordem e a limpeza do local
 Anotar o cuidado, descrevendo observações.

Observações:

 Sempre que for conectar ou desconectar seringas ou equipos na sonda do paciente,


dobrar a extremidade a fim de prevenir distenção abdominal e flatulência.
 Se não houver restrição hídrica, hidratar paciente pela sonda
 A dieta administrada lentamente esfria e deterioriza e rapidamente pode ocasionar
diarreias.
 Proceder da mesma forma para administrar medicamentos pela sonda.

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 Alimentação pela gastrostomia:
 Consiste na introdução de alimentos líquidos no estômago, por meio de uma sonda
nele colocada através de uma cirurgia na parede abdominal

Observações: Segue materiais e método anterior (SNG ou SNE)

4.1.4. NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL (NPT)

Definição:

É um método terapeutico desenvolvimento por modernas soluções de


aminoácidos, vitaminas oligoelementos, emulsões lípidicas, cateters especiais para
melhorar acesso ao sistema venoso central, filtros de linha e bomba peristálticas de
infusão. As indicações para nutrição parenteral total (NPT) aumentaram, sendo
frequente encontrarmos nas unidades de terapia intensivas, várias doentes recebendo
nutrição endovenosa. Ela pode ser:

Nutrição parenteral central: administrada por meio de uma veia de grande


calibre, geralmente subclávia ou jugular interna, em que chega deractamente ao coração.

Nutricção parenteral periféricas: administrada através de uma veia menor


calibre, geralmente na mão ou no antebraço.

4.2. APLICAÇAO DE SONDA NASOGASTRICA

Sondagem nasogástrica: é a introdução de uma sonda gástrica plástica através


da narina até o estômago.

Objetivos ou finalidades

 Drenar conteúdo gástrico ( sonda aberta com coletor )


 Realizar lavagem gástrica
 Administrar alimentos e medicamentos.

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Materiais:

 Sonda gástrica,
 Lubrificante anestésico (xylocaína gel),
 1 seringa de 20 ml,
 Micropore / esparadrapo,
 Gazes,
 Luvas de procedimentos,
 Tesoura,
 Algodão umedecido com álcool á 70%,
 Toalha de rosto ou papel toalha.

Método:

 Realizar lavagem das mãos


 Reunir o material
 Explicar o procedimento ao paciente
 Colocar os materiais sobre a mesa de
cabeceira
 Colocar o paciente em decubito de fowler
 Colocar a toalha sobre o tórax do paciente
 Calçar as luvas
 Medir a sonda do lóbulo da orelha, este até a ponta do nariz, seguindo-se ao
apêndice xifóide e marcar com um pedaço de esparadrapo discreto
 Passar a xylocaína na sonda a ser introduzida
 Fletir a cabeça do paciente para a frente com a mão não dominante, a fim de fechar
o acesso da sonda as vias respiratórias
 Orientar o paciente que ao sentir a sonda em região orofaríngea o mesmo deve
deglutir
 Introduzir a sonda na narina do paciente até o ponto demarcado
 Testar localização da sonda através da aspiração de conteúdos e/ ou ausculta de
ruidos em região epigástrica injetando 10 ml de ar com a seringa e auscultando com
o estetoscópio
 Fixar a sonda de modo que não atrapalhe o campo visual e não traumatize a narina
 Recolher o material

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 Manter ambiente limpo e organizado
 Anotar: o procedimento realizado, número da sonda, volume e aspecto de secreções
drenadas e intercorrências.

SONDA NASOGÁSTRICA (S.N.G.) É a introdução de uma sonda de


calibre variado, através do nariz ou da
boca, até a cavidade gástrica.

TIPOS DE SONDA:

Aberta: tem a finalidade de drenar


secreções existentes na cavidade gástrica;

Fechada: indicada para alimentar


ou medicar paciente impossibilitado de
deglutir;

Aberta-sifonagem: também pode


fazer ordenhagem em cirurgia do tórax.

Sonda para homem: nº 26 a 28

Sonda para mulher: nº 14 e 16

5. Lavagem gástrica
É a introdução através da SNG de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua
remoção.

Observações importantes:

 Deixar o paciente em jejum de 8 a 10 horas;


 Suspender anticolinérgicos por 48 horas, que inibem a secreção gástrica;
 Decúbito lateral esquerdo, pela posição anatômica.

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5.5. Aspiração gástrica
É a retirada de ar ou conteúdo gástrico, realiza-se de 2/2 horas, 4/4 ou sempre
que necessário, diretamente na SNG;

5.6. Gavagem SNG


Consistem na introdução de alimentos líquidos no estômago através de um tubo
de polivinil colocado pelo nariz ou boca;

5.7. Lavagem intestinal


E a introdução de líquido no intestino através do ânus ou da colostomia.

Tipo de clister:

a) Antisséptico: combate a infecção;


b) Adstringente: contrair os tecidos intestinais;
c) Carminativo: eliminar as flatulências;
d) Sedativo: aliviar a dor (c.a.);
e) Anti-helmíntico: destruir vermes;
f) Emolientes: amolecer as fezes;
g) Água gelada: diminuir a febre;
h) Enema salena: eliminar as fezes;
i) Enema irritativo: irrita o intestino provocando eliminação das fezes (feita com
sulfato de magnésio).
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LAVAGEM DA SONDA APÓS QUALQUER ADMINISTRAÇÃO

(dieta ou medicamento)

 Orientar para que o paciente respire pela boca durante o procedimento;


 Se o medicamento a ser ministrado for comprimido, ele deve ser macerado.

5.8. Retirada de sonda nasogástrica


 Apertar a sonda e puxá-la rapidamente a fim de evitar a entrada de alimentos ou
água da mesma traqueia;
 Pedir para que o paciente prenda a respiração

Lavagem gástrica

 Injectar soro fisiológico a sonda e deixar drenar até a secreção ficar limpa;

6. APLICAÇAO DE SONDA RECTAL

ENEMAS

É a introdução de solução laxativa no intestino.

Indicações:

 Ativar funcionamento intestinal melhorando constipação


 Preparar paciente para cirurgias e exames
 Para fins terapêuticos

Tipos:

a) Lavagem intestinal ou Enteroclisma: para casos de introdução de grande


quantidade de líquidos ( 1000 a 2000 ml ), geralmente gota a gota . Preparado cpm
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b) Clister ou fleet enema:é introduzido em pequenas quantidades (130 ml),
geralmente introduzido por material industrializado . Já vem preparado

Materiais:

 Xylocaína gel,
 Sonda retal (enteroclisma),
 Forro de proteção para o leito,
 Biombo,
 Equipo (enteroclisma),
 Comadre,
 Suporte para o soro (enteroclisma),
 Frasco de fleet enema cpm.

Método para aplicação de enteroclisma

 Explicar o procedimento ao paciente


 Colocar o paciente em decúbito de SIMS
 Colocar o forro sob o paciente
 Expor o paciente somente o necessário
 Calçar as luvas
 Lubrificar a sonda retal com a xylocaína gel, em uma extensão de aproximadamente
5 a 8 cm
 Retirar o ar da sonda com a própria solução
 Afastar a prega interglútea e introduzir a sonda, controlar gotejamento
vagarosamente
 Quando a solução estiver acabando, pinçar e retirar a sonda, desprezando-a no lixo
do banheiro.
 Orientar o paciente a reter a solução por alguns minutos, posiciona-lo na comadre se
for paciente acamado ou encaminha-lo ao banheiro se deambular
 Providenciar ordem e limpeza do local
 Anotar no relatório: hora, efeito (satisfatório ou sem sucesso), aspecto das fezes,
reações apresentadas.

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6.1. TRICOTOMIA

É a retirada dos pêlos de uma determinada área, tendo por finalidade manter uma
área limpa para determinados procedimentos, facilitando o acesso cirúrgico, permitindo
a fixação de curativos, drenos, cateteres e sondas sem tracionar os pelos.

Materiais necessário

 Cuba rim
 Recipiente com água morna
 Luvas de procedimento
 Aparelho de barbear,
 Com lâmina nova,
 Sabão líquido,
 Papel toalha,
 Gazes,
 Biombo

Método:

 Explicar o procedimento ao paciente


 Preparar o ambiente
 Organizar o material
 Descobrir a área a ser tricotomizada
 Calçar as luvas
 Com o auxílio da gaze, passar o sabão líquido na área
 Esticar a pele com a mão não dominante e com cuidado, raspar os pêlos em delação
ao seu crescimento, evitando ferir a pele
 Sempre que houver excesso de pêlos no aparelho enxagüá-lo
 Lavar e secar a região ou encaminhar o paciente ao banho
 Desprezar a lâmina no descarpack
 Deixar o ambiente em ordem
 Tirar as luvas e lavar as mãos
 Anotar os cuidados prestados e as observações feitas

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6.2. CATETERISMO VESICAL

É a introdução de um cateter ou sonda, através da uretra até a bexiga, para


esvaziamento vesical.

Cateterismo vesical de alívio

É a introdução de um cateter, sem “cuff’’, através da uretra até a bexiga, para


esvaziamento vesical momentâneo.

Objetivos:

 Esvaziar a bexiga quando há retenção urinária


 Descomprimir a bexiga antes, durante e após
determinadas intervenções cirúrgicas e/ou
tratamentos
 Monitorizar o débito urinário
 Permitir lavagens, irrigações da bexiga ou
instilação de medicamentos
B - Orientações quanto à execução

 Respeitar a privacidade do doente


 Utilizar técnica asséptica
 Escolher o tipo e calibre da algalia segundo o sexo, idade, patologia, características do
indivíduo e finalidade da algaliação
 Usar lubrificante hidrossolúvel estéril em dose individual
 Iluminar adequadamente a área
 Seguir as orientações dos ‘Cuidados ao doente algaliado’, se o doente permanecer algaliado
Materiais:

 Luva estéril,
 Cateter vesical com calibre adequado ao paciente,
 Seringa de 20 ml (sexo masculino),
 Xylocaína gel,
 Pacote de cateterismo vesical (contem cuba rim, cúpula, pinça),
 Pacotes de gazes estéreis,
 Almotolia com antisséptico (PVPI) Polvidine tópico,

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 Comadre,
 Biombo s/ n,
 Agulha 40x12.

Método

 Lavar as mãos
 Reunir o material
 Explicar o procedimento ao paciente
 Abrir campo estéril entre os MMII do paciente que deve permanecer em decúbito
dorsal e colocar nele as gazes, seringa, agulha, sonda, com cuidado para não
contaminar.
 Desprezar uma porção de PVPI no lixo a fim de desinfectar ponta da almotolia
 Colocar uma proporção na cúpula
 Calçar luvas esterilizadas na técnica adequada
 Realizar antissepsia da região perineal ( conforme técnica de higienização perineal
demonstrada em banho no leito masculina ou feminina ),
 Com as gazes embebidas na solução com auxílio da pinça.

No sexo masculino: colocar 20 ml de xylocaína gel na seringa, colocar agulha e


retirar o ar. Retirar a agulha, introduzir a xylocaína na uretra.

No sexo feminino: manter paciente em posição dorsal com os MMII


flexionados, lubrificar com a xylocaína o cateter

Introduzir sonda na uretra por aproximadamente 10 cm, utilizando mão


dominante estéril

 Observar o retorno da urina

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 Retirar e desprezar o cateter ao término da drenagem
 Recolher material, deixando local limpo e organizado
 Registrar: o procedimento, calibre do cateter utilizado, aspecto, volume da urina e
intercorrências

6.3. CATETERISMO VESICAL DE DEMORA

É a introdução de um cateter com “cuff’’, através da uretra até a bexiga, para


esvaziamento vesical permanente”.

Objetivos

 Controlar debito urinário


 Manter pertuito uretral nas obstruções urinárias
anatômicas ou funcionais prolongadas
 Realizar irrigação vesical em casos de cirurgias da
próstata
 Instilar medicamentos na bexiga

Materiais:

IV - MATERIAL E EQUIPAMENTO NECESSÁRIO

 Material para higiene


 Bacia com água morna
 Sabão liquido
 Toalhete ou manápula
 Toalha
 Luvas de latex
 Resguardo
 Pacote de algaliação
 Tabuleiro com
 Algália de tipo e calibre adequados à situação do doente (em relação ao calibre da algália
deve ser escolhido o diâmetro que assegure a drenagem eficaz, para evitar traumatismo da

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uretra. (O calibre óptimo é de 16-18 ch para a mulher e 18-20 ch para o homem, mas cada
doente é diferente do outro e a observação do meato é imprescindível)
 Luvas esterilizadas
 Ampola de água bidestilada
 Seringa esterilizada
 Solução desinfectante
 Lubrificante hidrossolúvel esterilizado, unidose
 Saco colector de urina e/ou urimeter
 Suporte para saco colector
 Saco de sujos
 Adesivo
 Resguardo

Método:

 Lavar as mãos
 Reunir o material
 Explicar o procedimento ao paciente
 Abrir pacote contendo o coletor sistema fechado e deixa-lo preso no leito
 Manter paciente em posição dorsal ( sexo feminino com MMII flexionados e
afastados; sexo masculino MMII estendidos e afastados )
 Abrir campo entre os MMII e nele colocar todos os materiais estéreis a serem
utilizados
 Desprezar PVPI em lixo e após colocar uma proporção na cúpula
 Calçar luvas estéreis
 Testar cuff da sonda
 Realizar a antissepsia da região com gazes embebidas na solução com auxílio da
pinça utilizando as técnicas anteriores
 No sexo masculino injetar 20 ml de xylocaína conforme técnica anterior
 Em sexo feminino lubrificar a sonda na xylocaína
 Introduzir o cateter até a saída da urina, dobrar sonda
 Retirar a tampa de proteção da extremidade do coletor de urina e conecta-lo a sonda
 Aspirar 10 ml de AD e inflar o cuff
 Tracionar o cateter até perceber a resistência do balão
 Fixar a sonda sem traciona-lo
 Manter local limpo e organizado

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 Registrar o procedimento aspecto e volume da urina e intercorrências.

REGISTAR

 Data e hora da algaliação


 Critério da algaliação (se foi colocada por um motivo especial)
 Tipo e calibre da algália
 Quantidade e características da urina drenada
 Data da próxima algaliação

6.4. SEGURANÇA DO PACIENTE

Conforto é o bem-estar físico, mental, social espiritual. Fisicamente, devemos


proporcionar ao paciente todos os meios para o seu bem-estar. Por isso devemos:

 Coloca-lo e, posição confortavel;


 Efetuar o controlo de ventilação e tempertura do ambiente;
 Manter sempre a cama limpa;
 Retirar as migalhas de residuos alimentares na cama;
 Esticar os lençoes;
 Cobrir o paciente de acordo com a temperatura ambiental;
 Manter o ambiente arejado, limpo e sem ruidos desnecessários.

O repouso físico é utilizado como auxílio no tratamento de muitas doenças.

Repouso absoluto: significa que paciente deve permanecer na cama nas 24


horas do dia.

Repouso relativo: significa que o cliente pode sair da cama, mas possui
restrições quanto ao tempo fora da cama e quanto a realizar determinadas actividades.

6.5. MOVIMENTAÇÃO ACTIVA E PASSIVA

A movimentação activa é aquela em que o paciente participa, realizando os


movimentos e fazendo esforço para exercitar seus músculos activamente. Esse trabalho

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promove o aumento da força e do tônos muscular, melhora também a morbilidade das
articulações e favorece o funcionamento intestinal adequado.

Na movimentação passiva, não ocorre a particpação do cliente, outra pessoa


realiza os movimentos por ele, com objectivo de melhorar a circulação sanguínea,
aumentando assim a oferta de nutrientes e de oxigênio do tecidos, prevenindo a
formação de ulceras por pressão, evitando contracturas muscular, etc.

A permanência na cama por longos periódos acarrecta uma série de


complicações como: deformidade, atrofia muscular, complicações pulmunares e
circulatórias.

O tipo, a quantidade e a frequência da movimentação passiva deve ser


correctamente planeada.

Tipos de movimentos utilizados

Flexão ou dorsiflexão (aproximação do dorso do pé da face anterior da perna),


extensão ou flexão plantar (os dedos do pé se distanciam da perna), abdução ou eversão
(borda lateral do pé se eleva lateralmente), adução ou inversão (planta do pé se volta
ligeiramente para cima e medialmente), rotação (hálux se aproxima e se distancia da
linha mediana) e circundução (os dedos unidos descrevem círculos tendo como apoio a
articulação do tornozelo).

Relações anatómicas entre o sistema nervoso periférico, sistema esquelético e


sistema circulatório.

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Uma vez que a maioria absoluta das ocorrências atendidas pelo Corpo de
Bombeiros envolvem traumatismos músculo esqueléticos sendo necessário a
manipulação, alinhamento e imobilização de partes traumatizadas do corpo das vítimas.

A coluna vertebral como um todo é considerada triaxial.

Possuindo movimento em todos os três planos e três eixos.

Flexão, extensão, hiperextensão, inclinação lateral e rotação.

Flexão, extensão e hiperextensão ocorrem no plano de corte sagital em torno de


um eixo látero – lateral (transverso).

Inclinação lateral (flexão lateral) – ocorre no plano de corte frontal, no eixo de


movimento ântero – posterior.

A rotação ocorre no plano de corte transversal em torno do eixo crânio – caudal


(longitudinal)

A articulação entre a cabeça e c1 (atlas) é chamada de articulação atlantoccipital.

Os principais movimentos são: flexão e extensão.

Há um pouco de inclinação lateral, embora a maior parte deste movimento


ocorra entre c1 e c2, na articulação atlantoaxial.

Em c1 e c2 prevalece o movimento de rotação.

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Retração cervical.

CONTROLE MUSCULAR DA CABEÇA E DO PESCOÇO

Os músculos que têm a maior parte do controle sobre o movimento da cabeça


sobre o pescoço são os músculos pré – vertebrais, anteriormente, e os músculos
suboccipitais posteriormnte.

Obviamente, para ter capacidade de mover a cabeça sobre o pescoço, um


músculo precisa ter fixação na cabeça e região cervical.

Encostar o mento no peito envolve a a flexão da cabeça em c1, assim como


extensão do pescoço (c2 -> c7). Esse movimento combinado é chamado de extensão
axial ou retração cervical.

A extensão da cabeça em c1 e a flexão do pescoço (c2 -> c7) seria protração


cervical.

A postura da cabeça relaxada para frente ou olhando a tela de um compuutador


por meio de lentes bifocais tende a acentuar a protração cervical.

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6.6. PROCEDIMENTOS DE MASSAGEM DE CONFORTO

 DEFINIÇÃO:

É a manipulação sistemática dos tecidos do corpo geralemente feita na região


dorsal. Os movimentos básicos que deverão ser observados durante a massagem são:
deslizamento leve e pesado, amassamento e fricção. Essas manobras geralmente são
feitas durante a higienização e 3 vezes ao dia, excepto em locais com heparina e
fragilidade cutânea. Ex.: os idosos

 OBJECTIVOS:
 Estimular a circulação, proporcionar relaxamento muscular, conforto, bem-estar e
prevenir úlceras por pressão.
 MATERIAIS NECESSÁRIOS:
 Toalha de banho
 Creme hidratante (oleo de amendua)
 Luvas de procedimento
 PROCEDIMENTOS:
 Verificar as condições do cliente para a massagem de conforto, tais como: alterações
dos resultados dos sinais vitais, fracturas vertebrais ou de costelas, queimaduras ou
feridas abertas que contra-indicam uma massagem.
 Verificar o produto a ser utilizado, conforme a prescrição
 Lavar as mãos e reunir os materiais necessários;
 Informar o procedimento a ser realizado ao paciente e ao acompanhante;
 Abaixar a cabeceira da cama e clocar o paciente em decúto lateral direito ou
esquedo ou ventral;
 Soltar o pijame ou a caminsola, descubrir a região dorsal até as nádegas;
 Colocar em pequenas quantidades de creme na palma da mão e espalhar,
friccionando uma mão na outra mão;
 Iniciar o deslizamento, na região dorsal inferior e central, coluna vertebral, ombros
até o deltóide, retornar pela superfície lateral;
 Repetir a massagem do outro lado;
 Manter sempre as mãos sobre a pele do paciente e fazer o deslizamento leves;
 Recompor a camisa ou pijame e retirar a toalha;

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 Colocar o paciente em posição confortável;
 Recompor os materiais utlizados
 Lavar as mãos;
 Anotar o procedimento realizado com observções quanto ao aspecto da pele e
avaliar a prescrição de enfermagem.

OBSERVAÇÕES:

 Observar com atenção as condições da pele nas regiões escapular, ilíacas e


sacroccígea; antes de prosseguir, comunicar se houver eritema, edema, flitema ou
lesão.
 Executar, os vimentos continuos, longos e circulares, exercer pressão firme nos
deslizamento
 É contraindicada a massagem de conforto em áreas com hiperemia e proeminência
óssea; realizar apenas a hidratação do local.

6.7. PROCEDIMENTOS DE MUDANÇAS DE DECÚBITO

 DEFINIÇÃO:

Mudanças de decúbito: é o processo de movimentar e mudar o decúbito do


paciente com limtações físicas. De um modo geral, os pacientes preferem o decúbito
dorsal e assim permanecem, quando não são estimulados ou auxiliados a se
movimentarem. Devem ser mudados de posição frequentemente (a cada 2 a 3 horas
tempo mãximo), procedendo-se à massagem de conforto, para melhorar à circulação e
evitar as úlceras de decúbitos. Podemos também utilizar os exercícios activos e ou
passivos.

 OBJECTIVOS:
 Descomprimir a área sobre proeminência óssea, prevenir fádiga;
 Manter os tônus muscular;
 Activar a circulção;
 Prevenir complicações pulmunares, lesões por pressão;
 Reduzir o risco de hipóxia tissular
 Promover conforto.

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 MATERIAIS NECESSÁRIOS:
 Travesseiro
 Coxins
 Apóio para os pés
 PROCEDIMENTOS:
 Abaixar a cabeceira; flexionar os joelhos do paciente, coloque um braço sobre os
ombros, apoando a cabeça, e a outra sob a região lombar; a um comando, ambos os
operadores elevam e movimentam o paciente e caso de dois profissionais em
direcção à cabeceira. Anotar os procedimentos realizados e as observações.
 Decúbito lateral:
 Explicar o procedimento ao paciente o que vai fazer abaixar a cabeceira da cama, se
possível;
 Colocar o paciente em um lado da cama e virá-lo de lado;
 Para mover um paciente imóvel, é necessário flexionar os joelhos de forma que
fiquem próximo ao colchão;
 Colocar uma mão sobre os quadris do paciente e a outra mão nos ombros.
 Virar o paciente para o lado oposto;
 Colocar um traveceiro sob a cabeça e o pescoço do paciente;
 Colocar os braços em posição ligeiramente flexionados. O braço superior deve
apoiar sobre um travesseiro ao nivél do ombro inferior deve ser apoiado no colchão;
 Colocar um apoio sob o dorso do paciente;
 Colocar um travesseiro entre as pernas semiflexionadas na altura dos quadris;
 Anotar o procedimento realizado e as observações.
 Decúbito ventral
 Rolar o cliente sobre braça proximo ao seu corpo com o cotovelo esticado e a mão
sob os quadris. Posiona o abdome no centro do leito.
 Posionar a cabeça do cliente para um dos lados e colocar sob a cabeça de um
travesseirio pequino.
 Colocar um travesseirio pequino sob o abdome do cliente,abaixio do nivel do
diafragma.
 Apoiar os braço em flexao ao nivel dos ombros.
 Apoiar aparte inferior das pernas com um travesseirio para elevar os dedos.
 Anotar o procedimento realizado e as observaçeos.

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 Decubito dorsal
 Colocar o cliente de costas com a cbeceira do leito na posimao horizontal.
 Manter a cabeça alinhada com a colona vetebral, utilizando um trevesseirio sobre a
cabeça e o pescoço.
 Estender discretamente os membros superiores ao nivel dos cotovelos colocar
travesseirio sob os antebraços pronados.
 Flexionar os membros inferiores, colocar um coxim sob joelhos.
 Colocar um pequino travesseirio ou rolo sob os tornozelos para elevar os
calcanhares.
 Colocar um suporte para os pes ou travesseirio macio sob a planta dos pes do
cliente.
 Deixiar o cliente confortavel e o ambiente em ordem.
 Anotar o procedimento realizado e as observaçoes

 OBSERVAÇÕES
 Trabalho com movimentos firmes e seguros, utilizar sempre a mao toda e não
somente as pontas dos dedos.
 Tenhem maos sempre secas e quentes. Nuca movinte sozinho um cliente obeso ou
com a dependencia total.
 Faça movimentos sincronizados, quando a dois ou mais professionais.
 Respeitar alimentaçao do cliente
 Manter a privicidade do cliente
 Prestar atençao quando o cliente estiver com infusão venosa
 Planejar o procedimento antes de executalos
 Para prevenir o pé equino, manter os calcanhar livres, colocar um coxim sobre as
pernas e um suporte para região plantar
 Seja consciente de sua própria postura. Mantenah seus pés separados, um na frente
do outro e os joelhos ligeiramente flexionados;
 Quando fazer força para levantar o paciente, flexione os quadris. Com isto, os
músculos da coxa e do tronco entram em função, ao nivés de sacrificar os músculos
da coluna.

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6.8. PROCEDIMENTO NO AUXÍLIO NA DEAMBULAÇÃO

 DEFINIÇÃO:

Deambulação significa colocar o paciente acamado em pé para andar ou passear,


deve ser estimulada logo que seja clinicamente possível. Os paciente que permanecem
na cama por um longo periódo devem ser assistidos quando começam a se levantar. Há
sempre uma apreensão e medo quando tentam levantar . existe s necessidade de ajudá-
los a adequirir segurança e independência.

 OBJECTIVOS
 Assistir o paciente na deambulação e estimular a sua independêcia.
 PROCEDIMENTOS:
 Avaliar as condições físicas do paciente: tolerança à actividadem força, presença de
dor, coordenção e equilíbrio do paciente;
 Comunicar e orientar o paciente sobre o procedimento;
 Solicitar o paciente para sentar-se na cama e aguardar 1 a 2 minutos, antes de
levantar, observar se há alguma alteração;
 Ajudar o paciente a descer da cama, com auxílio de uma escadinha, segurando-o
pelo braç que está mais próximo de você;
 Manter de pé, por mais ou menos 1 ou 2 minutos, até que ele esteja seguro do seu
equilíbrio;
 Ajudar a andar, segurar pelo braço;
 Orientá-la a parar de andar ao primeiro sinal de fraqueza e fadiga e fazer pequenas
caminhadsa, descansando com frequência;
 Lavar as mãos;
 Realizar as anotações de Enfermagem no prontuário do peciente, colocar o horário,
procedimento, nome e o carimbo daresponsável.

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6.9. PROCEDIMENTO PARA TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE

 DEFINIÇÃO:

Consiste na trnasferência do paciente da cama para a poltrona, maca, cadeira de


rodas ou de um desses para a cama. O transporte do paciente em qualquer dessas
situações deve acontecer de maneira sincronizados, a fim de evitar deslocamento
músculo-esqueléticos ou queda.

 OBJECTIVOS
 Realizar de maneira adequada o transporte do paciente em diferntes situações.
 Agente
 Equipa de enfermagem
 MATERIAIS NECESSÁRIOS:
 Maca
 Cadeira de rodas
 Escadinha
 Poltrona
 Aparelho mécnico de imobilização,
 Lençol móvel.
 PROCEDIMENTOS:
 Transferindo o paciente cooperante da maca para o leito
 Orientar o paciente e, na possibilidade de ele poder auxiliar, devemos instruí-lo a se
movimentar da maca para a cama, utilizando a técnica de transferência segmentar
que pode ser empregada quando for necessário transportá-lo da cama para a maca.
Aproxime paralelamente a borda da maca com a borda da cama e antes de iniciar o
procedimento de trnasporte, certifique-se de que a maca e a cama estejam travados.
Explique ao paciente que ele irá mover a cabeça, tronco, pernas e pés
seuquencialmente;
 Pedir para que flexione os joelhos, de modo que os pés fiquem apoiados sobre a
maca;
 Orientar o paciente para que erga seu pé e move-o para a borda da maca;~
 O paciente deve posicionar seus pés para baixo e deslizar seu tronco, suas nádegas e
sua cabeça para borda lateral da cama;

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 Mover seu tronco e depois sua cabeça o mais próxima possível da borda da cama;
 Colocar os pés do paciente na cama;
 O paciente deverá então mover pelve e tronco para o interior da cama;
 Enquanto seus joelhos permanecerm ainda flexionados, instruir o paciente para
pressionar seus pés para baixo, a fim de mover seu tronco e sua cabeça par o centro
da cama;
 Cobrir com um lençol ou cobertor, se assim o paciente desejar;
 Organizar a enfermaria
 Transferindo o paciente dependente da maca para a cama
 Orientar o paciente e proceda com técnicas quando estiver em dois ou mais
profissionais para auxiliá-lo. Aproxime paralelamente a borda da maca com aborda
da cama e antes de inciar o procedimentode transporte, certifique-se de que a maca e
o leito estejam travados. Quando o procedimento for realizado por três pessoas, duas
devem estar do lado para qual será conduzido o paciente. O transporte ocorrerá por
meio de um lençol móvel ou lençol de baixo. As duas pessoas que irão puxar o
paciene podem ser posicionadas sobre a cama do paciente, desde que usem algo
como um lençol para proteção da cama;
 Após terem tomado suas posições e estando o terceiro membro do lado oposto do
outros dois, todos devem, por meio do lençol móvel e em movimento único,
aproximar o paciente da cama e posteriormente, de uma única vez, transferi-lo
definitivamente da maca para cama, elendo-o e pousando-o suavemente;
 Acomode adeauadamente o paciente na cama e cobri-lo, se ele assim o desejar;
 Organize a enfermaria.
 Trnasferindo o paciente para a cadeira de rodas ou poltrona
 Orienta o paciente quando ao procedimento;
 Colocar a cadeira de rodas ou poltrona paralela a cama;
 Colocar a escadinha próxima à cama e em frente a cadeira de rodas ou poltrona
 Travar as rodas da cadeira
 Leventar o apoio dos pés. Caso o paciente seja dependente, em dupla, mover o
paciente até a borda do leito lençol móvel. Caso o paciente seja cooperante, sentá-lo
na cama como os membros inferiores pendentes e posteriormente ajudá-lo a sentar-
se na cadeira ou poltrona;
 Abaixar o apoio dos pés;

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 Cobrir o paciente recolhe seus prontuários juntos à prescrição médica, encaminhar
para exame e realizar anotações de Enfermagem;
 Organizar a enfermaria;
 Realizar anotações de Enfermagem.
 OBSERVAÇÕES
 Sempre que for estimular a saída do paciente da cama, seja par deambular ou para
sentar-se em cadeira ou poltrona, aguarde alguns minutos como cliente sentado, para
observar se ele não apresentá alterações como lipotomia, dispneia, síncope, palidez
ou qualquer tipo de mal-estar ou desconforto que comprometam a sua saída. Caso
não apresente, proceda com o proposto; do contrário, suspenda a intenção, devendo
anotar e comunicar ao enfermeiro ou médico. Ao término de todos os
procedimentos, deve-se realizar o registp na anotação de enfermagem contendo
hora, procedimento, nome e carimbo do responsável.

6.10. PROCEDIMENTO DE CONTEÇÃO FÍSICA DO PACIENTE


NA CAMA

 DEFINIÇÃO:

São meios usados de forma adequada para conter, segurar e restringir os


movimentos físiscos do paciente na cama, devido ao grande risco que apresenta para si,
profissional e para os de mais que convivem com ele, em consequência das alterações
psíquicas e comportamentais que apresenta.

 OBJECTIVOS
 Evitar acidentes, protegendo o próprio paciente e os demais
 Auxiliar nos exames e tratamento.
 MATERIAIS NECESSÁRIOS:
 Faixas imantadas: feita de algudão, com orifícios envolvidos por metal ao longo de
extensão de suas extremidades, pouco usadas em seviços de saúde, altamente
efeciente;
 Faixa de algudão mercerizado: metal totalmente eficaz, possui antes das
extremidades uma extensão com uma costura em zigue.zague e existe uma abertura

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próxima de uma extremidades por onde será passada a outra extremidade e contém
espuma em seu interior;
 Lençol de algudão cru: material inadequado por dificultar a absorção de suor,
provoca irritações na pele, brotoejas, úlceras por pressão e proliferações de
bactérias;
 Atadura de crepe: material caro, provoca escoriações na pele, ferimentos,
garroteamento e necrose;
 Atadur de crepe com algodão ortopédico: material inadequado por conter impureza
no algodão e em contato com a pele provoca prurido e irritações da área;
 Malha tubular ortopédica: apresenta os menos problemas que atadura de crepe.
 TIPOS DE CONTENÇÃO:
 Contenção química: administração de medicamentos sob prescrição
médica;
 Contenção física;

Pela comunicação: quando o paciente já chega agredindo, na grande maior das


vezes a tentativa inicial para conter o paciente se dá por meio da abordagem
comunicacional, que tem alta resolutividade, para isso é fundamental um
conhecimento teórico

 Aplicação de faixas

Membros superiores: ao conter um membro superior, o profissional que segura


o punho do paciente deve rapidamente deslizar sua mão e segurar a área logo acima, no
sentido do cotovelo, abrindo espaço para que a faixa seja colocada envolvendo
exatamente a região do punho. Inicia-se o procedimento sempre passando a faixa por
baixo da estrutura anatômico escolhida. Nesse momento, o profissional deve continuar
segurando conjuntamente o hemitórax do paciente. Após a faixa ser passada pelo punho,
ela deve ser amarrado na parte inferior da cama.

Membros inferiores: esse procedimento é igual ao da contenção do membro


superior, devendo o profissional que segura o tornozelo deixar correr sua mão para uma
posição acima, no sentido do joelho, liberando o tornozelo para ser amarrado pela faixa,
e logo em seguida ser fixada no inferior da cama.

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Tórax: última região a ser contida, a faixa de ser passada por toda extensão do
tórax, a faixa não deve ficar sobre a região do diafragma nos homens, ela deve ser
colocada sobre a linha média mamilar, devendo ser amarrada abaixo da cama. Mas,
quando não for possível essa amarração, a faixa deverá ser amarrada nas laterais do
leito. Se for necessário, envolver o braço.

 Cuidados de Enfermagem com a conteção física:


 As contenções só devem ser aplicadas quando absolutamente indespensável;
 Aplicar as conteções com cuidado para não ferir a pele nem prejudicar a circulação.
Evitar conter um só lado ou só os pés;
 Observar o local das contenções: fomigamentos, extremidades pálidas ou
cianosadas, ausência de pulso e edema são sinas de complicações circulatória;
 Retirar as contenções no mínimo quatro vezes ao dia, lavar o local com água e
sabão, massagear e movimentar as regiões;
 Ao conter o tórax das mulheres, as faixas devem ser posicionads abaixo das mamas;
 Fazer anotações no relatório de Enfermagem: hora e causa determinante da
restrição, anormalidade, nome e carimbo do responsável;
 Não amarrar as conteções nas grades da cama;
 Começar sempre primeiro pelo membro do paciente que está sendo seguro e
apresntar maior risco de ser solto;
 Se houver a possibilidade de o paciente soltar ambos os membros superior ou
inferiores, nessa situação, deve ser amarados os dois membros juntos com uma
faixa, e após a contenção das demais áreas corrporais, realizar a contençãode faixa
única;
 Não amarrar os membros do paciente por uma única faixa, pois poderá houver
complicações sérias, como: atrito das áreas contidas, escuriações, ulcerações,
fracturas, problemas circulatórias, dor edema e lacerações da pele;
 Priorizar a acção de amarrar os membros superiores;
 Não é Ético nem terapêutico colocar esparadrapos, gazes ou faixas na boca do
paciente para evitar que cuspa ou grite;
 Manter a cabeceir do paciente elevada
 A contenção deve ser realizadas por tês ou mais profissionais;
 Observar os sinais vitais e a espansão torácica;
 Realizar adequada higiene corporal do paciente;

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 Realizar mudanças de decúbitos;
 Proporcionar um ambiente seguro, iluminado e arejado;
 Orientar o paciente sobre a contenção;
 Realizar anotações de Enfermagem sobre o procedimento realizado e observar o
cliente a cada 2 horas.
OBSERVAÇÕES

Cumprir com os aspectos éticos legais para realização das contenções físicas vigente na
instituição ou no país.

6.11. APLICAÇÃO DE CALOR E FRIO

6.11.1. Procedimento: aplicação de calor (pensos quentes)

Trata-se da aplicação de calor sobre a superfície da pele por meio de calor seco
ou calor úmido.

A técnica utilizad para calor seco pode ser por auxílio de bolsa de água quente,
bolso eléctrica ou raios infravermelhos;

Quando à técnica de aplicação de calor úmido, trata-se da utilização de


compressas quentes ou cataplasma (medicamento de consistência pastosa, tipicamente
caseira, que se aplica geralmente entre duas compressas sobre a região afectada,
desencandeando uma reação térmica consequentemente vaso dilatação e alivia a dor e a
diminui a inflação).

 Aqueceer o paciente (proporcina elevação da temperatura corporal)


 Relaxar a musculatura (por meio da vasodilatação), aumentando a circulção
sanguínea (favorecendo o suprimento de nutrientes e oxigéneo) no local da
aplicação;
 Aliviar a dor (proporciona analgesia local);
 Auxiliar no processo de drenagem de exsudato (processo de separação) e no
processo de cicatrização;
 Aumenta o peristaltismo;
 Favorece o relaxamento e o bem.estar do paciente;
 Auxiliar na reabsorção.

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 Lesões de pele abertas
 Hemorragias
 Feridas operatórias
 Hemofelia e fragilidades capilares
 Luxações ou contusões (por um período inferior à 48 hosrs)
 Trombose de MMSS e MMII
NB: É IMPORTANTE: DURANTE A REALIZAÇÃO DO procedimento, observe
a temperatura externa da bolsa, para que não esfrie.
 Após a realização do procedimento, esvazie a bolsa, higienizá-la, aguardar a
secagem espontaneamente e guardá-la em local adequado.
 Evitar o uso de luvas (látex) para a realização desse procedimento, caso seja
inevitável, cuide então para que não ocorra contato directo com a pele do paciente.

6.11.1.1. Aplicação de calor com utilização de bolsa de água quentes:

 Em uma bandeja, reunir os seguintes materiais:


 Bolsa de borracha
 Toalha (pode substituir por fronha)
 Jarro (se houver necessidade de aquecer água)
 Verificar a temperatura da água (para que não ocorra queimaduras da pele do
paciente)
 Encamninhar os materiais reunidos à unidade do paciente;
 Explixar o procedimento e a sua importância ao paciente;
 Colocar água quente na bolsa de borracha (não permitindo que exceda a quantidade
adequada);
 Fechar bem a bolsa (virando-a para baixo), afim de verificar se há vazamento;
 Secar a bolsa externamente;
 Envolver a bolsa com toalha (ou colocá-la dentro da fronha), não aplicae a bolsa
sem protecção sobre a pele do paciente;
 Aplicar sobre a região indicada;
 Deixar a uidade do paciente em ordem;
 Realizar as anotações de Enfermagem.

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6.11.1.2. Aplicação de calor com utilização de compressas quentes

 MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Uma bandeja contendo:
 Duas compressas de tamanho maior
 Bacia comágua quente
 Toalha
 Impermiável
 Luvas de procedimento.
 PROCEDIMENTO
 Verificar a temperatura da água (para que não ocorra queimaduras da pele do
paciente)
 Encamninhar os materiais reunidos à unidade do paciente;
 Explixar o procedimento e a sua importância ao paciente;
 Forrar a cama com o imperiável e a toralha
 Manter a região coberta (respeitar a privacidade do paciente)
 Calçar as luvas de procedimento
 Colocar as compressas dentro da água quente;
 Retirar o excesso de água das compressas com auxílio das mãos (torcê-las);
 Evitar molhar o paciente com as compressas;
 Expor a região a ser aplicada a compressas;
 Aplicar as compressas quentes sobre a região, atentando para que não permaneça
por muito tempo (não deixar exfriar);
 Prepar outras compressas para substituir a que está sendo utilizada;
 Realizar o procedimento por um período aproximadamente 15 minutos (sem
intervalo);
 Ao término do procedimento, enxugar a regão com a toalha e retirar a toalha e o
impermiável;
 Deixar a unidade do paciente em ordem;
 Realizar as anotações deenfermagem.

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6.11.2. Aplicação de frio ou pensos frios

 DEFINIÇÃO:

É aplicação de frio sobre a pele pro meio de utilização de compressas, banhos


bolsas de gelo, sendorespectivamente nas mesmas formas úmidas e secas. As
compressas devem ser estéris ou limpas e aplicads por 15 minutos, com temperatura de
aproximadaemente 15º c.

Essa temperatura é indicada em casos de febrem entorses, contusão e até mesmo


fracturas. Capaz de causar vasoconstrição por reduzir o suprimento de oxigénio e
nutrientes aos tecidos resultando em diminuição do processo inflamatório local. Auxilia
ainda na diminuição de pequenas hemorragias, proporcionando analgesia local. Por
estabelecer o metabolismo, a utilização dessas modalidade terapêutica resultará em
diminuição da temperatura corporal em cas de hipertermia.

Esse procediemento deve ser realizado com muita responsabilidade,


conhecimento, competência e identificação dos factores de risco, pois, apesar de ser
simples, poderá causar danos ao cliente, como: queimaduras (quando utilizadas
temperaturas muitos baixas-gelo, por exemplo), dor até mesmo necrose do tecido (por
diminuição do aporte de oxigénio e nutrientes)

 OBJECTIVOS
 Dimuir e aliviar a dor
 Dimuir a temperatura corporal
 Dimuir e controlar o sangramento
 Dimuiro processo inflamatório (supuração local)
 Prevenir a formação de edemas
 Anastesiar a parte do corpo afetado
 CONTRAINDICAÇÕES
 Idosos e/ou crianças desacompanhadas
 Feridas abertas, fissuras na pele, estomas
 Pacientes com doenças vascular periféricas (ex.: diabetes), confusão mental ou
lesão na medula espinal.

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NOTA BEM:

É importante tendo em conta: A exposição ao calor e frio pode provocar


reações sistemicas e/ou locais. As reacções locais acontecem devido ao estímulo das
terminaçãoes nervosas da pele, sensitivas à temperatura. As reacções sistémicas
ocorrem por meio de mecanismos de perda de calor (vasodilatação, sudorese) ou de
meios que promovem sua conservação (vasoconstrição, piloerecçõa) a produção de
calor.

O corpo humano tolera amplas variações de temperatura, mas se ultrapassados


os valores tolerados pelo organismo, surge a dor. O calor excessivo causa sensação de
queimadura e o frio em excesso produz sensação de dormência e, posteriormente, vem a
dor.

Recomenda-se a utilização de lençol impermiável, a fim de não molhar a cama


onde se encontra o paciente ou criança

Ao observar diminuição da temperatura local (determinado membro), ou mesmo


corporal, a utilização da aplicaçãode frio está contraindicado.

O banho frio pode ser de aspersão ou imersão. No banho de imersão é


recomendado que a criança seja imersa em água fria aberta, a fim de reduzir a
tempertura da água lentamente, causando, menor desconforto.

Não é necessária a utilização de sabonete durante o banho. Mantendo o


paciente/criança imerso por 10 minutos, em seguida, secar o corpo, sem agasalhar.

Durante a utilização de banho frio em criança, faz-se necessária a observação


constante, em razão de menor tolerância à temperatura baixa.

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6.11.2.3. Aplicação de frio com utilização de compressas frias

 MATERIAIS NECESSÁRIOS:
 Bandeja contendo:
 Pacote de compressas (dois)
 Bacia com água gelada ou mesmo gelo
 Toalha
 Impermiável
 Luvas de procedimentos
 PROCEDIMENTOS:
 Lavar as mãos;
 Separar todos os materiasi e encaminhá-lo à unidade do paciente;
 Explicar o procedimento e a sua importância ao paciente;
 Forrar à cama impermiável a toalha;
 Manter a região coberta (respeitar a privacidade do paciente);
 Calçar as luvas de prcedimentos;
 Colocar as compressas dentro da bacia com água fria;
 Retirar o excesso de água das compressas (torcê-las).
 Evitar molhaar o paciente;
 Expor a região em que será aplicado a compressas;
 Aplicar as compressas frias no local; atentar para que a compressa não permaneça
por muito tempo, afimde evitar o aquecimento;
 Preparar outras compressas para providenciar a troca das compressas que está sendo
utilizads;
 Prepar outras compressas para substituir a que está sendo utilizada;
 Realizar o procedimento por um período aproximadamente 15 minutos (sem
intervalo);
 Ao término do procedimento, enxugar a regão com a toalha e retirar a toalha e o
impermiável;
 Deixar a unidade do paciente em ordem;
 Realizar as anotações deenfermagem.

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6.11.2.4. Aplicação De Frio Com Utilização De Bolsa De Gelo

 MATERIAIS NECESSÁRIOS:
 Bandeja contendo:
 Bolsa de borracha ou bolso de gelo
 Toalha ou fronha
 Luvas de procedimento s/n
 Cuba rim com gelo picado
 PROCEDIMENTOS
 Lavar as mãos
 Separar a bolsa de borracha. Enchê-la com água, feixe e segurar a tampa virá-la de
cabeça para baixo e observar os vazamentos. Em seguida, desprezar todo conteúdo;
 Separar o restante do material necessário e encaminhá-lo à unidade do paciente;
 Encher a bolsa (2/3 dela) com gelo (picado) de forma que a bolsa possa moldar-se
ao corpo do paciente;
 Retirar o ar excendente da bolsa por meio de compressão nas laterais (antes de
fechá-la);
 Remover o excesso da unidade;
 Revestir a bolsa com a toalho ou a fronha;
 Colocar a bolsa sobre a região afectada (indicada) pelo tempo necessário;
 Retirar a bolsa;
 Deixar a unidade em ordem
 Ao término do procedimento, enxugar a regão com a toalha e retirar a toalha e o
impermiável;
 Deixar a unidade do paciente em ordem;
 Realizar as anotações deenfermagem.
 Lavar as mãos
NB: É importante sempre questionar o paciente sobre a sensação de dormência e
observar constantemente a preseça de cianose e demais alterações que possam
ocorrer no local.
 A anotação de Enfermagem deve conter além das informações corriqueirasm o
registo das anormalidades, como sinais de isquemia e necrose se houver.

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 A utilização do álcool a 50% é recomendada com compressas frias e banho de
imersão em crianças maiores, em crianças menores pode ocorrer intoxicação.

ASPIRAÇÃO DE SECREÇÓES

Materiais: frasco de aspiração, sonda estéril de aspiração, luva esterilizada


(traquéia), máscara descartável, óculos protetor , luva de procedimento (nasal e oral),
frasco de água destilada

Métodos:

 Lavar as mãos
 Reunir o material
 Explicar o procedimento ao paciente
 Conectar o frasco de aspiração ao vácuo
 Conectar a extensão
 Abrir a extremidade da embalagem na técnica a extensão
 Colocar a máscara e o avental de mangas longas e o óculos protetor
 Abrir o vácuo
 Calçar a luva estéril
 Retirar a sonda da embalagem sem contaminá-la segurando-a com a mão dominante
 Desconectar o aparelho de ventilação
 Introduzir a sonda de aspiração sem ocluir o orificio “y’’
 Ocluir o orificio “y’’ com o polegar após a introdução da sonda
 Retirar a sonda sem fazer movimentos rotatórios ( pode lesar traquéia ) tracionando-
a para fora
 Repetir quantas vezes forem necessárias
 Realizar aspiração nasal
 Realizar aspiração oral
 Desconectar e desprezar a sonda de aspiração, a luva no lixo infectante.
 Manter o vácuo aberto ao término da aspiração, lavar com a AD até total limpeza do
circuito.
 Recolher o material
 Anotar no prontuário: horário, quantidade, aspecto, odor e consistência da secreção
aspirada, bem como o padrão respiratório do paciente.

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 Lavar frasco de aspiração no expurgo

Sequência de aspiração:

1º traqueostomia ou cânula endotraqueal

2º cavidade nasofaríngea

3º cavidade oral

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7. VERIFICAÇÃO DE GLICEMIA CAPILAR

Teste realizado para identificar a taxa de glicose através da gota de sangue,


utilizando glicômetro.

Materiais: glicômetro, 1 lanceta, lancetador / caneta, luvas de procedimento,


algodão umedecido com álcool á 70 %, fita teste

Métodos:

 Reunir o material
 Armar o lancetador e adaptar a lanceta
 Explicar o procedimento ao paciente
 Escolher o local mais adequado para a punção ( face lateral da polpa digital )
 Conectar a fita no glicômetro
 Realizar a antissepsia do local e disparar o lancetador
 Colocar a gota de sangue no local indicado na fita teste
 Realizar a leitura do resultado
 Retirar a fita e desprezá-la juntamente com a lanceta
 Realizar a desinfecção do glicômetro
 Registrar o resultado no prontuário
 Checar o procedimento
 Valor normal: 70 a 110 mg / dl
 Comunicar alterações.

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8. TROCA DE ÁGUA DO FRASCO DE DRENAGEM DE
TÓRAX (SELO D’ÁGUA)

É o procedimento de substituição do líquido drenado no frasco do dreno de tórax


por água destilada estéril

Objetivo:

 Manter fluxo de drenagem


 Permitir a mensuração do líquido drenado

Materiais:

 Esparadrapo,
 Frasco de AD estéril 500 ml,
 Cortoplast,
 Luvas de procedimentos,
 Algodão umedecido com álcool á 70 %,
 Cálice graduado.

Método:

 Reunir o material
 Explicar o procedimento ao paciente
 Higienizar as mãos realizar a desinfecção do frasco de AD com o algodão e álcool
 Abrir o frasco com o cortoplast
 Calçar as luvas
 Pinçar o dreno
 Abrir o frasco de drenagem
 Retirar a tampa segurando com cuidado para não contaminar a ponta interna do
frasco
 Desprezar o conteúdo no cálice graduado, verificando volume e aspecto do resíduo
drenado
 Colocar a AD no frasco, fazendo movimentos circulares para desprender qualquer
material que esteja aderido a parede do frasco
 Desprezar este conteúdo no cálice
 Repetir o processo

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 Colocar 100 ml de AD no frasco para a realização do selo d’água
 Colocar a tampa do frasco de drenagem imergindo a ponta interna na água,
 Despinçar a extensão do dreno
 Colocar uma fita de esparadrapo no lado externo do frasco, marcando o nível de
água com a caneta. Anotar data, hora da troca
 Recolher materiais, manter local limpo e organizado
 Anotar no prontuário: o procedimento realizado, aspecto, volume e intercorrências

Observações:

 Deve haver borbulhamento, caso contrário comunicar e anotar


 Ao medir o volume, não se esquecer de subtrair o volume da AD colocada
anteriormente
 Por segurança, é recomendado que o procedimento seja realizado por duas pessoas

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9. OXIGENOTERAPIA

I - DEFINIÇÃO

É um conjunto de acções que visam prevenir e corrigir a hipoxia dos tecidos e prevenir
complicações.

II - OBJECTIVOS

 Prevenir a hipoxia dos tecidos;


 Corrigir os transtornos metabólicos motivados pela hipoxia;
 Evitar que os mecanismos compensadores da hipoxia entrem em acção.
Horário

 De acordo com a indicação médica


 Sempre que o doente necessite
Orientações quanto à execução

 Dispor de extintor de incêndio no serviço, uma vez que o oxigénio alimenta a


combustão existindo o perigo de incêndio durante a sua utilização.
 Respeitar a privacidade do utente.
 A necessidade de oxigénio é avaliada através de:
 Monitorização de sinais e sintomas de hipoxémia
 Gasimetria arterial
 Valores de saturação de O2
 Indicações para administração de O2:
 Redução do oxigénio no sangue arterial (avaliada através da gasimetria arterial –
valores normas entre 80 a 100 mmHg);
 Aumento do esforço respiratório (O organismo responde à hipoxémia aumentando a
frequência e a profundidade da respiração, na tentativa de compensar a diminuição
de O2 no sangue. Consequentemente, o utente hipoxémico apresenta sinais de
dificuldade respiratória);
 Necessidade de diminuição da sobrecarga miocárdica (em caso de hipoxémia o
coração procura compensar a diminuição de O2, aumenta o débito cardíaco e
direcciona o oxigénio disponível para os tecidos de uma forma rápida e eficiente, o
que implica o aumento da sobrecarga miocárdica).

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 Nos doentes com DPCO (Doença Pulmonar Crónica Obstrutiva), a administração de
uma alta concentração de oxigénio pode provocar depressão do centro respiratório e
conduzir a uma insuficiência respiratória aguda por diminuição do nível de CO2 a
que o indivíduo está habituado. Nestas situações deve-se efectuar oxigenoterapia a
baixo fluxo.
 Seleccionar o método de administração, de acordo com a concentração de oxigénio
requerida pelo doente, a sua situação clínica, o seu grupo etário e as suas condições
físicas e psíquicas. Os sistemas de administração de oxigénio podem ser:
 Baixo fluxo
 Máscara facial (permite maior concentração de O2 – 40 a 60%);
 Cateter nasal/óculos nasais (permite menor concentração de O2 – 24 a 44%);
 Tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia;
 Alto fluxo
 Máscara de Venturi (permite concentrações de O2 – 24 a 40% ou 50%);
 Ventilador mecânico
 O calibre do cateter deve ser seleccionado de acordo com as características da
narina do doente
 O tamanho da máscara deve ser seleccionado de acordo com o grupo etário do
doente, de forma a abranger completamente nas vias aéreas superiores.
 Os sistemas de baixo fluxo permitem uma ampla faixa de concentrações de O2, isto
é de 21 a 60%. As variáveis que controlam a fracção de oxigénio inspirado (FiO 2)
incluem:
 Capacidade do reservatório anatómico (nasofaringe, orofaringe e nariz)
 Tipo de sistema reservatório de O2 (narinas, máscara ou saco reservatório)
 Velocidade do fluxo de O2
 Padrão de ventilação do doente
 O quadro seguinte resume a concentração de O2 em função dos litros, nas duas
formas mais comuns de administração de oxigénio por baixo fluxo:
Cateter nasal Máscara facial

L/min FiO2(%) L/min FiO2(%)

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2 28 5-6 40

3 32 6-7 50

4 36 7-8 60

5 40

6 44

 Os sistemas de alto fluxo proporcionam uma velocidade de fluxo e capacidade de


reservatório para satisfazer as necessidades totais de ar inspirado.
 Vantagens da administração de O2 por alto fluxo:
 FiO2 constante
 Controlo de toda a atmosfera inspirada, incluindo temperatura e humidade
 Análise fácil do FiO2
 A máscara de Venturi, é usada para misturar oxigénio e ar, na FiO2 desejada. Possui
mecanismo que permite dosear uma quantidade específica de ar ambiente em cada
litro do fluxo de oxigénio.
 Ao administrar O2 através de um sistema de alto fluxo, é importante o despiste
precoce da hipoventilação induzida, que de se desenvolve normalmente durante os
primeiros 30 a 60 minutos.
 A toxicidade do O2 é induzida, potencialmente letal e depende da duração da
administração e dosagem.
 O2 e outros gases comprimidos são secos, pelo que necessitam de ser humidificados
antes de inalados, no entanto (no caso do O2) para débitos inferiores a 3 l/min não é
necessário, pelo que não requer a colocação de água destilada estéril no copo
humidificador.
 Colocar água destilada estéril no copo humidificador, imediatamente antes da sua
utilização.
 Os copos humidificadores devem ser lavados de 24/24 horas com água quente.
 Não se deve colocar água no copo humidificador quando se utiliza unicamente com
o “ambú”.
 As máscaras deverão ser lavadas diariamente com água quente e detergente e
friccionadas com álcool. Descontaminação ou inutilização entre doentes.

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 Substituir a sonda de administração de oxigénio diariamente e sempre que
necessário, alternando o local de colocação da mesma.
 Substituir diariamente e sempre que necessário o adesivo de fixação da sonda,
alternando o local de fixação, a fim de evitar o aparecimento de zonas de pressão.
 Quando os doentes estão em tubo em T com filtros humidificadores não se coloca
água no copo humidificador pois estes já humidificam e aquecem o ar inspirado.
IV - MATERIAL E EQUIPAMENTO NECESSÁRIO

 Bala ou rampa de oxigénio com: manómetro (indica a quantidade de O2 dentro da bala);


debitómetro (controla a saída de O2 em litros por minuto)
 Humidificador
 Água destilada estéril
 Máscara, cateter ou outro consoante o método seleccionado
 Adesivo
 Conexão
 Material para higiene oral e nasal
V - PROCEDIMENTO

ACÇÕES DE ENFERMAGEM JUSTIFICAÇÃO


OXIGENOTERPIA POR CATETER NASAL
1. Diminuir o risco de infecção cruzada
1. Lavagem das mãos com sabão liquido
2. Confirmação da prescrição médica 2. Dar inicio ao procedimento
3. Preparação e transporte de material para junto
3. Economizar tempo
do doente
4. Colocação de água destilada estéril no 4. Diminuir a secura das mucosas
humidificador (se indicado)
5. Diminuir a ansiedade
5. Explicar o procedimento ao doente e pedir a
sua colaboração 6. Facilitar a oxigenação
6.Colocação do doente em posição de semi-
7. Desobstruir as vias aéreas superiores para
fowler, se a sua situação o permitir
facilitar a introdução do cateter e do O2
7. Higienização oral e nasal
8. Desengordurar a pele do nariz 8. Facilitar a fixação do cateter
9. Medição da distância entre a fossa nasal e o
9. Corresponde à medida correcta do cateter a
pavilhão auricular
introduzir
10. Introdução do cateter com suavidade
11. Fixação do cateter com adesivo

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12. Adaptação e ligação do cateter à fonte de O2 10. Evitar o traumatismo e facilitar a progressão
e regular o débito
11. Evitar a deslocação do cateter
13. Recolha e arrumação do material
14. Lavagem das mãos com sabão liquido 12. Dar continuidade ao procedimento

13. Manter a unidade arrumada

ACÇÕES DE ENFERMAGEM JUSTIFICAÇÃO

OXIGENOTERAPIA POR MÁSCARA DE VENTURI

1. Executar os procedimentos idênticos aos 2. Dar continuidade ao procedimento.


descritos na técnica por cateter nasal da acção 1 à
3. Permitir uma oxigenação eficaz.
2. Adaptar e conectar a máscara à fonte de O2 e
regular o débito ou % de O2 a administrar. 4. Proporcionar o aporte prescrito.

3. Ajustar a máscara sobre a boca e nariz. 5. Manter a unidade arrumada.

4. Ligar a máscara à fonte de oxigénio e regular 6. Diminuir o risco de infecção cruzada.


no diabetómetro o débito de acordo com o FiO2
selecionado no dispositivo da máscara.

5. Recolha e arrumação do material

6. Lavagem das mãos com sabão liquido.

VI - REGISTAR

 Data e hora
 Método usado
 Débito/minuto
 Reacções do doente
 Intercorrências verificadas

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10.ASPIRAÇÕES DE SECREÇÕES

CONCEITO: é a remoção de secreções das vias aéreas pelo método de sucção


em sistema aberto, é uma técnica simples, mas, além de ser desagradável para o
paciente, provoca muitos efeitos adversos, incluindo-se os riscos de infecção, o que
pode ser minimizado por uma correcta escolha da técnica, do tamanho do cateter, da
pressão negativa e da regulação do tempo de aspiração. A assepsia é fundamental na
aspiração.

FINALIDADE

 Manter as vias aéreas livres;


 Retirar secreções do trato respiratório e ou boca sem traumatismo;
 Prevenir infecções e obstrução respiratórias
 Promover conforto
 Permitir a melhoria da ventilação e oxigenação
INDICAÇÃO

 Paciente que apresenta secreções nas vias aéreas


QUEM DEVE FAZER ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES

 Enfermeiro, Fisioterapeuta, Médico, Técnico de enfermagem.


TIPOS DE SONDAS DE ASPIRAÇÃO

 Cateter para aspiração – medindo um terço do calibre interno da cânula (adulto 12 e


14 fr1. criança – dependerá do peso e da idade)
TIPOS DE ASPIRAÇÃO

 Orofaríngea
 Nasofaríngea
 Traqueobrônquica
A ordem de aspiração é: primeiro o tubo endotraqueal, segundo a cavidade nasal
e terceiro a cavidade oral, quando se trata de utilizar a mesma sonda de aspiração.

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COMPLICAÇÕES

1. Hipoxemia e dispneia, pela remoção de oxigênio com as secreções.


2. Proporciona ansiedade e inquietação podendo alterar o padrão respiratório.
3. As arritmias cardíacas podem resultar da hipóxia e do estímulo ao nervo vago na
árvore traqueobrônquica.
4. Traumatismo traqueal ou bronquial devido a aspiração traumática ou prolongada.
5. Traumatismo traqueal ou bronquial devido a aspiração traumática ou prolongada.
6. Pacientes em uso de anticoagulantes ou com discrasia sanguinea podem apresentar
sangramento como resultado da aspiração.
7. Infecções sistêmicas e pulmonares.
MATERIAL NECESSÁRIO

 Bolsa ventilatória manual (AMBU) conectada ao sistema de oxigénio (extensão de


silicone/látex, fluxómetro de oxigénio, copo humidificador com água destilada), se
necessário.
 Frasco coletor intermediário contendo solução padronizada pela instituição
 Frasco redutor de pressão
 Oxímetro de pulso
 Equipamentos de Protecção Individual (EPI) (luvas esterilizadas, luvas de
procedimento)
 Aspirador que pode ser fixado na saída de vácuo ou portátil;
 Cateter de aspiração com ou sem dispositivo para controlar a sucção;
 Toalha de rosto;
 Gazes
PROCEDIMENTOS

1. Orientar o paciente;
2. Reunir o material
3. Higienizar as mãos.
4. Ajustar o leito em posição de fowler;
5. Colocar a toalha no tórax do paciente;
6. Testar e ajustar o aspirador para pressão apropriada;
7. Colocar máscaras e óculos protector e avental ;

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8. Abrir a embalagem do cateter de aspiração sem contaminar, conectá-lo na extensão
de látex;
9. Abrir o frasco de água destilada;
10. Calçar a luva estéril;
11. Expor o cateter e segurá-lo com a mão dominante.
12. Humedecer o cateter com água destilada mergulhando no frasco e verificar o
funcionamento da pressão devida
13. Conectar o frasco redutor de pressão no sistema de vácuo.
14. Conectar uma das extremidades da extensão de silicone na saída do frasco redutor.
15. Adaptar a outra extremidade da extensão no suspiro curto do frasco coletor
intermediário.
16. Ligar o sistema de aspiração e verificar se a pressão está entre 80 a 120mmHg e
logo em seguida, desligá-lo.
17. Confirmar o bom funcionamento do oxímetro de pulso.
18. Conectar o AMBU ao sistema de oxigênio.
DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS

1. Explicar o procedimento a ser realizado e a sua finalidade ao familiar e


realizar exame físico específico.

2. Higienizar as mãos.

3. Reunir os materiais necessários e encaminhá-los a unidade.

4. Colocar os materiais sobre a mesa de cabeceira.

5. Colocar o biombo ao redor do leito, se necessário.

6. Colocar o cliente na posição de fowler ou semi-fowler, se não contra-


indicado.

7. Paramentar-se com os EPIs.

8. Solicitar ao profissional auxiliar que abra o pacote de gazes e da compressa


estéril e a do frasco de solução fisiológica e que ligue o sistema de vácuo.

9. Colocar a compressa esterilizada sobre o tórax e colocar as gazes esterilizadas


sobre essa.

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10. Solicitar ao profissional auxiliar que abra a embalagem do cateter de
aspiração na extremidade que fica a válvula de controle de pressão.

11. Retirar o cateter da embalagem com a mão dominante, enrolando-o na mão.

12. Solicitar ao profissional auxiliar pegar a extensão de silicone.

13. Conectar o cateter à extensão de silicone com a mão não-dominante.

14. Levantar a mão não-dominante o suficiente para desenrolar o cateter na mão


dominante.

15. Solicitar ao profissional auxiliar que desconecte o intermediário da cânula,


sem encostar a extremidade de encaixe em qualquer outra superfície.

16. Ocluir a válvula de controle do cateter ou dobrar a extensão de silicone com


o polegar da mão não-dominante.

17. Introduzir o cateter pela cânula até sentir resistência, e logo em seguida,
recuar um centímetro.

18. Desocluir a válvula do controle do cateter ou desdobrar a extensão de


silicone da mão não-dominante.

19. Aplicar sucção fazendo movimentos rotatórios, no máximo por 10 segundos


e retirar o cateter da cânula.

20. Solicitar ao profissional auxiliar que conecte a conexão do ventilador


mecânico à cânula.

21. Retirar a secreção retida na parte externa do cateter utilizando a gaze


esterilizada que esta sob o tórax do cliente.

22. Solicitar ao profissional auxiliar que pegue o frasco de SF 0,9%.

23. Introduzir a extremidade do cateter no interior do frasco de SF 0,9%, sem


encostar em qualquer outra superfície, e aspirar a sua solução até a remoção das
secreções retidas internamente no cateter.

24. Aguardar de três a cinco ventilações ou mais tempo, quando a saturação de


oxigênio (SO2) não alcançar o valor esperado.
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25. Repetir, no máximo, 3 vezes a aspiração, utilizando o mesmo cateter,
seguindo os passos de 15 a 24.

26. Aspirar as vias aéreas superiores, conforme “Procedimento Operacional


Padrão “Aspiração de vias aéreas superiores”.

27. Adaptar a extensão de silicone/látex ao gargalo do frasco do SF até a sucção


completa da solução restante.

28. Solicitar ao profissional auxiliar que desligue o sistema de aspiração.

29. Recolher os materiais.

30. Retirar os EPIs.

31. Recompor a unidade e o cliente.

32. Colocar o cliente em posição, confortável, adequada e segura.

33. Dar destino adequado aos materiais e encaminhar os descartáveis, ao


expurgo.

34. Higienizar as mãos.

35. Proceder as anotações de enfermagem no prontuário do cliente constando:


descrição da quantidade e das características da secreção aspirada e presença de
ocorrências adversas e medidas tomadas.

RESULTADOS DA ASPIRAÇÃO

1. A ausculta pulmonar após a aspiração deve apresentar diminuição dos ruídos


adventícios.
2. A radiografia de tórax deve mostrar evolução positiva progressiva do quadro.
3. O resultado da gasometria arterial deve indicar melhora na relação
ventilação/perfusão do paciente.
4. O aspecto da secreção (espessa, fluída, espumosa) aspirada indica o nível de
hidratação e umidificação.
5. A cor (clara, amarela, purulenta) e o resultado da amostra encaminhada para cultura
indicam ausência ou melhora da infecção.

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6. A aspiração pode ser seguida de uma drenagem postural e técnicas manuais e o
treinamento respiratório.

11.COLHEITA PARA AMOSTRA PARA ANALISE CLÍNICAS

Os exames laboratoriais são realizados por solicitação médica, com o objetivo de


diagnosticar, monitorar ou acompanhar o tratamento de uma doença. O resultado de
todo exame laboratorial deve ter qualidade e isso só será possível se houver
padronização dos processos e controle de qualidade, desde a aquisição dos insumos e
reagentes até a emissão do resultado. O diagnóstico laboratorial envolve três etapas: a
pré-analítica, a analítica e a pós-analítica. Qualquer falha nessas etapas afetará o
resultado dos testes. A etapa pré-analítica abrange a recepção, a identificação, a
preparação do usuário, a coleta, o armazenamento e o transporte das amostras até o
laboratório.

Materiais necessários para todos os tipos de coleta de sangue

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2
Além dos materiais listados acima, apresentamos, nas tabelas a seguir, os materiais
específicos que serão necessários para os diferentes tipos de coleta.

Normas e regulamentações para agulhas e tubos

Características das Agulhas

Quanto ao tipo: vários tipos de agulhas podem ser utilizados para a coleta de
amostras de sangue. Elas podem ter o bisel bifacetado ou trifacetado e, ainda, serem

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tratadas com silicones.

Quanto à unidade de medida: no sistema brasileiro de medidas, os


comprimentos e diâmetros das agulhas são expressos em milímetros (mm). Por
exemplo, uma agulha de 32 x 0,8 mm corresponde a 32 mm de comprimento e 0,8 mm
de diâmetro – ou de calibre.

Obs.: nas embalagens os diâmetros são apresentados em milímetros e em Gauge


(G), que é uma unidade inglesa. A seguir são apresentados dois exemplos da relação
entre o calibre nas unidades Gauge (G) e em milímetros, assim como a indicação de uso
das agulhas:

Agulhas para coletas a vácuo As agulhas para coleta a vácuo têm características
adicionais, além das descritas anteriormente.

 Em uma das extremidades está o bisel que irá penetrar na veia;


 Na outra extremidade, coberto por uma manga de borracha, está o local onde será
encaixado o tubo e uma rosca para encaixe da agulha em um adaptador. A função da

manga de borracha é evitar o vazamento de sangue para dentro do adaptador durante


a punção.

Características dos tubos:

Tubos para coleta com seringa e agulha: A escolha dos tubos utilizados na coleta
de amostras com seringa e agulha deve respeitar as seguintes recomendações:

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 Podem ser de vidro ou plástico;
 As tampas devem ser seguras para que:
 Não se desprendam durante a homogeneização ou centrifugação da amostra;
 Permitam a completa vedação do conteúdo;
 Possam ser removidas manualmente ou por métodos mecânicos.

Importante Sempre deve ser respeitada a proporção entre volume de sangue e


anticoagulante.

Tubos para coleta a vácuo: Os tubos para coleta de sangue a vácuo podem ser
de plástico ou de vidro e possuem tampas com cores diferentes, que são padronizadas
internacionalmente pela Norma ISSO. No rótulo de cada tubo também há uma indicação
do volume de amostra que deve ser coletada. A Norma ISO 6710:1995 determina que os
tubos devem:

 Ser fabricados com material que apresente transparência suficiente para permitir a
clara visão do seu conteúdo e as características da superfície interna;
 Ser estéreis, para segurança da amostra e do usuário;
 Ter espaço suficiente para homogeneização mecânica ou manual da amostra;
 Ter tampas seguras para que:
 Não se desprendam durante a homogeneização ou centrifugação da amostra;
 Permitam a vedação;
 Possam ser removidas manualmente ou por métodos mecânicos.

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As cores das tampas dos tubos a vácuo: As cores indicam o tipo de
anticoagulante ou de tratamento que o tubo recebeu. Veja na tabela abaixo:

Qual a função do gel separador?

O gel atua como uma barreira física entre as partes sólida e líquida do sangue
após a centrifugação. Assim, é possível utilizar o próprio tubo de coleta-o tubo
primário-nos equipamentos para a realização dos exames. O seu uso evita a
transferência da amostra para outro tubo, de modo que:

 Elimina os riscos de troca de amostras que poderiam ocorrer durante a separação da


amostra de soro para outro tubo;
 Aperfeiçoa o trabalho técnico;
 Reduz o risco de acidentes de trabalho.

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6
Ordem de utilização de tubos plásticos na coleta de sangue:

Inicie colhendo as amostras para testes de coagulação que utilizam tubos


com citrato de sódio (tampa azul);

 Na sequência, os tubos para obtenção de soro, ou seja, sem anticoagulante somente


(tampa vermelha) ou contendo gel separador com ativador de coágulo (tampa
amarela ou vermelha com anel amarelo).

Em seguida, se você for colher amostras em tubos plásticos que contêm outros
anticoagulantes, inicie pelo tubo que contém heparina (tampa verde) e, na sequência, o
tubo com EDTA (tampa roxa) e por último o tubo com fl uoreto de sódio/EDTA (tampa
cinza).

Pré-coleta: orientações ao usuário Antes de realizar o exame, o usuário deve


receber instruções escritas e verbais, em linguagem acessível, sobre os cuidados
necessários que antecedem a coleta da amostra. Deve-se informar ao usuário:

 Necessidade e tempo de jejum requeridos para os exames; ]


 Cuidados com a alimentação caso não seja exigido jejum;
 Obrigatoriedade de apresentar um documento de identificação com foto;
 Horário de funcionamento da coleta. Veja no quadro a seguir algumas orientações
importantes que devem ser informadas ao usuário:

Preparação do profissional Técnico de enfermagem

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Além de atender bem ao usuário é fundamental que o profissional também tome
os cuidados para se proteger. Veja neste capítulo as importantes orientações sobre os
equipamentos de proteção individual e a higienização das mãos.

Equipamentos de Proteção Individual

EPI No momento da coleta de sangue, o profissional de saúde deverá utilizar


equipamentos de proteção individual (EPI), pois em todos os locais onde se faz a coleta
de sangue ou há manipulação de materiais biológicos existe o risco de contaminação
com agentes infecciosos.

Transmissão de agentes infecciosos A transmissão


de agentes infecciosos durante a coleta de amostras de
sangue ocorre:

 Por contato direto com material contaminado. Esse


contato pode ser resultante:
 De transmissão direta:
 Em acidentes com objetos perfurocortantes;
 Pelo respingo de sangue diretamente na pele ou
mucosas;
 Inalação de aerossóis.
 De transmissão indireta, pelo contato da pele ferida ou
mucosas com superfícies, mãos e/ou luvas
contaminadas.

Coleta de Sangue

Assim sendo, é imprescindível a utilização de:

 Avental ou jaleco de comprimento abaixo dos joelhos, com mangas longas, sistema
de fechamento nos punhos por elástico ou sanfona e fechamento até a altura do
pescoço;
 Luvas descartáveis;
 Óculos ou protetor facial. Além disso, é obrigatório o uso de roupas e calçados que
cubram completamente pernas e pés.
 Higienização das mãos

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 A medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação
das infecções relacionadas à assistência à saúde é a higienização das mãos (termo
mais amplo que substituiu “lavagem das mãos”). As mãos constituem a principal via
de transmissão de microrganismos durante o atendimento aos usuários. A
higienização das mãos pode ser simples ou antisséptica:

Higienização simples: são utilizados água e sabão comum. Esses sabões


possuem atividade detergente, removem gorduras, sujeiras e substâncias orgânicas das
mãos. Têm pouca ou nenhuma atividade antimicrobiana, porém seu uso remove
mecanicamente muito dos microrganismos.

Higienização antisséptica: são utilizados água e sabão contendo antisséptico ou


somente antissépticos. Os antissépticos mais utilizados são alcoóis, clorexidina,
compostos de iodo, iodóforos e triclosan. São mais eficientes na eliminação de
microrganismos patogênicos das mãos.

Antisséptico: é toda substância capaz de eliminar parcialmente microrganismos


de tecidos vivos. Desinfetante: é toda substância capaz de eliminar parcialmente
microrganismos em materiais inanimados.

Quando é necessário higienizar as mãos

Higienização simples:

 Ao chegar e sair do seu local de trabalho.


 Antes e após ir ao banheiro.
 Antes e depois das refeições ou preparo de alimentos.
 Após retirar as luvas utilizadas para coletar as amostras de cada usuário.
 Antes de utilizar um antisséptico.

Higienização antisséptica:

 Antes e após o contato com o usuário.


 Após risco de exposição a sangue e outros fluidos corporais.

Cuidados no local de trabalho:

 Na área de coleta deve existir uma pia com sabão, papel toalha e antisséptico
disponíveis para higienização das mãos.
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 Use sabão líquido, sempre que possível, com a adição de emolientes G para evitar
ressecamentos da pele ou dermatites.

Preparações para a coleta cuidados gerais

Neste capitulo serão abordados os cuidados e os procedimentos que são


executados nas coletas por punção venosa e por punção digital.

Identifi cação da amostra

Figura 11 – Etiqueta com os dados necessários.

Cuidados para calçar as luvas calcem as luvas após confi rmar os dados do
usuário e colar as etiquetas nos tubos. Para isso:

 Verifique se suas mãos estão limpas e secas;


 Calce as luvas devagar, ajustando cuidadosamente cada dedo, para evitar que
rasguem. Tome cuidado, pois podem ocorrer rasgos imperceptíveis que
comprometem a proteção da sua mão.

Lembrem-se as mangas das batas devem ficar sempre presas sob as luvas

Antissepsia do local da punção Para fazer a antissepsia do local que será


puncionado, utilize gaze ou algodão embebido em uma solução de álcool etílico a 70%
peso/peso (p/p) ou outro antisséptico.

Antissepsia: é utilizada para reduzir o risco de contaminação da amostra e para


evitar infecção do local da punção.

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Após escolher o local para puncionar, a antissepsia pode ser feita de duas
formas:

A escolha do local para fazer a punção venosa

Condições da veia Em princípio, qualquer veia dos membros superiores pode ser
puncionada, desde que apresente boas condições como:

 Bom calibre;
 Flexibilidade;
 Integridade.

Veias mais comumente utilizadas as veias mais utilizadas são a cubital mediana
e a cefálica, ambas localizadas na parte anterior do braço, próximo à dobra do cotovelo,
conforme figura 15-A. A punção na veia cubital mediana costuma ser a melhor opção,
pois na punção da veia cefálica existe maior risco de formação de hematomas. As veias
do dorso da mão também podem ser puncionadas. Nessa região, recomenda-se a veia do
arco venoso dorsal, conforme figura 15-B, por possuir maior calibre. A outra veia
destacada na figura veia dorsal do metacarpo e também poderá ser puncionada, porém a
coleta será mais dolorosa.

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Cuidados com o usuário antes da coleta

 Posicione o braço do usuário, mantendo-o levemente inclinado para baixo;


 O braço deve estar apoiado firmemente pelo descanso e o cotovelo não deve estar
dobrado.
 Visualização da veia Para visualizar a veia você pode executar os procedimentos
indicados a seguir:
 Solicite que o usuário abra e feche a mão em movimentos suaves;
 Caso não consiga visualizar uma veia, solicite que abaixe o braço e novamente abra
e feche a mão em movimentos suaves;
 Caso ainda não consiga visualizar, massageie delicadamente o braço do usuário, no
sentido do punho para o cotovelo;
 Outra opção é garrotear o braço para facilitar a visualização da veia. Lembre-se:
após localizar a veia utilizando o garroteamento, afrouxe o garrote. Aguarde no
mínimo 2 minutos antes de garrotear novamente para fazer a punção.
 Como obter o Plasma Para obter o plasma você deverá utilizar um tubo contendo
anticoagulante como, por exemplo, o de tampa roxa ou lilás contendo .
 O plasma também pode ser obtido em tubos com heparina (tampa verde), com
citrato de sódio (tampa azul) e com fluoreto de sódio/EDTA (tampa cinza). A
escolha do tubo dependerá do tipo de exame que será realizado com o plasma.

Passo a passo

1. Colha o sangue em tubo contendo anticoagulante.

2. Homogeneíze a amostra por inversão, entre


5 e 10 vezes.

3. Centrifugue por 10 minutos entre 2.500 e


3.500 rpm.

4. O plasma é a parte líquida amarela que fica


na parte superior do tubo.

Como obter o Soro

Para obter soro, você deverá utilizar um tubo

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sem anticoagulante, com ou sem gel separador (tampa vermelha ou amarela) e, ainda,
com ou sem acelerador de coágulo.

Passo a passo 1. Colha o sangue em tubo sem anticoagulante. 2. Se utilizar o


tubo com gel separador, homogeneíze a amostra por inversão, entre 5 e 10 vezes. 3.
Deixe em temperatura ambiente, em repouso, até a total retração do coágulo. Veja no
quadro a seguir os tempos recomendados. 4. Centrifugue por 10 minutos entre 2.500 a
3.500 rpm. A centrifugação deve ocorrer dentro de, no máximo, 2 horas após a coleta; 5.

O soro é a parte líquida superior amarela que fica na parte superior do tubo.

Observação: Amostras de sangue de usuários que estão utilizando


anticoagulante ou que são portadores de alguma coagulopatia demoram mais tempo
para coagular.

Cuidados na centrifugação de amostras

 Certifique-se de que as centrífugas do seu laboratório tenham passado por


manutenção preventiva e que a calibração e as condições metrológicas estejam
corretas para garantir seu correto funcionamento
 Utilize sempre rotores e caçapas apropriados ao tamanho dos tubos que serão
centrifugados. Caçapas muito grandes ou muito pequenas podem causar a quebra, o
deslocamento dos tubos ou a separação inadequada da amostra;
 Os tubos devem ser centrifugados com tampa para evitar evaporação, a formação de
aerossóis e a contaminação da amostra, do equipamento e do técnico;
 Assegure-se que os tubos estejam corretamente encaixados na caçapa da centrífuga.
Um encaixe incompleto pode fazer com que a tampa de proteção do tubo se
desprenda, ou o tubo seja quebrado durante a centrifugação;

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 Sempre equilibre os tubos para não quebrá-los durante a centrífuga ou danificar o
eixo do rotor da centrífuga. Tubos de mesmo peso devem ser colocados em locais
opostos no rotor; Aguarde até que a centrífuga pare completamente antes de abrir a
tampa para retirar os tubos;

Não use o freio da centrífuga com o intuito de interromper a centrifugação dos


tubos; esta brusca interrupção, além de causar hemólise, pode deslocar o gel separador;

 Retire os tubos da centrífuga com o auxílio de uma pinça.

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12.DOCUMENTAÇÃO OU PROCESSO CLÍNICO

PRONTUÁRIO MÉDICO OU PROCESSO CLÍNICO

É o conjunto de documentos escritos que identificam o paciente, registram a


evolução da doença, os tratamentos prescritos e cuidados de enfermagem executados,
bem como condições de alta, transferências.

Nele deve ser registrado a descrição concisa da história clínica do paciente e da


família, seus hábitos e antecedentes pessoais, sua condição física e estada mental,
diagnóstico médico e de enfermagem e o resultado de exames realizados. O prontuário é
útil para o paciente, equipe médica, equipe da enfermagem e outros profissionais
envolvidos no processo de atendimento.

 Valor do prontuário médico


 Auxilia no diagnóstico e tratamento
 Constitui valioso material para ensino
 Oferece dados e informações para pesquisas e estatísticas
 É documento para fins legais

12.1. ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM

Consiste nos registros realizados pela equipe de enfermagem, em impresso


próprio, a respeito dos cuidados prestados ao paciente. A anotação de enfermagem faz
parte do prontuário médico sendo considerada um documento legal, por ser o
testemunho escrito da prática de enfermagem. Todas as informações contidas nele são
utilizadas pela equipe de saúde durante o tratamento.

Finalidade:

 Estabelecer comunicação entre a equipe de enfermagem e demais profissionais.


 Servir de base para elaboração de cuidados
 Acompanhar evolução do paciente
 Constituir documento legal para o paciente ou equipe de enfermagem referente à
assistência prestada
 Contribuir para a auditoria de enfermagem

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 Colaborar para ensino e pesquisa

O que anotar:

 Condições físicas
 Estado da pele: coloração, presença de lesões, ressecamento, turgor cutâneo
 Possibilidades de locomoção
 Manifestações emocionais
 Alegria, tristeza, temor, ansiedade, agitação, lucidez, confusão mental
 O que o paciente mantem
 Soro, cateteres, sondas
 Procedimentos realizados
 Banho, curativos, medicamentos
 Aceitação alimentar (desjejum, almoço, lanche, jantar)
 Boa aceitação recusa aceitação parcial
 Intercorrências (e a quem foi comunicado)
 Algias, êmese, sangramentos, entre outros
 Eliminações fisiológicas (diurese e evacuação)
 Aspecto, quantidade, odor, presença de muco, sangue, coloração

Por ser um documento legal, a anotação de enfermagem deve obedecer a


alguns cuidados para o registro:

 Usar letra legível


 Escrever com caneta (nunca á lápis) de cor azul ou vermelha de acordo a instituição
 Registrar horários
 Anotar todo procedimento prestado
 Ser claro, objetivo
 Se errar, não rasurar
 A descrição deve ser concisa (resumida e exata)
 Usar abreviaturas padronizadas
 Não deixar espaços nem pular linhas
 Identificar com nomes as pessoas que deram informações. Ex: a mãe
 Registrar medidas de segurança adotadas para proteger o paciente

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 Fechar com um traço espaço de linhas, assinar carimbar em caso de funcionário. Em
caso de alunos assinarem e colocar o nome do colégio.

13.Anotação de Enfermagem

Todas actividades que o técnico de enfermagem se submetesse deve ser


registado, ou seja, anotação e todos os registo de todos os cuidados realizados num
paciente no processo de enfermagem

 Verificação dos sinais vitais;


 Banho (leito ou chuveiro, c/ ou s/ auxílio);
 Massagem de conforto;
 Troca de curativos (tipo, local, aberto ou fechado);
 Aceitou ou não o desjejum;
Exemplo 1º dia: 08h00 minhs: paciente consciente, orientado em
tempo e espaço, contactando, corado, hidratado, pele íntegra, deambula sob supervisão,
mantém venóclise em MSE, realizado dextro (186mg/dl), aceitou parcialmente o
desjejum, refere ter dormido em. Diurese (+) espontânea. Fezes (-) ausentes.

Exemplo 2º dia: 08h20minhs: paciente consciente, orientado em tempo


e espaço, calmo, corado, deambula sem auxílio da enfermagem, apresenta equimoses
em MMSS e MMII, pele ressecada e descrita isquemação nas mãos. Mantém scalp
salinizado em MSD, Sudorese intensa e prurido em pantorrilha. Aceitou totalmente o
desjejum, refere ter evacuado a noite e ter dormido bem. (seu nome).

14.Evolução de enfermagem

Todas Evolução que o técnico de enfermagem se submetesse deve ser registado


ou seja Evolução e todos os registo de todos cuidados realizados num paciente no
processo de enfermagem

Deve abranger:

 Nível de consciência (sonolento confuso);


 Locomoção (acamado, deambulando);

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 PA (elevada, anotar valores SSVV);
 Mantendo jejum (sim ou não/24hs, se não porque?);
 Sono ou repouso (sim ou não/24hs, se não porque?);
 Incisão cirúrgica (dreno, cateter);
 Incisão cirúrgica abdominal (aspecto da secreção drenada);
 Sondas (fechada ou aberta);
 Venóclise e dispositivo de infusão (onde, tipo, periférica: IC ou SCVD);
 Eliminações urinárias e fecais (ausente, presente, quantos dias);
 Queixas (náuseas, dor, etc.)
Exemplo 1º dia: Paciente no 1º dia de internação por DM
descompensada (+) labirintite, apresenta-se calmo, consciente, contactuando,
deambulando sob supervisão, corado, hidratado, afebril, normocárdio, eupnéico,
hipertenso com pressão variando de 150x90-100mmHg, dextro variando entre 282 a
186 mg/dl, evolui sem queixas e sem hêmese. Refere melhora da tontura. Acuidade
auditiva e visual diminuída. Ausculta pulmonar com presença de murmúrios vesiculares
s/ ruídos adventícios. Ausculta cardíaca BRNF. Abdômen flácido, indolor a palpação
com presença de ruídos hidroaéreos, perfusão periférica normal. Mantém venóclise em
MSE. Eliminações fisiológicas presentes. (seu nome).

Exemplo 2º dia: paciente no 2º dia de internação por DM descompensada


e labirintite, apresenta-se calmo, consciente, orientado em tempo e espaço, contactando,
deambula com auxílio, apresenta equimoses em MMSS e MMII, pele ressecada e
escamações em dorso e palma das mãos. Refere prurido em panturrilha,
esporadicamente queixa-se de pele ressecada, apresenta Sudorese intensa, mantém scalp
salinizado em MSD, SSVV apresentando hipotermia (35.5ºC) no período da manhã.
Apresenta dextro variando de 146 a 194. Refere ter dormido bem, evolui sem queixas,
tontura, náuseas ou vômitos. Eliminações fisiológicas presentes (refere ter evacuado às
22 horas de ontem). (seu nome).

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14.1. PASSAGEM DE PLANTÃO OU ENTREGA DE TURNOS

A passagem de plantão tem como objetivo assegurar o fluxo de informações


entre as equipes de enfermagem, nos diferentes turnos, que se sucedem no período de 24
horas. Pode ser considerada um elo de ligação no processo de trabalho da enfermagem
com o outro turno subsequente . É esta ligação que assegura a continuidade da
assistência.

Admissão Hospitalar

Regras gerais

A maneira de receber um paciente depende da rotina de cada hospital. Em caso,


porém, o atendimento deverá ser afável e gentil, sendo realizado por alguém que possa
dar todas as informações necessárias.

Deve-se:

Mostrar as dependências do setor e aposento, explicando as normas e rotinas


sobre:

Horário de banhos, refeições, visitas médicas, visitas de familiares, repouso,


recreação, serviços religiosos, pertences pessoais necessários.

 Relacionar e guardar roupas seguindo a rotina do local.


 Entregar pertences de valores á família, anotando no prontuário.
 Apresenta-lo á companheiros de quarto.
 Se necessário, encaminha-lo ao banho e vestir roupas apropriadas.
 Preparar o prontuário.
 Comunicar serviço de nutrição e demais serviços interessados.
 Verificar SSVV, peso, altura e anotar.

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Fazer anotações de enfermagem referentes a: hora de entrada

 Condições da chegada ( deambulando, de maca, cadeira de rodas, acompanhamento)


 Sinais e sintomas observados
 Orientações dadas
 Alergias e uso de medicamentos de rotina
 Se apresenta patologias (diabetes, hipertensão arterial, entre outros)
 Se foi realizada cirurgias anteriores

Alta Hospitalar

A alta do paciente, em decorrência a implicações legais, deve ser dada por


escrito e assinada pelo médico.

Tipos de altas

a) Alta hospitalar por melhora: aquela dada pelo médico porque houve
melhora do estado geral do paciente, sendo que este apresenta condições de deixar o
hospital

b) Alta a pedido: aquela em que o médico concede a pedido do paciente ou


responsável, mesmo sem estar devidamente tratado. O paciente ou responsável por ela
assina o termo de responsabilidade.

c) Alta condicional ou licença médica: aquela concedida ao paciente em


ocasiões especiais, com a condição de retornar na data estabelecida (dia das mães, pais,
natal, entre outros). Também deve ser assinado o termo de responsabilidade.

14.2. PAPEL DA ENFERMAGEM DURANTE A ALTA DO


PACIENTE

 Avisar o paciente após alta registrada em prontuário pelo médico


 Orientar os pacientes e familiares sobre cuidados precisos pós alta (repouso, dieta,
medicamentos, retorno)
 Preencher pedido de alta (de acordo regras da instituição)
 Providenciar medicamentos (conforme regulamento da instituição)

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 Reunir pertences do paciente e providenciar suas roupas
 Auxilia-lo no que for necessário
 Realizar anotações de enfermagem contendo:
 Hora de saída
 Tipo de alta
 Condições do paciente
 Presença ou não de acompanhante
 Orientações dadas
 Meio de transporte (ambulâncias, carro próprio)
 Preparar prontuário e entrega-lo conforme rotina da instituição

14.3. TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE

É realizada da mesma forma que a alta. Devem-se avisar os diversos serviços,


conforme rotina. A unidade para onde o paciente está sendo transferido deverá ser
comunicada com antecedência, a fim de que esteja preparada para recebê-lo. O
prontuário deve estar completo e ser entregue na outra unidade. O paciente será
transportado de acordo às normas da instituição e seu estado geral.

Ordem e Limpeza

Limpeza é a eliminação de todo o material estranho (resíduos, material orgânico,


poeiras, entre outros), com uso de água, detergentes e ação mecânica . A limpeza
antecede os procedimentos de desinfecção e esterilização. Os hipocloritos são
desinfetantes amplamente utilizados, porém podem ser inativados na presença de
sangue ou outra matéria orgânica, daí a necessidade de limpeza anterior. O Serviço de
Limpeza é de grande interesse nos hospitais e demais Serviços de Saúde, não só porque
essa é a primeira impressão do serviço ao paciente, mas também pela importância no
controle de infecções hospitalares. A enfermagem deve participar ativamente na
manutenção da ordem e limpeza, quer atuando diretamente ou orientando o pessoal
responsável por esse trabalho.

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Limpeza geral ou terminal

É realizada pela equipe da limpeza. Consiste na limpeza geral e total do quarto e


leito do paciente. Nesta limpeza, a enfermagem participa retirando mobiliários do
quarto, limpando-os e recolocando-os novamente ao quarto.

Indicações:

 Quando ocorre óbito


 Quando o paciente é transferido para outra unidade
 Quando o paciente tem alta hospitalar
 Quando o paciente é acamado deve ser realizada a cada 15 dias, dependendo do
caso, uma vez por semana

Limpeza diária ou concorrente

É realizada diariamente. Consiste na limpeza de partes do imobiliário do local,


como cabeceira da cama do paciente, mesa de cabeceira, cadeiras, poltronas, posto de
enfermagem, mesas, cadeiras, bandejas, pias, entre outros.

Objetivos:

 Manter o local limpo e organizado


 Impedir propagação de microorganismos no local
 Materiais: Álcool a 70%, Panos de limpeza.

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15.PREPARO DO CORPO PÓS MORTE

É o preparo feito no corpo após constatação do óbito

Objetivo:

 Manter o corpo livre de odores, evitando extravasamento de secreções


 Vestir o corpo
 Posicionar de forma anatômica, antes da rigidez

Materiais: 2 rolos de ataduras de crepe , Algodão, gaze não estéril,


Esparadrapo, luvas de procedimentos, 1 pinça cheron, avental de manga longa

 Procedimento:
 Reunir o material
 Explicar o procedimento á família
 Manter privacidade do local e corpo
 Colocar o avental e calçar luvas de procedimento
 Retirar travesseiros, deixando o corpo em decúbito dorsal
 Retirar sondas, cateteres, ocluindo os orifícios com gaze
 Higienizar o corpo S/N
 Tamponar ouvidos, nariz, orofaringe, região anal e vaginal e garrotear região
peniana com gaze
 Vestir o corpo
 Imobilizar mandíbula, pés, mãos, usando ataduras
 Colocar o corpo sobre a maca, sem colchão, cobri-lo com lençol
 Desprezar luvas e avental
 Higienizar as mãos
 Transportar o corpo ao necrotério
 Anotar no prontuário o procedimento realizado

OBS : Se o paciente fizer uso de próteses coloca-la imediatamente após o óbito


Manter pálpebras fechadas, com a fita adesiva. O corpo não deverá ser tamponado
quando houver restrição religiosa ( judaíca) ou se houver necessidade de necropsia.

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16.TERMINOLOGIAS BÁSICAS

 Abscesso: acúmulo de pus numa cavidade


 Afasia: dificuldade em falar
 Anorexia: falta de apetite
 Anúria: ausência de urina na bexiga
 Caquexia: emagrecimento intenso e generalizado
 Cefaléia: dor de cabeça
 Cianose: coloração arroxeada de pele e mucosas
 Colostomia: abertura cirúrgica da parede abdominal com exteriorização do cólon
para eliminação de fezes
 Diurese: volume urinário
 Disfagia: dificuldade para deglutir
 Disúria: dor á micção
 Evacuação: fezes
 Êmese: vômito
 Exsudato: secreção
 Enterorragia: fezes com presença de sangue vivo
 Hematomas: manchas arroxeadas em decorrência extravasamento de sangue abaixo
da epiderme
 Hematúria: urina com presença de sangue
 Hematêmese: vômito com presença de sangue
 Hemoptise: escarro com sangue
 Hiperemia: rubor, em uma região do corpo
 Icterícia: coloração amarelada de pele e mucosas
 Flebite: inflamação de uma veia
 Melena: fezes com presença de sangue digerido
 Micção: ato de urinar
 Necrose: morte do tecido com apresentação de tecido enegrecido
 Odor: cheiro
 Oligúria: diminuição do débito urinário ( 100 a 500 ml / 24 horas )
 Poliúria: aumento do volume urinário
 Polaciúria: aumento das micções
 Piúria: urina com presença de pús

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 Sialorréia: salivação em excesso
 Sinais flogísticos: sinais de infecção (rubor, calor, dor, presença de secreção,
edema)
 Úlcera: perda de substância do revestimento cutâneo ou mucoso
 Débito bilioso: débito esverdeado (bile).

17.SIGLAS PADRONIZADAS

 SSVV – sinais vitais


 PA – pressão arterial
 P – pulso
 T – temperatura
 R – respiração
 MMSS – membros superiores
 MMII – membros inferiores
 MSD – membro superior direito
 MSE – membro superior esquerdo
 SVD – sonda vesical de demora
 SVA – sonda vesical de alívio
 SNG – sonda nasogástrica
 SNE – sonda nasoenteral
 BI – bomba de infusão

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17.1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, M. C. P. O saber de enfermagem e sua dimensão prática. São Paulo:


Cortez, 1986.

CROWTHER, C. L. et al. (2005) - Cuidados primarios em ortopedia. 2ª Ed.


Loures: Lusociência.

CUNHA, E. (2005) - Execução de aparelhos gessados e ligaduras de


imobilização. Manual para enfermeiros. Loures: Lusociência.

FUNDAMENTOS BÁSICOS EM ENFERMAGEM. Normas e Procedimentos


Guia de Bolso Escola Superior de Saúde Faculdade de Ciências da Saúde
Universidade Fernando Pessoa, 2006.

GEOVANINI, T. et al. História da enfermagem: versões e interpretações. Rio de


Janeiro: Revinter, 2002.

GERMANO, R. Educação e ideologia da enfermagem no Brasil. São Paulo:


Cortez, 1993.

HISTORIA DA ENFERMAGEM, 5ª EDIÇÃO REVISTA E AUMENTADA,


Ilustrações de Newton de Figueiredo Coutinho e JULIO C. REIS – LIVRARIA, Rio de
Janeiro-RJ.,1979

LIMA, M. J. O. O que é enfermagem. São Paulo: Brasiliense. 1993. (Coleção


São Paulo).

LOUZEIRO, J. A. N. A brasileira que venceu a guerra. Rio de Janeiro:


Mondrian, 2002.

POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de Enfermagem. 5. ed. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

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17
Modelo da História Natural da Doença

O modelo propõe três níveis de ação ou intervenção: Prevenção Primária através


da promoção à saúde e da proteção específica em relação a um agravo determinado – a
ser desencadeado ainda na fase pré-patogênica da doenca; Prevenção Secundária
constante de diagnóstico e tratamento; e Prevenção Terciária que supõe ações
destinadas à recuperação do dano e à reabilitação. As duas últimas se aplicam à fase
patogênica.

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NÍ VEIS DE PREVENÇÃO

1. Prevenção Primária
 Promoção de Saúde
 Moradia adequada
 Alimentaçaõ adequada
 Áreas de lazer
 Escolas Educação a todos os niv́ eis
 Proteção Específica
 Imunizaçaõ
 Saúde ocupacional
 Higiene pessoal e do lar
 Proteçaõ contra acidentes
 Aconselhamento genético
 Controle dos vetores
2. Prevenção Secundária
 Diagnóstico Precoce
 Inquéritos para descoberta de casos na comunidade
 Exames periódicos, individuais, para detecção precoce de casos
 Isolamento para evitar a propagação de doenças
 Tratamento para evitar a progressaõ da doença
 Limitação da Incapacidade

 Evitar futuras complicações

 Evitar sequelas
3. Prevenção terciaria

Reabilitação (impedir a incapacidade total)

 Fisioterapia
 Terapia ocupacional
 Emprego para o reabilitado

Manual de apóio para alunos em enfermagem


De TÉCNICA DE ENFEGMAGEM
Colegido por António Bonito
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• Taquipneia ou polipneia: Aumento da respiração acima do normal

• Bradipneia: Diminuição do número de movimentos respiratórios

• Apneia: Parada respiratória. Pode ser instantânea ou transitória,


prolongada, intermitente ou definitiva

• Ortopneia: Respiração facilitada em posição vertical

• Respiração ruidosa, estertorosa: Respiração com ruídos semelhantes a


"cachoeira"

• Respiração laboriosa: Respiração difícil envolve músculos acessórios

• Respiração sibilante: Com sons que se assemelham a assovios

• Respiração de Cheyne-Stokes: Respiração em ciclos, que aumenta e


diminui, com períodos de apneia

• Respiração de Kussmaul: Inspiração profunda, seguida de apneia e expiração


suspirante característica de acidose metabólica (diabética) e coma

• Dispneia: Dificuldade respiratória ou falta de ar.

Manual de apóio para alunos em enfermagem


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Colegido por António Bonito
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